RADIOFONTES EXTRAGALÁTICAS Tina Andreolla 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RADIOFONTES EXTRAGALÁTICAS Tina Andreolla 1"

Transcrição

1 RADIOFONTES EXTRAGALÁTICAS Tina Andreolla 1 Radiogaláxias (RGs) e quasares (QSR) são radiofontes, ou seja, corpos que emitem enormes quantidades de radiação em baixas freqüências, sendo portanto facilmente localizados em levantamentos estatísticos de propriedades observacionais, rádio em frequências inferiores a 1 GHz (ANDREOLLA & LÜDKE, 2004). Suas partes mais importantes são: um buraco negro e um disco de acresção de gás que realiza movimentos espirais até o buraco negro, jatos e lobos (figura 1). O disco de acresção atinge velocidades rotacionais que excedem 400km/s em torno do buraco negro. Essa atividade gera jatos poderosos, que atinge o espaço quase à velocidade da luz. Os jatos de partículas carregadas em sua maioria, elétrons projetam-se para fora, saindo do plano do disco de acresção e alinhados com seu eixo de rotação. Os jatos podem ter extensão entre algumas centenas de parsecs 2 até vários megaparsecs. Figura 1: Esquema de unificação de Barthel para radiogaláxias e quasares 1 Dra em Física Área: Radioastronomia; Professora Adjunta da UTFPR Campus Pato Branco; Pesquisadora SEB/MEC 2 Unidade de medida astronômica de distância = 3,084x10 13 km.

2 Dependendo do ângulo da linha de visada (ângulo entre o observador e o eixo da fonte), radiofontes são definidas como quasares ou radiogaláxias. radiofontes extragaláticas As radiofontes são classificadas em galáticas e extragaláticas, sendo que núcleos de galáxias ativas (AGNs), supernovas em galáxias próximas, fundo cósmico de microondas (CMB), radiogaláxias e quasares, são as principais fontes de radiação extragalática (estão fora da nossa galáxia). Historicamente, o termo radiofontes galáticas foi empregado para descrever objetos tais como estrelas magnéticas como binárias de raios X, nuvens de elétrons relativísticos no meio interestelar, estrelas normais como o Sol, o núcleo da Via Láctea, regiões HII, nebulosas planetárias e restos de supernovas. O mecanismo de radiação dominante em todas estas radiofontes é a radiação sincrotrônica emitida por elétrons de alta velocidade que espiralam ao redor de linhas de campo magnéticos cósmicos. (PARKER, 1978) Observacionalmente o espectro rádio da emissão sincrotrônica segue uma lei de potência da forma S ( ν ) S ν onde S(ν ) é a densidade de fluxo em rádio e α é o índice espectral da radiofonte. Mais recentemente, foi mostrado que até mesmo jatos de radiogaláxias próximas de baixa luminosidade possuem emissão em raios X moles cujo comprimento de onda, λ, varia de 0.3-4,5 nm associada, provavelmente, à interação dinâmica entre o jato e o meio interestelar (figura 2) (WORRALL, BIRKINSHAW & HARDCASTLE, 2001), em comparação com outros casos detectados na literatura como 3C295 (figura 3) (HARRIS et. al., 2000). Em particular, a radiogaláxia 3C120 (figura 2) mostra não somente uma intensa emissão em raios X associada ao jato em rádio como visto pelo satélite CHANDRA (HARRIS et. al.,1999), mas também a presença de um grande número de componentes relativísticas compactas ao longo do jato, que, por sua vez, exibem movimentos superluminais (GÓMEZ et. al., ver figura 2). = 0 α

3 Figura 2: Seqüência de mapas em rádio de 3C120, obtidos por JL Gomez e co-trabalhadores. Figura 3a: Imagem de 3C95 no ótico Figura 3b: Imagem de 3C95 em rádio

4 Os dados disponíveis até o momento, indicam que a produção de radiação de alta energia pode estar associada ao o comportamento de ondas de choque internas ao jato, que podem ser vistas em imagens VLBI. (HUGHES, et. al.,1995) Figura 3: Estrutura das componentes superluminais da radiofonte EGRET 3C120 e sua variação estrutural entre os meses de novembro e dezembro de 1996 (GÓMEZ et. al., 1998), mostrando a grande velocidade aparente entre as frentes de choque que se propagam ao longo do jato (símbolos de A-G), oriundas do núcleo situado a extrema esquerda. A presença de jatos em radiofontes extragaláticas e as semelhanças morfológicas e estatísticas entre os jatos e o núcleo, sugerem que a ocorrência de jatos seja um aspecto universal das AGNS. A emissão em rádio do jato surge, presumivelmente, da dissipação na transferência de energia do núcleo para as estruturas estendidas. As imagens com interferômetro de muito longa linha de base (VLBI) mostra uma quantidade de nós se movendo nos jatos com dimensões de algumas dezenas de parsecs. Radiogaláxias e quasares, segundo alguns pesquisadores, podem apresentar a mesma estrutura intrínsica. Sua aparência em imagens em rádio consiste em um núcleo, jatos de emissão, lobos e hotspots, que são definidos morfológicamente de acordo com o esquema ilustrado na figura 4. Figura 4: Aspectos morfológicos principais e características do material da radiofonte segundo imagens obtidas com VLA paraa rádiogaláxias próximas

5 Na aparência de radiogaláxias o contra-jato é difícil de ser detectado e é menos intenso pois, emite a radiação na direção oposta ao observador. Já a componente na direção do observador, o jato, é muito mais visível e forte devido ao efeito de amplificação. (Ver vídeo: Jato é qualquer estrutura que seja pelo menos quatro vezes mais longa que larga, quando visto em imagens em rádio com suficiente resolução espacial, deve apresentar-se como uma estrutura distinta de qualquer componente estendida e, a intensidade do núcleo deve ser constante com a freqüência, pois espera-se que devido à altas densidades, a radiação sincrotrônica seja auto absorvida pelo material relativístico. Radiofontes, podem ser subdivididas, ainda, em extensas ou compactas, dependendo do tamanho das estruturas estendidas em relação a imagem obtida no espectro ótico. Essas estruturas são o jato que é a estrutura mais luminosa da radiofonte, o lobo composto do material do jato que ao ser perdido para o meio interestelar se resfria ao sofrer expansão adiabática, e contra-lobo que é visto no lado oposto da propagação do jato, Estas estruturas são observadas na imagem do quasar 3C14, o qual é uma fonte extensa (figura 5) sendo que ao Norte visualiza-se o contra-lobo e ao Sul tem-se o jato com o lobo em sua parte mais externa. (ANDREOLLA, 2002 e LÜDKE, ANDREOLLA & COELHO, 2004). Fontes compactas são fontes cujas estruturas vistas em rádio não se estendem para fora de sua galáxia hospedeira. Figura 5: estruturas vistas em rádio do quasar 3C14 em 5GHz, obtida com o VLA. (ANDREOLLA, 2002)

6 REFERENCIAS ANDREOLLA, T., LüDKE, E. Structures of magnetic fields in compact steepspectrum jets from VLBA multifrequency observartions. In: IAU Symposium 222 The Interplay Among Black Holes, Stars and ISM in Galactic Nuclei, 2004, Gramado, RS, Brazil. Proceedings of the IAU Symposium 222 The Interplay Among Black Holes, Stars and ISM in Galactic Nuclei. Cambridge, Reino Unido: Cambridge University Press, v p BARTHEL, P. D., et. al., 1988, ApJ, 329, L51. PARKER, R. A. R., ApJ., 224, 873. WORRALL, D.M., BIRKINSHAW, M., HARDCASTLE, M.J., 2001, MNRAS, 326, L7. HARRIS, D.E., et. al., 1999, ApJ, 518, 123. HUGHES, P. A., Aller, H. D., Aller, M. F., ApJ., 298, 301. GÓMEZ J.L.,et. al., 1998, IAU Coll 164: Radio emission from galactic and extragalactic compact sources, Eds. J.A. Zensus, G.B. Taylor, J.M.Wrobel, PASP press, San Francisco, p ANDREOLLA, T., 2002, Análise das Morfologias dos Quasares 3C9 e 3C14 Realizada com o VLA, In: Dissertação de Mestrado, UFSM, Brasil. LÜDKE, E., ANDREOLLA, T., COELHO, S. X., NETO, O. F. L., 2004, IAUS, 222, 333.

Grandes estruturas no Universo. Roberto Ortiz EACH/USP

Grandes estruturas no Universo. Roberto Ortiz EACH/USP Grandes estruturas no Universo Roberto Ortiz EACH/USP A luz se propaga com velocidade finita. Portanto, quanto mais distante olhamos, há mais tempo foi gerada a imagem... Olhar para longe significa olhar

Leia mais

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Rogério Riffel riffel@ufrgs.br Núcleo Ativo de Galáxia

Leia mais

RADIOASTRONOMIA: FERRAMENTA DE OBSERVAÇÃO DO UNIVERSO

RADIOASTRONOMIA: FERRAMENTA DE OBSERVAÇÃO DO UNIVERSO RADIOASTRONOMIA: FERRAMENTA DE OBSERVAÇÃO DO UNIVERSO Profª. Dra Tina Andreolla Professora Adjunta da UTFPR Campus Pato Branco Pesquisadora SEED/MEC Resumo: Este trabalho traz informações de como podemos

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 16: Forma da Via Láctea

Astrofísica Geral. Tema 16: Forma da Via Láctea ema 16: Forma da Via Láctea Outline 1 Forma e dimensões 2 Componentes da Galáxia 3 Anatomia da Galáxia 4 Bibliografia 2 / 37 Outline 1 Forma e dimensões 2 Componentes da Galáxia 3 Anatomia da Galáxia 4

Leia mais

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche Evolução Estelar II Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche 1 Características básicas Resultado de estágios finais de evolução

Leia mais

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez Aula 25 Radiação UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez REVISÃO: Representa a transferência de calor devido à energia emitida pela matéria

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Leia atentamente todas as questões. A questão 1 é de escolha múltipla. Nas restantes questões

Leia mais

9. Galáxias Espirais. II. A estrutura espiral

9. Galáxias Espirais. II. A estrutura espiral 9. Galáxias Espirais II. A estrutura espiral Teoria dos epiciclos (Lindblad) Consideremos uma estrela no disco em órbita circular no raio r0 Se ela sofre uma pequena perturbação radial, sua equação de

Leia mais

10. Galáxias Espirais. III. A estrutura espiral

10. Galáxias Espirais. III. A estrutura espiral 10. Galáxias Espirais III. A estrutura espiral 1 Teoria dos epiciclos (Lindblad) Consideremos uma estrela no disco em órbita circular no raio r0 O que acontece se ela sofre uma pequena perturbação radial?

Leia mais

Colisões de galáxias. Gastão B. Lima Neto IAG/USP

Colisões de galáxias. Gastão B. Lima Neto IAG/USP Colisões de galáxias Gastão B. Lima Neto IAG/USP AGA extensão junho / 2008 O que são galáxias? Do grego, Galaxias Kyklos = círculo leitoso (γαλαξίας =galaxias = leite). Segundo a mitologia grega, leite

Leia mais

RADIAÇÃO, ENERGIA E ESPECTROS. Maria do Anjo Albuquerque

RADIAÇÃO, ENERGIA E ESPECTROS. Maria do Anjo Albuquerque RADIAÇÃO, ENERGIA E ESPECTROS Maria do Anjo Albuquerque 19.Outubro.2010 Tínhamos visto que as estrelas são muitas vezes classificadas pela cor e, consequentemente, pelas suas temperaturas, usando uma escala

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

O universo das Galáxias. Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe

O universo das Galáxias. Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe O universo das Galáxias Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe Uma galáxia chamada Via Láctea (A Galáxia!) Qual é a natureza da Via Láctea??? Antiguidade Grega: Galaxias Kyklos = circulo

Leia mais

O tamanho, idade e conteúdo do Universo: sumário

O tamanho, idade e conteúdo do Universo: sumário O tamanho, idade e conteúdo do Universo: sumário Unidadese métodos de determinação de distâncias Tamanhos no Sistema Solar Tamanho das Estrelas Tamanho das Galáxias Tamanho dos Aglomerados de Galáxias

Leia mais

Cœlum Australe. Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella

Cœlum Australe. Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella Cœlum Australe Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes arella Criado em 1995 Retomado em Junho de 212 Ano I Nº 28 - Janeiro de 213 ESTIMANDO O DIÂMETRO DAS GALÁXIAS

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de março de 2015 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA EÓRICA 17 de abril de 2015 16H45 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. odas as respostas devem ser

Leia mais

Espectro Eletromagnético. Professor Leonardo

Espectro Eletromagnético. Professor Leonardo Espectro Eletromagnético VÉSPERA- VERÃO 2010 EFEITO FOTO ELÉTRICO VÉSPERA- VERÃO 2010 VÉSPERA- VERÃO 2010 Efeito Fotoelétrico Problemas com a Física Clássica 1) O aumento da intensidade da radiação incidente

Leia mais

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELETRÔNICA. FÍSICA IV Óptica e Física Moderna. Prof. Dr. Cesar Vanderlei Deimling

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELETRÔNICA. FÍSICA IV Óptica e Física Moderna. Prof. Dr. Cesar Vanderlei Deimling GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELETRÔNICA FÍSICA IV Óptica e Física Moderna Prof. Dr. Cesar Vanderlei Deimling O plano de ensino Bibliografia: Geração de ondas eletromagnéticas Propriedades das ondas eletromagnéticas

Leia mais

Universo Competências a atingir no final da unidade

Universo Competências a atingir no final da unidade Universo Competências a atingir no final da unidade Constituição e origem do Universo. Como é constituído globalmente o Universo. Saber mencionar e distinguir objectos celestes como galáxia, supernova,

Leia mais

ESTRELAS. Distâncias e Magnitudes

ESTRELAS. Distâncias e Magnitudes ESTRELAS Distâncias e Magnitudes Tendo estudado de que forma as estrelas emitem sua radiação, e em seguida descrito algumas das características de uma estrela que nos é bem conhecida - o Sol - vamos agora

Leia mais

Segundo astrônomos, buraco negro no centro de nossa galáxia está atraindo nuvem de gás e poeira cósmica que envolve uma jovem estrela.

Segundo astrônomos, buraco negro no centro de nossa galáxia está atraindo nuvem de gás e poeira cósmica que envolve uma jovem estrela. Segundo astrônomos, buraco negro no centro de nossa galáxia está atraindo nuvem de gás e poeira cósmica que envolve uma jovem estrela. Estrela é atraída por buraco negro no centro da Via Láctea, diz estudo

Leia mais

Quantidades Básicas da Radiação

Quantidades Básicas da Radiação Quantidades Básicas da Radiação Luminosidade e Brilho Luminosidade = energia emitida por unidade de tempo. Brilho = fluxo de energia(energia por unidade de tempo e por unidade de superfície) Luminosidade

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO Prof. Dr. Richarde Marques Satélite Radiação solar refletida Atmosfera

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO ESTELAR:

CLASSIFICAÇÃO ESTELAR: CLASSIFICAÇÃO ESTELAR: TÓPICO 2 AS ESTRELAS NÃO SÃO IGUAIS Jane C. Gregório Hetem 2.1 Espectros Estelares 2.2 A ordem dos tipos espectrais 2.3 Comparando as diversas categorias de estrelas 2.4 O tamanho

Leia mais

Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento. Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica

Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento. Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Introdução Breve revisão: Questões... O que é uma radiação? E uma partícula? Como elas

Leia mais

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica Radiação térmica Propriedades básicas da radiação Transferência de calor por radiação entre duas superfícies paralelas infinitas Radiação térmica

Leia mais

Laser. Emissão Estimulada

Laser. Emissão Estimulada Laser A palavra laser é formada com as iniciais das palavras da expressão inglesa light amplification by stimulated emission of radiation, que significa amplificação de luz por emissão estimulada de radiação.

Leia mais

Fontes de Ondas Gravitacionais. José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON)

Fontes de Ondas Gravitacionais. José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON) 1 Fontes de Ondas Gravitacionais José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON) 1 Conteúdo Ondas Gravitacionais (OGs) OGs vs. OEs (ondas eletromagnéticas) OGs realmente existem? Fontes de OGs

Leia mais

Fenómenos Ondulatórios

Fenómenos Ondulatórios Fenómenos Ondulatórios Fenómenos Ondulatórios a) Reflexão b) Refração c) Absorção Reflexão da onda: a onda é devolvida para o primeiro meio. Transmissão da onda: a onda continua a propagar-se no segundo

Leia mais

Introdução a Astronomia Moderna

Introdução a Astronomia Moderna Introdução a Astronomia Moderna - 2004 Astrofísica Extragaláctica e Cosmologia 2 GALÁXIAS Situações especiais Marcio A.G. Maia 1 Galáxias Peculiares Galáxias peculiares são aquelas que não se enquadram

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS ÍNDICE 4.1- Modelo de Thomson 4.2- Modelo de Rutherford 4.2.1-

Leia mais

Trabalho do APE da mensal. (Professor: Bob)

Trabalho do APE da mensal. (Professor: Bob) Trabalho do APE da mensal. (Professor: Bob) 1. A sucessão de pulsos representada na figura a seguir foi produzida em 1,5 segundos. Determine a freqüência e o período da onda. 2. Uma piscina tem fundo plano

Leia mais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo Os fundamentos da Física Volume 1 Capítulo 0 Física Nuclear AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Força nuclear forte Mantém a coesão do núcleo atômico. Intensidade 10 8 vezes maior do que a força gravitacional.

Leia mais

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS Uma introdução objetiva dedicada a estudantes interessados em tecnologias de aproveitamento de fontes renováveis de energia. 1. INTRODUÇÃO: 1.1. Um rápido olhar na relação

Leia mais

Unidade 1 SOM E LUZ. Ciências Físico-químicas - 8º ano de escolaridade. Objetivos. O que é a luz? Como se propaga? O que é a luz?

Unidade 1 SOM E LUZ. Ciências Físico-químicas - 8º ano de escolaridade. Objetivos. O que é a luz? Como se propaga? O que é a luz? Ciências Físico-químicas - 8º ano de escolaridade Unidade 1 SOM E LUZ Objetivos Como se propaga? Concluir que a visão dos objetos implica a propagação da luz, em diferentes meios, desde a fonte de luz

Leia mais

Capítulo 15 A GALÁXIA

Capítulo 15 A GALÁXIA Capítulo 15 A GALÁXIA Este capítulo será dedicado ao estudo da Via Láctea, nossa galáxia. Serão apresentadas suas propriedades e sua estrutura, bem como os mecanismos propostos para explicar sua formação.

Leia mais

O DESAFIO DOS SENSORES REMOTOS NO INVENTÁRIO DE BIOMASSA SÓLIDA. José Rafael M. Silva; Adélia Sousa; e Paulo Mesquita

O DESAFIO DOS SENSORES REMOTOS NO INVENTÁRIO DE BIOMASSA SÓLIDA. José Rafael M. Silva; Adélia Sousa; e Paulo Mesquita O DESAFIO DOS SENSORES REMOTOS NO INVENTÁRIO DE BIOMASSA SÓLIDA José Rafael M. Silva; Adélia Sousa; e Paulo Mesquita 1 A Detecção Remota e uma técnica que nos permite obter informação sobre um objecto

Leia mais

LISTA 13 Ondas Eletromagnéticas

LISTA 13 Ondas Eletromagnéticas LISTA 13 Ondas Eletromagnéticas 1. Não é radiação eletromagnética: a) infravermelho. b) ultravioleta. c) luz visível. d) ondas de rádio. e) ultra-som. 2. (UFRS) Das afirmações que se seguem: I. A velocidade

Leia mais

QUÍMICA I. Teoria atômica Capítulo 6. Aula 2

QUÍMICA I. Teoria atômica Capítulo 6. Aula 2 QUÍMICA I Teoria atômica Capítulo 6 Aula 2 Natureza ondulatória da luz A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da radiação com a matéria. A radiação eletromagnética se movimenta

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias ema 19: A vida das galáxias Outline 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução secular 4 Bibliografia 2 / 24 Outline 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução

Leia mais

Uma pedra jogada em uma piscina gera uma onda na superfície da água. Essa onda e a onda sonora são classificadas, respectivamente, como:

Uma pedra jogada em uma piscina gera uma onda na superfície da água. Essa onda e a onda sonora são classificadas, respectivamente, como: Atividade extra Fascículo 8 Física Unidade 18 Exercício 1 Adaptado de UERGS 2000 Uma pedra jogada em uma piscina gera uma onda na superfície da água. Essa onda e a onda sonora são classificadas, respectivamente,

Leia mais

[COMUNICAÇÃO A CURTAS DISTÂNCIAS ]

[COMUNICAÇÃO A CURTAS DISTÂNCIAS ] [COMUNICAÇÃO A CURTAS DISTÂNCIAS ] Unidade 2 - Física FQ A Marília Peres e Rosa Pais 1 É possível imaginar como seria o nosso mundo sem os meios de comunicação de que dispomos? * * * * Aparelhos de rádio

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal : 1) Fusão do H transformando-se em He

Leia mais

Lista Deduza a relação m = M 2.5 log 10 F 10, ), onde M é a magnitude absoluta do Sol, e F 10, o fluxo da radiação solar em 10 pc de distância.

Lista Deduza a relação m = M 2.5 log 10 F 10, ), onde M é a magnitude absoluta do Sol, e F 10, o fluxo da radiação solar em 10 pc de distância. Introdução à Física Estelar - 2016.3 Lista 1 1. Sirius se encontra a 2.64 parsecs da Terra. (a) Determine o módulo de distância de Sirius. (b) Na verdade, Sirius é uma estrela dupla, cuja componente mais

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA Edição de junho de 2014 CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA ÍNDICE 3.1-

Leia mais

Affordable & Efficient Science Teacher In-service Training

Affordable & Efficient Science Teacher In-service Training Affordable & Efficient Science Teacher In-service Training Financed partially by the European Commission under Comenius 2.1 Neither the Commission nor the Contractor nor the Partners may be held responsible

Leia mais

INICIAÇÃO À ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso

INICIAÇÃO À ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA INICIAÇÃO À ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA MÓDULO: CA IAA Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2017 Conteúdo Objectivos

Leia mais

Mecânica Quântica. Corpo negro: Espectro de corpo negro, catástrofe do ultravioleta, Leis de Rayleigh e Jeans, Hipótese de Planck

Mecânica Quântica. Corpo negro: Espectro de corpo negro, catástrofe do ultravioleta, Leis de Rayleigh e Jeans, Hipótese de Planck Mecânica Quântica Corpo negro: Espectro de corpo negro, catástrofe do ultravioleta, Leis de Rayleigh e Jeans, Hipótese de Planck...numa reunião em 14/12/1900, Max Planck apresentou seu artigo Sobre a teoria

Leia mais

Departamento de Astronomia - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS02010-A - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA A 3.a PROVA - 2012/1 - Turma C NOME: I.Nas questões de 1 a 20, escolhe a alternativa

Leia mais

Ficha de Trabalho n.º 4

Ficha de Trabalho n.º 4 Ficha de Trabalho n.º 4 Disciplina: CFQ Componente de Química Ano/Turma Selecção de Conteúdos de Química 10 ano do exame 715 Data / / Professor: 1. (ENES 1ª Fase 2007) Leia atentamente o seguinte texto.

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Departamento de Física Laboratório de Física Moderna

Universidade Federal do Paraná Departamento de Física Laboratório de Física Moderna Universidade Federal do Paraná Departamento de Física Laboratório de Física Moderna Bloco 0: AS LINHAS DE BALMER Introdução A teoria quântica prevê uma estrutura de níveis de energia quantizados para os

Leia mais

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto.

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto. CIAA - 2011 Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto Email: jrc@das.inpe.br Nascimento Visão humana Estrutura: Interior e fonte de energia, Atmosfera (Camadas) Campos magnéticos do Sol Regiões

Leia mais

Estudo de ondas de gravidade utilizando luminescência atmosférica na região da mesopausa no sul do Brasil

Estudo de ondas de gravidade utilizando luminescência atmosférica na região da mesopausa no sul do Brasil Estudo de ondas de gravidade utilizando luminescência atmosférica na região da mesopausa no sul do Brasil Antunes, C. E. ; Pimenta, A. A. ; Clemesha, R. B. ; Andrioli, V. F. Instituto Nacional de Pesquisas

Leia mais

Alex C. Carciofi. Aula 9. O Nascimento das Estrelas Evolução Estelar

Alex C. Carciofi. Aula 9. O Nascimento das Estrelas Evolução Estelar Alex C. Carciofi Aula 9 O Nascimento das Estrelas Evolução Estelar Formação Estelar As estrelas formam-se, evoluem e morrem. Trata-se de um processo contínuo e permanente que ocorre, em maior ou menor

Leia mais

Caracterização de uma radiação electromagnética

Caracterização de uma radiação electromagnética Caracterização de uma radiação electromagnética Todas as radiações electromagnéticas são caracterizadas pela sua frequência e comprimento de onda. A frequência é o número de vezes que uma onda se repete

Leia mais

Radiação electromagnetica

Radiação electromagnetica Radiação electromagnetica A radiação eletromagnética é uma forma de energia absorvida e emitida por partículas com carga elétrica quando aceleradas por forças. Ao nível subatómico, a radiação eletromagnética

Leia mais

5 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

5 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 5 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 14 de Abril de 2010 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

RADIAÇÃO, ENERGIA E ESPECTROS

RADIAÇÃO, ENERGIA E ESPECTROS RADIAÇÃO, ENERGIA E ESPECTROS SABEMOS Que a temperatura das estrelas está relacionada com a sua cor As estrelas são muitas vezes classificadas pela cor e, consequentemente, pelas suas temperaturas, usando

Leia mais

A Via-Láctea. Prof. Fabricio Ferrari Unipampa. adaptado da apresentação The Milky Way, Dr. Helen Bryce,University of Iowa

A Via-Láctea. Prof. Fabricio Ferrari Unipampa. adaptado da apresentação The Milky Way, Dr. Helen Bryce,University of Iowa A Via-Láctea Prof. Fabricio Ferrari Unipampa adaptado da apresentação The Milky Way, Dr. Helen Bryce,University of Iowa Aparência da Via Láctea no céu noturno Imagem de todo o céu em luz visível Nossa

Leia mais

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel FSC1057: Introdução à Astrofísica Galáxias Rogemar A. Riffel Galáxias x Estrelas Processos de formação e evolução das galáxias não tão bem conhecidos como das estrelas Por que? Complexidade dos sistemas

Leia mais

ESTRUTURA ATÔMICA - III

ESTRUTURA ATÔMICA - III ESTRUTURA ATÔMICA - III Elementos químicos emitem luz em diferentes comprimentos de onda. Esta emissão é descontínua e só ocorre para determinadas faixas de Prof. Bruno Gabriel Química 2ª Bimestre 2016

Leia mais

A Galáxia. Roberto Ortiz EACH/USP

A Galáxia. Roberto Ortiz EACH/USP A Galáxia Roberto Ortiz EACH/USP A Galáxia (ou Via-Láctea) é um grande sistema estelar contendo cerca de 2 x 10 11 estrelas, incluindo o Sol, ligadas gravitacionalmente. As estrelas (e demais componentes)

Leia mais

Estrelas, Galáxias e Cosmologia A NOSSA GALÁXIA: Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Walter Maciel. 4.1 A Nossa Galáxia VIA LÁCTEA4

Estrelas, Galáxias e Cosmologia A NOSSA GALÁXIA: Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Walter Maciel. 4.1 A Nossa Galáxia VIA LÁCTEA4 4.1 A Nossa Galáxia 4.1.1 A Forma da Via Láctea 4.1.2 A Via Láctea na História 4.2 Componentes da Via Láctea 4.2.1 Estrelas 4.2.2 Nebulosas 4.2.3 Gás Interestelar 4.2.4 Poeira Estrelar 4.2.5 Raios Cósmicos

Leia mais

Apostila de Física 33 Introdução à Óptica Geométrica

Apostila de Física 33 Introdução à Óptica Geométrica Apostila de Física 33 Introdução à Óptica Geométrica 1.0 Definições Raios de luz Linhas orientadas que representam, graficamente, a direção e o sentido de propagação da luz. Conjunto de raios de luz Feixe

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Sumário UNIDADE TEMÁTICA 2. 2- Comunicação de informação a longas distâncias. 2.2- Propriedades das ondas. - Reflexão e refração de ondas. - Leis da reflexão e da refração. - Índice de refração de um meio.

Leia mais

Detecção Remota. Aquisição de dados. Sistema Modelo de Detecção Remota ICIST. Energia Electromagnética. Interacções com a Atmosfera

Detecção Remota. Aquisição de dados. Sistema Modelo de Detecção Remota ICIST. Energia Electromagnética. Interacções com a Atmosfera Aquisição de dados Como recolher informação geográfica? Fotografia Aérea Métodos topográficos GPS Processo que permite extrair informação de um objecto, área ou fenómeno, através da análise de dados adquiridos

Leia mais

Outras características dos espelhos planos são:

Outras características dos espelhos planos são: ÓPTICA Espelhos O espelho plano se caracteriza por apresentar uma superfície plana e polida, onde a luz que é incidida reflete de forma regular. Para obter um bom grau de reflexão, é necessário que a variação

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais

Propagação em Pequena Escala. CMS Bruno William Wisintainer

Propagação em Pequena Escala. CMS Bruno William Wisintainer Propagação em Pequena Escala CMS 60808 2016-1 Bruno William Wisintainer bruno.wisintainer@ifsc.edu.br Definição Modelos que caracterizam as variações rápidas da potência do sinal quando o móvel é deslocado

Leia mais

INFORMAÇÃO. Distribuição da radiação* ESPECTRO

INFORMAÇÃO. Distribuição da radiação* ESPECTRO ESPECTROSCOPIA INFORMAÇÃO Distribuição da radiação* ESPECTRO Através do espectro de um objeto astronômico pode-se conhecer informações sobre temperatura, pressão, densidade, composição química, estrutura,

Leia mais

Letras em Negrito representam vetores e as letras i, j, k são vetores unitários.

Letras em Negrito representam vetores e as letras i, j, k são vetores unitários. Lista de exercício 3 - Fluxo elétrico e Lei de Gauss Letras em Negrito representam vetores e as letras i, j, k são vetores unitários. 1. A superfície quadrada da Figura tem 3,2 mm de lado e está imersa

Leia mais

Aula 3 - Galáxias Área 3, Aula 3

Aula 3 - Galáxias Área 3, Aula 3 Aula 3 - Galáxias Área 3, Aula 3 Alexei Machado Müller, Maria de Fátima Oliveira Saraiva e Kepler de Souza Oliveira Filho Foto da galáxia de Andrômeda, M31. Introdução Prezado aluno, em nossa terceira

Leia mais

ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS

ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS Numa galáxia podem existir várias regiões de formação, consideradas berçários de estrelas, que são as nuvens de gás e poeira. protoestrela Em alguns pontos da nuvemmãe

Leia mais

Física. B) Determine a distância x entre o ponto em que o bloco foi posicionado e a extremidade em que a reação é maior.

Física. B) Determine a distância x entre o ponto em que o bloco foi posicionado e a extremidade em que a reação é maior. Física 01. Uma haste de comprimento L e massa m uniformemente distribuída repousa sobre dois apoios localizados em suas extremidades. Um bloco de massa m uniformemente distribuída encontra-se sobre a barra

Leia mais

Esse planeta possui maior velocidade quando passa pela posição: a) ( ) I b) ( ) II c) ( ) III d) ( ) IV e) ( ) V

Esse planeta possui maior velocidade quando passa pela posição: a) ( ) I b) ( ) II c) ( ) III d) ( ) IV e) ( ) V 1. Desde a antiguidade, existiram teorias sobre a concepção do universo. Por exemplo, a teoria Aristotélica propunha que a Terra seria o centro do universo e todos os astros descreveriam órbitas circulares

Leia mais

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro Radiação - Conceitos Fundamentais Consideremos um objeto que se encontra inicialmente a uma temperatura T S mais elevada que a temperatura T VIZ de sua vizinhança. A presença do vácuo impede a perda de

Leia mais

Gravitação Relativística

Gravitação Relativística Gravitação Relativística Um esboço da teoria geral da relatividade e sua aplicação aos buracos negros A C Tort 1 1 Departmento de Física Teórica Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807)

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) TEORIAS ATÔMICAS Átomo Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) 1. Os elementos são constituídos por partículas extremamente pequenas chamadas átomos; 2. Todos os átomos

Leia mais

Arquitectura do Universo. Espectros, radiações e energia

Arquitectura do Universo. Espectros, radiações e energia Arquitectura do Universo. Espectros, radiações e energia Nascimento e estrutura do Universo A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar (formado pela estrela Sol e planetas à sua volta), que está integrado

Leia mais

PROPAGAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

PROPAGAÇÃO ELETROMAGNÉTICA PROPAGAÇÃO LTROMAGNÉTICA LONARDO GURRA D RZND GUDS PROF. DR. ONDA LTROMAGNÉTICA As ondas de rádio que se propagam entre as antenas transmissora e receptora são denominadas de ondas eletromagnéticas Transmissor

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Astronomia Observatório do Valongo

Programa de Pós-Graduação em Astronomia Observatório do Valongo Programa de Pós-Graduação em Astronomia Observatório do Valongo Prova de Admissão para o Programa de Mestrado Julho de 2005 A Prova de Seleção consta de um exame de Física e um de Matemática sendo que

Leia mais

Elementos sobre Física Atómica

Elementos sobre Física Atómica Elementos sobre Física Atómica Carla Silva Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve 1 ÍNDICE OS MODELOS ATÓMICOS O modelo de Pudim de Passas de Thomson O

Leia mais

1) O deslocamento de uma onda progressiva em uma corda esticada é (em unidades do SI)

1) O deslocamento de uma onda progressiva em uma corda esticada é (em unidades do SI) 1) O deslocamento de uma onda progressiva em uma corda esticada é (em unidades do SI) a) Quais são a velocidade e a direção de deslocamento da onda? b) Qual é o deslocamento vertical da corda em t=0, x=0,100

Leia mais

Ficha de Avaliação Sumativa 2

Ficha de Avaliação Sumativa 2 Ficha de Avaliação Sumativa 2 DISCIPLINA: Física e Química 7 ºAno de escolaridade 2015/2016 Data: Nome: Turma: N.º Classificação: (%) A Docente: E. E: As respostas às questões deste enunciado devem ser

Leia mais

Aula 2 Efeitos do meio nas observações (atmosfera terrestre, meio interplanetário e meio interestelar)

Aula 2 Efeitos do meio nas observações (atmosfera terrestre, meio interplanetário e meio interestelar) Aula 2 Efeitos do meio nas observações (atmosfera terrestre, meio interplanetário e meio interestelar) Prof. Dr. Sergio Pilling sergiopilling@yahoo.com.br http://www1.univap.br/spilling A atmosfera terrestre.

Leia mais

Teste Sumativo 2 C - 11/12/2012

Teste Sumativo 2 C - 11/12/2012 E s c o l a S e c u n d á r i a d e A l c á c e r d o S a l Ano letivo 2012/2013 Ciências Físico-químicas 8º an o Teste Sumativo 2 C - 11/12/2012 Nome Nº Turma 1. O som produzido pelo sino de uma igreja

Leia mais

Transmissão de informação sob a forma de ondas

Transmissão de informação sob a forma de ondas Transmissão de informação sob a forma de ondas Adaptado da Escola Virtual (Porto Editora) 1 2 1 3 ONDAS: fenómenos de reflexão, absorção e refração Quando uma onda incide numa superfície de separação entre

Leia mais

A Escala Astronômica de Distâncias

A Escala Astronômica de Distâncias mailto:ronaldo@astro.iag.usp.br 8 de junho de 2006 1 Introdução Paralaxe - O Indicador Fundamental Vizinhança Solar Paralaxe Estatística A Galáxia 2 Padrão da Curva de Luz Relação Período-Luminosidade

Leia mais

Espectro Eletromagnético

Espectro Eletromagnético Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FCM 0412 Física B para Engenharia Ambiental Espectro Eletromagnético Prof. Dr. José Pedro Donoso Agradescimentos O docente da disciplina,

Leia mais

A Via Láctea Curso de Extensão Universitária Astronomia: Uma Visão Geral 12 a 17 de janeiro de 2004 Histórico Sec. XVII Galileu: descobriu que a Via-Láctea consistia de uma coleção de estrelas. Sec. XVIII/XIX

Leia mais

Física Módulo 2 Ondas

Física Módulo 2 Ondas Física Módulo 2 Ondas Ondas, o que são? Onda... Onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer outro meio, como, por exemplo, na água. Uma onda transfere energia de um ponto para outro,

Leia mais

Fundamentos de Sensoriamento Remoto. Elisabete Caria Moraes (INPE) Peterson Ricardo Fiorio

Fundamentos de Sensoriamento Remoto. Elisabete Caria Moraes (INPE) Peterson Ricardo Fiorio Fundamentos de Sensoriamento Remoto Elisabete Caria Moraes (INPE) Peterson Ricardo Fiorio Processos de Transferência de Energia Corpos com temperatura acima de 0 K emite energia devido às oscilações atômicas

Leia mais

06 Ciclo de vida da poeira Interestelar. Prof. Dr. Sergio Pilling Aluno: Will Robson Monteiro Rocha

06 Ciclo de vida da poeira Interestelar. Prof. Dr. Sergio Pilling Aluno: Will Robson Monteiro Rocha Física e a Química do Meio Interestelar Mestrado e Doutorado em Física e Astronomia Livro texto: Physics and chemistry of the interestellar medium A. G. G. M. Tielens (2004) Prof. Dr. Sergio Pilling Aluno:

Leia mais

GLONASS Sistema idêntico ao GPS, mas projetado e lançado pela Rússia.

GLONASS Sistema idêntico ao GPS, mas projetado e lançado pela Rússia. Sumário UNIDADE TEMÁTICA 1 Movimentos na Terra e no Espaço. 1.1 - Viagens com GPS Funcionamento e aplicações do GPS. Descrição de movimentos. Posição coordenadas geográficas e cartesianas. APSA GPS e Coordenadas

Leia mais

Espectroscopia do Visível

Espectroscopia do Visível Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa Espectroscopia do Visível Relatório da Atividade Experimental Curso de Ciências da Arte e do Património

Leia mais

Aulas 1 a 3. Introdução à Ótica Geométrica

Aulas 1 a 3. Introdução à Ótica Geométrica Aulas 1 a 3 Introdução à Ótica Geométrica Ótica Geométrica Análise de um fenômeno óptico: Fonte de Luz emite Luz Que se propaga em um Meio óptico E atinge um Sistema óptico Que é responsável Formação da

Leia mais

Evolução Estelar Estágios Avancados

Evolução Estelar Estágios Avancados Evolução Estelar Estágios Avancados Cap. 12 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Chaisson & McMillan (caps. 12 e 13) Zeilik-Gregory-Smith (cap. 16 e 17) Apostila (Cap. 12) Massa: fator determinante para o

Leia mais

Aula 22: Meio interestelar

Aula 22: Meio interestelar Aula 22: Meio interestelar Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho & Alexei Machado Müller Nebulosa de Órion, uma região de formação estelar visível a olho nu na constelação de

Leia mais

Aula 24: Aglomerados de Galáxias e Lei de Hubble

Aula 24: Aglomerados de Galáxias e Lei de Hubble Aula 24: Aglomerados de Galáxias e Lei de Hubble Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Saraiva & Alexei Machado Müller Abell 2218 é um aglomerado rico de galáxias localizado a uma

Leia mais