n. 16 DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL E DEMONSTRAÇÃO INDIRETA ou DEMONSTRAÇÃO POR ABSURDO DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "n. 16 DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL E DEMONSTRAÇÃO INDIRETA ou DEMONSTRAÇÃO POR ABSURDO DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL"

Transcrição

1 n. 16 DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL E DEMONSTRAÇÃO INDIRETA ou DEMONSTRAÇÃO POR ABSURDO DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL Para demonstrar a validade de um argumento podemos utilizar outro método, conhecido como Demonstração condicional. Esta demonstração, todavia, só pode ser usada se a conclusão do argumento tem a forma condicional. Seja o argumento: P 1, P 2, P 3,, P n A B cuja conclusão é a condicional A B Sabemos que este argumento é válido se e somente se a condicional associada (P 1 P 2 P 3 P n ) (A B) é tautológica. Ora, pela Regra de Importação, esta condicional associada é equivalente a seguinte: [ (P 1 P 2 P 3 P n ) A ] B Assim sendo, o argumento P 1, P 2, P 3,, P n A B é válido se e somente se também é válido o argumento: P 1, P 2, P 3,, P n, A cujas premissas são todas aquelas do primitivo argumento, mais uma, A, e cuja conclusão é B (observa-se que A e B são respectivamente o antecedente e o consequente da conclusão do primitivo argumente). B REGRA DC DEMONSTRAÇÃO CONDICIONAL:

2 Para demonstrar a validade de um argumento, cuja conclusão tem a forma condicional A B, introduz-se A como premissa adicional (indicada por PA) e deduz-se B. EXEMPLO: 1. Demonstre a validade dos seguintes argumentos usando a regra DC demonstração condicional: a. p (q r), ~r q p 1. p (q r) P 1 2. ~r P 2 3. q PA 4. p (~ q r) 1: COND 5. ~r q 2, 3: CONJ 6. p ~ ( q ~r) 4: DM 7. ( q ~r) 5: COM 8. p 6, 7: SD

3 b. ~p ~q r, s (r t), ~p s, ~s q t 1. ~p (~q r) P 1 2. s (r t) P 2 3. ~p s P 3 4. ~s P 4 5. q PA 6. ~~p (~q r) 1: COND 7. p (~q r) 6: DN 8. s (~r t) 2: COND 9. ~p 3, 4: SD 10. ~r t 4, 8: SD 11. ~q r 7, 9: SD 12. r 5, 11: SD 13. t 10, 12: SD DEMONSTRAÇÃO INDIRETA ou DEMONSTRAÇÃO POR ABSURDO Outro método frequentemente empregado para demonstrar a validade de um dado argumento: P 1, P 2, P 3,, P n chamado de Demonstração Indireta ou Demonstração por absurdo consiste em admitir a negação da conclusão Q, isto é, supor ~Q verdadeira, e daí deduzir logicamente uma contradição qualquer C (do tipo A ~A) a partir das premissas P 1, P 2, P 3,, P n, ~Q isto é, demonstrar que é válido o argumento: Q

4 P 1, P 2, P 3,, P n, ~Q C REGRA DI DEMONSTRAÇÃO INDIRETA OU DEMONSTRAÇÃO POR ABSURDO Para demonstrar a validade do argumento introduz-se ~ Q como premissa adicional (indicada por PA) e deduz-se uma contradição C ( do tipo A ~A). EXEMPLO: 1. Demonstre a validade dos seguintes argumentos usando a regra DI (Demonstração Indireta). a. p ~q, r q ~(p r) Por DI: Q = ~(p r) = ~p ~r ~Q = PA = ~[ ~p ~r] = p r 1. p ~q P 1 2. r q P 2 3. p r PA 4. p 3: SIMP 5. ~q 1, 4: MP 6. ~ r 2, 5: MT 7. r 3: SIMP 8. ~r r 6, 7: CONJ Temos uma contradição ~ r r, portanto, o argumento p ~q, r q ~(p r) é válido.

5 b. ~ p q, ~q r, ~r p s Por DI: Q = p s ~Q = PA = ~(p s) = ~ p ~s 1. ~ p q P 1 2. ~q r P 2 3. ~r P 3 4. ~ p ~s PA 5. ~(~ p) q 1: COND 6. p q 5: DN 7. ~q 2, 3: SD 8. p 6, 7: SD 9. ~ p 4: SIMP 10. p ~p 8, 9: CONJ Temos uma contradição p ~p, portanto, o argumento ~ p q, ~q r, ~r p s é válido. c. ~ p q, ~q, ~r s, ~p (s ~t) t r Por DI: Q = t r ~t r ~Q = PA = ~( ~t r) = t ~r 1. ~ p q P 1 2. ~q P 2 3. ~r s P 3 4. ~p (s ~t) P 4 5. t ~r PA

6 6. t 5: SIMP 7. ~r 5: SIMP 8. s 3, 7: MP 9. ~~ r s 3: COND 10. r s 9: DN 11. r 8, 10: SD 12. ~ r r 7, 11: CONJ Temos uma contradição ~ r r, portanto, o argumento ~ p q, ~q, ~r s, ~p (s ~t) t r é válido. EXERCÍCIOS: 1. Demonstrar que os seguintes conjuntos de proposições são inconsistentes deduzindo uma contradição para cada um deles: a) q p, ~(p r), q r b) p ~ q, ~(q r), p r c) ~(p q), ~q r, ~r s, ~p ~s d) p s q, q ~r, t p, t r e) x = y x < 4, x 4 x < z, ~( x< z x y) f) x = 0 x + y = y, x > 1 x = 0, x + y = y x 1 g) x = y x < z, x z (x = y y < z), y < z x < z h) x < y x y, y > z z y, x = y y > z, x < y z < y

7 2. Demonstrar que os seguintes conjuntos de proposições são consistentes: a) p q, q r, ~r s b) p q, ~q r, p r c) ~p ~q, ~p r, ~r d) p q, r q, q ~s e) x = y x y, x, y x = y, x y x < y f) x = 2 x = 3, x 2 x 3 3. Usar a Regra DC (Demonstração condicional) para mostrar que são válidos os seguintes argumentos: a) ~r ~s, q s r ~q b) p ~q, ~(r ~p) q ~r c) r t, t ~s, ( r ~s) q p p q d) p q, r p, s r s q e) ~p, ~r q, ~s p ~( r s) q f) p ~q, ~r q, ~s ~q p ~s r g) ~p ~s, q ~r, t s r t ~( p q) h) r s, s q, r ( s p) ~q p s i) r s, ~t ~p, r ~q p q s t j) r p, s t, t r s p q k) q p, t s, q ~s ~( p r) t l) p q r, s ~r ~t, s u p u

8 m) p q, r t, s r, p s ~q t n) p q, ~r ~q ~p ~r o) ~p ~q, p (r s) q s p) p q ~r ~s, r s p ~q q) p q, p ~r, ~s t r ~s q r) (p q) r, s t ~r, s (t u) p q s) (p q) ~(r ~s), s t u, ~u r t t) p ~q, q, r ~s, p (~s t) ~t ~r 4. Usar a Regra DI (Demonstração Indireta) ou Demonstração por Absurdo para mostrar que são válidos os seguintes argumentos: a) ~(p q), p r, q ~r ~p b) p ~q, r ~p, q r ~p c) ~(p q), ~r q, ~p r r d) p q r, q ~p, s ~r ~( p s) e) p q, p ~r, q s ~r s f) p q, s ~p, ~(q r) ~s g) p ~q, q v ~r, ~(s ~r) ~p h) ~p ~q, ~p r, r ~s ~q ~s i) p q ~r, ~r ~p, ~q ~r q j) ~p ~q, r s p, q ~s, ~r ~(r s) k) p q r, ~r, s p ~s

9 l) (p q) r, s t ~r, s (t u) p q m) p q, q r s, ~s ~p n) (p q) r, r s ~ t, t ~q o) (p q) (r s), ~ q p s p) p q, q s, t ( r ~s) p t q) ~p ~q r, s (r t), p s, ~ s q t r) ~(p q) (s ~r), q s, p ~s ~r ~s s) (~p q) (r s), p t v ~s, r, ~t q t) (p q) (r s t), p q r, r, ~t ~s u) ~(p ~q) ((r s) t), p. q, ~t r s Referências Bibliográficas ALENCAR FILHO, Edgard. Iniciação à Lógica Matemática. São Paulo, Nobel, CASTRUCCI, Benedito. Introdução à Lógica Matemática. 6 ed. São Paulo: Nobel, GERÔNIMO, João Roberto; FRANCO, Valdeni Soliani. Fundamentos da Matemática: uma introdução à lógica matemática, teoria dos conjuntos, relações e funções. 2 ed. Maringá: Eduem, BENEVIDES. Paula Francis. Raciocínio Lógico. Disponível em: < Acesso em: 06 abr

n. 18 ALGUNS TERMOS...

n. 18 ALGUNS TERMOS... n. 18 ALGUNS TERMOS... DEFINIÇÃO Uma Definição é um enunciado que descreve o significado de um termo. Por exemplo, a definição de linha, segundo Euclides: Linha é o que tem comprimento e não tem largura.

Leia mais

n. 12 VALIDADE MEDIANTE TABELAS-VERDADE A validade de um argumento pode ser verificada, demonstrada ou testada através das tabelas-verdade.

n. 12 VALIDADE MEDIANTE TABELAS-VERDADE A validade de um argumento pode ser verificada, demonstrada ou testada através das tabelas-verdade. n. 12 ALIDADE MEDIANTE TABELAS-ERDADE alidade dos argumentos através de tabela- verdade A validade de um argumento pode ser verificada, demonstrada ou testada através das tabelas-verdade. Dado um argumento

Leia mais

n. 11 Argumentos e Regras de Inferência

n. 11 Argumentos e Regras de Inferência n. 11 Argumentos e Regras de Inferência A lógica formal lida com um tipo particular de argumento, denominado de argumento dedutivo, que nos permite deduzir uma conclusão Q, com base num conjunto de proposições

Leia mais

Lógica Matemática UNIDADE II. Professora: M. Sc. Juciara do Nascimento César

Lógica Matemática UNIDADE II. Professora: M. Sc. Juciara do Nascimento César Lógica Matemática UNIDADE II Professora: M. Sc. Juciara do Nascimento César 1 1 - Álgebra das Proposições 1.1 Propriedade da Conjunção Sejam p, q e r proposições simples quaisquer e sejam t e c proposições

Leia mais

n. 6 Equivalências Lógicas logicamente equivalente a uma proposição Q (p, q, r, ), se as tabelas-verdade destas duas proposições são idênticas.

n. 6 Equivalências Lógicas logicamente equivalente a uma proposição Q (p, q, r, ), se as tabelas-verdade destas duas proposições são idênticas. n. 6 Equivalências Lógicas A equivalência lógica trata de evidenciar que é possível expressar a mesma sentença de maneiras distintas, preservando, o significado lógico original. Def.: Diz-se que uma proposição

Leia mais

Gabarito da Avaliação 3 de Lógica Computacional 1

Gabarito da Avaliação 3 de Lógica Computacional 1 Questões iguais em todas as provas: Gabarito da Avaliação 3 de Lógica Computacional 1 1. (5 pts) Utilize a Regra DC para mostrar que é válido o seguinte argumento: p q r, s ~r ~t, s u p u De acordo com

Leia mais

n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS

n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS As sentenças em que não é possível atribuir valor lógico verdadeiro ou falso, porque isso

Leia mais

n. 5 Implicações Lógicas Def.: Diz-se que uma proposição P (p, q, r, ) implica V V V V F F F V V F F V

n. 5 Implicações Lógicas Def.: Diz-se que uma proposição P (p, q, r, ) implica V V V V F F F V V F F V n. 5 Implicações Lógicas A implicação lógica trata de um conjunto de afirmações, proposições simples ou compostas, cujo encadeamento lógico resultará em uma conclusão, a ser descoberta. Tal conclusão deverá

Leia mais

Fundamentos da Computação 1. Introdução a Argumentos

Fundamentos da Computação 1. Introdução a Argumentos Fundamentos da Computação 1 Introdução a s Se você tem um senha atualizada, então você pode entrar na rede Você tem uma senha atualizada Se você tem um senha atualizada, então você pode entrar na rede

Leia mais

Lógica Proposicional (Consequência lógica / Dedução formal)

Lógica Proposicional (Consequência lógica / Dedução formal) Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Matemática Aplicada Prof. Edécio Fernando Iepsen Lógica Proposicional (Consequência lógica /

Leia mais

Lógica Proposicional Parte II. Raquel de Souza Francisco Bravo 25 de outubro de 2016

Lógica Proposicional Parte II. Raquel de Souza Francisco Bravo   25 de outubro de 2016 Lógica Proposicional Parte II e-mail: raquel@ic.uff.br 25 de outubro de 2016 Argumento Válido Um argumento simbólica como: pode ser ser representado em forma P 1 P 2 P 3 P n Q Onde P 1, P 2,,P n são proposições

Leia mais

Prof. João Giardulli. Unidade III LÓGICA

Prof. João Giardulli. Unidade III LÓGICA Prof. João Giardulli Unidade III LÓGICA Objetivo Apresentar os seguintes conceitos: argumento; verificação da validade. Argumento: Algumas definições (dicionário): 1. Raciocínio através do qual se tira

Leia mais

MATEMÁTICA DISCRETA LISTA DE EXERCÍCIOS 3

MATEMÁTICA DISCRETA LISTA DE EXERCÍCIOS 3 MATEMÁTICA DISCRETA LISTA DE EXERCÍCIOS 3 1. Construa tabelas-verdade para as expressões abaixo. Note quaisquer tautologias ou contradições. a) A (B A) b) A B B' A' c) (A B') (A B)' d) [(A B) C'] A' C

Leia mais

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO CEC CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS LÓGICA EM COMPUTAÇÃO TAUTOLOGIA - EQUIVALÊNCIA E INFERÊNCIA VERSÃO: 4 - ABRIL DE 2018 Professor: Luís Rodrigo E-mail: luis.goncalves@ucp.br

Leia mais

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 5 de novembro de 2014 Sumário Acrescentando premissas. Estratégias indiretas. Principais exemplos. Um problema

Leia mais

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas

Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Lógica dos Conectivos: demonstrações indiretas Renata de Freitas e Petrucio Viana IME, UFF 18 de junho de 2015 Sumário Olhe para as premissas Olhe para a conclusão Estratégias indiretas Principais exemplos

Leia mais

n. 4 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS TAUTOLOGIA

n. 4 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS TAUTOLOGIA n. 4 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS TAUTOLOGIA Chama-se tautologia é toda a proposição composta cujo valor lógico (última coluna da sua tabela-verdade) é sempre V (Verdadeiro). As tautologias

Leia mais

n. 28 RELAÇÕES BINÁRIAS ENTRE CONJUNTOS

n. 28 RELAÇÕES BINÁRIAS ENTRE CONJUNTOS n. 28 RELAÇÕES BINÁRIAS ENTRE CONJUNTOS Uma relação é um conjunto de pares ordenados, ou seja, um subconjunto de A B. Utilizando pares ordenados podemos definir relações por meio da linguagem de conjuntos.

Leia mais

Demonstrações. Terminologia Métodos

Demonstrações. Terminologia Métodos Demonstrações Terminologia Métodos Técnicas de Demonstração Uma demonstração é um argumento válido que estabelece a verdade de uma sentença matemática. Técnicas de Demonstração Demonstrações servem para:

Leia mais

IME, UFF 10 de dezembro de 2013

IME, UFF 10 de dezembro de 2013 Lógica IME, UFF 10 de dezembro de 2013 Sumário.... Considere o seguinte argumento Um problema de validade (1) p q q r r s s t p t (1) é válido ou não? A resposta é sim... Uma demonstração Uma demonstração

Leia mais

Lógica Matemática e Computacional. 2.3 Equivalência Lógica

Lógica Matemática e Computacional. 2.3 Equivalência Lógica Lógica Matemática e Computacional 2.3 Equivalência Lógica Equivalência Lógica Definição: Dadas as proposições compostas P e Q, diz-se que ocorre uma equivalência lógica entre P e Q quando suas tabelas-verdade

Leia mais

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte:

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte: Prova de Implicações Uma implicação é verdadeira quando a verdade do seu antecedente acarreta a verdade do seu consequente. Ex.: Considere a implicação: Se chove, então a rua está molhada. Observe que

Leia mais

UNIP Ciência da Computação Prof. Gerson Pastre de Oliveira

UNIP Ciência da Computação Prof. Gerson Pastre de Oliveira Aula 6 Lógica Matemática Álgebra das proposições e método dedutivo As operações lógicas sobre as proposições possuem uma série de propriedades que podem ser aplicadas, considerando os conectivos inseridos

Leia mais

Uma proposição composta é uma contradição, se for sempre falsa, independentemente do valor lógico das proposições simples que a compõem.

Uma proposição composta é uma contradição, se for sempre falsa, independentemente do valor lógico das proposições simples que a compõem. Tautologia Uma proposição composta é uma tautologia, se for sempre verdadeira, independentemente do valor lógico das proposições simples que a compõem. Exemplos: Contradição Uma proposição composta é uma

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

Fundamentos de Lógica Matemática

Fundamentos de Lógica Matemática Webconferência 3-01/03/2012 Inferência Lógica Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Objetivos Análise

Leia mais

impossível conclusão falso premissas verdadeiro

impossível conclusão falso premissas verdadeiro Argumento Definição: Um argumento é uma sequência de enunciados(proposições) na qual um dos enunciados é a conclusão e os demais são premissas, as quais servem para provar ou, pelo menos, fornecer alguma

Leia mais

Recredenciamento Portaria MEC 347, de D.O.U

Recredenciamento Portaria MEC 347, de D.O.U Quest(iii) Argumento Dado um fenômeno ou fato, rocura-se justificá-lo, exlicá-lo. Esta justificativa é dada na forma de um raciocínio através do ual chegamos a uma afirmação, e uando este raciocínio é

Leia mais

Introdução à Lógica Computacional. Circuitos: Maps de Karnaugh Lógica Proposicional: Prova por Refutação

Introdução à Lógica Computacional. Circuitos: Maps de Karnaugh Lógica Proposicional: Prova por Refutação Introdução à Lógica Computacional Circuitos: Maps de Karnaugh Lógica Proposicional: Prova por Refutação Agenda da aula Circuitos lógicos: Mapas de Karnaugh Recaptulando semântica da lógica proposicional

Leia mais

Matemática discreta e Lógica Matemática

Matemática discreta e Lógica Matemática AULA 1 - Lógica Matemática Prof. Dr. Hércules A. Oliveira UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa Departamento Acadêmico de Matemática Ementa 1. Lógica proposicional: introdução,

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/26 3 - INDUÇÃO E RECURSÃO 3.1) Indução Matemática 3.2)

Leia mais

Matemática Discreta - 04

Matemática Discreta - 04 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 04 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Dedução Natural e Sistema Axiomático Pa(Capítulo 6)

Dedução Natural e Sistema Axiomático Pa(Capítulo 6) Dedução Natural e Sistema Axiomático Pa(Capítulo 6) LÓGICA APLICADA A COMPUTAÇÃO Professor: Rosalvo Ferreira de Oliveira Neto Estrutura 1. Definições 2. Dedução Natural 3. Sistemas axiomático Pa 4. Lista

Leia mais

n. 20 INDUÇÃO MATEMÁTICA

n. 20 INDUÇÃO MATEMÁTICA n. 20 INDUÇÃO MATEMÁTICA Imagine uma fila com infinitos dominós, um atrás do outro. Suponha que eles estejam de tal modo distribuídos que, uma vez que um dominó caia, o seu sucessor na fila também cai.

Leia mais

Introdução à Logica Computacional. Aula 1 Ana Cristina Bicharra Garcia Segundas & Quartas 16:00-18:00

Introdução à Logica Computacional. Aula 1 Ana Cristina Bicharra Garcia Segundas & Quartas 16:00-18:00 Introdução à Logica Computacional Aula 1 Ana Cristina Bicharra Garcia Segundas & Quartas 16:00-18:00 Agenda Apresentação do Curso Ementa Bibliografia Apresentação à Lógica Conceitos Básicos Quem somos

Leia mais

Representação de Conhecimento. Lógica Proposicional

Representação de Conhecimento. Lógica Proposicional Representação de Conhecimento Lógica Proposicional Representação de conhecimento O que éconhecimento? O que érepresentar? Representação mental de bola Representação mental de solidariedade Símbolo como

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Lógica Computacional Modus Ponens e Raciocínio Hipotético Introdução e eliminação da Implicação e da Equivalência Completude e Coerência do Sistema de Dedução Natural 24 Outubro 2016 Lógica Computacional

Leia mais

Elementos de Lógica Matemática. Uma Breve Iniciação

Elementos de Lógica Matemática. Uma Breve Iniciação Elementos de Lógica Matemática Uma Breve Iniciação Proposições Uma proposição é uma afirmação passível de assumir valor lógico verdadeiro ou falso. Exemplos de Proposições 2 > 1 (V); 5 = 1 (F). Termos

Leia mais

ESCOLA ONLINE DE CIÊNCIAS FORMAIS CURSO DE INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA (2) METALÓGICA DO CÁLCULO PROPOSICIONAL

ESCOLA ONLINE DE CIÊNCIAS FORMAIS CURSO DE INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA (2) METALÓGICA DO CÁLCULO PROPOSICIONAL AULA 08 ARGUMENTAÇÃO E REDUÇÃO AO ABSURDO Argumentos DEINIÇÃO 1: Uma forma argumentativa da lógica proposicional (ou simplesmente argumento) é uma sequência finita de fórmulas da lógica proposicional.

Leia mais

Lógica Computacional DCC/FCUP 2017/18

Lógica Computacional DCC/FCUP 2017/18 2017/18 Raciocínios 1 Se o André adormecer e alguém o acordar, ele diz palavrões 2 O André adormeceu 3 Não disse palavrões 4 Ninguém o acordou Será um raciocínio válido? Raciocínios Forma geral do raciocínio

Leia mais

Introdução à Lógica Matemática

Introdução à Lógica Matemática Introdução à Lógica Matemática Disciplina fundamental sobre a qual se fundamenta a Matemática Uma linguagem matemática Paradoxos 1) Paradoxo do mentiroso (A) Esta frase é falsa. A sentença (A) é verdadeira

Leia mais

Lógica. Cálculo Proposicional. Introdução

Lógica. Cálculo Proposicional. Introdução Lógica Cálculo Proposicional Introdução Lógica - Definição Formalização de alguma linguagem Sintaxe Especificação precisa das expressões legais Semântica Significado das expressões Dedução Provê regras

Leia mais

Lógica Proposicional Métodos de Validação de Fórmulas. José Gustavo de Souza Paiva. Introdução

Lógica Proposicional Métodos de Validação de Fórmulas. José Gustavo de Souza Paiva. Introdução Lógica Proposicional Métodos de Validação de Fórmulas José Gustavo de Souza Paiva Introdução Análise dos mecanismos que produzem e verificam os argumentos válidos apresentados na linguagem da lógica Três

Leia mais

Lógica Computacional Aulas 8 e 9

Lógica Computacional Aulas 8 e 9 Lógica Computacional Aulas 8 e 9 DCC/FCUP 2017/18 Conteúdo 1 Lógica proposicional 1 11 Integridade e completude dum sistema dedutivo D 1 111 Integridade do sistema de dedução natural DN 1 112 3 12 Decidibilidade

Leia mais

Técnicas de Demonstração. Raquel de Souza Francisco Bravo 17 de novembro de 2016

Técnicas de Demonstração. Raquel de Souza Francisco Bravo   17 de novembro de 2016 Técnicas de Demonstração e-mail: raquel@ic.uff.br 17 de novembro de 2016 Técnicas de Demonstração O que é uma demonstração? É a maneira pela qual uma proposição é validada através de argumentos formais.

Leia mais

Fundamentos de Lógica Matemática

Fundamentos de Lógica Matemática Webconferência 5-22/03/2012 Prova por resolução Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Introdução É possível

Leia mais

n. 25 DIAGRAMAS DE VENN

n. 25 DIAGRAMAS DE VENN n. 25 DIAGRAMAS DE VENN Foi o matemático inglês John Venn (1834-1923) que criou os diagramas, com o intuito de facilitar a compreensão na relação de união e intersecção entre conjuntos. John Venn desenvolveu

Leia mais

aula 01 (Lógica) Ementa Professor: Renê Furtado Felix Site:

aula 01 (Lógica) Ementa Professor: Renê Furtado Felix   Site: aula 01 (Lógica) Ementa Professor: Renê Furtado Felix E-mail: rffelix70@yahoo.com.br Site: http://www.renecomputer.net/pdflog.html Plano de Ensino CURSO: Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Leia mais

Introdução ao pensamento matemático

Introdução ao pensamento matemático Introdução ao pensamento matemático Lisandra Sauer Geometria Euclidiana UFPel Uma das principais características da Matemática é o uso de demonstrações (provas) para justificar a veracidade das afirmações.

Leia mais

Unidade Curricular Matemática para Computação Prof. Angelo Gonçalves da Luz Lógica Formal

Unidade Curricular Matemática para Computação Prof. Angelo Gonçalves da Luz Lógica Formal Unidade Curricular Matemática para Computação Prof. Angelo Gonçalves da Luz Lógica Formal Leitura obrigatória: GERSTING, J. A. Fundamentos Matemáticos para Ciência da Computação, 4. ed. Rio de Janeiro.

Leia mais

LÓGICA - 2. ~ q. Argumentos Regras de inferência. Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva. 1) Proposição recíproca de p q :

LÓGICA - 2. ~ q. Argumentos Regras de inferência. Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva. 1) Proposição recíproca de p q : LÓGICA - 2 Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva 1) Proposição recíproca de p q : q p 2) Proposição contrária de p q : ~ p 3) Proposição contra positiva de p q : ~ p ex. Determinar:

Leia mais

LÓGICA APLICADA - GST0049 LÓGICA APLICADA (20/10/2014) Perfil Docente Especialista em Matemática, preferencialmente com pós-graduação stricto sensu na

LÓGICA APLICADA - GST0049 LÓGICA APLICADA (20/10/2014) Perfil Docente Especialista em Matemática, preferencialmente com pós-graduação stricto sensu na LÓGICA APLICADA - GST0049 LÓGICA APLICADA (20/10/2014) Perfil Docente Especialista em Matemática, preferencialmente com pós-graduação stricto sensu na área. Mestre ou Doutor em áreas afins. Experiência

Leia mais

Seminário Semanal de Álgebra. Técnicas de Demonstração

Seminário Semanal de Álgebra. Técnicas de Demonstração UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CÂMPUS CATALÃO Seminário Semanal de Álgebra Técnicas de Demonstração Catalão, 26/11/2013. Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Seminário Semanal de Álgebra Orientador:

Leia mais

Fórmulas da lógica proposicional

Fórmulas da lógica proposicional Fórmulas da lógica proposicional As variáveis proposicionais p, q, são fórmulas (V P rop ) é fórmula (falso) α e β são fórmulas, então são fórmulas (α β), (α β), (α β) e ( α) DCC-FCUP -TAI -Sistemas Dedutivos

Leia mais

n. 3 Construção de Tabelas-Verdade

n. 3 Construção de Tabelas-Verdade n. 3 Construção de Tabelas-Verdade Dadas várias proposições simples: p, q, r, s,..., podemos combiná-las pelos conectivos lógicos: Negação (~) ou ( ) Conjunção ( ) Disjunção ( ) Condicional ( ) Bicondicional

Leia mais

Lógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira

Lógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira Lógica Matemática Prof. Gerson Pastre de Oliveira Programa da Disciplina Proposições e conectivos lógicos; Tabelas-verdade; Tautologias, contradições e contingências; Implicação lógica e equivalência lógica;

Leia mais

Lista 1 - Bases Matemáticas

Lista 1 - Bases Matemáticas Lista 1 - Bases Matemáticas Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo ou 4 é ímpar. c) (Não é verdade

Leia mais

Lógica predicados. Lógica predicados (continuação)

Lógica predicados. Lógica predicados (continuação) Lógica predicados (continuação) Uma formula está na forma normal conjuntiva (FNC) se é uma conjunção de cláusulas. Qualquer fórmula bem formada pode ser convertida para uma FNC, ou seja, normalizada, seguindo

Leia mais

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios...

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios... Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 11 Tautologias Sumário 1 Comportamento de um enunciado 2 1.1 Observações................................ 4 2 Classificação dos enunciados 4 2.1

Leia mais

Lista 2 - Bases Matemáticas

Lista 2 - Bases Matemáticas Lista 2 - Bases Matemáticas (Última versão: 14/6/2017-21:00) Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

Aula 02 Introdução à Lógica. Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes

Aula 02 Introdução à Lógica. Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes Aula 02 Introdução à Lógica Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes Agenda da Aula Conceitos Iniciais sobre Lógica; Argumento; Inferência; Princípios. Contextualização: Situação

Leia mais

MATEMÁTICA 3 MÓDULO 1. Lógica. Professor Renato Madeira

MATEMÁTICA 3 MÓDULO 1. Lógica. Professor Renato Madeira MATEMÁTICA 3 Professor Renato Madeira MÓDULO 1 Lógica SUMÁRIO 1. Proosição. Negação 3. Conectivos 4. Condicionais 4.1. Relação de imlicação 4.. Relação de equivalência 5. Álgebra das roosições 6. Quantificadores

Leia mais

Teorema. Existe alguma raiz primitiva módulo n se, e só se, n = 2, n = 4, n = p k ou n = 2p k onde p é primo ímpar.

Teorema. Existe alguma raiz primitiva módulo n se, e só se, n = 2, n = 4, n = p k ou n = 2p k onde p é primo ímpar. raízes primitivas Uma raiz primitiva módulo n é um inteiro b tal que {1, b, b 2,... ( mod n)} = U(n). Teorema. Existe alguma raiz primitiva módulo n se, e só se, n = 2, n = 4, n = p k ou n = 2p k onde

Leia mais

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza Lógica Formal Matemática Discreta Prof Marcelo Maraschin de Souza Implicação As proposições podem ser combinadas na forma se proposição 1, então proposição 2 Essa proposição composta é denotada por Seja

Leia mais

Raciocínio lógico matemático

Raciocínio lógico matemático Raciocínio lógico matemático Unidade 3: Dedução Seção 3.3 - Contrapositiva 1 Lembrando Modus pones p q, p q Se Pedro guarda dinheiro, então ele não fica negativado. Pedro guardou dinheiro. Dessa forma

Leia mais

Modus ponens, modus tollens, e respectivas falácias formais

Modus ponens, modus tollens, e respectivas falácias formais Modus ponens, modus tollens, e respectivas falácias formais Jerzy A. Brzozowski 28 de abril de 2011 O objetivo deste texto é apresentar duas formas válidas de argumentos o modus ponens e o modus tollens

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 1

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 1 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 1 Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de junho de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de junho de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 12 06 de junho de 2011 Aula 12 Pré-Cálculo 1 A função afim A função afim Uma função f : R R

Leia mais

Lógica Proposicional. Prof. Dr. Silvio do Lago Pereira. Departamento de Tecnologia da Informação Faculdade de Tecnologia de São Paulo

Lógica Proposicional. Prof. Dr. Silvio do Lago Pereira. Departamento de Tecnologia da Informação Faculdade de Tecnologia de São Paulo Lógica Proposicional Prof. Dr. Silvio do Lago Pereira Departamento de Tecnologia da Informação aculdade de Tecnologia de São Paulo Motivação IA IA estuda estuda como como simular simular comportamento

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de maio de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de maio de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 12 11 de maio de 2010 Aula 12 Pré-Cálculo 1 A função afim A função afim Uma função f : R R

Leia mais

Resumo de Filosofia. Preposição frase declarativa com um certo valor de verdade

Resumo de Filosofia. Preposição frase declarativa com um certo valor de verdade Resumo de Filosofia Capítulo I Argumentação e Lógica Formal Validade e Verdade O que é um argumento? Um argumento é um conjunto de proposições em que se pretende justificar ou defender uma delas, a conclusão,

Leia mais

n. 26 PRODUTO CARTESIANO

n. 26 PRODUTO CARTESIANO n. 26 PRODUTO CARTESIANO Os nomes Plano Cartesiano e Produto Cartesiano são homenagens ao seu criador René Descartes (1596 1650), filósofo e matemático francês. O nome de Descartes em Latim era Renatus

Leia mais

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por:

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por: LÓGICA Objetivos Apresentar regras e estruturas adicionais sobre o uso de proposições. Conceituar implicação lógica, tautologias, e as propriedade sobre proposições. Apresentar os fundamentos da dedução,

Leia mais

Um pouco da linguagem matemática

Um pouco da linguagem matemática Um pouco da linguagem matemática Laura Goulart UESB 3 de Julho de 2018 Laura Goulart (UESB) Um pouco da linguagem matemática 3 de Julho de 2018 1 / 14 Vocabulário matemático Laura Goulart (UESB) Um pouco

Leia mais

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas.

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas. 1 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2012-9-21 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Construído 2 Definições Axiomas Demonstrações Teoremas Demonstração: prova de que um

Leia mais

Raciocínio Lógico. Object 1

Raciocínio Lógico. Object 1 Object 1 Raciocínio Lógico 01- Numa fábrica de brinquedos, 90 funcionários trabalham no setor de carros, 120 trabalham no setor de bonecas, 70 trabalham no setor de jogos; 40 trabalham tanto no setor de

Leia mais

Universidade Federal do Espírito Santo 3a. Prova de Lógica Prof. Lúcio Fassarella DMA/CEUNES/UFES Data: 25/07/2017

Universidade Federal do Espírito Santo 3a. Prova de Lógica Prof. Lúcio Fassarella DMA/CEUNES/UFES Data: 25/07/2017 Universidade Federal do Esírito Santo 3a. Prova de Lógica Prof. Lúcio Fassarella DMA/CEUNES/UFES Data: 5/07/017 Aluno: Matrícula. Nota: : : Orientações: Todas as resostas devem ser devidamente justi cadas

Leia mais

Raciocínio Lógico - Parte IV

Raciocínio Lógico - Parte IV Apostila escrita pelo professor José Gonçalo dos Santos Contato: jose.goncalo.santos@gmail.com Raciocínio Lógico - Parte IV Sumário 1. Argumentação... 1 2. Regras de Inferência... 2 3. Regras de inferência...

Leia mais

Sistema dedutivo. Sistema dedutivo

Sistema dedutivo. Sistema dedutivo Sistema dedutivo Estudaremos um sistema dedutivo axiomático axiomas lógicos e axiomas não lógicos (ou esquemas de axiomas) e regras de inferência (ou esquemas de regra) do tipo de Hilbert para a lógica

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 2

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 2 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

Lógica de Programação

Lógica de Programação Lógica de Programação Autor: Jusdewbe Tatiane de Souza Mora 1 Introdução: LÓGICA O estudo da Lógica, é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto. Esta definição

Leia mais

{ quadrado, retângulo, losango, paralelogramo} { quadrado, losango} { quadrado, retângulo} { quadrado, retângulo, trapézio retângulo}

{ quadrado, retângulo, losango, paralelogramo} { quadrado, losango} { quadrado, retângulo} { quadrado, retângulo, trapézio retângulo} EXERCÍCIOS DE ARENDIZAGEM E FIXAÇÃO CONJUNTOS 1 1) Dos dados do exercício e de conhecimentos sobre quadriláteros, temos: = L = R = Q = Assim { quadrado, retângulo, losango, paralelogramo} { quadrado, losango}

Leia mais

Ficha 1 (permanente)

Ficha 1 (permanente) Ficha 1 (permanente) Disciplina: Complementos de Matemática Código: CM100 Natureza: ( x ) Obrigatória ( ) Optativa ( x ) Semestral ( ) Anual ( ) Modular Pré-requisito: Não há Co-requisito: - Modalidade:

Leia mais

Matemática Discreta - 02

Matemática Discreta - 02 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 02 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Fundamentos de Matemática. Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi

Fundamentos de Matemática. Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi GMA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA Fundamentos de Matemática Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ 02 Demonstração direta, demonstração por absurdo e

Leia mais

Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes. Unidade I:

Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes. Unidade I: Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes Unidade I: 0 Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes Nesta unidade, veremos a partir de nossos estudos em tabelas-verdade as proposições logicamente

Leia mais

Indução Matemática. George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE

Indução Matemática. George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE Indução Matemática George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE Introdução Qual é a fórmula para a soma dos primeiros n inteiros ímpares positivos? Observando os resultados para um n pequeno, encontra-se

Leia mais

6 Demonstrações indiretas 29. Petrucio Viana

6 Demonstrações indiretas 29. Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 9 Demonstrações Indiretas Petrucio Viana Departamento de Análise IME UFF Sumário 1 Demonstrações diretas 2 1.1 Observações................................

Leia mais

2. Construa as tabelas verdade das seguintes proposições, indicando quaisquer tautologias ou contradições:

2. Construa as tabelas verdade das seguintes proposições, indicando quaisquer tautologias ou contradições: FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Matemática Aplicada Edécio Fernando Iepsen 1. Traduza para a linguagem natural as fórmulas abaixo,

Leia mais

n. 27 INTERVALOS REAIS Georg Ferdinand Ludwig Philipp Cantor ( ) matemático russo.

n. 27 INTERVALOS REAIS Georg Ferdinand Ludwig Philipp Cantor ( ) matemático russo. n. 27 INTERVALOS REAIS Georg Ferdinand Ludwig Philipp Cantor (1845-1918) matemático russo. Conhecido por ter elaborado a teoria dos conjuntos, o que o levou ao conceito de número transfinito. Cantor provou

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica

Leia mais

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO CEC CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS LÓGICA EM COMPUTAÇÃO TAUTOLOGIA - EQUIVALÊNCIA E INFERÊNCIA VERSÃO: 0.1 - MARÇO DE 2017 Professor: Luís Rodrigo E-mail: luis.goncalves@ucp.br

Leia mais

Matemática discreta e Lógica Matemática

Matemática discreta e Lógica Matemática AULA 1 - Lógica Matemática Prof. Dr. Hércules A. Oliveira UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa Departamento Acadêmico de Matemática Ementa 1 Lógica Sentenças, representação

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/81 1 - LÓGICA E MÉTODOS DE PROVA 1.1) Lógica Proposicional

Leia mais

Lógica e Matemática Discreta

Lógica e Matemática Discreta Lógica e Matemática Discreta Proposições Prof clezio 26 de Abril de 2017 Curso de Ciência da Computação Inferência Lógica Uma inferência lógica, ou, simplesmente uma inferência, é uma tautologia da forma

Leia mais

PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Sistemas de Informação Disciplina: Lógica Matemática Professor: Msc. Jacson Gomes de Oliveira / Esp. Osman Ramalho Dantas e-mail: jacson@fasete.edu.br

Leia mais

Uma curiosa propriedade com inteiros positivos

Uma curiosa propriedade com inteiros positivos Uma curiosa propriedade com inteiros positivos Fernando Neres de Oliveira 21 de junho de 2015 Resumo Neste trabalho iremos provar uma curiosa propriedade para listas de inteiros positivos da forma 1, 2,...,

Leia mais

3.4 Fundamentos de lógica paraconsistente

3.4 Fundamentos de lógica paraconsistente 86 3.4 Fundamentos de lógica paraconsistente A base desta tese é um tipo de lógica denominada lógica paraconsistente anotada, da qual serão apresentadas algumas noções gerais. Como já foi dito neste trabalho,

Leia mais