Procedimento Tribunal do Júri (Arts. 406 a 497 do CPP)

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1 Procedimento Tribunal do Júri (Arts. 406 a 497 do CPP) FUCAMP 8º Período Prof. Adriano Loes 1. Competência do Tribunal do Júri: Crimes dolosos contra a vida, ou crimes comuns, desde que conexos com algum crime doloso contra a vida. Art. 5, XXXVIII Princípios: o a) a plenitude de defesa; *Além dos técnicos, usar argumentos metajurídicos *Defesa técnica e autodefesa o b) o sigilo das votações; *Sigilo do ambiente uma sala especial ou secreta, sob pena de nulidade absoluta. (art. 485, CPP) *Se o réu advoga em causa própria, ele terá acesso à sala secreta. O advogado do assistente de acusação (sucessor da vítima) também tem trânsito livre, mas o assistente não. *Incomunicabilidade dos jurados. *Votos - cédula opaca, que não o identifica. Até 2008, indiretamente, o sigilo era quebrado pela unanimidade da votação. o c) a soberania dos veredictos; Exceções: *Apelação da sentença emanada do Júri: se os jurados julgarem de forma manifestamente contrária à prova dos autos. Este fundamento só poderá ser invocado uma única vez * Ação de revisão criminal art. 621, CPP Tribunal realiza o juízo rescindente e rescisório. o d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; Esse núcleo mínimo é consolidado como cláusula pétrea. OBS1: nada impede que o legislador ordinário amplie a competência do Júri OBS2: vis atrativa - o Júri também vai julgar as infrações comuns, eventualmente conexas ao crime doloso contra a vida. ADVERTÊNCIA: vale lembrar que, havendo conexão com crime militar ou eleitoral, impõe-se a separação obrigatória de processos. OBS3: infrações de menor potencial ofensivo. Art. 60, parágrafo único, da lei 9.099/95 aduz que havendo conexão entre infração de menor potencial ofensivo e crime doloso contra a vida, a primeira será levada a Júri, respeitando-se os institutos benéficos como composição civil e transação penal.

2 OBS4: Situações em que há morte, mas a competência do Júri não se estabelece. Latrocínio: crime contra o patrimônio (art. 157, 3º CP c/c Súmula 603 STF). Lesão corporal seguida de morte, que é crime contra a pessoa (art. 129, 3º CP). Estupro seguido de morte, que é crime contra a dignidade sexual. (art. 213 c/c 225 CP). Genocídio (lei 2889/56): Segundo STF e STJ, o genocídio, em regra, não vai ao júri, por se tratar de crime contra a humanidade. Uma parcela significativa da doutrina entende que se a conduta genocida ocasionar a morte, estaremos diante de concurso formal impróprio entre genocídio e homicídio, de forma que pela vis atrativa, o genocídio seria levado a Júri. Art. 78, I c/c art. 77 CPP. Ato infracional será julgado de acordo com o procedimento pertinente na vara da infância e da juventude. (art. 103 do ECA). Foro por prerrogativa de função previsto na CF. Segundo o STF, na súmula 721, as autoridades com foro por prerrogativa na CF não vão a Júri. O mesmo não ocorre quando a prerrogativa é prevista apenas na Constituição Estadual defensor, secretario. Com vigência da Lei /08: o procedimento do Tribunal do Júri foi COMPLETAMENTE ALTERADO. Atualmente o rito do Tribunal do Júri possui disciplina completamente autônoma do rito ordinário Procedimento bifásico (escalonado): o Juízo de acusação (sumário da culpa) o Juízo da causa 1.1. Juízo de acusação (arts. 406 a 421, do CPP) Obs.: Será presidida de acordo com a Lei de Organização Judiciária e não necessariamente tramita na vara do júri. Ex. vara da infância e da juventude no caso de criança ou adolescente vítima. Após a pronúncia os autos são remetidos a Vara especializada do Júri Oferecimento da denúncia ou queixa-crime subsidiária (art. 29, CPP) e demais atos: o Inicial: Art. 41, do CPP o 8 testemunhas por fato delitivo: 406, 2º, do CPP o Rejeição liminar da inicial acusatória (hipóteses do art. 395, CPP) Rejeição da inicial caberá RESE (art. 581, I CPP) o Citação do acusado (arts. 361 e 363, 1º, do CPP) Pessoal, edital ou hora certa. o Resposta à acusação no prazo de 10 dias (art. 406, do CPP) 1 Ausência de resposta, Juiz nomeia defensor dativo (art. 408, CPP) Apenas na citação pessoal. Citado por edital, não comparecer, suspende-se o processo e a prescrição (art. 366, do CPP) Alegar todas matérias, provas, rol de testemunhas, intimação destas (art. 406, 3º) o Após resposta, Juiz notifica MP réplica (art. 409, do CPP) o Autos conclusos para o juiz saneamento. Juiz em 10 dias designa data para audiência (art. 410, do CPP) Da Audiência de Instrução e Julgamento (art. 411, do CPP) o Oitiva do ofendido, se for o caso o Oitiva testemunhas (acusação e defesa) o Esclarecimento dos peritos (prévio requerimento: art. 411, 1º, CPP) 1 Redação similar aos art. 396 e 396-A, CPP, do procedimento comum ordinário.

3 o Acareações e reconhecimento de pessoas e coisas o Interrogatório do acusado o Mutatio Libelli? (art. 411, 3º, do CPP) o Debates Orais (art. 411, 4º a 6º): distribuição temporal e organização são idênticas ao comum. STJ admite a substituição por memoriais (Art. 403, 3º c/c 404, CPP). Obs.: No Júri não há previsão de requerimento pelas partes de diligências complementares. Poderá o Juiz proceder de ofício, na forma do art. 156, CPP. o Autos conclusos ao juiz para proferir decisão no prazo de 10 dias se ele não se sentir a vontade de julgar na própria audiência ou quando os debates orais forem substituídos por memoriais (art. 411, 9º, CPP) CPP alberga ao Juiz quatro decisões possíveis: Da decisão de PRONÚNCIA o Decisão interlocutória mista não terminativa Decisão interlocutória (integra a estrutura do processo e possui conteúdo decisório. Não julga o mérito) Mista (conclui uma etapa procedimental) Não terminativa (não encerra o processo) o Indícios de autoria + prova da materialidade o Conteúdo Positivo: Convencimento quanto à materialidade (juízo de certeza) Verossimilhança quanto à autoria (juízo de probabilidade) Qualificadoras: Pode afastar qualificadora quando tiver certeza do seu descabimento. Não basta apontar a qualificadora. É necessário dizer qual seria. Causas de aumento de pena: somente aquelas da parte especial. Tipos penais por extensão (envolvem a tipicidade) o Omissão penalmente relevante (art. 13, 2º CP dever de agir). o Tese da tentativa (art. 14, II CP). o Concurso de pessoas Negativo: Causas de diminuição de pena Agravantes Atenuantes A tese quanto à eventual concurso de crimes A inclusão de circunstâncias agravantes é ônus do MP quando dos debates orais em plenário. o Fundamentação: juiz deve se atentar à Eloquência Acusatória (não antecipar o juízo de mérito) Não basta desentranhar. Juiz deve proferir nova decisão. Jurados receberão cópia (art. 472, CPP) o Crimes conexos: A pronúncia de um importa por arrastamento na pronúncia dos conexos Juiz se limitará a os declarar levados ao júri, lastro probatório mínimo. o Novos infratores: Abrir vistas ao MP para que adote as providências que entender adequadas (art. 417, CPP);

4 O promotor poderá aditar a denúncia ou deflagrar um novo processo. o Correção da pronúncia: Trata-se de nova decisão de pronúncia. Exarada em razão de circunstância ulterior que altere a classificação do crime. Ex: denúncia por tentativa de homicídio cuja vítima vem a óbito após a decisão de pronúncia. O juiz ordenará a REMESSA AO MP para ADITAMENTO e depois para a defesa. o Recurso cabível: RESE (art. 581, IV, CPP) Permite retratação: despronúncia Confirmação da pronúncia (interrompe a prescrição novamente, art. 117, CP) o Situação prisional Até 2008, na pronúncia o juiz deveria analisar se o réu era reincidente ou tinha maus antecedentes. Atualmente: art. 312, do CPP. o Efeitos da pronúncia: Submissão do réu ao plenário do Júri Imprime os limites da acusação em plenário: limita o teor acusatório, mas nunca as teses da defesa. Preclusão das nulidades relativas Interrupção da prescrição (art. 117, CP e Súmula 191 STJ) Da decisão de IMPRONÚNCIA (art. 414, CPP) o Natureza jurídica de sentença o Antes de 2008 era RESE. Hoje, apelação. o Não faz coisa julgada material Provas novas: Prova substancialmente nova: prova inédita Prova formalmente nova: já existia nos autos, mas ganhou uma nova versão Absolvição sumária (Art. 415, CPP) o Natureza: sentença absolutória com aptidão para coisa julgada material. o Hipóteses: Negativa de autoria Inexistência do fato Excludente de tipicidade Excludente de ilicitude Excludente de culpabilidade a inimputabilidade por doença mental só justifica a absolvição sumária se for a única tese de defesa absolvição sumária imprópria (art. 415, parágrafo único, CPP) ADVERTÊNCIA: Vale lembrar, que no procedimento comum não existe absolvição sumária imprópria, já que o julgamento antecipado do mérito ocorrerá antes da instrução (art. 397, CPP). STJ em recente decisão concluiu que não há obstáculo à absolvição sumária imprópria se as demais teses de defesa não possuírem qualquer consistência. Semi-imputabilidade pronúncia. Causa de diminuição de pena ou substitui pena por medida de segurança. sistema vicariante. o CRIME CONEXO? Não se aplica a perpetuatio jurisdicionis (trata-se de uma exceção) [a regra seria aplicar (ex.: crime federal + crime estadual. Se o juiz federal desclassifica/absolve o crime da sua competência, mesmo assim julga ambos), art. 81, CPP]

5 Desclassificou a infração, ou impronunciou ou absolveu o acusado do crime doloso contra a vida, não julga o crime conexo. [art. 81, parágrafo único, CPP] o Recurso: apelação. o Não mais existe recurso de ofício contra a absolvição sumária Desclassificação o Decisão interlocutória mista não terminativa. o Encerra a primeira fase do júri com a remessa dos autos ao juízo competente. Prazo máximo de 90 dias contados, em que pese a omissão da lei, do recebimento da inicial acusatória (art. 412, do CPP): no procedimento comum ordinário é 60 dias. o juiz só deve desclassificar se for inequívoca tal situação. Na dúvida quanto à classificação do crime, deve pronunciar. o juiz não deve retificar o tipo, mas apenas dizer que não se trata de crime doloso contra a vida. Obs: Quando a desclassificação é feita pelo tribunal do Júri, o juiz presidente julgará todos os crimes, aproveitando a instrução. Se houver desclassificação imprópria (homicídio infanticídio) o júri julga todos aqui ele vai pronunciar. Obs. não confundir com a desqualificação quando o juiz pronuncia, mas retira uma qualificadora. o Sistema recursal: RESE. o Sistema prisional: Promovida a desclassificação, o réu preso ficará a disposição do juízo competente, que DEVERÁ, fundamentadamente, manter a preventiva, relaxar a prisão ou conceder liberdade provisória, assim que receber o processo. A manutenção do cárcere depende de decisão da autoridade competente o primeiro magistrado não é mais. o ADVERTÊNCIA: existência de crimes conexos. Pronúncia: a infração conexa também será remetida ao Júri. Impronúncia: remete o conexo ao juízo competente. Art. 81, parágrafo único, CPP. Absolvição sumária: remete o conexo ao juízo competente. Desclassificação: remessa do crime desclassificado e do conexo ao juízo competente. CONCLUSÃO: para o crime conexo, não haverá a perpetuação da jurisdição, já que ao invés da imediata cognição, ele será remetido ao órgão competente Juízo da causa Intimação da pronúncia: o Antes de 2008: o réu era intimado pessoalmente da pronúncia e se o crime fosse inafiançável a intimação pessoal era a única via. Se o réu não fosse encontrado, o processo

6 ficaria paralisado e a prescrição fluía normalmente (decretava-se a prisão preventiva do acusado com fundamento na aplicação da lei penal ou conveniência da instrução criminal), em fenômeno conhecido como CRISE DE INSTÂNCIA. o Após 2008: com a lei /11, o réu será intimado pessoalmente da pronúncia se o crime é inafiançável ou não. Todavia, se ele não for encontrado, será intimado por edital e o processo prosseguirá a sua revelia, de forma que, a crise de instância para esta etapa do procedimento encontra-se revogada Desaforamento o Interesse da ordem pública o Dúvida sobre a imparcialidade dos jurados o Segurança pessoal do réu o Não tiver sido aprazada data para a sessão de julgamento após SEIS MESES contados do TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA, quando houver comprovado EXCESSO DE SERVIÇO Sessão de julgamento: Roteiro dos atos que compõem a sessão de julgamento Passo 1. intimação da acusação para apresentar um requerimento de diligências, no prazo de 5 dias, onde podem ser arroladas até 5 testemunhas (não se computam: informante, referidas e ofendido). ADVERTÊNCIA: as testemunhas podem ser novas e não precisam ter sido ouvidas na primeira fase do júri. Passo 2. Deve o juiz intimar a defesa para apresentar requerimento de diligências, no prazo de 5 dias, onde podem ser indicadas até 5 testemunhas. Passo 3. Os autos serão conclusos ao juiz para que ele possa sanear o processo. o Sanar nulidades o Acostar aos autos um relatório o Síntese do processo, que será entregue aos jurados juntamente com uma cópia da pronúncia o Marcar a audiência de instrução, debates e julgamento, que se popularizou com o nome de sessão plenária. Passo 4. Realização da sessão plenária. o Passo 4.1. Abertura da sessão: dos 25 jurados convocados é necessário que compareçam ao menos 15 jurados para que a sessão seja aberta. Fundamento para tal exigência: evitar o chamado ESTOURO DE URNA. [ocorre quando, em razão das recusas, não se reúne o número mínimo de 7 jurados o Formação do Conselho de Sentença caberá ao juiz promover o sorteio dos sete jurados que efetivamente vão integrar o julgamento. ADVERTÊNCIA: Modus operandi

7 a. Cabe ao juiz promover a leitura dos artigos 448 e 449 do CPP, oportunizando que o jurado reconheça voluntariamente eventual suspeição, impedimento ou incompatibilidade. b. O quórum mínimo de 15 jurados para abertura da sessãopode contar com os impedidos, suspeitos e incompatibilizados. c. Empréstimo de jurados para o STF, se não compareceram ao menos 15 jurados, a sessão não será instaurada, pois não se admite o empréstimo de jurados de uma outra sessão d. Recusas das partes: Motivadas: uma vez sorteado o jurado para integrar o conselho, as partes poderão arguir a suspeição, o impedimento ou a incompatibilidade, provando de imediato e o juiz decide naquele momento. Não há limitação numérica para essas recusas. Imotivada ou peremptórias: cada parte poderá recusar, sem motivas, até três jurados, dentro da sua estratégia. (art. 468 CPP.) CONSEQUÊNCIAS: 1. A defesa nas recusas se manifesta primeiro 2. Pluralidade de réus com advogados distintos: cada réu tem direito à recusa imotivada de até três jurados o Passo 4.2. Compromisso dos jurados: eles serão compromissados a bem e fielmente desempenhar o seu papel e serão informados do seu dever de incomunicabilidade, já que não poderão conversar entre si nem com terceiros sobre fato objeto de julgamento, sob pena de nulidade absoluta e dissolução do conselho. o Passo 4.3. Produção probatória A estrutura é similar ao que ocorre na primeira fase, ressalvando o número de testemunhas que agora são 5. (Art. 473) As testemunhas ficarão incomunicáveis, de forma que umas não poderão ouvir os depoimentos das outras. Interpelação: as partes vão promover as interpelações diretamente, ao passo que as perguntas dos jurados serão realizadas por intermédio do juiz presidente 2. INSTRUÇÃO (houve inversão do rito para enfatizar a ampla defesa e o contraditório) a) OITIVA DO OFENDIDO E TESTEMUNHAS. 2 RESUMO - Procedimento comum: Testemunha cross. Primeiro as partes perguntam. Acusado Presidencialista - Júri: Testemunha: cross. Juiz pergunta primeiro. Acusado: cross Jurado: Presidencialista

8 Sistema da inquirição direta (mas juiz pergunta primeiro no comum ordinário ele pergunta depois) Uma testemunha não ouve a outra. Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por intermédio do juiz presidente (art. 473, 2º) NÚMERO DE TESTEMUNHAS NA 2ª FASE: 5 TESTEMUNHAS. b)acareações, RECONHECIMENTOS E ESCLARECIMENTOS PERITOS c)leitura DE PEÇAS: -limitação não é mais possível a leitura indiscriminada de peças. -atualmente somente será lido quando se refira: i)provas colhidas por carta precatória ii) provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis. não há proibição que a parte leia, mas deverá fazê-lo no momento de sua manifestação. d) INTERROGATÓRIO: sistema direto (só no júri) esse é o último ato de defesa na sessão de julgamento. Os jurados formularão perguntas por intermédio do juiz presidente. art. 474, 2º, CPP. USO DE ALGEMAS: Art. 474, 3.º Vedado. o Passo 4.4. Debates orais: Eles não podem ser substituídos por memoriais I. Distribuição temporal 1º Acusação 1h e meia 2º Defesa 1h e meia. 3º Réplica da acusação (facultativo) 1h 4º Tréplica da defesa (facultativo) - 1h. Só há tréplica se houver réplica. II. Pluralidade de réus incluirá 1h em cada trecho dos debates, independente da III. Proibições a. Referência ao silêncio, o que vai englobar a referência à própria ausência física b. Referência ao uso de algemas (súmula vinculante 11) c. Referência à pronúncia ou a decisão que pactuou na remessa do réu ao corpo de IV. Aparte: É a intromissão da parte contrária na sustentação oral do adversário. o juiz autoriza o aparte. Ele perdura por até 3 min. Esse tempo é adicionado ao tempo de fala de quem foi interrompido. Art. 497, XII. V. Réu indefeso: súmula nº 523 STF o Passo 4.5. Esclarecimento aos jurados: É verdadeira parte pedagógica da sessão. Após os debates orais, o juiz indagará aos jurados se estão aptos a julgar a causa

9 o Passo 4.6. Sala secreta: É o ambiente preservado, onde será promovida a votação dos quesitos. o Passo 4.7. Quesitos Sistemas no mundo Francês: quesitos que retratam individualmente cada tese Anglo americano: há apenas uma pergunta. O réu é culpado ou inocente? Quesitação (arts. 482 a 491 do CPP) a) Materialidade do fato b) Autoria ou participação no fato c) Pergunta-se se o Jurado absolve o acusado d) Se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa e) Se reconhecem a existência de qualificadora ou causa de aumento de pena objeto da acusação Obs.: levantada a tese da DESCLASSIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO: deve o Juiz-Presidente formular um quesito autônomo, após o reconhecimento da materialidade e autoria do delito. Obs2.: tese de crime tentado ou houver divergência acerca da tipificação do delito: quesito autônomo. FORMULAÇÃO DOS QUESITOS 1.Forma individual de votação Com 4 votos em determinado sentido, o quesito estará suficientemente julgado, estando vedada a unanimidade. 2. Agravantes/atenuantes Não são quesitadas e o juiz está autorizado a reconhecê-las quando da prolação da sentença. No procedimento comum o juiz pode conhecer agravantes/atenuantes de ofício. Aqui elas necessariamente deverão ter sido suscitadas pelas partes nos debates, ou mesmo pelo réu no interrogatório 3.Quesito obrigatório Segundo o STF, na súmula 156, a sonegação de quesito obrigatório é fato gerador de nulidade absoluta. 4.Tese da tentativa A tese da tentativa será quesitada após o segundo quesito primário. Art. 483, 5º. 5. Desclassificação do delito Se um jurado desclassifica um crime para outro que não é da sua alçada (não é doloso contra a vida), caberá, em regra, ao juiz presidente do júri, promover o julgamento, salvo se ele for incompetente materialmente, quando deverá promover a remessa ao juízo competente. Ex. crime militar. Obs. infração de menor potencial ofensivo. Atualmente, havendo desclassificação para infração de menor potencial ofensivo, caberá ao juiz presidente do júri permitir, naquele momento, a aplicação dos benefícios da lei 9099/95.

10 ADVERTÊNCIA: se a desclassificação é para crime de ação pública condicionada, o prazo para representar passaria a fluir da desclassificação. Obs3. Crimes conexos. Nesse caso, o crime desclassificado e o conexo serão apreciados pelo juiz presidente. Obs.4. Classificação do instituto: a) Própria: é aquela onde os jurados não especificam para qual delito estão desclassificando, ficando a cargo do juiz presidente, que está livre para deliberar, podendo inclusive absolver o réu. b) Imprópria: os jurados apontam para qual delito estão desclassificando e o juiz presidente, segundo entendimento prevalente, está obrigado a condenar. QUESITO NO CASO DE TESE DE DESCLASSIFICAÇÃO: deve ser quesitada antes do quesito genérico de absolvição. -desclassificou para crime não doloso contra a vida: JUIZ PRESIDENTE julga o crime doloso e o conexo. [ainda que seja lei 9.099/95] -se jurado absolver o crime doloso é sinal de que se considera competente para julgar o conexo. Falso testemunho em Plenário Deve-se, a luz da análise do art. 211 CPP, promover a devida quesitação aos jurados e em caso positivo a testemunha será entregue à autoridade policial, podendo inclusive ser autuada em flagrante, logo a quesitação é condição objetiva para persecução penal do crime de falso testemunho. (Art. 342, CP). Não sai condenada. Obs.: Deverá ser requerido por uma das partes. o Passo 4.7. Desfecho da sessão Votados os quesitos caberá ao juiz presidente proferir a sentença, que deve ser lida em plenário com todos de pé e as partes já saem intimadas para apresentação de eventuais recursos Síntese: 1) Verificação das cédulas (art. 433 e 462 do CPP) 2) Instalação da sessão (art. 463, 2 e art. 466 do CPP e art. 442 CPP) 3) Esclarecimentos do Juiz (arts. 448, 449 e 466) 4) Formação do Conselho de Sentença (arts. 467 e 468 do CPP) 5) Exortação e compromisso (art. 472 do CPP) 6) Instrução em plenário (art. 474 do CPP) 7) Debates 8) Consulta aos jurados (art. 480, 1 do CPP) 9) Dissolução do Conselho de Sentença (art. 481 do CPP) 10) Leitura e explicação dos quesitos 11) Votação 12) Sentença (art. 492 do CPP)

11 Das decisões proferidas pelo Júri caberá apelação (art. 593, III, do CPP) o IMPUGNAÇÃO À DECISÃO DOS JURADOS: Tribunal não pode reformar a sentença. Deve anular o julgamento e submeter o acusado a novo julgamento. o IMPUGNAÇÃO à DECISÃO DO JUIZPRESIDENTE: Tribunal pode proceder à reforma da decisão

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