Análise do Impacto Socioeconômico da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias nos municípios lindeiros ao Reservatório

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1 1 Análise do Impacto Socioeconômico da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias nos municípios lindeiros ao Reservatório Área: Economia Categoria: PESQUISA Fabio Luiz Roman UNIOESTE Mariângela Alice Pieruccini Souza UNIOESTE Av. Brasil 7201 Centro Cascavel PR Resumo A análise do processo de desenvolvimento de regiões que sofrem alterações significativas por conta de eventos como a construção de barragens é cada vez mais relevante. Este trabalho discute o impacto socioeconômico da construção de uma Usina Hidrelétrica entre as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná na região denominada como Salto Caxias. Para tanto, foi analisada a dinâmica socioeconômica dos municípios lindeiros ao reservatório. Especificamente, buscou-se apresentar as principais características econômicas da região de Salto Caxias entre 1970 e 2007, bem como, identificar as alterações proporcionadas na dinâmica socioeconômica regional pela usina hidrelétrica. Metodologicamente o trabalho pautou-se na análise estatística tradicional dos dados secundários coletados. Os resultados apontados pela pesquisa revelam que houve uma melhora significativa em toda a região, quando se consideram os aspectos relativos ao desenvolvimento regional. Ressalta-se, entretanto, que um maior planejamento regional em termos de investimento dos recursos recebidos se faz cada vez mais necessária para que a melhoria na arrecadação, visível nos últimos anos na região de Salto Caxias, seja utilizada de forma eficiente para a geração de desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida da população. Palavras-chave: Usina Hidrelétrica de Salto Caxias; região de Salto Caxias; planejamento e desenvolvimento regional.

2 2 Análise do Impacto Socioeconômico da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias nos municípios lindeiros ao Reservatório Resumo Área: Economia Categoria: PESQUISA A análise do processo de desenvolvimento de regiões que sofrem alterações significativas por conta de eventos como a construção de barragens é cada vez mais relevante. Este trabalho discute o impacto socioeconômico da construção de uma Usina Hidrelétrica entre as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná na região denominada como Salto Caxias. Para tanto, foi analisada a dinâmica socioeconômica dos municípios lindeiros ao reservatório. Especificamente, buscou-se apresentar as principais características econômicas da região de Salto Caxias entre 1970 e 2007, bem como, identificar as alterações proporcionadas na dinâmica socioeconômica regional pela usina hidrelétrica. Metodologicamente o trabalho pautou-se na análise estatística tradicional dos dados secundários coletados. Os resultados apontados pela pesquisa revelam que houve uma melhora significativa em toda a região, quando se consideram os aspectos relativos ao desenvolvimento regional. Ressalta-se, entretanto, que um maior planejamento regional em termos de investimento dos recursos recebidos se faz cada vez mais necessária para que a melhoria na arrecadação, visível nos últimos anos na região de Salto Caxias, seja utilizada de forma eficiente para a geração de desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida da população. Palavras-chave: Usina Hidrelétrica de Salto Caxias; região de Salto Caxias; planejamento e desenvolvimento regional. 1. INTRODUÇÃO A partir da década de 1970, o Brasil buscou dinamizar a infra-estrutura como uma das condições primordiais para o crescimento da economia. Inúmeras foram as iniciativas voltadas à produção de energia hidroelétrica, das quais se pode destacar: na região Nordeste, a construção das usinas de Sobradinho e Itaparica, na Norte, Tucuruí e Balbina, na Sudeste, São Simão e Jaguará e na região Sul, Itaipu. Para a produção de energia elétrica proveniente de uma fonte limpa e renovável no País, o Rio Iguaçu, no estado do Paraná, configurou-se, a partir da década de 1970, como importante agente provedor de condições no que tange à infra-estrutura energética, pelas suas quedas e potencial hídrico natural. A palavra Iguaçu significa água grande na etimologia tupi-guarani. Este é o maior rio paranaense, nasce próximo à Serra do mar, em Piraquara, com o nome de Iraizinho e percorre no sentido leste-oeste km, até formar as Cataratas do Iguaçu, separando o Brasil da Argentina. Junto ao rio, na região Oeste do estado, próximo à sua foz no rio Paraná, divisa territorial com a fronteira Brasil-Argentina, situa-se também o Parque Nacional do Iguaçu.

3 Quanto à questão do potencial hidrelétrico do rio Iguaçu, o Relatório de Impacto Ambiental RIMA (1993) ressalta que os recursos da bacia do rio Iguaçu foram inventariados como parte dos Estudos Energéticos da Região Sul do Brasil ENERSUL, executados ainda em meados dos anos 1967/69. Nesse documento, foram elaboradas as definições da divisão das quedas disponíveis ao longo do rio Iguaçu que em seu curso principal caracterizou-se pelos seguintes aproveitamentos: salto São Mateus a 813 km da foz, Lança a 674 km, Salto Grande a 610 km, Foz do Areia a 550 km, Segredo a 446 km, Salto Santiago a 368 km, Salto Osório a 300 km, Cruzeiro a 284 km, Salto Caxias a 208 km e Capanema a 150 km. Atualmente, existem mais quatro usinas em operação no curso principal do rio Iguaçu, além de Salto Caxias, são elas: Foz do Areia, com um potencial instalado de MW, seguida por Salto Santiago com MW, Segredo MW e Salto Osório com MW. A Usina Hidrelétrica de Salto Caxias é a quinta usina instalada ao longo do rio Iguaçu e foi inaugurada em 26 de março de Os principais afluentes do rio Iguaçu com cursos inundados pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias são os rios Tormenta, Adelaide, Guarani, Jaracatiá e Chopin. Sua capacidade de produção total é de 5,4 bilhões de quilowatts-hora por ano, o que corresponde a 40% da capacidade de geração de energia elétrica do estado do Paraná e mais de 30% do consumo paranaense e sua potência é de MW. Os municípios com parte de seus territórios inundados pelo reservatório são: Capitão Leônidas Marques, Boa Vista da Aparecida, Três Barras do Paraná, Nova Prata do Iguaçu, Salto do Lontra, Cruzeiro do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu, São Jorge do Oeste e Quedas do Iguaçu. A construção da mesma e conseqüente formação do reservatório, atingiu propriedades, cerca de hectares os quais, segundo a Copel, indenizou até julho de 1997, não ficando de fora nenhuma propriedade atingida. Apesar de seguir orientação legal, além do visível esforço para minimizar os impactos do empreendimento, não há como negar a modificação do ambiente. Isso pode ser compreendido mediante a injeção de recursos pelo aproveitamento do meio ambiente, topografia e potencial hídrico para a formação do reservatório. Mesmo considerando a necessidade relativa à formação do reservatório para a geração de energia hidroelétrica, este configura-se como responsável maior por uma significativa reorganização do espaço regional, seja pela realocação dos recursos daquela região, seja pelas novas possibilidades e potencialidades de que este dispõe para oferecer a região. Muitas áreas ficaram submersas e com elas muitas pessoas que ali viviam tiveram que ser indenizadas, saindo à procura de um novo ambiente para viver. Isso trouxe consigo a reestruturação de inúmeras comunidades e até mesmo o desaparecimento de outras. Muitos agricultores foram para outras cidades, conduzidos por programas de reassentamento, instalados pela empresa responsável pela obra, outros trocaram o campo pela cidade. Houve ainda, aqueles que, teimando em se estabelecer em regiões próximas de onde viviam tiveram que reestruturar suas próprias vidas e estabelecer novas relações com o ambiente geoeconômico e sócio-cultural. Não obstante, muitos foram os questionamentos feitos pela população local a respeito da instalação do reservatório e sobre a capacidade das autoridades em promover o desenvolvimento social e econômico local, de forma a minimizar os diversos impactos a que foram submetidos no período de desapropriação, indenização e reorganização regional, para implementação da Usina. É inegável o fato de que a construção da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, trouxe aos municípios lindeiros (municípios que margeiam os reservatórios), uma nova dinâmica de crescimento econômico. Considera-se, inclusive, o recebimento de royalties, pois estes 3

4 4 municípios recebem compensação financeira por terem perdido parte de seus territórios quando da formação do reservatório. Dessa forma, de que modo foi possível o estabelecimento de uma nova reorganização do espaço regional? É possível identificar a reestruturação das atividades econômicas em função da formação do reservatório? A princípio, pode-se inferir que, as condições relacionadas à formação do reservatório e construção da usina, trouxeram consigo uma nova dinâmica na busca do desenvolvimento regional, pois houve uma reorientação das economias locais em função de suas novas peculiaridades. Portanto, o presente artigo justifica-se diante da importância da análise do impacto econômico direto do reservatório da usina hidrelétrica de Salto Caxias nessa região. De forma mais concisa, justifica-se por procurar, a partir das diferentes noções relacionadas ao desenvolvimento regional, analisar a questão da reorganização do espaço e reestruturação das atividades produtivas locais, com o evento denominado Salto Caxias. Embora já existam estudos elaborados neste sentido, como o trabalho de Lima et all. (2002), estes se limitam aos primeiros três anos após a implantação da usina, utilizando-se a base de dados relativa ao período 1991 a A elaboração deste trabalho pretende, portanto, complementar as informações existentes. Os municípios lindeiros ao lago e à usina, apesar de estarem diretamente ligados entre si pela construção deste empreendimento voltado à produção de energia elétrica, fazem parte de duas mesorregiões distintas, oeste/sudoeste, trazendo com essa divisão suas especificidades quanto à formação dos municípios, seu povoamento, cultura, entre outras características, mas apresentando em comum, aspectos relacionados à topografia, a produção agrícola e pecuária caracterizando, por conseguinte, a região como produtora de alimentos a partir de pequenas propriedades rurais de cunho familiar. Estes municípios são: Capitão Leônidas Marques, Boa Vista da Aparecida, Três Barras do Paraná, Nova Prata do Iguaçu, Salto do Lontra, Cruzeiro do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu, São Jorge do Oeste e Quedas do Iguaçu. Para a caracterização das principais variáveis econômicas dos municípios lindeiros antes da formação do reservatório de Salto Caxias, foram levantadas informações secundárias junto ao IBGE 1, IPARDES 2 e, a partir desta base estruturou-se a apresentação dos dados e informações referenciadas. 2. O DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DINÂMICA TERRITORIAL Uma primeira observação sobre desenvolvimento regional remete à noção de região. Para Corrêa (2003) a região deve ser vista como uma dimensão espacial das especificidades sociais em uma totalidade espaço-social. Ou, em outras palavras, é a realização de um processo geral, universal, em um quadro territorial menor, onde se combinam o geral, o modo dominante de produção, o capitalismo, e o particular, com uma natureza já transformada, heranças culturais e materiais e determinada estrutura social, ou seja, determinações já efetivadas. A partir dessas reflexões, toma-se como referência a observação de Gomes (2001, p.67): Para compreender uma região é preciso viver a região. Portanto, é pela vivência das regiões que se podem expressar as possibilidades de desenvolvimento regional. A leitura elaborada por Boisier (1989), ressalta que a utilização dos recursos naturais atenua ou anula os efeitos depressivos das políticas nacionais e da transformação de impulsos 1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2 Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

5 5 de crescimento em estados de desenvolvimento e da própria capacidade de organização social de uma comunidade. Isso se torna particularmente importante quando se analisam questões voltadas à formação de reservatórios, pois há uma mudança significativa no ambiente produtivo regional dali derivada. É possível orientar os esforços produtivos da região que passa por intensas transformações buscando seu crescimento econômico. O crescimento econômico de uma região é condição necessária para o processo de desenvolvimento. No entanto, o desenvolvimento de uma região, como fenômeno diferente do simples crescimento, implica a capacidade de internalizar regionalmente o próprio crescimento. Em linguagem econômica, equivale à capacidade para reter e reinvestir na região uma proporção significativa do excedente gerado pelo crescimento econômico. Dessa forma, o desenvolvimento implica também uma situação de crescente inclusão social, tanto na apropriação de resultados da atividade econômica como em processos tipicamente políticos. (BOISIER, 1989). Assim, como propõe Dallabrida (2000), na busca de um novo padrão de desenvolvimento é preciso fazer uma opção preferencial: insere-se a região no padrão hegemônico de desenvolvimento em que a reconstrução do território resulta na geração de novos empreendimentos regionais. Tais empreendimentos são vistos unicamente, como a oportunidade de investimento para gerar lucros aos que tem excedentes de capital para aplicar, sejam agentes locais ou não. Nesse contexto a preservação ambiental, por exemplo, passa a ser um detalhe e acontece à medida que oportuniza mais lucro. Projeta-se a reordenação de território, ou seja, elabora-se um novo padrão de ocupação e uso do território regional, que privilegie a projeção de políticas, interesses, racionalidades e valores econômicos, sociais, culturais e ambientais da parcela da população regional que busca a agregação de valor à sua atividade, geralmente não com o fim de acumular lucros, mas de garantir a sua sobrevivência digna e sadia. Para Dallabrida (2000), a ordem econômico-social imposta pelos atores hegemônicos em escala planetária não contribui para a construção de um processo de desenvolvimento regional pautado nas idéias de autonomia e territorialidade. Isso exige a inclusão do princípio da endogenização. Trata-se, fundamentalmente, de contemplar as necessidades e aspirações da coletividade regional no processo de desenvolvimento. Dessa forma, Trintin et al. (2003), orientam-se pela noção de desenvolvimento endógeno, como um processo interno de ampliação contínua da capacidade de agregação de valor sobre a produção, bem como a capacidade de absorção da região, cujo desdobramento é a retenção do excedente econômico gerado na economia local ou atração de excedentes provenientes de outras regiões resultando, assim, na ampliação do emprego, do produto e da renda regional. 3. DESENVOLVIMENTO REGIONAL E O RESERVATÓRIO DE SALTO CAXIAS 3.1 Características socioeconômicas dos municípios lindeiros ao reservatório de Salto Caxias entre Para conhecer a organização social bem como a formulação das políticas públicas próprias à região é importante mencionar a caracterização econômica da região de Salto Caxias num período anterior à formação do reservatório bem como sua configuração recente.

6 A questão demográfica, crescimento do Produto Interno Bruto na região de Salto Caxias Todos os municípios da região de Salto Caxias apresentavam aspectos homogêneos Boa Esperança do Iguaçu Boa Vista da Aparecida Capitão L. Marques no que tange ao seu perfil sócio-econômico até o momento da formação do reservatório. Durante o período de 1970 a 1985, a região apresentou uma expansão quanto à população residente, o que não pode ser observado nos anos subseqüentes. Isso se deveu, em parte, à expansão do ciclo da hortelã e, posteriormente à produção das lavouras de feijão, ainda que com características vinculadas à policultura familiar. Até 1980, os municípios apresentavam aumentos populacionais expressivos e Quedas do Iguaçu apresentou o maior crescimento ficando na ordem de 79%. Após 1980, observou-se um decréscimo generalizado do número de habitantes nestes municípios. Capitão Leônidas Marques, obteve um expressivo decréscimo de 65%, considerando-se aqui a perda populacional decorrente do desmembramento dos municípios de Boa Vista da Aparecida em 1985 e Santa Lúcia em Observa-se que houve nesta região uma evolução de 57% de 1970 a 1985, e a partir de 1985 para 2000 ocorreu uma redução de aproximadamente 10%. Cabe acrescentar que, neste período, praticamente cessaram os trabalhos que exigiam maior número de mão-de-obra na construção da barragem além do reassentamento das famílias atingidas em outros municípios. De 2000 a 2007, porém, houve aumento próximo de 5% o que sinaliza para possíveis ganhos na circulação da renda local. A Tabela 01, na seqüência, apresenta a evolução da população residente nessa região no período de 1970 a TABELA 01 - POPULAÇÃO RESIDENTE POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1970/2007 MUNICÍPIOS POPULAÇAO/ANO Capitão L Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova Prata do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge d Oeste Três Barras do Paraná TOTAL REGIONAL Fontes: IBGE, 1996; IBGE, 2000; IBGE, 2008; IPARDES, 2001 Pode-se verificar que houve significativa evasão da população principalmente a partir de 1985 e isso proporcionou modificações no conjunto da População Economicamente

7 7 Ativa (PEA) de alguns municípios da região de Salto Caxias, que também sofreu redução. A Tabela 02 expressa essa redução. TABELA 02 - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA PEA, POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1991/2007 MUNICÍPIOS PEA Boa Esperança do Iguaçu Boa Vista da Aparecida Capitão L. Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova Prata do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge d Oeste Três Barras do Paraná TOTAL REGIONAL Fontes: IBGE, 1991; PARANACIDADE, 2001 e SERT, 2001 Durante o período de 1991 a 1995, no início dos trabalhos de construção da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, houve um aumento considerável em todos os municípios, no tocante à população economicamente ativa. Capitão Leônidas Marques demonstra queda pelo mesmo fato citado anteriormente, a saber, a emancipação do município de Santa Lúcia em Outro aspecto que pode ser considerado na análise do perfil regional refere-se aos indicativos da produção regional, mensurados por meio do Produto Interno Bruto Municipal. Na seqüência, pela Tabela 03, observa-se a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado no início dos anos Nota-se que a região apresentou um crescimento entre 1970 e 1985 de aproximadamente 47%, decaindo 28% de 1985 a 1990, voltando a crescer de 1990 a 1996 em torno de 47%. De 1996 a 2005 verifica-se um crescimento de 377,3%. Dentre os municípios desta região, a maior evolução foi de Três Barras do Paraná com 87% de 1990 a 1996, seguido de Salto do Lontra com 36% e Nova Prata do Iguaçu com 31%. A menor evolução no período de 1990 a 1996 foi de Capitão Leônidas Marques com 14%, no entanto, de 1996 a 2005, este município demonstrou um crescimento de 1693,6%. Apesar destas taxas, Quedas do Iguaçu teve a maior participação regional com 28% do PIB regional em Em 2005, porém, Capitão Leônidas Marques se destaca com 46,87% do PIB regional. Já Três Barras do Paraná teve uma participação regional de 15% em 1996, ou seja, uma evolução de 4% em seis anos, obtendo de 2002 a 2005, 130,26% de crescimento. Os outros municípios também apresentaram evolução positiva neste indicador. Os investimentos em infra-estrutura nos municípios da região de Salto Caxias, efetivados pela Copel, atingiram o patamar de 250 milhões de reais, ao passo que a obra custou até o momento de sua conclusão aproximadamente 1 bilhão e 250milhões de reais. Isto representa 20% do custo da usina de Salto Caxias. No início dos anos 2000, a economia local apresentava dinamização diferenciada em reação aos períodos antecedentes. A indústria de Capitão Leônidas Marques, se desenvolve neste período.

8 8 TABELA 03 - PRODUTO INTERNO BRUTO PIB, POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1970/2005 MUNICÍPIOS PIB MUNICIPAL (em mil reais) Boa Esperança do Iguaçu Boa Vista da Aparecida Capitão L. Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova Prata do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge d Oeste Três Barras do Paraná TOTAL REGIONAL Fontes: IPEA, 2002; IBGE, 2008, PIB municipal ; IPARDES, 2008 * Os valores encontrados de 1970 a 1998 todos estavam baseados na moeda dólar com base no ano de 1998, convertido para Reais nesta Tabela a partir da média da cotação do dólar anual daquele período, chegando a valores aproximados.

9 Atividades comerciais e industriais na região de Salto Caxias Embora sejam limitadas e pouco dinâmicas as atividades comerciais sobrepõem-se às atividades industriais no contexto regional. A partir da Tabela 04, observa-se a distribuição dos estabelecimentos por ramos de atividade. Pode-se constatar, dessa forma, que o maior dinamismo regional encontra-se na atividade do comércio varejista que representa 63,8% dos números de estabelecimentos do total de atividades da região. A indústria fica com o segundo lugar, 17%, comparativamente às atividades comerciais. TABELA 04 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS POR RAMOS DE ATIVIDADE NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 2006 DISTRIBUIÇÀO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS MUNICÍPIOS ( Número de estabelecimentos) Indústria Comércio Varejista Comercio atacadista Serviços Boa E. do Iguaçu Boa V. da Aparecida Capitão L. Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova P. do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge D'Oeste Três Barras do Paraná TOTAL REGIONAL Fonte: PARANACIDADE 2007 Levando-se em consideração as atividades a partir da análise regional, nota-se que a atividade do comércio varejista se sobressai as demais atividades, correspondendo a 63,79% do total de estabelecimentos das atividades analisadas na tabela anterior. A atividade industrial assume a segunda posição correspondendo a aproximadamente 17% do total dos estabelecimentos. Dentre os municípios, é mais expressiva a atividade comercial em Quedas do Iguaçu correspondendo a 26,23% aproximadamente de todo a atividade regional. Já Capitão Leônidas Marques fica como o segundo lugar em expressividade nesta atividade com o correspondente a 15,36% aproximadamente em relação à atividade regional. Já no que se refere ao comércio atacadista, Salto do Lontra é responsável pelo maior número de estabelecimentos com aproximadamente 26,78% em relação à região, seguido de Nova Prata do Iguaçu com 17,85% aproximadamente. No que se refere aos estabelecimentos da atividade industrial, Quedas do Iguaçu tem maior participação em relação aos demais municípios analisados, e representa aproximadamente 29,62% do total dos estabelecimentos da regiao, seguido por Capitão Leônidas Marques com 17,28% e de Salto do Lontra com 13,58% de participação neste total Estrutura fundiária e atividades agrícolas na região de Salto Caxias. Quando se refere à utilização das terras, ao relevo da região, a maioria das propriedades rurais encontra-se em locais acidentados, com pouca planície e várias ondulações que dificultam o cultivo de lavouras temporárias em escala comercial mais ampliada.

10 10 Como foi apresentado anteriormente, o processo de colonização dos municípios vinculados a região de Salto Caxias configurou-se em meio a situações conflituosas, tendo a agricultura familiar maior representatividade nas atividades rurais locais. Na mesma propriedade os agricultores cultivam lavouras como o milho, o feijão, a soja, a mandioca, o arroz e, ainda criam animais, sejam eles bovinos, suínos ou aves. A tabela 05, na sequencia, mostra que, as pequenas propriedades familiares, embora mercantilizadas, muitas vezes encontram grandes dificuldades diante do mercado em função das pequenas escalas de produção praticadas. Entre 1996 e 2006, a utilização das terras apresentou uma queda de aproximadamente 11% na área de cultivo da lavoura, seja ela permanente ou temporária. Também, houve uma queda nas áreas de pastagens, naturais e plantadas, de aproximadamente 2%. No entanto, quanto à área de matas e florestas, sejam elas plantadas ou naturais, houve um aumento de aproximadamente 60% 3. Nesta tabela são apresentadas as principais características no que tange à utilização das terras. Nessa base, desenvolveram-se as especializações agropecuárias modernas que abastecem o mercado. Dentre os municípios analisados, Quedas do Iguaçu obteve maior variação de 1996 a 2006, em termos de utilização das terras. Este município teve uma queda de aproximadamente 40% em sua área de lavouras e de aproximadamente 28% nas pastagens. Ocorreu de forma bem diferente quanto às matas e florestas, nas quais obteve um aumento de utilização da área para este fim de 28% aproximadamente. A presença local da empresa Giacometti Marodin é sugestiva para o aumento das áreas de florestas já que sua atividade principal vincula-se à exploração madeireira. Na região como um todo, de 1996 a 2006, a utilização das terras para fim de lavouras sinalizou uma queda aproximada de 11%, enquanto as pastagens tiveram uma ligeira queda, ou seja, aproximadamente 1%. Quanto às matas e florestas, neste mesmo período, houve um aumento próximo de 61% na utilização das terras. A produção agrícola da região é expressiva, pois grande parte dos municípios da região de Salto Caxias dependem diretamente da agricultura como fonte de recursos. 3 Neste trabalho não foi possível distinguir este aumento como sendo de aumento de áreas de preservação ou reflorestamentos para fins de comércio.

11 11 TABELA 05 - UTILIZAÇÃO DAS TERRAS POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1996/2006 ÁREA TOTAL (ha) MUNICÍPIOS Lavouras (ha) Pastagens (ha) Matas e Florestas (ha) Lavouras (há) Pastagens (ha) Matas e Florestas (ha) Boa E. do Iguaçu Boa V. da Aparecida Capitão L. Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova Prata do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge d Oeste Três Barras do Paraná TOTAL REGIONAL Fontes: IBGE Censo Agropecuário , Paraná

12 12 Uma observação que pode ser elaborada no que tange às lavouras temporárias refere-se ao cultivo da soja. Quanto à soja comum, houve aumento de aproximadamente 60% na área plantada. Segundo Bulhões (2008), no período compreendido entre 1993 e 2003, a história da agricultura paranaense se confunde com a expansão da soja dentro e fora do Estado, sobretudo, a partir da década de Ela contou com uma política de crédito favorável, demanda externa crescente, incentivos governamentais, investimentos em pesquisa, entre outros. Tal cenário não foi diferenciado na região de Salto Caxias, sendo expressiva a expansão da produção de soja na região. O mesmo autor observa ainda, que na verdade, a soja em seu processo inicial de cultivo, no Rio Grande do Sul, ocorreu em pequenas e médias propriedades familiares com até 50 ha. O mesmo aconteceu no Paraná, no entanto, com o processo de modernização agrícola, melhoramento genético, rápido avanço da fronteira agrícola dentro e fora do Estado do Paraná, principalmente, a partir da década de 1970, o cultivo da soja em larga escala, completamente mecanizada e com uso de técnicas modernas de produção passou a ser prática dominante. Em contrapartida, verificou-se a redução na área plantada das culturas de arroz, feijão, milho e trigo com redução, respectivamente de, 84%, 46%, 29%, 42%, na área plantada de 1990 a A cultura com maior área plantada da região foi o milho ao longo dos 5 períodos analisados, em segundo lugar, a soja e em terceiro, o feijão. Portanto, no conjunto das atividades econômicas da região de Salto Caxias as atividades agrícolas caracterizam-se, por uma participação expressiva no âmbito regional No entanto, a partir da formação do reservatório novas situações podem ser verificadas. Para que se possa compreender essa região, em suas novas características, faz-se necessário resgatar, inicialmente, a condição de desapropriação das terras para a formação do reservatório em Salto Caxias. Essa noção permite que, na seqüência, sejam analisadas as novas características relacionadas aos setores econômicos regionais, bem como as modificações nos valores adicionados da produção dos municípios dessa região. São ainda analisadas as compensações financeiras recebidas por conta das áreas atingidas ressaltando-se, por fim as possíveis utilizações econômicas proporcionadas pela formação do reservatório. 3.2 O PROCESSO INICIAL DE DESAPROPRIAÇÃO DAS TERRAS E A FORMAÇÃO DO RESERVATÓRIO A construção da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias produziu diferenciadas respostas na região atingida. Isso foi possível por meio de conseqüências diretas, ou seja, através da obra em si, pelo reflexo que esta trouxe na variação da população residente, ou ainda, conseqüências indiretas. Tais conseqüências indiretas referem-se às variações da população economicamente ativa a partir da inundação causada pelo reservatório, após conclusão da obra e anterior indenização e desapropriação. Foram indenizadas propriedades, aproximadamente 600 famílias em nove municípios, totalizando uma área de hectares. O reservatório ocupa uma área de 131 Km 2, também distribuído ao longo dos municípios. Embora a formação do reservatório tenha sido efetivada num ambiente de conflitos entre produtores rurais com áreas atingidas e Copel, é válido assinalar que houve mudanças positivas no contexto econômico. Na seqüência são apresentadas as principais características relacionadas aos setores econômicos, bem como níveis de arrecadação dos municípios.

13 Setores Econômicos, valor adicionado e aspectos tributários na região de Salto Caxias. A maior dinamização dos setores econômicos além da agricultura, sinalizou para um aumento do Valor Adicionado (VA) 4, conforme demonstra a Tabela 6. Os dados apresentados nesta tabela mostram alterações positivas na região a partir da metade dos anos Notouse uma melhora de 160% no Valor Adicionado entre 1994 e 1997, passando para 259,9% entre 1997 e A maioria dos municípios obteve melhoria nos seus valores, quase todos dobrando o seu valor de 1997 a O município que teve a menor evolução de 1997 a 2005 foi Salto do Lontra com aproximadamente 113%. TABELA 6 - VALOR ADICIONADO VA, POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1994/2005 MUNICÍPIOS 1994 VALOR ADICIONADO (R$) Boa Esperança do Iguaçu Boa Vista da Aparecida Capitão L. Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova Prata do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge d Oeste Três Barras do Paraná TOTAL REGIONAL Fontes: IPARDES 2001; 2005 Na seqüência, outra variável que contribui para a análise das transformações experimentadas pelas economias dos municípios é a participação dos setores econômicos no Valor Adicionado (VA). A Tabela 7 permite inferir que a participação dos setores industriais nos municípios proporcionou mudanças setoriais importantes na composição do valor adicionado regional. 4 O Valor Adicionado VA, descrito pela Lei Complementar 63 de 11 de janeiro de 1990, no seu artigo 3, diz: o VA corresponderá, para cada Município, ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das prestações de serviços no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas em cada ano civil. Se VA é o total das saídas menos as entradas em valores reais, pode-se ter um VA muito alto sem gerar riquezas ou até um VA menor, caindo, mas a riqueza aumentar.

14 14 TABELA 7- PARTICIPAÇÃO DOS SETORES ECONÔMICOS NO VALOR ADICIONADO POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1994/2005 PARTICIPAÇÃO (%) MUNICÍPIOS Agropecuária Indústria Serviços Agropecuária Indústria Serviços Agropecuária Indústria Serviços Boa Esperança do Iguaçu 42,9 13,96 43,14 39, ,46 52,17 41,47 6,36 Boa Vista da Aparecida 29,39 21,82 48,79 25,35 21,58 53,07 30,9 64,75 4,35 Capitão L. Marques 35,41 19,54 45,06 32,27 25,56 42,17 18,66 76,6 4,74 Cruzeiro do Iguaçu 38,77 15,76 45,48 35,43 17, ,62 59,48 2,9 Nova Prata do Iguaçu 39,01 17,11 43,89 32,49 19,34 48,17 27,96 61,45 10,59 Quedas do Iguaçu 24,84 35,61 39,55 21,28 31,05 47,67 12,48 75,54 11,98 Salto do Lontra 40,49 16,1 43,42 33,94 18,03 48,03 78,34 7,33 14,33 São Jorge d Oeste 42,65 17,04 40,31 22,01 19,29 58,7 17,72 78,01 4,27 Três Barras do Paraná 38,66 18,74 42,6 36,37 18,7 44,93 55,81 38,67 5,52 TOTAL REGIONAL 36,9 19,52 43,58 30,97 20,79 48,24 36,85 55,92 7,23 Fontes: IPARDES 2001; 2005, *Percentuais calculados a partir de dados em valores monetários

15 Pela Tabela 7, observa-se que regionalmente o setor agropecuário teve uma queda de 16% de 1994 a 1997, ao passo que, os setores de serviço e industrial tiveram uma evolução de 11% e 7% respectivamente. De 1997 a 2005 o setor agropecuário volta a crescer moderadamente, 18,98%, enquanto o industrial cresceu 168,9%. O setor de serviços é quem neste período teve queda, 85% de 1997 para O maior crescimento no setor agropecuário e industrial, de 1997 para 2005, ficou com o município de São Jorge d Oeste com aproximadamente 131% e 304% respectivamente, ao passo que, o setor de serviços apresentou redução considerável em 2005 se comparado a 1997, em todos os municípios em análise. Esses dados demonstram as mudanças no perfil econômico da região. De uma região com maior participação no setor da agropecuária e serviços em 1994, o setor industrial passou, em 2007, a participar deste valor em maior escala. A presença de investimentos da Copel nos municípios atingidos pela construção da barragem pode ter contribuído para que esta nova dinâmica fosse alcançada. A mudança no perfil e a melhora do setor industrial refletem diretamente sobre o emprego e renda, o que proporciona um impacto positivo sobre o comércio. Isso pode ser observado a partir do repasse do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), conforme Tabela 8, na seqüência. Os municípios da região de Salto Caxias demonstraram crescimento nas suas atividades comerciais entre 2000 e Isso pode ser observado com o repasse de ICMS, que cresceu 74% de 1995 a 2000 e 199,8% de 2000 a Pode-se observar, a partir desta análise, o destaque que Capitão Leônidas Marques assume com um crescimento no repasse de 542,5% aproximadamente, durante o período de 2000 para Em segundo lugar aparece Três Barras do Paraná, com um crescimento de 356% aproximadamente, em terceiro São Jorge d Oeste com 340%. A maior participação regional de ICMS foi de Quedas do Iguaçu, que em 2007 representou 21,82% do total regional de repasses. 15

16 16 TABELA 8 - REPASSES DE IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS- ICMS, POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1995/2007 MUNICÍPIOS ICMS (EM R$) Boa E. do Iguaçu , , , , , ,77 Boa V. da Aparecida , , , , , ,16 Capitão L. Marques , , , , , ,58 Cruzeiro do Iguaçu , , , , , ,47 Nova P. do Iguaçu , , , , , ,47 Quedas do Iguaçu , , , , , ,23 Salto do Lontra , , , , , ,66 São Jorge d'oeste , , , , , ,09 Três B. do Paraná , , , , , ,25 TOTAL REGIONAL , , , , , ,68 Fontes: SEFA, 2001; IPARDES 2008

17 Além dos dados de arrecadação relativos ao ICMS, vale destacar que a melhoria na dinâmica econômica regional se reflete também no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no período em questão, conforme demonstra a Tabela 9. Observa-se que houve uma evolução de 17% de 1996 para 2000 e de 205,6% de 2000 para Dos municípios analisados o maior crescimento de participação no FPM foi Boa Esperança do Iguaçu e Cruzeiro do Iguaçu com 48% de 1996 para 2000 na seqüência Quedas do Iguaçu com 20% Nova Prata do Iguaçu e Capitão Leônidas Marques com 15%. No período de 2000 para 2007 Boa Esperança do Iguaçu e Cruzeiro do Iguaçu continuam na ponta com 283% de participação no FPM, seguido por Quedas do Iguaçu com 228% e Salto do Lontra com 223%. Deve-se ressaltar que os valores do FPM são repassados de acordo com um índice específico. Neste índice são computados, o valor adicionado e outras informações socioeconômicas. Sua melhora reflete-se no desempenho da economia destes municípios. O que pode vir a afetar esse índice é o decréscimo da população e, consequentemente, do mercado consumidor de alguns municípios. TABELA 9 - FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS - FPM, POR MUNICÍPIO NA REGIÃO DE SALTO CAXIAS 1996/2007 MUNICÍPIOS FPM Boa Esperança do Iguaçu Boa Vista da Aparecida Capitão L. Marques Cruzeiro do Iguaçu Nova Prata do Iguaçu Quedas do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge d Oeste Três Barras do Paraná Total regional Fonte: TESOURO NACIONAL, 2008 O que se pode inferir, contudo, é que com o evento Salto Caxias em 1998, tem-se um divisor de águas no quesito arrecadação municipal. Todos os municípios demonstraram consideráveis melhoras, no âmbito regional, que vão desde o Valor Adicionado com 676,5% entre 1994 e 2005, uma diferenciação na participação dos setores no Valor Adicionado, mantendo-se a agropecuária praticamente sem alterações. No entanto, o setor industrial melhora essa participação em 286,47%, absorvendo grande parte do setor de serviços que demonstra uma queda de 83,4% aproximadamente. Isso reflete que após o período de construção da usina, momento que dependia de grande número de mão-de-obra do setor de serviços, a indústria passa a liderar e gerar riqueza na região. Instalaram-se nos municípios Cascavel PR 22 a 24 de junho de 2009

18 desta região, industrias de móveis, de colchões, de confecções entre outras. Quanto a arrecadação de ICMS entre 1995 e 2007, tem-se um incrível aumento de 522,75% aproximadamente no repasse deste tributo à região de Salto Caxias. Quanto ao IPVA, o aumento no repasse anual foi de 925,52% aproximadamente no período de 1995 a 2007 no âmbito regional. Também o Fundo de Participação dos Municípios cresceu em 241,21% aproximadamente o que reafirma todos os aumentos nos repasses e participações anteriormente inferidas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na análise elaborada, buscou-se caracterizar o evento da implantação e funcionamento da usina de Salto Caxias, procurando compreender o impacto gerado na economia dos municípios lindeiros ao reservatório da Usina. Os dados apresentados sinalizam para uma melhora dos indicadores econômicos e também sociais, ressaltando-se ainda, algumas considerações específicas. Considerando a construção da Usina Hidrelétrica como parte de um plano maior de dotação infra-estrutural ao País, pode-se afirmar que uma região-plano resulta mais diretamente do arbítrio humano, pois é um espaço submetido a uma decisão às vezes tomada de forma arbitrária. Apesar disso, a região cresceu economicamente nos últimos anos. A formação do reservatório e construção da usina contribuíram para isto, devido aos recursos injetados e investimentos em infra-estrutura durante sua construção. É importante destacar ainda, que em relação à arrecadação, obtiveram-se ganhos expressivos, bem como nos valores adicionados relacionados principalmente a indústria da região. A agricultura, contudo, continua sendo peça fundamental do desenvolvimento desses municípios. Num primeiro momento houve o aumento repentino da população acarretado pelo início da construção da obra, causando descompasso entre as condições de atendimento da infra-estrutura municipal, que precisou ser fortalecida pela empresa responsável pelo empreendimento. O aumento do número de postos de trabalho neste período melhorou a dinâmica municipal e regional, quando analisado sob a ótica do PIB municipal, com maior número de empregos disponíveis e com melhores rendas. Houve, dessa forma, uma melhoria visível na qualidade de vida da população. No entanto, as alterações foram ainda mais profundas quando se analisa a mudança no âmbito da arrecadação municipal. O aumento nos repasses de ICMS e Fundo de Participação dos Municípios deram fôlego a esta região em termos de novos investimentos voltados a industrialização, o que está refletido de forma clara nas alterações nos montantes e na participação dos setores econômicos no Valor Adicionado destes municípios É válido acrescentar, diante das mudanças experimentadas no âmbito regional, que a idéia de um desenvolvimento pautado no crescimento econômico homogêneo, distribuído igualitariamente entre os nove municípios somente pode ser efetivada a partir do fortalecimento de uma identidade regional, ou seja, partindo-se do que já se denomina como região de Salto Caxias. Isso permitiria às comunidades e às autoridades legitimar-se como parte integrante de um projeto comum, o que geraria ganhos mais ampliados também para as economias locais. Por fim, cabe acrescentar que os estudos relacionados à formação de reservatórios de usinas hidrelétricas não se esgotam. No âmbito dessa infra-estrutura hidrelétrica no rio Iguaçu, surge a Usina do Baixo Iguaçu, que será construída no município de Capanema, no Cascavel PR 22 a 24 de junho de 2009

19 sudoeste do Estado do Paraná, mas que atingirá novamente parte dos municípios já atingidos por Salto Caxias. Diante disso, ficam abertas as possibilidades de estudo surgidas a partir da análise na dinâmica socioeconômica dos municípios lindeiros ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOISIER, Sérgio. Política econômica, organização social e desenvolvimento regional. In: HADDAD, Paulo Roberto (Org.). Economia regional: teoria e métodos de análise. BNB, ETENE, 1989, Cap. 11. BULHÕES, Ronaldo; FONSECA, Rinaldo Barcia. Análise regional da expansão da produção de Soja no Paraná no período compreendido entre 1993 e In VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos (VI ENABER), Anais. Aracaju, 20 a 22 out COPEL Companhia Paranaense de Energia Elétrica, Relatório de Impacto Ambiental: Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, Rio Iguaçu - Paraná, novembro de CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espaiail. 7 ed., São Paulo, Atica, DALLABRIDA, Valdir Roque. O desenvolvimento regional: a necessidade de novos paradigmas. Ijuí: Unijuí, FINBRA, Finanças do Brasil. Disponível em < estados_municipios, Acesso em 13 setembro GOMES, Paulo Cesar da Costa.O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato(Org.). Geografia: conceitos e temas. 3 ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Censo Agropecuário: Produção Agrícola Municipal. Disponível em:< estatistica/economia/pamclo/2007/default.shtm>. Contagem da População. Disponível em: < estatistica/populaçao/contagem2007/default.shtm> IPARDES, Instituto Paranaense de desenvolvimento Econômico e social. Disponível em Acesso em 13 de setembro PARANACIDADE. Disponível em, Acesso em 13 setembro 2008 TRINTIN, Jaime Graciano; LUGNANI, Antonio Carlos; IZEPÃO, Rosalina Lima. Desenvolvimento regional: a questão do desenvolvimento tecnológico da região noroeste do Cascavel PR 22 a 24 de junho de 2009

20 Paraná. In: GODOY, Amália M. Goldberg; LUGNANI, Antonio Carlos (Org.). Dimensões regionais do desenvolvimento brasileiro. Maringá: PME-UEM, Cascavel PR 22 a 24 de junho de 2009

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