PODER JUDICIÁRIO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores EUTÁLIO PORTO (Presidente) e RODRIGUES DE AGUIAR.

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Margarida de Figueiredo Álvares
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1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACORDAO/DECISÃO MONOCRÁTICA nfcolotradoía) SOB M llllllllllll 11 llllllllllllllllllllllllllllll Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação n , da Comarca de Valinhos, em que é apelante PREFEITURA MUNICIPAL DE VALINHOS sendo apelado UNIMED CAMPINAS COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO. ACORDAM, em do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "DERAM PROVIMENTO EM PARTE AOS RECURSOS, CONSIDERADO INTERPOSTO O RECURSO OFICIAL. V. U. ", de conformidade com o voto do(a) Relator (a), que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores EUTÁLIO PORTO (Presidente) e RODRIGUES DE AGUIAR. São Paulo, 17 de março de SILVA RUSSO RELATOR

2 Voto n Apelação n Comarca de Valinhos - Campinas/SP PODER JUDICIÁRIO Apelantes: Prefeitura Municipal de Valinhos e Secretário da Fazenda do Município de Valinhos Apelada: Unimed Campinas Cooperativa de Trabalho Médico MANDADO DE SEGURANÇA - ARTIGO 5 o, LXIX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ISSQN - Município de Valinhos Contratos de prestação de serviços de assistência médica (Serviços de planos de saúde e serviços médicos cooperados) - Item 4.23 da Lei n" 3.915, de 29 de setembro de Discussão acerca da incidência do tributo sobre as atividades da impetrante/apelante, a partir do exercício de 2006, além da retenção do imposto, na fonte - Alegada, na ação mandamental, afronta aos artigos 146, inciso III, "c", 156, inciso Dl, 174, 2 o, todos da Constituição Federal de 1988, além do artigo 4 o da Lei n" 5.764, de 16 de dezembro de Interpretação da Súmula 266 do E. STF - Atividade cooperativa - Não incidência - Serviços médico-hospitalares, de todo modo, prestados pelos cooperados Direito líquido e certo demonstrado, quanto à impetrante - Ilegitimidade para demandar em nome de terceiros - Segurança agora concedida apenas em parte - Sentença parcialmente reformada Apelo da municipalidade e recurso oficial, considerado interposto, providos em parte. Cuida-se de recurso de apelação contra a r. sentença de fls. 519/520, a qual julgou procedente o mandado de segurança, para afastar a incidência do ISSQN sobre os serviços da

3 impetrante, a partir do exercício de 2006 e, consequentemente, também afastar a possibilidade de retenção na fonte, desses valores, pelos contratantes, ora apelantes e, julgou o feito extinto, com julgamento do mérito, nos termos do artigo 269, inciso I, do CPC, buscando a municipalidade, a reforma da v. decisão, aduzindo, preliminarmente, ausência dos requisitos necessários àquela concessão, e no mérito, sustenta a impossibilidade, em sede mandamental, discutir-se lei em tese, com fulcro na Súmula 266 do E. STF: "não cabe mandado de segurança contra lei em tese", além de aduzir constitucionalidade e legalidade da cobrança do referido imposto, nos termos da Lei Complementar n 116/03 (fls. 530/537). Recurso tempestivo, isento de preparo, respondido (fls. 589/608) e remetido a este E. Tribunal, tendo a i. Procuradoria Geral de Justiça se manifestado à fls. 624, eximindose de opinar. sentença. É o relatório, em acréscimo ao da r. Considera-se interposto o recurso oficial. Debate-se acerca do item 4.23 da Lei Municipal n 3.915, de 29 de setembro de 2005 (fls. 85/226), que determina a incidência do tributo sobre as atividades da impetrante, ora apelada - de prestação de serviços médicohospitalares por terceiros (cooperados) para terceiros - a partir do exercício de 2006, além da retenção do imposto, na fonte.

4 A Súmula n 266 do Egrégio Supremo Tribunal Federal não se aplica inteiramente, na espécie, uma vez que a testilha abrange a sujeição e o enquadramento das atividades da apelada ao ISSQN, nos termos da aludida legislação federal e municipal, que têm efeitos concretos, pois a tributação é ato vinculado. Logo, a via eleita mostra-se perfeitamente adequada para os fins nela colimados, não se cogitando de carência de ação, tanto mais constando dos autos - como se verá - a contratação da apelada, pela própria apelante. em parte. Mas, no mérito, as insurgências prosperam Assim é, porque embora a apelada opere planos privados de assistência à saúde, tão só atuando como mandatária dos seus cooperados, aliás, conforme ata de assembleia geral'de fls. 60/8, estatuto de fls. 24/59, e contratos à fls. 249/261 e 262/265, não estando sujeita à tributação em testilha, como já definiu o C. Órgão Especial desta C. Corte (cf. Incidente de Inconstitucionalidade n ) - seja porque pratica ato cooperativo, seja porque não preste diretamente os aludidos serviços - ela não pode litigar em nome de outrem - seus tomadores de serviço - para desobrigá-los do recolhimento do imposto na fonte, pois esse dever só a eles compete e nesse ponto, a impetrante enfrenta a vedação do art. 6 o do CPC.

5 Tal não ocorre, porém, no ajuste firmado com a própria municipalidade - de que são provas as notas fiscais de fls. 242 e seguintes - pois esta é a tomadora e executora do ato ilegal, que deve ser coibido, vedando-se ao ente, ainda, efetuar lançamento de ofício relativamente ao imposto, Reitere-se, enfim, que esta impetração envolve a imposição prevista no item 4.23 das listas federal e municipal e não outra, que - de todo modo - deveria considerar diferente base de cálculo e não o valor total da arrecadação da impetrante. Dentro de tais limites, o seu direito líquido e certo está comprovado e a segurança lhe foi bem deferida - nessa parte - merecendo exclusão, apenas quanto ao recolhimento na fonte realizado pelos demais contratantes dos serviços, pelas razões antes alinhavadas. Por tais motivos, para o fim supra, dá-se provimento em parte ao apelo da municipalidade e ao recurso oficial, considerado interposto. SILVA RUSSO

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Registro: 2017.0000281166 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1000011-17.2016.8.26.0595, da Comarca de Serra Negra, em que é apelante