PROPOSTA DE LEI DOS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROPOSTA DE LEI DOS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS"

Transcrição

1 2013 REPÚBLICA DE ANGOLA REPÚBLICA DE ANGOLA COMISSÃO DA REFORMA DO DIREITO E DA JUSTIÇA PROPOSTA DE LEI DOS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS ANTEPROJECTO DE LEI SOBRE O REGIME JURÍDICO DA IMPLEMENTAÇÃO DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DOS TRIBUNAIS RELATÓRIO E PROPOSTA DE LEI O diploma, que por sua vez enquadra-se nos objectivos da respectiva Comissão, fundamentalmente o da reforma da legislação do Sector da Justiça, define no essencial o conteúdo dos actos próprios de advogados e as condições em que a profissão deve ser exercida. Define ainda as sanções jurídicas decorrentes do exercício ilegal da profissão de advogado, bem como os entes com legitimidade para instaurar o competente procedimento criminal COMISSÃO DA REFORMA DO DIREITO E DA JUSTIÇA CRDJ Página 1 de 13

2 PROPOSTA DE LEI DOS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS 1) SUMÁRIO A PUBLICAR NO DIÁRIO DA REPÚBLICA Eis o sumário que deverá constar da I Série do Diário da República (DR): Lei n.º /2013 Lei dos Actos Próprios dos Advogados. 2) NECESSIDADE DA FORMA PROPOSTA PARA O DIPLOMA A presente iniciativa legislativa é apresentada ao abrigo da alínea b) do artigo 161.º, da al. c) do n.º 2 do artigo 166.º, e dos artigos 193.º e 194.º, todos da Constituição da República de Angola (CRA), sob a forma de Proposta de Lei. 3) ACTUAL ENQUADRAMENTO JURÍDICO DA MATÉRIA OBJECTO DO DIPLOMA i. Constituição da República de Angola Decorre dos artigos 193.º, 194.º e 195.º da Constituição da República de Angola (CRA), inseridos na Secção IV Instituições Essenciais à Justiça, do Capítulo IV Poder Judicial, do Título IV Organização do Poder do Estado, o da advocacia como instituição essencial à administração da justiça e do advogado como um servidor da justiça e do direito, incumbido do exercício do patrocínio judiciário nos termos da lei, dos actos profissionais de consultoria e representação jurídicas. À Ordem dos Advogados de Angola, instituição representativa dos licenciados em Direito que exercem a advocacia, independente dos Órgãos do Estado, dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira, patrimonial e regulativa interna, a Constituição confere os poderes de regulação do acesso à advocacia, de disciplina do seu exercício e do patrocínio forense, atenta a Lei e os respectivos Estatutos. ii. Legislação ordinária A regulação do exercício da advocacia bem como da organização e funcionamento da Ordem dos Advogados de Angola, enquanto instituição reitora deste substrato profissional, é hoje fundamentalmente disciplinada pela Lei n.º 1/95, de 6 de Janeiro Lei da Advocacia -, pelos Estatutos da Ordem dos Advogados de Angola, considerada a redacção mais CRDJ Página 2 de 13

3 actualizada no quadro das alterações introduzidas pelo Decreto nº 56/05, de 13 de Maio, pelo Código de Ética e Deontologia Profissional do Advogado e pelo Regulamento Disciplinar dos Advogados de Angola, aprovado na Sessão do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados de Angola, de 21 de Junho de O escopo central da iniciativa ora proposta é o de, nomeadamente, fixar as condições para a prática dos actos próprios do quadro profissional da advocacia, no âmbito das leis acima frisadas. LEGISLAÇÃO A REVOGAR Pelo seu objecto, o presente diploma não aponta nenhum diploma legal a revogar. 4) NOTA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL Eis a nota que se aconselha para os órgãos de comunicação social: O Conselho de Ministros analisou e aprovou o projecto de Lei dos Actos Próprios dos Advogados, diploma que se destina a disciplinar essencialmente a definição dos actos próprios de advogados, as condições de exercício da profissão de advogado, sem demérito dos diplomas reguladores da classe, as sanções jurídicas decorrentes do exercício ilegal da profissão de advogado e da prática ilegal de actos próprios de advogados, bem como os entes com legitimidade para instaurar o competente procedimento criminal. No essencial, com a proposta de Lei dos Actos Próprios dos Advogados visa-se criar um instrumento legal de combate ao exercício ilegal da advocacia por parte de cidadãos nacionais e estrangeiros, a título individual ou em sociedades comerciais ou associações, elencando-se actos próprios dos advogados, as condições referentes à publicidade dos mesmos, o processamento e a aplicação de sanções à violação da Lei, com destaque para as multas, a questão da responsabilidade civil, bem como as questões de correspondência e cooperação entre os advogados. A aprovação desta Lei enquadra-se no Programa de Governação assumido pelo Executivo Angolana que tem como objectivo estratégico a criação de um sistema de acesso ao direito e à justiça, no cumprimento das orientações constitucionais que concebem a Ordem dos Advogados, entidade reitora dos interesses da classe e do exercício da Advocacia em Angola, enquanto instituição essencial à administração da justiça, importante servidora da justiça e do direito. 5) SÍNTESE DO CONTEÚDO DO DIPLOMA 1. Análise na generalidade É visível o crescimento da cultura jurídica e da busca por soluções qualificadas nos planos jurídico e judicial, mediante a solicitação crescente da intervenção de peritos e profissionais das áreas do direito e visando conferir tutela bastante aos interesses controvertidos que, amiúde, irrompem na vida em sociedade. CRDJ Página 3 de 13

4 O exercício da advocacia, da assistência e do patrocínio judiciário, enquanto instrumentos essenciais à realização da justiça e à garantia da prossecução e protecção qualificada dos interesses da sociedade e dos cidadãos, tem registado índices de ascensão nos últimos anos, motivando a respeito da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) esforços renhidos no domínio das politicas de gestão e controlo interesses, garantias e condicionalismos da classe. Assiste-se em Angola ao exercício ilegal da advocacia por parte de cidadãos nacionais, quer a título individual, quer em sociedades comerciais ou associações de Advogados, consubstanciado fundamentalmente na falta de inscrição na OAA para o efeito no exercício ilegal de actividades de consultoria e da prática de actos de advocacia específicos, ao arrepio dos interesses da classe. Não menos grave, é o constatado envolvimento de advogados, sociedades de advogados e profissionais forenses estrangeiros (com grande destaque para os portugueses e brasileiros), motivado muitas vezes pela contratação por entidades privadas e até públicas angolanas, ao arrepio das exigências de formalização da respectiva actuação segundo os cânones procedimentais para o efeito definidos pela OAA. Com o aumento da crise económica e da depressão da economia em Portugal, na Europa em geral e noutras áreas do mundo, os advogados estrangeiros passaram a encarar o mercado angolano como uma natural expansão do seu território para aqui exercerem a sua actividade. A fraca sensibilidade do sistema de controlo bem como o potencial e tão divulgado crescimento económico do país constituem os atractivos que têm motivado a demanda de importação de patrocínio forense, na óptica dos prevaricadores. Esta situação é intolerável e até imoral, arrastando consigo um agrupado de inconvenientes que vão desde (i) a fuga ao fisco pelo não pagamento de impostos devidos em função do exercício duma profissão em Angola, (ii) a fraca ou inexistente contribuição para a optimização profissional dado que não formam jovens angolanos, (iii) similar repercussão no sector de empregos (não criam empregos), (iv) isenção ético-deontológica e profissional dado que não têm as obrigações a que estão vinculados os advogados angolanos, quer de índole deontológica, quer de responsabilidade social (nomeadamente executada pela realização de defesas oficiosas ) e (iv) não executam o trabalho mais penoso da advocacia em Angola que é a actividade processual que se desenrola nos tribunais e junto das entidades de investigação. E quase sempre exercem a actividade em Luanda canalizando para si o trabalho melhor remunerado e menos penoso de realizar, tendo muitas vezes o ensejo audacioso de justificar tal procedimento com a débil formação dos advogados angolanos. A maior parte dos estrangeiros que exercem advocacia em Angola está devidamente informada sobre a impossibilidade de fazê-lo e que os advogados angolanos estão CRDJ Página 4 de 13

5 imperativamente impedidos de exercer actividade forense nos respectivos países. Mas porque tal é, não poucas vezes, é consentido ou solicitado, tais profissionais ignoram as barreiras e mesmo assim operam e publicitam esse exercício, com total impunidade, convencidos que em Angola não existem meios para pôr cobro a essa situação. Por essa razão a OAA apresentou ao Executivo e este aprimorou por acção da Comissão de Reforma da Justiça e do Direito, criada a luz do Despacho Presidencial n.º 124/12, de 27 de Novembro, a presente proposta de Lei, enquanto instrumento importante de luta contra o exercício ilegal da advocacia e a prática ilegal de actos próprios dos advogados. O diploma, que, por sua vez, se enquadra-se nos objectivos da respectiva Comissão, fundamentalmente o da reforma da legislação do sector da Justiça, define, no essencial, o conteúdo dos actos próprios dos advogados e as condições em que a profissão deve ser exercida. Define ainda as sanções jurídicas decorrentes do exercício ilegal da profissão de advogado, bem como os entes com legitimidade para instaurar o competente procedimento criminal. De um modo geral, a presente lei passa em revista um conjunto de matérias de elevada importância para o exercício legal da profissão, nomeadamente, a publicidade dos actos próprios dos advogados, o processamento e aplicação das multas, a questão da responsabilidade civil, a correspondência e cooperação entre os advogados. A preparação da presenta proposta de Lei contou com a assimilação de contributos jurídicos dos ordenamentos jurídicos já balizados com a experiência dos actos próprios dos advogados, em especial do ordenamento jurídico português. Não é uma lei contra os estrangeiros; é uma lei contra os estrangeiros que não respeitam as leis de Angola e fazem alarde disso. Pelo presente relatório, não só se pretende em certa medida justificar a racionalidade de algumas das medidas introduzidas, como ainda se pretende levar ao conhecimento de V. Excelências todo um conjunto de aspectos que certamente influenciam o regime que se pretende ver aprovado. 2. Análise na especialidade. A presente proposta de Lei comporta 17 (dezassete) artigos distribuídos nos termos que se seguem: O artigo 1.º da presente Lei fixa, de forma objectiva, as pessoas habilitadas para praticar os actos próprios dos advogados; são os advogados inscritos na Ordem dos Advogados de Angola, sem prejuízo dos juristas nacionais ou estrangeiros, Mestres e Doutores enquadrados nas condições definidas pela presente proposta de Lei Os artigos 2.º e 5.º definem os actos próprios dos advogados e as condições de exercício da advocacia, bem como de ostentação do título de Advogado. CRDJ Página 5 de 13

6 Os artigos 3.º e 4.º elucidam sobre a independência e garantias dos advogados no exercício da profissão em conformidade com a lei vigente, nomeadamente os Estatutos da OAA, a Lei da Advocacia, o Código de Ética e Deontologia Profissional do Advogado bem como como o Regulamento Disciplinar dos Advogados de Angola. Os artigos 6.º, 7.º, 8.º e 9.º estão já mais direccionados para aquilo que é o exercício ilegal da advocacia e dos actos próprios dos advogados. Destaca-se o artigo 7.º, o qual reconduz as situações de violação da presente lei ao tipo criminal de exercício ilegal de profissão, previsto e punível pela legislação penal angolana; punem-se, nos mesmos termos, quer os agentes directos do crime, quer os auxiliares e colaboradores. A extensão da punição a estes últimos tem por intuito tornar a lei mais eficaz, sem que se possam frustrar os ideais e objectivos protectivos da presente proposta de Lei. A Lei penaliza a infracção em causa por via do regime já previsto no Código Penal Angolano, preferindo moldar-se às oscilações de regime decorrentes da aprovação de um Código Penal novo, o qual poderá efectivamente alterar as molduras sancionatórias actualmente previstas. O n.º 3 do artigo em questão estabelece a obrigação especial da OAA de recorrer aos instrumentos legais adequados para a repressão do exercício ilegal da profissão. O artigo 8.º fixa as entidades com legitimidade para denunciar as pessoas que pratiquem actos próprios de advogados em violação da presente Lei. Já o artigo 9.º proíbe a publicidade de actos próprios de advogados, fixando multas para as violações ao disposto neste artigo. O artigo 11.º estabelece o destino das receitas resultantes da percepção das multas resultantes da violação da presente Lei e aplicáveis pelos tribunais. Nesta ordem de ideias, o referido preceito legal estabelece que 50% do proveito das multas são afectados ao orçamento geral do Estado e os outros 50% são colocados sob gestão da Ordem de Advogados de Angola. O artigo 13.º regula o exercício de advocacia em regime de subordinação, impondo, no essencial, os mesmos deveres e concedendo os mesmos direitos aos assessores jurídicos das empresas. Os artigos 14.º e 16 são de acentuada importância porque traçam respectivamente os regimes da cooperação dos advogados estrangeiros (e das sociedades de advogados estrangeiras) com os advogados inscritos na OAA, bem como da possibilidade de os advogados angolanos integrarem-se em sociedades de CRDJ Página 6 de 13

7 advogados de âmbito internacional, desde que preencham as condições exigidas por Lei. No geral, eis o conteúdo da proposta de lei que ora se apresenta. 6) Índice Sistemático LEI N.º /13, de de LEI DOS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS. Artigo 1.º - Exercício da advocacia; Artigo 2.º - Actos próprios dos advogados; Artigo 3.º - Independência; Artigo 4.º - Liberdade de exercício; Artigo 5.º - Título profissional; Artigo 6.º - Escritório de consulta jurídica; Artigo 7.º - Crime de exercício ilegal de profissão; Artigo 8.º - Procedimento criminal; Artigo 9.º - Publicidade de actos próprios dos advogados; Artigo 10.º - Processamento e aplicação das multas; Artigo 11.º - Produto das multas; Artigo 12.º - Responsabilidade civil; Artigo 13.º - Exercício da advocacia em regime de subordinação; Artigo 14.º - Correspondência e cooperação entre advogados; Artigo 15.º - Organizações internacionais; Artigo 16.º - Dúvidas e omissões; Artigo 17.º - Entrada em vigor. CRDJ Página 7 de 13

8 LEI N.º /13 De de. A Constituição da República de Angola aprovada em 05 de Fevereiro de 2010 considera a advocacia como sendo uma instituição essencial à administração da justiça. A Lei n.º 1/95, de 6 de Janeiro, que aprova a criação da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) e os seus estatutos proíbe a prática da advocacia a advogados não inscritos na OAA. Não obstante a proibição referida, a verdade é que se vem assistindo ao exercício da advocacia em Angola por parte das mais variadas entidades, nomeadamente, advogados estrangeiros sem inscrição na Ordem dos Advogados de Angola, associações e até sociedades estrangeiras e nacionais. Pelas razões acima referidas é necessário a adopção de uma lei que defina com clareza o que são actos próprios dos advogados. Nestes termos, a Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposições combinadas da alínea b) do artigo 161.º e da alínea c) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos da Constituição da República de Angola, a seguinte: LEI DOS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS Artigo 1.º (Exercício da Advocacia) 1. Apenas os licenciados em Direito com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados de Angola podem praticar os actos próprios dos advogados. 2. Podem ainda exercer consultoria jurídica os juristas, nacionais ou estrangeiros, de reconhecido mérito e os mestres e doutores em Direito cujo grau seja reconhecido em Angola, inscritos para o efeito na Ordem dos Advogados de Angola, nos termos de um processo especial a definir nos Estatutos. 3. Os mestres e doutores em Direito, docentes das Faculdades de Direito nacionais ou estrangeiros, podem elaborar pareceres escritos sem estarem sujeitos à inscrição na Ordem dos Advogados de Angola. Artigo 2.º CRDJ Página 8 de 13

9 (Actos próprios dos advogados) 1. São actos próprios dos advogados: a) O exercício do mandato forense em qualquer tribunal, incluindo os tribunais arbitrais; b) A consulta jurídica a entidades públicas e privadas. c) A elaboração de contratos e a prática dos actos preparatórios tendentes à constituição, alteração ou extinção de negócios jurídicos, designadamente os praticados junto das entidades reguladoras do investimento privado, de conservatórias e cartórios notariais, órgãos da Administração Central e Local do Estado; d) As negociações tendentes à cobrança de créditos; e) O exercício do mandato no âmbito de actos administrativos ou tributários; f) Acompanhamento de clientes a reuniões e entrevistas com quaisquer autoridades. 2. Consideram-se actos próprios dos advogados os que, nos termos dos números anteriores, forem exercidos no interesse de terceiros e no âmbito de actividade profissional, sem prejuízo das competências próprias atribuídas às demais profissões ou actividades cujo acesso ou exercício é regulado por lei. Artigo 3.º (Independência) O advogado, no exercício da profissão, mantém sempre, em qualquer circunstância, a sua independência, devendo agir livre de qualquer pressão ou coacção, especialmente a que resulte dos seus próprios interesses ou de influências exteriores, abstendo-se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente, aos colegas, ao tribunal ou a terceiros. Artigo 4.º (Liberdade de Exercício) Os advogados e advogados estagiários com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados de Angola não podem ser impedidos, por qualquer autoridade pública ou privada, de praticar os actos próprios dos advogados, nem o seu acesso às instituições públicas pode ser negado por qualquer funcionário público, dentro dos limites da lei. Artigo 5.º (Título Profissional) O título profissional de advogado está exclusivamente reservado aos licenciados em Direito com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados de Angola, bem como a quem, nos termos do respectivo estatuto, reúne as condições necessárias para o adquirir. Artigo 6.º CRDJ Página 9 de 13

10 (Escritório de procuradoria ou de consulta jurídica) 1. Com excepção dos escritórios ou gabinetes compostos exclusivamente por advogados, é proibido o funcionamento de escritório ou gabinete, constituído sob qualquer forma jurídica, que preste a terceiros serviços que compreendam, ainda que isolada ou marginalmente, a prática de actos próprios dos advogados. 2. A violação da proibição estabelecida disposta no número anterior confere à Ordem dos Advogados de Angola o direito de requerer junto das autoridades judiciais competentes o encerramento do escritório ou gabinete que pratique actos próprios dos advogados sem para tal estar autorizado. Artigo 7.º (Crime de exercício ilegal de profissão) 1. A prática de actos de advocacia em violação ao disposto artigo 2º da presente lei, bem como a visita e o aconselhamento de clientes em território angolano visando a prática profissional de actos próprios dos advogados em território angolano, constitui crime de exercício ilegal de profissão que é punível nos termos da legislação penal. 2. Os auxiliares ou colaboradores da prática de actos ilegais de advocacia são punidos nos termos referidos no número anterior. 3. A Ordem dos Advogados de Angola tem a particular obrigação de recorrer aos instrumentos legais adequados para reprimir o exercício ilegal de actos próprios de advogados, praticados por cidadãos nacionais e estrangeiros não inscritos na Ordem dos Advogados de Angola. Artigo 8.º (Procedimento Criminal) 1. O procedimento criminal pode ser requerido por qualquer interessado ou pela Ordem dos Advogados de Angola. 2. A Ordem dos Advogados de Angola como interessada pode, nos termos da lei do Processo Penal, requerer a sua constituição como assistente no processo-crime que vier a ser instaurado contra a entidade que pratique ilegalmente actos próprios dos advogados. Artigo 9.º (Publicidade de Actos Próprios de Advogados) 1. É proibida a promoção, divulgação ou publicidade de actos próprios dos advogados, quando efectuada por pessoas, singulares ou colectivas, não autorizadas a praticar os mesmos. CRDJ Página 10 de 13

11 2. Quem violar o disposto no número anterior incorre no pagamento de uma multa que varia de AKZ AKZ ,00, (10 milhões de kwanzas) a AKZ ,00 (cem milhões de kwanzas). 3. No caso de reincidência a multa deve aproximar-se do limite máximo. 4. A Ordem dos Advogados de Angola deverá elaborar um cadastro do qual constem todas as entidades que tiverem sido alvo de condenação. 5. Os representantes legais das pessoas colectivas, ou os sócios das sociedades irregularmente constituídas, respondem solidariamente pelo pagamento das multas referidas nos números anteriores. Artigo 10.º (Processamento e Aplicação das Multas) 1. O processo para averiguação da violação do disposto no artigo anterior é da competência do Ministério Público, mediante denúncia das entidades referidas no número 1 do artigo 8.º da presente lei. 2. Compete ao Tribunal a aplicação das multas previstas no artigo anterior. Artigo 11.º (Produto das Multas) O produto das multas é distribuído da seguinte forma: a) 50% para o Orçamento Geral do Estado; b) 50% para a Ordem dos Advogados de Angola. Artigo 12.º (Responsabilidade Civil) 1. Os actos praticados em violação do disposto no artigo 1.º presumem-se culposos, para efeitos de responsabilidade civil. 2. A Ordem dos Advogados de Angola tem legitimidade para intentar acções de responsabilidade civil, tendo em vista o ressarcimento de danos decorrentes da lesão dos interesses públicos que lhe cumpre, nos termos dos respectivos estatutos, assegurar e defender. 3. As indemnizações previstas no número anterior revertem para um fundo destinado à formação dos advogados inscritos na Ordem dos Advogados de Angola e a outros fins de interesse da classe. CRDJ Página 11 de 13

12 Artigo 13.º (Exercício da Advocacia em Regime de Subordinação) 1. Os advogados e assessores jurídicos de empresa estão sujeitos aos mesmos deveres e beneficiam dos mesmos direitos estabelecidos para os demais advogados em regime liberal. 2. O exercício da consulta jurídica em regime de exclusividade para os serviços em que estão integrados, por licenciados em direito que exerçam a profissão em regime de trabalho subordinado, ainda que em tempo parcial, não obriga à inscrição na Ordem dos Advogados de Angola. 3. Não estando esses profissionais obrigados à inscrição na Ordem dos Advogados de Angola, nada impede, no entanto, que o façam, contanto que reúnam os requisitos e observem os procedimentos estabelecidos para o efeito. 4. Mesmo que não inscritos e nos termos dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Angola, quando esses advogados exerçam consulta jurídica em regime de trabalho subordinado, o contrato de trabalho por eles celebrado não pode afectar a sua plena isenção e independência técnica e científica perante a entidade patronal, nem violar os estatutos da Ordem dos Advogados de Angola. Artigo 14.º (Correspondência e Cooperação entre Advogados) 1. É permitido o estabelecimento de relações de correspondência e cooperação entre advogados inscritos na Ordem de Advogados de Angola e advogados estrangeiros, nos termos da presente lei e dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Angola. 2. A existência de relações de correspondência e cooperação entre advogados inscritos na Ordem dos Advogados de Angola e advogados estrangeiros tem como base: a) A colaboração em termos de clientela comum que consiste no envio pelo correspondente exterior de clientes que, uma vez em Angola, passam a ser clientes do correspondente angolano, podendo ou não haver negociação entre os correspondentes sobre honorários; b) A vinda de clientes do correspondente exterior acompanhados deste, que pode realizar reuniões fora ou no escritório do correspondente angolano. c) A troca de informações e intercâmbio profissional de natureza técnico-jurídica, nomeadamente de legislação, doutrina e jurisprudência; 3. Na situação referida na alínea b) do n.º 2 do presente artigo, a intervenção do correspondente exterior será sempre secundária podendo apenas intervir a pedido e para complementar o correspondente angolano. 4. O contacto e assistência aos clientes locais têm que passar obrigatoriamente por advogados autorizados a exercer advocacia em território angolano, não podendo os correspondentes estrangeiros estabelecer em território angolano qualquer tipo de contacto directo com instituições angolanas. CRDJ Página 12 de 13

13 5. Os escritórios de advogados angolanos não podem ter advogados estrangeiros a trabalhar neles por tempo superior a trinta dias, nos termos definidos no número 3 do presente artigo. 6. Os advogados bem como as sociedades de advogados estrangeiros podem publicitar as suas relações de correspondência e cooperação com advogados angolanos, podendo estes fazer o mesmo relativamente aos estrangeiros. 7. Os acordos de correspondência e cooperação devem ser depositados na Secretaria da Ordem dos Advogados de Angola. Artigo 15.º (Organizações Internacionais) Os advogados podem integrar organizações internacionais de advogados: a) Desde que não percam a sua individualidade e independência; b) Não se coloquem em situação de subordinação relativamente a essa organização; e c) Sejam acautelados os demais requisitos legais sobre a publicidade da actividade e o próprio exercício da profissão de advogado na República de Angola. Artigo 16.º (Dúvidas e Omissões) As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e da aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia Nacional. Artigo 17.º (Entrada em Vigor) A presente lei entra em vigor à data da sua publicação Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos de de O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos Promulgada aos de de O Presidente da República José Eduardo dos Santos. CRDJ Página 13 de 13

CRIAÇãO DE GABINETE SOCIAL DE APOIO JURíDICO A UTENTES CARENCIADOS

CRIAÇãO DE GABINETE SOCIAL DE APOIO JURíDICO A UTENTES CARENCIADOS CRIAÇãO DE GABINETE SOCIAL DE APOIO JURíDICO A UTENTES CARENCIADOS Parecer do Conselho Geral N.º 11/PP/2011, de 18 de Junho de 2012 Relator: Dr. Marcelino Pires Parecer A Comissão Social de Freguesias

Leia mais

Lei n.º 66/98 de 14 de Outubro

Lei n.º 66/98 de 14 de Outubro Lei n.º 66/98 de 14 de Outubro Aprova o estatuto das organizações não governamentais de cooperação para o desenvolvimento A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 161.º, alínea c), 166.º,

Leia mais

CONSELHO DE MINISTROS

CONSELHO DE MINISTROS CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.º 35/02 de 28 de Junho Considerando a importância que a política comercial desempenha na estabilização económica e financeira, bem como no quadro da inserção estrutural

Leia mais

Ministério da Ciência e Tecnologia

Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Decreto n.º4/01 De 19 de Janeiro Considerando que a investigação científica constitui um pressuposto importante para o aumento da produtividade do trabalho e consequentemente

Leia mais

Ministério do Ambiente

Ministério do Ambiente Ministério do Ambiente Assembleia Nacional Lei n. º 3/06 de 18 de Janeiro Torna se necessário regular o direito de participação e de intervenção das Associações de Defesa do Ambiente na gestão ambiental

Leia mais

Decreto n.o 7/90. de 24 de Março

Decreto n.o 7/90. de 24 de Março Decreto n.o 7/90 de 24 de Março Os Decretos executivos n.ºs 5/80 e 57/84, de 1 de fevereio e de 16 de Agosto respectivamente, pretenderam estabelecer os princípios regulamentadores da actividade das Representações

Leia mais

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA MUNICÍPIO DE AZAMBUJA REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA Aprovado por deliberação da Assembleia Municipal de 19 de Abril de 2011. Publicado pelo Edital n.º 73/2011. Em vigor desde 27

Leia mais

Instrumento que cria uma Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa

Instrumento que cria uma Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa Instrumento que cria uma Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Criação 1. A Conferência dos Ministros da Justiça

Leia mais

ASSEMBLÉIA NACIONAL CAPÍTULO I

ASSEMBLÉIA NACIONAL CAPÍTULO I ASSEMBLÉIA NACIONAL Lei n.º 3/94 de 21 de Janeiro O Regime Jurídico dos Estrangeiros na República de Angola é parcialmente regulado pela Lei n.º 4/93, de 26 de Maio e pelo Decreto n.º 13/78, de 1º de Fevereiro.

Leia mais

Artigo 2 (Proibição do Secretismo) As associações não podem ter carácter secreto.

Artigo 2 (Proibição do Secretismo) As associações não podem ter carácter secreto. EXTRACTO 1: Lei nº 8/91 1, de 18 de Julho, Regula o direito a livre associação Preâmbulo O direito a livre associação constitui uma garantia básica de realização pessoal dos indivíduos na vida em sociedade

Leia mais

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste:

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste: Protocolo de Cooperação Relativo ao Desenvolvimento do Centro de Formação do Ministério da Justiça de Timor-Leste entre os Ministérios da Justiça da República Democrática de Timor-Leste e da República

Leia mais

DECRETO N.º 37/VIII. Artigo 1.º Objecto. Artigo 2.º Sentido e extensão

DECRETO N.º 37/VIII. Artigo 1.º Objecto. Artigo 2.º Sentido e extensão DECRETO N.º 37/VIII AUTORIZA O GOVERNO A ALTERAR O REGIME JURÍDICO QUE REGULA A ENTRADA, PERMANÊNCIA, SAÍDA E AFASTAMENTO DE ESTRANGEIROS DO TERRITÓRIO NACIONAL A Assembleia da República decreta, nos termos

Leia mais

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição.

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição. TÍTULO VII - Regiões autónomas Artigo 225.º (Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira) 1. O regime político-administrativo próprio dos arquipélagos dos Açores e da Madeira fundamenta-se nas

Leia mais

Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril. Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril

Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril. Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril O quadro jurídico-legal Geral das Instituições Financeiras, aprovado pela Lei n.º 13/05, de

Leia mais

Casa do Direito, Abre essa porta!

Casa do Direito, Abre essa porta! Casa do Direito, Abre essa porta! Apresentação do Projecto Organização Actividades Decreto-lei nº62/2005 de 10 de Outubro Garantir a protecção e o exercício dos direitos do cidadão bem como a observância

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º./X ALTERA O ESTATUTO DOS DEPUTADOS, ADITANDO NOVOS IMPEDIMENTOS. Exposição de motivos

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º./X ALTERA O ESTATUTO DOS DEPUTADOS, ADITANDO NOVOS IMPEDIMENTOS. Exposição de motivos Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º./X ALTERA O ESTATUTO DOS DEPUTADOS, ADITANDO NOVOS IMPEDIMENTOS Exposição de motivos O debate em torno da transparência da vida democrática e do sistema político tem

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES (aprovado por deliberação de Câmara de 16 de junho de 2011 em conformidade com as orientações do Conselho Nacional para

Leia mais

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Artigo 102.º Objecto É aprovado o regime especial aplicável aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento

Leia mais

Ministério da Comunicação Social

Ministério da Comunicação Social Ministério da Comunicação Social Decreto Executivo Nº 80 /2007 de 2 de Julho Convindo regulamentar o funcionamento do Gabinete de Intercâmbio Internacional do Ministério da Comunicação Social; Nestes termos,

Leia mais

Decreto-Lei n.º 228/2000 de 23 de Setembro

Decreto-Lei n.º 228/2000 de 23 de Setembro Não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República. Decreto-Lei n.º 228/2000 de 23 de Setembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 211-A/2008, de 3 de Novembro) A supervisão

Leia mais

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde DECRETO N.º 418/XII Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 - A

Leia mais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval. Capitulo I Disposições Gerais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval. Capitulo I Disposições Gerais Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval Capitulo I Disposições Gerais Artigo 1º (Âmbito) 1. O Banco Local de Voluntariado do Cadaval, adiante designado por BLVC, tem como entidade

Leia mais

Secretariado do Conselho de Ministros

Secretariado do Conselho de Ministros Secretariado do Conselho de Ministros Decreto Lei n.º 8/01 de 31 de Agosto Diário da República I Série N.º 40, 31 de Agosto de 001 Considerando que o estatuto orgânico do Secretariado do Conselho de Ministros,

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei Da Nacionalidade Lei N.º 01/05 De 01 de Julho Tornando se necessário proceder a alterações das principais regras sobre a atribuição, aquisição e perda da

Leia mais

MINISTÉRIO DO COMÉRCIO

MINISTÉRIO DO COMÉRCIO MINISTÉRIO DO COMÉRCIO REGULAMENTO INTERNO DAS REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS DA REPÚBLICA DE ANGOLA NO ESTRANGEIRO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º (Natureza) As representações são órgãos de execução

Leia mais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art. 21º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV) competências

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE. Preâmbulo

CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE. Preâmbulo CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONCHIQUE Preâmbulo Considerando que a participação solidária em acções de voluntariado, definido como conjunto de acções de interesse

Leia mais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE BIOTECNOLOGIA REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. CAPÍTULO I Das disposições gerais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE BIOTECNOLOGIA REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. CAPÍTULO I Das disposições gerais UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE BIOTECNOLOGIA REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO CAPÍTULO I Das disposições gerais ARTIGO 1 (Denominação, natureza jurídica e finalidade) O Centro de Biotecnologia,

Leia mais

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO. Deontologia Profissional. Programa

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO. Deontologia Profissional. Programa COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO Deontologia Profissional Programa A - INTRODUÇÃO À DEONTOLOGIA 1. A Deontologia Profissional: Noção e análise da Deontologia Profissional como elemento comum a outras

Leia mais

Diário da República, 1.ª série N.º 133 13 de Julho de 2009 4449. (CNC), anexo ao presente decreto -lei e que dele faz parte integrante. Artigo 2.

Diário da República, 1.ª série N.º 133 13 de Julho de 2009 4449. (CNC), anexo ao presente decreto -lei e que dele faz parte integrante. Artigo 2. Diário da República, 1.ª série N.º 133 13 de Julho de 2009 4449 Decreto-Lei n.º 160/2009 de 13 de Julho Com a aprovação de um novo Sistema de Normalização Contabilística, inspirado nas normas internacionais

Leia mais

Ministério do Comércio

Ministério do Comércio Ministério do Comércio Decreto executivo nº 75/00 de 10 de Novembro Convindo complementar e actualizar a legislação vigente aplicável ao processo de importação e exportação de mercadorias por forma a adequá

Leia mais

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009)

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) LEGISLAÇÃO Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) ( DR N.º 21, Série I 30 Janeiro 2009 30 Janeiro 2009 ) Emissor: Ministério do Trabalho

Leia mais

ASSEMBLEIA DO POVO. Lei n.º 19/91 De 25 de Maio

ASSEMBLEIA DO POVO. Lei n.º 19/91 De 25 de Maio ASSEMBLEIA DO POVO Lei n.º 19/91 De 25 de Maio A grande maioria dos imóveis existentes no país constitui propriedade estatal, quer por reversão, ao abrigo do artigo 1.º, n.º 1 da Lei n.º 43/76, de 19 de

Leia mais

disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO

disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO A disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO Lei n.º 71/98 de 3 de Novembro de 1998 Bases do enquadramento jurídico do voluntariado A Assembleia da República decreta, nos termos do artigo 161.º, alínea c), do

Leia mais

REPÚBLICA DE ANGOLA. Lei n.º 2/13 de 7 de Março

REPÚBLICA DE ANGOLA. Lei n.º 2/13 de 7 de Março REPÚBLICA DE ANGOLA ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n.º 2/13 de 7 de Março O Orçamento Geral do Estado é o principal instrumento da política económica e financeira do Estado Angolano que, expresso em termos de

Leia mais

Ministério do Comércio

Ministério do Comércio Ministério do Comércio DECRETO /07 Havendo necessidade de se proceder a actualização da regulamentação da Lei nº.5/97 de Junho, relativamente às operações de mercadorias, em conformidade com o consignado

Leia mais

Ministério dos Petróleos

Ministério dos Petróleos Ministério dos Petróleos Decreto Executivo nº 196/08 de 16 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições relativas as entidades exploradoras dos armazéns e das redes e ramais

Leia mais

Informação complementar ao Relatório de Governo das Sociedades referente ao Exercício de 2007

Informação complementar ao Relatório de Governo das Sociedades referente ao Exercício de 2007 BANIF SGPS S.A. Sociedade Aberta Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Funchal Sede Social: Rua de João Tavira, 30, 9004 509 Funchal Capital Social: 250.000.000 Euros * Número único de matrícula

Leia mais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NOS DOMÍNIOS DO EQUIPAMENTO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES.

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NOS DOMÍNIOS DO EQUIPAMENTO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Decreto n.º 28/98 de 12 de Agosto Protocolo de Cooperação entre a República Portuguesa e a República da Guiné-Bissau nos Domínios do Equipamento, Transportes e Comunicações, assinado em Bissau em 11 de

Leia mais

Ministério dos Petróleos

Ministério dos Petróleos Ministério dos Petróleos Decreto Executivo nº 197/08 de 16 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições relativas ao estatuto das entidades inspectoras das redes e ramais de

Leia mais

Decreto n.º 94/03, de 14 de Outubro

Decreto n.º 94/03, de 14 de Outubro Decreto n.º 94/03, de 14 de Outubro Página 1 de 30 Na sequência da aprovação do estatuto orgânico do Ministério do Urbanismo e Ambiente, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 4/03, de 9 de Maio, no qual se prevê

Leia mais

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO PREÂMBULO CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Princípios Artigo 3.º Finalidades Artigo 4.º Atribuições Artigo 5.º Relações

Leia mais

Regulamento do Centro de Ciências Matemáticas

Regulamento do Centro de Ciências Matemáticas Centro de Ciências Matemáticas Campus Universitário da Penteada P 9000-390 Funchal Tel + 351 291 705181 /Fax+ 351 291 705189 ccm@uma.pt Regulamento do Centro de Ciências Matemáticas I Disposições gerais

Leia mais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO. A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO. A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO Entre A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa coletiva n.º 503692310 com sede na Av.ª Barbosa du Bocage, 45 em LISBOA, representado pelo seu

Leia mais

Tax News Flash n.º 7/2015 Construir o futuro

Tax News Flash n.º 7/2015 Construir o futuro 8 de Outubro de 2015 Tax News Flash n.º 7/2015 Construir o futuro Aprovação do Regulamento do Procedimento para a Realização do Investimento Privado realizado ao abrigo da Lei do Investimento Privado em

Leia mais

Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro. Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro

Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro. Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro Considerando que o Executivo tem vindo a atribuir maior importância à renovação do sistema

Leia mais

Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4

Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4 LEGAL FLASH I ANGOLA Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS 2 LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4 I. REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 127/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 127/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 127/XII Exposição de Motivos A Lei n.º 63-A/2008, de 24 de novembro, que estabelece medidas de reforço da solidez financeira das instituições de crédito no âmbito da iniciativa para

Leia mais

Ministério da Indústria

Ministério da Indústria Ministério da Indústria Lei de Alteração à Lei das Privatizações ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n.º 8/03 de 18 de Abril Considerando que da interpretação e aplicação dos artigos 2.º e 3.º da Lei n.º 19/91, de

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE SOCIEDADES PROFISSIONAIS DE TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS E NOMEAÇÃO PELAS SOCIEDADES DE CONTABILIDADE DO RESPONSÁVEL TÉCNICO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito O

Leia mais

Setembro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES CAMBIAIS DE INVISÍVEIS CORRENTES

Setembro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES CAMBIAIS DE INVISÍVEIS CORRENTES LEGAL FLASH I ANGOLA Setembro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES CAMBIAIS DE INVISÍVEIS CORRENTES 2 LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 5 SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

Leia mais

REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DOS SOLICITADORES

REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DOS SOLICITADORES REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DOS SOLICITADORES 1 Com rigoroso respeito pelo Estatuto, pelos direitos e deveres deontológicos, pelo segredo profissional e pelas normas legais externas sobre publicidade e

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei da Observação Eleitoral LEI N.º 4/05 De 4 de Julho Convindo regular a observação eleitoral quer por nacionais quer por estrangeiros; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

Administração de Macau pelas suas Gentes e Alto Grau de Autonomia

Administração de Macau pelas suas Gentes e Alto Grau de Autonomia Sistema Político Administração de Macau pelas suas Gentes e Alto Grau de Autonomia A 20 de Dezembro de 1999 Macau passa a Região Administrativa Especial da República Popular da China, sendo simultaneamente

Leia mais

Estatuto do Direito de Oposição

Estatuto do Direito de Oposição Estatuto do Direito de Oposição Lei n.º 24/98, de 26 de Maio A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 114.º, 161.º, alínea c), 164.º, alínea h), e 166.º, n.º 3, e do artigo 112.º, n.º

Leia mais

Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo

Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art.º 21.º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado

Leia mais

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 27 de Fevereiro de 2012 O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 Introdução O Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de Fevereiro, que regula a execução do Orçamento do Estado para 2012, aprovado

Leia mais

REGULAMENTO DE REGISTO E INSCRIÇÃO DOS ADVOGADOS PROVENIENTES DE OUTROS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA

REGULAMENTO DE REGISTO E INSCRIÇÃO DOS ADVOGADOS PROVENIENTES DE OUTROS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA REGULAMENTO DE REGISTO E INSCRIÇÃO DOS ADVOGADOS PROVENIENTES DE OUTROS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA ARTIGO 1.º O presente Regulamento estabelece os requisitos de registo e inscrição na Ordem dos

Leia mais

Ministério das Finanças

Ministério das Finanças Ministério das Finanças Lei n 5/97 de 27 de Junho Lei Cambial PREÂMBULO Considerando que como consequência da reorganização do sistema financeiro, torna se indispensável actualizar princípios e normas

Leia mais

NOVA LEI DA IMIGRAÇÃO

NOVA LEI DA IMIGRAÇÃO 19 de Junho de 2007 NOVA LEI DA IMIGRAÇÃO Cláudia do Carmo Santos Advogada OBJECTIVOS Desburocratização de procedimentos Adequação da lei em vigor à realidade social Atracção de mão-de-obra estrangeira

Leia mais

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal concretizado, designadamente através de políticas de desenvolvimento cultural,

Leia mais

GOVERNO. Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Estatal

GOVERNO. Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Estatal REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE GOVERNO Decreto N. 2/ 2003 De 23 de Julho Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Estatal O Decreto Lei N 7/ 2003 relativo à remodelação da estrutura orgânica

Leia mais

ESTATUTOS. Artigo 1.º Denominação e sede

ESTATUTOS. Artigo 1.º Denominação e sede ESTATUTOS Artigo 1.º Denominação e sede 1. A associação adopta a denominação CAAD Centro de Arbitragem Administrativa. 2. A associação tem a sua sede na Avenida Duque de Loulé, n.º 72 A, freguesia de Santo

Leia mais

Ministério do Comércio

Ministério do Comércio Ministério do Comércio Decreto Executivo nº /07 De 03 de Setembro Convindo regulamentar o funcionamento do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério do Comércio; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 O Decreto-Lei n.º 28/2008 publicado em Diário da República, 1ª série, Nº 38, de 22 de Fevereiro de 2008, que criou os agrupamentos de Centros

Leia mais

INSTRUÇÃO 1/2006 INSTRUÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS A ADOPTAR PARA CUMPRIMENTO DOS DEVERES DE NATUREZA PREVENTIVA DA PRÁTICA DOS CRIMES DE

INSTRUÇÃO 1/2006 INSTRUÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS A ADOPTAR PARA CUMPRIMENTO DOS DEVERES DE NATUREZA PREVENTIVA DA PRÁTICA DOS CRIMES DE INSTRUÇÃO 1/2006 INSTRUÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS A ADOPTAR PARA CUMPRIMENTO DOS DEVERES DE NATUREZA PREVENTIVA DA PRÁTICA DOS CRIMES DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E DE FINANCIAMENTO AO TERRORISMO

Leia mais

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS REGULAMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS N.º 2 do art.º 62.º do Decreto-Lei n.º 487/99, de 16 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2008, de 20 de Novembro PREÂMBULO

Leia mais

Decreto n.º 51/98 Protocolo Adicional ao Acordo Judiciário entre Portugal e São Tomé e Príncipe, assinado em Luanda em 18 de Julho de 1997

Decreto n.º 51/98 Protocolo Adicional ao Acordo Judiciário entre Portugal e São Tomé e Príncipe, assinado em Luanda em 18 de Julho de 1997 Decreto n.º 51/98 Protocolo Adicional ao Acordo Judiciário entre Portugal e São Tomé e Príncipe, assinado em Luanda em 18 de Julho de 1997 Nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição,

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DO GABINETE DO PRESIDENTE

REGULAMENTO INTERNO DO GABINETE DO PRESIDENTE REGULAMENTO INTERNO DO GABINETE DO PRESIDENTE CAPÍTULO I Objecto ARTIGO.º (Objecto) O presente regulamento define a composição e o regime jurídico do pessoal do Gabinete do Presidente do Tribunal de Contas.

Leia mais

Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social

Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social Ter, 02 de Junho de 2009 18:38 Administrador REPÚBLICA DE ANGOLA Conselho de Ministros Decreto-lei nº 8 /07 de 4 de

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL O presente instrumento regulamenta a composição, exercício da competência, deveres, funcionamento e serviços de apoio do Conselho Fiscal da Sonae SGPS, SA. COMPOSIÇÃO 1.

Leia mais

Autorização para o exercício da actividade de seguros

Autorização para o exercício da actividade de seguros Autorização para o exercício da actividade de seguros Entidade competente: Seguros (AMCM DSG) Autoridade Monetária de Macau Departamento de Supervisão de Endereço :Calçada do Gaio, N 24 e 26, Macau Telefone

Leia mais

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO SER BEBÉ

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO SER BEBÉ ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO SER BEBÉ Associação Portuguesa para a Saúde Mental da Primeira Infância (versão corrigida de acordo com as indicações da Procuradoria da República) Artigo 1º 1 - Denominação e natureza

Leia mais

REGULAMENTO DO PROVEDOR DO CLIENTE DAS EMPRESAS DO GRUPO EDP

REGULAMENTO DO PROVEDOR DO CLIENTE DAS EMPRESAS DO GRUPO EDP REGULAMENTO DO PROVEDOR DO CLIENTE DAS EMPRESAS DO GRUPO EDP Aprovado em reunião do Conselho de Administração Executivo da EDP Energias de Portugal, S.A. (EDP) em 25 de Março de 2008 Capítulo I Disposições

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território Decreto Lei n.º 16/99 de 22 de Outubro Havendo necessidade de se reestruturar o estatuto orgânico do Ministério da Administração do território no quadro da reorganização

Leia mais

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ARTIGO 1.º (Âmbito e Aplicabilidade) 1. O presente regulamento estabelece as regras

Leia mais

ACORDO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DE ANGOLA

ACORDO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DE ANGOLA ACORDO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DE ANGOLA A República Portuguesa e a República de Angola: Animadas pela vontade de estreitar os laços de amizade e de

Leia mais

Regulamento do Conselho Municipal de Juventude. de S. João da Madeira. Artigo 1º. Definição. Artigo 2º. Objecto. Artigo 3º.

Regulamento do Conselho Municipal de Juventude. de S. João da Madeira. Artigo 1º. Definição. Artigo 2º. Objecto. Artigo 3º. Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de S. João da Madeira Artigo 1º Definição O Conselho Municipal de Juventude é o órgão consultivo do município sobre matérias relacionadas com a política de

Leia mais

Decreto-Lei nº 70/2004, de 25 de Março

Decreto-Lei nº 70/2004, de 25 de Março Decreto-Lei nº 70/2004, de 25 de Março O Decreto-Lei nº 172/99, de 20 de Maio, reconheceu no ordenamento nacional os warrants autónomos qualificando-os como valores mobiliários. Em decorrência de normas

Leia mais

IV GOVERNO CONSTITUCIONAL PROPOSTA DE LEI N.º /2010 FUNDO FINANCEIRO IMOBILIÁRIO

IV GOVERNO CONSTITUCIONAL PROPOSTA DE LEI N.º /2010 FUNDO FINANCEIRO IMOBILIÁRIO IV GOVERNO CONSTITUCIONAL PROPOSTA DE LEI N.º /2010 DE DE FUNDO FINANCEIRO IMOBILIÁRIO A presente Lei cria o Fundo Financeiro Imobiliário e estabelece o respectivo regime jurídico. Os princípios de planeamento,

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal nas áreas da cultura, da acção social, das actividades

Leia mais

MEMORANDUM. No entanto, o exercício de funções pode ser acumulado com outras funções públicas ou com funções/atividades privadas.

MEMORANDUM. No entanto, o exercício de funções pode ser acumulado com outras funções públicas ou com funções/atividades privadas. Assunto: Acumulação de funções. MEMORANDUM Nos termos do artigo 26º do novo regime de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores da Administração Pública (LVCR) aprovado pela Lei n.º

Leia mais

Empreendedorismo e Segurança Jurídica. António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL

Empreendedorismo e Segurança Jurídica. António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL Empreendedorismo e Segurança Jurídica António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL Empreendedorismo a criação/investimento num ambiente de risco acrescido.. Empreendedorismo

Leia mais

Definição do conceito fiscal de prédio devoluto

Definição do conceito fiscal de prédio devoluto Definição do conceito fiscal de prédio devoluto A dinamização do mercado do arrendamento urbano e a reabilitação e renovação urbanas almejadas no Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), aprovado pela

Leia mais

Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado.

Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado. 1 Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado. Artigo 25.º, n.ºs 3 e 4 da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto O valor da remuneração do(s)

Leia mais

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado Regulamento dos Estágios da Assembleia da República para Ingresso nas Carreiras Técnica Superior Parlamentar, Técnica Parlamentar, de Programador Parlamentar e de Operador de Sistemas Parlamentar Despacho

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE CAMINHA

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE CAMINHA REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE CAMINHA PREÂMBULO O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art. 21, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado

Leia mais

AUTORIZA O GOVERNO A ALTERAR A ESTRUTURA ORGÂNICA E AS ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO DE ESTRANGEIROS E FRONTEIRAS, REVOGANDO O DECRETO-LEI N

AUTORIZA O GOVERNO A ALTERAR A ESTRUTURA ORGÂNICA E AS ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO DE ESTRANGEIROS E FRONTEIRAS, REVOGANDO O DECRETO-LEI N DECRETO N.º 36/VIII AUTORIZA O GOVERNO A ALTERAR A ESTRUTURA ORGÂNICA E AS ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO DE ESTRANGEIROS E FRONTEIRAS, REVOGANDO O DECRETO-LEI N.º 440/86, DE 31 DE DEZEMBRO, ESPECIALMENTE PARA

Leia mais

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro O Decreto nº 31/94, de 5 de Agosto, estabelece no ponto 2 do artigo 18º, a obrigatoriedade da criação e organização de Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho

Leia mais

Lei n 5/97, de 27 de Junho Lei Cambial

Lei n 5/97, de 27 de Junho Lei Cambial Lei n 5/97, de 27 de Junho Lei Cambial PREÂMBULO Considerando que como consequência da reorganização do sistema financeiro, torna-se indispensável actualizar princípios e normas até ao momento vigentes

Leia mais

ANTEPROJECTO DE DECRETO-LEI RELATIVO AOS SEGUROS DE GRUPO

ANTEPROJECTO DE DECRETO-LEI RELATIVO AOS SEGUROS DE GRUPO ANTEPROJECTO DE DECRETO-LEI RELATIVO AOS SEGUROS DE GRUPO CONTRIBUTIVOS Nos contratos de seguro de grupo em que os segurados contribuem para o pagamento, total ou parcial, do prémio, a posição do segurado

Leia mais