Actualmente circulamcerca de camiões, por ano, entre França e Portugal, com um relativo equilíbrio entre os fluxos Norte/Sul e Sul/Norte.

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1 Convite à apresentação de projectos para o lançamento de uma ou mais auto-estradas do mar entre França e Portugal sobre as fachadas atlântica e mediterrânica Os Governos francês e português estão convencidos do interesse do desenvolvimento dos serviços das auto-estradas do mar entre os dois países, que proporcionem um complemento ou alternativa ao transporte rodoviário de mercadorias, designadamente através dos Pirinéus e dos Alpes, e permitam usufruir do desenvolvimento de determinados portos e incentivar as operações de transhipment. Actualmente circulamcerca de camiões, por ano, entre França e Portugal, com um relativo equilíbrio entre os fluxos Norte/Sul e Sul/Norte. Os Secretários de Estado dos transportes francês e português constituíram, em Abril passado, um grupo de trabalho marítimo franco-português (GTMFP), que foi incumbido da missão de estudar as possibilidades de desenvolvimento de serviços das auto-estradas do mar com o objectivo de lançar uma iniciativa conjunta desde então até ao final do ano. O grupo de trabalho centrou-se na realização de dois tipos de iniciativas, claramente distintas uma da outra, e que abordam objectivos diferentes: Um convite à manifestação de interesse para identificar os actores e as expectativas dos interessados no lançamento de serviços das auto-estradas do mar entre a França e Portugal, antes de lançar um concurso internacional para a escolha de um ou mais operadores de serviços das auto-estradas do mar. Esta grande iniciativa dirige-se a qualquer tipo de actor interessado num projecto de auto-estrada do mar (por exemplo, armadores, bancos, autoridades locais, operadores de terminais portuários, transportadores, carregadores,...). Ela visa sobretudo delimitar e integrar as expectativas do mercado, de forma a considerá-las numa consulta futura que os Estados decidam lançar. Um convite à apresentação de propostas para identificar os projectos que a França e Portugal poderiam vir escolher propor para financiamento comunitário no âmbito da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), nos termos do artigo 12-A das orientações do RTE-T 1 e do Regulamento RTE 2. Esta segunda iniciativa visa explicitamente projectos amadurecidos, que possam ser apresentados a curto prazo. O presente convite à apresentação de projectos não visa apenas identificar uma iniciativa no âmbito do RTE-T. A resposta ao presente convite à apresentação de projectos não perclude uma resposta ao convite à manifestação de interesse acima mencionado, recordando-se aos candidatos de que se trata de duas iniciativas distintas, objecto de procedimentos e calendários diferentes. 1 Decisão n 1692/96/CE de 23 de Julho 1996 sobre as orientações comunitárias para o desenvolvimento de uma rede transeuropeia de transporte, alterada pela decisão n 884/2004/CE de 30 de Abril Regulamento (CE) n 2236/95 de 18 de Setembro 1995 que determina as regras gerais para a concessão de apoio financeiro comunitário no domínio das redes transeuropeias, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 807/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de 2004 e pelo Regulamento (CE) n.º 680/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Junho de 2007, que determina as regras gerais para a concessão de apoio financeiro comunitário no domínio das redes transeuropeias de transportes e de energia Página 1

2 I- Definição Para efeitos do presente convite à apresentação de projectos, o termo "auto-estrada do mar", designa uma oferta de transporte intermodal porta-a-porta, vocacionado para o transporte intracomunitário de mercadorias. O serviço deve permitir concentrar o fluxo de carga em ligações viáveis, regulares, fiáveis e com alto nível de serviço. O desenvolvimento de projectos das auto-estradas do mar deverá permitir absorver uma parcela significativa do aumento esperado de tráfego rodoviário, diminuir o congestionamento rodoviário e beneficiar do desenvolvimento de alguns portos na área do Short Sea Shipping. II- Objectivo da iniciativa O presente convite à apresentação de projectos visa identificar projectos amadurecidos ( o que significa prontos a entrar em serviço) das auto-estradas do mar entre a França e Portugal, e que os dois Estados poderiam apresentar a um apoio financeiro comunitário no quadro das redes transeuropeias de transportes. O presente convite à apresentação de projectos responde às exigências formais do artigo 12-A das orientações do RTE-T e constitui um convite para consórcios interessados em preparar propostas de projectos de auto-estradas do mar que interessem a França e a Portugal, para os quais estão disponíveis apoios financeiros através de um programa plurianual RTE-T da Comissão Europeia 3 e/ou outros instrumentos financeiros da U.E. e dos Estados. O orçamento comunitário indicativo total para o período para os projectos de autoestradas do mar a título do programa RTE-T é de 310 M. Os montantes indicativos anuais estão apresentados no quadro abaixo (em milhões de euros) : Anos Montante O presente convite à apresentação de projectos visa contribuir para os objectivos das redes das auto-estradas do mar da rede transeuropeia dos transportes, que incidem sobre a redução do congestionamento rodoviário pela absorção de uma parte importante da evolução do transporte rodoviário e a melhoria da ligação dos Estados e das regiões periféricas e insulares. Os projectos propostos devem respeitar um projecto de interesse comum, no sentido de uma rede transeuropeia de transportes. As propostas deverão incidir sobre as instalações e as infraestruturas que constituem esta rede, e que visam concentrar fluxos de mercadorias em serviços de transporte marítimos viáveis, regulares, frequentes, de grande qualidade e fiáveis, Página 2

3 integrados em cadeias logísticas de porta-a-porta. Neste quadro, as propostas estarão ligadas quer à criação de novos serviços, quer ao melhoramento de capacidade, quer à frequência e à qualidade dos serviços existentes. Essas propostas podem também incluir objectivos consistindo em estudos destinados a preparar o lançamento de fases posteriores do projecto. Nos termos do artigo 12-A 4 das orientações do RTE-T, são elegíveis as seguintes categorias para um concurso financeiro no âmbito do programa RTE-T : Infraestruturas: infraestruturas portuárias, infraestruturas de acesso terrestre e marítimo directo, infraestruturas de vias navegáveis e canais. Equipamentos: sistemas electrónicos de gestão logística, equipamentos de segurança (safety and security), administrativos e aduaneiros. Para informações mais detalhadas, a Comissão Europeia publicou um Vademecum com o convite a propostas RTE-T O Vademecum está disponível no site web da Comissão 3. Para serem elegíveis aos financiamentos da União Europeia, as infraestruturas e os equipamentos devem estar acessíveis a todos os utilizadores em bases não discriminatórias e no respeito das orientações do Vademecum da Comissão Europeia. Os projectos seleccionados receberão o apoio administrativo dos dois Estados para serem apresentados à Comissão Europeia por um co-financiamento no quadro do RTE-T. Recorda-se aos promotores de projectos que a taxa máxima de ajuda a título do programa RTE-T é, para os trabalhos, de 20% (30% para os troços transfronteiriços) e para os estudos de 50%. As propostas de projectos, conforme as orientações do RTE-T, podem incluir uma ajuda ao arranque limitado aos encargos de investimento devidamente justificados, de uma taxa máxima de 20%, estendida a 30% para projectos transfronteiriços, por um período máximo de 2 anos. Convidam-se os autores de projecto a utilizar o conjunto de instrumentos de financiamento da U.E. e dos Estados 6 afim de tirar partido das características e complementaridades das diferentes ferramentas. São convidados a tomar em consideração, entre outros, o programa Marco Polo, os fundos da política de coesão da U.E. e os apoios atribuídos pelo BEI. Os autores de projectos devem centrar a sua atenção na prioridade acordada pela Comissão Europeia para propostas de projectos RTE-T igualmente candidatos a um financiamento no âmbito do Marco Polo, para os serviços que façam parte da mesma acção global em favor das auto-estradas do mar. Recomenda-se que seja estudado com rigor qual o instrumento ou combinação de instrumentos que melhor se adapta aos projectos. 4 Decisão n 1692/96/CE de 23 de Julho 1996 sobre as orientações comunitárias para o desenvolvimento de uma rede transeuropeia de transporte, alterada pela decisão n 884/2004/CE de 30 de Abril Comunicação C(2004) 43 da Comissão - Orientações comunitárias sobre os apoios do Estado ao transporte marítimo (2004/C 13/03) Página 3

4 A selecção de um projecto pela França e por Portugal em nada compromete a Comissão na sua avaliação. Não haverá qualquer responsabilidade para os Estados caso o projecto apresentado não seja seleccionado pelos Estados ou pela Comissão. III- Conteúdos das propostas Os projectos devem ser apresentados conjuntamente no mínimo por dois parceiros de Estados Membros da União Europeia, e concentrar-se nas infraestruturas ou equipamentos que dizem respeito a França e a Portugal. As participações complementares de parceiros de outros membros da União Europeia ou países terceiros vizinhos, são bem-vindas. Os projectos propostos devem ser apresentados por consórcios constituídos, pelo menos, por dois portos e um armador. A criação de um consórcio mais amplo, envolvendo também operadores de terminais, transportadores rodoviários, operadores ferroviários, empresas de logística, carregadores, concessionárias de auto-estradas, instituições financeiras, autoridades locais, etc... será bem-vindo. Somente os portos da classe A da rede RTE-T são elegíveis. As propostas devem incluir cartas de intenção ou apoio de potenciais utilizadores das autoestradas do mar. As propostas deverão ser redigidas em francês e em português. Deverão incluir, pelo menos, as seguintes informações: A. Conteúdo do dossier O dossier deverá incluir as seguintes informações: a. Nome, qualidade, referências e coordenadas do(s) autor(es) da resposta, b. Um resumo do projecto, incluindo um programa de investimentos e de custos. A proposta deverá evidenciar de que forma o projecto irá melhorar e desenvolver o transporte marítimo e a sua integração na cadeia logística multimodal (incluindo os hinterlands) entre França e Portugal. As propostas deverão descrever as origens e destinos dos fluxos de mercadorias e os segmentos de carga alvo, bem como o impacto do projecto sobre a concorrência, c. A descrição detalhada e técnica do projecto, incluindo um calendário indicativo das acções previstas e dos investimentos, d. Uma descrição detalhada dos investimentos em cada porto envolvido, as relações com os hinterlands e as ligações com a rede RTE-T, e. Um plano de financiamento e um business plan completo a 10 anos, indicando as fontes de financiamento do projecto e dos seus investimentos, o montante de apoio previsto no âmbito da RTE-T, bem como uma descrição de financiamentos adicionais solicitados; a proposta deverá mostrar como os investimentos e o projecto contribuem para o lançamento das auto-estradas do mar no âmbito da rede transeuropeia de transportes, f. Uma descrição sobre o tráfego potencial e a parte de tráfego captável pelo projecto, bem como do tipo de tráfego em causa. O dossier irá indicar o nível anual previsto de transferência modal rodoviário-marítima gerado pelo projecto até 2013, expresso em toneladas-kms, e dar uma estimativa sobre o período compreendido entre 2013 e 2025, Página 4

5 Para novos serviços, o cálculo da transferência modal será feito através da comparação da situação actual (situação de "referência") e a situação de projecto. Para os serviços existentes, o dossier apresentará uma descrição detalhada do actual serviço (serviço de referência) e apresentará as melhorias esperadas, resultantes do projecto apresentado. A proposta irá fornecer, se for o caso, informações sobre a contribuição do projecto para reduzir o congestionamento rodoviário nas zonas em causa, g. Uma análise socio-económica e ambiental do projecto, h. Uma descrição da estrutura de gestão, incluindo uma apresentação de todos os membros do consórcio e a função de cada um. O dossier irá incluir cartas de conforto de potenciais utilizadores do serviço. As propostas deverão conter as informações necessárias para, se for o caso, permitir à França e a Portugal propor o projecto para financiamento RTE-T, designadamente os dados que deverão constar nas respostas à consulta da Comissão Europeia. Os convites à apresentação de projectos RTE-T dos últimos anos e os documentos necessários para responder às consultas estão disponíveis no site da Comissão 7. B. Critérios de Selecção As propostas deverão ser compatíveis com as normas comunitárias e as directrizes do RTE-T. As propostas deverão ser avaliadas com base nos seguintes critérios, de forma não hierarquizada: Qualidade, maturidade e credibilidade da oferta Duração do projecto Extensão geográfica e escala do projecto Qualidade técnica do projecto Coerência, robustez e qualidade do business plan proposto Composição do consórcio e compromissos escritos de potenciais utilizadores (cartas de conforto) Contribuição do projecto para o relatório modal Relatório modal gerado pelo projecto Frequência e regularidade do serviço Qualidade dos navios utilizados Contribuição do projecto para a melhoria da qualidade da cadeia logística (serviços portuários, infraestruturas e ligações s da rede RTE-T, sistemas de informação, simplificação administrativa) 7 Página 5

6 Integração do projecto na cadeia logística multimodal Existência de ligações eficientes entre o porto e o seu hinterland, preferencialmente multimodais, qualidade dessas ligações, contribuição do projecto para a melhoria dessas ligações Relação entre a rede RTE-T e a contribuição do projecto para o seu desenvolvimento Existência e qualidade dos serviços portuários propostos Qualidade do sistema de informação e da info-estrutura Existência de procedimentos de simplificação administrativa e aduaneira Impacto sócio-económico e ambiental Efeitos do projecto sobre a concorrência Impacto do projecto nos serviços existentes Impacto do projecto para os portos participantes no projecto e para os portos vizinhos IV - Local de entrega das propostas e calendário As propostas deverão ser enviadas para cada um dos seguintes endereços: Em Portugal : APP - Associação dos Portos de Portugal Edifício Vasco da Gama Rua General Gomes Araújo, Bloco C, Piso LISBOA PORTUGAL Em França : Mission intermodalité fret Direction des Services de transport Direction générale des infrastructures, des transports et de la mer (DGITM/DST) Cada proposta deverá ser encerrada em invólucro fechado e opaco, em envelope duplo. No rosto do envelope interior deve constar a seguinte menção: " Convite à apresentação de projectos das auto-estradas do mar entre a França e Portugal não abrir pelos serviços postaiso". As propostas deverão ser enviadas em 2 exemplares impressos e 3 exemplares em ficheiro informático, em cada uma das línguas (francês e português). As respostas serão enviadas, até às 16 horas (hora local) do dia 1 de Dezembro 2008, para os endereços acima mencionados, contra recibo comprovativo dessa entrega. O grupo de trabalho marítimo franco-português está encarregado de conduzir o processo e de analisar as propostas. Após a avaliação das propostas de projectos, o grupo de trabalho notificará aos candidatos num prazo de 2 meses posterior à entrega da sua proposta, as fases seguintes reservadas à solicitação dos candidatos. Página 6

7 Calendário previsional indicativo Recepção das propostas pelo GTMFP 1 de Dezembro 2008 Avaliação das propostas dos projectos Notificação Dezembro Janeiro 2008/2009 das decisões aos candidatos Preparação do dossier de resposta ao convite à apresentação de projectos da Comissão Europeia no âmbito do programa RTE-T acção auto-estradas do mar 2009 Entrega do dossier à Comissão Europeia Janeiro / data de fim da consulta fixada pela Comissão Europeia Data de fim da consulta indicada pela Comissão Europeia V Informações complementares Para quaisquer informações complementares relativas a este convite à apresentação de projectos, poderão contactar: Em Portugal : APP - Associação dos Portos de Portugal Edifício Vasco da Gama Rua General Gomes Araújo, Bloco C, Piso LISBOA PORTUGAL Em França : Mission intermodalité fret Direction des Services de transport Direction générale des infrastructures, des transports et de la mer (DGITM/DST) Ministère de l Ecologie, de l énergie, du développement et de l aménagement du territoire La Grande Arche Paroi Sud LA DEFENSE FRANCE Página 7