UNIDADE 1: A TENDA. EU. SER PERSSOA
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- Alice Costa Fagundes
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1 UNIDADE 1: A TENDA. EU. SER PERSSOA Este é primeir pass d itinerári que nsss jvens irã realizar. Aprender a se lhar, a se definir cm pessa, a partir da infrmaçã, a espantsa e a experiência de si mesm. Cnhecend e cnduzind sua inteligência, sua vntade, seus desejs e seus afets, sua espiritualidade. Aceitand seu própri crp e recnhecend- cm expressã pessal, nde está escrit a rigem e destin de td hmem, de tda mulher.
2 Vams iniciar cnhecend prtagnista desta aventura. Cada um de nós se pergunta, quem su eu?, d que deriva utras questões de vital imprtância futura, mas que desta idade já se trnam presentes. É fundamental dar um bm primeir pass n acmpanhament ds jvens. Lhes acmpanhams em uma aventura nde irã descbrir multitude de cisas inéditas para eles até mment. Evidentemente, primeir pass é recnhecer que recebeu, cm qual partims, prque frma parte da nssa natureza, nesta aventura. O recnheciment leva a agradeciment. Num segund pass, irã descbrind que sã, uma unidade de crp e alma. Descbrirã que, cm tda pessa, tem várias dimensões. Sua tarefa será trabalhar para saber integrá-las visand sempre esta unidade. Mas a pessa vai mais além, lha futur e se firma n que pde chegar a ser. Cntemplar que um pde chegar a ser em plenitude, a que é chamad, dar um nv sentid a tud que faz. Verems em unidades psterires cm fi cndutr de tda esta aventura de cresciment e maturidade é a vcaçã a amr. Durante caminh, ns relacinams, ns cmunicams. Uma das linguagens que mais ns acercam e que mais expressam a própria pessa é a linguagem d crp. É crp quem decide muitas cisas, a tarefa está em recnhecer a verdade desta linguagem e significad que ele apnta. Será uma aventura que irã transfrmand. Mudarã nsss crps, nsss sentiments, amadurecerá a própria razã e vntade, etc. Sã mudanças que irã assumir e aceitar. Tur irá preparand nss ser para estar apt a dar que um dia recebems de graça: amr. Será um caminh para aprender a amar. 2
3 1. Quem su eu? Tu me sndas e me cnheces (Sal 139,1) As perguntas mais existenciais: Quem su? De nde venh? Para quem eu su? Para quê exist? Onde vu? Me pergunt a mim mesm pels mais próxims de mim e, a mesm temp, pels mais descnhecids. Prém nã pdem respnderme. Su filh. Existe um amr que me precede e que me chamu a vida. Assim, minha identidade está em relaçã a uma vida recebida e, cm ela, a relaçã a utra pessa. Tenh sid amad, cm filh, de maneira irrepetível, pr meus pais e pr Deus (dupla filiaçã). Su crp e alma. Su um ser espiritual e crpral. Crp e alma frmam um td. O crp é animad pela alma e crp é expressã d ser interir espiritual. Entre crp, alma e vida se dá uma relaçã tã íntima que é impssível pensar n crp human cm reduzível unicamente a sua estruturaçã rgânica, u a vida humana em sua dimensã bilógica (VAH, 19). Td ser human es um ser crpral. O crp está revestid da dignidade pessal. O crp é expressã da pessa e tem uma dimensã espnsal, cm dm recíprc. O crp manifesta a vcaçã a cmunhã, a amr, de tda a pessa. Dignidade deriva d vcábul em latim dignitas, e d adjetiv dign, que significa valis, cm hnra, merecedr. A dignidade é a qualidade de dign que indica, prtant, que alguém é merecedr de alg u que uma cisa pssui um nível de qualidade aceitável. Na telgia cristã, hmem é uma criatura de Deus e, prtand, pssui dignidade. Segund Catecism da Igreja Católica (CEC), hmem fi criad a imagem de Deus, n sentid que é capaz de cnhecer e amar livremente a seu própri Criadr. E hmem nã é smente alg, e sim alguém capaz de cnhecer-se, de dar-se livremente e de entrar em cmunhã cm Deus e cm as utras pessas. Tenh várias dimensões cm pessa. A pessa é um ser cm várias dimensões dentr de sua íntegra unidade. Ama cm crp, ama cm a vntade, cm craçã, cm espírit e ama ALGUÉM em relaçã. A pessa põe em jg tdas essas dimensões quelhe cnstitui cm pessa: 3
4 DIMENSÃO REMETE A FÍSICA a crp. AFETIVA a craçã e as afets. INTELECTUAL a razã e a vntade. SOCIAL a relaçã. ESPIRITUAL a liberdade e a mral. 2. O crp, é alg que tenh u alg que su? Os membrs sã muits, crp é um só (1 Cr 12,20) Nã tenh crp, cm quem tem uma cisa, mas sim que su um ser crpral enquant que espiritual. É muit imprtante mara a maturidade d adlescente que aceite sua realidade crpral (cfr. FSVMT, p. 118). Su muit mais d que númers e massa. Eles pdem tirar minhas psses e ferramentas, mas nã pdem privar d meu crp. Nã basta afirmar que um crp pertence a mim u para fazer us d meu crp. Dev acrescentar: "Eu su meu crp" Meu crp é pessal. 3. O crp cm expressã da minha pessa Td meu crp está iluminad (Lc 11,36) O crp me revela a sentid da vida, pis expressa meu chamad a relaçã, a encntr cm utr. Expressa minha pessa. Enquant sexuad, crp manifesta minha vcaçã a amr e a mútu dm de si, e cm ele a fecundidade. O crp human tem uma linguagem cuja verdade e significad tenh que descbrir. Ist me permitirá saber identificar as expressões d amr autêntic e distingui-las das que sã falsas. 4
5 É um descbriment pessal, chei de assmbr: Su uma pessa única, irrepetível, diferente. Cm minha própria história pessal: uma rigem e um fim muit particular. Este cnheciment pessal é imprtante para exercer a liberdade, a respnsabilidade e a vntade n cresciment e amadureciment. A linguagem d crp é a linguagem da pessa e d amr. Em um apert de mãs su eu, e nã minhas mãs, quem saúda. Em um lhar de amr e de ódi nã sã meus lhs quem amam u deiam, mas a minha pessa. Atraves da linguagem crpral pdems expressar s sentiments mais prfunds, que nã se pdem expressar cm palavras (FSVMT, p. 118). Nã pdems viver nem expressar nss amr mas n crp e através d crp que frma parte de nss ser pessal. O amr pssui sabr de tda a pessa. O amr ns impede de dividir nss ser em elements sem cnexões: Nem a carne nem espírit amam: é hmem, a pessa quem ama (DCE, 5). Meu crp cntem e expressa a minha identidade. Se alguém usa meu crp me cisifica ; se eu mesm us meu crp cm um bjet u cisa, me rebaix; respeitar meu crp é aceitar-me; meu crp é para amr (FSVMT, p.99). 4. Meu crp muda. Se cnstrói minha identidade Quand eu era criança, falava cm uma criança. ( ) quand me fiz hmem, terminei cm as cisas de criança (1 Cr 13,11) Cnfrme vu crescend e amadurecend tud vai mudand. Muda meu crp, minha respnsabilidade, minha razã, meus afets, minha vntade, meus interesses sciais, minha própria espiritualidade. Sã tdas as minhas dimensões que vã mudand, integrand-se em uma unidade que é a minha pessa. 5
6 É especialmente durante a puberdade quand se acentua esta mudança de amadureciment pessal e scial, rientada a saber amar e ser amad. A puberdade vai desde a infância a adlescência (deixam de ser crianças para ir cnvertend-se em adults), e se prduzem: Grandes mudanças físicas e emcinais, além das mudanças sciais, psíquicas e espirituais que devem saber que nã acntecem em tds eles a mesm temp. Ansiedades, que devem identificar e saber recnduzir (cfr. FSVMT, p. 97). Neste períd é imprtante prmver e exercitar desenvlviment físic pessal em um cntext de respeit e valrizaçã pela vida e crp human, desenvlviment de hábits de higiene pessal e scial, e de cumpriments de nrmas desegurança. Para cnhecer-me é bm recnhecer tdas estas mudanças que prduzem em mim. E mais, recnhecend-s, pss tentar dirigir a minha respsta: cm meu craçã e minha vntade; escutand meu craçã; interpretand meus afets; elegend cm relacinar-me; aprendend a cnhecer meu crp e saber falar bem cm meu crp e sbre tud aceitand tdas estas mudanças, aceitandme, desejand-mee meamand. 6
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