Diálogos no mundo contemporâneo: por uma Cultura de Paz

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1 Diálogos no mundo contemporâneo: por uma Cultura de Paz 1. Uma breve introdução As distâncias étnicas, culturais e religiosas vêm incitando grandes conflitos no mundo atual e trazem uma inquietação sobre os rumos da humanidade. A incapacidade de aceitar as diferenças coloca na ordem do dia a questão da intolerância entre populações, países e civilizações. A intransigência é tão alarmante que opiniões divergentes e formas de comportamentos distintos chegam a ser inadmissíveis. A falta de atitude ou as poucas ações - entre governos e organismos internacionais para reduzir as distâncias entre povos e culturas colocam em jogo graves questões humanitárias e deixam à sensação de uma incompatibilidade permanente. O tema da intolerância e da necessidade de se estabelecer um diálogo profícuo entre as culturas tem despertado o meu interesse enquanto cidadão do mundo, escritor, advogado e acadêmico. É inevitável que ele nos provoque uma reflexão sobre o papel que temos a cumprir nessa realidade. Acho que todo o conhecimento, todo avanço, toda modernidade é nada enquanto os espíritos estiverem congelados. Precisamos aceitar e compreender os outros em seus múltiplos fragmentos, em sua diversidade. Estou convencido, há muito, de que para promover a paz não podemos cultivar ideias distorcidas de outros povos. Precisamos, sim, compreender todos os credos, artes, tradições, raças e formas de vida diferentes daquilo que somos nós. Devemos entender que todas as outras culturas, em vez de enfraquecer, fortalecem a nossa. A história do mundo é feita a partir do homem. Seja qual for sua religião, a cor de sua pele, sexo, preferências, gostos, costumes. A conclusão a que chego é que precisamos contribuir na construção de um mundo mais tolerante. Com ações concretas ou com posicionamento firme contrário ao velho discurso civilizador dos países mais fortes e ricos, contra a ascensão da direita na Europa, o crescimento do terrorismo internacional, as discriminações raciais e culturais dentro e fora do Brasil, os golpes militares, os conflitos étnicos no Oriente Médio, o fundamentalismo religioso, entre outras formas de intransigência. 2. Nós e os outros A justiça só continua a ser justiça numa sociedade em que não haja distinção entre próximos e distantes, mas na qual também haja a impossibilidade de ignorar os mais próximos.

2 O pensamento do filósofo judeu-francês Emmanuel Levinas, cuja obra organizada na primeira metade do século 20 influenciou pensadores como Sartre e Merleau-Ponty, remete a uma discussão que continua atual e urgente, pois fustiga a natureza humana no que diz respeito à moral. Em sua elaboração existencialista, Levinas constata a tendência de o homem negligenciar a existência do seu semelhante quando, contraditoriamente, todos deveriam estar juntos na execução de uma missão comum. As distorções da convivência provocam alterações morais como o preconceito, a exclusão, a opressão. E são motivadas por razões sociais e econômicas, políticas e culturais, ou mesmo por questões pessoais. Se ampliarmos essa lente, observamos que o mesmo se dá em relação às nações. Somos testemunhas de um tempo em que, em nome dos seus interesses, algumas sociedades ignoram a história, a tradição, a cultura, a religião, os costumes de outras, como se somente elas fossem dignas de apreço e respeito. E partem para a guerra, expressão máxima dessa conduta de intolerância. A força e o derramamento de sangue são usados como instrumento de persuasão ou como exemplo de supremacia. Este é um tempo de permanente tensão. A história contemporânea está cheia de exemplos de intolerância, o que é uma contradição em si, uma vez que somos singulares: seres e povos distintos, com traços específicos. Somos todos, homens e nações, diferentes por natureza, dotados de capacidades e características diversas, aptidões e culturas que nos distinguem uns dos outros, enquanto homens e enquanto sociedade. A superação da intolerância ao outro é um dos grandes desafios da humanidade neste início de século 21 e que tende a se prolongar por muitos anos. É uma provocação cuja resposta irá depender do comportamento de cada indivíduo e dos diferentes povos. A réplica poderá ser uma solução se permitirmos que as diferenças se misturem, sem qualquer tipo de preconceito; ou será uma bomba de foguete, se reagirmos com radicalismo, dividindo o mundo ainda mais. Somos todos diferentes, sim. Mas apesar dessas diferenças, podemos e devemos insistir em oportunidades iguais, em respeito mútuo, em convivência com as diferenças. Numa ética que nos ilumine para uma convivência harmônica - entre os sexos, as religiões, as raças. Muitas dessas diferenças são promovidas pelas deficiências sociais, pelas questões ambientais, ou ainda são desenvolvidas pelas crises que repercutem num dado momento histórico. E nesses jogos as pessoas nem sempre são protagonistas, mas espectadoras involuntárias. Não se justifica, portanto, a discriminação baseada em qualquer característica pessoal ou de um segmento. Muito menos pelas visões distintas de mundo. O resultado tem sido um grande desequilíbrio, por falta de aceitação do outro. Pela desumanização

3 do humano, gerando conflitos com relação a indivíduos ou grupos específicos que, muitas vezes ultrapassam os limites da irracionalidade. As diferenças são paradoxais. Não são nada mais que nós mesmos ao contrário. Entendo que aquilo que é visto como diferente também pode ser entendido como algo que acrescenta e potencializa porque é resultado da soma da experiência humana na terra e, portanto, patrimônio cultural. É a interculturalidade que nos coloca em pé de justiça igualitária: Um mais um é sempre mais que dois, diz a frase a canção popular O Sal da Terra, dos compositores brasileiros Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Vamos precisar de todo mundo para banir do mundo a opressão, para construir a vida nova, complementa a música. 3. Tolerância e intolerância O tema Diálogos no Mundo Contemporâneo é muito grato a mim, que venho advogando a ideia de uma maior integração cultural do Brasil e dos demais países iberoamericanos com outras culturas. É um tema de muita pertinência, levando-se em conta as novas realidades do mundo globalizado em que as pessoas e as ideias se movimentam cada vez com mais velocidade. As fronteiras são ultrapassadas com facilidade e as sociedades caminham para uma coexistência intercultural. A internet globalizou a comunicação. E na era da comunicação não pode reinar a incomunicabilidade sem ser dito o essencial. O mundo contemporâneo não pode prescindir do diálogo. A convivência com outras culturas é uma prática diária. Por isso mesmo, as sociedades marcadamente étnicas tendem a resistir a esse momento. Acham que essa tendência é perniciosa e se manifestam em nome de uma suposta preservação cultural e de uma improvável perda de identidade dos povos. Mas só a tolerância à diversidade cultural poderá forjar um novo mundo e compartilhar dele. Dentro de minhas preocupações com o tema, tenho descoberto que, embora o debate sobre as formas de intolerância tenha se tornado mais frequente nos últimos anos. O filósofo e escritor francês Denis Diderot já tratara desse assunto quando escreveu a Enciclopédia, obra na qual se pressupõe estar todo o conhecimento da humanidade produzido na França iluminista do século 18. Ele apresentou a palavra intolerância como verbete do discurso da ciência política. É importante, porque sua definição nos leva a refletir sobre a importância semântica do termo. Para Diderot a intolerância e o termo antagônico tolerância seriam a base a partir da qual as chamadas democracias ocidentais ou democracias contemporâneas, iriam formular juridicamente

4 seu funcionamento. Ou seja, a palavra já era entendida pelo viés do relacionamento e da política. Como uma pressupõe a existência da outra, a própria noção de tolerância já parte do pressuposto de um paradigma. Um existe quando temos noção do outro significado. Para daí escolhermos o caminho a seguir. Ao mesmo tempo, esse sentido é forjado sobre a maneira como vemos e conceituamos o mundo. É o direito quem objetiva essa significação. O direito que surge como proposta de civilização e modelos de diálogo. Se a intolerância é essencialmente má e a tolerância é boa para todos, imediatamente essa torna-se uma norma social, formalmente válida porque presumivelmente é boa para todos nós. Mas isso se assemelha a filosofia. Numa definição mais simples, a intolerância pode ser compreendida como a incapacidade de aceitar pessoas e seus pontos de vista. Da mesma forma, o termo tolerância pode representar, por exemplo, uma discordância respeitosa, sem raiva ou ódio. Os dois termos, portanto, estão abertos a interpretações. A intolerância pode ser manifestada desde as atitudes cotidianas, com expressões raivosas ou de menosprezo, até às situações extremadas de violência. O preconceito é um dos motivadores da intolerância que, por sua vez, leva à discriminação e incitação ao ódio, a exemplo do que ocorre na questão cultural, religiosa, política, étnica, sexista e homofóbica. 4. Diálogos culturais no mundo pós-moderno A globalização econômica e financeira aliada ao progresso das tecnologias de comunicação e informação têm tido impacto sobre as identidades culturais, colocando em risco também a diversidade cultural do mundo. As identidades nacionais, que têm nas culturas nacionais as suas principais fontes, estão com uma tendência de fragmentação, como resultado da homogeneização cultural da pós-modernidade global. Novas identidades híbridas começam a ganhar força. Dialeticamente, algumas identidades estão sendo reforçadas pela resistência à globalização, num processo de tensão entre o local e o global, entre culturas e religiões. O século 21 passou da diversidade como riqueza à interculturalidade como problema. As relações ou diálogos entre culturas estão sendo alterados pelos deslocamentos de imigrantes, como também pela crescente interdependência entre as sociedades em razão do efeito da globalização com fronteiras bem mais complexas do que as convencionais. Los Angeles é a segunda cidade do mundo em número de mexicanos. Buenos Aires é a segunda em número de bolivianos. O que significa ser europeu, num continente marcado não apenas pelas culturas de suas antigas colônias,

5 mas também por outras culturas e povos oriundos de migrações ou diásporas pós-coloniais? Calcula-se que a Europa tenha, em seu território, cerca de 20 milhões de muçulmanos. No seu livro Choque de Civilizações, o professor e ensaísta americano Samuel P. Huntington previu que, depois da Guerra Fria, as disputas se dariam no terreno da cultura e da religião. As distinções primordiais entre as pessoas não seriam ideológicas nem econômicas, mas de natureza cultural. Realmente, as pessoas estão cada vez mais se definindo com base no idioma, na religião, nos costumes, nos antepassados. Recentemente, a Suíça proibiu em seu solo novos minaretes (cúpula de mesquitas). Vez por outra, entra na ordem do dia o debate sobre o uso da burca na França, onde cerca de 1,5 milhão de muçulmanos vivem na região de Paris. A legislação inglesa antiterrorismo tornou-se mais rigorosa, ante o temor do radicalismo islâmico. Na Alemanha, cresce o medo de terrorismo num momento em que a comunidade muçulmana chega a mais de 2 milhões de habitantes. Merece reflexão o pensamento do escritor Salman Rushdie ao defender seu romance Versos Satânicos, que causou polêmica e forte reação no fundamentalismo muçulmano por ser considerado ofensivo a Maomé. Rushdie apresenta uma defesa do hibridismo, que é uma das veredas desse novo caminho: Aquelas pessoas que se opõem violentamente ao romance, hoje, são de opinião de que a mistura entre diferentes culturas inevitavelmente enfraquecerá e destruirá sua própria cultura. Sou da opinião oposta. O livro Versos Satânicos celebra o hibridismo, a impureza, a mistura, a transformação, que vêm das novas e inesperadas combinações de seres humanos, culturas, ideias, políticas, filmes, músicas. O livro alegra-se com os cruzamentos e teme o absolutismo do puro. Mélange, mistura, um pouco disso e um pouco daquilo, é dessa forma que o novo entra no mundo. É a grande possibilidade que a migração de massa dá ao mundo, e eu tenho tentado abraçá-la. O livro Versos Satânicos é a favor da mudança-por-fusão, da mudança-por-reunião. É uma canção de amor para nossos cruzados eus. (Rushdie, Imaginary homelands, 1991, Granta Books). Como melhorar o convívio ou diálogo entre culturas e indivíduos, admitindo diferenças, sem discriminações, passou a ser uma das principais indagações do século 21. O Brasil, que é um país mestiço, marcado pela mistura de etnias, deve ser motivo de estudos quanto à tolerância e ao convívio entre raças e culturas. Prescindimos de identidades, porque temos todas elas. O homem novo está no Brasil. Esse traço marcante do Brasil foi objeto de estudos de alguns brasileiros, destacando-se o sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa-Grande & Senzala.

6 O crescimento recente da ação afirmativa do Brasil traz Gilberto Freyre de novo à baila. Minha proposta é de que se releia Gilberto Freyre para compreender melhor esse legado das relações raciais no Brasil contribuindo para o debate da identidade brasileira e, certamente, para um melhor entendimento das questões interculturais no mundo. Está no centro da vida contemporânea o desafio de construir pontes, de se estabelecer diálogos construtivos de paz, entre culturas que estão em choque real ou aparente, em sociedades cada vez mais interculturais do que multiculturais. Esse foi o tema de minha palestra no ciclo de debates O Brasil e o Futuro, em Estocolmo, em março de Insurgências e Ressurgências Certo dia, ainda jovem, levado pelo meu pai, o escritor Maximiano Campos, para conhecer Gilberto Freyre, ele perguntou o meu nome e respondi: Antônio Ricardo. Ele retrucou: o meu primeiro pseudônimo quando comecei a escrever no Jornal Diario de Pernambuco. Na ocasião, indaguei ao mestre de Apipucos o que ele achava de mais inteligente na vida. Ele falou do paradoxo. Quem estivesse diante de uma questão paradoxal estava diante de um enigma. Gilberto era um ser paradoxal e os seus livros são paradoxais. Contudo, nunca esqueço daquele encontro em que ele retirou da gaveta um livro e me presenteou, naquela ocasião, com a seguinte dedicatória: Para Antônio Ricardo, meu primeiro pseudônimo, com a condição de ler. Gilberto Freyre. Esse livro é Insurgências e Ressurgências Atuais que tinha acabado de ser lançado. O sociólogo, antropólogo e escritor Gilberto Freyre, movido pela sua sabedoria e inquietação intelectual, escreveu Insurgências e Ressurgências Atuais, que foi publicado em Com olhar arguto, ele captou, durante viagens que realizou por várias partes do mundo, naquela reta final do século 20, o cenário que se montava com a insurgência da questão islâmica. Huntington, que escreveu em 1993 sobre o choque das civilizações dez anos depois do livro Insurgências e Ressurgências, veio a confirmar algumas das pré-visões de Freyre sobre as disputas que se dariam no terreno da cultura e da religião. Nesse que foi um dos últimos livros de Freyre, ele aborda a realidade da época e questiona o mundo, numa perspectiva de futuro. Refletindo e se aprofundando sobre temas já tratados em sua vasta obra - como raça, religião e identidade brasileira -, o sociólogo forjou, com base em observações pessoais, um termo composto que veio a chamar de tempo tríbio. Ele resume os três tempos nessa expressão: a herança do passado, a realidade do momento presente e uma projeção do futuro.

7 Gilberto Freyre chamou a sua como uma época de insurgências e ressurgências, daí o nome do livro. Foi uma época marcada pelas ideologias e formalizações científicas, quando se buscava interpretar as realidades nacionais. E ele entendeu que era preciso compreender cada civilização, cada unidade, na sua plenitude de suas dimensões. Que era necessário observar sua natureza sem preconceitos, na inteireza da realidade existencial. Era preciso ver a plenitude. Os ismos, disse ele, falseava as realidades nacionais, impondo absolutismos e excluindo os relativismos. Gilberto Freyre analisou a política internacional, onde a Europa e os Estados Unidos se colocavam impositivamente como centros de decisões e de domínios. Mas na busca de um equilíbrio, frente a essas forças e para confrontá-las, já ressurgiam tradições como o islamismo. E essa insurgência islâmica seria um desafio a um cristianismo em crise. Da mesma forma, insurgiriam novos polos de desenvolvimento como a China, a Índia e a África do Sul. Obrigando as potências tradicionais a uma interlocução mais ampla. E o Brasil seria modelo de futuro por causa de sua natureza de tolerância. Nesse ponto, o sociólogo se convenceu da solidez de sua polêmica tese de que o Brasil tem facilidade para a convivência pacífica das misturas porque é uma civilização mestiça. Nessa tese, ele diz que essa é uma civilização situada nos trópicos, resultante da experiência de colonização portuguesa, que, por sua vez, trouxe consigo um estilo de convivência de outras colonizações. E essa qualidade é que permitia se mesclar com as populações autóctones. No livro, ele antecipa a ressurgência de culturas que pareciam adormecidas, por terem sentido, ao longo da história, impactos europeizantes e ianquizantes. A partir de um momento, previa Gilberto Freyre, ocorreriam fortes manifestações de seus valores culturais e políticos, como se reencontrassem suas raízes. Principalmente, culturas de parte do Oriente e da África, gerando conflitos entre civilizações. Nesse ponto, advertiu para os riscos sobre o perigo de se desprezar os opostos. E para a necessidade de se deixar sempre abertas as portas para esses opostos. Para facilitar a compreensão das realidades sociais, Gilberto Freyre insistiu na necessidade de se adotar o pluralismo metodológico que é nada mais que a interdisciplinaridade tão em moda. Ele dizia que para se apreender os fenômenos socioantropológicos não se pode deixar de considerar os conhecimentos de áreas que vão além dos científicos e tecnológicos. Um povo e uma nação não podem ser compreendidos somente pelos avanços da modernidade. E recomendou que uma leitura verdadeira e objetiva de uma civilização exige considerar também todas as formas do conhecimento humanístico e artístico em seus diversos gêneros e áreas.

8 6. Gilberto Freyre e a OTAN A atualidade do pensamento freyriano foi comprovada, mais uma vez, com a realização da grande Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN, ou NATO em inglês), em Lisboa (Portugal)., nos dias 19 e 20 de novembro de Chefes de Estado e de Nações importantes como Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Rússia e Itália estiveram presentes, com suas delegações numerosas, na grande reunião porque entenderam que era chegado o tempo de reflexão. Era preciso atualizar os objetivos e a missão da OTAN. A Cimeira anterior ocorrera em Washington, Estados Unidos, em 1999, e fazia-se necessário adaptar o papel da organização às mudanças ocorridas no mundo. A insurgência do 11 de setembro de 2001, quando as torres gêmeas do World Trade Center foram derrubadas, chacoalharam a história contemporânea. Os Estados Unidos deflagaram suas guerras preventivas e, para muitos analistas, revelaram a truculência da sua política externa. De fato: basta deter o olhar sobre o atual momento histórico para constatar que as intervenções militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte tendo os Estados Unidos como carro chefe são realizadas sob a justificativa de conter o terrorismo internacional e o islã radical. Na prática, as ações estão sempre direcionadas aos povos de origem islâmica. E as intervenções terminam por mostrar o quanto o Ocidente, notadamente os EUA e alguns países europeus, não têm interesse na realidade exterior e estão despreparados para lidar com outros povos e outras culturas. Ponto para as teorias socioantropológicas de Gilberto Freyre. Os resultados são desastrosos, despertam antipatia e críticas de que essas ações têm uma finalidade mais econômica do que o real interesse de paz. É tanto que a intervenção político-militar da OTAN sempre recebeu severas críticas em países do Oriente Médio e do leste europeu, principalmente após o conceito estratégico da organização após a Guerra Fria. A ocupação dos territórios, dizem, atende aos desígnios dos Estados Unidos e da Europa com o velho discurso civilizador. Os povos dos bálcãs, na década de 1990, teriam sido as primeiras vítimas desse novo processo. Mas que as ofensivas militares têm um objetivo geoestratégico de expansão e o domínio político-econômico do mundo por parte das grandes potências ocidentais. As tropas da OTAN já teriam alargado a área de influência dessas potências no leste da Europa, no Sul da Ásia, e no Oriente Médio, onde foram estalecidas várias bases militares, forçando países a aderir aos interesses imperialsitas. Durante os debates foi reafirmado que o objetivo da aliança é construir um mundo sem armas, mas que os países-membro não farão vista grossa às ameaças nucleares. Outro ponto foi a retirada progressiva das tropas do

9 Afeganistão. Também reafirmaram-se as parcerias e os papeis da ONU, União Europeia e Rússia. Mas, faltou à OTAN reconhecer que as estratégias de atuação da organização, em diversas intervenções, não levam em conta as complexidades socioantropológicas - variáveis sobre as quais Freyre advertiu. E que se não forem consideradas abrem precedente para se dizer que a Aliança é geratriz de políticas imperialistas. 7. Uma pedra no meio do caminho do diálogo No início deste 2011, o mundo islâmico entrou em ebulição. Em países árabes do norte da África e do Oriente Médio, onde predominam a autocracia, a ira popular ficou insustentável. Numa situação rara, as multidões foram às ruas para manifestar sua revolta contra os governantes corruptos que querem se perpetuar no poder e não promovem as reformas democráticas prometidas. Além dos problemas políticos, as populações enfrentam desemprego em massa, inflação alta e precárias condições de vida. Mas o que os protestos tinham a ver com o Ocidente? Os líderes laicos, inimigos dos movimentos religiosos e apoiados até recentemente pelos Estados Unidos, com a exceção do Irã e da Síria, em nome da luta antiterror e de suposta estabilidade na região estão ameaçados de saírem do poder e alguns já caíram dele. Os protestos populares, em alguns casos sangrentos, começaram na Tunísia e depois se espalharam, como efeito dominó, pelo Iêmen, Egito, Sudão, Argélia, Jordânia e agora na Líbia. Os governos desses países são frequentemente apoiados pelo Ocidente, através de recursos financeiros, apoio técnico e armamentos. Em nome de uma política de combate ao terrorismo internacional, as potências ocidentais, dos Estados Unidos à Europa, garantem o apoio aos governantes de linha dura porque acham que os ditadores são capazes de conter o radicalismo islâmico. O Estado laico, em países com mais de anos de domínio muçulmano, identificado com o neoliberalismo e a submissão aos interesses ocidentais, entrou em crise. Ao usar a desculpa de que os terroristas são uma ameaça à segurança da humanidade, os Estados Unidos e a Europa sentem-se no direito de legitimar regimes que inspiram ódio e medo na população. Mas o Ocidente também não oferece políticas alternativas para a região. Também não entende e nem respeita a diversidade dos povos. Com isso, alguns setores da população temem a eliminação da cultura muçulmana. Comenta-se que, por trás das cortinas desse teatro, o real motivo das ingerências são as companhias de petróleo e a estratégia de dominação

10 geopolítica. O que fica óbvio é que as ações ocidentais nas sociedades árabes não ocorrem somente nos conflitos bélicos formais. Ou melhor, não é só em época de guerra que o ocidente provoca estragos na civilização islâmica. Com o governo autocrata fortalecido, quem sofre mesmo nesses países muçulmanos é o povo. A corrupção e a miséria alastrou-se, a insatisfação se generalizou e o sistema político foi ao colapso. Como já ocorreu em outras ocasiões, é de se supor que o sentimento antiamericano e antieuropeizante no mundo árabe se dissemine e inquiete as numerosas pessoas que, passando por dificuldades, só encontram consolo no Islã. E o resultado é que a ingerência ocidental, ao deflagrar reações, traz dificuldades para a busca de um modelo de convivência pacífica entre os povos de crenças distintas. Instala um clima de desconfiança, prejudicial ao diálogo. As pessoas, cujo futuro é pautado pela identidade islâmica, custarão a acreditar nos discursos vindo do ocidente sugerindo o respeito pelas diversidades étnicas, religiosas, e pelos direitos humanos. 8. Reações esperadas O comportamento imperialista dos Estados Unidos e de países europeus no Oriente Médio, que muitas vezes termina por deixar o povo à míngua, marginaliza as liberdades individuais, desrespeita sua cultura e religião, é muito preocupante. Alexandre, o Grande e Napoleão Bonaparte, no passado, procuravam em suas conquistas respeitar os deuses e as culturas dos conquistados. Esse comportamento imperialista americano não leva em conta que o centro da história é o homem. É ele, em sua dimensão total, quem faz girar a roda da história. As pessoas impedidas de se desenvolver, de se expressar, de produzir, ainda assim lutam para cumprir o seu potencial. E o resultado é o conflito. Não é à toa que o Oriente Médio é um barril de pólvora. Sabemos que o islamismo é a religião de propagação mais acelerada do mundo atual. No Corão, livro sagrado dos muçulmanos, Deus manda que a ética conduza a vida. Os versículos, no entanto, são interpretados livremente e muitas vezes fora do contexto poético e religioso. O que os deixa sujeitos a deturpações. Não raramente, as ideias distorcidas do islamismo geram conflitos. Assim, os fanáticos que estão em todas as religiões, mas aqui no caso específico do islamismo desvirtuam os princípios religiosos e justificam as guerras santas. Os grupos terroristas percebem o islã com essa visão distorcida. E, argumento forte, dizem que agem em nome de Alá. Nos países em turbulência, são poucas as saídas. Uma alternativa, que ainda se mostra frágil, é a implantação das reformas democráticas. A outra deixa observadores internacionais de cabelos em pé, pois eles receiam o avanço dos muçulmanos fundamentalistas. Afinal, o islã é um refúgio não só do ponto de

11 vista religioso, mas também um apoio aos que reagem à influência ocidental que permeia a cultura daqueles países. Um perigo: o fundamentalismo é exatamente a corrente que tem potencial de forjar fanáticos que interpretam de forma muito particular a fé muçulmana, para justificar a violência e a guerra santa. 9. Islamofobia Os muçulmanos imigrantes europeus muitas vezes são vítimas de estereótipos, por serem confundidos com os extremistas islâmicos. É um processo estigmatizante e de exclusão social, pois o islamismo tem as mesmas raízes históricas do cristianismo e do judaísmo, que defendem valores fundamentais como a dignidade à vida humana. Muçulmano é todo adepto do islamismo, seguidor da religião de Maomé, a qual possui como livro sagrado o Alcorão. Redigido em árabe e composto com 114 capítulos, ou suratas, ele contém o código religioso, moral e político que teria sido a revelação do Deus único, Alá, a Maomé, através do Anjo Gabriel. Os extremistas islâmicos ganharam notoriedade na década de 1980, na revolução iraniana, que instituiu o fundamentalismo no país. É uma minoria de fanáticos, que nutrem um ódio sectário pelo Ocidente e se responsabiliza pela ondas de violência e atentados que estão sempre nos noticiários. São homens-bomba, suicidas que jogam aviões em prédios, e que matam em nome de Alá. Esses radicais se ressentem da influência ocidental nos costumes, nos hábitos de consumo, no modo de vida. Mas o islamismo é uma religião que reconhece o valor supremo dado à dignidade e à vida humana, a liberdade de pensamentos, o respeito pelos outros. A maioria dos muçulmanos condena os ataques suicidas por ser um atentado ao dom divino da vida. Acham que é um pecado extremo, uma ofensa contra Alá. Concordo com a historiadora Maria Aparecida de Aquino, da Universidade de São Paulo, para quem o primeiro equívoco comum entre ocidentais e cristãos é considerar todo islâmico um extremista suicida e, por extensão, um terrorista em potencial. É um equívoco no qual está embutida a discriminação religiosa. Um preconceito disseminado principalmente na Europa, justo o continente onde os muçulmanos, milenarmente, sempre estiveram presentes, dando importantes contribuições culturais. Hoje, há países que se preocupam com as influências da população islâmica em sua sociedade, a longo prazo. Um conflito fantasioso, tendo em vista que encontro vários exemplos nos quais os muçulmanos vivem com respeito às leis e tradições dos países para onde imigraram. A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa reconhece que há

12 numerosos partidos políticos naquele continente incentivando o ódio e medo ao Islã, usando o estereótipo negativo que iguala o Islã ao extremismo. O que lembra as leis racistas da década de 1930, quando, sob a influência do Terceiro Reich, os nazistas estabeleciam a supremacia de uma raça no caso, a ariana sobre as outras. Essa postura incita a intolerância religiosa e cultural e até mesmo o ódio contra os muçulmanos. Não é raro encontrar muçulmanos que vivem em situação de exclusão na sociedade européia. A Assembleia Parlamentar, no entanto, insiste que a discriminação contra os povos islâmicos deve ser combatida, até porque está longe da verdade imaginar que basta ser muçulmano para ser contra os valores democráticos ou aos direitos humanos. Muitos governos europeus fazem vista grossa em relação ao preconceito contra os muçulmanos ou simplesmente não sabem lidar com a islamofobia, que nada mais é que a falta de conscientização e da percepção negativa que associa o Islã à violência. O perigoso, nesse caso, é que, com essa percepção distorcida, o extremismo muda de lado, com radicalismo contra as comunidades islâmicas na Europa. O confronto com os imigrantes muçulmanos é cada vez mais intenso. Diz Tariq Ali que há hoje, na Europa e Estados Unidos, uma grande islamofobia que não é muito diferente do antissemitismo nos anos 20 e 30. Na prática, esse preconceito se dá através de políticas e práticas adotadas por autoridades nacionais regionais ou locais que discriminam os muçulmanos e legitimam restrições aos direitos à liberdade de religião e expressão. Um dos exemplos é a Suíça, com medidas de proibição geral da construção de minaretes em mesquitas. Por outro lado, a Assembléia também estimula para as comunidades muçulmanas abandonarem quaisquer interpretações tradicionais do Islã que neguem a igualdade de gêneros e limitem os direitos das mulheres tanto na família quanto na vida pública. É o caso do uso das burcas. Existem esforços que devem ser elogiados, da Assembleia Parlamentar e de países-membro, de dar prioridade à promoção da inclusão social dos muçulmanos e de outras minorias religiosas, trabalhadores migrantes e novos cidadãos europeus. Mas essa integração, em muitos casos, ainda está longe do ideal e do real. Os governos nem sempre são proativos ao lidarem com desigualdades sociais, econômicas e políticas. Ao mesmo tempo, a Assembleia também estimula as pessoas pertencentes a culturas diversas a não se isolarem e nem tentarem desenvolver uma sociedade paralela no país para onde imigrou. Assim, convida ao diálogo os representantes das comunidades muçulmanas europeias para combaterem qualquer forma de extremismo sob o manto do Islã. O que é uma medida correta, pois espera-se que os muçulmanos sejam os primeiros a lamentar a

13 ação de terroristas ou extremistas políticos que usam o Islã para a sua luta particular, desrespeitando a vida humana, que é um dos valores fundamentais consagrados no Islã. Neste contexto, a Assembleia convida a Organização Islâmica Educacional Científica e Cultural (ISESCO) e a Organização Educacional, Cultural e Científica da Liga (ALECSO) para trabalharem com o Conselho da Europa na luta contra a discriminação às discriminações religiosas, em especial ao islamismo. E com esses organismos também busca promover o respeito aos direitos humanos universais. Outra estratégia tem sido o apoio aos ideais da Aliança das Civilizações das Nações Unidas visando a criação de programas conjuntos de ação. 10. Aliança das civilizações Nesse atual contexto histórico de desequilíbrio, intolerância e conflitos, também são identificadas as vontades para formatação de um diálogo entre as diferenças e de tolerância entre as culturas. Nesse aspecto foi proposta, em 2004, a criação da Aliança de Civilizações, que se dispunha a realizar mobilizações em todo o mundo visando a superação de preconceitos, percepções equivocadas e polarizações entre o mundo islâmico e o Ocidente. A ideia, do presidente do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, co-patrocinada pelo primeiro ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, é entendida como forma uma de entendimento para prevenir conflitos entre Estados e entre as diferentes comunidades de sociedades heterogêneas. Um ano depois de sugerida, em 14 de julho de 2005, o então secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, formalizou o lançamento da Aliança de Civilizações como iniciativa da ONU. E criou um Grupo de Alto Nível, formado por 20 peritos de diversas regiões e culturas para formatar o conteúdo dessa aliança. Entre os relatores, havia personalidades da Turquia, Espanha, Brasil, Irã, Egito, Tunísia, Senegal, Marrocos, França, Reino Unido, EUA. Uruguai, Índia e China, entre outros. Eles entenderam que os países, as organizações internacionais e entidades da sociedade civil deveriam atuar nas áreas de educação, juventude, migração e meios de comunicação, com vistas a apostar na construção de um mundo mais igualitário. Esses focos de atuação, segundo os relatores da Aliança das Civilizações, são prerrogativas fundamentais e imprescindíveis para a aproximação entre populações diversas, com o conhecimento recíproco das culturas, construindo uma cultura de paz. Desde a criação da entidade, já foram organizados três fóruns mundiais. O primeiro, em Madri, em janeiro de 2008, aprovou o relatório do Grupo de Alto Nível. O segundo ocorreu em Istambul, na Turquia, em abril de 2009, reafirmou que a Aliança das Civilizações busca uma

14 plataforma de diálogo, de intercâmbios e um espaço de compromisso para mobilização política e social. O terceiro Fórum Mundial ocorreu no Rio, entre 27 e 29 de maio de Reuniu mais de sete mil pessoas, entre chefes de governo de três continentes América, Europa e África e chanceleres de todo o mundo. Serviu para consolidar a necessidade da elaboração de planos nacionais e estratégias regionais em todo o mundo para lidar com a diversidade cultural. Uma estratégia mais que acertada, pois além de superar os confrontos entre as culturas diversas, é necessário que cada país, cada região, cada cultura, pratique, em seu próprio território, a tolerância e os direitos básicos de cidadania. E se essas iniciativas localizadas forem positivas poderão ser ampliadas para outras comunidades, outros países, outras culturas. O 4º Fórum Mundial, neste 2011, no Catar, será mais uma porta que se abre para a confiança mútua, visando uma nova atmosfera à ordem política internacional. Em meu entender a Aliança, que hoje inclui mais de 90 países e organismos internacionais como a Comissão Europeia, a Liga Árabe e a Unesco, estabelece ou pelo menos tenta - um novo diálogo e uma convivência pacífica entre as diversas culturas e civilizações. Muitos críticos podem ver a aliança com ceticismo ou utopia. Acham que é muito difícil estabelecer um diálogo para superação de particularismos que funcionam como justificativas para conflitos e dominação. Mas, prefiro a tentativa desse diálogo ao mutismo e à indiferença. Sei que é uma discussão complexa, mas ela funciona como uma demonstração de boa vontade para superar as desconfianças. Sem contar que é também o primeiro passo para o entendimento. Pelo que observo, a Aliança de Civilizações é vista com simpatia no Brasil. Afinal, esta é nação pluricultural e multirracial. A diversidade está em suas raízes. Muito antes da ideia do líder espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o Brasil já vinha se mobilizando no sentido de superar os preconceitos e estimular a tolerância étnica e religiosa. Evidentemente que se faz necessário uma permanente vigilância, com medidas para erradicação dos preconceitos. Mas, na formação do povo brasileiro está a presença dos mais variados grupos étnicos, com imigrantes oriundos das mais diversas culturas. O que facilita uma convivência que serve de exemplo. 11. Brasil É nesse contexto, onde os conflitos estão no centro do mundo contemporâneo, que o Brasil pode surgir como palavra nova e ser paradigma para outros povos. Vem deste país tropical e moreno, no meu entender, o primeiro exemplo de interculturalidade, porque agrega povos de diferentes grupos étnicos e religiões distintas. Não tenho receio em afirmar que a maior

15 contribuição do Brasil ao século 21 seria mostrar, baseado na sua própria identidade e formação, um modo de melhor convivência entre os povos. O Brasil é essencialmente diversificado seja no tipo humano, na geografia, na cultura. Assim, personagens e paisagens - pode parecer clichê, mas este é insuperável - uma Aquarela do Brasil, como na música de Ary Barroso. Rio e São Paulo são centros de modernidade e tecnologia, onde tudo acontece ao mesmo tempo. No frio dos pampas, o gaúcho descendente de europeu sorve o mate do seu chimarrão, montado em seu cavalo. Em Minas, a tradição da história e da fé são vividas no cotidiano. Na Amazônia, grupos indígenas ainda praticam seus rituais de festa e de guerra. A Bahia é ao mesmo tempo África e Brasil, com seu povo negro, colorido e alegre. O pantanal matogrossense é o santuário das aves, peixes, répteis, mamíferos. Em Pernambuco, com suas praias acolhedoras que lembram o paraíso caribenho, o povo dança frevo e maracatu. O desafio constante desse imenso país é exatamente explorar a diversidade cultural, preservando-a. A história do país foi feita por vários encontros. O primeiro, do branco europeu do século 16 que aqui chegou e encontrou uma civilização ainda em organização tribal. Foi um choque entre os dois mundos, distintos em tudo. Os portugueses, mais bem aparelhados para o domínio, prevaleceram, ocupando terras e nela introduzindo a agricultura para atender o mercado europeu. Aos latifúndios onde começaram a plantar a cana-de-açúcar, foram trazidos os africanos em regime de escravidão. Nossos ancestrais negros foram sequestrados da África para o Brasil. Foram homens e mulheres de várias etnias que trouxeram consigo suas tradições e costumes, influenciando e sendo influenciados. Nas origens da nossa sociedade colonial, o país ficou marcado pela discriminação e pela exclusão de índios e negros. Esses encontros, sem nos aprofundar nas especificidades da violência que representou o processo de colonização, terminaram criando condições para a formação de um povo, de uma civilização brasileira. Que se diversificava e ficou mais colorido quando, séculos depois, outros povos italianos, alemães, judeus, espanhóis, holandeses, árabes, japoneses, chineses, migraram para o Brasil pelas mais diversas razões e tanto incorporaram hábitos e costumes, como também influenciaram a sociedade com suas atitudes e valores. Ao acolher essa diversidade de povos o Brasil já estava no futuro, sem o saber ou pretender. Era intercultural antes de existir uma definição de interculturalidade. Por isso, tem tudo para ser um exemplo de tolerância. O exemplo brasileiro, enquanto sociedade fragmentada por diferentes grupos sociais, é uma manifestação pós-moderna no sentido de oferecer uma perspectiva mais ampla aos grupos étnicos e de abraçar a multiplicidade. Hoje não somos brancos, índios, negros, nem amarelos. Não temos uma

16 tonalidade. Pois temos todas elas. Somos mulatos, cafuzos, pardos e mamelucos. Incorporamos todos as matizes e diferenças, ao mesmo tempo, pois trazemos no corpo o sangue dos nossos antepassados, dos nossos ancestrais. Em 1988, foi promulgada a Constituição Federal, uma das legislações mais avançadas do mundo, e através dela somos portadores de direitos. Está escrito no artigo primeiro que um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de descriminação. Está implícito o reconhecimento da dignidade humana através das numerosas etnias que formam o povo brasileiro, como também todos os credos que elas professam. 12. O Brasil e o preconceito Pode-se dizer que não existe um Brasil, mas os brasis. Uma sociedade plural, com diferentes manifestações e populações que têm concepções próprias do mundo. E, no entanto, também, é um só país. Mas é ilusório negar a existência dos preconceitos numa terra onde o diverso predomina. A nossa atual luta é contra todos os tipos de discriminação. O preconceito e a intolerância se apresentam nas mais variadas formas. Têm muitas faces. No país, por exemplo, predominam o crime organizado e a impunidade, que criam as exclusões. Também sabemos que o País enfrenta uma discriminação social tão danosa quanto a racial. Nós todos somos responsáveis por esta situação inconveniente. Não podemos deixar esse país perder o papel de protagonista da história da tolerância. Pela nossa formação e pela nossa identidade, pelas lutas que travamos desde a colonização, a escravidão, as ditaduras não podemos perder a chance de dar ao mundo o exemplo de democracia plena, que é comprometida quando os movimentos separatistas pregam o independentismo de certos territórios brasileiros. Houve recentemente uma campanha de inspiração nazista que tinha até um lema: "O Sul é meu País". A ideia foi disseminada nos três estados daquela região, com algumas extensões em São Paulo. A autoria era de uma certa organização clandestina chamada Odessa, que não aceitaria conviver num país com os povos do Nordeste. Um dos principais redutos é a cidade de Santa Cruz do Sul (RGS), centro de colonização germânica e coração da lavoura fumageira do Brasil. Os separatistas, no entanto, são uma minoria inexpressiva na população dos três estados do sul. Mesmo assim, esse comportamento é inaceitável num país onde a busca da harmonia deveria ser uma característica do povo, que se reconhecesse no direito à livre existência, na identidade cultural, com saberes e conhecimentos os mais diversos.

17 Na história recente enfrentamos um longo e doloroso período de intolerância política no Brasil, durante a ditadura militar, que durou 21 anos, iniciado em Foi uma fase de perseguições, prisões, tortura, morte e restrições dos direitos políticos. Em 1985 veio a abertura, mas ainda assim não podemos falar em democracia plena. Se superamos a intolerância política, temos outras nódoas como a miséria, a fome e a corrupção, que violentam a nossa cidadania. E segregam muitos brasileiros. Nessa situação de exclusão social, historicamente, negros e índios sempre estiveram em posição desigual. Foram socialmente marginalizados. A grande parcela da população pobre é formada por afrodescendentes, que vive em situação precária. Têm sido frequentes as notícias de intolerância religiosa em relação aos terreiros das religiões de matriz afro-brasileira em diversas cidades e capitais. Os terreiros de candomblé, tambor de mina, umbanda, tem recebido ataques das religiões neopentecostais, que insistem em desqualificar a importância desses credos na cultura brasileira. Fatos que são duplamente inaceitáveis. Primeiro porque a argumentação não corresponde à realidade e pressupõe a desvalorização da cultura afrobrasileira. Em segundo lugar porque não se pode concretizar o ideal de democracia no Brasil sem os princípios de liberdade e sem a igualdade. Entre elas, a racial e de credo religioso. Para mim, é indiscutível que a religião é um fenômeno cultural que deve ser respeitado e tolerado. Dentro desse pressuposto, faz-se necessário construir liberdades reais para a população negra e mestiça em todos os níveis da vida. Por isso, é fundamental o papel das instituições e gestores do Estado brasileiro na imperiosa missão de observar as fundações de formação da cultura brasileira visando a construção de um mundo novo e melhor. Não podemos aceitar que haja violência contra os homossexuais e que as legislações previdenciárias façam distinção de cidadania a partir da condição sexual; que as mulheres, que sendo tão produtivas e inteligentes quanto os homens, sejam discriminadas em funções e cargos ou que recebam salários menores. Ou ainda que sejam abusadas, violentadas e vítimas de violência porque seus companheiros se julgam seus proprietários. Enfim, são numerosos os exemplos. Sei que é difícil pensar em tolerância a todo custo quando a sociedade ainda é tão cheia de contradições e de graves problemas de subdesenvolvimento. Mas é preciso corrigir erros e injustiças praticadas contra os negros e índios, suas religiões e organizações sociais. Contra as mulheres, os homossexuais, os pobres, os nordestinos. Hoje, há um crescimento de militância de grupos sociais que se articulam nesse sentido, dando inegáveis contribuições para reverter essa realidade, mas a estrada é longa.

18 O fato é que deveríamos ter uma tolerância forjada na nossa própria história, uma vez que somos misturados na formação social, conforme ressaltam estudiosos do porte do antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, conhecido pelas suas investigações com índios brasileiros; e pelo sociólogo, antropólogo, historiador e escritor Gilberto Freyre. 13. Freyre e a Modernidade É inevitável falar do caso brasileiro e referenciar a obra do sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, que forneceu conteúdo para entender a identidade brasileira, ao mesmo tempo que valorizou pela primeira vez índios e negros na nossa identidade e formação cultural. Autor do conceito da democracia racial brasileira, Gilberto Freyre é contestado por outros cientistas sociais. Essa democracia a que ele se refere definiria o nível de tolerância nas relações raciais no Brasil. Freyre entendia que nosso país não tinha o mesmo nível de discriminação visto, à época, em outros países como os Estados Unidos e a África do Sul, durante o apartheid. Mas é fato que negros e brancos, no Brasil, em várias dimensões, sempre estiveram em posições desiguais, em relação à oportunidade. Além disso, o negro e outras minorias também foram socialmente marginalizados. Independentemente da polêmica levantada sobre a democracia racial, é indiscutível a importância da obra de Freyre. E concordo com sua assertiva de que a cultura brasileira tem uma singularidade que a engrandece: a miscigenação não é um peso, mas uma virtude. Freyre mostrou que é dela, da multiplicidade e da aceitação das contradições e coerências, que nasce essa modernidade brasileira. Da mesma forma, ele comprova que a facilidade de se visualizar o passado histórico como uma construção coletiva é determinante para o entendimento da identidade nacional. Nesse ponto, parece paradoxal constatar que o discurso da modernidade se forma exatamente sobre o entendimento do passado. Tradição e memória não se chocam com novidade e modernidade. Pelo contrário: é na busca de semelhanças entre o passado e o presente que a cultura sobrevive. E aqui está um dos pontos-chave para se compreender a genialidade de Gilberto Freyre, brasileiro à frente de seu tempo. Não é à toa que, em 1948, quando a ONU, em conseqüência dos holocaustos judeus da 2ª Guerra, estava preocupada com as questões raciais, convidou sete cientistas sociais, entre eles o brasileiro Gilberto Freyre, para discutir e apresentar alternativas para as relações raciais no mundo. O evento, realizado pela Unesco em Paris, ficou conhecido como o Encontro dos Sete Sábios. Freyre se assumia como um homem de paradoxos. Ele era moderno ao seu

19 modo tradicional e olhava, com olhar ambíguo, a modernidade. Ambíguo porque não a condenava nem a exaltava. Apenas a aceitava. Sendo ambíguo, assim ele também enxergava a nossa identidade cultural. Por isso, a totalidade de sua vasta obra de Freyre, o passado histórico se comunica com o presente, que por sua vez servem de referência para jogar luzes no futuro. Ele teve o discernimento de que a modernidade brasileira dialogava com o antigo e assim forjou algumas teorias. É importante ressaltar que, quando Gilberto Freyre forjou a tese da democracia racial o Brasil estava em busca de uma identidade de povo e de Nação. À época meados da década de 30 do século passado - os estudiosos lamentavam porque somos descendentes do europeu degredado, a escória da sociedade portuguesa da época, que aqui se misturou com os indígenas, também malvistos por eles. A baixa autoestima daqueles teóricos, ou a pouca compreensão dos fatos, conduzia-os a dizer que no Brasil veio a incorporar depois o africano, que recebiam referências pouco abonadoras. Essa doutrina da inferioridade biológica, que reduzia a nossa estima, era defendida por pensadores e antropólogos. Havia como um desconforto com a nossa mestiçagem. Alguns estudiosos entendiam que estávamos condenados ao fracasso por sermos mestiços. Ou que, ao longo do tempo, iríamos passar por uma espécie de embranquecimento, conforme diziam alguns autores. Freyre veio para desmentir e envelhecer todos esses mitos, dizendo que a civilização brasileira foi se erguendo e se firmando com essa mesma gente tropicalmente morena. Nas trevas das ciências sociais, lançou Casa-Grande & Senzala, em Ao desmontar os mitos até então aceitos, ele valorizou o índio e o negro na formação da identidade brasileira. Redescobriu o português. E transformou em orgulho o que antes era tido, erroneamente, como vergonha. Os três componentes étnicos passaram a ser vistos como alicerce em que se fundamenta a sociedade brasileira, artífice de nossa civilização. A presença africana, índia e portuguesa estava agora não apenas no sangue, mas também na cor da nossa pele, na língua, no vocabulário, na cultura em geral, nas expressões estéticas, na psicologia. Assim, nascia a identidade brasileira, distinta de outros povos. 14. Gilberto Freyre e o Oriente que tornou o Brasil possível Em 1936, Gilberto Freyre publicou Sobrados e Mucambos, que é a continuação de Casa-Grande & Senzala e talvez sua verdadeira obra-prima. É um belo estudo do embate entre o Ocidente e o Oriente, no Brasil, durante

20 o século 19, onde defende a ideia de que a cultura brasileira havia sido gerada a partir de uma matriz oriental de valores, hábitos e conceitos sobre o mundo. Desde muito cedo a ideia de uma orientalidade e de um amouriscamento do Brasil aparecia na obra de Gilberto Freyre. A impressão de que o Brasil era, de alguma forma, um prolongamento da cultura Oriental nos Trópicos. Na perspectiva de Gilberto Freyre, as conexões entre o Brasil, no período de sua formação, e o Oriente árabe ou asiático, iam muito além de aspectos arquitetônicos, tendo sido determinantes na conformação da sensibilidade brasileira, em sua visão do mundo e seus valores culturais mais marcantes. O Oriente tornou o Brasil possível, no dizer de Freyre. Foram os saberes orientais que permitiram a construção da maior civilização moderna dos Trópicos. Freyre estava valorizando o Oriente como matriz cultural formadora do Brasil em contraposição à matriz européia. Nesse sentido, ele destacava o papel exercido pelos navegadores e conquistadores portugueses como intermediários entre as duas metades do mundo, o ocidental e o oriental: Foram com efeito os portugueses que trouxeram do Oriente à Europa o leque, a porcelana de mesa, as cochas da China e da Índia, os aparelhos de chá, e parece que também o chapéu-de-sol. (Casa-Grande & Senzala, p. 275). Deve-se, aliás, registrar que na maior parte das vezes que Gilberto Freyre falava em Oriente, está, na verdade, se referindo tanto à África muçulmana ou não, quanto à Ásia. No seu discurso, o Oriente é uma ampla matriz cultural que abriga todos os valores não europeus e, inclusive, antieuropeus. Vejamos: A verdade é que o Oriente chegou a dar considerável substância, e não apenas algum dos seus brilhos mais vistosos de cor, à cultura que aqui se formou e à paisagem que aqui se compôs dentro de condições predominantes patriarcais de convivência humana [...] Modos de viver, de trajar e de transportar-se que não pode ter deixado de afetar os modos de pensar (Sobrados e Mucambos, p. 424). Sobrados e Mucambos apresenta o Brasil do século 19, como um capítulo relevante da história da luta entre Ocidente e Oriente. O estopim da luta teria sido a chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808: A colônia portuguesa na América adquiria qualidade de vida tão exóticas do ponto de vista europeu que o século 19, renovando o contato do Brasil com a Europa [...] teve para o nosso país o caráter de uma europeização (Sobrados e Mucambos, p. 309). Junto com a Família Real vieram produtos ingleses e modismos franceses. Esses chegavam cercados de tal prestígio e poder de sedução, que tornavam difícil e resistente às vozes de sereia do Ocidente (Sobrados e Mucambos, p. 453). O século 19 representou, assim, no Brasil, o fim do primado ibérico de

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