Contribuições de Mattoso Câmara e de Bybee para o estudo da morfologia verbal e nominal 1

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1 Contribuições de Mattoso Câmara e de Bybee para o estudo da morfologia verbal e nominal 1 Crisciene Lara Barbosa-Paiva 2 Introdução Este trabalho tem como objetivo analisar as gramáticas tradicionais, anteriores a Mattoso Câmara (1972), de Said Ali (1964), de Pereira (1958), de Bechara (1970), a fim de discutir as contribuições de Mattoso Câmara (1972) e de Bybee (1985) para o estudo da Morfologia do Português. O presente estudo também analisará a edição de 2001 da gramática de Bechara (2001). Nesse sentido, verificaremos em que os dois linguistas, Mattoso Câmara (1972) e Bybee (1985), influenciaram o ensino dos verbos e dos nomes na língua portuguesa. 2. Verbos 2.1. Definição do verbo Pereira (1958) e Said Ali (1964) entendem que o verbo é a palavra que exprime ação. O primeiro autor diz que o verbo exprime a ação atribuída, sob as relações de tempo e de modo a uma pessoa ou coisa. Verificamos que esse autor não menciona sobre o número expresso nos verbos. O segundo autor acrescenta que o verbo exprime, além da ação, estado e que possui terminações variáveis, com que se distingue a pessoa do discurso e o respectivo número, o tempo e o modo da ação ou estado. Pereira (1958) não concorda que o verbo exprime estado, pois o autor diz que nos próprios verbos de estado se concebe algum grau de atividade do sujeito. 1 Este trabalho foi apresentado como trabalho final da disciplina Tópicos de Morfologia (1º semestre de 2008), durante a realização do curso de mestrado no Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Universidade Estadual Paulista (UNESP - Campus de Araraquara). 2 Doutoranda pelo Programa de Linguística e Língua Portuguesa, Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (UNESP, Araraquara, São Paulo, Brasil). crisciene@fclar.unesp.br; crisbarbosa.paiva@gmail,com.

2 A diferença entre as duas atividades está em ser que uma é espontânea do sujeito, enquanto a outra é refletida. Notamos que Bechara (1970) define o verbo de forma semelhante a Said Ali (1964). Porém aquele acrescenta que o verbo pode fazer indicação de voz, além de pessoa, número, tempo, modo. Verificamos que Bechara (2001) apresenta uma definição de verbo diferente dos autores acima. Ele entende que o verbo é a unidade de significado categorial que se caracteriza por ser um molde pelo qual organiza o falar seu significado lexical. Mattoso (1972) define o verbo, em português, como sendo o vocábulo flexional por excelência, dada a complexidade e a multiplicidade das suas flexões. Verificamos que Mattoso (1972) enfatiza a flexão ao definir o verbo. Já Bechara (2001) se fixa mais no significado Conjugação verbal De acordo com Said Ali (1964), há três conjugações verbais. A primeira tem o infinitivo em ar, a segunda em er e a terceira em ir. De acordo com Pereira (1958), em português, há quatro conjugações e que cada uma apresenta uma conjugação diferente, isto é, um modelo especial de flexões gerais. Esse autor diz que são quatro terminações ou desinências, que são ar, er, ir e or. Bechara (1970) e Bechara (2001) mencionam sobre a conjugação verbal portuguesa da mesma forma que Said Ali (1964). Bechara, na sua gramática da edição de 2001 e na de 1970, acrescenta que a vogal temática é a classificadora dessas conjugações. Mattoso (1972) considera que, nas classes mórficas ou conjugações, em que se distribuem os verbos portugueses, a divisão é tripartida. Ele diz que em face de uma 1ª classe, ou conjugação I (C I) há outra classe que em certas formas se divide numa conjugação II (C II) e numa conjugação III (C III). (p.95). Assim, Mattoso também considera que há três conjugações verbais portuguesas Verbos regulares Pereira (1958) diz que verbo regular é aquele cujo tema permanece invariável e a terminação se flexiona de conformidade com um tipo geral ou modelo da conjugação, chamado paradigma da conjugação.

3 Said Ali (1964, p.69) afirma que os verbos regulares são: verbos que se conjugam segundo os paradigmas cant-ar, vend-er e pun-ir, que damos adiante. Observando a gramática de Said Ali (1964), notamos que o autor, ao dar o paradigma dos verbos regulares, escreve, por exemplo: cant o, cantas, cant-a, cant-amos, cant-ais, cant-am. Dessa forma, o autor não traz as terminologias de vogal temática, de desinências modo-temporais e de desinências número-pessoais. Ele fala que o verbo possui terminações variáveis com que se distingue a pessoa do discurso e o respectivo número (singular ou plural), o tempo (atual, vindouro, ou passado) e o modo da ação ou estado (real, possível, etc.) (p, 68). Dessa maneira, vemos que o autor reconhece que existem partes, no verbo, que denotam número e pessoa, modo e tempo. Porém, o autor não classifica e não divide essas terminações ao descrever o paradigma dos verbos regulares. Notamos que Said Ali (1964) somente isola as terminações do radical, mas não diz qual parte serve para definir as pessoas do discurso e seus respectivos números e o tempo e o modo. Nas duas edições da gramática de Bechara (1970 e 2001), o autor define o verbo regular de maneira idêntica. As duas gramáticas consideram o verbo regular como aquele que se apresenta de acordo com o modelo de sua conjugação. No verbo regular, também o radical não varia. Bechara, nessas duas edições da gramática, ao representar o paradigma dos verbos regulares, separa o radical, a vogal temática, as desinências modo-temporais e as número-pessoais. De acordo com Mattoso, no padrão geral dos verbos portugueses, o radical é uma parte invariável, o qual se constitui de um morfema lexical, acrescido ou não, de um ou mais morfemas derivacionais. O morfema lexical nos dá a significação lexical permanente do verbo. O autor (p.104) afirma que A indicação das noções gramaticais (1 modo e tempo, 2 número e pessoa) cabe ao sufixo flexional com seus dois constituintes aglutinados. Assim, Mattoso dá uma fórmula geral da estrutura do vocábulo verbal português: T (R + VT) + SF (SMT + SNP). Para Mattoso, essa fórmula é a regra geral da constituição morfológica do verbo português, levando em consideração a alomorfia de cada um dos sufixos flexionais e a possibilidade de zero (Ø) para um deles ou ambos.

4 Portanto, verificamos que Bechara, nas suas duas edições (1970 / 2001), e Mattoso (1972) concordam com a ideia de que o radical não varia nos verbos regulares. Mattoso (1972) influencia Bechara na sua edição de 2001, pois esse autor inclui, na sua gramática, o conceito de Mattoso sobre a constituição da forma verbal portuguesa. Inclusive cita explicitamente Mattoso para explicar a constituição da forma verbal portuguesa. Assim, Bechara (2001) descreve a fórmula geral da estrutura do vocábulo verbal português dada por Mattoso (1972): T (R+VT) + D (DMT+DNP). Lembrando que Mattoso utiliza a palavra sufixo e Bechara, desinência. Tanto Mattoso (1972) como Bechara (2001) dizem que o radical do verbo nos dá a significação lexical. Isso é mais uma contribuição de Mattoso para Bechara (2001), uma vez que em Bechara (1970), não encontramos essa noção. Já em Bechara (1970), verificamos que ele traz conceitos de variação do morfema ou alomorfia, que nem todas as formas verbais possuem a vogal temática, que a vogal temática sofre variação. Encontramos esses mesmos conceitos em Bechara (2001). Mattoso (1972) diz que a vogal temática pode ser zero. Além disso, a vogal temática conta também com alomorfes. Esse livro de Mattoso (1972) tem a sua primeira edição em 1970 e, dessa forma, Bechara pode ter lido Mattoso antes de publicar sua gramática de Vemos que a gramática anterior a Mattoso (1972), de Said Ali (1964), não menciona sobre desinências, vogal temática, morfema, alomorfe. Said Ali (1964) usa o vocábulo terminações variáveis para se referir ao que Bechara (2001) chama de desinências e que Mattoso (1972) denomina como sufixo flexional. Já a outra gramática anterior a Mattoso (1972), a de Pereira (1958), usa a nomenclatura terminação ou desinência, radical ou tema e a vogal característica. Assim, quando Pereira (1958) menciona que, no verbo regular, o tema permanece invariável, ele quer dizer que o radical permanece invariável. Dessa maneira, Pereira (1958) já dizia o que Mattoso afirma que o radical é uma parte invariável. Não devemos entender que o tema mencionado por Pereira (1958) é igual ao tema definido por Mattoso (1972).

5 2.4. Verbos irregulares Para Pereira (1958), os verbos irregulares ou anômalos são os que, no seu tema ou nas suas flexões, ou ainda no seu tema e flexões não seguem o paradigma regular de sua conjugação. Dessa forma, Pereira menciona que há três espécies de irregularidades ou anomalias: a) anomalias temáticas: perc-o; durm-o. b) anomalias flexionais: t-enho; est-ivera. c) anomalias temático-flexionais: troux-e; f-iz. Ainda segundo Pereira (1958), verbo irregular é aquele cujo tema varia, ou o que não se conforma com as variações do paradigma. Não devemos nos esquecer de que esse autor define tema como sinônimo de radical, pois diz radical ou tema. Said Ali (1964, p.69) diz que os verbos irregulares são todos aqueles que se afastam dos três tipos de conjugação. Bechara, na edição de 1970, menciona que o verbo irregular apresenta variação no radical ou na flexão. Já na edição de 2001, esse autor afirma que o verbo irregular apresenta modificação no radical ou na flexão. Porém, nas duas gramáticas, encontramos vocábulos como variação no radical e variação na flexão. Percebemos, dessa forma, que ocorre um sinônimo entre as palavras modificação e variação, mencionadas pelo autor nas suas duas edições. Além disso, Bechara, nas duas edições, ao definir o verbo irregular, afirma que os verbos irregulares se afastam do modelo da conjugação a que pertence e que se dividem em fracos e fortes. Com relação aos verbos irregulares, Mattoso afirma que devem ser entendidos como um desvio do padrão geral morfológico, que não deixa de ser regular, no sentido de que é suscetível a uma padronização também (p.111). O autor diz que a descrição dos verbos ditos irregulares resume-se na apresentação de pequenos grupos de verbos, com padrões comuns, que se podem perfeitamente tornar explícitos. (p.111). De acordo com Mattoso, a irregularidade pode-se referir ao sufixo flexional e à mudança no radical, que passa a contribuir para as noções gramaticais de modo-tempo e número-pessoa. Para o autor, a mudança no radical é que é verdadeiramente importante e cria uma série de padrões morfológicos verbais. Além disso, há constantes supressões da vogal temática. Segundo Mattoso, o padrão geral assenta, essencialmente, em um radical imutável. Os padrões especiais não são inteiramente caprichosos e

6 arbitrários (p.111), uma vez que há neles uma organização imanente, que se impõe claramente depreender. Assim, Mattoso descobre que nos verbos irregulares, há irregularidades que se repetem. Observamos o verbo dizer. Nesse verbo, vemos que há radicais diferentes para expressar distintos grupos de tempos verbais. Dessa forma, na flexão verbal do português, há o uso de recursos lexicais, flexionais e sintáticos. O pretérito do verbo dizer é um exemplo de recurso lexical. Outra contribuição de Mattoso para a morfologia verbal portuguesa é que o radical do presente é específico em alguns verbos. Mattoso (1972) diz que a descrição dos verbos ditos irregulares pode se tornar explícita. Para ele, a irregularidade pode-se referir ao sufixo flexional, mas que muito mais relevante é a mudança no radical, que passa a contribuir para as noções gramaticais de modo-tempo e númeropessoa.. (p.111). Observando as colocações dos autores acima acerca dos verbos irregulares, vemos que Said Ali (1964) traz uma explicação muito resumida. Esse autor define os verbos irregulares levando em consideração os verbos regulares. Já Pereira (1958), cuja gramática é anterior à de Said Ali (1964), apresenta uma definição de verbos irregulares mais semelhante às dos autores Bechara (1970 / 2001) e Mattoso (1972), pois Pereira (1958) diz que o verbo irregular varia no tema ou não se conforma com as variações do paradigma. Lembrando mais uma vez que o esse autor usa tema para se referir também ao radical. Analisando as duas edições da gramática de Bechara (1970 / 2001), notamos que a definição de verbos irregulares apresenta a mesma característica. Observando as contribuições dos verbos irregulares de Mattoso (1972) para a morfologia verbal portuguesa, não verificamos nenhum autor que tenha se orientado em Mattoso (1972), pois o único que é visivelmente posterior àquele é Bechara (2001), o qual, no entanto, conserva a postura da sua gramática de Elementos dos verbos Pereira (1958) afirma que são muito variáveis os aspectos que assume o verbo. Dessa forma, o autor (1958, p.119) considera dificílima a sua classificação sistemática. Ele subordina o estudo do verbo aos tópicos: I)

7 Conjugação; II) Sujeito; III) Complemento e IV) Significação. Pereira (1958) afirma que a conjugação é a propriedade que tem o verbo de indicar, pelas suas flexões, as relações de tempo, modo, número e pessoa.. (p.119). Portanto, vemos que Pereira acredita que o tempo, o modo, o número e a pessoa do verbo são estabelecidos pela flexão. Já Said Ali (1964) não menciona em flexão para indicar as relações de tempo, modo, número e pessoa. Para o autor, o verbo possui terminações variáveis para marcar essas relações. Pereira (1958, p.122) afirma que Devemos distinguir na forma verbal a terminação ou desinência, o radical ou tema e a vogal característica. Said Ali (1964) não traz as terminologias de vogal temática, de desinências modotemporais e de desinências número-pessoais. Vemos que o autor reconhece que existem partes, no verbo, que denotam número e pessoa, modo e tempo. Porém, o autor não divide essas terminações ao escrever o paradigma dos verbos regulares, como exemplo cant-as, cant-amos, etc. Outra evidência de que Said Ali (1964) não menciona sobre as desinências modo-temporais é que ele reconhece as formas RA, -SSE, -R, mas não as denomina como desinências. Bechara (1970) menciona que, para indicar pessoa e número, tempo e modo, se juntam ao radical do verbo as formas mínimas chamadas desinências, que constituem as flexões do verbo. Assim, tanto Pereira (1958) como Bechara (1970) falam que há flexão no verbo. Bechara (1970) reconhece a variante do morfema ou alomorfe. O autor acrescenta que nem todas as formas verbais se apresentam com desinências e vogal temática. Bechara (1970) reconhece as desinências número-pessoais. O autor identifica, assim, no paradigma dos verbos regulares, o radical, a vogal temática (ambos constituindo o tema), as desinências modo-temporais e as desinências número-pessoais, além do alomorfe em algumas desinências modo-temporais. Veja um exemplo de como o autor separa os elementos estruturais do verbo: cant-a-va-m. Bechara (1970) reconhece também que pode haver ausência de desinência. Com relação aos elementos estruturais do verbo: desinências e sufixos verbais, Bechara explica com as mesmas palavras nas suas duas edições (1970 / 2001). Somente, na gramática de (2001), Bechara cita explicitamente Mattoso e concorda com ela no que diz respeito à constituição da forma verbal portuguesa, isto é, Bechara (2001) aceita a fórmula dada por

8 Mattoso para a constituição da forma verbal portuguesa: T (R+VT) + D (DMT + DNP). No que diz respeito às desinências modo-temporais, Bechara (2001) especifica-as para o indicativo e para o subjuntivo. Bechara (2001) afirma que aceita as ponderações de Mattoso. Com relação às desinências número-pessoais, na gramática de 1970, Bechara traz um travessão, que indica a ausência de desinência, para as 1ª e 3ª pessoas do singular, já na edição de 2001, esse autor usa o símbolo Ø para designar a ausência de desinência. No entanto, o autor, na edição de 2001, não alterou a escrita, que continua utilizando o nome travessão, na nota de rodapé, para o símbolo Ø. Mattoso (1972) diz que a forma verbal indica as duas noções gramaticais de tempo e modo, de um lado, e de pessoa e número do sujeito, de outro lado. Essas noções gramaticais correspondem a duas desinências ou sufixos flexionais. Assim, temos o sufixo modo-temporal (SMT) e sufixo número-pessoal (SNP). Tais sufixos se aglutinam em um global sufixo flexional (SF). Este SF se adjunge ao tema do verbo (T), que se constitui pelo radical (R) seguido da vogal temática (VT) da conjugação correspondente. Verificamos que Bechara (2001) apresenta uma influência de Mattoso (1972) ao dizer que, no português, há categorias que sempre estão ligadas: não se separa a pessoa do número nem o tempo do modo. 3. Nomes (substantivos e adjetivos) Observando as gramáticas de Said Ali (1964) e a de Pereira (1958), anteriores a Mattoso (1972), fica evidente que elas entendem que o gênero do nome está de acordo com o sexo (SAID ALI, 1964), ou seja, o gênero gramatical corresponde ao sexo natural dos seres vivos (PEREIRA, 1958). Bechara (1970) entende que os substantivos se flexionam em gênero para indicar os seres do sexo masculino e do feminino. Dessa forma, vemos que o autor relaciona gênero e sexo. Mattoso (1972) chama atenção para esse fato, dizendo que as gramáticas tradicionais do português costumam associar intimamente gênero ao sexo dos seres. Mattoso (1972) afirma que há diferença entre gênero e sexo. Pereira (1958) também diz que há os denominados epicenos e os comuns de dois para marcar o gênero. Esse autor menciona que o

9 feminino se forma com a simples mudança da terminação ou flexão da forma masculina. Ele afirma que alguns substantivos sofrem algumas irregularidades na flexão feminina, como avó avô, rei rainha, duque duquesa. Além disso, ele comenta que há substantivos que seguem processos diferentes, indicando o feminino por palavras desconexas, como mulher, mãe, nora, leoa, poetisa, rapariga, duquesa. Said Ali (1964) entende que, em geral, a formação de feminino segue várias regras e que há muito poucos os casos que para marcar os seres machos e fêmeas se recorre a palavras totalmente diversas, como rei rainha, galo galinha. Nesses exemplos, para o autor, o vocábulo feminino procede do mesmo radical do masculino. Said Ali diz que há nomes que são do gênero masculino, como homem, rei, galo, boi. O autor faz uma distinção para designar gênero comuns de dous e epicenos ou promíscuos. Bechara (1970) afirma que para a formação do feminino, temos a mudança ou acréscimo na terminação, além dos heterônimos, comuns de dois e sobrecomuns. Ele menciona que palavras como avó, galinha, rainha não se enquadram nos casos precedentes. Mattoso (1972) afirma que não há nomes que variam em gênero por heteronímia. O que ocorre é que há substantivos privativamente masculinos, e outros, a eles semanticamente relacionados, privativamente feminino.. (p.79) Ele diz que não há uma distinção de gênero expressa por palavras macho e fêmea nos substantivos epicenos, uma vez que o gênero não mudou com a determinação exata do sexo. Segundo Mattoso (1972), há palavras em que um sufixo derivacional se restringe a um substantivo em determinado gênero, e outro sufixo, ou a ausência de sufixo, em forma nominal não-derivada, só se aplica ao mesmo substantivo em outro gênero. Dessa forma, imperador e imperatriz se caracterizam pelo sufixo derivacional dor e triz respectivamente, não sendo sufixo flexional de gênero. Outro caso semelhante é o vocábulo galinha, que é um diminutivo de galo. Assim, o autor considera que a flexão de gênero é uma só, com pouquíssimos alomorfes. Notamos que as gramáticas anteriores a Mattoso (1972) têm uma postura diferente deste autor com relação ao gênero dos nomes. Observamos que em Bechara (2001), há consideráveis contribuições de Mattoso (1972), como por exemplo, quando Bechara (2001:1) diz que o masculino é uma forma geral, não-marcada semanticamente, ao passo que

10 o feminino mostra uma indicação específica. 2) menciona que gênero gramatical pode mostrar-se indiferente à designação do sexo. 3) afirma que para manifestar o feminino, entre outros processos, temos sufixos derivacionais. No entanto, Bechara (2001) não considera que o vocábulo galinha apresenta um sufixo derivacional, como Mattoso defende. 4) cita explicitamente Mattoso, dizendo que este autor faz uma descrição coerente no plural dos nomes em ão. 5) define e explica a flexão de plural e de singular nos nomes. Notamos que há algumas noções que diferem Mattoso (1972) e Bechara (2001) no que diz respeito à manifestação do feminino. Este autor defende que há casos de heteronímia, para formação do feminino, já Mattoso afirma que na flexão de gênero, em português, não há lugar para os chamados nomes que variam em gênero por heteronímia (p.79). Com relação aos substantivos denominados epicenos observamos que Bechara (2001) e Mattoso (1972) não se opõem, mas se complementam, uma vez que Mattoso (1972) diz que não há distinção de gênero expressa por meio dos vocábulos macho e fêmea, isto é, o gênero não muda com a indicação exata do sexo. Bechara (2001) diz que para distinguir sexo empregamos as palavras macho e fêmea. Dessa forma, notamos que os autores focalizam algo diferente ao explicar os epicenos, mas não entram em oposição. Bechara (2001) acrescenta que há os sobrecomuns, que são nomes de um só gênero gramatical que se aplicam, indistintamente, a homens e a mulheres, como o cônjuge, a criança. Mattoso (1972) não traz essa denominação de sobrecomuns, mas reconhece que há nomes substantivos de gênero único, como (a) rosa, (o) amor. Mattoso (1972) afirma que a flexão de gênero é uma só, com muito poucos alomorfes. Bechara (2001) diz que, na manifestação do feminino, temos vários processos. Os dois autores explicam de maneira semelhante o processo de supressão da vogal temática. Porém, Mattoso (1972) diz que ocorre um acréscimo do sufixo flexional a, já Bechara (2001) defende que há mudança ou acréscimo ao radical, sendo que os terminados em o mudam o o em a e os acabados em or, acrescentam o a. Mattoso (1972) fala em supressão da vogal temática quando ela existe no singular. Assim, para esse autor não há vogal temática em autor e para formar o feminino dessa palavra, ele inclui na única regra que ele oferece: o acréscimo do sufixo flexional a: autor + a = autora.

11 Mattoso (1972) afirma que há uma ligeira diferença formal entre substantivos e adjetivos. Ele diz que podem ocorrer adjetivos que apresentam ou não flexão de feminino. Bechara (2001) também tem uma posição semelhante, mas traz denominações de uniformes e biformes para a formação do feminino dos adjetivos. Os uniformes são os que apresentam uma só forma e os biformes, uma forma para o masculino e outra para o feminino. Já existia em Bechara (1970) essa nomenclatura de uniformes e biformes. Bechara (2001) acrescenta que a distinção em gênero e em número tem diferente valor referencial no substantivo e no adjetivo. No substantivo, o gênero e o número modificam a referência, já no adjetivo designam sempre a mesma qualidade. Analisando Mattoso (1972) não encontramos a ideia exposta em Bechara (2001). Bechara (2001) defende Herculano de Carvalho, que segundo este autor palavras como filho/filha, lobo/loba não são formas de flexão, mas, sim, palavras diferentes para indicar o indivíduo macho e o indivíduo fêmea, como homem/mulher, pai/mãe, boi/vaca, pois o que marca a existência das classes do masculino e do feminino é o fato de o adjetivo, o artigo, o pronome, etc., se apresentarem sob duas formas diversas exigidas respectivamente por cada um dos termos de aqueles pares opositivos (p.132). (grifos nossos). Essa posição sustentada por Bechara (2001) não a observamos em Mattoso (1972), que argumenta que o gênero é flexão. Além disso, Mattoso (1972) reconhece que há substantivos privativamente masculinos e outros, a eles semanticamente relacionados privativamente femininos. Assim, ele diz que por exemplo o substantivo mulher é sempre feminino. Portanto, Bechara (2001) defende que gênero não é flexão, ao passo que Mattoso (1972) acredita que gênero é flexão. Mas este autor considera que há casos em que há sufixos derivacionais para formação de feminino, como imperador, que apresenta sufixo derivacional dor; imperatriz, sufixo derivacional triz. Assim, Bechara (2001) expande a ideia de Mattoso (1972) ao dizer que lobo loba, homem mulher são palavras diferentes para assinalar o indivíduo macho e o indivíduo fêmea. Mattoso (1972) afirma que a flexão de gênero, em português, é um traço redundante nos nomes substantivos. Para o autor, o artigo como partícula pronominal adjetiva tem uma função significativa bem definida, tem a mais a função de marcar, explícita ou implicitamente, o gênero dos

12 nomes substantivos. Bechara (2001) menciona que o que marca a existência das classes de masculino e do feminino é o fato de o adjetivo, o artigo, o pronome, etc., se apresentarem sob duas formas diversas exigidas respectivamente por cada um dos termos de aqueles pares opositivos (p.132). Portanto, enquanto Mattoso (1972) fala dos artigos como função de apontar o gênero dos nomes substantivos, Bechara (2001) acrescenta além do artigo, o adjetivo e o pronome para sinalizar a presença do masculino e do feminino. Um fato interessante é que Bechara ao comentar sobre o gênero, define masculino e feminino da seguinte forma: são masculinos os nomes a que se pode antepor o artigo o e são feminino os nomes a que se pode antepor o artigo a. Nesse ponto, parece que Bechara (2001) adere à posição de Mattoso (1972), pois este afirma que, em português, a flexão de gênero é um traço redundante nos substantivos, cabendo ao artigo a função de marcar o gênero, como já comentamos nesse parágrafo. Somente ao longo de sua gramática, Bechara (2001) trouxe Herculano de Carvalho, que inclui os adjetivos e os pronomes na função de indicar o gênero, além do artigo. Essa influência de Mattoso (1972) sobre Bechara (2001) pode também ser explicada pelo fato de, na gramática de 1970, Bechara (1970) ao definir masculino e feminino não utiliza artigo, como em 2001, mas usa o termo mais genérico ao utilizar palavra no lugar de artigo, como mostra a citação de Bechara (1970, p.99): são masculino os nomes a que se pode antepor a palavra o e são femininos os nomes a que se pode antepor a palavra a.. Observa-se que a definição da gramática de 2001 com a de 1970, Bechara define masculino e feminino com as mesmas palavras, trocando somente o vocábulo palavra por artigo. Bechara (2001) afirma que entre as desinências que se combinam com o substantivo, na flexão, está a marca de número. Dessa forma, o substantivo, fora da flexão, pode ser dotado da marca de gênero. (p.117). Assim, o autor defende que, na flexão, não há mudança do significado inerente da palavra semântica, como exemplo, ele cita a variação de número casa/casas e, no adjetivo a de gênero: na variação alto/alta não se altera a significação inerente do adjetivo.. Em Mattoso (1972), como vimos, o gênero dos nomes faz parte da flexão nominal, assim como o número. Bechara (2001) afirma que o número dos substantivos, o gênero e o número dos adjetivos estão na flexão. Ele menciona que todo substantivo está dotado de gênero, que, no português, se distribui entre o

13 grupo do masculino e o grupo do feminino. Assim, são masculinos os nomes a que se pode antepor o artigo o e são femininos os nomes a que se pode antepor o artigo a. Bechara (2001) ressalta que esta determinação genérica não se manifesta no substantivo da mesma forma que está representada no adjetivo ou no pronome, por exemplo, isto é, pelo processo da flexão. Esse autor menciona que apesar de haver substantivos em que aparentemente se manifeste a distinção genérica pela flexão (...) a verdade é que a inclusão num ou noutro gênero depende direta e essencialmente da classe léxica dos substantivos (p.132). Assim sendo, Bechara (2001) cita Herculano de Carvalho, o qual diz que o que permite afirmar a existência das classes do masculino e do feminino é o fato de o adjetivo, o artigo, o pronome, etc., se apresentarem sob duas formas diversas exigidas respectivamente por cada um dos termos de aqueles pares opositivos (p.132). O que há de comum entre Mattoso (1972) e Bechara (2001) é o fato de que o número dos nomes diz respeito à flexão. Pereira (1958) menciona que os substantivos e os adjetivos se flexionam em gênero, número e grau. Já Said Ali (1964) não diz nada a respeito de flexão ou de derivação, apenas fala que os substantivos e os adjetivos variam em gênero e número. Portanto, Mattoso (1972), Pereira (1964) e Bechara (1970) veem que os nomes (substantivos e adjetivos) se flexionam em gênero e número. Já Bechara (2001) apresenta uma posição diferente desses autores. A postura de Bechara, na sua gramática de 2001, comentada acima sobre o gênero dos substantivos, difere da gramática do mesmo autor na edição de Assim, Bechara (1970) afirma que, como os substantivos, o adjetivo pode variar em número, gênero e grau e que os substantivos se flexionam em gênero. Dessa forma, Bechara (2001) mudou seu conceito com relação ao gênero dos substantivos. Um fato interessante que merece ser discutido nesse trabalho é a expressão de grau no português. Há autores que incluem o grau na flexão nominal e outros que o colocam no processo de derivação. Observaremos como os autores Said Ali (1964), Pereira (1958), Bechara (1970), Bechara (2001), Mattoso (1972) veem a expressão de grau no português. Para Pereira (1958), os substantivos e os adjetivos variam em sua terminação, ou seja, mudam de flexão, para designar o gênero, número e grau.

14 Said Ali (1964) não menciona o vocábulo grau em sua gramática para os substantivos. Ele apenas traz um título: Substantivos aumentativos e diminutivos. Diz que os substantivos aumentativos e diminutivos são nomes derivados a partir de nomes primitivos. Dessa forma, o autor fala que há sufixo ou terminação para formar o aumentativo e o diminutivo. Um fato interessante na gramática de Said Ali (1964) é que esse autor reconhece que alguns derivados em ão adquiriram sentido especial. Florão não é qualquer flor grande, mas certo ornato de arquitetura em forma de flor. Portão não é necessariamente porta grande; aplica-se o nome à entrada de um gradil, ainda que tenha dimensões pequenas. (...) (p.33). Notamos que com isso, o autor começa a perceber que os aumentativos não só exageram a significação dos respectivos nomes primitivos (p.32), mas sim adquirem sentido especial. Isso já é um indício de que o autor começou a observar que o sufixo -ão pode criar novos vocábulos, mas o que ele fala é que adquiriram sentido especial. O autor não prossegue sua nota a respeito dos sentidos especiais que algumas palavras apresentam ao usar o sufixo de aumentativo. Além disso, Said Ali (1964) não observa se o diminutivo, em alguns vocábulos, tem a mesma característica do aumentativo em algumas palavras (as terminadas em ão, sufixo, segundo o autor, que é usado para formar o aumentativo) de adquirirem sentido especial (p.33), por exemplo, portão não é necessariamente porta grande. (SAID ALI, 1964, p.33). Para o autor, os nomes derivados são aqueles que, por meio de terminação, se formam novos substantivos, como por exemplo, pedrinha é derivado de pedra. Com relação ao grau dos adjetivos, Said Ali (1964) não diz se é flexão ou derivação, usando essas palavras explicitamente. O autor ao se referir ao íssimo utiliza o vocábulo terminação. Portanto, levando em conta o que Said Ali (1964) comentou: os adjetivos variam, como os substantivos, em gênero e número (p.50), entendemos que o autor não se posiciona no que diz respeito ao grau se é um processo de flexão ou de derivação, embora ele tenha falado que, para os substantivos aumentativos ou diminutivos, há palavras derivadas, as quais por meio de terminação, formam-se novos substantivos. Bechara (1970) afirma que, como os substantivos, o adjetivo pode variar em número, gênero e grau. Bechara (1970) cita a NGB, que estabelece dois graus de significação do substantivo: a) aumentativo e b) diminutivo.

15 Para Bechara (1970), a flexão gradual do substantivo se realiza por dois processos: a) sintético, que consiste no acréscimo de um final especial denominado sufixo aumentativo ou diminutivo; b) analítico, que consiste no emprego de uma palavra de aumento ou diminuição junto ao substantivo. Segundo Bechara (1970), há três graus na qualidade expressa pelo adjetivo: positivo, comparativo e superlativo. Observamos que Bechara (1970) não menciona para o grau dos adjetivos a palavra flexão ou desinência. Ele apenas comenta que o superlativo absoluto sintético é obtido por meio da terminação íssimo acrescida ao adjetivo no grau positivo e se refere ao íssimo(a) como sufixo intensivo. Assim, notamos que Bechara (1970) usa os termos terminação íssimo e sufixo intensivo quando se refere ao -íssimo(a) ao prescrever o grau dos adjetivos. Já para o grau dos substantivos, fica claro que Bechara (1970) entende-o como flexão. Esse autor muda sua postura na gramática de Bechara (2001, p.140) diz que os substantivos apresentam-se com a sua significação aumentada ou diminuída, auxiliados por sufixos derivacionais (itálicos nossos). Ainda cita novamente a NGB e diz que ela confunde flexão com derivação. No entanto, o autor traz o conceito da NGB sobre o grau do substantivo. Esse conceito estabelece dois graus de significação do substantivo: o aumentativo e o diminutivo. Bechara (2001) afirma que derivação gradativa do substantivo se concretiza por dois processos, em uma prova muito clara de que está diante de um processo de derivação e não de flexão: a) sintético: consiste no acréscimo de um final especial chamado sufixo derivacional aumentativo ou diminutivo; b) analítico: consiste em empregar uma palavra de aumento ou diminuição (grande, enorme, pequeno, etc) junto ao substantivo. Comparando Bechara (1970) com Bechara (2001), vemos que o primeiro usa o termo sufixo aumentativo ou diminutivo para se referir ao final especial acrescido ao substantivo a fim de expressar o grau superlativo absoluto sintético. Já o segundo utiliza a expressão sufixo derivacional aumentativo ou diminutivo para designar o final especial acrescido ao substantivo para expressar o grau superlativo absoluto sintético. Isso já é o reflexo da postura defendida por Bechara (2001), contrapondo-se ao Bechara (1970). Mattoso (1972, p.73) defende que a expressão de grau não é um processo flexional em português, porque não é um mecanismo obrigatório e coerente, e não estabelece paradigmas exaustivos e de termos exclusivos entre si.. Bechara (2001) diz que a gradação, em português, tanto no

16 substantivo como no adjetivo, se manifesta por procedimentos sintáticos, e não morfológicos, ou por sufixos derivacionais. Analisando ambos os autores, verificamos que eles sustentam que o grau, em português, não é um processo de flexão, mas sim de derivação. 4. Definições e contribuições de Mattoso (1972), de Bechara (2001) e de Bybee (1985) sobre flexão e derivação. Mattoso (1972, p.72) diz que na flexão há obrigatoriedade e sistematização coerente. Ela é imposta pela própria natureza da frase (...). Os morfemas flexionais estão concatenados em paradigmas coesos e com pequena margem de variação. (itálicos nossos). Mattoso (1972) afirma que os sufixos derivacionais estão destinados a criar novos vocábulos. Para ele, as palavras derivadas (...) não obedecem a uma pauta sistemática e obrigatória para toda uma classe homogênea do léxico (p.71). Mattoso (1972) menciona que os morfemas gramaticais de derivação não constituem assim um quadro regular, coerente e preciso (p.71). Bechara (2001, p.140) afirma que a flexão se processa de modo sistemático, coerente e obrigatório em toda uma classe homogênea, fato que não ocorre na derivação.. Observamos, a partir desses trechos citados, que Mattoso (1972) e Bechara (2001) apresentam o mesmo conceito com relação à flexão e à derivação. Bechara (2001) usa as mesmas palavras de Mattoso (1972), ou melhor, apenas transforma os substantivos obrigatoriedade e sistematização, em adjetivos sistemático e obrigatório (1972) para definir flexão e derivação. Bechara (2001) ainda usa classe homogênea e coerente, vocábulos encontrados na definição de Mattoso (1972). Dessa forma, verificamos que Bechara (2001) segue as ideias de Mattoso (1972). Isso fica evidente a contribuição de Mattoso (1972) para o gramático Bechara (2001). Vejamos como Mattoso (1972) e Bechara (2001) tratam a questão dos gêneros. Notamos que Mattoso reconhece a flexão no gênero, pois ele afirma A flexão de gênero é uma só, com pouquíssimos alomorfes (...) (p.79). Ele diz que a flexão de gênero é um traço redundante nos nomes substantivos portugueses. Para esse autor, o artigo e o pronome marcam explícita ou implicitamente o gênero dos nomes substantivos (p.81). Bechara (2001) também reconhece que o artigo, o pronome, o adjetivo etc., ao se apresentarem sob duas formas diversas exigidas pelos pares opositivos _ masculino e feminino _, marcam assim a classe do masculino

17 e do feminino (p.132). Dessa forma, vemos que os dois autores concordam com a ideia de que o artigo e o pronome (Mattoso não cita adjetivo como Bechara (2001)) marcam a flexão nos nomes em português. Cabe ressaltar que Bechara (2001) não afirma, categoricamente, que o gênero está fora da flexão. Já Mattoso menciona sobre a flexão de gênero ao longo se seu texto. Bybee (1985) diz que o critério com maior sucesso para a definição de derivação e flexão é a obrigatoriedade (GREENBERG, 1954 apud BYBEE, 1985). Com relação a conceitos de que os processos derivacionais criam novos itens lexicais, enquanto que os processos flexionais não, de que os morfemas derivacionais podem mudar a categoria sintática da palavra resultante, enquanto que os morfemas flexionais nunca fazem isso. Ela afirma que nenhum desses critérios, exceto talvez o critério da obrigatoriedade, na verdade, fornece uma divisão distinta entre os processos derivacionais e flexionais. Para Bybee, a morfologia derivacional é transicional entre a expressão lexical e a flexional, ou seja, entre a expressão flexional e lexical encontra-se a morfologia derivacional. Bybee (1985) afirma que, na expressão flexional, cada elemento semântico é expresso em uma unidade individual, mas essas unidades são ligadas em uma palavra única. A expressão flexional pode ser em forma de afixos adicionais ao radical ou na forma de uma mudança no próprio radical. A autora diz que a expressão flexional é por definição muito geral. Uma categoria morfológica é flexional se algum membro da categoria obrigatoriamente se une ao elemento do radical. Assim, uma categoria flexional deve ser combinável com algum radical com o propósito de aspectos sintáticos e semânticos, mantendo um significado previsível. A expressão derivacional assemelha-se à expressão em que os morfemas derivacionais são frequentemente restritos em aplicabilidade e idiossincráticos em formação ou significação. Assemelha-se à expressão flexional em que dois morfemas distintos são combinados em uma única palavra. Bybee fala que há dois tipos de morfema derivacional. Esses dois tipos são: a) morfemas derivacionais que mudam a categoria sintática da palavra em que se aplicam; b) morfemas derivacionais que não mudam a categoria sintática da palavra em que se aplicam. A autora menciona que podemos aplicar o critério da relevância, no segundo tipo, da mesma forma que ela tem aplicado para as categorias flexionais. Dessa forma, as

18 grandes mudanças de significado são características dos processos derivacionais que não mudam as categorias sintáticas. Segundo Bybee, os processos derivacionais apresentam mais restrições em sua aplicabilidade do que os processos flexionais. Os processos não-produtivos terão restrições lexicais arbitrárias, mas até os processos derivacionais produtivos podem ser aplicáveis somente em um campo semântico, sintático ou fonológico muito restrito. Já as categorias flexionais devem ter generalidade lexical completa. Isto não significa que todas as expressões de uma categoria flexional devem ser regulares ou produtivas. Para a autora, quanto mais geral um processo morfológico, mais ele se parecerá com o processo flexional. Para Bybee (1985), o critério da generalidade não distingue absolutamente a morfologia derivacional e a flexional, já que os processos flexionais não são sempre gerais totalmente. Na flexão, deve ter no mínino um tipo de formação que é produtivo. Isto não é uma exigência da derivação. Bybee comenta algumas das causas da falta de generalidade lexical. Diz que há várias razões por que um processo morfológico pode carecer de generalidade lexical. Ela dá uma breve consideração dessas razões e fala que ajudará a entender a diferença entre derivação e flexão. Assim, os processos derivacionais frequentemente criam combinações de significado que são já representados lexicalmente. Esses casos são raros porque tanto a derivação como a forma não-derivada existem. Como Clark e Clark (1979 apud BYBEE 1985) observaram, é usual para a forma derivada ser rejeitada se a combinação semântica já está representada lexicalmente. O exame de categorias derivacionais e flexionais apresenta, então, que as diferenças formais entre esses dois tipos de expressões são estreitamente relatadas para propriedades dos significados dessas categorias. Dessa forma, Bybee conclui então que não há necessariamente uma distinção discreta entre flexão e derivação. 5. Outras contribuições de Bybee (1985) para a Morfologia A abordagem de Bybee é bastante diferente, pois o objetivo dessa autora não é propor um modelo descritivo de morfologia, mas sim propor certos princípios na teoria da morfologia, cujo objetivo é explicar as propriedades recorrentes dos sistemas morfológicos. A autora não

19 desmerece o trabalho dos estruturalistas. Ela quer trabalhar com princípios comuns às línguas. Assim, para Bybee, muitas das propriedades dos sistemas morfológicos podem ser explicadas. Ela estuda a fusão e a alomorfia, que são tradicionalmente vistos como problemas. A autora estabelece limites na arbitrariedade na morfologia. Afirma que, até na morfologia, a relação entre significado e forma não é totalmente arbitrária. A autora diz que o formal acompanha o semântico. Há relação entre forma e conteúdo. Ela procura ver a parte semântica na morfologia. Segundo Bybee, o morfema zero não é distribuído aleatoriamente. Esses morfemas zero estão associados com certos membros de categorias gramaticais considerados mais básicos, mais simples. Bybee quer mostrar que a serviço da flexão, não são usados somente os recursos da flexão, mas também os recursos sintáticos e os recursos lexicais propriamente ditos (como por exemplo, pai mãe, tinha feito etc). Para Bybee, os morfemas flexionais são mais comuns, mais gerais. Exemplo: o s de marcação de plural no português. Esse s combina com maior número de radicais, são mais gerais e mais vazios semanticamente. A morfologia derivacional é mais restrita, por exemplo, o esa não se aplica ao vocábulo menino. Não existe a forma *meninesa. Da mesma forma, o sufixo -ice forma, por exemplo a palavra velhice, mas não *rapazice. No que diz respeito à generalização, os morfemas flexionais (ou categorias flexionais) são mais comuns, são mais gerais. Para Bybee, a noção semântica será codificada como uma categoria flexional em dois casos, isto é, para ser flexional: 1º) a noção semântica deve ser altamente relevante para o significado do radical; 2º) a noção semântica deve ter uma aplicação muito geral (generalização). Para ilustrar a generalização, temos novamente o s para marcação de plural e o a para fazer o feminino, que é mais geral em português. Dessa forma, Bybee comenta as categorias mais comuns, para ser flexional, precisa ter uma relevância suficiente, isto é, necessita ser relevante, mas não tanto a ponto de levar a uma lexicalização da palavra. A relevância não pode ser tão específica. Para a autora, as combinações de noções relevantes tendem a ser lexicalizadas. As categorias relevantes produzem palavras derivadas. Essas palavras derivadas diferem mais em significado com relação ao significado de suas bases.

20 Bybee estudou a ordem dos morfemas. Os morfemas derivacionais ocorrem mais próximos do radical a que se ligam do que os morfemas flexionais fazem. A partir do estudo dessa autora, entendemos que a ordem dos morfemas ligada ao radical leva em conta o grau de relevância. Assim, quanto mais próximo ao radical estiver um morfema, mais relevante ele será. Verificamos que, na flexão verbal portuguesa, o morfema modo-temporal diz mais sobre o verbo do que o morfema númeropessoal. Assim o morfema modo-temporal está mais próximo ao radical do que o morfema número-pessoal. No verbo cantávamos, por exemplo, temos cant- (radical), a (vogal temática), va (morfema modo-temporal) e mos (morfema número-pessoal). Assim o va está mais próximo do radical. É mais importante porque indica pretérito imperfeito. Depois segue o mos (que é o morfema número-pessoal do sujeito, que é um elemento externo ao verbo, isto é, não diz sobre ao verbo, mas, sim, diz respeito ao sujeito, à pessoa do discurso.). Bybee estudou também que, nos paradigmas flexionais, há formas básicas e formas derivadas. A autora diz que quando uma criança começa a adquirir a linguagem, essa criança usa apenas uma forma do paradigma e substitui todas as outras formas por essa que ela adquiriu. A única forma escolhida é, quase sempre, a forma básica, das quais as outras podem ser derivadas. Dessa forma, a forma básica para a criança é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Assim, a criança construirá as outras formas usando a primeira como base. Bybee contribuiu muito para o estudo dos verbos. A autora diz que existem verbos que possuem um único radical e há verbos com mais radicais, os quais não são aleatórios, uma vez que cada um dos radicais apresenta um valor semântico próprio. Essa autora estudou também quais tipos de relações existem entre as palavras de um paradigma. Assim percebemos que o radical do pretérito do verbo fazer é diferente ao radical do presente. Esse radical do pretérito já traz noções semânticas de pretérito. 6. Considerações finais Por meio desse estudo, podemos verificar como as gramáticas tradicionais de Pereira (1958), de Said Ali (1964) de Bechara (nas suas duas edições _ de 1970 e de 2001), Mattoso (1972) se posicionam a respeito

21 dos verbos e dos nomes na morfologia portuguesa. Observamos quais mudanças ocorreram nessas gramáticas tradicionais à medida que iam avançando os estudos linguísticos de Mattoso (1972) e de Bybee (1985). Dessa forma, discutimos as contribuições desses dois linguistas para o estudo da Morfologia do Português. A abordagem de Bybee é bastante diferente dos estudiosos que vimos nesse trabalho, porque o objetivo dessa autora não é propor um modelo descritivo de morfologia, mas sim propor certos princípios na teoria da morfologia, cujo objetivo é explicar as propriedades recorrentes dos sistemas morfológicos. Ela quer trabalhar com princípios comuns às línguas. Para ela, muitas das propriedades dos sistemas morfológicos podem ser explicadas. Bybee estabelece limites na arbitrariedade na morfologia. A autora menciona que até na morfologia a relação entre significado e forma não é totalmente arbitrária. Afirma que o formal acompanha o semântico. Menciona que há relação entre forma e conteúdo. A autora procura ver a parte semântica na morfologia. Mesmo com toda essa abordagem, Bybee não desmerece o trabalho dos estruturalistas. De modo geral, o que vimos em outros estudiosos citados nesse trabalho é que eles não trabalham com princípios comuns às línguas, mas se voltam somente para a língua portuguesa. O que difere de Bybee. Outra questão que distingue Bybee desses estudiosos é que ela procura explicar as propriedades recorrentes dos sistemas morfológicos e eles procuram descrevê-los, esquematizá-los, estudando somente o português. Eles, por exemplo, partem das conjugações para analisar os verbos portugueses. Ela não se detém ao estudo de uma língua somente, mas procura estabelecer princípios comuns às línguas, como mencionamos no parágrafo anterior. Bybee estuda os princípios gerais que regem a morfologia, como a relevância e a generalidade. A autora não nega o que os gramáticos e Mattoso fizeram. Podemos dizer assim que Bybee e esses estudiosos se completam com relação ao estudo da Morfologia. Esperamos ter contribuído para o estudo das gramáticas tradicionais portuguesas e da morfologia verbal e nominal portuguesa.

22 Referência BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa curso médio. 18.ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, BYBEE, J. Morphology A study of the relation between meaning and form. Amsterdam/Philadelphia, John Benjamins, MATTOSO CAMARA JR, J. Estrutura da língua portuguesa. 3.ed. Petrópolis: Editora Vozes Limitada, PEREIRA, E. C. Gramática Expositiva - curso superior ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, SAID ALI, M. Gramática secundária da língua portuguesa. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1964.

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