1 CONTRATO DE TRABALHO
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- Joaquim Domingues Stachinski
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1 1 CONTRATO DE TRABALHO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO O Direito Individual do Trabalho é a parte do Direito do Trabalho que estuda o contrato individual do trabalho e as regras legais ou normativas a ele aplicáveis. Aqui temos: Direito do Trabalho... Direito Individual do Trabalho... Contrato Individual do Trabalho No Direito Individual do Trabalho são verificadas muitas regras de natureza privada, contratuais, ou decorrentes do contrato de trabalho mantido entre o empregado e o empregador. Constata-se a incidência da lei ou das normas coletivas sobre o pacto laboral. Vamos estudar no Direito Individual do Trabalho: Formação do Contrato de Trabalho Natureza Jurídica Suas Partes Suas Modalidades Sua Transformação Extinção A matéria a ser estudada é muito vasta, vamos encontrar na CF, CLT e Leis esparsas. RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO Relação de Trabalho: tem caráter genérico, pois se refere a todas as relações jurídicas que envolvem o trabalho humano, engloba portanto todas as formas de pactuação de prestação de trabalho. Relação de Emprego: trata especificamente do trabalho subordinado do empregado em relação ao empregador. 1 CONCEITO CONTRATO DE TRABALHO O contrato de trabalho é o gênero onde a relação de emprego é uma espécie. Contrato de Trabalho: é o negócio jurídico pelo qual uma pessoa física (empregado) esse obriga mediante remuneração, a prestar serviços não eventuais a outra pessoa ou entidade (empregador), subordinados e sob a direção desta. A CLT no art. 442 utiliza-se a expressão contrato de trabalho quando refere-se à relação de emprego. NOVIDADE - REFORMA TRABALHISTA: TRABALHADOR INTERMITENTE Art O contrato individual de trabalho poderá ser Art O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por e por prazo determinado ou indeterminado. escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. Diante o exposto podemos afirmar que: Nem todo contrato de trabalho é uma relação de emprego, mas nem toda relação de emprego é um contrato de trabalho. Toda Relação de Emprego é uma Relação de Trabalho, mas nem todas Relação de Trabalho corresponde a uma Relação de Emprego. Em outras palavras: Todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado.
2 2 CONTRATO DE TRABALHO 2 DIFERENCIAÇÃO O contrato de trabalho não deve ser confundido com vários outros contratos de natureza civil, por esta razão analisaremos outras figuras contratuais. Espécie de Contrato Sujeitos Objeto Contrato de Trabalho Empregado Empregador Prestação de serviços subordinados e não eventual do empregado ao empregador, mediante pagamento de salário. Contrato de Prestação de serviços Locador de serviços Locatário (PF ou PJ) Contrata-se uma atividade profissional ou um serviço, mas nunca um resultado, inexistindo subordinação entre os sujeitos e sim autonomia, normalmente prepondera o trabalho intelectual. Contrato de Empreitada Contrato de Sociedade Empreiteiro (PF ou PJ) Contratante Sócios Contrata-se um resultado, é a obra a ser produzida, sem poder de direção do contratante, inexistindo subordinação entre os sujeitos e sim autonomia. É a obtenção de lucros pelos sócios que entre si não mantêm relação de subordinação e sim igualdade. Contrato de Mandato Contrato de Parceria Mandante Mandatário Terceira Pessoa Parceiro Outorgante Parceiro Outorgado (PF ou PJ) São os poderes outorgados pelo mandante por intermédio de uma procuração, que o mandatário deverá prestar contas, inexistindo subordinação. Objetiva um resultado que é a realização do ato pretendido pelo mandante. Divisão de lucros e prejuízos pelas partes, é contrato de risco e não há subordinação. 3 NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE TRABALHO O contrato de trabalho tem natureza contratual. 4. REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO 4.1 Subordinação ou Dependência MACETE DE MEMORIZAÇÃO: SHOPP: subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoa física e pessoalidade. OU PEPENOS: pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação. O obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, por quem é dirigido. O empregado é, por conseguinte, um trabalhador subordinado, dirigido pelo empregador. O trabalho deve ser desenvolvido segundo as determinações técnicas do empregador ou seu preposto. O empregado não escolhe onde e como vai trabalhar no ambiente de trabalho, mas sim, subordinado e dirigido pelo empregador. 4.2 Habitualidade = Continuidade ou não eventualidade na prestação de serviços Para caracterizar a figura do empregado é necessário que os serviços sejam prestados continuamente. Aquele que presta serviços eventuais não é empregado. NOVIDADE - REFORMA TRABALHISTA: TRABALHADOR INTERMITENTE Art. 443, 3º/CLT (acrescido com REFORMA TRABALHISTA - Lei nº /2017-vigência ) Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. 4.3 Onerosidade Não é gratuito o contrato de trabalho, mas oneroso.
3 3 CONTRATO DE TRABALHO O empregado recebe salário pelos serviços prestados ao empregador. O empregado tem o dever de prestar serviços e o empregador em contrapartida deve pagar salários pelos serviços prestados. 4.4 Pessoalidade O contrato de trabalho é intuitu personae, ou seja, realizado com certa e determinada pessoa, não podendo fazer-se substituir por outra pessoa. Isso quer dizer que o contrato é firmado com certa e determinada pessoa. 4.5 Pessoa física O empregado somente poderá ser pessoa física, pois não existe contrato de trabalho em que o trabalhador seja pessoa jurídica, podendo ocorrer, no caso, prestação de serviços, empreitada. ATENÇÃO PEJOTIZAÇÃO É o comportamento patronal que exige dos trabalhadores a criação de pessoa jurídica como condição para a prestação de serviços. Vem prevalecendo o entendimento que esse comportamento consubstancia FRAUDE aos direitos trabalhistas, tendo por consequência a configuração do VÍNCULO EMPREGATÍCIO e a condenação do tomador dos serviços ao pagamento dos HAVERES TRABALHISTAS, aplicando-se o princípio da PRIMAZIA DA REALIDADE. NOVIDADE - REFORMA TRABALHISTA: CONTRATAÇÃO DE AUTÔNOMO COM OU SEM EXCLUSIVIDADE CLT cf. Lei nº /2017 (vig ) Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação. A CLT aponta nos artigos 2º e 3º, caput, todos esses requisitos caracterizadores da relação de emprego CUIDADO: 4.6 Alteridade ou Risco do Negócio do Empregador O empregado presta serviços por conta alheia. O empregado poderá até participar do lucro da empresa, mas não dos prejuízos. 4.6 Requisitos não essenciais Não é necessária a exclusividade da prestação de serviços pelo empregado ao empregador; Não é óbice para a existência do contrato de trabalho o fato de o trabalhador não ser profissional ou ao ter grau de escolaridade; 5 CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO O contrato de trabalho pode ser classificado de várias formas: 5.1 Contratos comuns: diz respeito a qualquer empregado e é aplicada a CLT. 5.2 Contratos especiais: compreende algumas peculiaridades que lhes são aplicáveis, muitas vezes são regidos por uma legislação especial ou estão numa parte específica da CLT. 5.3 Quanto à jornada: Tempo total: o empregado trabalha 8 horas diárias Tempo parcial: o obreiro presta serviços de 4 a 5 horas por dia, não ultrapassando a 25 horas por semana. TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo tempo parcial aquele cuja duração não exceda parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas a vinte e cinco horas semanais. (Incluído pela semanais, sem a possibilidade de horas suplementares Medida Provisória nº , de 2001) semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a [...] vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. [...]
4 4 CONTRATO DE TRABALHO 5.4 Quanto a manifestação de vontade: o contrato de trabalho pode ser tácito ou expresso. (art. 443/CLT) 5.5 Quanto à duração: pode ser por prazo determinado e indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. 6 CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO O contrato de trabalho deve respeitar as condições determinadas pelo artigo 104 do Código Civil, que exige para sua validade agente capaz (aptidão para adquirir direitos e obrigações), objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita e não defesa em lei. No Direito do Trabalho, o inciso XXXIII, art. 7º/CF proíbe o trabalho do menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. O menor de 16 anos possui capacidade para o trabalho? Quando ocorrerá a capacidade absoluta? Fazer a leitura dos seguintes artigos da CLT: 408 e 439 No direito do trabalho há situações específicas no que concerne a NULIDADE do contrato. Não será nulo todo o contrato de trabalho, caso uma ou algumas de suas cláusulas contrariem o ordenamento jurídico, mas apenas a cláusula que não observar as prescrições legais. No contrato de trabalho não há como repor as partes ao estado anterior, pois é impossível desenvolver a energia de trabalho ao empregado, sendo assim muitas vezes o correto é o pagamento da indenização respectiva. REFORMA TRABALHISTA - LIVRE ESTIPULAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS Art As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Art As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: CLÁUSULA DE ARBITRAGEM PARA ALTOS EMPREGADOS Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
5 5 CONTRATO DE TRABALHO PREVALÊNCIA DA NORMA COLETIVA SOBRE A LEI Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II - banco de horas anual; III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº , de 19 de novembro de 2015; V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI - regulamento empresarial; VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X - modalidade de registro de jornada de trabalho; XI - troca do dia de feriado; XII - enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: I - normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); IV - salário mínimo; V - valor nominal do décimo terceiro salário; VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; VIII - salário-família; IX - repouso semanal remunerado; X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal; XI - número de dias de férias devidas ao empregado; XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que do décimo terceiro salário; VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; VIII - salário-família; IX - repouso semanal remunerado; X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal; XI - número de dias de férias devidas ao empregado; XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias; XIV - licença-paternidade nos termos fixados em lei; XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; XIX - aposentadoria; XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador; XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência; XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXIV - medidas de proteção legal de crianças e adolescentes; XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;
6 6 CONTRATO DE TRABALHO XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; XXVIII - definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; XXIX - tributos e outros créditos de terceiros; XXX - as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação*. Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo. 7 FORMA NORMA COLETIVA: SOBREPOSIÇÃO ENTRE CCT E ACT Art As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo. Art As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. O contrato de trabalho não tem necessariamente uma forma para ser realizado. Pode tanto ser feito por escrito como verbalmente (art.443/clt), bastando haver o ajuste entre as partes. REFORMA TRABALHISTA - TRABALHO INTERMITENTE Art O contrato individual de trabalho poderá ser Art O contrato individual de trabalho poderá ser acordado acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo escrito e por prazo determinado ou indeterminado. determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. Algumas normas estabelecem que o contrato de trabalho tem que ser necessariamente escrito, como o do atleta de futebol (art. 3º da Lei nº 6.354/76), os de artistas (art. 9º da Lei nº 6.533/78), o de aprendizagem (art. 428/CLT) e o contrato de trabalho temporário (art. 11 da Lei nº 6.019/74). O ajuste das disposições contratuais pode ser tácito (art. 443/CLT). O acordo tácito mostra que o contrato de trabalho pode ser decorrente dos fatos, sem que exista nenhum ajuste entre as partes. Com a continuidade da prestação de serviços, revela-se a vontade, a concordância na pactuação do contrato de trabalho. Quando o empregador não se opõe à prestação de serviços feita pelo empregado e utiliza-se do serviço deste, pagando-lhe salário, está evidenciado o contrato de trabalho acordado tacitamente (Russomano, 1990,V.1:394). A frase popular quem cala consente bem revela a existência do acordo tácito, que pode ser transposto para o contrato de trabalho. 8 DURAÇÃO Os contratos de trabalho podem se por prazo determinado, indeterminado ou para prestação de trabalho intermitente (este previsto na Reforma Trabalhista). No contrato de prazo determinado, as partes ajustam antecipadamente seu termo. No contrato de prazo indeterminado não há prazo para a terminação do pacto laboral. No contrato de trabalho intermitente, previsto na Reforma Trabalhista (Lei /17 vigência ) Art º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser CELEBRADO POR ESCRITO e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.
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