AS VANGUARDAS EUROPEIAS O SÉCULO XX. Pablo Picasso & Salvador Dali

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1 AS VANGUARDAS EUROPEIAS O SÉCULO XX Pablo Picasso & Salvador Dali

2 AS ORIGENS Ao se iniciarem os anos de 1900, a Europa apresentava duas situações antagônicas, mas complementares: euforia exagerada diante do progresso industrial e dos avanços técnico-científicos e as consequências desse avanço no processo burguês-industrial: uma disputa cada vez mais acirrada pelo domínio dos mercados fornecedores e consumidores, que resultaria na 1ª Guerra Mundial.

3 Assim, contrastando com o clima eufórico da burguesia, também vamos encontrar o pessimismo característico do fim de século, representado, por exemplo, pelo decadentismo simbolista. Essa contradição gera um clima propício para a efervescência artística, favorecendo o aparecimento de várias tendências preocupadas com uma nova interpretação da realidade.

4 A essa multiplicidade de tendências Futurismo Expressionismo Cubismo Dadaísmo Surrealismo -, convencionou-se chamar Vanguarda Europeia, responsável por uma verdadeira inundação de manifestos, escritos entre 1909 e 1924, ou seja, durante a guerra e nos anos imediatamente anteriores e posteriores.

5 Características do período 1. Belle Époque (Declínio); 2. Euforia burguesa pelo advento da Era da Máquina; 3. Culto ao progresso, à velocidade e aos confortos proporcionados pela tecnologia; 4. Surgimento do cinematógrafo, do automóvel e das máquinas voadoras.

6 CONTEXTO HISTÓRICO 1. I Grande Guerra Mundial ( ); 2. Ruína econômica dos países europeus; 3. Declínio dos valores e falência dos ideais; 4. Desilusão, desencanto, perplexidade; 5. Descrédito das antigas certezas científicas e religiosas.

7 INTELECTUALIDADE 1. Psicanálise (o inconsciente), de Sigmund Freud; 2. Intuicionismo (fonte do conhecimento), de Henry Bergson; 3. A morte de Deus e a filosofia de Friedrich Nietzsche ganham espaço; 4. A arte acompanha o colapso do mundo burguês e reflete a tensão do momento.

8 Sigmund Freud (Viena,1856 Londres, 1939), médico austríaco, judeu, e fundador da psicanálise.

9 Médico neurologista e fundador da psicanálise, Freud apresentou ao mundo o inconsciente e explorou a mente humana. Sigmund Freud ficou conhecido como um dos maiores pensadores do século XX e o pai de muitas das teorias psicanalistas aplicadas atualmente. Freud explorou a psique, desenvolveu uma teoria de personalidade, estudou histeria, neuroses e sonhos, entre tantos trabalhos.

10 O estudo do inconsciente FREUD O termo inconsciente foi primeiramente compreendido por Freud como um elemento psíquico que se encontra presente na consciência e pode se tornar ausente no momento seguinte, e novamente presente no outro, ou seja, muitas ideias permanecem presentes na mente, embora estejam latentes na consciência. No entanto, com o prosseguimento de seus estudos, Freud foi levado a considerar o sentido dinâmico do termo inconsciente, que diz respeito ao fato de que nosso psiquismo é movido por forças em conflitos.

11 O inconsciente dinâmico, tal como Freud o compreende corresponde a uma ação permanente, com conteúdos em conflito com a consciência, e responsável não só pelos sintomas, mas pelo próprio funcionamento do aparelho psíquico. Com a investigação sobre o funcionamento dos sonhos (A interpretação dos sonhos), Freud pode compreender de forma mais abrangente o funcionamento da mente e dos processos conscientes e inconscientes.

12 Francês, de origem irlandesa, pensador e literato, Henri Bergson ( ) foi um dos maiores expoentes da revolta contra as doutrinas materialistas e mecanicistas, que dominaram a cultura européia na segunda metade do século XIX.

13 O Intuicionismo, de Bergson, está intimamente ligado à noção de durée (duração), e o élan vital (a energia da vida). O conceito de "intuição", que opõe o conhecimento direto e imediato da realidade ao pensamento analítico e reflexivo, é bem antigo na história da filosofia no Ocidente. Segundo Bergson, enquanto o conhecimento, através de conceitos, apresenta a realidade como algo de estático e imutável, a apreensão pela intuição estabelece uma comunicação direta entre o "eu profundo" (que muda continuamente) e a interioridade dinâmica das coisas. As verdades humanas, portanto, não têm valores absolutos, mas relativos ao sujeito, ao tempo e ao espaço.

14 Friedrich Nietzsche ( ) nasceu na Alemanha, em uma família de pastores luteranos. Teve rigorosa formação religiosa, mas rompeu com o cristianismo em Foi um dos filósofos mais extraordinários do mundo moderno.

15 Nietzsche, em seu filosofar, não pode ser identificado como um filósofo portador de um discurso periculoso e trágico. Pelo contrário, essa suposta carga negativista e pessimista que se verifica nos seus escritos, ressoam, em quase todas as suas abordagens, como um manifesto de reivindicação e de superação da condição existencial humana. Em Assim falou Zaratustra, Nietzsche destaca a necessidade do anúncio do super-homem. Nele, Zaratustra, seu personagem principal, proclama a falência da civilização e a aurora de uma nova era. É o anúncio de que o homem deve superar a si mesmo, à sua potencialidade negada.

16 Procurando sacudir o velho homem, que vivia enclausurado no seu pessimismo e ilusão, o novo pretende ser substituto daquele. O superar típico do super-homem, entendido como ato de abertura para o nada ou para o sagrado, nada mais é do que a própria vontade de poder. O super-homem como superação implica a dimensão do divino, que, segundo Nietzsche, seria um ponto na vontade de poder. Sendo assim, o divino não é uma coisa separada do homem, tampouco uma realidade para fora de si e que tem poder de manipulação, mas o divino e o humano se encontram no ato contínuo e ininterrupto de superação do objeto conhecido e, por conseguinte, na consciência do nãopoder em relação ao não-objeto, isto é, ao nada.

17 Desta forma, é revertida a concepção metafísica do conhecer como esperança e a de Deus como causa última de segurança. Para Nietzsche, a segurança na raiz metafísica leva o homem a absorver convicção e segurança, levando-o a ver Deus como objeto último de sua esperança, donde provêm a sua fé e a sua verdade absoluta. Nessa linha, seria catastrófico para o homem, sedimentado em terreno metafísico, ouvir a proclamação da morte de Deus, pois ela acentua a natureza do medo e da dramaticidade existencial, visto que pensar na sua ausência assinalaria o declínio da esperança e o estabelecimento da incerteza.

18 O anúncio da morte de Deus, portanto, não se trata de propagar ideias anti-teístas. Não pretende ser a disseminação do ateísmo. Mas em erigir um novo conceito sobre o homem e sobre Deus. A morte de Deus, para Nietzsche, representa o fim e o declínio da formulação do Deus que a metafísica clássica ocidental construiu: o de ser absoluto e supremo. Quer dizer que a ideia do Deus do cristianismo deveria morrer na consciência do ser humano enquanto mantenedor do sistema tradicional de valores. Como resultado disso, alguém deveria ocupar o seu lugar o próprio homem.

19 Características Gerais Fundação da modernidade: novas linguagens e temáticas; Enfocam a euforia e o pessimismo; Crítica às convenções burguesas; Irracionalismo; Negação do academicismo; Negação das formas fixas; Defesa da interdependência das linguagens artísticas.

20 A origem do termo Vanguarda: do francês avant-garde, a palavra significa o que marcha na frente (termo militar). Artística ou politicamente, se chama de vanguardas aos grupos ou correntes que apresentam uma proposta e/ou uma prática inovadora. No campo das artes e das ideias, designa aqueles que estão à frente de seu tempo.

21 Ideologia estética das Vanguardas Os artistas das Vanguardas abandonaram o otimismo positivista do final do século XIX e deslocaram o sentido de sua produção para a negatividade, criticando a razão, a sociedade e o conceito iluminista de humanidade. Para o artista vanguardista produzir foi necessário destruir, abolir, deformar, desordenar, misturar, tornar os incompatíveis híbridos, não ser compreendido, ser ilógico, abrir mão da beleza, chocar, desintegrar, inverter, desequilibrar, superar.

22 Os artistas de vanguarda adotam uma posição antitética em relação à sociedade que vivenciaram. Os Manifestos de Vanguarda expressão tais afirmações: Porque a arte não pode ser senão violência, crueldade e injustiça. (Manifesto Futurista de 1909); Não existe mais a cadeia dos fatos (...) não existe mais história (...) das convenções. (Manifesto da Poesia Expressionista de 1918);

23 Que cada homem grite: há um grande trabalho destrutivo, negativo, a executar. Varrer, limpar. (Manifesto DADÁ de 1918); Ausência de todo controle exercido pela razão, fora de qualquer preocupação estética ou moral. (Manifesto do Surrealismo de 1924).

24 O CUBISMO Les demoiselles d`avignon, de Pablo Picasso.

25 Les demoiselles d`avignon, de Pablo Picasso, foi uma obra decisiva da pintura moderna. Por meio dessas figuras femininas, vistas de vários ângulos e remontadas em sofisticada composição, o pintor cubista rompeu com a visão renascentista (clássica) de seres e objetos, predominante há quatro séculos na pintura ocidental.

26 O CUBISMO O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''avignon, de Pablo Picasso. Nesta obra, influenciado pela arte primitiva e pelas máscaras africanas, o artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas.

27 O CUBISMO O termo cubismo surgiu a partir da exposição de Braque, em 1908 (Paris). Seus quadros apresentavam objetos que, observados de diversos ângulos, davam a impressão de cubos. O primeiro núcleo de pintores cubistas foi composto pelo encontro de Georges Braque e Pablo Picasso, imitados em seguida por Mondrian, Juan Gris, Picabia, Férnand Léger. O movimento conheceu seu declínio com o fim da Primeira Guerra Mundial (1918)

28 Pablo Picasso ( )

29 Obras de Picasso

30 A tragédia de Guernica chegou ao pintor, em maio de 1937, quando os jornais publicaram fotografias do bombardeamento da aldeia. Picasso sentiu-se profundamente tocado pelo derramamento de sangue do povo basco. Da tragédia, surgiu a inspiração para pintar a mais terrível e genial das suas obras.

31 Fechado no seu atelier de Paris, o artista criou 45 estudos preliminares, resultando num painel de 3,50 m x 7,82 m, pintado a óleo, nas cores preta, cinza e branca; ao qual chamou Guernica. Exposta pela primeira vez a 4 de junho de 1937, menos de dois meses após o bombardeamento, a obra era um tenaz registro daquele momento tétrico da história espanhola (Guerra Civil). O painel trazia uma carga emotiva que inquietava as pessoas, com imagens sombrias, rompendo com qualquer efusão lírica.

32 Georges Braque ( )

33 Obras de Braque

34 Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano.

35 O CUBISMO Na arte cubista, os objetos parecem estar abertos como se apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

36 O CUBISMO Ou seja, enquanto o Impressionismo procurava apreender a realidade tal como a vemos, através da percepção, o Cubismo tenta apresentar a realidade tal como ela é. Mas, paradoxalmente, o culto do objeto vai conduzir a destruição do real:

37 O CUBISMO a análise e a decomposição sistemática do objeto, desarticulando a forma e reduzindo-a a elementos puramente geométricos, no afã de captar a estrutura profunda das coisas, afastam a arte da verdadeira aparência. Portanto, do Cubismo ao Abstracionismo (a completa ausência de figurativismo), o passo é breve.

38 Enfim, os pintores cubistas opõem-se à objetividade e à linearidade da arte renascentista e da realista. Buscam novas experiências com a perspectiva, procuram decompor e recompor os objetos representados em diferentes planos geométricos e ângulos retos, com espaços múltiplos e descontínuos, que se interceptam e se sucedem, de tal forma que o espectador, com o seu olhar, possa remontá-los e ter uma visão do todo, de face e de perfil, como se estivesse dado uma volta em torno deles.

39 A técnica da colagem Outra técnica introduzida pelos cubistas é a COLAGEM, que consiste em montar a obra a partir de diferentes materiais, como figuras, jornais, madeira, tecidos, etc. Na LITERATURA, essas técnicas da pintura correspondem à fragmentação da realidade, à superposição e simultaneidade de planos por exemplo, reunir assuntos aparentemente sem nexo, misturar assuntos, espaços e tempos diferentes.

40 Características cubistas na literatura: o ilogismo, humor, antiintelectualismo, instantaneísmo, simultaneidade, linguagem predominantemente nominal. Quadro Jeune fille endormie, que retrata Marie Thérèse Walter, jovem amante do pintor espanhol Pablo Picasso.

41 Cidade, Oswald de Andrade Foguetes pipocam o céu quando em quando Há uma moça magra que entrou no cinema Vestida pela última fita Conversas no jardim onde crescem bancos Sapos Olha A iluminação é de hulha branca Mamães estão chamando A orquestra rabecoa na mata

42 Apollinaire e seus caligramas O Cubismo literário, a exemplo da pintura, teve como alvo decompor a realidade para estabelecer composições livres no espaço da página. Apollinaire, com seus caligramas, criou um amplo espectro de disposições gráficas para seus versos. As experiências visuais do poeta Guillaume Apollinaire (amigo íntimo de Picasso), que explorou a disposição espacial e gráfica do poema técnica que, nas décadas de , influenciaria o surgimento do Concretismo no Brasil.

43 La colombe poignardée et le jet d`eau, de Guillaume Apollinaire A pomba apunhalada e o jato d`água CALIGRAMA = Texto que dispõe tipograficamente as suas palavras de forma a obter uma sugestão figurativa semelhante ao tema tratado.

44

45 Tradução do poema de Apollinaire por Patrícia Galvão (Pagu) Doces figuras apunhaladas Caros lábios em flor Mia Mareye Yette Lorie Annie e você Marie onde estão - vocês ó meninas Mas junto a um jacto de água que chora e que suplica esta pomba se extasia Todas as recordações de outrora? Onde estão Raynal Billy Dalize Os meus amigos foram para a guerra Os seus nomes se melancolizam Esguicham para o firmamento

46 - Como os passos numa igreja E os seus olhares na água parada Onde está Crémnitz que se alistou Morrem melancolicamente Pode ser que já estejam mortos Onde estão Braque e Max Jacob Minha alma está cheia de lembranças Derain de olhos cinzentos como a aurora O jacto de água chora sobre a minha pena Os que partiram para a guerra ao norte se batem agora A noite cai o sangrento mar Jardins onde sangra abundantemente o louro rosa flor guerreira.

47 Na Literatura Modernista Brasileira Entre os modernistas brasileiros da década de 1920 = Influências Cubistas em Oswald de Andrade (fragmentação da realidade + predominância de substantivos + flashes cinematográficos): Hípica Saltos records/cavalos da Penha/Correm jóqueis de Higienópolis/Os magnatas/as meninas/e a orquestra toca/chá/na sala de cocktails.

48 O Cubismo na pintura Modernista do Brasil No Brasil, o Cubismo manifestou-se, timidamente, nas pinturas de Anita Malfatti que recebeu duras críticas do escritor Monteiro Lobato. No entanto, Malfatti impôs seu estilo (cubista e expressionista) com várias obras.

49 Outra artista que utilizou o estilo cubista em algumas de suas obras foi a artista Tarsila do Amaral, que, com sua obra, revolucionou a arte no Brasil. Outro artista brasileiro que utilizou a estética cubista foi Di Cavalcanti, claramente influenciado por Picasso.

50 O FUTURISMO Dinamismo de um cão na coleira, de Giacomo Balla

51 O Futurismo foi um movimento artístico e literário iniciado oficialmente em 1909 com a publicação, no jornal francês Le Figaro, do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Tommasio Marinetti ( ), que surpreende os meios culturais europeus pelo caráter violento e radical de suas propostas. Muito mais do que por obras, o movimento futurista difunde-se por meio de manifestos (mais de 30) e conferências, tendo sempre à frente a figura de seu líder, Marinetti.

52 O FUTURISMO rejeita o moralismo e o passado, exalta a violência e propõe um novo tipo de beleza, baseado na velocidade. O apego do futurismo ao novo é tão grande que chega a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Agressivo e extravagante, encara a guerra como forma de higienizar o mundo. A palavra chave desse movimento é dinamismo e sua principal contribuição foi a ideia de reunir visualmente: som, luz e movimento.

53 Aspectos relevantes do Futurismo: Total identificação entre o movimento e seu líder: Futurismo = Marinetti; A adesão de Marinetti ao fascismo de Mussolini (1919), dadas as evidentes afinidades ideológicas entre eles; A celebração da técnica e da velocidade. Glorifica-se a audácia, o amor ao perigo, a energia, a guerra, a tecnologia, o automóvel, e todo o dinamismo da vida moderna;

54 O desprezo pelo passado; a valorização, na arte, do imprevisto e da revolta; Elogio do caráter higiênico das guerras ; Elementos artísticos sugestivos de velocidade e mecanização da vida moderna.

55 Manifesto futurista 1909 MARINETTI

56 1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade. 2. Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta. 3. Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade.

57 4. Não há mais beleza senão na luta. Nada de obra-prima sem um caráter agressivo. 5. Nós queremos glorificar a guerra única higiene do mundo o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos anarquistas, as belas ideias que matam, e o menosprezo à mulher. 6. Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.

58 Manifesto Técnico da Literatura Futurista (1912) Projeto estético renovador; Linguagem jovem e contestadora das convenções; Revolução na linguagem (literária); Maior importância do movimento.

59 1. A destruição da sintaxe e a disposição das palavras em liberdade ; 2. O emprego de verbos no infinitivo, com vistas à substantivação da linguagem; 3. A abolição dos adjetivos e dos advérbios; 4. O emprego do substantivo duplo (praça-funil, mulher-golfo) em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo; 5. A abolição da pontuação, que seria substituída por sinais de matemática (+, -, :, =, >, <) e pelos sinais musicais; 6. A destruição do eu psicologizante.

60 A importância do Futurismo O movimento futurista impulsionou decisivamente toda a arte de vanguarda, tanto a europeia como a não-europeia. No Brasil, ele foi o principal estímulo artístico e intelectual dos jovens renovadores de São Paulo (SAM), a tal ponto que os mesmos eram conhecidos durante os primeiros anos da década de 1920 mais como futuristas do que como modernistas.

61 Assim, a palavra Futurismo passou a designar qualquer postura inovadora na arte, levando Oswald de Andrade a saudar, em 1921, o jovem poeta Mário de Andrade como um artigo intitulado O meu poeta futurista. Temendo uma identificação com o fascismo, Mário vem a público negar, mais do que o movimento futurista, a figura de seu líder. No prefácio ( o Prefácio Interessantíssimo) de Paulicéia desvairada, afirma:

62 Não sou futurista (de Marinetti). Disse e repitoo. Tenho pontos de contacto com o futurismo. Oswald de Andrade, chamando-me de futurista, errou. A culpa é minha. Sabia da existência do artigo e deixei que saísse. Tal foi o escândalo, que desejei a morte do mundo. Era vaidoso. Quis sair da obscuridade. Hoje tenho orgulho. Não me pesaria reentrar na obscuridade. Pensei que se discutiram minhas idéias (que nem são minhas): discutiram minhas intenções. Já agora não me calo. (...)

63 Em Portugal, notadamente entre 1910 e 1920, houve uma maior identidade entre os modernistas de primeira hora e o Futurismo. Já nos primeiros números da revista Orpheu (1915) encontramos textos futuristas de Fernando Pessoa e de Mário de Sá Carneiro.

64 Ode triunfal = texto futurista de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.

65 À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! (...)

66 (...) A maravilhosa beleza das corrupções políticas, Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos, Agressões políticas nas ruas, E de vez em quando o cometa dum regicídio Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana! Notícias desmentidas dos jornais, Artigos políticos insinceramente sinceros, (...)

67 (...) Ah, e a gente ordinária e suja, que parece sempre a mesma, Que emprega palavrões como palavras usuais, Cujos filhos roubam às portas das mercearias E cujas filhas aos oito anos - e eu acho isto belo e amo-o! - Masturbam homens de aspecto decente nos vãos de escada. A gentalha que anda pelos andaimes e que vai para casa Por vielas quase irreais de estreiteza e podridão.

68 Maravilhosamente gente humana que vive como os cães Que está abaixo de todos os sistemas morais, Para quem nenhuma religião foi feita, Nenhuma arte criada, Nenhuma política destinada para eles! Como eu vos amo a todos, porque sois assim, Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus, Inatingíveis por todos os progressos, Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida!

69 (Na nora do quintal da minha casa O burro anda à roda, anda à roda, E o mistério do mundo é do tamanho disto. Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente. A luz do sol abafa o silêncio das esferas E havemos todos de morrer, Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo, Pinheirais onde a minha infância era outra coisa Do que eu sou hoje...)

70 Ode ao burguês, poema futurista de Mário de Andrade Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, O burguês-burguês! A digestão bem-feita de São Paulo! O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!] (...) Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! (...) Fora! Fu! Fora o bom burguês!... (...)

71 O EXPRESSIONISMO O GRITO (1893), de EDVARD MUNCH

72 O grito, de Munch, expressa o desespero da figura humana em cima da ponte. Que ser grita? O grito é de angústia? As formas sinuosas do céu e da água e a forte diagonal da ponte, conduzem o olhar do expectador diretamente para a boca que se abre num grito. Parece expressar uma terrível solidão existencial. Duas figuras estão vindo em sua direção. Serão elas os motivos do grito? Serão elas a morte ou a salvação?

73 O MOVIMENTO EXPRESSIONISTA O movimento expressionista surgiu em 1910, na Alemanha, trazendo uma forte herança dos princípios estéticos do final do século XIX, preocupado com as manifestações do mundo interior e com uma forma de expressá-las. Daí a importância da expressão, ou seja, da materialização, numa tela ou numa folha de papel, de imagens nascidas em nosso mundo interior, pouco importando os conceitos então vigentes de belo e feio.

74 Um dos principais objetivos dos expressionistas era combater, ou superar, o Impressionismo, tendência da qual provinham. O Impressionismo valorizava a impressão, isto é, trata-se de uma arte sensorial e subjetiva quanto ao modo de captação da realidade. Na relação entre o artista impressionista e a realidade, o movimento de criação vai do mundo exterior para o mundo interior.

75 Já no Expressionismo ocorre o oposto: o movimento de criação parte da subjetividade do artista, do seu mundo interior, em direção ao mundo exterior. Assim, para o artista expressionista, a obra de arte é reflexo direto de seu mundo interior e toda a atenção é dada à expressão, isto é, ao modo como forma e conteúdo livremente se unem para dar vazão às sensações do artista no momento da criação.

76 ENFIM, o Expressionismo foi uma corrente artística que, pela deformação ou exagero das figuras, buscava a expressão dos sentimentos e emoções do autor. O artista expressionista buscava a experiência emocional. Preocupando-se mais com as emoções do observador do que com a realidade externa.

77 Os autênticos precursores do Expressionismo vanguardista apareceram no final do século XIX e começo do século XX. Entre eles, destacam-se: Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Edvard Munch. O principal pintor expressionista é o norueguês Edvard Munch, autor de quadros intensamente dramáticos.

78 Vincent Van Gogh ( )

79 Paul Gauguin ( )

80 EDVARD MUNCH

81 O Expressionismo e a 1ª Guerra Mundial Durante e depois da 1ª Guerra Mundial, o Expressionismo assumiu um caráter mais social e combativo, denunciando os horrores da guerra, as condições de vida desumanas das populações carentes, etc. Possui um sentimento de fraternidade universal e desprezo pela civilização materialista, industrial e mecanizada.

82 Fundamentos do Expressionismo 1. A arte não é imitação, mas criação subjetiva, livre. 2. A arte é expressão dos sentimentos; 3. A realidade que circunda o artista é horrível e, por isso, ele a deforma ou a elimina, criando arte abstrata; 4. A razão é objeto de descrédito; 5. A arte é criada sem obstáculos convencionais, o que representa um repúdio à repressão social.

83 Fundamentos do Expressionismo A intimidade e a vivência da dor derivam do sentido trágico da vida e causam uma deformação significativa e torturada. A arte se desvincula do conceito de belo e feio e torna-se uma forma de contestação.

84 A Arte Expressionista Das artes plásticas, especialmente da pintura, a estética expressionista passou também a ser utilizada pela literatura, cinema, dança, música, teatro. Destacam-se os artistas: na pintura, Kandinski, Chagall, além de Van Gogh, Cézanne, Gauguin e Munch; na literatura: August Stramm, Herman Hesse, Thomas Man; no teatro, Kayser e Brecht; na música, Schoemberg; no cinema, Wiene.

85 O Expressionismo na LITERATURA Combinações rítmicas, cortes surpreendentes, jogo de imagens ousadas, sublimação do patético e exaltação das paixões; Liberdade léxica (vocabulário), sintática (funções e relações das palavras e frases) e semântica (significado da palavra); Linguagem fragmentada, elíptica (oculta), construída por frases nominais (basicamente aglomerado de substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito; Roptura com elementos poéticos.

86 O Expressionismo no Brasil No Brasil, o Expressionismo marcou uma forte influência no teatro de Oswald de Andrade e de Nélson Rodrigues; na pintura: Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, Lasar Segall, Anita Malfatti e na poesia de Augusto dos Anjos.

87 A boba, de Anita Malfatti

88 Série Retirantes, de Portinari

89 Guerra, de Lasar Segall

90 Mulata com gato, de Di Cavalcanti

91 O DADAÍSMO

92 O DADAÍSMO Em 1916, em plena guerra, um grupo de refugiados em Zurique, na Suíça, inicia o mais radical movimento da vanguarda européia: o Dadaísmo. O termo dadá foi escolhido ao acaso, abrindo-se o dicionário Larousse, no cabaré Voltaire (ponto de encontro do grupo dadaísta), de Zurique, por Tristan Tzara e outros artistas revoltados contra os horrores da guerra.

93 Caracterizou-se por um cunho fortemente anárquico, expressando a rebelião da geração jovem contra os poderosos círculos internacionais e a burguesia acomodada. Foi um movimento antiarte por excelência, pois, através de arruaças, exposições extravagantes, agitações anárquicas, banquetes excêntricos e tumultuados, os dadaístas gritavam a sua trágica revolta, ridicularizando tradições e valores institucionalizados.

94 A única norma estética era a lei do acaso, apregoando a poesia e a pintura automáticas: faziam poemas remexendo alguns recortes de jornais no fundo de um chapéu; misturavam tintas sem nenhum critério; convidavam os visitantes de suas exposições a quebrarem os quadros à vontade, pois achavam que não tinham valor algum; choravam em casamentos; davam risadas durante os enterros; enfim pregavam e praticavam o mais absoluto inconformismo.

95 Quanto às obras artísticas, é pequena a produção do Dadaísmo suíço. Mas o movimento se espalhou para o mundo, sendo cultivado especialmente em Nova Iorque. Max Ernst utiliza montagens e colagens em suas obras e Marcel Duchamp desenvolve a técnica do ready-made, com a qual é satirizado o mito mercantilista da civilização capitalista. A técnica do ready-made consiste em extrair um objeto do seu uso cotidiano e, sem nenhuma ou com pequenas alterações, atribuir-lhe um valor.

96 Os ready-mades de Duchamp

97 O Dadaísmo na Literatura Na literatura, o Dadaísmo caracteriza-se pela agressividade, pela improvisação, pela desordem, pela rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio, pela livre associação de palavras (a escrita automática = mais tarde aproveitada pelo Surrealismo) e pela invenção de palavras com base na exploração apenas do seu significante.

98 Canção dadá, de Tristan Tzara a canção de um dadaísta que tinha dadá no coração cansava demasiado seu motor que tinha dadá no coração o ascensor (elevador) levava um rei pesado frágil e autônomo cortou seu grande braço direito o enviou ao papa em roma

99 Manifesto dadá (1918), de Tristan Tzara Eu escrevo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípio contra os manifestos, como sou também contra os princípios. Que cada homem grite: há um grande trabalho destrutivo, negativo, a executar. Varrer, limpar. A propriedade do indivíduo se firma após o estado de loucura, de loucura agressiva, completa, de um mundo abandonado entre as mãos dos bandidos que rasgam e destroem os séculos.

100 André Breton X Tristan Tzara

101 A participação de André Breton O importante poeta francês André Breton adere ao movimento dadaísta, mas logo acaba negando-o por achar que não levava a nada. Breton não concordava com a idéia de Tzara em manter a linha original do movimento. Como a guerra terminara já havia alguns anos, era hora de reconstruir o que fora demolido: a Europa e a arte. Breton, então, abandona o grupo dadaísta e, em 1921, deu origem ao Surrealismo, uma das mais importantes correntes artísticas do século XX.

102 O SURREALISMO A metamorfose de Narciso, de Salvador Dali

103 O Surrealismo foi um movimento artístico e literário que surge na França nos anos de 1920, reunindo artistas anteriormente ligados ao dadá. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Defende que a arte deve libertar-se das exigências da lógica e expressar o inconsciente e os sonhos, livre do controle da razão e de preocupações estéticas ou morais. Rejeita os valores burgueses, como a pátria e a família. O principal teórico e líder do movimento é o poeta, escritor, crítico e psiquiatra francês André Breton, que em 1924 publica o primeiro Manifesto Surrealista.

104 Contra o niilismo pessimista do movimento Dadá, Breton, psiquiatra praticante na 1ª Guerra Mundial, encontrou nas teorias de Freud meios mais positivos para revolucionar a arte. Chamou de Surrealismo ao novo movimento que tinha como propósito fundamental anular as barreiras entre o sonho e a realidade. Para isso, usou a técnica do automatismo psíquico, pela qual o pensamento se liberta do controle exercido pela razão e pelos condicionamentos sociais, morais e estéticos.

105 A finalidade do movimento surrealista era colocar o surreal fora do seu esconderijo, realizando a fusão da realidade com o sonho. Daí a exaltação do maravilhoso que reside no estado onírico, na alucinação, no acaso, na psicopatologia. Os principais artistas surrealistas foram: na poesia, Paul Éluard; na pitura, De Chirico e Salvador Dalí; no teatro, Antonin Artaud; no cinema, Luís Buñuel e Rossellini.

106 Entendendo o Surrealismo Entender o Surrealismo é notar que este movimento ocorreu no período entre as duas guerras. Ele se constitui também como herdeiro e propagador dos movimentos artísticos anteriores. É sob esses dois aspectos que devemos considerar o surrealismo para situá-lo no debate com a psicanálise. Abordá-los é identificar que tanto a psicanálise quanto o surrealismo compartilharam de um momento histórico de efervescência cultural e intelectual na França.

107 O Surrealismo e a Psicanálise A psicanálise forneceu para os surrealistas um contexto e um vocabulário capaz de lançá-los em suas pesquisas e questionamentos sobre o automatismo psíquico. Os surrealistas, a partir dos escritos de Freud, puderam obter uma base sólida para defender seus pensamentos, expondo seus métodos de acesso ao inconsciente. Breton e muitos surrealistas, interessados no maior conhecimento do homem, recorreram aos trabalhos de Freud. Apesar das divergências teóricas iniciais, a experiência surrealista da linguagem permite, a partir também das teorias lacanianas, uma melhor compreensão dos conceitos psicanalíticos.

108 Linhas de atuação do Surrealismo Duas são as linhas de atuação do Surrealismo em seu início: as experiências criadoras automáticas e o imaginário extraído do sonho. Freud, na psicanálise, e Bergson, na filosofia, já haviam destacado a importância do mundo interior do ser humano, das zonas desconhecidas ou pouco conhecidas da mente humana.

109 A partir das influências criadoras do automatismo, os surrealistas encaravam o inconsciente, o subconsciente e a intuição como fontes inesgotáveis e superiores de conhecimento do homem, colocando em segundo plano o pensamento sensível, racional e consciente. O automatismo artístico consiste em extravasar os impulsos criadores do subconsciente, sem nenhum controle da razão ou do pensamento, ou seja, pôr na tela ou no papel os desejos interiores profundos, sem se importar com coerência, adequação, etc.

110 A outra linha de atuação surrealista, a onírica, busca a transposição do universo dos sonhos para o plano artístico. O sonho, na concepção de Freud, é a manifestação das zonas ocultas da mente, o inconsciente e o subconsciente. Os surrealistas pretendiam criar uma arte livre da razão, uma arte produzida num estado de consciência em que o artista estaria sonhando acordado.

111 Nessas duas linhas de pesquisa e trabalho são freqüentes: o ilogismo; o devaneio; o delírio; o sonho; a loucura; a hipnose; o estado de transe; o humor negro; as imagens surpreendentes e extravagantes; o impacto do inusitado; a livre expressão dos impulsos sexuais.

112 O Surrealismo e o Comunismo A rejeição do Surrealismo ao mundo burguês, racional, mercantil e moralista levaria alguns membros do grupo a ter ligações com o Comunismo. Para alcançar o objetivo maior do movimento amor, liberdade e poesia -, eles acreditavam ser necessária uma transformação radical da sociedade, por meio da qual se pusesse fim ao modo de produção capitalista e à estrutura de classes sociais.

113 A adesão desses membros, particularmente de André Breton, às ideias socialistas (comunistas) provoca no movimento uma cisão interna, que se agrava com a 2ª Guerra Mundial ( ) e colabora para a desarticulação do grupo.

114 O Surrealismo e a contemporaneidade Embora o Surrealismo tenha oficialmente desaparecido com a 2ª Guerra Mundial, resquícios do movimento ou tentativas de recuperá-lo são vistos até os dias de hoje, em diferentes linguagens artísticas, o que comprova sua força criadora e a contemporaneidade de suas propostas.

115 O SURREALISMO NO BRASIL No Brasil, vários escritores foram influenciados pelas ideias surrealistas, tais como Mário e Oswald de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Millôr Fernandes, etc. Na pintura, Tarsila do Amaral, nos anos de 1920, revela a marca surrealista, na medida em que a proposta artística dos modernistas era um mergulho no imaginário para, de um lado, reencontrar a espontaneidade dos instintos e, de outro, matar a cultura dominante e retirar de suas entranhas a matéria prima brasileira.

116 Urutu & Abaporu, de Tarsila do Amaral

117 Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha.

118 SALVADOR DALÍ ( ) Dalí liga-se aos surrealistas em 1929, porém, em 1922 já havia lido A Interpretação dos Sonhos de Freud, e pelo menos desde 1926, a sua pintura incorpora materiais oníricos e inconscientes. O pintor foi o mais extravagante dos surrealistas e os temas recorrentes em suas obras são: o sexo (e todas as atribulações: angústias, medos, obsessão pela morte, frustrações, traumas), a memória (sua permanência ou dissipação), o sono e o sonho.

119 O método paranóico-crítico de Dalí Dalí enquanto teórico e escritor se propõe objetivar e sistematizar o seu delírio. O artista dará o nome de paranóico-crítico a esse método e o desenvolverá em numerosos textos produzidos ao longo dos anos trinta. O método paranóico-crítico é definido por Dalí como um meio espontâneo de conhecimento irracional baseado na associação crítico-interpretativa de fenômenos delirantes. Concebe a paranóia como exaltação dele próprio, ou seja, como uma via por meio do qual sistematizaria e se apropriaria de suas obsessões para organizá-las como material artístico.

120 Estabelecer parâmetros e encontrar referências sobre o método de Dalí é uma atividade árdua e sem precisão. Dalí em seus escritos é como em suas obras, não possui a preocupação com o rigor da racionalidade. O importante é a possibilidade de transformação e de incorporar temas oníricos do inconsciente em seus trabalhos. Apesar de seus textos, para nós leitores, apresentarem a impressão de um devaneio para Dalí não o era. O seu método, assim como Gala, segundo Dalí, era uma atividade capaz de fazer de seus delírios uma força criadora. É por amor a Gala que Dalí investe em seu método e faz dele seu motor de criação. As produções de Dalí não se davam por acaso, suas obras únicas advinham de um exercício e de um controle de seus delírios por meio do seu método.

121 Agora, eu conheço muito bem o lugar das coisas. Sei onde começa o delírio, onde ele termina. Sei, em minhas pesquisas, intuições ou invenções, aquilo que pode um dia ser justificado pela razão e aquilo que talvez nunca o seja. Antes, eu confundia realmente delírio e realidade. Minha função da realidade estava alterada. Minha estrutura fundamental é ainda assim a de um grande paranóico. Mas devo ser o único de minha espécie a ter dominado e transformado em força criadora, em glória e alegria uma doença do espírito tão séria. E isso consegui por amor e por inteligência. Encontrei Gala. Por amor, ela soube obrigar minha inteligência ao exercício impiedoso da crítica. Por amor, aceitei fazer de uma parte da minha personalidade um aparelho auto-analisador, e assim pude transformar a torrente dionisíaca em realizações apolíneas, que quero cada vez mais perfeitas. Meu método, que chamei de paranóia crítica, é a conquista constante do irracional.

122 Paranoic Visage (1935)

123 No quadro Paranoic Visage, de Dalí, podemos verificar na posição horizontal um grupo de pessoas em frente a uma cabana, mas se invertemos a imagem e olharmos na vertical podemos constatar a presença de um rosto. Esse rosto seria o que Dalí menciona como rosto paranóico que surge apenas por meio do exercício da visão. Nota-se que a proposta de Dalí ao criar imagens que produzem duplo sentido, dependendo apenas do olhar do observador, é uma característica presente no discurso paranóico. O paranóico inverte os fatos de acordo com as sua perspectiva.

124 Galatea de las esferas (1952)

125 A persistência da memória

126 Gala, mulher, musa, amante de Dalí

127 Criança geopoliticus observando o nascimento do homem novo (1943)

128 O sono

129 Sonho causado pelo vôo de uma abelha em torno de uma romã, um segundo antes do despertar.

130 GIORGIO DE CHIRICO ( )

131 Federico García Lorca nasceu na província de Granada, na Espanha, em 5 de junho de E foi assassinado em 1936 na mesma cidade. Foi poeta, dramaturgo e vítima da Guerra Civil Espanhola, devido aos seus alinhamentos políticos com a República e por ser homossexual.

132 Nascido na região da Andaluzia, García Lorca ingressou na faculdade de Direito de Granada em Cinco anos depois transferiu-se para Madrid onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dalí. Nessa época publicou seus primeiros poemas.

133 O poeta pede a seu amor que lhe escreva Amor de minhas entranhas, morte viva, em vão espero tua palavra escrita e penso, com a flor que se murcha, que se vivo sem mim quero perder-te. O ar é imortal. A pedra inerte nem conhece a sombra nem a evita. Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte.

134 Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias, tigre e pomba, sobre tua cintura em duelo de mordiscos e açucenas. Enche, pois, de palavras minha loucura ou deixa-me viver em minha serena noite da alma para sempre escura.

135 Com o fim da Ditadura, e a volta do país à democracia, finalmente sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes. Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.

136 BODAS DE SANGUE

137 Quero dormir o sono das maçãs/afastar-me do tumulto dos cemitérios. Quero dormir o sono daquele menino que queria cortar o coração em alto-mar. Não quero que me repitam que os mortos não perdem o sangue; que a boca podre continua pedindo água.

138 Dono de uma complexa personalidade, Luis Buñuel ( ) foi um dos grandes cineastras do século XX. De Um Cão Andaluz (1928), precursor do Surrealismo, feito em parceria com Dalí, ao premiado A bela da tarde (1967), Buñuel deixou sua marca e afirmou seu talento e genialidade.

139 Filmes de Buñuel

140 Relações entre Dali, Lorca e Buñuel

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