SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR NA BAHIA: UMA ANÁLISE SETORIAL E OCUPACIONAL

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2 OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR NA BAHIA: UMA ANÁLISE SETORIAL E OCUPACIONAL Contrato de Prestação de Serviços Nº. 165/2012 SETRE-BA e DIEESE Salvador, 2013

3 EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTE DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA JAQUES WAGNER Governador OTTO ALENCAR Vice-Governador NILTON VASCONCELOS Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte MARIA OLÍVIA SANTANA Chefe de Gabinete MARIA THEREZA ANDRADE Superintendente de Desenvolvimento do Trabalho MILTON BARBOSA DE ALMEIDA FILHO Superintendente de Economia Solidária NAIR PRAZERES Diretora-Geral SETRE Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte Endereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III - 3º andar, Sala 306 CAB Salvador - Bahia Brasil - CEP:

4 EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico Patrícia Pelatieri Coordenadora Executiva Rosana de Freitas Coordenadora Administrativa e Financeira Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Airton Santos Coordenador de Atendimento Técnico Sindical Angela Schwengber Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento Coordenação Geral do Projeto Angela Maria Schwengber Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento/ Supervisora dos Observatórios do Trabalho Ana Georgina Dias Supervisora do Escritório Regional do DIEESE na Bahia Flávia Santana Rodrigues Técnica Responsável pelo Projeto Eletice Rangel Santos Técnica do Projeto Samira Schatzmann Técnica responsável pelo Estudo Equipe Executora DIEESE DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Aurora, 957 Centro São Paulo SP CEP Fone: (11) Fax: (11) institucional@dieese.org.br Site: Observatório do Trabalho da Bahia Endereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III - 3º andar, Sala 323 CAB Salvador - Bahia Brasil - CEP: Fone: (71) observatorioba@dieese.org.br Site:

5 Sumário APRESENTAÇÃO... 5 INTRODUÇÃO... 7 NOTA METODOLÓGICA A. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego B. Dados do Ministério da Previdência Social C. Dados do Sistema Único de Saúde I. CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO: COBERTURA PREVIDENCIÁRIA E RISCO Cobertura previdenciária, tempo de permanência no vínculo, jornada e tempo de deslocamento: um olhar sobre os dados da PNAD Estoque de emprego formal segundo grau de risco Estoque de empregos das profissões ligadas à saúde e segurança do trabalhador.. 32 II. INDICADORES DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS Dados do MTE: RAIS Os desligamentos na RAIS Os afastamentos na RAIS Dados do Ministério da Previdência Social Indicadores gerais Atividade econômica Exposição a agentes nocivos Dados do Sistema Único de Saúde: SINAN CONSIDERAÇÕES FINAIS GLOSSÁRIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO... 86

6 APRESENTAÇÃO O presente estudo, intitulado Saúde e segurança do trabalhador na Bahia: uma análise setorial e ocupacional faz parte do plano de atividades do Observatório do Trabalho da Bahia, no âmbito do Contrato de prestação de serviços N. 165/2012, firmado entre a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O Observatório possui entre as suas atribuições: a) Consolidar os indicadores e sistema de consultas e estimular o uso pelos diferentes atores sociais, acadêmicos, pesquisadores, gestores públicos, sindicalistas, empresários, etc; b) Ampliar e fortalecer o diálogo social acerca das questões e desafios do mundo do trabalho; c) Contribuir para a definição de indicadores do Trabalho Decente na Bahia e, d) Realizar oficinas, onde especialistas e gestores possam discutir estratégias de levantamento e organização de informações de forma a gerar subsídios para as políticas públicas. Esse estudo integra as atribuições do Observatório, em subsidiar com informações e indicadores as ações da ABTD, mais especificamente, de seu eixo de Saúde e segurança do trabalhador, podendo servir como elemento para discussão e difusão do conhecimento sobre as questões específicas ao tema. Tal produto resulta de um processo de diálogo estabelecido junto aos atores da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD) em momentos anteriores. O presente estudo temático retoma a discussão e amplia a abordagem sobre indicadores de Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), acrescendo aos indicadores do Ministério da Previdência Social, primeiramente, trabalhados com esse eixo da Agenda, outras fontes de dados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS - MTE), para caracterização das condições de trabalho no estado; e de dados adicionais da própria RAIS, do Ministério da Previdência Social e do DataSus para análise de outros indicadores acerca de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O estudo está dividido em duas seções, além da introdução, da conclusão e dos elementos pós-textuais. Inclui-se também uma nota metodológica para auxiliar o leitor na compreensão das informações abordadas durante o estudo. A primeira seção faz um 5

7 apanhado de indicadores que buscam caracterizar as condições de trabalho no estado. Já a segunda dedica-se ao exame dos principais indicadores de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 6

8 INTRODUÇÃO A situação do mercado de trabalho no Brasil, durante os anos 1990, foi marcada pelos elevados índices de desemprego e pela precarização das relações de trabalho, em um cenário de abertura e reformas econômicas, com baixo crescimento do PIB e elevada vulnerabilidade externa. Ainda assim, uma das grandes preocupações da política pública de emprego girava em torno da qualificação do trabalhador, a partir do diagnóstico da inadequação da força de trabalho ao novo paradigma de produção e de competitividade que se instaurava sobre a economia brasileira, acompanhando sua reestruturação produtiva. Entretanto, a primeira década dos anos 2000 foi marcada pelo aumento do emprego, sobretudo o com carteira de trabalho assinada, aliado ao aumento da renda, a uma retomada do crescimento econômico em um patamar de reduzida vulnerabilidade, em relação às décadas anteriores. Destaca-se a importância das medidas de aumento do salário mínimo, da política de transferência de renda, e também, do aumento do excedente exportador e do acúmulo de reservas internacionais. Superada a questão do elevado desemprego e dos níveis extremamente baixos de renda dos trabalhadores, tem-se a possibilidade de ampliar o escopo sobre o qual atuam as políticas públicas. É nesse contexto que se insere, por exemplo, as discussões sobre o trabalho decente. Cumpre destacar que esta é uma preocupação de alcance global, protagonizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD) tem desenvolvido um trabalho pioneiro, ampliando o alcance de compromissos nacionais para a esfera estadual. O Observatório do Trabalho da Bahia, no âmbito do convênio firmado entre a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), possui entre as suas atribuições: a) contribuir para a definição de indicadores do Trabalho Decente na Bahia e, b) realizar oficinas, onde especialistas e gestores possam discutir estratégias de levantamento e organização de informações de forma a gerar subsídios para as políticas públicas. Para o cumprimento dessas atribuições foram desenvolvidas diversas atividades junto aos atores da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD). Entre essas atividades o 7

9 destaque foi a I Oficina de indicadores de Trabalho decente 1, realizada entre os técnicos do Observatório e os atores da Agenda, com a presença de técnicos e gestores, ocorrida entre os dias 19 e 20 de dezembro de Naquele momento houve a apresentação e discussão de uma série de indicadores, que foram previamente analisados, e apresentados em formato de séries temporais no relatório intitulado Construindo Indicadores para o Trabalho Decente: relato da Oficina de técnicos e gestores e contribuições para os eixos da Agenda Bahia do Trabalho Decente, concluído no ano de Dando continuidade às ações do Observatório com a ABTD, foi realizada uma segunda fase de elaboração de indicadores, com base nos planos de ação dos eixos de prioridade da Agenda, seguido de oficina para discussão das informações investigadas, com os integrantes dos eixos para aprimoramento e validação. A partir disso, desenvolveram-se oficinas para quatro eixos (Juventude, Promoção da igualdade da pessoa com deficiência, Segurança e saúde do trabalhador e Erradicação do trabalho infantil) do total dos nove, que compõem as áreas de prioridade da agenda. Dessas oficinas, foram gerados relatórios para cada uma delas, nos quais se registraram os indicadores apresentados pelo Observatório, aqueles que foram legitimados pelos participantes, assim como a constatação das limitações oferecidas pelas bases de dados para cada tema específico, levando à sugestão de novos indicadores e/ou variáveis. Adicionalmente, o eixo da ABTD Saúde e Segurança do Trabalhador definiram três prioridades, são eles: construção civil, agricultura e agropecuária e trabalhadores em situação de informalidade. Cada um desses justificados da seguinte maneira: a) Construção Civil O campo da indústria e da construção, a despeito do quantitativo de empregos que era direta e indiretamente, revela-se uma área delicada e que demanda constante atenção e aprimoramento dos mecanismos de controle e garantia de condições dignas de trabalho face à diversidade de ambientes de trabalho que oferece assim como da multiplicidade de recursos tecnológicos e métodos gerenciais que utiliza. Esta é uma área que oferece uma grande quantidade de risco à integridade dos 1 O relato completo da I Oficina de Indicadores do Trabalho Decente está contido no documento Contribuição para a construção de indicadores para a Agenda Bahia do Trabalho Decente de março de 2011, no âmbito do Convênio 005/2010 entre SETRE e DIEESE. 8

10 trabalhadores que ficam vulneráveis a agravos à saúde, acidentes de trabalho e óbito, inclusive. Em se tratando de um segmento que historicamente tem se revelado com altos índices de acidente de trabalho, tem sido considerado como prioridade nas políticas de segurança e saúde no trabalho tanto em nível internacional como é o caso da OIT, na edição da Convenção nº 167 em 1988 (OIT, 2009), quanto em nível nacional pela NR 18 que se refere às diretrizes para implementação de medidas de controle e de prevenção na segurança e saúde dos trabalhadores no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Esta foi editada pela primeira vez em 1978 e atualizada ao longo dos anos sendo que sua última versão ocorreu em março de (Programa Bahia do Trabalho Decente) b) Agricultura e Agropecuária Para os trabalhadores da agricultura, da pesca, da pecuária e os do setor informal, faz-se necessário lançar-lhes um olhar cuidadoso, propondo mecanismos de proteção e controle para as suas atividades laborais. Estas também os deixam expostos a agravos à saúde de natureza diversa e acidentes, além dos riscos inerentes às condições da exposição ao campo. Riscos ergonômicos, acidentes com máquinas e equipamentos, exposição ao sol, aos ruídos, e a gases, intoxicação com substâncias químicas, risco de cortes nas mãos e membros inferiores, ferimento nos olhos e pele, ataque de animas peçonhentos podem estar destacando a vulnerabilidade no trabalho, dos segmentos de trabalhadores. A OIT em junho de 2001 aprovou a Convenção 184 denominada Convenção sobre a Segurança e a Saúde na Agricultura e que serviu de pano de fundo para que no âmbito da CLT, em março de 2005, fosse editada a NR 31, como um aprimoramento das normas até então vigentes e que trata especificamente dos assuntos ligados à saúde, higiene e segurança no trabalho rural. Estabelece parâmetros para a organização e para o ambiente de trabalho nas atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura e dedica um capítulo especialmente às normas sobre o uso e manuseio dos agrotóxicos. Face à necessidade premente de minimizar questões relacionadas ao uso desses agentes químicos, foi criado em âmbito federal, em 2007, o Plano Integrado de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (...). (Programa Bahia do Trabalho Decente) c) Trabalhadores em situação de informalidade Tratando agora da categoria dos trabalhadores informais, esta abriga pessoas em diversas modalidades de ocupação que exercem suas atividades de forma autônoma, sem formalizar vínculos com quaisquer agentes empregadores. (...) É possível considerar como autônomos, os citados trabalhadores e, de acordo com uma classificação da OIT e do IBGE, incluir nesse Mercado tanto os indivíduos que são produtores de bens, e vendedores como é o caso de ambulantes, pedreiros, dentre outros, como aqueles que prestam serviços a empresas formais, quer no ambiente de trabalho, quer em seu próprio domicílio e que têm como 9

11 característica comum não ter nenhum vínculo formal com a empresa para quem serve. Isso ocorre com maior freqüência nas atividades agrícolas, na prestação de serviços diversos, no comércio de mercadorias e na indústria da construção. Considerando a pauta proposta pela ABTD, o presente estudo visa aprofundar o conhecimento e análise dos indicadores que permeiam a temática de Saúde e Segurança do Trabalhador, elencando alguns pontos que permitam a maior qualificação do debate sobre o tema. Para atender aos objetivos propostos, o estudo encontra-se dividido em duas partes, além de uma nota metodológica, que consiste no levantamento de algumas considerações metodológicas com a finalidade de orientar o leitor no melhor entendimento do estudo, em particular no que tange à segunda seção. Na primeira seção, traça-se um panorama sucinto das condições de trabalho na Bahia, em particular nos aspectos sensíveis à questão de saúde e segurança do trabalhador. Importante destacar que este panorama é complementado pelas demais publicações do Observatório do Trabalho da Bahia, que vem elaborando subsídios para diagnósticos e acompanhamento do mercado de trabalho baiano 2. A última seção dedica-se ao exame de alguns indicadores selecionados das bases de dados que tem informações disponíveis sobre saúde e segurança do trabalhador, no que se refere aos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Foram privilegiados os recortes de setores e atividades econômicas e ocupacionais. 2 Em particular outras dimensões adjacentes à esta temática, a exemplo do emprego dos jovens, emprego infantil e informalidade, tem sido tratadas em outros estudos temáticos elaborados pelo Observatório. As publicações podem ser consultadas em: 10

12 NOTA METODOLÓGICA Esta nota metodológica tem por objetivo orientar o leitor na correta interpretação dos dados apresentados pelo estudo 3. Antes de adentrar ao escopo específico das bases e variáveis consultadas, é importante destacar algumas questões, de ordem geral, que devem ser consideradas para análise das informações. A primeira é sobre o fato de que não existe uma fonte de dados estatísticos específica para o tema de saúde e segurança do trabalhador. Existem registros administrativos, criados com propósitos/finalidades distintos, mas que acabam sendo as principais fontes de informação atualmente disponíveis, na ausência de uma pesquisa específica. Via de regra, por dados de saúde e segurança do trabalhador, subentendem-se dados de acidentes de trabalho - que podem ser típicos, ou seja, decorrentes da atividade laboral, ou de trajeto, da residência para o local de trabalho e vice-versa - ou doenças ocupacionais equiparadas a acidentes de trabalho, e suas possíveis intercorrências, desde as mais brandas, como aquelas que implicam em atendimento médico ou afastamento temporário, como aquelas mais graves, que implicam em aposentadoria permanente ou até o óbito do trabalhador. A segunda diz respeito às evidências de subnotificação presentes em todas as bases, fenômeno reconhecido inclusive na literatura sobre o tema, mas cujos determinantes fogem ao propósito deste estudo 4. Dada a multiplicidade (e aleatoriedade) de fatores que incidem sobre essa questão, um dos principais aspectos a serem considerados é a restrição que esse fenômeno impõe à interpretação plena de dados, em especial, para análises comparativas, inter-regionalmente, intertemporalmente e até intersetorialmente. Segundo Santos (2011), a subnotificação tende a ser menor nos estados mais urbanizados e industrializados, assim como nas empresas mais organizadas. A terceira questão trata das especificidades dos registros administrativos. É importante marcar a distinção que, ao analisar os indicadores específicos de saúde e segurança, a unidade de referência não é o trabalhador. Cada base de dados tem sua especificidade, 3 Eventualmente, a leitura desta nota metodológica pode ser complementada ao glossário disponível ao final do estudo. 4 Basta acrescentar que as principais fontes de informação no tema tratam apenas do mercado de trabalho formal e/ou celetista, de modo que os trabalhadores informais não apresentam registro de doenças relacionadas ao trabalho ou acidentes. 11

13 cujas distinções serão tratadas mais adiante nesta nota, mas a título de exemplo, no caso da Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS - MTE), um registro de afastamento não significa, necessariamente, um trabalhador afastado, posto que o mesmo trabalhador pode ter mais de um afastamento registrado durante o ano (até o limite de três, conforme especificidade do registro). A análise da evolução dos vínculos assume uma importância central neste estudo. De maneira geral, considera-se o pressuposto de que, na medida em que os vínculos de trabalho aumentam, a probabilidade de ocorrências de acidente de trabalho também aumentam, já que se trata, em alguma medida, do aumento da exposição de trabalhadores aos riscos de ocorrência de acidentes de trabalho. No período analisado ( ), é importante considerar o crescimento constante de vínculos de trabalho, e para tanto, da probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho. Para considerar esta dimensão é preciso ponderar, em todos os registros analisados, a relação entre o número de vínculos e a ocorrência de acidentes, a fim de investigar se o desenvolvimento dos resultados está condicionado à evolução do número de vínculos ou propriamente ao aumento de número de casos. Para efetuar esta ponderação, o número de vínculos será considerado o denominador e o número de ocorrências de acidentes de trabalho o numerador em uma operação de divisão. No decorrer do estudo, a análise deverá se remeter a esta relação sempre que necessário, para qualificar a análise dos dados investigados. A partir das bases de dados analisadas, sempre que estas possibilitarem, serão calculados os seguintes indicadores: Taxa de Incidência 5 Taxa de incidência específica para doenças do trabalho: 5 Para os cálculos possíveis de serem feitos com a RAIS, são utilizados o número médio de vínculos declarados na RAIS. Para os cálculos dos indicadores com dados do Ministério da Previdência social, são utilizados o número médio de vínculos a partir das declarações do GFIP. 12

14 Taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos: Taxa de incidência específica para incapacidade temporária: Taxa de Mortalidade Taxa de Letalidade Para os dados de ordem geral, sem caracterizações específicas, foram feitas comparações do total da Bahia com o total do Brasil e o total da região Nordeste. Devido à escassez de informações, não foi efetuado nenhum recorte intra estadual. As análises feitas com informações de atividades econômicas e/ou ocupações, que são o principal enfoque do estudo, foram feitas somente para a Bahia. Em relação ao período de análise, este se inicia no ano de 2008 e vai até o último ano disponível das bases analisadas, em geral, 2011 ou Dada a escassez de informações e a possibilidade de se acumular casos ao longo dos anos, quando necessário, recorreu-se a este instrumento estatístico para seleção das informações com maior peso para destaque no estudo. Quaisquer outros casos serão tratados ao longo do texto. A seguir são pontuadas algumas especificidades das bases de dados que serão trabalhadas na seção IV do presente estudo. Antes de prosseguir, é importante destacar uma característica que permeia o estudo da temática de Saúde e Segurança do Trabalhador no Brasil. Na inexistência de uma pesquisa com propósito específico de investigação que reflita a agenda de pesquisa para esta temática, são utilizadas as informações constantes em distintos registros administrativos, sendo que cada um deles 13

15 foi instituído com um propósito específico, e onde a geração de estatísticas para elaboração de diagnóstico e de monitoramento de ações não é outra coisa senão um resultado secundário. Ainda que algumas delas reflitam, em maior ou menor grau, essa preocupação, dadas algumas das restrições mencionadas previamente, ainda não há disponível no Brasil uma fonte de informações sistemática e exclusiva sobre o tema. A. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cuja instituição se deu por motivos de controle do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, de controle da arrecadação previdenciária, entre outras razões de natureza semelhante. Atualmente, serve para identificação o trabalhador que tem direito ao abono salarial. Seu alcance diz respeito aos estabelecimentos do segmento formal do mercado e, portanto, dos empregados formais, celetistas ou estatutários. Em virtude do amplo alcance da RAIS, esta passou a ser usada como insumo de elaboração de estatísticas para diagnóstico e monitoramento da evolução da situação no mercado de trabalho formal. A partir da RAIS existem duas formas possíveis de se obter informações sobre o tema de saúde e segurança do trabalhador. A primeira é em relação aos vínculos de trabalho desligados durante o ano em análise (desligamentos) e a segunda, em relação aos afastamentos. Os desligamentos passíveis de serem investigados são: Falecimento decorrente de acidente do trabalho típico Falecimento de acidente do trabalho de trajeto Falecimento decorrente de doença profissional Aposentadoria por invalidez, decorrente de acidente do trabalho Aposentadoria por invalidez, decorrente de doença profissional Os empregadores devem declarar os motivos de afastamento dos empregados no INSS ou do servidor no órgão público. De acordo com a legislação, durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. Após este período, o segurado deverá ser encaminhado à perícia médica da Previdência Social para requerimento de um auxílio- 14

16 doença acidentário 6. Assim, somente os afastamentos superiores a 15 dias são registrados na RAIS, não havendo registro de acidentes ou doenças de menor impacto. É possível que o empregador informe até três afastamentos do vínculo em questão (com o mesmo motivo ou por motivos diferentes 7 ) durante o ano-base. Ainda são informados o período do afastamento e o total de dias afastado. Neste caso, se houver mais de três afastamentos, o empregador deve informar a soma total de dias afastados. Acidente de trabalho típico Acidente de trabalho de trajeto Doença relacionada ao trabalho Portanto, a RAIS não permite a informação dos acidentes e doenças de trabalho, e sim, dos desligamentos por óbito ou aposentadoria por invalidez permanente, e também, dos afastamentos decorrentes dos acidentes ou doenças. Assim, não é possível calcular indicadores, com exceção da taxa de mortalidade e de incidência de validez permanente. É importante destacar que a RAIS traz informações sobre o vínculo de trabalho, considerando que, sob algumas circunstâncias, um mesmo trabalhador pode possuir mais de um vínculo. As informações da RAIS possuem múltiplas possibilidades de desagregação, setoriais e por atividade econômica, por atributos do trabalhador, por remuneração, por ocupação, etc., bem como, de desagregações até o nível de município. B. Dados do Ministério da Previdência Social O Ministério da Previdência Social é uma das principais fontes de informação sobre acidentes e doenças do trabalho na medida em que executa o pagamento de benefícios de natureza acidentária aos trabalhadores cobertos pelo regime geral de previdência. A Lei nº de 1967 instituiu a obrigatoriedade da comunicação de acidentes de trabalho no prazo de 24 horas, e para isso, estabelece o registro de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) (PEREIRA, 2011). Importante ressaltar que, portanto, os dados disponíveis referem-se apenas aos trabalhadores celetistas, portanto, cobertos pela 6 Anuário estatístico de Acidentes do trabalho. 7 Além dos motivos pontuados, pode haver afastamento por motivo de doença não relacionada ao trabalho, licença maternidade, serviço militar obrigatório, licença sem vencimento/remuneração. 15

17 seguridade social, e que esta instituição foi criada para atender propósitos operacionais da Previdência Social, qual seja, dos pagamentos aos beneficiários. Contudo, na ausência de outras fontes específicas, bem como, da centralidade das informações, os dados do Ministério da Previdência Social passaram a ser a melhor fonte sistematizada de informações sobre acidentes de trabalho (Ibidem, 2011). Com periodicidade anual, o Ministério edita o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT), complementando as estatísticas de acidentes divulgadas anteriormente pelo Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS). Em virtude das evidências de subnotificação dos acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho e a partir de um cruzamento de evidências epidemiológicas com a atividade econômica a qual pertence o trabalhador, evidenciando uma incidência maior de determinadas doenças (a partir do Código Internacional de Doenças CID) em uma atividade econômica do que em outras, estimulou-se a busca de uma metodologia alternativa para reconhecimento de benefício acidentário ainda que não houvesse emissão do CAT, que foi denominada de Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário NTEP. Assim, foi possível registrar benefícios de natureza acidentária sem a emissão do CAT, sendo que anteriormente estes seriam caracterizados de natureza previdenciária. Vale destacar que, estas informações estão disponíveis apenas para os acidentes de trabalho, ou doenças equiparadas a acidentes de trabalho, que tem como consequência a emissão do benefício. Ou seja, as ocorrências com consequências mais brandas, como afastamento inferior a 15 dias ou atendimento médico, não são contemplados por estes registros. Esses dados passaram a constar nas estatísticas previdenciárias a partir de abril/2007 (PEREIRA, 2011; TODESCHINI, LINO E MELO, 2011). C. Dados do Sistema Único de Saúde O Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN fio instituído com uma finalidade de vigilância epidemiológica, para processar informações sobre doenças de notificação compulsória. A Portaria nº 777/04 do Ministério da Saúde definiu 11 agravos de notificação compulsória e posteriormente a área técnica de Saúde do Trabalhador do MS elaborou instrumentos de coleta de dados e foi desenvolvida a 16

18 versão do Sinan que incluiu os seguintes agravos relacionados ao trabalho (RABELLO NETO, et. al., 2011): 1. acidentes de trabalho fatais; 2. acidentes de trabalho com mutilações; 3. acidentes de trabalho em crianças e adolescentes; 4. acidentes de trabalho com material biológico; 5. dermatoses ocupacionais; 6. lesões por esforços repetitivos (LERs) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORTs); 7. pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 8. perda auditiva induzida por ruído (PAIR); 9. transtornos mentais relacionados ao trabalho; 10. câncer relacionado ao trabalho; 11. e as intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho (possível distinguir grupos de agentes tóxicos, entre eles, os agrotóxicos a declaração destes relacionados ao trabalho é de notificação compulsória desde 2004) A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador 8 é composta pelos Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e por uma rede sentinela, que são as responsáveis pelo registro das informações no SINAN. É importante destacar a influência do grau de desenvolvimento da estrutura de política de vigilância em Saúde do trabalhador na qualidade das informações registradas no SINAN, de modo que estas podem ter graus diferentes de confiabilidade (quantitativamente e qualitativamente). Ademais, alguns estados têm estabelecido estratégias próprias de notificação, o que altera e inviabiliza a comparação entre estados. Dentre as bases analisadas, esta é a que tem o maior potencial de alcance, uma vez que não se restringe ao universo dos trabalhadores formais, cobertos pelos regimes oficiais de previdência. 8 Uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, a Renast responde pela execução de ações de promoção, preventivas, curativas e de reabilitação à saúde do trabalhador brasileiro. 17

19 I. CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO: COBERTURA PREVIDENCIÁRIA E RISCO 1. Cobertura previdenciária, tempo de permanência no vínculo, jornada e tempo de deslocamento: um olhar sobre os dados da PNAD É importante associar a discussão de saúde e segurança do trabalhador com uma análise das condições de trabalho a que estes se sujeitam. Assim, antes de proceder a um exame de alguns dos indicadores disponíveis acerca de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais, é preciso caracterizar, ainda que brevemente, alguns aspectos relacionados às condições de trabalho, bem como, ver a evolução destes indicadores no período analisado. O primeiro aspecto a ser investigado diz respeito à forma de inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho, pois isso traz informações acerca da cobertura acidentária e previdenciária. Ou seja, ainda que esta informação não seja qualificada no que tange ao risco exposto do trabalhador, ao menos, informa se ele está coberto ou não pelo sistema de previdência oficial. Para o Brasil, predominam os trabalhadores Empregados com carteira de trabalho assinada. Em 2012, eles foram 39,3% do total de pessoas ocupadas 9, um aumento de 4,8 pontos percentuais (p.p) em relação à participação desta categoria em A realidade do Nordeste e da Bahia indica uma participação menor, porém também crescente, dos trabalhadores empregados nessas condições. No Nordeste, foram 25,3% dos empregados, e na Bahia, 26,0%, em 2012 (Tabela 1). Esta é uma informação importante, pois o emprego com carteira assinada assegura a cobertura total dos trabalhadores à previdência social (Anexo 1). Depois dos Empregados com carteira de trabalho assinada, figuram os empregados por Conta própria e os outros empregados sem carteira de trabalho assinada. Em conjunto, essas categorias representaram 35,8% dos empregados no Brasil, em 2012, participação 9 Para referência, de acordo com a PNAD, o total de ocupados no Brasil foi, em 2008, , e em 2012, , para o Nordeste, e e para a Bahia e , respectivamente. A análise da evolução do total de ocupados, no período, fugiria ao propósito deste trabalho. Cumpre salientar, contudo, que em 2009 houve uma redução do número de ocupados em todas as localidades, com posterior recuperação. Entretanto, para o Nordeste e para a Bahia, esta recuperação não é suficiente para recompor o número de ocupados verificado em

20 cerca de 10 p.p. inferior à verificada no Nordeste (45,0%) e na Bahia (45,4%). Este é um aspecto particularmente sensível haja vista que estas formas de inserção são caracterizadas pelo predomínio da não contribuição a institutos de previdência oficiais. Para o total do Brasil, 76,4% dos empregados por Conta própria, e 79,9% dos outros empregados sem carteira assinada, não contribuem (Anexo 1). Este percentual é ainda mais elevado para Nordeste e Bahia. Para a Bahia, 87,8% dos empregados por Conta própria não contribuem, e 84,4% dos outros empregados sem carteira assinada. Contudo, vale destacar que mesmo no breve espaço de quatro anos analisados, aumenta o percentual de trabalhadores que contribuem, para todas as categorias de trabalhadores, de forma geral. Entre 2008 e 2012, o percentual dos empregados por Conta própria que contribuem para a previdência social praticamente dobraram a participação no Nordeste e no Brasil. TABELA 1 Distribuição dos ocupados de 10 anos ou mais por posição na ocupação no trabalho principal Brasil, Nordeste, Bahia, 2008 e 2012 Posição na ocupação Brasil Nordeste Bahia Empregado com carteira de trabalho assinada 34,5 39,3 20,8 25,3 21,2 26,0 Militar ou Funcionário público estatutário 6,9 7,4 6,2 7,1 4,8 6,6 Outro empregado sem carteira de trabalho assinada 17,2 15,1 21,1 20,4 22,9 21,4 Trab. doméstico com carteira de trabalho assinada 1,9 2,0 0,9 1,1 1,1 1,1 Trab.doméstico sem carteira de trabalho assinada 5,2 4,8 5,6 5,3 5,7 5,9 Conta própria 20,3 20,7 24,8 24,6 23,8 24,1 Empregador 4,5 3,8 3,3 2,8 3,1 3,2 Trabalhador na produção para o próprio consumo 4,4 3,9 8,7 8,5 8,7 7,3 Trabalhador na construção para o próprio uso 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 Não remunerado 5,0 3,0 8,3 4,8 8,5 4,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: IBGE. PNAD Com base nos dados da Tabela 1 e do Anexo 1, outros pontos merecem ainda ser destacados: Diminui, ainda que levemente, no Brasil e no Nordeste, a participação dos trabalhadores domésticos, enquanto sobe na Bahia, especialmente o emprego doméstico sem carteira assinada, que passa de 5,7%, em 2008, para 5,9%, em O percentual de trabalhadores domésticos sem carteira assinada que não contribuem para a previdência chega a 94,0% na Bahia, em 2012; 10 Esse aspecto é relativizado devido à redução no número de ocupados nesta categoria. Contudo, mesmo a redução é menor na Bahia do que no Brasil e Nordeste (-0,2%, -0,7% e -0,9% ao ano, entre 2008 e 2012, respectivamente). 19

21 O percentual de ocupados na categoria de Empregadores que contribuem para a previdência aumentou significativamente no período. Para a Bahia, em 2008, perfaziam 28,9% dos ocupados nesta categoria, em 2012, representavam 52,2%; O percentual de ocupados na condição de Trabalhador na produção para o próprio consumo, Trabalhador na construção para o próprio uso e Não remunerados é mais elevado na Bahia e no Nordeste do que no Brasil. Em 2012, em conjunto, essas categorias responderam por 7,0% dos ocupados no Brasil, 13,5% no Nordeste e 11,8% na Bahia. Contudo, sua participação se reduz em relação a 2008 em todas as localidades. São formas de inserção predominantemente marcadas pela não contribuição previdenciária oficial. A estrutura da atividade econômica, observada a partir da distribuição dos ocupados, mostra lugar de destaque para a atividade Agrícola no estado da Bahia, que respondeu por 26,1% dos ocupados baianos em 2012, seguido da atividade de Comércio e reparação, com 18,3%. Enquanto a primeira reduz sua participação em relação a 2008 (- 7,9 p.p.), a segunda aumenta (3,7 p.p.) (Gráfico 1). Em 2012, apenas 6,4% dos ocupados na atividade agrícola eram empregados com carteira assinada, enquanto 28,0% eram empregados na produção para próprio consumo, 25,8% trabalhadores sem carteira assinada, 25,4% como conta-própria e 12,3% de não remunerados. Assim, 90,3% dos ocupados nessa atividade não contribuíam para instituto oficial de previdência nesse ano (Tabela 2 e Anexo 2). Já no Comércio e reparação a participação mais elevada é do emprego com carteira assinada (37,1%), seguido dos ocupados por Conta própria (31,2%). Assim, a metade dos ocupados nessa atividade (51,9%, em 2012) não contribuía para o instituto de previdência, embora tenha tido uma redução de 10,6 p.p. de participação destes, em relação a

22 GRÁFICO 1 Distribuição dos ocupados de 10 anos ou mais segundo Grupamento de atividade econômica no trabalho principal Bahia, 2008 e 2012 Fonte: IBGE. PNAD 21

23 TABELA 2 Distribuição dos ocupados de 10 anos ou mais por grupamento de atividade econômica no trabalho principal segundo posição na ocupação Bahia, 2012 Grupamento de atividade econômica Conta própria Empregado com carteira de trabalho assinada Empregado sem carteira de trabalho assinada Empregador Militar ou funcionário público estatutário Trabalhador doméstico com carteira de trabalho assinada Trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada Trabalhador na produção para o próprio consumo Trabalhador na construção para o próprio uso Trabalhador não remunerado Agrícola 25,4 6,4 25,8 2,2 (1) (1) (1) 28,0 (1) 12,3 100,0 Indústria - outras (2) 73,2 17,3 (2) (2) (1) (1) (1) (1) (1) 100,0 Indústria de transformação 25,0 56,3 15,2 2,4 (2) (1) (1) (1) (1) (2) 100,0 Construção 41,7 26,9 26,8 2,7 (2) (1) (1) (1) 1,5 (2) 100,0 Comércio e reparação 31,2 37,1 21,0 6,5 (2) (1) (1) (1) (1) 4,1 100,0 Alojamento e alimentação 36,5 28,5 24,7 6,0 (2) (1) (1) (1) (1) 3,8 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 38,5 41,9 16,4 (2) (2) (1) (1) (1) (1) (2) 100,0 Administração pública (1) 16,6 29,2 (1) 54,2 (1) (1) (1) (1) (2) 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 4,3 31,0 24,2 2,5 37,5 (1) (1) (1) (1) (2) 100,0 Serviços domésticos (1) (1) (1) (1) (1) 15,4 84,6 (1) (1) (1) 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 47,8 19,9 26,3 4,8 (2) (1) (1) (1) (1) (2) 100,0 Outras atividades 14,3 64,3 13,9 5,1 1,7 (1) (1) (1) (1) (2) 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas (2) (2) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (2) Total 24,1 26,0 21,4 3,2 6,6 1,1 5,9 7,3 0,1 4,4 100,0 Fonte: IBGE. PNAD Nota: (1) Não há registro dos casos na amostra (2) A amostra não comporta desagregação para esta categoria Total 22

24 As demais atividades econômicas que se destacam pela elevada participação do número de ocupados no estado são a Educação, saúde e serviços sociais, Construção, Serviços domésticos e Indústria de transformação. A respeito da situação em relação à contribuição previdenciária para estas atividades, pode-se destacar 11 : No caso da Educação, saúde e serviços sociais, prevalece a ocupação na condição de Militar ou funcionário público estatutário (37,5%, em 2012), seguido do emprego com carteira assinada (31,0%), mas ainda tem uma participação acima da média do emprego sem carteira assinada (24,2%). Mas, de forma geral, a contribuição à previdência oficial desta atividade é relativamente alto, chegando a 85,1%, em 2012; Na atividade de Construção, 41,7% dos ocupados o são na condição de Conta própria, seguido por empregados com e sem carteira assinada, que possuem uma participação equivalente (26,9% e 26,8%). Esta atividade tem uma representatividade dos ocupados que contribuem à previdência oficial reduzida, com 32,1%, embora tenha apresentado aumento em relação a 2008; Em relação aos ocupados na Indústria de transformação tem-se a importante participação do emprego com carteira assinada, mais de duas vezes maior do que a média estadual (56,3% contra 26,0%), mas também tem uma participação significativa dos Conta própria (25,0%), e do emprego sem carteira assinada (15,2%). Em 2012, 62,2% dos ocupados nesta atividade contribuíam para instituto de previdência, um aumento importante em relação à 2008, quando eram pouco menos da metade. Um aspecto que merece ser observado quando da análise das condições de trabalho, tendo como preocupação a questão da exposição ao risco, diz respeito à familiaridade do trabalhador com a atividade desenvolvida no trabalho: a maior familiaridade do trabalhador implica em uma diminuição do risco de ocorrência de acidentes ou de adoecimento 12. Neste sentido, atuam negativamente a elevada rotatividade e baixo tempo de permanência dos trabalhadores no vínculo, característica do mercado de 11 Em relação aos Serviços domésticos a análise já foi feita anteriormente. 12 No caso, a familiaridade não diz respeito somente ao conhecimento formal, mas combina também a experiência prática e as noção dos próprios limites. Sobre este tema, ler SATO (1991 e 1997). 23

25 trabalho no Brasil 13, bem como do processo de terceirização. São atenuantes dessas condições os treinamentos e programas de qualificação. Na PNAD, 34,1% dos ocupados em 2012, na Bahia, estavam há 120 meses ou mais no trabalho. Este percentual era um tanto mais elevado nas atividades Agrícolas (57,9%) e Administração pública (41,8%) (Tabela 3) 14. Por outro lado, 29,6% dos ocupados em 2012 estavam há menos de dois anos completos no trabalho, sendo que 19,4% estava há menos de um ano. Em algumas atividades essa característica é mais acentuada. Na Indústria de transformação (36,0%), Comércio e reparação (35,5%) e Construção (43,0%), para mencionar as que possuem relativa importância no total dos ocupados, o percentual de permanência no trabalho inferior a dois anos completos é superior à média estadual. 13 A rotatividade e a terceirização são outros elementos, além da informalidade, que afetam a questão da contribuição e, portanto, cobertura previdenciária. No que diz respeito à rotatividade, ver DIEESE. Rotatividade e flexibilidade no mercado de trabalho São Paulo: DIEESE, Vale ressaltar que a PNAD avalia o tempo de permanência do trabalhador no trabalho atual e não a totalidade da experiência do trabalhador no mercado de trabalho, o que pode relativizar o aspecto de risco associado ao desempenho da função inferido pelo tempo em que o trabalhador ocupa o posto de trabalho atual. 24

26 TABELA 3 Distribuição dos ocupados de 10 anos ou mais por grupamento de atividade econômica no trabalho principal segundo faixa de tempo de permanência no trabalho principal Bahia, 2008 e 2012 Grupamento de Atividade Econômica Ate 2,9 meses 3,0 a 5,9 meses 6,0 a 11,9 meses 12,0 a 23,9 meses 24,0 a 35,9 meses 36,0 a 59,9 meses 60,0 até 120 meses 119,9 meses ou mais Agrícola 3,5 3,9 2,8 5,2 6,1 8,2 16,6 53,5 100,0 Indústria - outros 10,2 (2) (2) (2) 10,0 12,9 17,2 30,7 100,0 Indústria de transformação 7,2 6,4 10,1 12,5 10,2 12,4 16,8 24,5 100,0 Construção 13,4 10,2 8,4 9,1 7,3 10,3 13,4 28,0 100,0 Comércio e reparação 6,5 7,6 9,0 14,4 11,2 13,2 17,5 20,5 100,0 Alojamento e alimentação 8,5 6,4 10,2 12,5 11,9 13,4 15,8 21,3 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 5,5 8,9 7,8 11,8 11,4 14,7 16,3 23,6 100,0 Administração pública (2) 3,9 5,6 5,8 5,6 19,4 17,0 41,1 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 2,2 5,7 7,4 11,1 8,8 14,1 18,8 31,9 100,0 Serviços domésticos 11,4 11,4 11,2 16,5 10,3 12,9 11,3 15,0 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 10,6 5,5 8,2 12,9 8,0 15,9 16,2 22,7 100,0 Outras atividades 6,5 8,6 11,8 14,7 10,9 14,3 13,9 19,3 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas (2) (2) (2) (2) (2) (2) (2) (2) 100,0 Total 6,0 6,4 6,9 10,0 8,6 11,8 16,2 34,2 100, TOTAL Grupamento de Atividade Econômica Ate 2,9 meses 3,0 a 5,9 meses 6,0 a 11,9 meses 12,0 a 23,9 meses 24,0 a 35,9 meses 36,0 a 59,9 meses 60,0 até 120 meses 119,9 meses ou mais TOTAL Agrícola 4,0 3,3 3,6 4,9 5,9 7,0 13,3 57,9 100,0 Indústria - outros (1) (2) (2) (2) (2) 17,8 22,0 24,3 100,0 Indústria de transformação 4,4 7,9 11,9 11,8 10,0 13,7 13,1 27,1 100,0 Construção 10,4 10,6 10,2 11,8 8,7 8,7 11,0 28,6 100,0 Comércio e reparação 5,4 6,8 9,9 13,4 11,9 14,1 16,7 21,7 100,0 Alojamento e alimentação 8,7 7,9 10,3 11,8 9,9 14,0 15,1 22,3 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 6,0 5,8 8,5 11,2 10,4 15,3 20,6 22,3 100,0 Administração pública (2) 2,5 8,2 7,7 7,1 16,5 14,8 41,8 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 2,6 4,7 7,4 9,0 10,7 14,1 18,0 33,4 100,0 Serviços domésticos 8,8 10,4 10,2 15,3 12,9 11,4 13,0 18,1 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 6,9 5,8 6,8 12,2 11,4 13,8 17,1 25,9 100,0 Outras atividades 5,2 6,0 11,1 15,2 10,8 13,2 18,1 20,5 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas (2) (1) (1) (2) (2) (2) (1) (2) (2) Total 5,4 6,0 8,0 10,2 9,4 11,7 15,1 34,1 100,0 Fonte: IBGE. PNAD Nota: (1) Não há registro dos casos na amostra (2) A amostra não comporta desagregação para esta categoria Outro aspecto importante diz respeito à jornada de trabalho. Na Bahia, em 2012, 77,9% dos ocupados trabalhavam até 44 horas semanais, sendo que 41,1% trabalhavam entre 40 e 44 horas semanais. Ainda que o percentual tenha se reduzido em relação a 2008, o percentual de 22,2% de ocupados que declararam ter jornada superior à 44 horas semanais, em 2012, é bastante significativo. Em relação à jornada de trabalho por atividade econômica, destacam-se por ter uma participação maior de ocupados com jornada declarada superior a 44 horas semanais as atividades de Alojamento e alimentação (39,5% dos ocupados, em 2012), Transporte, armazenagem e comunicação (33,7%), Comércio e reparação (33,6%) e Serviços domésticos (27,2%) (Tabela 4). 25

27 TABELA 4 Distribuição dos ocupados de 10 anos ou mais por grupamento de atividade econômica no trabalho principal segundo grupos de horas habitualmente trabalhadas por semana no trabalho principal Bahia, 2008 e Grupamento de Atividade Econômica Até 14 horas 15 a 39 horas 40 a 44 horas 45 a 48 horas 49 horas ou mais TOTAL Agrícola 13,9 43,6 25,7 9,4 7,3 100,0 Indústria - outros (1) (2) 58,0 18,3 16,1 100,0 Indústria de transformação 4,9 21,2 45,3 15,8 12,7 100,0 Construção 2,3 13,2 51,1 20,1 13,2 100,0 Comércio e reparação 7,8 20,3 32,9 19,7 19,4 100,0 Alojamento e alimentação 7,8 26,4 20,0 15,9 29,9 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 3,8 19,6 35,4 18,9 22,2 100,0 Administração pública (2) 26,7 62,1 7,3 3,6 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 3,5 43,5 44,0 4,8 4,1 100,0 Serviços domésticos 8,6 34,1 21,7 20,1 15,6 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 18,0 31,6 26,7 10,2 13,4 100,0 Outras atividades 2,8 23,6 49,5 14,7 9,4 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas (2) 40,1 (2) (2) (2) 100,0 Total 8,6 31,6 34,3 13,5 12,0 100, Grupamento de Atividade Econômica Até 14 horas 15 a 39 horas 40 a 44 horas 45 a 48 horas 49 horas ou mais TOTAL Agrícola 12,8 44,1 28,7 8,1 6,3 100,0 Indústria - outros (2) (2) 57,5 (2) (2) 100,0 Indústria de transformação 4,1 18,4 53,9 15,5 8,0 100,0 Construção 1,3 13,5 59,5 16,7 9,0 100,0 Comércio e reparação 6,1 18,9 41,5 17,0 16,6 100,0 Alojamento e alimentação 7,8 23,9 28,7 17,5 22,0 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 4,3 18,5 43,5 14,4 19,3 100,0 Administração pública (2) 26,1 64,8 4,7 3,4 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 4,4 39,5 47,6 3,6 4,8 100,0 Serviços domésticos 11,7 36,6 24,5 15,1 12,1 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 16,2 32,3 28,8 12,4 10,4 100,0 Outras atividades 3,1 22,7 56,5 10,6 7,1 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas (2) (2) (2) (1) (1) (2) Total 7,5 29,3 41,1 11,9 10,3 100,0 Fonte: IBGE. PNAD Nota: (1) Não há registro dos casos na amostra (2) A amostra não comporta desagregação para esta categoria O tempo de deslocamento do trabalhador até do seu domicílio até o trabalho é outra variável que permite ter uma percepção acerca do risco, uma vez que quanto maior, maior o risco de acidente de trajeto. Em 2012, 71,2% dos ocupados na Bahia declararam ter um tempo de deslocamento inferior a 30 minutos e 19,7% entre 30 minutos e uma hora. O percentual de trabalhadores que levam mais do que este tempo no trajeto entre o domicílio e o local de trabalho foi de 9,1%. Atividades que possuem um peso relativamente maior de tempo de deslocamento superior a 30 minutos são a Construção civil (36,6%) (Tabela 5). 26

28 TABELA 5 Distribuição dos ocupados de 10 anos ou mais por grupamento de atividade econômica no trabalho principal segundo faixa de tempo de deslocamento do domicílio até o local de trabalho no trabalho principal Bahia, 2008 e 2012 Grupamento de atividade econômica Até 30 minutos Mais de 30 minutos até uma hora 2008 Mais de uma até duas horas Mais de 2 horas TOTAL Agrícola 58,2 30,3 9,0 2,5 100,0 Indústria - outros 56,7 27,5 12,7 (2) 100,0 Indústria de transformação 68,0 22,4 8,6 (2) 100,0 Construção 68,7 23,4 6,8 (2) 100,0 Comércio e reparação 78,2 15,4 4,7 1,6 100,0 Alojamento e alimentação 70,6 20,1 8,1 (2) 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 76,9 16,3 5,1 (2) 100,0 Administração pública 77,5 15,8 5,6 (2) 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 76,4 16,7 5,9 (2) 100,0 Serviços domésticos 70,8 20,5 8,1 (2) 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 73,5 20,3 4,9 (2) 100,0 Outras atividades 59,6 30,8 8,8 (2) 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas 70,6 (2) (1) (2) 100,0 Total 69,7 21,8 7,0 1,5 100, Grupamento de atividade econômica Até 30 minutos Mais de 30 minutos até uma hora Mais de uma até duas horas Mais de 2 horas TOTAL Agrícola 71,5 19,0 6,5 3,0 100,0 Indústria - outros 63,6 (2) (2) (2) 100,0 Indústria de transformação 68,9 21,7 7,9 (2) 100,0 Construção 63,5 25,7 8,7 2,2 100,0 Comércio e reparação 79,4 14,7 4,8 1,1 100,0 Alojamento e alimentação 73,2 17,6 8,0 (2) 100,0 Transporte, armazenagem e comunicação 72,9 17,0 7,0 3,2 100,0 Administração pública 76,3 17,4 4,6 1,7 100,0 Educação, saúde e serviços sociais 73,0 18,5 6,9 1,6 100,0 Serviços domésticos 67,5 21,8 9,1 1,6 100,0 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 74,8 18,4 6,4 (2) 100,0 Outras atividades 52,1 32,7 13,4 1,7 100,0 Atividades mal definidas ou não declaradas (2) (2) (1) (1) (2) Total 71,2 19,7 7,2 1,9 100,0 Fonte: IBGE. PNAD Nota: (1) Não há registro dos casos na amostra (2) A amostra não comporta desagregação para esta categoria 27

29 2. Estoque de emprego formal segundo grau de risco O Anexo V do Decreto nº 3.048/99, que trata do Regulamento da Previdência Social (RPS) 15, classifica as atividades econômicas, a partir da subclasse CNAE, de acordo com o grau de risco 16. A partir da atividade preponderante da empresa, ou seja, aquela que possui maior número de empregados atuando na atividade fim incide um percentual que pode ser de 1%, 2% e 3% sobre a folha de pagamentos, de contribuição adicional à previdência social a título de Seguro de Acidente de Trabalho (SAT). As alíquotas representam, respectivamente, os riscos leve, médio e graves (CHAGAS, SERVO E SALIM, 2011). Avaliando o estoque de empregos formais na Bahia de acordo com o grau de risco, verifica-se que metade dos empregos são caracterizados por risco médio. Em 2012, foi 51,4%. Em seguida, figuram os empregos com risco grave, com 41,2%, um aumento de 3,0 p.p. em relação a Os empregos de risco leve representam apenas 6,8% do estoque de empregos, neste mesmo ano. Em 2008, 4,3% do estoque de empregos estavam em atividades em que não foi possível identificar o grau de risco. Em 2012, este percentual caiu para 0,6%, o que explica o aumento de participação do emprego de grau de risco 3 (Gráfico 2). 15 Pode ser consultado em 16 Importante destacar que a relação atual das atividades econômicas é dada pelo Decreto nº 6.957/09. 28

30 GRÁFICO 2 Distribuição dos empregos formais segundo grau de risco¹ Bahia, 2008 e 2012 Fonte: MTE. RAIS (1) Conforme Anexo V do Decreto nº 3.048/99 Observando as vinte subclasses CNAE com maior participação no estoque de empregos formais na Bahia, a primeira é a de Administração pública em geral, com 22,7% dos empregos formais em Esta é uma atividade classificada como risco de grau 2 (médio). Em segundo lugar figura a Construção de edifícios, atividade com grau de risco 3, ou seja, grave, com 3,0% do estoque de empregos formais, e com uma taxa de crescimento médio anual do emprego nesta atividade de 12,6% ao ano, de 2008 a As outras atividades classificadas como grau de risco 3 que constam entre as vinte que mais empregam na Bahia são: Atividades de vigilância e segurança privada (8ª subclasse CNAE com maior número de empregos, em 2012); Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios supermercados (10ª); Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional (14ª); Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal (16ª); Locação de mão-de-obra temporária (18ª); Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores (19ª); Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (20ª) (Tabela 6). Algumas delas destacam-se por grande crescimento do emprego no período, como a última mencionada, com 13,5% de aumento no estoque de empregos, passando de 29

31 vínculos, em 2008, para , em 2012, e a Educação superior-graduação e pós-graduação, que passou de empregos para23.143, o que representa um ritmo anual de crescimento superior a 12,9%. 30

32 TABELA 6 Ranking das 20 subclasses CNAE com maior participação no estoque de empregos formais e grau de risco¹ Bahia, 2008 e 2012 Subclasse CNAE 1º Administração pública em geral , ,7 3,2 2 2º Construção de edifícios , ,0 12,6 3 3º Segurança e ordem pública , ,9 7,4 2 4º Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento a urgências , ,6 1,9 2 5º Restaurantes e similares , ,5 6,5 2 6º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios , ,4 6,7 2 7º Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente , ,4 12,1 2 8º Atividades de vigilância e segurança privada , ,4 4,0 3 9º Condomínios prediais , ,3 3,8 2 10º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados , ,3 5,2 3 11º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns , ,3 6,2 2 12º Fabricação de calçados de couro , ,2-3,1 2 13º Hotéis , ,1 5,8 2 14º Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional , ,0 10,4 3 15º Educação superior - graduação e pós-graduação , ,0 12,9 1 16º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal , ,0 2,9 3 17º Ensino fundamental , ,9 5,5 1 18º Locação de mão-de-obra temporária , ,8 6,0 3 19º Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores , ,8 6,6 3 20º Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente , ,8 13,5 3 Subtotal , ,4 4,9 - Demais subclasses , ,6 5,0 - Total , ,0 4,9 - Fonte: MTE. RAIS (1) Conforme Anexo V do Decreto nº 3.048/99 nº Taxa média de Distrib. Distrib. variação anual nº (%) (%) (2008/2012) Grau de Risco 31

33 3. Estoque de empregos das profissões ligadas à saúde e segurança do trabalhador Esta seção traz um breve olhar sobre a evolução do emprego formal nas categorias que são relacionadas à saúde e segurança do trabalhador, conforme previsto na NR 4, que dispõe sobre os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMTs). Por aproximação, pode-se subentender que um aumento no estoque de empregos destas ocupações superior ao volume de empregos formal seja decorrente de um maior investimento das empresas na questão de SST 17. Em 2008, o estoque de empregos dessas ocupações somava vínculos na Bahia. Em 2012, era de vínculos. Isso representa um aumento médio anual de 9,1%, que é 4,2 p.p. superior ao crescimento médio anual do emprego formal na Bahia, que foi de 4,9% (Tabela 7). A ocupação que tem maior participação é a de Técnico em Segurança no Trabalho, que em 2012, foi de vínculos, o que representou 64,2% do total dessas ocupações. Em 2008, eram 2.660, de modo que o aumento médio anual do emprego desta ocupação foi de 11,0% ao ano, mais do que o dobro do crescimento do emprego médio no estado. Em seguida figuram os Técnicos e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. Juntos, eles perfazem 2,6% do total de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. Estas ocupações, contudo, apresentaram redução no estoque de empregos em relação a Os Engenheiro de Segurança do Trabalho representam 33,4% dos Engenheiros Industriais, de Produção e Segurança, e os Tecnólogos em Segurança do Trabalho, 4,5%. A primeira ocupação teve um crescimento médio anual de 6,0% no período, o que é maior do que a média estadual, mas inferior ao crescimento das ocupações selecionadas. 17 Contudo, cumpre salientar que muitas destas atividades são realizadas por profissionais contratados, que não figuram entre as estatísticas de emprego formal. 32

34 Família ocupacional / Ocupação TABELA 7 Emprego formal nas ocupações do SESMTs Bahia, 2008 e Taxa média de variação nº Distrib. nº Distrib. anual absoluto (%) absoluto (%) (2008/2012) Engenheiros Industriais, de Produção e Segurança , ,0 4,7 Engenheiro de Segurança do Trabalho , ,4 6,0 Tecnólogo em Segurança do Trabalho 0 0,0 57 4,5 - Demais ocupações , ,0 2,2 Cirurgiões-Dentistas , ,0 3,0 Cirurgião dentista - Odontologia do Trabalho 3 0,1 1 0,0-24,0 Demais ocupações , ,0 3,0 Enfermeiros de Nível Superior e Afins , ,0 11,5 Enfermeiro do Trabalho 108 1, ,6 18,6 Demais ocupações , ,4 11,4 Profissionais da Habilitação e Reabilitação , ,0 16,7 Fisioterapeuta do Trabalho 2 0,2 16 0,7 68,2 Demais ocupações , ,3 16,6 Médicos Clínicos ,0 - Médico do Trabalho ,4 - Demais ocupações ,6 - Psicólogos e Psicanalistas , ,0 12,7 Psicólogo do Trabalho 61 6,6 79 5,3 6,7 Demais ocupações , ,7 13,1 Técnicos e Auxiliares de Enfermagem , ,0 4,2 Técnico de Enfermagem do Trabalho 845 2, ,7-4,6 Auxiliar de Enfermagem do Trabalho 420 1, ,9-3,5 Demais ocupações , ,4 4,5 Técnicos em Segurança no Trabalho , ,0 11,0 Técnico em Segurança no Trabalho , ,0 11,0 Total ocupações selecionadas ,3 9,1 Total emprego formal , ,0 4,9 Fonte: MTE. RAIS 33

35 II. INDICADORES DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS 1. Dados do MTE: RAIS 1.1 Os desligamentos na RAIS Indicadores gerais De acordo com os dados da RAIS, em 2012 foram registrados, no Brasil, desligamentos por acidente de trabalho ou por doença ocupacional. No mesmo ano, desligamentos se deram em decorrência da aposentadoria do trabalhador por invalidez decorrente dos mesmos motivos. Em um período de 5 anos, os falecimentos 18 somaram , e as aposentadorias, (Tabela 8). No Nordeste, o total de desligamentos por falecimento somou 257, em 2012, sendo 96 no estado da Bahia (37,4%). Já as aposentadorias foram 657 e 236, respectivamente (35,9%) 19. A evolução dos acidentes de trabalho no período entre 2008 e 2012, que implicaram no falecimento do trabalhador ou em sua aposentadoria, devem ser analisados à luz da evolução do estoque de emprego formal, que teve um crescimento significativo no período, em todas as localidades. Este cuidado analítico é importante, pois é impossível mensurar a ocorrência dos acidentes sem considerar o aumento do número de vínculos: com efeito, o número de trabalhadores vulneráveis aos riscos de acidentes de trabalho também aumenta com o aumento dos vínculos. Por este motivo, é fundamental analisar estes registros ponderando o número médio de vínculos como denominador e o numero de ocorrências de acidentes como numerador. Adotando esta perspectiva metodológica, é possível analisar as taxas de incidência, que serão objeto de estudo no decorrer desta seção. Considerando o estoque médio de 18 Deste ponto em diante, toda referência aos falecimentos e às aposentadorias serão pelos motivos de acidente e/ou doença ocupacional. 19 Nota-se que a incidência desses registros em termos da participação da Bahia no Nordeste é superior à média da participação da Bahia no estoque de empregos formais da região, que foi de 26,5%, em 2012 (Anexo 3). 34

36 Bahia Nordeste Brasil vínculos no ano 20, o crescimento foi de 5,0% ao ano, para o Brasil, de 6,0%, para o Nordeste e de 5,5% para a Bahia (Anexo 3). TABELA 8 Total de desligamentos, segundo motivos selecionados, e número médio de vínculos no ano Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2012 Motivo Desligamento Falecimento por acidente de trabalho Típico Trajeto Decorrente de doença ocupacional Aposentadoria por invalidez Decorrente de acidente de trabalho Decorrente de doença ocupacional Falecimento por acidente de trabalho Típico Trajeto Decorrente de doença ocupacional Aposentadoria por invalidez Decorrente de acidente de trabalho Decorrente de doença ocupacional Falecimento por acidente de trabalho Típico Trajeto Decorrente de doença ocupacional Aposentadoria por invalidez Decorrente de acidente de trabalho Decorrente de doença ocupacional Fonte: MTE. RAIS Para o total do Brasil, em 2012, tem-se 4,3 vínculos de trabalho encerrados em decorrência da morte do trabalhador, por acidente ou doença de trabalho, em um universo de 100 mil vínculos. Este número se aproxima para o caso da Bahia, que ficou em 4,2, e superior ao do Nordeste, que ficou em 3,0 vínculos. Ao longo do período de 2008 a 2012, a Bahia apresentou dados ligeiramente superiores ao do Brasil, e o Nordeste foi a localidade com menor incidência desses registros. Ademais, é possível perceber que em todas as localidades houve uma queda no ano de 2012, em relação a 2011 que, contudo, não é possível ainda ser interpretada como uma trajetória de redução (Gráfico 3). 20 Cabe pontar que a RAIS traz as informações do estoque de vínculos em 31/12 do ano de referência, foi necessário o cálculo do estoque médio para fins de calcular as taxas de incidência apresentadas a seguir. 35

37 GRÁFICO 3 Taxa de mortalidade decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional (por vínculos) Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2012 Fonte: MTE. RAIS OBS: (Número de desligamentos por falecimento decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional/número médio de vínculos de emprego no ano)* Considerando os vínculos encerrados por aposentadoria por invalidez do trabalhador após um acidente de trabalho ou doença ocupacional que, como visto na Tabela 8 acima, são de duas a três vezes mais frequentes do que o caso de morte do trabalhador, indicam que, na Bahia, 10,4 vínculos a cada foram encerrados por este motivo, em 2012, superior à média nacional (9,6) e regional (7,7). É perceptível uma tendência de queda constante deste indicador, em todas as localidades, com maior velocidade para a Bahia, que apresentou taxas mais elevadas do que a média nacional e nordestina em todo o período (Gráfico 4). Neste caso, a trajetória descendente do indicador é explicada pelo ritmo acelerado de crescimento do denominador (crescimento do estoque de emprego), e também por uma ligeira tendência de redução do numerador, em termos absolutos (número de desligamentos por aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional) (Gráfico 4 e Anexo 3). Na Bahia, foram 358 desligamentos por este motivo, em 2008, passando para 324, em 2010, e chegando aos 236 desligamentos, em 2012, como já mencionado. 36

38 GRÁFICO 4 Taxa de incidência de aposentadoria por invalidez permanente decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional (por vínculos) Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2012 Fonte: MTE. RAIS OBS: (Número de desligamentos por invalidez permanente decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional/número médio de vínculos de emprego no ano)* No que diz respeito aos falecimentos, é predominante no Brasil e no Nordeste aqueles decorrentes dos acidentes típicos, seguidos dos de trajeto e os de doença ocupacional. Já na Bahia, os acidentes típicos são predominantes, embora com menor incidência do que no Brasil e total do Nordeste, porém os falecimentos decorrentes de doença ocupacional são mais incidentes do que os acidentes de trajeto. No período compreendido entre 2008 e 2012, no Brasil, 72,7% dos desligamentos decorrentes de falecimento do trabalhador por acidente de trabalho se deram por acidentes típicos, percentual que foi de 69,7%, para o Nordeste e 64,1% na Bahia. Já os acidentes de trajeto somaram 19,7%, no Brasil, um percentual parecido no Nordeste (19,2%), porém diferente na Bahia (14,3%). Já os falecimentos decorrentes de doença ocupacional foram 7,6%, no Brasil, 11,0%, no Nordeste, e 21,6%, na Bahia (Gráfico 5). 37

39 GRÁFICO 5 Distribuição dos desligamentos decorrentes de falecimento por acidente de trabalho, por tipo Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2012 Fonte: MTE. RAIS Por sua vez, a RAIS não traz as informações de desligamentos por aposentadoria do trabalhador por invalidez decorrente de acidente de trabalho por tipo, se de trajeto ou típico. Observando, então, para acidente de trabalho (total) ou para doença profissional, tem-se que a segunda é mais frequente em todas as localidades. No Brasil, na média do período de 2008 a 2012, 66,9% das aposentadorias por invalidez por acidente de trabalho foram decorrentes de doença ocupacional equiparada a acidente. A Bahia foi a que apresentou uma distribuição relativamente menor desta categoria, de 58,5%, o que indica que a participação das aposentadorias por invalidez decorrente de acidentes de trabalho são relativamente mais importantes na Bahia, do que para a média nacional e do Nordeste (Gráfico 6). 38

40 GRÁFICO 6 Distribuição dos desligamentos decorrentes de aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho e por doença ocupacional Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2012 Fonte: MTE. RAIS Atividade econômica Observando os dados de mortalidade decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional por setores de atividade econômica na Bahia, tem-se que Serviços e Comércio são aquelas que mais registram mortes, anualmente. Porém são setores que tem participação elevada no estoque de empregos do estado, de modo que a taxa de mortalidade a cada vínculos não é muito superior à média do estado. Em 2012, foi de 5,3 mortes a cada 100 mil vínculos para os Serviços e 5,6 para o Comércio. Ambos os setores mantém uma taxa de mortalidade relativamente estável no período, mas com uma ligeira tendência de queda a partir de 2010 (Tabela 9 e Anexo 4). Ao longo do tempo, em termos da taxa de mortalidade, os setores que apresentam maior registro de desligamento do trabalhador formal pelos motivos analisados, em proporção ao estoque médio anual de vínculos, são a Agropecuária e a Construção civil, sendo que o segundo apresenta número absoluto de mortes mais elevado, mas também maior participação no estoque de empregos. Em número total de falecimentos, a Indústria de transformação fica próxima à Agropecuária, porém, dada a maior participação no total do estoque de empregos, sua taxa de mortalidade é mais próxima à média estadual. 39

41 Taxa de mortalidade nº absoluto TABELA 9 Total de desligamentos por falecimento decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional e taxa de mortalidade por setor de atividade econômica (por vínculos) Bahia, 2008 a 2012 Setor de atividade econômica Extrativa mineral Indústria de transformação SIUP Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública Agropecuária Total Extrativa mineral 0,0 6,2 6,9 0,0 12,8 Indústria de transformação 4,8 5,0 5,1 7,9 3,5 SIUP 0,0 6,0 17,0 10,3 0,0 Construção Civil 17,5 11,8 11,5 13,6 5,7 Comércio 7,8 6,1 6,7 5,9 5,6 Serviços 5,9 4,7 7,5 7,2 5,3 Administração Pública 0,5 0,3 0,3 0,5 0,3 Agropecuária 13,7 17,1 13,1 10,1 14,3 Total 5,3 4,6 5,6 5,7 4,2 Fonte: MTE. RAIS Desagregando as atividades econômicas e analisando os indicadores para as Divisões CNAE, o Comércio varejista figura em primeiro lugar em relação ao total de falecimentos no período. Porém, dada a elevada participação desta atividade no estoque de empregos, sua taxa de mortalidade aproximadamente acompanha a média do estado. Já o Transporte terrestre e as atividades de Agricultura, pecuária e serviços relacionados figuram no ranking dos desligamentos pelos falecimentos nos motivos analisados, bem como, apresentam taxas de mortalidade acima da média. Importante mencionar também a presença, no ranking, de pelo menos três atividades relacionadas diretamente à Construção civil: Construção de edifícios, Obras de infra-estrutura e Serviços especializados para construção (Tabela 10). 40

42 Taxa de mortalidade nº absoluto TABELA 10 Total de desligamentos por falecimento decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional e taxa de mortalidade por divisão CNAE (por vínculos) Bahia, 2008 a 2012 Divisão CNAE º Comércio varejista º Transporte terrestre º Agricultura, pecuária e serviços relacionados º Com. por atacado, exc. veículos automot. e motocicletas º Construção de edifícios º Obras de infra-estrutura º Alimentação º Serviços especializados para construção º Serviços para edifícios e atividades paisagísticas º Serviços de arquitetura e engenharia º Atividades de vigilância, segurança e investigação Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total º Comércio varejista 5,4 5,4 6,1 4,6 4,4 2º Transporte terrestre 12,1 13,3 15,3 31,1 17,6 3º Agricultura, pecuária e serviços relacionados 14,7 15,7 14,1 9,7 15,3 4º Com. por atacado, exc. veículos automot. e motocicletas 18,8 7,7 12,5 10,1 14,7 5º Construção de edifícios 8,9 12,6 8,0 15,2 4,7 6º Obras de infra-estrutura 20,8 5,1 15,8 10,1 5,5 7º Alimentação 9,3 4,3 13,8 10,9 6,8 8º Serviços especializados para construção 30,8 19,7 14,2 11,8 8,3 9º Serviços para edifícios e atividades paisagísticas 9,2 4,3 14,4 4,0 6,0 10º Serviços de arquitetura e engenharia 48,4 0,0 11,9 16,1 21,7 10º Atividades de vigilância, segurança e investigação 3,7 3,4 33,1 6,5 0,0 Subtotal Divisões CNAE selecionadas 10,9 8,0 11,4 10,1 8,0 Demais Divisões 2,2 2,7 2,1 2,9 1,9 Total 5,3 4,6 5,6 5,7 4,2 Fonte: MTE. RAIS OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Já em relação às aposentadorias por invalidez, elas seguem basicamente o mesmo padrão setorial observado para as mortes decorrentes de acidentes de trabalho. Em termos absolutos elas também são mais representativas nos Serviços e no Comércio. Destacam-se os indicadores da Indústria de transformação e da Construção Civil, embora ambos tenham contado com uma redução importante no período, seguindo a tendência geral da diminuição da taxa de incidência de aposentadoria por invalidez permanente decorrente dos motivos estudados no estado (Tabela 11). 41

43 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 11 Total de desligamentos aposentadoria por invalidez permanente decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional e taxa de incidência por setor de atividade econômica (por vínculos) Bahia, 2008 a 2012 Setor de atividade econômica Extrativa mineral Indústria de transformação SIUP Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública Agropecuária Total Extrativa mineral 32,2 37,0 34,5 66,0 89,7 Indústria de transformação 14,9 18,7 18,2 10,5 11,2 SIUP 24,6 30,1 11,3 20,7 20,1 Construção Civil 44,8 21,8 21,6 19,4 10,7 Comércio 18,4 15,1 14,2 14,3 10,3 Serviços 31,7 17,3 21,1 21,3 13,8 Administração Pública 4,2 5,8 6,4 3,6 3,2 Agropecuária 32,4 18,3 30,8 20,2 14,3 Total 19,6 14,1 15,7 14,0 10,4 Fonte: MTE. RAIS Assim como verificado para a análise dos falecimentos por Divisão CNAE, a atividade do Comércio varejista também figura em primeiro lugar no total de aposentadorias pelos motivos analisados. E, igualmente, quando ponderada pela sua elevada participação no estoque de empregos, a taxa de incidência de aposentadoria por invalidez permanente converge para a média do estado (Tabela 12). Já a atividade de Transporte terrestre figura em segundo lugar no total de aposentadorias, e apresenta uma incidência elevada, de cerca de três vezes a média do estado. No que tange às aposentadorias, figuram também, com relativa importância, as atividades relacionadas à Construção civil, mas o que chama mais a atenção é a elevada incidência de aposentadoria por invalidez permanente relacionada a acidente ou doença de trabalho nas Atividades de serviços financeiros, que chegou a ser 11,6 vezes maior do que a média estadual em

44 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 12 Total de desligamentos aposentadoria por invalidez permanente decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional e taxa de incidência por divisão CNAE (por vínculos) Bahia, 2008 a 2012 Divisão CNAE º Comércio varejista º Transporte terrestre º Administração pública, defesa e seguridade social º Atividades de serviços financeiros º Construção de edifícios º Agricultura, pecuária e serviços relacionados º Serviços para edifícios e atividades paisagísticas º Atividades de atenção à saúde humana º Com. por atacado, exc. veículos automot. e motocicletas º Obras de infra-estrutura Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total º Comércio varejista 19,9 14,3 11,2 14,3 9,1 2º Transporte terrestre 71,2 41,6 47,5 46,6 31,2 3º Administração pública, defesa e seguridade social 4,2 5,7 6,4 3,5 3,3 4º Atividades de serviços financeiros 127,3 108,8 181,6 145,0 83,7 5º Construção de edifícios 55,7 28,7 27,9 19,8 10,6 6º Agricultura, pecuária e serviços relacionados 33,5 17,0 23,0 21,7 14,2 7º Serviços para edifícios e atividades paisagísticas 69,0 10,8 32,8 26,2 9,9 8º Atividades de atenção à saúde humana 23,0 9,6 10,5 21,1 18,3 9º Com. por atacado, exc. veículos automot. e motocicletas 14,6 19,2 25,0 15,1 22,9 10º Obras de infra-estrutura 26,7 15,2 13,6 12,1 14,7 Subtotal Divisões CNAE selecionadas 20,6 13,6 16,2 14,5 10,6 Demais Divisões 17,8 15,0 14,7 13,0 10,1 Total 19,6 14,1 15,7 14,0 10,4 Fonte: MTE. RAIS OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado Famílias ocupacionais As dez famílias ocupacionais com maior número de falecimentos em decorrência de acidente de trabalho ou doença ocupacional entre 2008 e 2012, apresentam também maior incidência destes, quando ponderadas pelo estoque de empregos. Ou seja, elas não figuram entre as maiores incidências apenas por terem maior participação. Isso é perceptível vendo que, ao longo de todo o período, a taxa de mortalidade destas famílias é superior à média do total do estoque de empregos. Em 2012, as dez famílias ocupacionais com maior número de desligamentos por morte do trabalhador, nos motivos analisados, apresentavam uma taxa de mortalidade de 5,6 vínculos, em , enquanto a taxa de mortalidade para o total dos trabalhadores da Bahia no ano 43

45 foi de 4,2, uma diferença de 1,3 desligamentos por falecimento em Em 2010 e 2011, contudo, esta diferença era ainda maior, da ordem de 3,2 (Tabela 13) 21. No total do período de 2008 a 2012, a família ocupacional dos Motoristas de veículos de cargas em geral foi a que apresentou maior número de falecimentos em decorrência de acidente de trabalho ou doença ocupacional. Em 2012, foram 19 falecimentos. Avaliando em proporção ao estoque médio de vínculos de emprego desta família ocupacional, tem-se que a cada vínculos, em 2012, 59,8 faleceriam em decorrência dos motivos indicados. Esta família ocupacional não só teve o maior número de desligamentos por estes motivos, mas também teve a maior taxa de mortalidade. Em segundo lugar no total de desligamentos por falecimento nos motivos indicados, figuram os Ajudantes de obras civis. Em 2012, contudo, esta família ocupacional registrou dois falecimentos em decorrência dos acidentes de trabalho, um valor menor do que a média dos anos anteriores. Pode-se perceber que três, das dez famílias ocupacionais com maior incidência destes tipos de desligamento, são de motoristas. Os Motoristas de veículos de cargas em geral, como já mencionados, os Motoristas de veículos de pequeno e médio porte, que figuram em terceiro lugar no número de registros mas a segunda maior taxa média de mortalidade, é dos Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários, na nona posição em número de registros. No caso desta última família ocupacional mencionada, cooperou para ela figurar no ranking a incidência de oito desligamentos pelos motivos analisados em Nos outros anos, sua incidência foi relativamente menor. 21 O estoque médio de vínculos das famílias ocupacionais analisadas e sua respectiva posição no ranking encontram-se no Anexo 5. 44

46 Taxa de mortalidade nº absoluto TABELA 13 Total de desligamentos por falecimento decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional e taxa de mortalidade por família ocupacional (por vínculos) Bahia, 2008 a 2012 Família ocupacional º Motoristas de veículos de cargas em geral º Ajudantes de obras civis º Motoristas de veículos de pequeno e médio porte º Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados º Escriturários em geral, agentes, assist. e aux. adm º Trabalhadores de estruturas de alvenaria º Trab. nos serv. de manut. e cons. de edifícios e logradouros º Vigilantes e guardas de segurança º Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários º Porteiros, guardas e vigias Subtotal Demais famílias ocupaionais Total¹ º Motoristas de veículos de cargas em geral 64,3 49,8 70,8 73,7 59,8 2º Ajudantes de obras civis 17,6 14,3 7,0 11,8 2,8 3º Motoristas de veículos de pequeno e médio porte 17,0 19,9 26,0 20,6 9,7 4º Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados 2,3 3,6 3,4 2,5 1,2 5º Escriturários em geral, agentes, assist. e aux. adm. 3,5 2,1 0,0 1,5 1,9 6º Trabalhadores de estruturas de alvenaria 0,0 14,2 7,2 19,1 12,7 7º Trab. nos serv. de manut. e cons. de edifícios e logradouros 4,2 5,2 9,5 0,0 3,3 8º Vigilantes e guardas de segurança 2,6 2,4 23,3 4,5 0,0 9º Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários 11,9 0,0 5,7 44,2 10,9 10º Porteiros, guardas e vigias 10,6 5,1 7,3 4,6 4,3 Subtotal 7,9 7,1 8,8 8,8 5,6 Demais famílias ocupaionais 4,1 3,5 4,0 4,2 3,6 Total¹ 5,3 4,6 5,6 5,7 4,2 Fonte: MTE. RAIS 1 Total inclui ignorados OBS: 10 famílias ocupacionais com maior número de ocorrências no total do período analisado. Observando as famílias ocupacionais com maior número de desligamentos por aposentadorias por invalidez permanente em decorrência de acidente de trabalho ou doença ocupacional, tem-se o mesmo indicativo já observado para os falecimentos. Estas famílias ocupacionais não figuram no ranking de maiores desligamentos somente por sua elevada participação no estoque de empregos, mas também, pela verificação de significativa incidência de ocorrência de óbitos nestas categorias. Em 2012, as dez famílias ocupacionais com maior número de desligamentos por aposentadoria nos motivos indicados, somaram 103 desligamentos, contra 133 das demais (Tabela 14). A taxa de incidência dos desligamentos por estes motivos foi de 45

47 16,4 em vínculos, na média das 10 famílias ocupacionais, contra uma taxa total de 10,4 para a Bahia. Dividem o primeiro lugar no maior número de desligamentos os Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações e os Escriturários de serviços bancários, que somaram 83 desligamentos, cada um, no total de 2008 a Ponderado pelo estoque médio de empregos no ano, a incidência de aposentadoria por invalidez é maior na média dos anos analisados para os Escriturários de serviços bancários do que para os Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações. Importante destacar, contudo, que ambas as famílias ocupacionais, assim como os Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis, não figuram no ranking dos desligamentos por falecimento do trabalhador em decorrência de acidente de trabalho. Ao mesmo tempo, os Ajudantes de obras civis, Vigilantes e guardas de segurança e Porteiros, guardas e vigias figuram no ranking do maior número de falecimentos, mas não figuram no ranking das aposentadorias. 46

48 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 14 Total de desligamentos aposentadoria por invalidez permanente decorrente de acidente de trabalho ou doença ocupacional e taxa de incidência por família ocupacional (por vínculos) Bahia, 2008 a 2012 Família ocupacional º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações º Escriturários de serviços bancários º Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários º Motoristas de veículos de cargas em geral º Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados º Escriturários em geral, agentes, assist. e aux. adm º Trabalhadores de estruturas de alvenaria º Trab. nos serv. de manut. e cons. de edifícios e logradouros º Trab. de montagem de estr. de madeira, metal e comp. em obras civis º Motoristas de veículos de pequeno e médio porte Subtotal Demais famílias ocupaionais Total¹ º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 157,3 18,7 37,5 20,1 27,2 2º Escriturários de serviços bancários 121,1 93,9 149,6 115,1 51,1 3º Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários 149,4 70,1 62,4 104,9 48,8 4º Motoristas de veículos de cargas em geral 73,5 83,0 59,6 40,2 34,6 5º Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados 10,0 10,1 10,8 9,4 10,2 6º Escriturários em geral, agentes, assist. e aux. adm. 6,5 5,8 3,1 5,8 5,8 7º Trabalhadores de estruturas de alvenaria 64,7 33,2 21,5 47,9 28,6 8º Trab. nos serv. de manut. e cons. de edifícios e logradouros 11,1 20,8 19,0 9,5 16,4 9º Trab. de montagem de estr. de madeira, metal e comp. em obras civis 162,3 95,3 68,3 44,0 63,0 10º Motoristas de veículos de pequeno e médio porte 59,5 11,9 33,4 24,1 16,1 Subtotal 33,2 20,3 21,2 19,5 16,4 Demais famílias ocupaionais 14,6 11,7 13,6 11,9 8,1 Total¹ 19,6 14,1 15,7 14,0 10,4 Fonte: MTE. RAIS 1 Total inclui ignorados OBS: 10 famílias ocupacionais com maior número de ocorrências no total do período analisado. 1.2 Os afastamentos na RAIS Em 2012, foram contabilizados na RAIS afastamentos por acidentes de trabalho ou doenças relacionadas ao trabalho. Este valor é ligeiramente menor do que o contabilizado em 2008, ainda que tenha sido um período de crescimento no estoque de empregos. Os afastamentos contabilizados implicaram em mais de 2,6 milhões de dias de afastamento dos trabalhadores (Tabela 15). 47

49 TABELA 15 Número total de afastamentos e dias de afastamentos, segundo causa Bahia, 2008 e 2012 Número de afastamentos Total de dias de afastamento Causa Afastamento Taxa média de variação anual (2008/2012) Taxa média de variação anual (2008/2012) Acidente do trabalho típico , ,0 Acidente do trabalho de trajeto , ,8 Doença relacionada ao trabalho , ,1 Total , ,4 Fonte: MTE. RAIS O tipo de afastamento que tem maior incidência nos registros administrativos do MTE são os relativos a acidentes do trabalho típicos, seguido das doenças relacionadas ao trabalho e, por fim, dos acidentes do trabalho de trajeto. Em 2012, os acidentes típicos somaram 69,3% do total de afastamentos, e 68,5% dos dias de afastamento registrados (Gráfico 7). GRÁFICO 7 Distribuição dos afastamentos e dos dias de afastamentos, segundo causa Bahia, 2008 e 2012 Fonte: MTE. RAIS 48

50 A atividade do Comércio varejista é que tem maior número de afastamentos por doença relacionada ao trabalho. Contudo, a participação desta atividade nos afastamentos não é significativamente distinta de sua participação no estoque total de empregos. Em 2012, foram 451 afastamentos, ou 15,3% do total, contra uma participação de 14,0% no estoque de empregos. A segunda atividade com maior participação nos afastamentos por doença em 2012 foi a Administração Pública, Defesa e Seguridade Social que, contudo, apresenta um percentual significativamente inferior de participação nos afastamentos (6,6%), em relação à sua participação no estoque total de empregos (26,7%) (Tabela 16). Ainda no que tange aos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho, as Atividades de Serviços Financeiros apresentam uma discrepância importante entre seus afastamentos, que somaram 5,6% do total de afastamentos registrados na Bahia, para esta categoria, em 2012, contra uma participação no emprego de 1,0%. A atividade de Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico também, com 4,5% de participação nos afastamentos, e 0,7% de participação no estoque de empregos, em TABELA 16 Participação no total de afastamentos por doença relacionada ao trabalho, no total de dias de afastamento e no estoque de empregos por Divisões CNAE selecionadas¹ Bahia, 2008 e 2012 Divisão CNAE Participação no total de afastamentos Participação nos dias de afastamento Participação no estoque de empregos º Comércio Varejista 15,7 15,3 16,2 14,6 13,2 14,0 2º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 10,4 6,6 9,3 5,1 31,4 26,7 3º Atividades de Serviços Financeiros 8,5 5,6 10,5 5,8 1,0 1,0 4º Atividades de Atenção à Saúde Humana 4,1 4,5 4,4 5,1 3,3 3,4 5º Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico 3,2 4,5 3,3 4,9 0,7 0,7 6º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados 3,4 4,0 3,8 3,5 4,1 3,7 7º Fabricação de Produtos Alimentícios 2,5 4,7 1,9 4,4 1,4 1,5 8º Comércio Por Atacado, Exceto Veículos Automotores e Motocicletas 3,1 3,9 3,2 3,5 2,6 2,7 9º Transporte Terrestre 3,1 3,7 3,5 4,3 3,2 3,3 10º Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 3,4 3,2 2,9 2,9 1,8 2,0 Subtotal Divisões CNAE selecionadas 57,3 56,1 59,2 54,0 62,7 58,9 Demais Divisões 42,7 43,9 40,8 46,0 37,3 41,1 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: MTE. RAIS OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. 49

51 Assim como nos dados referentes aos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho, a atividade de Comércio Varejista também é a que possui maior participação dentre os afastamentos decorrentes de acidentes do trabalho típicos. Contudo, ela é inferior à verificada para os afastamentos por doença e inferior também à própria participação da atividade no estoque de empregos. Em segundo lugar, as Atividades de Serviços Financeiros tiveram participação de 8,0% dos afastamentos em decorrência de acidente de trabalho, contra a já mencionada participação de 1,0% no estoque de empregos, em As atividades de Transporte Terrestre e de Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados figuram na sequência, e também apresentam uma desproporção na participação no total de afastamentos por acidente de trabalho vis-à-vis sua participação no estoque de empregos (Tabela 17). TABELA 17 Participação no total de afastamentos por acidente do trabalho típico, no total de dias de afastamento e no estoque de empregos por Divisões CNAE selecionadas¹ Bahia, 2008 e 2012 Divisão CNAE Participação no total de afastamentos Participação nos dias de afastamento Participação no estoque de empregos º Comércio Varejista 9,1 10,8 8,5 10,2 13,2 14,0 2º Atividades de Serviços Financeiros 7,9 8,0 8,0 7,4 1,0 1,0 3º Transporte Terrestre 7,0 8,1 8,3 9,6 3,2 3,3 4º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados 5,4 7,6 4,7 6,0 4,1 3,7 5º Construção de Edifícios 4,9 5,5 4,5 6,0 2,5 3,8 6º Comércio Por Atacado, Exceto Veículos Automotores e Motocicletas 4,7 4,6 4,8 4,6 2,6 2,7 7º Serviços de Escritório, de Apoio Admi. e Outros Serv. Prestados às Empresas 5,1 1,9 4,8 2,0 2,2 2,6 8º Fabricação de Produtos Alimentícios 3,2 3,6 2,6 3,3 1,4 1,5 9º Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias 3,6 2,4 3,8 2,4 0,5 0,4 10º Obras de Infra-Estrutura 2,6 3,4 2,8 3,7 1,8 2,4 Subtotal Divisões CNAE selecionadas 53,5 55,8 52,8 55,1 32,5 35,4 Demais Divisões 46,5 44,2 47,2 44,9 67,5 64,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: MTE. RAIS OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Observando a presença das atividades econômicas nos dados de afastamentos por doença relacionada ao trabalho e os decorrentes de acidentes de trabalho típicos, notase, nos primeiros, a presença das atividades de Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Atividades de Atenção à Saúde Humana, Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico e Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas; ao passo que, nos segundos, distinguem-se pela presença das atividades 50

52 de Construção de Edifícios, Serviços de Escritório, de Apoio Administrativo e Outros Serviços Prestados às Empresas, Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias, Obras de Infra-Estrutura. Já em relação às famílias ocupacionais, os Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados figuram em primeiro lugar no ranking das famílias ocupacionais com maior número de afastamentos decorrentes de doenças do trabalho. Em 2012, dos registros de afastamentos por este motivo, esta família ocupacional respondeu por 6,6% deles, ao mesmo tempo em que teve uma participação de 7,4% no estoque de empregos. Esta é uma ocupação típica do Comércio, portanto, em linha com a atividade econômica preponderante nos afastamentos (Tabela 18). Em segundo lugar figuram os Alimentadores de Linhas de Produção, com 4,1% de participação nos afastamentos por doença relacionada ao trabalho, em 2012, contra uma participação de 1,0% no estoque de empregos no mesmo ano. Os Escriturários de Serviços Bancários também apresentam uma assimetria entre a participação nos afastamentos (3,3%) em relação ao estoque de empregos (0,8%). TABELA 18 Participação no total de afastamentos por doença relacionada ao trabalho e no estoque de empregos por famílias ocupacionais selecionadas¹ Bahia, 2008 e 2012 Famílias ocupacionais Participação no total de afastamentos Participação no estoque de empregos º Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados 5,8 6,6 7,1 7,4 2º Alimentadores de Linhas de Produção 7,0 4,1 0,8 1,0 3º Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos 5,2 4,8 9,3 9,2 4º Escriturários de Serviços Bancários 5,9 3,3 0,8 0,8 5º Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações 2,0 3,6 1,3 2,3 6º Trabalhadores de Cargas e Descargas de Mercadorias 2,2 3,2 1,4 1,5 7º Motoristas de Veículos de Cargas em Geral 2,0 3,3 1,2 1,4 8º Caixas e Bilheteiros (Exceto Caixa de Banco) 3,3 1,7 1,4 1,7 9º Ajudantes de Obras Civis 2,5 2,0 2,5 3,2 10º Trab. nos Serv. de Manut. e Conservação de Edifícios e Logradouros 2,2 2,1 4,0 2,7 Subtotal famílias ocupacionais selecionadas 38,2 34,8 29,8 31,1 Demais famílias ocupacionais 61,8 65,2 70,2 68,9 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: MTE. RAIS OBS: 10 famílias ocupacionais com maior número de ocorrências no total do período analisado. 51

53 A família ocupacional dos Ajudantes de Obras Civis é a que possui maior participação no total dos afastamentos decorrentes de acidentes do trabalho típicos, com 4,9%, em 2012, uma diferença de 1,7 p.p. em relação à sua participação no estoque de empregos (Tabela 19). Aqui, novamente, os Escriturários de Serviços Bancários figuram em posição de destaque, com 2,8% dos afastamentos causados pelo mesmo motivo mencionado, participação significativamente superior à participação da família ocupacional no estoque de empregos, de 0,8% no mesmo ano, como já referenciado. Em especial, destacam-se famílias ocupacionais associadas à atividade de Transporte Terrestre, como os Motoristas de Veículos de Cargas em Geral e os Motoristas de Ônibus Urbanos, Metropolitanos e Rodoviários. TABELA 19 Participação no total de afastamentos por acidente do trabalho típico e no estoque de empregos por famílias ocupacionais selecionadas¹ Bahia, 2008 e 2012 Famílias ocupacionais Participação no total de afastamentos Participação no estoque de empregos º Ajudantes de Obras Civis 4,1 4,9 2,5 3,2 2º Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados 3,9 4,7 7,1 7,4 3º Escriturarios em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos 4,3 3,3 9,3 9,2 4º Escriturários de Serviços Bancários 3,9 2,8 0,8 0,8 5º Alimentadores de Linhas de Produção 3,8 2,7 0,8 1,0 6º Trabalhadores de Cargas e Descargas de Mercadorias 3,0 3,4 1,4 1,5 7º Motoristas de Veículos de Cargas em Geral 2,9 3,3 1,2 1,4 8º Motoristas de Ônibus Urbanos, Metropolitanos e Rodoviarios 2,4 2,7 0,9 0,8 9º Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações 2,7 2,2 1,3 2,3 10º Trabalhadores de Estruturas de Alvenaria 2,1 2,5 0,9 1,4 Subtotal famílias ocupacionais selecionadas 33,0 32,5 26,3 28,9 Demais famílias ocupacionais 67,0 67,5 73,7 71,1 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: MTE. RAIS OBS: 10 famílias ocupacionais com maior número de ocorrências no total do período analisado. 2. Dados do Ministério da Previdência Social 2.1 Indicadores gerais No ano de 2011, o Ministério da Previdência Social acusa acidentes de trabalho no Brasil (Tabela 20). Deste total, 24,3% dos acidentes não tiveram registro de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) cadastrada no INSS 22 (Anexo 7). Com acidentes de trabalho, o Nordeste responde por 12,9% do total brasileiro, em 22 Verificar Glossário. 52

54 2011, e a Bahia, 3,3% ( acidentes de trabalho). Cumpre destacar que, no Nordeste, e, sobretudo, na Bahia, o percentual de acidentes de trabalho sem CAT registradas são superiores à média brasileira 23. Em 2011, foram 36,8% e 39,7%, respectivamente, contra a média nacional de 24,3%, já mencionada. Em relação ao total de acidentes, com e sem CAT, nota-se uma diminuição na comparação 2011 com 2008, para o Brasil e para a Bahia. No caso do primeiro, a tendência é cadente ano a ano, enquanto que para a Bahia, ela cresce de 2008 para 2009, e cai em seguida. Já para o Nordeste, o total de acidentes em 2011 é maior do que em No Nordeste, tem-se a influencia do crescimento dos registros dos acidentes sem CAT cadastrada no período 24. TABELA 20 Quantidade de acidentes de trabalho, por tipo e situação de registro, e taxas de incidência Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2011 Localidade Brasil Nordeste Bahia Brasil -1,4 4,1-9,5-5,6-2, Nordeste -1,2 9,4-4,4 5,5 2, Bahia -3,9 4,8-19,5-3,0-3, Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT Para os acidentes de trabalho com CAT cadastrada, é possível saber se referem-se a um acidente típico, de trajeto ou ainda, de doença de trabalho equiparada a acidente de trabalho. Em todas as localidades, predominam os acidentes típicos. Para o total do Brasil, eles responderam por 78,6% dos acidentes sem CAT, em 2011, 76,2%, para o 23 Como informado na nota metodológica, os registros de acidente sem CAT, iniciados após a implantação do NTEP, somente dizem respeito aos acidentes do trabalho (ou doenças equiparadas a acidentes do trabalho) cuja consequência implica em incapacidade (temporária ou permanente) 24 Ou seja, pode ser uma questão apenas de maior notificação e não necessariamente de maior número de acidentes. Ano Típico Com CAT Trajeto Doença do Trabalho ,0 0,6 13, ,6 0,6 12, ,3 0,5 11, ,1 0,4 10, n.d. n.d. n.d ,7 0,5 8, ,9 0,4 7, ,0 0,4 6, ,7 0,7 8, ,4 0,6 7, ,8 0,5 6, ,6 0,3 6,0 Taxa média de variação anual (2008/2011) Números absolutos Sem CAT Total De acidentes (total) Taxa de incidência (em vínculos) De doença do trabalho De acidente de trabalho (típico) 53

55 Nordeste, e 78,9%, para a Bahia (Anexo 7). Os acidentes de trajeto são os segundos mais incidentes, seguidos, em menor número, pelas doenças de trabalho. Para o total do Brasil, eles corresponderam a 18,6% e 2,8% dos acidentes com CAT, em 2011, respectivamente. Uma distinção que marca a Bahia, a esse respeito, é a relativa maior incidência das doenças de trabalho em relação aos acidentes de trajeto. Em 2011, as participações foram de 16,9% dos acidentes de trajeto, e 4,3% das doenças de trabalho. Cumpre observar, contudo, que em todas as localidades, ainda que com algumas oscilações, há a tendência de redução de registros de acidentes de trabalho típicos e doenças relacionadas ao trabalho, e aumento dos acidentes de trajeto. No caso específico da Bahia, em 2011, foram acidentes típicos registrados, contra , em 2008 (ainda que 2011 apresente uma alta em relação a 2010), acidentes de trajeto, em 2011, contra 2.085, em 2008, e 605 registros de doença do trabalho, contra 1.159, no mesmo período. Ainda que a quantidade de acidentes registrados seja uma informação de grande valia, é importante ter um parâmetro para acompanhar sua evolução. Assim, calculam-se as taxas de incidência total dos acidentes (típico ou de trajeto), das doenças do trabalho e dos acidentes típicos. Essa incidência é medida na unidade de vínculos, calculados pela média de vínculos ativos ao ano 25. Assim, caso aumente o número de acidentes em ritmo maior ao crescimento do número de vínculos, tem-se que sua incidência sofreu um acréscimo, e não simplesmente por um efeito estatístico de um aumento da base. De imediato, é possível perceber que, tanto para o Brasil, como para o Nordeste e para a Bahia, todos os indicadores acima mencionados, vem em redução ao longo do período analisado (Tabela 20), mesmo para o Nordeste em relação ao total de acidentes de trabalho que, conforme mencionado anteriormente, apresentou um crescimento no número de acidentes registrados. Isso decorre, justamente, das duas movimentações: redução do número de registro de acidentes e crescimento do número médio de vínculos. 25 Declarados pelo GFIP. 54

56 Ademais, as taxas de incidência são maiores para o Brasil do que para o Nordeste e do que deste para a Bahia. Em 2011, a taxa de incidência de acidentes, total, foi de 18,1 acidentes a cada mil vínculos, no Brasil, 14,0, para o Nordeste, e 12,6, para a Bahia. Os de indicadores de taxa de incidência de doença do trabalho foram significativamente menores, de 0,4 por mil vínculos, para o Brasil e Nordeste, e 0,3, para a Bahia. Já a incidência de acidentes típicos foi de 10,8, em 2011, para o Brasil, 6,8, para o Nordeste e 6,0, para a Bahia (Tabela 20). Os dados referentes a acidentes de trabalho, ou doença equiparada a acidente de trabalho, registrados na Previdência Social podem ainda ser analisados à luz das suas consequências. Um acidente de trabalho pode levar a uma assistência médica, a um afastamento por período inferior a 15 dias, superior a 15 dias, invalidez permanente e, no limite, a óbito, indo da consequência menos grave para a mais grave (Tabela 21). A situação predominante dos acidentes de trabalho liquidados são aqueles que levam a uma incapacidade temporária, seja de menos de 15 dias, seja de mais de 15 dias. Para o total do Brasil, em 2011, dos acidentes de trabalho liquidados, (42,4%) resultaram em afastamentos inferiores a 15 dias, e (41,3%), afastamentos superiores a 15 dias. Para o total do Nordeste, e também da Bahia, aumentam o peso dos afastamentos superiores a 15 dias (48,4% para o primeiro, e 48,8%, para o segundo), e reduzem relativamente o peso dos afastamentos inferiores a 15 dias, 36,1% e 30,1%, respectivamente (Anexo 8). Em relação à evolução do número absoluto de casos com esses desfechos, percebe-se que, em 2011, na comparação com 2008, estes foram menores no Brasil e na Bahia, porém maiores no total do Nordeste. Note-se, contudo, que não é possível observar uma trajetória nítida de decréscimo, nos dois primeiros casos, nem tampouco de crescimento, no caso do Nordeste, posto que pode ser uma questão pontual da base de comparação (2008), e que um intervalo de apenas 4 anos, com as oscilações verificadas, também não permite caracterizar uma trajetória com nitidez. Por outro lado, quando comparados com a evolução do estoque médio de vínculos, que apresentou trajetória crescente no período, a taxa de incidência de incapacidade temporária vem se reduzindo paulatinamente nas localidades analisadas. Na Bahia, em 2011, a cada vínculos ativos, houve a incidência de acidente de trabalho 55

57 implicando em incapacidade temporária para 10,5 vínculos, contra 14,0, em Notese que este é o menor indicador dentre as localidades analisadas: 11,9, para o Nordeste, e 15,6, para o Brasil. Por fim, a taxa de incidência de incapacidade permanente, avaliada em vínculos, é mais elevada para a Bahia do que para o Nordeste e para a média nacional. Em 2012, a cada acidentes do trabalho liquidados, 72,5 tiveram como consequência a incapacidade permanente do trabalhador na Bahia, 47,9, no Nordeste, e 37,8 no Brasil. TABELA 21 Acidentes de trabalho liquidados por consequência do acidente e taxas de incidência Brasil, Nordeste e Bahia, 2008 a 2011 LocalidadeAno Brasil Nordeste Bahia Permanente Assistência Médica Menos de 15 dias Mais de 15 dias ,9 n.d. 8,6 3, ,6 43,1 7,6 3, ,7 43,3 7,5 3, ,6 37,8 7,4 4, n.d. n.d. n.d. n.d ,8 46,2 7,2 4, ,5 51,0 7,1 4, ,9 47,9 6,1 4, ,0 n.d. 7,7 4, ,8 67,3 7,5 4, ,7 75,2 6,9 5, ,5 72,5 6,4 5,1 Taxa média de variação anual (2008/2011) Números absolutos Incapacidade Óbitos Incapacidade temporária (em vínculos) Taxa de incidência Incapacidade permanente (em vínculos) Taxa de mortalidade (em vínculos) Taxa de letalidade (em acidentes) Brasil -1,3-0,9-3,5 4,2 0,8-1, Nordeste -4,4 1,0 4,8 13,4 1,6 2, Bahia -3,9-4,1-3,0 11,3 0,0-2, Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT Total Os acidentes liquidados que tiveram como consequência o atendimento médico e posterior liberação do trabalhador são o terceiro tipo de ocorrência mais frequente. Em 2011, responderam por 13,9% dos acidentes liquidados, para o Brasil, 11,7%, para o total do Nordeste, e 15,2%, para a Bahia. Em 2011, dos acidentes de trabalho registrados, no Brasil, implicaram na invalidez permanente do trabalhador. A região Nordeste respondeu por 21,2% destes desfechos, com 3.136, e a Bahia, com 9,2% (1.357, ou 43,3% do total da região). No caso do Nordeste e da Bahia, é possível observar que os dados dos dois últimos anos 56

58 disponíveis sinalizam um patamar ligeiramente superior aos dois anos anteriores, impacto percebido pelas taxas médias de crescimento anual na casa dos dois dígitos (13,4% e 11,3%) para este tipo de desfecho. Em relação aos acidentes de trabalho que tiveram como desfecho o óbito do trabalhador, estes apresentam uma trajetória com menos oscilações do que os demais desfechos, sobretudo para o caso da Bahia. Deste modo, considerando o crescimento do número de vínculos, as taxas de mortalidade (avaliadas a cada vínculos ativos) caem ano após ano para todas as localidades. Contudo, quando avaliada a taxa de letalidade, que avalia, a cada acidentes comunicados, quantos implicam no óbito do trabalhador, sua incidência é ligeiramente maior na Bahia do que no Nordeste, e no Nordeste do que em relação ao Brasil. Em 2011, a cada acidentes registrados na Bahia, 5,1 levavam a óbito do trabalhador, contra 4,3 no Nordeste, e 4,1, no Brasil. Em todos os anos analisados a Bahia sempre apresentou este indicador ligeiramente acima do Nordeste e do Brasil. 2.2 Atividade econômica Por incidência de acidente ou doença do trabalho Analisando os registros de ocorrências de acidentes ou doenças do trabalho por atividade econômica, destaca-se a atividade do Comércio Varejista com maior número de registros. Contudo, tanto em relação a acidentes típicos, como em relação à doenças do trabalho, quando ponderadas pelo estoque de vínculos empregatícios do setor, percebe-se que sua incidência é cerca de menos da metade da média estadual (Tabela 22). Em seguida, em termos de números de registros totais de acidentes de trabalho, figuram as Atividades de Atenção à Saúde Humana (Tabela 22). Neste caso, tem-se a incidência elevada dos acidentes típicos, que foram de 16,1 a cada vínculos, em 2011, contra uma média estadual de 6,0 no mesmo ano (Tabela 23). 57

59 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 22 Ranking das Divisões CNAE com maior quantidade total de acidentes de trabalho registrados e taxa de incidência Bahia, 2008 a 2011 Divisão CNAE º Comércio Varejista º Atividades de Atenção à Saúde Humana º Construção de Edifícios º Fabricação de Produtos Alimentícios º Transporte Terrestre º Obras de Infra-Estrutura º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados º Prep. de Couros e Fab. de Art. de Couro, Artigos Viagem e Calçados º Atividades de Serviços Financeiros Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total¹ º Comércio Varejista n.d. 7,9 7,0 6,3 2º Atividades de Atenção à Saúde Humana n.d. 25,0 25,8 23,9 3º Construção de Edifícios n.d. 21,2 15,8 16,7 4º Fabricação de Produtos Alimentícios n.d. 50,1 28,1 25,4 5º Transporte Terrestre n.d. 22,7 18,3 16,2 6º Obras de Infra-Estrutura n.d. 26,3 19,0 16,6 7º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social n.d. 3,3 3,0 2,9 8º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados n.d. 13,4 12,8 11,9 9º Prep. de Couros e Fab. de Art. de Couro, Artigos Viagem e Calçados n.d. 23,5 17,7 9,1 10º Atividades de Serviços Financeiros n.d. 43,3 47,4 41,4 Subtotal Divisões CNAE selecionadas n.d. 12,8 11,0 10,2 Demais Divisões n.d. 21,7 18,1 15,9 Total¹ n.d. 16,4 13,8 12,6 Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Taxa de incidência em vínculos (1) Inclui ignorados / zerados Outras atividades econômicas que se sobressaem devido ao número de registro e aos indicadores relativamente mais elevados de incidência de acidentes de trabalho típicos, além das Atividades de Atenção à Saúde Humana, são Fabricação de Produtos Alimentícios, Construção de Edifícios, Obras de Infra-Estrutura (ou seja, atividades relacionadas à Construção civil) e Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados (Tabela 23). A atividade de Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico é a que possui maior taxa de incidência entre as atividades selecionadas. Em 2011, a cada vínculos, houve registro de 26,2 acidentes de trabalho típicos. 58

60 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 23 Ranking das Divisões CNAE com maior quantidade de acidentes de trabalho típicos registrados e taxa de incidência Bahia, 2008 a 2011 Divisão CNAE º Atividades de Atenção à Saúde Humana º Fabricação de Produtos Alimentícios º Construção de Edifícios º Obras de Infra-Estrutura º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados º Comércio Varejista º Prep. de Couros e Fab. de Art. de Couro, Artigos Viagem e Calçados º Atividades de Organizações Associativas º Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico º Transporte Terrestre Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total¹ º Atividades de Atenção à Saúde Humana n.d. 15,9 17,3 16,1 2º Fabricação de Produtos Alimentícios n.d. 39,1 16,7 15,9 3º Construção de Edifícios n.d. 12,0 8,4 9,8 4º Obras de Infra-Estrutura n.d. 15,8 12,0 9,6 5º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados n.d. 8,1 7,9 7,7 6º Comércio Varejista n.d. 2,4 2,1 1,9 7º Prep. de Couros e Fab. de Art. de Couro, Artigos Viagem e Calçados n.d. 13,2 8,5 4,0 8º Atividades de Organizações Associativas n.d. 18,1 13,5 14,1 9º Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico n.d. 38,6 35,0 26,2 10º Transporte Terrestre n.d. 8,3 6,9 6,7 Subtotal Divisões CNAE selecionadas n.d. 10,4 8,1 7,4 Demais Divisões n.d. 5,6 4,8 5,0 Total¹ n.d. 7,5 6,2 6,0 Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Taxa de incidência em vínculos (1) Inclui ignorados / zerados Já em relação aos indicadores de doenças do trabalho, três atividades se destacam com incidência bastante superior à média do estado. A primeira é Atividades de Serviços Financeiros. Em 2011, a incidência de doenças do trabalho nesta atividade foi de 6,3 a cada vínculos, quase vinte vezes superior ao verificado no total do estado (0,3 a cada vínculos). Em seguida tem-se a Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias, com incidência de 4,3 no mesmo ano, e a Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico, com 2,2 (Tabela 24). 59

61 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 24 Ranking das Divisões CNAE com maior quantidade de registros de doenças do trabalho e taxa de incidência Bahia, 2008 a 2011 Divisão CNAE º Atividades de Serviços Financeiros º Comércio Varejista º Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias º Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico º Atividades de Atenção à Saúde Humana º Transporte Terrestre º Comércio por Atacado, Exceto Veículos Automotores e Motocicletas º Serv. de Escritório, de Apoio Adm. e Outros Serv. Prest. às Empresas º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social º Alimentação Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total¹ º Atividades de Serviços Financeiros n.d. 7,4 7,0 6,3 2º Comércio Varejista n.d. 0,3 0,3 0,1 3º Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias n.d. 9,6 11,3 4,3 4º Fabricação de Produtos de Borracha e de Material Plástico n.d. 3,9 2,4 2,2 5º Atividades de Atenção à Saúde Humana n.d. 0,5 0,6 0,2 6º Transporte Terrestre n.d. 0,7 0,4 0,3 7º Comércio por Atacado, Exceto Veículos Automotores e Motocicletas n.d. 0,7 0,6 0,2 8º Serv. de Escritório, de Apoio Adm. e Outros Serv. Prest. às Empresas n.d. 1,3 0,8 0,1 9º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social n.d. 0,1 0,0 0,1 10º Alimentação n.d. 0,6 0,6 0,2 Subtotal Divisões CNAE selecionadas n.d. 0,6 0,5 0,3 Demais Divisões n.d. 0,6 0,4 0,3 Total¹ n.d. 0,6 0,5 0,3 Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Taxa de incidência em vínculos (1) Inclui ignorados / zerados Por consequência Assim como nos indicadores gerais de maiores notificações, a atividade de Comércio Varejista também figura na primeira colocação do ranking de maiores acidentes que implicam em afastamentos temporários. Contudo, quando ponderado pela elevada participação no estoque de vínculos desta atividade, sua taxa de incidência deste tipo de implicação decai para valores inferiores à média estadual. As atividades de Construção de Edifícios, Fabricação de Produtos Alimentícios e Atividades de Atenção à Saúde Humana e Transporte Terrestre figuram entre as que apresentam incidência mais elevada de acidentes com afastamentos temporários. 60

62 Taxa de incidência nº absoluto TABELA 25 Ranking das Divisões CNAE com maior quantidade de registros de Incapacidade temporária decorrente de acidente de trabalho e taxa de incidência Bahia, 2008 a 2011 Divisão CNAE º Comércio Varejista º Construção de Edifícios º Fabricação de Produtos Alimentícios º Transporte Terrestre º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados º Atividades de Atenção à Saúde Humana º Obras de Infra-Estrutura º Prep. de Couros e Fab. de Art. de Couro, Artigos Viagem e Calçados º Comércio Atacado, Exc. Veículos Automot. e Motocicletas Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total¹ º Comércio Varejista n.d. 7,8 6,9 6,1 2º Construção de Edifícios n.d. 18,7 14,8 13,9 3º Fabricação de Produtos Alimentícios n.d. 47,2 25,6 23,7 4º Transporte Terrestre n.d. 21,3 17,4 14,9 5º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social n.d. 3,1 2,9 2,8 6º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados n.d. 12,9 12,3 11,4 7º Atividades de Atenção à Saúde Humana n.d. 15,5 14,3 14,7 8º Obras de Infra-Estrutura n.d. 21,3 15,4 13,7 9º Prep. de Couros e Fab. de Art. de Couro, Artigos Viagem e Calçados n.d. 22,1 17,4 8,3 10º Comércio Atacado, Exc. Veículos Automot. e Motocicletas n.d. 15,8 13,1 10,9 Subtotal Divisões CNAE selecionadas n.d. 11,2 9,3 8,5 Demais Divisões n.d. 18,0 15,6 13,7 Total¹ n.d. 13,8 11,7 10,5 Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Taxa de incidência em vínculos (1) Inclui ignorados / zerados Já quando analisados os acidentes ou doenças do trabalho, cujas implicações são mais graves, ou seja, acarretam em incapacidade permanente ou óbito do trabalhador, a atividade que se destaca em ambos os indicadores é a de Transporte Terrestre. A cada 100 mil vínculos, em 2011, tinha-se que 175,3 tinham como consequência do acidente de trabalho a incapacidade permanente, e 33,2 o óbito (Tabelas 26 e 27). Ainda, a cada registros de acidentes para esta atividade, 20,6 finalizaram em óbito, em 2011, mais de quatro vezes superior à média do estado (Tabela 27). 61

63 Taxa de incidência nº absoluto As Atividades de Serviços Financeiros destacam-se pela elevada incidência de registros de acidente que implicam em incapacidade permanente do trabalhador e também as atividades de Obras de Infra-Estrutura (Tabela 26). TABELA 26 Ranking das Divisões CNAE com maior quantidade de registros de Incapacidade permanente decorrente de acidente de trabalho e taxa de incidência Bahia, 2008 a 2011 Divisão CNAE º Transporte Terrestre º Atividades de Serviços Financeiros º Comércio Varejista º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social º Construção de Edifícios º Obras de Infra-Estrutura º Comércio Atacado, Exc. Veículos Automot. e Motocicletas º Fabricação de Produtos Alimentícios º Serviços Especializados para Construção º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados Subtotal Divisões CNAE selecionadas Demais Divisões Total¹ º Transporte Terrestre n.d. 158,3 184,1 175,3 2º Atividades de Serviços Financeiros n.d. 458,9 586,4 525,3 3º Comércio Varejista n.d. 35,2 39,8 34,4 4º Administração Pública, Defesa e Seguridade Social n.d. 15,3 20,4 23,6 5º Construção de Edifícios n.d. 114,6 60,9 61,1 6º Obras de Infra-Estrutura n.d. 66,0 80,0 111,5 7º Comércio Atacado, Exc. Veículos Automot. e Motocicletas n.d. 56,9 93,5 77,7 8º Fabricação de Produtos Alimentícios n.d. 77,5 104,9 76,6 9º Serviços Especializados para Construção n.d. 130,3 48,1 74,7 10º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados n.d. 29,6 28,9 25,4 Subtotal Divisões CNAE selecionadas n.d. 53,8 59,5 59,4 Demais Divisões n.d. 86,4 97,6 89,9 Total¹ n.d. 67,3 75,2 72,5 Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. Taxa de incidência em vínculos (1) Inclui ignorados / zerados Em relação aos acidentes de trabalho cujo desfecho implica na morte do trabalhador (Tabela 27), conforme os registros da Previdência Social, além da atividade de Transporte Terrestre, já mencionada, cumpre destacar também as atividades relacionadas à Construção civil - Obras de Infra-Estrutura, Construção de Edifícios e Serviços Especializados para Construção -, Agricultura, Pecuária e Serviços 62

64 Relacionados e Fabricação de Produtos Alimentícios. Em particular, a taxa de letalidade dos acidentes do trabalho na atividade de Serviços Especializados para Construção foi de 16,3 a cada acidentes registrados, em 2011, mais de três vezes superior à média estadual no mesmo ano. TABELA 27 Ranking das Divisões CNAE com maior quantidade de registros de Óbitos decorrentes de acidente de trabalho e taxa de mortalidade e de letalidade Bahia, 2008 a 2011 Divisão CNAE nº absoluto Taxa de mortalidade¹ Taxa de letalidade² º Transporte Terrestre ,6 32,0 33,2 20,0 13,5 17,5 20,6 2º Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados ,3 12,6 15,0 8,5 14,4 9,9 12,6 3º Comércio Varejista ,3 6,0 2,4 5,5 4,2 8,6 3,9 4º Obras de Infra-Estrutura ,0 27,9 20,1 5,0 6,5 14,7 12,1 5º Comércio Atacado, Exc. Veículos Automot. e Motocicletas ,2 7,6 10,4 17,6 8,4 5,5 8,4 6º Construção de Edifícios ,3 12,6 7,6 5,3 4,8 8,0 4,6 7º Serviços Especializados para Construção ,0 6,9 19,4 15,3 6,1 4,8 16,3 8º Fabricação de Produtos Alimentícios ,7 12,0 14,2 1,4 1,9 4,3 5,6 9º Fabricação de Produtos de Minerais Não-Metálicos ,5 13,3 11,4 12,5 19,9 7,2 5,5 10º Com. e Rep. de Veículos Automot. e Motocicletas ,8 5,3 4,7 9,5 5,5 5,5 6,0 Subtotal Divisões CNAE selecionadas ,9 12,0 10,6 8,8 7,3 9,4 9,0 Demais Divisões ,7 3,4 3,5 2,2 2,8 2,3 2,6 Total³ ,5 6,9 6,4 4,6 4,6 5,0 5,1 Fonte: Ministério da Previdência Social. AEAT OBS: 10 Divisões CNAE com maior número de ocorrências no total do período analisado. (1) Taxa de mortalidade em vínculos (2) Taxa de letalidade em acidentes registrados (3) Inclui ignorados / zerados 2.3 Exposição a agentes nocivos Aos trabalhadores expostos a agentes nocivos, é previsto o benefício de aposentadoria antecipada, com menor tempo de contribuição. A depender do grau de nocividade do agente, é atribuído um tempo específico de contribuição, que pode ser de 15 anos, para os agentes mais nocivos, 20 ou 25 anos 26. Nestes casos, incide uma alíquota adicional ao SAT, que custeia a aposentadoria especial, denominada Risco Ambiental do Trabalho (RAT), que pode ser de 6%, 9% ou 12%, respectivamente, aplicada sobre a remuneração do trabalhador que está sujeito a essas condições 27. Em geral, a participação dos vínculos empregatícios que apresentam este tipo de característica é relativamente baixa (Anexo 9). Em 2012, no Brasil, eles representavam 26 Elencadas no Anexo IV do Decreto A título de complementação, sobre a RAT incide o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que é um multiplicador que varia de 0,5 a 2,0, ou seja, pode diminuir pela metade ou dobrar a alíquota RAT. Este multiplicador é resultado da aplicação dos índices de frequência, gravidade e custo dos benefícios acidentários, feito para bonificar as empresas que, a partir de investimentos na área de saúde e segurança, conseguem reduzir seus indicadores. 63

65 1,7% dos vínculos empregatícios. Este percentual é ainda inferior no Nordeste (1,2%) e na Bahia representou 1,3% dos vínculos empregatícios no referido ano. O Gráfico 8 abaixo pode evidenciar uma redução na proporção destes tipos de vínculos que, contudo, não pode ser considerada expressiva, posto que deve-se considerar que, no breve período analisado a partir dos dados disponíveis, de 2010 a 2012, subentende-se uma participação estrutural deste tipo de vínculos no total, basicamente, constante. GRÁFICO 8 Participação dos vínculos empregatícios expostos a agentes nocivos Brasil, Nordeste e Bahia, 2010 a 2012 Fonte: Ministério da Previdência Social. Boletim GFIP Observação: refere-se ao mês de dezembro de cada ano. Considerando os vínculos empregatícios expostos a agentes nocivos, é predominante o tempo de contribuição de 25 anos, ou seja, dentre as categorias analisadas, aquela de menor nocividade. Para o total do Brasil, em 2012, respondeu por 95,4% dos vínculos expostos, e para o Nordeste, 91,9%. Na Bahia, contudo, ainda que esta categoria seja predominante, é a localidade analisada onde tem a menor participação, de 84,7%. Em contrapartida, a Bahia é a localidade onde as demais categorias, de maior nocividade, tenham maior participação. Para o tempo de contribuição de 20 anos, tem-se a participação de 10,8% dos vínculos expostos, contra 4,6% no Nordeste e 2,3% para a média nacional, e para o tempo de contribuição de 15 anos, a Bahia possuía 4,6% dos 64

66 vínculos expostos, em 2012, superior à média regional (3,5%), e nacional (2,2%) (Gráfico 9). GRÁFICO 9 Distribuição dos vínculos empregatícios expostos a agentes nocivos segundo tempo de contribuição Brasil, Nordeste e Bahia, 2010 a 2012 Fonte: Ministério da Previdência Social. Boletim GFIP Observação: refere-se ao mês de dezembro de cada ano. Comparativamente aos dados apresentados pelo GFIP, enquanto no total de vínculos a Bahia possuía uma participação de 27,9% no Nordeste, em 2012, em relação aos vínculos expostos a agentes nocivos que indicavam o prazo de contribuição previdenciária reduzida para 20 anos, 67,4% destes estavam em território baiano, e 38,1% dos vínculos com contribuição reduzida para 15 anos (Tabela 28). Em relação ao tempo de contribuição de 20 anos, que é onde o estado da Bahia mais se destaca nas bases de comparações, segundo as informações do Anexo IV do Decreto 3.048/99, estão associadas, em relação aos Agentes Químicos, os Asbestos 28 e, em relação aos agentes Físicos, Químicos e Biológicos, as atividades de mineração subterrânea que sejam exercidas afastadas das frentes de produção. 28 ASBESTOS a) extração, processamento e manipulação de rochas amiantíferas; b) fabricação de guarnições para freios, embreagens e materiais isolantes contendo asbestos; c) fabricação de produtos de fibrocimento; d) mistura, cardagem, fiação e tecelagem de fibras de asbestos. 65

67 TABELA 28 Participação percentual relativa da Bahia em relação ao Nordeste dos vínculos empregatícios expostos a agentes nocivos segundo tempo de contribuição Bahia, 2010 a 2012 Tempo de Contribuição para Aposentadoria Ano Total Sem Exposição 25 anos 20 anos 15 anos ,5 28,5 27,6 68,4 32, ,1 28,1 28,1 63,4 35, ,9 27,9 26,5 67,4 38,1 Fonte: Ministério da Previdência Social. Boletim GFIP Observação: refere-se ao mês de dezembro de cada ano. 3. Dados do Sistema Único de Saúde: SINAN Em relação aos dados de agravos de notificação compulsória relacionados ao trabalho, observa-se que o número de registros vem crescendo ano após ano (Gráfico 10). Em 2012 foram registrados agravos, o que representa um acréscimo médio de 20,1% ao ano em relação a 2008, quando foram notificados agravos. Todas as categorias apresentaram aumento de notificações, com exceção das doenças relacionadas ao trabalho, que se reduziram de agravos em 2009, para 830 agravos, em GRÁFICO 10 Notificações segundo Agravos Relacionados ao Trabalho Bahia, 2008 a 2012 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: Excluídos 09 casos de Câncer relacionados ao Trabalho: 01 notificado em 2008, 01 notificado em 2010, 03 em 2011, 1 em 2012 e 3 em Incluídos 21 notificações de outros Estados; em 2007: 02 em Pernambuco e 01 em 66

68 Alagoas; em 2008: 04 em Pernambuco, 01 no Espírito Santo e 01 em São Paulo; em 2009: 08 em Pernambuco;em 2010: 02 em Pernambuco; e em 2011: 02 em Pernambuco. Dados extraídos em 21/11/2013 Em 2012, as Intoxicações exógenas foram o tipo de agravo relacionado ao trabalho predominante, com agravos, 33,6% do total. Isso representa um aumento importante na participação dos agravos desta natureza no período analisado, posto que esta categoria representava 26,3% dos agravos declarados em Os Acidentes de trabalho com exposição a material biológico representaram 28,6% dos agravos em 2012, também aumentando sua participação em 11,6 p.p. em relação a As doenças relacionadas ao trabalho eram o tipo de agravo predominante em 2008, com quase metade dos agravos (45,7%), contudo, sua participação declinou paulatinamente até o percentual de 16,6%, em 2012, a esteira da redução do número de notificações (Gráfico 11). GRÁFICO 11 Distribuição das Notificações segundo Agravos Relacionados ao Trabalho Bahia, 2008 a 2012 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: Excluídos 09 casos de Câncer relacionados ao Trabalho: 01 notificado em 2008, 01 notificado em 2010, 03 em 2011, 1 em 2012 e 3 em Incluídos 21 notificações de outros Estados; em 2007: 02 em Pernambuco e 01 em Alagoas; em 2008: 04 em Pernambuco, 01 no Espírito Santo e 01 em São Paulo; em 2009: 08 em Pernambuco; em 2010: 02 em Pernambuco; e em 2011: 02 em Pernambuco. Dados extraídos em 21/11/

69 No que tange às notificações dos agravos de Doenças relacionadas ao trabalho, predominam as Lesões por esforços repetitivos (LERs) e os Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORTs), com cerca de 90,0% das notificações durante por doenças relacionadas ao trabalho durante o período analisado. Em segundo lugar, mas com uma participação significativamente menor, figura o Transtorno mental e as Dermatoses Ocupacionais (Tabela 29). TABELA 29 Distribuição das Notificações segundo Agravos De Doenças Relacionadas ao Trabalho Bahia, 2008 a 2012 Doenças Relacionadas ao Trabalho Dermatoses Ocupacionais 1,8 2,0 2,4 3,2 2,2 LER DORT 93,1 92,1 93,5 88,8 90,6 PAIR 2,7 2,2 1,0 1,4 1,3 Pneumoconiose 0,6 0,4 0,2 0,1 0,7 Transtorno Mental 1,7 3,3 2,9 6,5 5,2 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: dados extraídos em 21/11/2013 Em relação às notificações acerca das Intoxicações exógenas, predominam aquelas de origem não-ocupacional, ou seja, não decorrente da atividade laboral. Contudo, observase uma participação não desprezível dos dados ignorados, onde a origem da intoxicação não é apontada quando da notificação do agravo (Tabela 30). TABELA 30 Distribuição das Notificações segundo Agravos De Intoxicações Exógenas Bahia, 2008 a 2012 Intoxicações Exógenas Intoxicações Exógenas Ocupacionais 9,2 9,7 9,7 15,1 3,6 Intoxicações Exógenas Não Ocupacionais 82,9 81,5 79,0 73,1 83,4 Intoxicações Exógenas "Ignoradas" 7,9 8,8 11,3 11,8 13,0 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: dados extraídos em 21/11/2013 No que diz respeito à emissão ou não do CAT, do INSS, os dados mostram que a participação dos agravos que tiveram CAT se reduz ao longo dos anos analisados, ao passo que aumenta a participação dos Ignorados e dos que não tiveram CAT. Em 68

70 2012, 16,5% dos agravos emitiram CAT, contra 38,0% dos Ignorados e 35,7% não emitiram CAT (Gráfico 12). GRÁFICO 12 Distribuição dos Agravos Relacionados ao Trabalho por situação de Emissão de CAT Bahia, 2008 a 2012 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: Excluídos 09 casos de Câncer relacionados ao Trabalho: 01 notificado em 2008, 01 notificado em 2010, 03 em 2011, 1 em 2012 e 3 em Incluídos 21 notificações de outros Estados; em 2007: 02 em Pernambuco e 01 em Alagoas; em 2008: 04 em Pernambuco, 01 no Espírito Santo e 01 em São Paulo; em 2009: 08 em Pernambuco; em 2010: 02 em Pernambuco; e em 2011: 02 em Pernambuco. Dados extraídos em 21/11/2013 De modo geral, os Empregados registrados são os que possuem maior participação nas notificações de agravos relacionados ao trabalho. Acumulando as notificações de 2008 a 2012, eles responderam por 39,0% das notificações, sendo a maior categoria. Em particular, esta categoria destaca-se pela elevada participação nas notificações de Doenças relacionadas ao trabalho, respondendo por 69,2% das notificações. As declarações com informações Ignoradas ou em Outros apresentam participação significativa também, respondendo, conjuntamente, por 23,8% das notificações no período (Tabela 31). Merecem ser destacados, ainda: 69

71 A participação dos Empregados não registrados, que respondem por 17,2% das notificações de Acidentes de Trabalho Graves e 10,3% das notificações de Acidentes de trabalho com exposição a material biológico; A participação dos Servidores Públicos Estatutários nas notificações de Acidente Trabalho com Exposição a Material Biológico, com 17,1% das notificações; A participação dos trabalhadores Desempregados com 17,4% das notificações de agravos de Doenças relacionadas ao trabalho e 10,4% das intoxicações exógenas. TABELA 31 Distribuição dos Agravos Relacionados ao Trabalho por situação no mercado de trabalho, segundo tipo de agravo Bahia, acumulado de 2008 a 2012 Situação no Mercado de trabalho Acidente Trabalho com Exposição a Material Biológico Acidente de Trabalho Grave Doenças Relacionadas ao Trabalho Intoxicações Exógenas Empregado registrado 40,1 49,1 69,2 5,7 39,0 Empregado não registrado 10,3 17,2 1,0 3,3 7,2 Autônomo 1,2 11,5 1,5 6,8 5,0 Servidor Público Estatutário 17,1 2,7 5,5 0,8 6,5 Servidor Público Celetista 9,3 1,4 2,0 0,3 3,2 Aposentado 0,1 0,3 0,7 4,0 1,4 Desempregado 0,1 0,4 17,4 10,4 7,6 Trabalhador temporário 6,0 2,9 0,2 1,5 2,6 Cooperativado 2,7 0,9 0,2 0,9 1,2 Trab. avulso 0,3 8,8 0,3 1,4 2,3 Empregador 0,1 0,9 0,0 0,1 0,3 Outros 9,1 1,1 0,6 18,6 8,2 Ign/Branco 3,6 2,7 1,2 46,3 15,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: Excluídos 09 casos de Câncer relacionados ao Trabalho: 01 notificado em 2008, 01 notificado em 2010, 03 em 2011, 1 em 2012 e 3 em Incluídos 21 notificações de outros Estados; em 2007: 02 em Pernambuco e 01 em Alagoas; em 2008: 04 em Pernambuco, 01 no Espírito Santo e 01 em São Paulo; em 2009: 08 em Pernambuco; em 2010: 02 em Pernambuco; e em 2011: 02 em Pernambuco. Dados extraídos em 21/11/2013 Total Ainda, o registro do agravo no SINAN traz a possibilidade de identificação da empresa ser ou não terceirizada. A análise dos dados aponta para a predominância da informação de não se tratar de empresas terceirizadas, contudo, a participação das respostas ignoradas ou em branco é não desprezível (Tabela 32). 70

72 TABELA 32 Distribuição dos Agravos Relacionados ao Trabalho por Empresa Terceirizada Bahia, acumulado de 2008 a 2012 Empresa Terceirizada Acidente Trabalho com Exposição a Material Biológico Acidente de Trabalho Grave Doenças Relacionadas ao Trabalho Intoxicações Exógenas Sim 11,2 5,5 11,3 0,0 Não 69,8 72,9 80,6 0,0 Não se aplica 4,7 2,7 1,6 0,0 Ign/Branco 14,4 18,9 6,4 100,0 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: Excluídos 09 casos de Câncer relacionados ao Trabalho: 01 notificado em 2008, 01 notificado em 2010, 03 em 2011, 1 em 2012 e 3 em Incluídos 21 notificações de outros Estados; em 2007: 02 em Pernambuco e 01 em Alagoas; em 2008: 04 em Pernambuco, 01 no Espírito Santo e 01 em São Paulo; em 2009: 08 em Pernambuco; em 2010: 02 em Pernambuco; e em 2011: 02 em Pernambuco. Dados extraídos em 21/11/2013 A captação das informações acerca da atividade econômica da empresa onde houve o agravo apresenta elevada participação de situações onde não Informada ou não se aplica, prejudicando a qualidade da análise. No caso das Intoxicações exógenas, quase a totalidade das informações não tem a informação da atividade econômica. Somente no caso das Doenças Relacionadas ao Trabalho é que se tem algum aproveitamento desta informação, apesar de uma incidência de 37,1% dos agravos registrados de 2008 a 2012 não trazerem a informação da atividade econômica. Neste caso, destacam-se as atividades de Transporte terrestre, Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos e Construção (Tabela 33). Sabe-se, pela descrição da ficha do SINAN sobre Acidente Trabalho com Exposição a Material Biológico, que trata-se de acidentes vinculados às atividades no setor de Saúde. 71

73 TABELA 33 Distribuição dos Agravos Relacionados ao Trabalho por Divisão CNAE Bahia, acumulado de 2008 a 2012 Divisão CNAE Distribuição (%) Acidente Trabalho com Exposição a Material Biológico Total 100,0 Não Informada/Não se aplica 83,6 Administração pública, defesa e seguridade social 8,1 Saúde e serviços sociais 7,6 Demais divisões 0,7 Acidente de Trabalho Grave Total 100,0 Não Informada/Não se aplica 82,6 Agricultura, pecuária e serviços relacionados 3,3 Silvicultura, exploração florestal e serviços relacionados 2,0 Administração pública, defesa e seguridade social 1,5 Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 1,3 Demais divisões 9,3 Doenças Relacionadas ao Trabalho Total 100,0 Não Informada/Não se aplica 37,1 Transporte terrestre 6,3 Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 5,2 Construção 5,0 Saúde e serviços sociais 4,7 Intermediação financeira 4,3 Serviços prestados principalmente às empresas 4,1 Administração pública, defesa e seguridade social 3,9 Alojamento e alimentação 3,4 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem 2,3 Educação 2,1 Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 1,9 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 1,8 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 1,4 Atividades de informática e serviços relacionados 1,4 Demais divisões 15,0 Intoxicações Exógenas Total 100,0 Não Informada/Não se aplica 99,0 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Dados extraídos em 21/11/2013 No que tange ao registro da evolução dos agravos notificados, nota-se também uma presença significativa de respostas ignoradas. No caso dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico, somaram, ao longo do período analisado, 64,1% dos agravos. Nos demais tipos de agravo, a participação dos ignorados é menor, mas ainda assim, não desprezível (Gráfico 13). 72

74 No caso dos Acidentes de Trabalho Graves, aqueles que levaram a uma incapacidade temporária foram a maioria, com 51,5% dos agravos entre 2008 e 2012, seguidos dos que registraram cura (23,8%). Contudo, 3,6% levaram a óbito em decorrência do acidente, o que representa um total de 134 óbitos no período. As doenças de trabalho que possuem registro de evolução dos agravos no SINAN, a saber, LER/DORT e Transtorno mental predominam os casos que levaram a Incapacidade temporária, com mais de 70,0% dos casos. Os casos com incapacidade permanente, total ou parcial, somaram 9,3% e 15,9%, respectivamente. Por fim, para as Intoxicações exógenas, 74,6% dos agravos evoluíram para cura, sem sequela. No período, foram registrados 111 óbitos em decorrência deste tipo de agravo, 1,9% do total dos casos (Tabela 34 e Gráfico 13). 73

75 GRÁFICO 13 Distribuição dos Agravos Relacionados ao Trabalho por Evolução¹ Bahia, acumulado de 2008 a 2012 Fonte: SINAN_Net-Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Obs: Somente dos tipos de agravo que tem informação disponível. Dados extraídos em 21/11/

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