CULTURA DO COCO NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS

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1 CULTURA DO COCO NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS Raimundo Eduardo Silveira Fontenele Doutor em Economia pela Universidade de Paris XIII, Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará, Professor do Mestrado em Negócios Internacionais, da Universidade de Fortaleza. Rua Min. Abner de Vasconcelos, 301 Casa Fortaleza CE CPF: eduardo_fontenele@hotmail.com Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Pôster 1

2 CULTURA DO COCO NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS Resumo A importância do agronegócio do coco é notória para a economia brasileira, especialmente para o Nordeste, onde se concentram mais de 90,0% da produção nacional. Ademais, com a limitação das importações de coco ralado impostas pela SECEX Secretaria do Comércio Exterior, do Ministério da Indústria e Comércio, através da Resolução nº 19, de 30 de julho de 2002, o setor produtivo nacional terá que se adequar à nova realidade, melhorando o sistema de produção atual para atender a demanda do setor agroindustrial brasileiro que é da ordem de t/ano. A necessidade de revitalização dessa atividade é sentida principalmente pela falta de recursos financeiros para enfrentar com mais agressividade as novas oportunidades de mercado. A demanda crescente de coco para consumo in natura e para a indústria reivindica uma melhoria acentuada nos níveis de produção dos coqueirais, que atualmente é muito baixa, em média 30 frutos/planta/ano. Com o objetivo de revitalizar o agronegócio do coco, o presente artigo descreve uma série de medidas no sentido de firmar a cultura como uma atividade lucrativa. Tais medidas consistem principalmente na incorporação de tecnologias, como por exemplo: a difusão da prática da irrigação localizada; utilização de modernos insumos de produção, com especial destaque para a questão da fertilização; melhoramento genético dos cultivares, onde se vislumbra o aumento da utilização de coqueiros híbridos, implicando no aumento de campos de produção de mudas; aprimoramento de equipamentos da indústria de extração de água-de-coco; aprimoramento das técnicas de conservação da água-de-coco. Ressalta-se que essas medidas para serem praticadas necessitam de um suporte financeiro que a maioria dos produtores não possuem, haja vista o cultivo do coqueiro ser efetuado, principalmente, em pequenas propriedades. Palavras-chave: Agronegócio do Coco; Competitividade no Agronegócio; Cadeia Produtiva do Coco. 2

3 CULTURA DO COCO NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS 1. INTRODUÇÃO Cultura típica de clima tropical, o coqueiro vem sendo cultivado em cerca de 90 países. No Brasil, o cultivo do coco se desenvolve principalmente ao longo do litoral, sendo encontrado em áreas desde o Estado do Pará até o Espírito Santo. As estatísticas atuais demonstram que o Brasil possui mais de 266 mil hectares implantados com a cultura, praticamente em quase todas as Unidades da Federação. Em 2000, conforme dados do IBGE, a Bahia figurava como o maior produtor brasileiro, com mil frutos, seguido pelo Ceará, com produção de frutos e o Pará, com mil frutos colhidos. Nesse mesmo ano, três estados nordestinos (Bahia, Ceará e Sergipe) chegaram a concentrar juntos, 52,9% da produção nacional de coco, evidenciando, portanto, o destaque da Região Nordeste nesse segmento agrícola. Ocupando importante colocação no cenário nacional da produção de coco, o Ceará se destaca como o segundo produtor do País, conforme comentado anteriormente. Em 2000, a produção de coco no Estado do Ceará atingiu mil frutos, perfazendo cerca de 21,0% da produção nordestina. Em termos de importância econômica e social, a cultura do coco assume posição importante como atividade geradora de emprego e renda, empregando mão-de-obra durante todo o ano, e permitindo o consórcio com outras culturas, tais como cultivos de subsistência, e até mesmo a criação de animais, contribuindo assim, para a fixação do homem no campo. O aproveitamento industrial do fruto do coqueiro se dá mediante o processamento do endosperma sólido ou albúmen submetido à secagem (copra) ou fresco, este último mais utilizado no Brasil, sendo destinado à fabricação de produtos tais como, o leite de coco e o coco ralado, empregados na indústria alimentícia de doces, bolos, bombons, chocolates, etc., ou utilizado in natura na culinária doméstica. Um tipo de processamento mais recente e em franca expansão é a extração e envasamento da água-de-coco (endosperma líquido) mediante a aplicação de tecnologias de processamento e conservação. Não bastasse o considerável grau de diversificação da indústria de beneficiamento das partes comestíveis do fruto, surge na lista de produtos oriundos do coqueiro, e apresentando crescente demanda no mercado internacional, a fibra de coco proveniente do mesocarpo do fruto, que dá origem a uma série de bens como tapetes, enchimentos para bancos de automóveis, pó para substrato agrícola, etc. Além da aplicação industrial existente para o fruto, há uma série de aplicações para as diversas partes do coqueiro, tais como o uso no artesanato e em construções do tronco (estipe), folhas, raízes, etc. Toda essa gama de aplicações de seus produtos e subprodutos confere à cultura do coqueiro uma elevada importância econômica, fazendo com que a agroindústria do coco se firme cada vez mais no contexto nacional, haja vista a expansão das áreas cultivadas que já 3

4 extrapolaram os limites da região Nordeste, alcançando as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. De modo particular, a cultura do coco tem condições de ser mais atuante nos mercados nacional e internacional, desde que sejam superadas algumas condicionantes ligadas à melhoria da produtividade dos coqueirais, expansão das áreas de plantio e incremento do parque industrial, com a finalidade de aumentar a oferta de matéria-prima doméstica e a capacidade de processamento das indústrias. Para tanto, faz-se necessário a aplicação de recursos financeiros possibilitando a revitalização dos setores produtivo e industrial, principalmente no que concerne a investimentos em tecnologias de produção entre as quais, a prática da irrigação dos plantios e utilização de mudas selecionadas, e o aparelhamento das unidades fabris beneficiadoras de endosperma sólido e de extração e envasamento de água-de-coco. Este incremento do segmento terá conseqüências importantes como o aumento no nível de empregos e das receitas dos estados produtores. 2. O SEGMENTO DO COCO NO BRASIL E NO MUNDO 2.1- O Cultivo no Brasil No Brasil, o coqueiro é cultivado em uma área de ha, conforme dados do IBGE Produção Agrícola Municipal de 2000, com produção equivalente a 1,3 bilhão de frutos (Tabela 01). Dentre os cinco estados que apresentam as maiores produções nacionais, três são nordestinos: a Bahia, maior produtor de coco do País (402,9 milhões de frutos); Ceará, segundo maior produtor (193,7 milhões de frutos); e Sergipe, figurando na quinta posição (91,9 milhões de frutos). Estes estados juntos respondem por 52,9% da produção nacional de coco. Tabela 1 Área Plantada, Colhida e Produção de Frutos Estados Área Plantada (ha) Área Colhida (ha) Produção (mil frutos) Bahia Ceará Pará Espírito Santo Sergipe BRASIL FONTE: IBGE, Produção Agrícola Municipal Em termos de área plantada, a liderança dos estados nordestinos também se mostra expressiva, com os três maiores produtores detendo juntos 60,5% da área total plantada com a cultura do coco no Brasil. Também figuram como produtores de coco, porém com volumes menos expressivos, os estados do Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Rio de Janeiro. No período de 1990 a 1998, conforme dados do IBGE, a produção de coco no Nordeste Brasileiro, atingiu uma média anual de 716,1 milhões de frutos, sendo a maior 4

5 produção obtida no ano de 1998 (792,2 milhões de frutos) e a menor produção observada no ano de 1990 (619,7 milhões de frutos). Nesse mesmo período a área colhida média atingiu o total de ha e a produtividade média situou-se no patamar de frutos/ha. Observa-se, ao longo do período considerado, mais especificamente a intervalos de três anos, um crescimento anual dos volumes produzidos seguido de uma queda brusca e depois a retomada do crescimento. Esse comportamento cíclico da produção se deve, principalmente, à alternância de anos chuvosos e anos secos, demonstrando a dependência hídrica da cultura do coqueiro que apresenta queda significativa da produção nos períodos de estiagem. Em vista disso, surge a necessidade de captação de recursos com vista ao incremento da irrigação dos cultivos, possibilitando, assim, a obtenção de uma produtividade constante ao longo dos anos. A expansão acelerada da cultura do coco no Brasil, nos últimos anos decorre, sobretudo, do incremento da comercialização do coco verde para atender o crescente mercado da água-de-coco. Este mercado passou a ganhar espaço como alternativa para os produtores que se descapitalizaram mediante o aumento das importações de coco ralado. Informações do Ministério da Integração Regional demonstram que em 2000, a área plantada com coqueiro anão no Brasil chegou a ha, deste total 57,9% correspondia a áreas com plantios em formação, 36,8% com plantios em fase de produção crescente e 5,3% com plantios em plena produção. No Estado do Ceará, a exemplo do que ocorre no Nordeste, a produção de coco vem demonstrando um processo de crescimento (Tabela 02). No período 1990/2000 o volume produzido cresceu a uma taxa média anual de 3,8%, acréscimo este incentivado, principalmente pelo aumento da produtividade, já que a área plantada apresentou um crescimento anual de apenas 0,5%. Esse aumento da produtividade tem como justificativa a maior atuação da pesquisa e experimentação através da difusão de tecnologias de manejo dos cultivos. No cenário municipal, em 2000, destacou-se como maior produtor o município de Trairi (37,7 milhões de frutos), no Norte Cearense, seguindo-se os municípios de Itarema e Acaraú, no Noroeste Cearense, com volumes produzidos de 22,5 milhões de frutos, cada. Tabela 2 Produção, Área Colhida e Produtividade do Coco no Estado do Ceará 1990/2000 Anos Produção (mil frutos) Área Colhida (ha) Produtividade (mil frutos/ha) , , , , , , , , , , ,19 FONTE: IBGE, Produção Agrícola Municipal. 5

6 Em 1998, a produção de coco do Ceará atingiu 114,5 milhões de frutos em uma área de ha, perfazendo cerca de 14,0% da produção nordestina. Em 1996, a produção cearense atingiu seu menor nível ao longo da década, 85,5 milhões de frutos. Dados atuais, entretanto, indicam uma franca recuperação da produção que em 2000 atingiu 193,7 milhões de frutos, um incremento de 55,8% em relação ao ano de Em termos de área irrigada no Estado, observou-se no período 1999/2002 um acréscimo de 4,9% na área irrigada. A cultura do coqueiro, dentre as demais fruteiras irrigadas no Ceará é a que apresenta maior área irrigada, sendo seguida de perto apenas pela banana. Além da Região Nordeste, a exploração econômica do coco no Brasil encontra representantes também na Região Norte, pelo Estado do Pará, em função do seu elevado volume de produção e, ainda, na Região Sudeste, pelos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, este último por sua excelente produtividade (Viana, 2001). Outra região onde o cultivo do coqueiro encontra-se em expansão é a Centro-Oeste, principalmente o Estado do Mato Grosso O Cultivo no Mundo O coqueiro é cultivado atualmente, em 86 países, em área de 11,6 milhões de hectares, com produção estimada de 35,8 milhões de toneladas de frutos. Os países da América detêm apenas 7,3% dessa produção, destacando-se o Brasil e o México como principais países produtores (Queiroz, 1999). Os maiores produtores mundiais são os países asiáticos, principalmente, as Filipinas, a Indonésia e a Índia. Em 1992, o maior produtor chegou a deter 30,0% da produção total dos dez maiores produtores de coco do mundo. Considerando-se os três maiores produtores, o volume produzido por estes chega a representar 83,0% do total (Tabela 03). Em termos de área cultivada e produtividade, lideram, respectivamente, a Indonésia ( ha) e o México (7,23 mil frutos/ha). Tabela 3 Produção, Área Colhida e Produtividade de Coco no Mundo 1992 País Produção Produtividade Área Colhida (ha) (mil frutos) (mil frutos/ha) Filipinas ,97 Indonésia ,43 Índia ,62 Sri Lanka ,48 México ,23 Brasil ,35 Vietnam ,55 Malásia ,80 Tanzânia ,47 Costa do Marfim ,03 FONTE: EMBRAPA, O Brasil ocupa a sexta posição tanto no ranking dos maiores produtores mundiais como nas melhores produtividades, com volume produzido correspondente a 8,9% do total 6

7 produzido pelas Filipinas, maior produtor. Em termos de área cultivada, o nosso País ocupa a sétima posição. Nos principais países produtores, o coqueiro é explorado, basicamente, para produção de copra (albúmen sólido desidratado a 6%) e óleo, produto este que vem enfrentando dificuldades tendo em vista a competição com outros tipos de óleos mais baratos e saudáveis como o de girassol e o de soja. As Filipinas, por exemplo, geram recursos da ordem de 1,5 bilhão de dólares com a exportação desses produtos, principalmente para os EUA e Comunidade Européia (Persley, 1992). Já no Brasil, a produção de coco é empregada quase que exclusivamente para a alimentação humana in natura (uso doméstico e água-de-coco) ou através de produtos industrializados (coco ralado, leite de coco, etc.). No cenário da América do Sul, o Brasil lidera em produção, chegando a representar 69,2% do volume total de coco produzido no continente, o correspondente a cerca de 1,1 bilhão de frutos. Em seguida, com volume mais modesto, vem a Venezuela com 220 milhões de frutos produzidos. Esse País detém, entretanto, o maior índice de produtividade observado entre os produtores mundiais de coco, frutos/ha (Tabela 04). Tabela 4 Produção, Área Colhida e Produtividade de Coco na América do Sul País Produção Produtividade Área Colhida (ha) (mil frutos) (mil frutos/ha) Brasil ,35 Venezuela ,48 Colômbia ,26 Guiana ,26 Equador ,26 Total ,89 FONTE: EMBRAPA, Outros continentes produtores, a Oceania e a África respondem pelo restante da produção mundial. Na Oceania, o coco constitui a principal, quando não a única, fonte de divisas de seus países, com destaque para Papua Nova Guiné, que detém 50,0% da produção do continente e 50,0% dos coqueirais economicamente produtivos. No continente africano, a cultura do coco tem elevada importância econômica para as populações nativas, razão pela qual, nas últimas décadas, novos países vêm se incorporando à produção de coco. Além do mais, o interesse dos centros de pesquisa e os programas de desenvolvimento patrocinados para a cultura incentivam a adesão de novos produtores. 3. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO COCO 3.1- Considerações O coqueiro é uma planta de elevada importância econômica e social nas regiões intertropicais do mundo, onde encontra condições favoráveis de clima e solo para se desenvolver. Caracteriza-se por ser uma cultura de muitas aplicações, tanto no consumo in natura, como na indústria e no artesanato. Sob o ponto de vista econômico, o endosperma sólido ou albúmen é a parte mais importante, principalmente a nível mundial, muito embora, no Brasil, deva ser considerada também de elevado valor econômico a 7

8 extração da água-de-coco. Constitui ainda valor a ser agregado à cultura, o aproveitamento de subprodutos como a casca do coco, geralmente descartada, mas que vem sendo processada para produção de fibras longas utilizadas em enchimentos de bancos de automóveis, e o pó da casca de coco, utilizado como substrato agrícola na agricultura orgânica. Além das diversas aplicações dos seus produtos e subprodutos, a cultura do coco apresenta uma série de vantagens agroeconômicas, sociais e ambientais se comparada a outras culturas desenvolvidas nas áreas litorâneas, vantagens estas que viabilizam a atividade tornando-a rentável, capaz de retornar o capital investido. Por ser uma cultura perene, o coqueiro permite a consorciação com outras culturas e até com animais, sendo uma prática recomendada pela literatura técnica e por instituições de pesquisa. Ademais, além de proporcionar ao produtor renda com a venda da sua produção ao longo de todo o ano permite a subsistência do homem do campo, tornando-o capaz de enfrentar eventuais crises no setor. Socialmente, o cultivo do coqueiro permite a fixação do homem no campo, garantindo a ocupação de expressivo contingente rural durante o ano inteiro. Em termos ambientais, o coqueiro permite a recuperação de áreas degradadas em virtude de desmatamentos e o controle dos processos erosivos nas regiões litorâneas, onde melhor se desenvolve. Não menos importante tem se mostrado o aproveitamento dos resíduos oriundos da extração da água-de-coco e da polpa. O processamento da casca de coco diminui, consideravelmente, os transtornos ambientais provocados pelo seu descarte em lixões ou aterros sanitários, além de reduzir os custos com transporte das indústrias de beneficiamento Potencialidades Econômicas Aproveitamento de solos de baixa fertilidade Por desenvolver-se bem nas zonas litorâneas, onde predominam solos de baixa fertilidade natural e susceptibilidade à erosão, o coqueiro surge como alternativa de conservação desses solos, merecendo cuidados apenas com a dosagem na adubação, de modo a permitir o desenvolvimento satisfatório da cultura. Além do caráter conservacionista, o aproveitamento dos solos na zona litorânea com o cultivo do coqueiro, cultura nobre que garante significativo retorno econômico quando devidamente conduzida, surge como uma alternativa vantajosa para diversificação da produção e da renda agrícola, tão sem opção nessas áreas, em face da baixa fertilidade natural dos solos arenosos Possibilidade de consorciação com culturas e animais A consorciação com outras culturas, especialmente as leguminosas, além de contribuir no aumento da fixação de nitrogênio, funciona como opção para o incremento da renda do produtor, bem como de sua subsistência. Além disso, essa possibilidade de consorciação favorece a fixação do homem no campo. Dentre as culturas passíveis de 8

9 consórcio nos coqueirais citam-se o feijão, a mandioca, o sorgo, a soja e a fruticultura de baixo porte. Também é permitido, a partir de 5º ano, a consorciação com a pecuária em pisoteio, especialmente a ovinocultura e a avicultura Produção contínua ao longo do ano A produção contínua dos coqueirais possibilita para a região onde se desenvolve, um incremento na geração de emprego e renda ao longo de todo o ano. A maior vantagem de uma produção contínua repousa na fixação do homem ao campo, funcionando como gerador de oportunidade de trabalho no meio rural, evitando o deslocamento de contingentes para as zonas urbanas adjacentes. Tendo em vista que a maioria dos cultivos de coco localiza-se em pequenas propriedades (1,0 a 5,0 ha), com terras de baixa fertilidade, ressalta-se mais ainda a importância social da cultura. Atualmente, 96,0% da produção mundial de coco são provenientes de propriedades com 1,0 a 5,0 ha, envolvendo, aproximadamente, 50 milhões de pessoas. Somente na Ásia, 30 milhões de pessoas dependem diretamente da cultura do coqueiro para sua sobrevivência, no Brasil são 500 mil pessoas (Queiroz, 1999) Retorno do capital investido Estudos realizados pela EMBRAPA Agroindústria Tropical, no Campo Experimental do Vale do Curu, em Paraipaba-CE, demonstraram que a utilização correta da micro-irrigação e a aplicação freqüente de fertilizantes via fertirrigação podem antecipar o início da colheita do coqueiro anão para dois anos e quatro meses, com uma produção de até 122 frutos/planta, equivalente a uma produtividade de frutos/ha, já no primeiro ano de colheita (terceiro ano do plantio). O uso eficiente da água e de fertilizantes na irrigação é, portanto, importante na obtenção de produtividade e qualidade de frutos, na redução dos custos de produção e, certamente, na manutenção da fertilidade dos solos, diminuição dos riscos de erosão e lixiviação de nutrientes e manutenção do nível baixo do lençol freático (Nair, 1989; Yusuf & Varadan, 1993). Análises de sensibilidade realizadas pela EMBRAPA Tabuleiros Costeiros, sobre o retorno de investimentos de irrigação do coqueiro anão mostram que a partir do quinto ano já se tem retorno positivo, recuperando os custos acumulados na cultura irrigada, enquanto que para a cultura não irrigada esse tempo foi de sete anos. Comparação semelhante foi realizada pela SEAGRI Secretaria da Agricultura Irrigada do Estado do Ceará, utilizando dois tipos de sistemas de produção, um de alta tecnologia com irrigação por gotejamento e outro de média tecnologia com irrigação por sulco. Em ambos os sistemas, a receita líquida passa a ser positiva já no terceiro ano de cultivo, entretanto os valores das receitas obtidas no sistema de alta tecnologia chegam a ser 48,0% maiores que os do sistema de média tecnologia, demonstrando a maior eficiência do sistema de alta tecnologia. Estima-se que para R$ 1,00 investido na irrigação do coqueiro tem-se um retorno de R$ 1,70, considerando os custos fixos e variáveis com a aquisição do equipamento e manejo da irrigação. Os resultados obtidos pela pesquisa confirmam o retorno certo e mais rápido do capital investido na irrigação do coqueiro. 9

10 Sustentabilidade dos ecossistemas costeiros Convém ressaltar o importante papel dos coqueirais na sustentabilidade dos ecossistemas costeiros do mundo tropical, devido o seu crescimento em ambientes de alta salinidade, secos, com solos apresentando baixa fertilidade natural, onde poucas plantas são capazes de se desenvolver e produzir. Além do mais o coqueiro serve como opção de reflorestamento de áreas litorâneas degradadas e controle da erosão Reciclagem dos resíduos gerados O processamento do coco é uma atividade geradora de resíduos, após retirar-se o albúmen sólido de interesse para a obtenção de coco ralado e da água-de-coco, restam as partes fibrosas representadas pelo exocarpo, mesocarpo e endocarpo, as quais constituem cerca de 45,0% dos componentes do fruto. Tais resíduos são de difícil descarte, sendo enviados para lixões e aterros sanitários, além de elevar os custos da indústria com transporte até esses locais. Esse problema se ameniza através da reciclagem, sendo produzidos em escala industrial inúmeros produtos, entre os quais, enchimentos para bancos de automóveis e colchões, vasos, placas e palitos para paisagismo, substrato agrícola, material de decoração, placas acústicas e térmicas, etc. Atualmente, da casca do coco processada obtém-se dois tipos de produtos, as fibras longas (30,0% da casca) e as fibras curtas ou pó da casca de coco (70,0% da casca). A Índia, líder mundial na comercialização de fibra de coco, com 1,02 bilhão de toneladas de fibras produzidas por ano, chega a faturar U$ 70 milhões com exportação de fibra. Em meados de 2002, foram iniciados contatos entre os governos indiano e brasileiro visando, futuramente, concretizar um acordo de transferência da tecnologia indiana na produção de artigos à base de fibra de coco. Os produtos são biodegradáveis e servem tanto para a confecção de utensílios domésticos quanto para a fabricação de artefatos para a construção civil, há casos de casas de fibra de coco, na Índia (Revista Poder, 2002) Utilização da fibra de coco na indústria automotiva No Brasil, a produção de fibra de coco ainda é incipiente, entretanto a utilização de fibras longas e curtas (pó da casca de coco) como matéria-prima já vem se fazendo notar em vários ramos industriais. No setor automotivo, o emprego da fibra de coco na fabricação de assentos e no revestimento interno de veículos já é fato concreto na montadora DaimlerChrysler, que controla as marcas Mercedes-Benz e Chrysler. Desde 2001, os veículos Classe A da fábrica da Mercedes, em Juiz de Fora-MG, e os caminhões montados na fábrica do ABC Paulista, passaram as ser equipados com estofamentos de fibra de coco e látex natural produzidos pela Poematec Fibras Naturais da Amazônia. Esta empresa de artefatos industriais é fruto de um projeto ecológico (POEMA Programa Pobreza e Meio Ambiente) iniciado em 1992 no Estado do Pará, idealizado pela Universidade do Pará, com apoio da DaimlerChrysler, que tem como objetivo frear a devastação dos ecossistemas amazônicos, oferecendo trabalho à população local e promovendo a utilização de matéria-primas renováveis. O grupo já investiu US$ 1,4 milhão na pesquisa de matérias-primas renováveis e US$ 4,0 milhões em máquinas e 10

11 equipamentos utilizados pela Poematec. O investimento será pago em dez anos com o fornecimento de componentes para os veículos produzidos pela Mercedes-Benz (Revista Update, 2001). Outras montadoras vêm seguindo o exemplo da DaimlerChrysler na substituição de produtos sintéticos por naturais na fabricação de veículos, é o caso da General Motors, que pretende retomar o uso da fibra de coco na fabricação dos modelos Vectra e Astra. Esse material já tinha sido utilizado pela GM no antigo Opala, mas tal iniciativa não prosseguiu em virtude da escassez de fibra no mercado. A fibra de coco apresenta qualidade superior à das espumas de poliuretano, material derivado do petróleo, pelo fato de ser uma matéria-prima barata e também por reunir inúmeras outras vantagens tais como: ser ecologicamente correta; resistente; durável, com vida útil estimada em 90 anos, quando manufaturada; perspirável, ou seja, facilita a circulação do ar; isenta de ácaros e fungos, pois o tanino presente na fibra faz vezes de acaricida e fungicida naturais; biodegradável Utilização da fibra de coco no setor de paisagismo Dentre os diversos produtos obtidos a partir do beneficiamento da fibra de coco, vem se destacando no setor do paisagismo e jardinagem, produtos como vasos, palitos e placas, e outros que substituem perfeitamente, todos os tipos de artefatos produzidos com xaxim (Dicksonia sellowiana), palmeira da Mata Atlântica, em extinção, que tem sua extração regulamentada por lei. A empresa Coco Verde, no Rio de Janeiro-RJ, além de comercializar o coco verde para extração de água, coleta e reclica os resíduos, produzindo em escala industrial mais de cem itens utilizando como matéria-prima a fibra de coco, em especial, os produtos substituto da xaxim e substrato agrícola, contribuindo, assim, para a preservação ambiental e oferecendo alternativa vantajosa para os vários segmentos da economia que tem nessa planta o seu componente principal Utilização da fibra de coco para substrato agrícola O beneficiamento da casca de coco seco, especificamente da parte fibrosa (mesocarpo fibroso), produz fibras amplamente utilizadas como combustível para caldeiras, manufatura de cordoalha, tapetes, estofamentos e capachos (Cempre, 1998) e uma considerável quantidade de pó que é utilizado mundialmente como substrato para plantas. O substrato obtido a partir dos frutos maduros do coco tem se mostrado como um dos melhores meios de cultivo para a produção de vegetais, principalmente em função da sua estrutura física vantajosa, que proporciona alta porosidade e alto potencial de retenção de umidade (Rosa, 2001). Em virtude do elevado teor de umidade existente na casca do coco verde, cerca de 85%, e da baixa qualidade da fibra, que desfavorece as aplicações normalmente empregadas com a casca do coco seco, o resíduo é descartado, sendo encaminhado a lixões ou aterros sanitários, contribuindo para a diminuição da vida útil dos mesmos. Visando reduzir os efeitos ambientais nocivos dessa prática e agregar valor à renda do produtor, a EMBRAPA Agroindústria Tropical vem desenvolvendo estudos para a obtenção do pó da 11

12 casca do coco verde para produção de substrato agrícola. Esse processo envolve uma seqüência de operações, compreendendo dilaceração, moagem, classificação, lavagem e secagem. A utilização desse tipo de substrato (100% natural) traz ainda, como vantagem ambiental, alternativa ao uso da turfa e da areia. No Estado do Ceará, a empresa Metro-Agroindustrial, em Amontada-CE, se destaca no processamento da casca de coco para obtenção de fibra longa e curta (pó da casca de coco), esta última é comercializada, principalmente, para o sudeste do País, para fazendas produtoras de flores Beneficiamento da biomassa do coqueiro Outra utilização econômica dos resíduos refere-se à biomassa produzida ininterruptamente nos pomares resultantes da palha, inflorescências, restolhos, etc. Estudos estimam uma produção de 60kg de biomassa/planta/ano disponíveis para serem utilizadas para compostagem orgânica. Considerando um hectare de coqueiro anão com 205 plantas e área atualmente cultivada de ha, tem-se um volume de biomassa de toneladas. Informações do Grupo Gestor do Coco do Ceará dizem que a tonelada da biomassa apresenta preço em torno de R$ 120,00/t, resultando essa utilização em um valor bruto de R$ ,00, somente para as áreas cultivadas com coqueiro anão no Brasil. Com relação à cotação da fibra do coco no mercado internacional, esta chega a U$ 200,00/t. Considerando que seis cocos produzem 1 kg de fibra e que a produção brasileira atinge atualmente 1,3 bilhão de frutos, poderia ser esperado um faturamento de U$ 43,3 milhões, se toda a casca fosse processada. 4. PRODUTOS GERADOS O agronegócio do coco envolve diversas atividades econômicas que vão desde a produção agrícola, até sua distribuição nos mercados interno e externo, passando pelas etapas de processamento, embalagem/envasamento, transporte e armazenamento. No decorrer desse processo são originados inúmeros produtos a partir do beneficiamento, não só do fruto, mas também de várias partes da planta. Pela magnitude dos produtos obtidos das diversas partes da planta, pode-se afirmar que do coqueiro tudo se aproveita (Queiroz, 1999). a) Aproveitamento do coco seco Endosperma ou albumén sólido: coco ralado e leite de coco (uso na culinária de doces e salgados); bebidas (piña colada); margarinas; ração animal; óleos; álcool graxo; ácido graxo; glicerina; solventes. Endocarpo (parte rígida da noz): combustível lenhoso (apresenta índice calorífico 1,5 vezes superior ao da lenha); transformado em carvão ativado (filtro de usinas nucleares); triturado em forma de pó para utilização na fabricação de pastilhas de freios; material impermeabilizante de chapas de madeira compensada; artesanato. Mesocarpo fibroso (casca fibrosa): fibras longas utilizadas na fabricação de mantas, tapetes, fibra para colchões, cordoaria, peças de carros, barreira 12

13 sonora, contenção de encostas, vasos, enchimento para bancos automotivos, etc; o pó da casca de coco, material residual obtido através do processamento da casca de coco maduro para a obtenção da fibra longa, é utilizado como substrato na agricultura intensiva-orgânica, face as seguintes vantagens: economia de água, pela sua elevada capacidade de retenção de umidade (94%); aumento nos índices de produtividade da horticultura e floricultura face seu efeito fertilizante (rico em potássio e nitrogênio); expansão de cinco vezes o seu volume, a menos de 20% de umidade; alternativa para substituição da turfa. b) Aproveitamento do coco verde Endosperma ou albumén líquido ou água-de-coco: bebida isotônica natural; reidratante; diurética; anti-helmítica e tenicida; empregada em tratamentos de emergência como plasma sanguíneo; meio de cultura natural; conservante de sêmen animal. Mesocarpo fibroso: o pó da casca de coco verde, obtido através do processamento que envolve etapas de dilaceração, moagem, lavagem e secagem, pode ser utilizado como substrato agrícola, a exemplo do que ocorre com a casca de coco maduro; confecção de vasos e placas utilizadas em jardinagem, em substituição aos mesmos produtos obtidos a partir do xaxim, planta em risco de extinção. c) Aproveitamento de outras partes da planta Folhas: cobertura de casas, abrigos, compostagem orgânica; a parte lenhosa serve como combustível e confecção de cercas; a nervura da palha serve na fabricação de palitos de dentes e fósforos. Talo das folhas: confecção de cercas, combustível e artesanato. 5. BREVE CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA 5.1- Considerações Em termos conceituais, uma cadeia produtiva se constitui de uma visão sistêmica de um grupo inter-relacionado de atividades produtivas, partindo-se do pressuposto de que a empresa ou o segmento de produção pertence a um contexto maior, complexo, onde as interações de interdependência e complementaridade influenciam de modo decisivo o desempenho individual e coletivo. Todo trabalho em cadeia objetiva aperfeiçoar as relações entre seus diversos elos, reduzindo e eliminando os conflitos existentes, melhorando a produtividade e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, de modo a permitir a satisfação total do consumidor final. A cadeia produtiva do segmento do coco, como todo processo de produção, segue a ordem geral das leis de mercado, sendo composta por aqueles que ofertam os produtos, aqueles que processam, distribuem e aqueles que os consomem. 13

14 A cadeia do agronegócio do coco é extensa, envolvendo os segmentos de produção agrícola, industrialização e comercialização e distribuição. Muito embora se apresente atualmente como uma atividade de expressiva significação econômica para o País, sua sustentabilidade se mostra ameaçada, em virtude do baixo nível de investimentos no setor Produtor O segmento agrícola, representado pelo produtor rural, constitui a base da cadeia produtiva do coco, e se caracteriza, no Brasil, pelo cultivo em pequenas propriedades rurais, com área média de 17,1 ha. No caso específico do Estado do Ceará, segundo levantamento realizado pela empresa DUCOCO nas propriedades da região do Acaraú, 47,0% das propriedades produtoras têm área plantada entre 1 a 5 ha. Ainda em conformidade com a referida pesquisa, 76,0% dos produtores declararam que a produção de seus cultivos foi crescente ao longo dos últimos cinco anos ( ), com 38,0% dos produtores tendo, inclusive aumentado sua área de plantio. Na produção primária, especialmente no cultivo do coqueiro gigante, ainda predomina a mentalidade conservadora do extrativismo, não existindo uma preocupação maior com a produtividade e com o meio ambiente, especialmente no que se refere ao manejo do cultivo. Em virtude de adversidades comuns ao processo produtivo, os cuidados com os tratos culturais são constantemente negligenciados provocando quedas significativas nas produtividades. Dentre os fatores que impossibilitam os produtores rurais a assumirem um papel mais ativo na cadeia produtiva e receberem melhor remuneração, cita-se a baixa produtividade dos cultivos existentes, conseqüência da interação de inúmeros fatores negativos como a baixa qualidade genética e a idade avançada dos coqueirais, a dependência das condições climáticas, a não utilização de tecnologias modernas para condução dos cultivos, a falta de qualificação da mão-de-obra, a dificuldade de acesso do pequeno produtor às linhas de crédito oferecidas e o baixo preço a nível de produtor. Muito embora se observem tais dificuldades, o incremento da agroindústria do coco, e recentemente a restrição à importação de coco ralado, tem gerado impactos na atividade agrícola mediante a ampliação da área colhida e do emprego da mão-de-obra. Vale ressaltar, que a atividade de colheita do coco ocorre durante todo o ano, inclusive no período de entressafra das culturas tradicionais, contribuindo, assim, para uma redução no nível de desemprego sazonal. Conforme diagnóstico da cultura do coco efetuado pela EMBRAPA Tabuleiros Costeiros, que consta no escopo da Resolução nº 19 de 30/07/2002, foi estimado que as operações de manutenção (roçagem, coroamento, adubação, limpeza da copa), colheita, descascamento e comercialização necessitem de 46 homens-dia/ha/ano. Em termos de empregos gerados, estudos na área informam que 1 ha de coco ocupa, em média, 3 pessoas em emprego direto e que cada emprego direto gera 4 empregos indiretos. De posse dessa relação, e considerando a área colhida no Brasil em 2000, que foi de aproximadamente ha, tem-se um total de pelo menos empregos diretos e empregos indiretos gerados ao longo da cadeia produtiva do coco. 14

15 5.3- Comercialização Os canais de comercialização do coco devem ser vistos não só como uma simples representação funcional de agentes econômicos que ligam produtores e consumidores, mas como uma complexa cadeia de relações econômicas e sociais, relativamente estruturada, que visa assegurar a apropriação dos excedentes gerados pela produção a estes agentes, situados nos diversos níveis de distribuição. De um modo geral, os grandes produtores de coco são proprietários de indústria ou negociam suas produções diretamente com as indústrias processadoras locais. Já os pequenos proprietários, que constituem a maior parte dos produtores, se caracterizam por depender dos intermediários e dos agentes das indústrias para comercializarem suas produções. Dados do Censo Agropecuário 1995/1996 do IBGE, indicam que as vendas das produções nacionais de coco seco são assim distribuídas: cerca de 64,0% para os intermediários e/ou distribuidores; 16,0% para os processadores; 4,0% para o varejo; e 16,0% para outros mercados Indústria Processadora A indústria de beneficiamento do coco, assim como o setor produtivo, tem se ressentido de incentivos governamentais, sendo obrigada a caminhar com recursos próprios e capitais restritos. Mesmo assim, tem-se observado o crescimento no setor em virtude da importação de matéria-prima e do consumo crescente da água-de-coco. Há de frisar-se, entretanto, o crescente nível de mecanização das operações de beneficiamento do coco seco e do envasamento da água-de-coco, bem como a constante ação do setor industrial em parceria com instituições de pesquisa, no sentido de modernizar as operações de beneficiamento, tendo em vista a melhoria dos níveis de produtividade e qualidade do produto final. Apesar desse incremento, o setor se ressente da falta incentivos financeiros para investir mais intensivamente em novas tecnologias. Atualmente, o parque industrial de processamento do coco é formado, a nível de Nordeste, por 11 indústrias destinadas à produção de coco ralado e leite de coco, e 6 indústrias que processam a água-de-coco, além de centenas de pequenos estabelecimentos envasadores. O processamento do coco no Brasil se dá conforme o tipo de produto a ser obtido, no caso o coco ralado e/ou leite de coco para uso culinário, obtido a partir do processamento do coco seco, e a água-de-coco, extraída do coco verde. Os processos industriais para obtenção do coco ralado e extração da água-de-coco podem ser resumidos nas seguintes etapas: Coco ralado: recepção e seleção da matéria-prima - tratamento térmico abertura do fruto despolpamento despeliculamento lavagem das amêndoas seleção final das amêndoas corte - embalagem. 15

16 Água-de-coco: recepção e seleção da matéria-prima lavagem abertura do coco e extração da água filtração formulação envase Mercado Consumidor Características do Consumo Os principais segmentos de mercado atendidos no Brasil são os do coco ralado para uso na culinária doméstica e na indústria alimentícia, e o da água-de-coco para consumo in natura ou industrializada. A baixa produção nacional de coco seco, incapaz de atender a demanda industrial, incentivou a importação de coco ralado de outros países. Conforme dados da FAO, o Brasil importa coco desidratado desde 1973, contudo, foi ao longo da década de 90 que esse processo se intensificou. Em 1995, o volume importado atingiu toneladas, quantidade esta superior à demanda das principais agroindústrias brasileiras de coco. Nesse mesmo ano, o preço quilograma da noz para o produtor chegou a R$ 0,07, quando o preço mínimo necessário para que o mesmo almeje algum lucro é de R$ 0,20 a R$ 0,25 (Queiroz, 1999). Como resultado, a importação foi responsável por sérios prejuízos à exploração do coqueiro no Brasil acarretando uma grande evasão de divisas para o País, reduzindo acentuadamente o valor da produção nacional e diminuindo a remuneração do produtor rural. Por outro lado, nos últimos anos, o consumo de água-de-coco no Brasil cresceu consideravelmente, isto em decorrência da preferência popular por produtos naturais, além da abertura do mercado brasileiro para a importação de coco ralado, que retraiu os investimentos na produção de coco seco, incentivando vários produtores a investirem no mercado de coco verde. Conforme dados divulgados em matéria apresentada no IV Encontro dos Produtores de Coco 2000, com relação ao aumento do consumo de água-de-coco envasada, tem-se observado um crescimento de 20,0% ao ano, e mesmo tendo atingido a expressiva marca de 100 milhões de litros em 1997, ainda não atende a demanda. Isso sem contar a série de novos produtos que a indústria lança no mercado, como frapês e outras preparações combinadas com frutas e refrescos. Indicadores da Associação Brasileira dos Produtores de Coco mostram que a água-de-coco representa hoje 1,5% do mercado de refrigerantes, fato este que está levando algumas indústrias de refrigerantes e outras bebidas envasadas a desenvolverem tecnologias para atingir também esse grupo de clientes. O potencial de expansão de demanda por coco a nível mundial é um fato concreto, indicando um mercado aberto a absorver produtos, como por exemplo, o coco verde que já é exportado para a Europa. A conquista de novos mercados ou a expansão dos mercados já existentes, bem como o domínio de tecnologias de conservação da água-de-coco, deverá implicar para a agroindústria do coco um salto na capacidade instalada, com conseqüente melhoria na margem de rentabilidade para o setor. Significa, também, aumento no nível de emprego, maior geração de renda, entre outros benefícios. 16

17 A Tabela 05 apresenta os valores e as quantidades das produções exportadas de cocos verdes e secos no período de 1999 a Observa-se um acréscimo ao longo dos anos das quantidades exportadas pelo Brasil, bem como um aumento na geração de divisas, sendo mais expressivos os valores e quantidades referentes ao coco verde. Tabela 5 Exportações Brasileiras de Coco 1999/2001 Produtos Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. (U$ mil) (t) (U$ mil) (t) (U$ mil) (t) Coco fresco ,00 384,11 Coco seco ,17 28,83 Total ,17 412,94 FONTE: SEAGRI/SIGA. O mercado internacional de coco verde tende a crescer face às novas tecnologias empregadas no processo produtivo, mais especificamente no que se refere à refrigeração do fruto verde, que pode ser armazenado em temperatura de 12ºC por um período de 28 dias sem deformação casca nem queda na qualidade da água. Em meados de 1999, foi feita pelos produtores do Vale do São Francisco a primeira exportação de frutos verdes in natura para a Europa, mais especificamente, para a Itália e a Inglaterra Preço do Produto Conforme comentado anteriormente, os preços do coco seco desfibrado sofreram forte impacto após o advento das importações. Dados confirmados pelo Ministério da Agricultura demonstram que em junho de 1989 o preço do coco seco desfibrado oscilava em torno de U$ 1,58/kg, caindo para U$ 0,13/kg em abril de 1994 (Ferreira, 1994). No início do mês de dezembro de 2002, o preço coco seco oscilava nas capitais nordestinas entre R$ 0,70 e R$ 0,85/unidade, segundo o SIMA Sistema Nacional de Informação de Mercado Agrícola. Segundo a mesma fonte e período, os preços do coco verde oscilaram entre R$ 0,25 a R$ 0,40/unidade nas capitais nordestinas e R$ 0,50 a R$ 0,85, nas capitais do Sudeste. Dados da Fundação Getúlio Vargas, para o período , demonstram as médias anuais dos preços recebidos pelos produtores de coco verde nos principais estados nordestinos produtores (Tabela 06). Observa-se que os menores preços foram praticados no Estado do Ceará, enquanto as maiores cotações foram obtidas pelos produtores baianos. Tabela 06 Preços de Coco Verde ao Nível de Produtor (R$/unid.) 1996/1999 Anos Ceará Rio Grande do Norte Sergipe Bahia ,36 0,48 0,51 0, ,38 0,46 0,46 0, ,37 0,41 0,43 0, ,37 0,43 0,48 0,51 FONTE: Fundação Getúlio Vargas. 17

18 Do SIGA - Sistema de Informação Gerencial Agrícola da SEAGRI - Secretaria da Agricultura Irrigada do Ceará foram obtidas algumas informações a respeito de preços praticados nas Centrais de Abastecimento de Fortaleza e São Paulo para o coco verde considerando a média dos anos , conforme apresentado na Tabela 07 a seguir. Tabela 7 Variação Mensal dos Preços do Coco Verde (R$/cento) em Fortaleza e São Paulo 1995/2001 Cidades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fortaleza 35,23 36,18 32,82 27,91 26,68 25,21 26,53 27,65 29,56 29,82 32,02 32,07 S. Paulo 81,22 88,74 86,19 86,50 86,74 81,03 73,70 71,60 69,65 67,64 72,33 76,14 FONTE: SEAGRI/SIGA. Observa-se a acentuada diferença nos preços praticados, quando se comparam os preços praticados na região produtora, no caso o Estado do Ceará, pelos preços praticados na região consumidora, o Estado de São Paulo. 6. CONCLUSÕES Como visto no decorrer do presente estudo, a importância do agronegócio do coco é notória para a economia brasileira, especialmente para o Nordeste, onde se concentram mais de 90,0% da produção do País. Ademais, com a limitação das importações impostas pelo GECEX, do Ministério da Indústria e Comércio, o setor produtivo nacional terá que se adequar à nova realidade, melhorando o sistema de produção atual para atender a demanda do setor agroindustrial brasileiro que é da ordem de t/ano, segundo informações do SINDCOCO. A importância do segmento exige a necessidade de revitalização do mesmo mediante a geração de inúmeros benefícios econômicos, sociais e ambientais, dentre os quais merece destaque: Geração de emprego e renda constitui um elevado multiplicador de empregos, especialmente nas regiões litorâneas e áreas metropolitanas, onde se localiza a maioria das unidades industriais e, nas atividades agrícolas primárias desenvolvidas na zona rural; Fixação do homem no campo a produção contínua dos coqueirais ao longo de todo o ano, o favorecimento da consorciação com culturas ou animais barateando os custos de implantação do pomar e conferindo outra alternativa de renda e a subsistência do produtor rural, tornam a cultura do coqueiro uma atividade fixadora do homem no campo; Arrecadação tributária o aumento da produção constatado ao longo dos anos, a aquisição de insumos agrícolas e maquinários na própria região contribuem sobremaneira para aumentar a receita do ICMS dos estados; 18

19 Geração de divisas as exportações ainda são incipientes, entretanto um promissor mercado internacional pode ser explorado diante do aumento da produção e da variedade de produtos que a cada dia incrementam a atividade; Desenvolvimento sustentável do semi-árido o cultivo do coqueiro está se expandindo para outras regiões do País, como o Norte, Centro-Oeste, partes do Sudeste e Sul, e até para regiões do semi-árido nordestino, através de projetos governamentais de fomento à agricultura e, principalmente, de projetos privados, sendo, portanto considerada uma alternativa para o desenvolvimento sustentável dessas regiões; Atividade agroindustrial uma infinidade de produtos industrializados oriundos do processamento fazem da agroindústria do coco uma atividade de retorno econômico garantido face à grande demanda pelos produtos finais e com boas perspectivas de preço e de mercado nacional e internacional para absorção desses produtos; Reciclagem de resíduos os resíduos gerados do processamento do coco seco e do coco verde são passíveis de aproveitamentos altamente rentáveis como a produção de fibras, substrato agrícola, compostagem orgânica, entre outros. Esse aproveitamento reduz consideravelmente o volume de resíduos sólidos a serem destinados a lixões e aterros sanitários. Além do mais, a fibra de coco tem a vantagem de ser ecologicamente correta, resistente, durável e perspirável, também é isenta de ácaros e fungos, é reciclável, biodegradável e tem vida útil, quando manufaturada, de até 90 anos; Disponibilidade tecnológica a cultura do coco brasileira tem recebido importante contribuição de instituições de pesquisa, especialmente a EMBRAPA-Tabuleiros Costeiros e Agroindústria tropical, através de pesquisas de novas tecnologias de produção, processamento, melhoramento genético, etc. Como se pode observar é extensa a listagem de benefícios advindos da exploração do coqueiro, justificando, pois, sua viabilidade técnica e econômica. Mesmo assim, a atividade se ressente da falta de recursos financeiros para enfrentar com mais agressividade as novas oportunidades de mercado. A demanda crescente de coco para consumo in natura e para a indústria, reivindica uma melhoria acentuada dos níveis de produção dos coqueirais, que atualmente é muito baixa, em média 30 frutos/planta/ano, independentemente da região ou do tamanho das propriedades em que são cultivados. Em razão disso, faz-se mister a adoção de medidas no sentido de firmar a cultura do coqueiro como uma atividade lucrativa, do ponto de vista da iniciativa privada e bastante positiva, em termos da economia como um todo, mediante o aumento da eficiência nos usos dos fatores de produção disponíveis, especialmente a terra e a mão-deobra, aumento da renda interna, arrecadações tributárias e geração de empregos diretos e indiretos. Tais medidas consistem principalmente na incorporação de tecnologias, como por exemplo: a difusão da prática da irrigação localizada; utilização de modernos insumos de produção, com especial destaque para a questão da fertilização; melhoramento genético 19

20 dos cultivares, onde se vislumbra o aumento da utilização de coqueiros híbridos, implicando no aumento de campos de produção de mudas; aprimoramento de equipamentos da indústria de extração de água-de-coco; aprimoramento das técnicas de conservação da água-de-coco. Ressalta-se que essas medidas para serem praticadas necessitam de um suporte financeiro que a maioria dos produtores e beneficiadores não têm, haja vista o cultivo do coqueiro ser efetuado, principalmente, em pequenas propriedades. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, F.A.P, Extrator de Água-de-Coco Verde Comunicado técnico 34. Fortaleza, CE: Embrapa Agroindústria Tropical. Fortaleza, IPLANCE, Oportunidades de Investimentos na Agroindústria do Coco no Ceará. Fortaleza, QUEIROZ, M.A de;goedert, C.O; RAMOS, S.R.R, Recursos Genéticos e Melhoramento de Plantas Para o Nordeste Brasileiro (on line), Petrolina, PE: Embrapa Semi-Árido. Brasília-DF, ROSA, M.F et alli, Processo Agroindustrial: Obtenção de Pó de Casca de Coco Verde. Comunicado Técnico 61. Fortaleza, CE: Embrapa Agroindústria Tropical. Fortaleza, ROSA, M.F; ABREU, F.A.P, Água-de-Coco Métodos de Conservação. Documento nº 37. Fortaleza, CE: Embrapa Agroindústria Tropical/SEBRAE-CE. Fortaleza, VIANA, F.M.P et alli, Podridão-Basal-Pós-Colheita do Coco Anão Verde no Estado do Ceará Comunicado Técnico 59. Fortaleza, CE: Embrapa Agroindústria Tropical. Fortaleza,

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