Inspeção de Sistemas de. Módulo 4 Medição de Vazão

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Inspeção de Sistemas de. Módulo 4 Medição de Vazão"

Transcrição

1 C u r s o Inspeção de Sistemas de Medição de Gás NATURAL Módulo 4 Medição de Vazão

2 C u r s o Inspeção de Sistemas de Medição de Gás NATURAL Módulo 4 Medição de Vazão desafio 1 Variáveis de Processo

3 Módulo 4 Medição de Vazão SUMÁRIO 1. Viscosidade 1.1. Viscosidade Absoluta ou Dinâmica (µ) 1.2. Viscosidade Cinemática 2. Efeito da Temperatura sobre a Viscosidade 3. Efeito da Pressão sobre a Viscosidade 4. Fluido Newtoniano 4.1. Fluido Não Newtoniano 5. Viscosidade dos gases 6. Densidade 6.1. Densidade absoluta dos Gases 7. Pressão 8. Temperatura 8.1. Escalas de Temperatura

4 VARIÁVEIS DE PROCESSO Neste conteúdo, será abordado a viscosidade e suas características, bem como a densidade, pressão e temperatura dos gases. Preste bastante atenção e bons estudos! 1. Viscosidade A viscosidade é uma variável de processo independente e é uma característica do material. Em relação à vazão, a viscosidade é a variável de maior influência na medição da vazão de fluidos em tubulações fechadas. Veremos mais adiante que, no cálculo de vazão por sistemas de medição com pressão diferencial, a viscosidade é um dos fatores usados para o cálculo do número de Reynolds utilizado no cálculo do coeficiente de descarga dos elementos geradores de pressão diferencial. ATENÇÃO A viscosidade do fluxo determina o perfil da velocidade da vazão dentro da tubulação, afetando seriamente o desempenho do medidor de vazão. A viscosidade é a média dos efeitos combinados de adesão e coesão das moléculas do fluido entre si, e expressa a facilidade ou dificuldade com que o mesmo escoa, quando submetido a uma força externa. A viscosidade pode ser definida como sendo a resistência que o fluido oferece ao deslocamento de suas moléculas em relação às outras. Os fluidos altamente viscosos ou que possuem alta viscosidade oferecem alta resistência à vazão, e não escorrem ou vazam tão facilmente como os fluidos de baixa viscosidade. Geralmente, a viscosidade de óleo lubrificante é elevada; já a viscosidade da água é comparativamente muito menor. Há várias propriedades e termos ligados à viscosidade, tais como deformação, dilatação, consistência, compressibilidade e elasticidade: Deformação É qualquer deformação da forma ou das dimensões de um corpo causada por tensão mecânica, expansão ou contração térmica, transformação química ou física, diminuição ou expansão devidas à variação da umidade. Dilatação É o aumento do volume por unidade de volume de qualquer substância contínua causado pela deformação. Consistência - É a capacidade de um material resistir à variação permanente de seu formato, ou seja, é o grau de solidez ou fluidez de um material.

5 Compressibilidade É a diminuição relativa do volume causada pelo aumento da pressão. Elasticidade É o comportamento reversível de deformação e pressão mecânica Viscosidade Absoluta ou Dinâmica (µ ) Princípio da aderência: Para se determinar o valor da viscosidade absoluta ou dinâmica, considere o comportamento de um elemento fluido, por exemplo, um líquido, entre duas placas infinitas, sendo uma fixa e a outra se movendo com velocidade constante, V, sob influência de uma força constante aplicada, F: Fig. 01 Representação esquemática de um fluido entre duas placas. Partindo do princípio em que as partículas fluidas junto ás superfícies sólidas adquirem as velocidades dos pontos das superfícies com as quais estão em contato. As partículas em contato com a placa superior têm velocidade constante, V, igual a da placa em movimento. Já as partículas fluidas em contato com a placa inferior têm velocidade nula. Entre as partículas existe atrito, que por ser uma força tangencial, forma tensões de cisalhamento,, com sentido contrário ao do movimento, como a força de atrito.

6 Fig. 02 Representação tensão de cisalhamento. A partícula em contato com a placa superior origina uma força de mesma direção, mesma intensidade, porém sentido contrário à força responsável pelo movimento. Esta força é denominada de força de resistência viscosa,. Fig. 03 Representação das forças resultantes do escoamento do fluido. A tensão de cisalhamento,, aplicado ao elemento fluido é dada pela razão entre a força de resistência viscosa,, e a área de contato do fluido na superfície da placa: Lei de Newton da Viscosidade: A camada de fluido de espessura,, limitado por dois planos paralelos de área A, é subdividido em um número infinito de camadas do mesmo fluido, cada uma com área A e altura. Quando uma diferença de velocidade é imposta ao sistema, cada camada estará a uma velocidade diferente da camada adjacente e um gradiente de velocidade é estabelecido através do fluido.

7 Fig. 04 Representação esquemática do gradiente de velocidade. Newton assumiu que a força,, por unidade de área necessária para manter a diferença de velocidade constante entre as camadas adjacentes era proporcional ao gradiente de velocidade e à área. Como, A tensão de cisalhamento é proporcional ao gradiente de velocidade. A constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade é a viscosidade absoluta, ou simplesmente viscosidade -µ. O fator de proporcionalidade, µ, é constante e característico de cada material. O gradiente de velocidade representa o cisalhamento que o fluido sofre.

8 Como as dimensões da tensão de cisalhamento é dada por e as dimensões do gradiente de velocidade,, as dimensões de µ devem, de fato, ser. A unidade da viscosidade absoluta no S.I. é o poiseuille ou pascal segundo: Sendo a força igual à massa vezes a aceleração, podemos escrever: Deduz-se, então, que: E simplificando: No sistema C.G.S (sigla maiúscula para centímetro-grama-segundo), a unidade de viscosidade absoluta é o poise: O centipoise (cp) é a unidade mais usada na prática Viscosidade Cinemática é a divisão da viscosidade absolu-, à mesma temperatura. A viscosidade cinemática ta µ pela densidade do fluido

9 . A equação dimensional da viscosidade cinemática é No sistema S.I., a unidade é o metro quadrado por segundo (m²/s). Como foi feito anteriormente, podemos expressar a massa como a relação entre a força e a aceleração: E, em conseqüência, a densidade poderá ser representada da seguinte forma: Colocando, então, este valor da densidade na equação = µ / e observando que, temos: E simplificando: No sistema C.G.S., a unidade é o Stokes: O centistokes (cst) é a unidade mais usada na prática.

10 2. Efeito da Temperatura sobre a Viscosidade Gases: Todas as moléculas gasosas estão em movimento contínuo, aleatório. Quando há um movimento da massa em decorrência do escoamento, aquele é superposto ao movimento aleatório. Ele é então distribuído por todo o fluido pelas colisões moleculares. Esta última aumenta com o aumento da temperatura, e conseqüentemente, aumenta a energia cinética das moléculas. As análises com base na energia cinética prevêem que a viscosidade dos gases é diretamente proporcional à energia cinética das moléculas, portanto, a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. ATENÇÃO Porém, em pressões muito elevadas, a viscosidade inverte; a viscosidade é inversamente proporcional à temperatura. O gás sob altíssima pressão se comporta como líquido. Fig Viscosidade do ar. Até a pressão de 1500 psia, as variações da viscosidade não afetam a maioria das medições de vazão. Adicionalmente, as vazões de gases se processam com o elevadíssimo número de Reynolds, onde mesmo as grandes variações da viscosidade não afetam a medição da vazão. SAIBA MAIS psi (pound force per square inch) ou libra por polegada quadrada é a unidade de pressão utilizada nos sistemas inglês e americano. Líquidos: Em virtude dos efeitos da interação de campos de força entre as moléculas líquidas muito próximas, as viscosidades dos líquidos são afetadas drasticamente pela temperatura. Com o aumento da temperatura, o grau de agitação das moléculas aumenta, fazendo com que se distancie uma das outras e, conseqüentemente, diminuindo o campo de força entre elas, sendo necessária uma menor tensão de cisalhamento para que as moléculas deslizem 10

11 uma sobre as outras. Com a diminuição da temperatura, ocorre o contrário, uma maior tensão de cisalhamento é necessária para que o fluido escoa. Logo, a viscosidade de um líquido é diretamente proporcional à força de atração entre as moléculas, ou seja, o aumento da temperatura diminui a viscosidade dos líquidos. Fig.06 Viscosidade dinâmica da água. 3. Efeito da Pressão sobre a Viscosidade Gases: A viscosidade dos gases independe essencialmente da pressão entre alguns centésimos de uma atmosfera e algumas atmosferas. Entretanto, a viscosidade a pressões elevadas aumenta com a pressão, Tabela 01. O aumento de pressão, geralmente, está relacionado à diminuição do volume do sistema e/ou ao maior número de molécula por unidade de volume do sistema. Isto faz com que a distância intermolecular diminua, aumentando o número de colisões moleculares. 11

12 Tabela 01 Viscosidade de alguns gases em altas pressões Gás T (K) P(bar) ( P) 30,4 212,8 Oxigênio Metano 500 Isobutano Amônia , , , Dióxido de Carbono 500 n-pentano , , Líquidos: As viscosidades da maioria dos líquidos não são afetadas por 12

13 pressões moderadas; porém, grandes aumentos foram verificados a pressões muito altas. Por exemplo, a viscosidade da água a atm é o dobro daquela a 1 atm. Compostos mais complexos apresentam um aumento de viscosidade de diversas ordens de grandeza para a mesma faixa de pressão. 4. Fluido Newtoniano Os fluidos nos quais a viscosidade, para uma determinada temperatura, é independente do tempo e da tensão de cisalhamento são Newtonianos. Como característica, a resultante do gráfico de tensão de cisalhamento versus taxa de deformação é uma reta, cuja inclinação constante é justamente a viscosidade do fluido. A resultante do gráfico de viscosidade versus a taxa de deformação é uma reta horizontal. ATENÇÃO Todos os gases, a maioria dos líquidos e as misturas de finas partículas esféricas em líquidos e em gases são fluidos newtonianos. O perfil de velocidade estabelecido por um fluido newtoniano é a condição de referência básica para os medidores de vazão. Fig. 07 Viscosidade de fluido Newtoniano Fluido Não Newtoniano Os fluidos nos quais a tensão de cisalhamento não é diretamente proporcional à taxa de deformação são não-newtonianos. Os fluidos não-newtonianos podem ser divididos em três tipos diferentes: a) Independente do tempo, mas com a viscosidade dependente da tensão de cisalhamento. Fluidos Plásticos: Os fluidos plásticos são dependentes da tensão de cisalhamento e se comportam como sólido em condições estáticas ou de repouso até que uma tensão mínima seja excedida para iniciar o escoamento. Depois deste valor, a curva é linear. Quando a curva é não linear, o fluido é chamado de Plástico de Bingham. 13

14 Fig. 08 Viscosidade de fluidos plásticos. Um exemplo deste tipo de material é o catchup. Para que o fluido comece a escoar, é necessária uma batida no frasco. Esta força impulso aplicada ao frasco, por batida ou por sacudida, é necessária para ultrapassar o valor limite do plástico. Fluidos Pseudoplásticos: Os fluidos em que a viscosidade diminui continuamente, sem um valor limite definido, com a taxa de deformação crescente são chamados de fluidos pseudoplásticos. A maioria dos fluidos nãonewtonianos enquadra-se nesta categoria. Fig. 09 Fluidos pseudoplásticos. Esses materiais amolecem quando agitados e endurecem quando em repouso. Eles se comportam como se perdessem temporariamente a viscosidade. A tensão de cisalhamento tornaos mais finos, reduzindo a viscosidade deles. Os exemplos de pseudoplásticos incluem as soluções poliméricas, suspensões coloidais e polpa de papel em água. Fluidos Dilatantes: A viscosidade dos fluidos dilatantes, ao contrário dos pseudoplásticos, aumenta com o aumento da taxa de deformação. Ele possui uma viscosidade menor quando em repouso e grande 14

15 viscosidade quando agitado. Fig. 10 Fluido dilatante. b) Dependente do tempo e da tensão de cisalhamento. Alguns fluidos apresentam mudanças na viscosidade em função do tempo sob condições constantes de taxa de cisalhamento. Há duas categorias a serem consideradas: Fluidos Tixotrópicos: A viscosidade dos fluidos tixotrópicos decresce com o tempo, enquanto são submetidos a uma tensão tangencial constante. A tixotropia pode ser definida como a propriedade de certos fluidos que se liquefazem quando submetidos a forças vibratórias ou quando agitados e que se solidificam quando deixados em repouso. A resultante do gráfico de tensão de cisalhamento versus a taxa de deformação é uma curva com o formato de um loop, semelhante à curva de histerese. Nela, podemos ver que o fluido tixotrópico pode assumir valores diferentes de viscosidade, para iguais valores de tensão de cisalhamento e taxa de deformação. SAIBA MAIS A palavra histerese deriva da palavra grega hysteresos ( atraso ou posterior ) e significa atraso. A histerese é a tendência de um material ou sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou. A viscosidade do material tixotrópico, quando se mantém a mesma tensão de cisalhamento, decai com o tempo. 15

16 Fig. 11 Fluido tixotrópico. Fluidos Reopéticos: A viscosidade dos fluidos reopéticos, ao contrário dos tixotrópicos, aumenta com o tempo enquanto são submetidos a uma tensão tangencial constante. Os materiais reopéticos são antitixotrópicos. Eles endurecem quando agitados e permanecem moles quando em repouso. A resultante do gráfico de tensão de cisalhamento versus a taxa de deformação para um fluido reopético, também, é uma curva com o formato de um loop, análoga à curva de histerese. A viscosidade do fluido reopético, quando se mantém a mesma tensão de cisalhamento, aumenta com o tempo. Fig. 12 Fluido reopético. c) Fluidos Viscoelásticos São fluidos com características tanto de líquido viscoso como de sólido elástico e exibe uma recuperação parcial depois da deformação. Embora o material seja viscoso, ele exibe certa elasticidade do formato e é capaz de armazenar a energia de deformação. Esse comportamento é típico de polímeros derretidos. 5. Viscosidade dos gases Abaixo, são dadas algumas indicações sobre métodos de estimativa da viscosidade de gases em função da temperatura, os quais não são muito precisos, mas são normalmente satisfatórios para efeito da estimativa da vazão. Quando são conhecidos os valores da viscosidade em duas temperaturas diferentes, a viscosidade em outras temperaturas pode ser estimada através de interpolação ou extrapolação, utilizando-se uma equação exponencial do tipo: 16

17 Os valores de A e n podem ser calculados por: Em que, µ = viscosidade absoluta; T = temperatura. A tabela 02 mostra valores experimentais de viscosidade para alguns gases e algumas temperaturas, a baixas pressões. Tabela 02 Viscosidade de alguns gases em baixas pressões. 17

18 Gás t(ºc) ( P) t(ºc) ( P) t(ºc) ( P) Acido Acético Acetileno Amônia Benzeno 28 73, , Bromotriflurometano Isobutano n-butano Butano 20 76, , Dióxido de Carbono Disulfeto de Carbono , Tetracloreto de Carbono Cloro Clorofórmio Ciclohexano 35 72, , Dimetil Éter 20 90, Etano Acetato de Etila Etanol Dietil Éter , n-hexano Metano Acetato de Metila Metanol Cloreto de Metila Nitrogênio Isopropanol Propileno Dióxido de Enxofre Tolueno 60 78, Nota: 1 µp = 10-6 P = 10-4 cp. Quando se conhece a viscosidade em apenas uma temperatura, a viscosidade em outra temperatura pode ser estimada por: Em que: Te = temperatura de ebulição, Kelvin (K). Ou por: ATENÇÃO A temperatura crítica é a temperatura de um gás acima da qual este não pode ser liquefeito por aumento de pressão, qualquer que seja o valor da pressão aplicada. 18

19 Em que: Tc = temperatura crítica, K. Para misturas gasosas, a viscosidade pode ser estimada aproximadamente a partir da viscosidade dos gases componentes pela seguinte equação: Em que: X i = fração molar do componente; µ i = viscosidade do componente; M i = massa molar do componente, kg/kmol; 6. Densidade A densidade absoluta de um fluido é definida como a massa do fluido por unidade de volume. No cálculo da vazão, é necessário se conhecer a densidade do fluido nas condições de operação a montante do elemento primário. No caso de vazão volumétrica, é necessário se conhecer também a densidade do fluido nas condições de referência. A determinação da densidade nem sempre é uma tarefa fácil. Para algumas substâncias puras e algumas misturas, existem dados publicados que permitem a estimativa da densidade em diversas condições de pressão e temperatura. Existem, também, vários métodos para estimativa da densidade, a partir da composição do fluido e da sua pressão e da sua temperatura. Alguns destes métodos serão vistos adiante. Quando o fluido que está sendo medido está sujeito a variações de composição, é recomendada a determinação da densidade, através de análises de laboratório ou de instrumentos em linha. Deve-se observar que, para a determinação indireta da densidade de operação, é necessário se conhecer a pressão e a temperatura de operação. Desta forma, quando a pressão e a temperatura de operação estão sujeitas a variações, é necessário prever, no projeto, meios de se medir estas variáveis. ATENÇÃO A densidade absoluta não deve ser confundida com a densidade relativa. A densidade relativa de um fluido é a relação entre a sua densidade e a densidade de um segundo fluido de referência. Para líquidos, o fluido de referência é a água; para gases, é o ar. A densidade relativa, portanto, é um número adimensional. 19

20 Para líquidos, a densidade relativa deve ser sempre acompanhada de dois valores de temperatura, por exemplo, d20/4 = 0,850 significa que a densidade de um líquido a 20ºC dividida pela densidade da água a 4ºC é igual a 0,850. No Brasil, o fluido de referência para líquidos, é água a 4ºC. Como a densidade da água a 4ºC é 1,000 g/cm³, o valor numérico da densidade relativa é igual ao da densidade absoluta em g/cm³. Para gases, o significado de densidade relativa é um pouco diferente. Neste caso, densidade significa a relação entre a densidade do gás e densidade do ar, ambos estando nas condições normais de temperatura 0ºC (273,15 K) e pressão 1 atm ( Pa). Em que: = densidade relativa; = densidade absoluta do gás a 0ºC e Pa; = densidade absoluta do ar a 0ºC e Pa Densidade absoluta dos Gases A densidade absoluta de um gás depende da sua composição, da pressão e da temperatura em que se encontra. Quando não for possível medir diretamente a massa específica do gás nas condições de operação, ou não se dispuser de dados experimentais que permitam a estimativa da densidade absoluta nas condições de operação, a densidade absoluta pode ser estimada através dos métodos expostos a seguir. Para gases perfeitos ou ideais, a massa específica é dada por: Em que: 20

21 = densidade absoluta do gás, kg/m³; = pressão absoluta do gás, Pa; = massa molar do gás, kg/kmol; = temperatura absoluta do gás, K; = constante universal dos gases, Pa.m³/(kmol.K) O valor de R 0 depende do sistema de unidades utilizado. Para o SI, o valor de R 0 é 8314,41 Pa.m³/(kmol.K): Para gases reais, é necessário introduzir o fator de compressibilidade, Z, para corrigir os desvios dos gases reais em relação aos gases perfeitos. A equação acima fica sendo: O fator de compressibilidade Z depende da composição do gás e de sua pressão e temperatura. Os métodos empregados para estimativa de Z, serão discutidos mais adiante. Para misturas gasosas, a massa molar da mistura é dada por: Em que: M = Massa molar da mistura, kg/kmol; X i = Fração molar da mistura; M i = Massa molar do componente i, kg/kmol. 7. Pressão A pressão é a força normal (perpendicular à área) exercida em determinada área de um corpo. 21

22 Fig. 13 Representação da força normal, Fn, exercida em uma área, A. Em que: P = Pressão; F n = Força normal; A = Área. A unidade no SI de pressão é o pascal, Pa: DICAS Como o pascal é uma unidade muito pequena, é comum usar o kpa (10³ Pa). 100 kpa equivale a 1 kgf/cm² e é igual a, aproximadamente, 14,22 psi. 1 Pa = 1 N/1 m² A pressão pode ser classificada como: Pressão atmosférica - É a força por unidade de área exercida pelo ar contra uma superfície. Esta força equivale ao peso dos gases que estão presentes no ar e que compõe a atmosfera. A pressão atmosférica pode variar de um lugar para o outro, em função da altitude e das condições meteorológicas (como a unidade e a densidade do ar). Ao nível do mar, esta pressão é aproximadamente de 760 mmhg, ou 1 atm. Quanto mais alto o local, mais rarefeito é o ar e, portanto, menor a pressão atmosférica. O instrumento que mede a pressão atmosférica é o barômetro. SAIBA MAIS O barômetro foi inventado por Evangelista Torricelli em Pressão manométrica É determinada tomando-se como referência a pressão atmosférica local. Para medi-la, usam-se instrumentos denominados manômetros; por essa razão, a pressão manométrica é também chamada de pressão relativa. 22

23 A maioria dos manômetros é calibrada em zero para a pressão atmosférica local. Assim, a leitura do manômetro pode ser positiva (quando indicar o valor da pressão acima da pressão atmosférica local) ou negativa (quando se tem vácuo). Quando se fala em pressão de uma tubulação de gás, referese à pressão relativa ou manométrica. A identificação da pressão manométrica é dada pelo sufixo (g). Pressão absoluta - É a pressão total, incluindo a pressão atmosférica e referida ao zero absoluto. No vácuo absoluto, a pressão absoluta é zero e, a partir daí, será sempre positiva. A identificação da pressão absoluta é dada pelo sufixo (a). Pressão diferencial É a diferença entre duas pressões, exceto a pressão atmosférica. A pressão diferencial é representada pelo símbolo P e a identificação é dada pelo sufixo (d). A pressão diferencial, utilizada nos cálculos de vazão, é a pressão diferencial real medida nas tomadas de pressão do elemento primário. Na maioria das aplicações, a pressão diferencial é medida através de um instrumento transdutor que gera um sinal proporcional à pressão diferencial medida. Estes instrumentos normalmente têm a faixa de medida facilmente ajustável dentro de certos limites. Com isto, pode ser interessante utilizar elementos primários com diâmetros de orifício padronizados, ajustando-se o instrumento medidor de pressão diferencial em uma faixa adequada para se obter uma indicação conveniente na vazão de operação. Entretanto, é necessário tomar-se cuidado com a especificação do instrumento medidor de pressão diferencial, porque, muitos deles, apresentam maiores erros, devido a variações na temperatura ambiente quando calibrados perto da faixa mínima. Caso o instrumento medidor de pressão diferencial seja instalado em nível diferente das tomadas de pressão do elemento primário, são necessários cuidados para que eventuais diferenças de densidade do fluido nas tubulações que conectam as tomadas ao medidor sejam evitadas ou devidamente compensadas nos cálculos. Estas diferenças de densidade podem ser causadas, por exemplo, por diferenças de temperatura entre as duas tubulações. Pressão estática É a pressão exercida pelo fluido em repouso ou em movimento nas paredes do tubo ou do vaso. Pressão dinâmica É a pressão exercida por um fluido em movimento. É medida fazendo a tomada de pressão de tal forma 23

24 que receba o impacto do fluido. Pressão de vapor É a pressão parcial exercida pelas moléculas de um vapor dentro de um espaço fechado, quando este está em equilíbrio com o líquido ou sólido que lhe deu origem. A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um líquido ou sólido. Quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil será o líquido ou o sólido, fazendo com que o mesmo eleve sua temperatura até chegar a um ponto ideal. Pressão de estagnação Também conhecida como pressão de impacto, é a pressão obtida com a desaceleração do fluido para a velocidade zero, em um processo sem atrito e sem compressão. Matematicamente, ela é a soma da pressão estática e da pressão dinâmica. Fig. 14 Tipos de pressão. 8. Temperatura A temperatura é uma expressão que denomina uma condição física da matéria, assim como a massa, a dimensão, o tempo etc. A temperatura associa às noções de frio e calor, bem como às transferências de energia térmica, mas que se poderia definir, mais exatamente, sob um ponto de vista microscópico, como a medida da energia cinética associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que compõem um dado sistema físico. Por isso, que dois corpos à mesma temperatura podem conter 24

25 quantidades de calor diferentes e, como conseqüência, dois corpos a temperaturas diferentes podem conter a mesma quantidade de calor Escalas de Temperatura Desde o início da termometria, os cientistas, pesquisadores e fabricantes de termômetro sentiam dificuldades para atribuir valores de forma padronizada à temperatura por meio de escalas reproduzíveis. Essa dificuldade fez com que se buscassem pontos nos quais se pudessem reproduzir de forma definida os valores medidos. Muitas escalas baseadas em pontos diferentes foram desenvolvidas ao longo do tempo. Dentre elas, as mais importantes foram a Fahrenheit, a Celsius, a Rankine e a Kelvin. Fig. 13 Escalas de temperatura. A escala Fahrenheit é, ainda, utilizada nos Estados Unidos e em parte da Europa. Porém, a tendência é de se usar exclusivamente nos processos industriais de todo o mundo a escala de Celsius. A escala Rankine e a escala Kelvin, que são escalas absolutas, são mais usadas nos meios científicos sendo que atualmente se usa quase que exclusivamente a escala Kelvin. Escala Celsius A escala Celsius é definida como sendo o intervalo de temperatura unitário igual a 1 Kelvin, numa escala de temperatura em que o ponto 0 (zero) coincida com 273,15 K. 25

26 A identificação de uma temperatura na escala Celsius é feita com o símbolo C colocado após o número; exemplo 245,36 C. A escala Celsius tem como valor 0 (zero) o ponto de fusão do gelo e como valor 100 o ponto de ebulição da água, sendo estes pontos tomados na condição de pressão igual a 1 atm. É uma escala relativa obtida através da escala Kelvin, sendo esta relação definida pela equação: C = K 273,15 Escala Fahrenheit A escala Fahrenheit é definida como sendo o intervalo de temperatura unitário igual a 1 grau Rankine, numa escala em que o ponto zero coincide com 459,67 R. A identificação de uma, temperatura na escala Fahrenheit é feita com o símbolo F colocado após o número; exemplo: 23,40 F. A escala Fahrenheit tem como ponto de fusão do gelo o valor 32 e como ponto de ebulição da água o valor 212, sendo estes pontos tomados na condição de pressão igual a 1 atm. Esta escala é também relativa, obtida pela escala Rankine, sendo esta definida pela equação a seguir. F = R - 459,67 Escala Kelvin (Temperatura Termodinâmica) O físico irlandês William Thomson (lorde Kelvin) chegou à conclusão de que, se a temperatura mede a agitação das moléculas, então, a menor temperatura possível aconteceria quando as moléculas estivessem em repouso absoluto. A esse estado de repouso térmico chamamos zero absoluto. Baseado no conceito de temperatura, ele criou a Escala Absoluta, conhecida como Escala Kelvin. Ele descobriu em laboratório que, para cada grau Celsius abaixado, a pressão de um gás diminuía 1/273, portanto, a pressão seria zero quando ele abaixasse 273 graus. Em um gás, a pressão também depende do movimento das moléculas, por isso a pressão zero só poderia acontecer quando as moléculas estivessem em repouso absoluto. E, assim, foi estabelecido o zero absoluto. Seguindo o raciocínio, isto é, subindo de grau em grau, Kelvin definiu o ponto de fusão do gelo de água em 273K e o ponto de ebulição da água em 373K. 26

27 Na escala absoluta, não usamos grau, pois é uma escala definida e calculada experimentalmente, com compromisso com a realidade física. Esta escala possui a mesma divisão da escala Celsius, isto é, um (1) grau Kelvin, corresponde a um (1) grau de Celsius, porém, seu zero inicia no ponto de temperatura mais baixo possível, 273,15 graus abaixo de zero da escala Celsius. A representação é feita com o símbolo K, colocado após o número. Escala Rankine Assim como a escala Kelvin, a escala Rankine é uma escala absoluta, tendo como zero absoluto, o valor 0 (zero), porém ao ponto de fusão e ao ponto de ebulição da água foram dados os valores de 491,67 e 671,67, respectivamente. R = F + 459,67 Conversão entre as escalas de temperatura Colocando em um mesmo ambiente quatro termômetros: um Celsius, um Fahrenheit, um Kelvin e um Rankine. As diferentes leituras representam, em escalas diversas, uma mesma temperatura. A equação 7.5, nos permite relacionar a leitura de uma escala para outra, de uma mesma temperatura. 27

28 GLOSSÁRIO Tensão de cisalhamento: Força de cisalhamento por unidade de área. Tensão superficial: Força por unidade de comprimento que duas camadas superficiais exercem uma sobre a outra. Contração térmica: Diminuição do volume de um corpo ou alguma substância, por diminuição da temperatura. Expansão térmica: Aumento do volume de um corpo ou alguma substância, por aumento da temperatura. Polímeros: Materiais não metálicos constituídos de macromoléculas (grandes) de muitas unidades de repetição; termo técnico para plásticos. Soluções poliméricas: Uma fase simples contendo mais do que um componente polimérico. Curva de histerese: É a tendência de um material ou sistema conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou. 28

Mecânica dos Fluidos (MFL0001) Curso de Engenharia Civil 4ª fase Prof. Dr. Doalcey Antunes Ramos

Mecânica dos Fluidos (MFL0001) Curso de Engenharia Civil 4ª fase Prof. Dr. Doalcey Antunes Ramos Mecânica dos Fluidos (MFL0001) Curso de Engenharia Civil 4ª fase Prof. Dr. Doalcey Antunes Ramos 1.1 Dimensões, Homogeneidade Dimensional e Unidades Aspectos qualitativos >>> GRANDEZA Natureza, Tipo, Características.

Leia mais

Mecânica dos Fluidos

Mecânica dos Fluidos Mecânica dos Fluidos Estática dos Fluidos Prof. Universidade Federal do Pampa BA000200 Campus Bagé 12 e 13 de março de 2017 Estática dos Fluidos 1 / 28 Introdução Estática dos Fluidos 2 / 28 Introdução

Leia mais

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE UM KIT DIDÁTICO DE PERDA DE CARGA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE UM KIT DIDÁTICO DE PERDA DE CARGA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE UM KIT DIDÁTICO DE PERDA DE CARGA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA AUTOR(ES): RAPHAEL

Leia mais

2. Conceitos e Definições

2. Conceitos e Definições 2. Conceitos e Definições Sistema e Volume de Controle Sistema Termodinâmico: região do espaço delimitada fisicamente por superfícies geométricas arbitrárias reais ou imaginárias, que podem ser fixas ou

Leia mais

FÍSICA TÉRMICA. Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1

FÍSICA TÉRMICA. Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1 FÍSICA TÉRMICA Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1 Domínio da Física Térmica Como pode água aprisionada ser ejetada

Leia mais

FÍSICO-QUÍMICA GASES IDEAIS E GASES REAIS. Prof. MSc. Danilo Cândido

FÍSICO-QUÍMICA GASES IDEAIS E GASES REAIS. Prof. MSc. Danilo Cândido FÍSICO-QUÍMICA GASES IDEAIS E GASES REAIS Prof. MSc. Danilo Cândido CONCEITOS DE GASES Um gás representa a forma mais simples da matéria, de baixa densidade e que ocupa o volume total de qualquer recipiente

Leia mais

Escoamento completamente desenvolvido

Escoamento completamente desenvolvido Escoamento completamente desenvolvido A figura mostra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular. Uma camada limite desenvolve-se ao longo das paredes do duto. A superfície do tubo

Leia mais

As forças que atuam em um meio contínuo: Forças de massa ou de corpo: todo o corpo peso e centrífuga Forças de superfície: sobre certas superfícies

As forças que atuam em um meio contínuo: Forças de massa ou de corpo: todo o corpo peso e centrífuga Forças de superfície: sobre certas superfícies Hidráulica Revisão de alguns conceitos Propriedades Físicas dos Fluidos Forças, esforços e pressão (tensão) As forças que atuam em um meio contínuo: Forças de massa ou de corpo: distribuídas de maneira

Leia mais

AULA PRÁTICA 2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS

AULA PRÁTICA 2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS ! AULA PRÁTICA 2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS 1) - M A S S A E S P E C Í F I C A ( ρ ) OU DENSIDADE ABSOLUTA (ρ ). - É o quociente entre a Massa do fluido e o Volume que contém essa massa. m ρ

Leia mais

Aula Medição de Pressão

Aula Medição de Pressão Aula INS23403 Instrumentação Professor: Sergio Luis Brockveld Junior Curso Técnico em Mecatrônica Módulo 3 2017/1 A pressão é uma grandeza largamente utilizada na medição de vazão, de nível, densidade

Leia mais

FENÔMENOS DOS TRANSPORTES. Pressão e Estática dos Fluidos

FENÔMENOS DOS TRANSPORTES. Pressão e Estática dos Fluidos Pressão e Estática dos Fluidos 1 Estática dos Fluidos A estática dos fluidos é a ramificação da mecânica dos fluidos que estuda o comportamento de um fluido em uma condição de equilíbrio estático (parado).

Leia mais

Enquanto o sólido deforma limitadamente, os fluidos (líquidos e gases) se deformam continuamente.

Enquanto o sólido deforma limitadamente, os fluidos (líquidos e gases) se deformam continuamente. MECÂNICA DO FLUIDOS CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO, DEFINIÇÃO E CONCEITOS. É a ciência que estuda o comportamento físico dos fluidos e as leis que regem este comportamento. Utilizado em diversos sistemas como:

Leia mais

Gases. Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375g Gases / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, slides : il.

Gases. Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375g Gases / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, slides : il. Gases Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375g Gases / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, 2015. 21 slides : il. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World Wide Web 1. Dinâmica dos gases.

Leia mais

CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADE 2. Propriedades Moleculares dos Gases

CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADE 2. Propriedades Moleculares dos Gases CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADE 2 Propriedades Moleculares dos Gases Estado Gasoso Dentre os três estados de agregação, apenas o estado gasosos

Leia mais

Profº Carlos Alberto

Profº Carlos Alberto Fluidos Disciplina: Mecânica Básica Professor: Carlos Alberto Objetivos de aprendizagem Ao estudar este capítulo você aprenderá: O significado de densidade de um material e da densidade média de um corpo;

Leia mais

Física Geral e Experimental II Engenharia Ambiental e de Produção. Prof. Dr. Aparecido Edilson Morcelli

Física Geral e Experimental II Engenharia Ambiental e de Produção. Prof. Dr. Aparecido Edilson Morcelli Física Geral e Experimental II Engenharia Ambiental e de Produção Prof. Dr. Aparecido Edilson Morcelli TERMOLOGIA A termologia é uma parte da Física que estuda as diversas manifestações de calor. A parte

Leia mais

Hidrostática REVISÃO ENEM O QUE É UM FLUIDO? O QUE É MASSA ESPECÍFICA? OBSERVAÇÕES

Hidrostática REVISÃO ENEM O QUE É UM FLUIDO? O QUE É MASSA ESPECÍFICA? OBSERVAÇÕES REVISÃO ENEM Hidrostática O QUE É UM FLUIDO? Fluido é denominação genérica dada a qualquer substância que flui isto é, escoa e não apresenta forma própria, pois adquire a forma do recipiente que o contém.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSOS DE ENGENHARIA DE ENERGIA E MECÂNICA MEDIÇÕES TÉRMICAS Prof. Paulo Smith Schneider

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSOS DE ENGENHARIA DE ENERGIA E MECÂNICA MEDIÇÕES TÉRMICAS Prof. Paulo Smith Schneider UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSOS DE ENGENHARIA DE ENERGIA E MECÂNICA MEDIÇÕES TÉRMICAS Prof. Paulo Smith Schneider Exercícios sobre medição de vazão Considere um grande reservatório (figura

Leia mais

Halliday Fundamentos de Física Volume 2

Halliday Fundamentos de Física Volume 2 Halliday Fundamentos de Física Volume 2 www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br O GEN Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica, LTC, Forense,

Leia mais

Unidade Curricular: Física Aplicada

Unidade Curricular: Física Aplicada Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Unidade Curricular: Física Aplicada Aulas Laboratoriais Trabalho laboratorial n.º 3 (1.ª parte) Viscosidade de Líquidos DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE VISCOSIDADE

Leia mais

O QUE É TERMOMETRIA E TEMPERATURA??

O QUE É TERMOMETRIA E TEMPERATURA?? TERMOMETRIA O QUE É TERMOMETRIA E TEMPERATURA?? Termometria: Área específica da Termodinâmica que estuda a temperatura e suas diferentes escalas usadas pelo mundo Temperatura: Parâmetro termométrico que

Leia mais

1ª Aula do cap. 19 Termologia

1ª Aula do cap. 19 Termologia 1ª Aula do cap. 19 Termologia T e m p e r a t u r a O valor da temperatura está associada ao nível de agitação das partículas de um corpo. A temperatura é uma medida da agitação térmica das partículas

Leia mais

Física I 2010/2011. Aula 18. Mecânica de Fluidos I

Física I 2010/2011. Aula 18. Mecânica de Fluidos I Física I 2010/2011 Aula 18 Mecânica de Fluidos I Sumário Capítulo 14: Fluidos 14-1 O que é um Fluido? 14-2 Densidade e Pressão 14-3 Fluidos em Repouso 14-4 A Medida da pressão 14-5 O Princípio de Pascal

Leia mais

2. HIDROSTÁTICA CONCEITOS BÁSICOSB

2. HIDROSTÁTICA CONCEITOS BÁSICOSB HIDROSTÁTICA TICA CONCEITOS BÁSICOSB 2. HIDROSTÁTICA TICA É a parte da Hidráulica que estuda os líquidos em repouso, bem como as forças que podem ser aplicadas em corpos neles submersos. 1 Conceito de

Leia mais

Fisica do Calor ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP A01. Introdução

Fisica do Calor ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP A01. Introdução Fisica do Calor (4300159) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP A01 Introdução Data Programa do curso agosto 9 agosto 12 agosto 16 agosto 19 agosto 23 agosto 26 Temperatura

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU TRABALHO DE MANUTENÇÃO E LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Professor Dr. João Candido Fernandes Tema: Viscosidade e índice

Leia mais

onde v m é a velocidade média do escoamento. O 2

onde v m é a velocidade média do escoamento. O 2 Exercício 24: São dadas duas placas planas paralelas à distância de 1 mm. A placa superior move-se com velocidade de 2 m/s, enquanto a inferior é fixa. Se o espaço entre a placas é preenchido com óleo

Leia mais

Conceitos Básicos sobre gases

Conceitos Básicos sobre gases Conceitos Básicos sobre gases ara este estudo não vamos fazer distinção entre gás e vapor, desta forma neste capítulo, o estado gasoso (gás ou vapor) será sempre referido como gás... ressão dos gases Suponha

Leia mais

Inspeção de Sistemas de. Módulo 4 Medição de Vazão

Inspeção de Sistemas de. Módulo 4 Medição de Vazão C u r s o Inspeção de Sistemas de Medição de Gás NATURAL Módulo 4 Medição de Vazão C u r s o Inspeção de Sistemas de Medição de Gás NATURAL Módulo 4 Medição de Vazão desafio 1 Quantidades Físicas Módulo

Leia mais

Professora : Elisângela Moraes

Professora : Elisângela Moraes UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA -EEL Professora : Elisângela Moraes 02/03/2012 PROGRAMA RESUMIDO 1. Gases Ideais; 2. Gases Reais; 3. Termodinâmica; 4. Termoquímica; 5. Entropia;

Leia mais

F A. Existe um grande número de equipamentos para a medida de viscosidade de fluidos e que podem ser subdivididos em grupos conforme descrito abaixo:

F A. Existe um grande número de equipamentos para a medida de viscosidade de fluidos e que podem ser subdivididos em grupos conforme descrito abaixo: Laboratório de Medidas de Viscosidade Nome: n turma: Da definição de fluido sabe-se que quando se aplica um esforço tangencial em um elemento de fluido ocorre uma deformação. Considere a situação em que

Leia mais

Física II FEP 112 ( ) 1º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo. Professor: Valdir Guimarães

Física II FEP 112 ( ) 1º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo. Professor: Valdir Guimarães Física II FEP 11 (4300110) 1º Semestre de 01 Instituto de Física - Universidade de São Paulo Professor: Valdir Guimarães E-mail: valdir.guimaraes@usp.br Fone: 3091-7104(05) Aula 1 Temperatura e Teoria

Leia mais

Prof. Paulo Henrique Muel er Biologia e Ciências Naturais TERMOLOGIA

Prof. Paulo Henrique Muel er Biologia e Ciências Naturais TERMOLOGIA TERMOLOGIA Introdução Todos os corpos são constituídos por partículas que estão sempre em movimento. Esse movimento é denominado energia interna do corpo. O nível de energia interna de um corpo depende

Leia mais

TEMPERATURA E ESCALAS TERMOMÉTRICAS - TEORIA

TEMPERATURA E ESCALAS TERMOMÉTRICAS - TEORIA TEMPERATURA E ESCALAS TERMOMÉTRICAS - TEORIA Freqüentemente, usamos a temperatura para indicar quando um corpo está mais quente ou mais frio que outro. Para entender o conceito de temperatura, vamos pensar

Leia mais

Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto

Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto Universidade Federal do ABC BC1309 Termodinâmica Aplicada Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto ana.neto@ufabc.edu.br Bloco A, torre 1, sala 637 Conceitos Fundamentais 1 Conceitos Fundamentais Termodinâmica:

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARAÍBA Campus Princesa Isabel. Fluidos. Disciplina: Física Professor: Carlos Alberto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARAÍBA Campus Princesa Isabel. Fluidos. Disciplina: Física Professor: Carlos Alberto INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARAÍBA Campus Princesa Isabel Fluidos Disciplina: Física Professor: Carlos Alberto Objetivos de aprendizagem Ao estudar este capítulo você aprenderá:

Leia mais

Transferência de Calor 1

Transferência de Calor 1 Transferência de Calor Guedes, Luiz Carlos Vieira. G94t Transferência de calor : um / Luiz Carlos Vieira Guedes. Varginha, 05. 80 slides; il. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World

Leia mais

Unidade Curricular: Física Aplicada

Unidade Curricular: Física Aplicada Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Unidade Curricular: Física Aplicada Aulas Laboratoriais Trabalho laboratorial nº. 3 (1ª. parte) Viscosidade de Líquidos DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE VISCOSIDADE

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS. Definição de Fluido - Os estados físicos da matéria - A hipótese do contínuo -Propriedades físicas

CONCEITOS BÁSICOS. Definição de Fluido - Os estados físicos da matéria - A hipótese do contínuo -Propriedades físicas CONCEITOS BÁSICOS Definição de Fluido - Os estados físicos da matéria - A hipótese do contínuo -Propriedades físicas Conceituação qualitativa da matéria -Sólidos -Líquidos fluidos -Gases Fluido é uma substância

Leia mais

QUÍMICA I Gases

QUÍMICA I Gases QUÍMICA I 106201 Gases Características dos gases Os gases são altamente compressíveis e ocupam o volume total de seus recipientes. Quando um gás é submetido à pressão, seu volume diminui. Os gases sempre

Leia mais

Termometria. Temperatura

Termometria. Temperatura Termometria Termometria Temperatura A Física Térmica, também conhecida como Termologia, é a área da Física que investiga os fenômenos relacionados à energia térmica. Dentre esses fenômenos, podemos citar

Leia mais

Estudo Físico-Químico dos Gases

Estudo Físico-Químico dos Gases Estudo Físico-Químico dos Gases Prof. Alex Fabiano C. Campos Fases de Agregação da Matéria Sublimação (sólido em gás ou gás em sólido) Gás Evaporação (líquido em gás) Condensação (gás em líquido) Sólido

Leia mais

Vazão. Conceito de Vazão

Vazão. Conceito de Vazão Vazão Conceito de Vazão Quando se toma um ponto de referência, a vazão é a quantidade do produto ou da utilidade, expressa em massa ou em volume, que passa por ele, na unidade de tempo. A unidade de vazão

Leia mais

Termologia: Termometria

Termologia: Termometria Termologia: Termometria Física_9 EF Profa. Kelly Pascoalino Nesta aula: Termologia: introdução; Medição de temperatura e escalas termométricas. TERMOLOGIA: INTRODUÇÃO Termologia é a parte da Física em

Leia mais

Transmissão hidráulica de força e energia

Transmissão hidráulica de força e energia Líquidos Transmissão de força Intensificador de pressão Pressão em uma coluna de fluido Velocidade e vazão Tipos de fluxo Geração de calor Diferencial de pressão Transmissão Hidráulica de Força e Energia

Leia mais

Aula 15 Diagramas de Fase

Aula 15 Diagramas de Fase Aula 15 Diagramas de Fase 1. Introdução O diagrama de fases de uma substância é um mapeamento que mostra as condições de temperatura e pressão em que as diferentes fases são termodinamicamente mais estáveis.

Leia mais

Licenciatura em Física Termodinâmica (TMDZ3) Professor Osvaldo Canato Júnior 1º semestre de 2016

Licenciatura em Física Termodinâmica (TMDZ3) Professor Osvaldo Canato Júnior 1º semestre de 2016 Licenciatura em Física Termodinâmica (TMDZ3) Professor Osvaldo anato Júnior 1º semestre de 216 Questões termometria e expansão térmica de sólidos e líquidos t ( ) 2 1. Mediu-se a temperatura de um corpo

Leia mais

HIDRÁULICA : CONCEITOS FUNDAMENTAIS. hydor água + aulos tubo, condução. 1 - Introdução:

HIDRÁULICA : CONCEITOS FUNDAMENTAIS. hydor água + aulos tubo, condução. 1 - Introdução: HIDRÁULICA : CONCEITOS FUNDAMENTAIS 1 - Introdução: Hidráulica significa etimologicamente condução da água que resulta do grego: hydor água + aulos tubo, condução. Divisão: A Hidráulica é o ramo da Ciência

Leia mais

SUMÁRIO FÍSICA TEMPERATURA E CALOR 3 CELSIUS E FAHRENHEIT 5 KELVIN E CELSIUS 6 EXERCÍCIOS DE COMBATE 8 GABARITO 13

SUMÁRIO FÍSICA TEMPERATURA E CALOR 3 CELSIUS E FAHRENHEIT 5 KELVIN E CELSIUS 6 EXERCÍCIOS DE COMBATE 8 GABARITO 13 SUMÁRIO TEMPERATURA E CALOR 3 CELSIUS E FAHRENHEIT 5 KELVIN E CELSIUS 6 EXERCÍCIOS DE COMBATE 8 GABARITO 13 2 TEMPERATURA E CALOR Vamos iniciar nossos estudos com a diferenciação dessas duas grandezas

Leia mais

CALORIMETRIA E TERMOLOGIA

CALORIMETRIA E TERMOLOGIA CALORIMETRIA E TERMOLOGIA CALORIMETRIA Calor É a transferência de energia de um corpo para outro, decorrente da diferença de temperatura entre eles. quente Fluxo de calor frio BTU = British Thermal Unit

Leia mais

GASES. https://www.youtube.com/watch?v=wtmmvs3uiv0. David P. White. QUÍMICA: A Ciência Central 9ª Edição Capítulo by Pearson Education

GASES. https://www.youtube.com/watch?v=wtmmvs3uiv0. David P. White. QUÍMICA: A Ciência Central 9ª Edição Capítulo by Pearson Education GASES PV nrt https://www.youtube.com/watch?v=wtmmvs3uiv0 David P. White QUÍMICA: A Ciência Central 9ª Edição volume, pressão e temperatura Um gás consiste em átomos (individualmente ou ligados formando

Leia mais

1 01 Mate t máti t c i a e Fí F s í ic i a Prof. Diego Pablo

1 01 Mate t máti t c i a e Fí F s í ic i a Prof. Diego Pablo 1 01 Matemática e Prof. Diego Pablo 2 Matemática - Produto: 2 x 4 = 8 - Quociente ou Razão: 18 / 2 = 9 - Quadrado: 7² = 7 x 7 = 49 - Cubo: 4³ = 4 x 4 x 4 = 64 - Raiz Quadrada: 81 = 9 3 Matemática Grandezas

Leia mais

Prof. Dr. Evandro Leonardo Silva Teixeira Faculdade UnB Gama

Prof. Dr. Evandro Leonardo Silva Teixeira Faculdade UnB Gama Prof. Dr. Evandro Leonardo Silva Teixeira Faculdade UnB Gama Pressão: Não é uma grandeza física fundamental; Derivada da medição de força e área; Força é derivada da : massa, comprimento e tempo; Área

Leia mais

Capítulo 21 Temperatura

Capítulo 21 Temperatura Capítulo 21 Temperatura 21.1 Temperatura e equilíbrio térmico Mecânica: lida com partículas. Variáveis microscópicas: posição, velocidade, etc. Termodinâmica: lida com sistemas de muitas partículas. Variáveis

Leia mais

Mecânica dos Fluidos. Prof. Dr. Gilberto Garcia Cortez

Mecânica dos Fluidos. Prof. Dr. Gilberto Garcia Cortez Mecânica dos Fluidos Aula 01 Prof. Dr. Gilberto Garcia Cortez Bibliografia utilizada 1- Introdução Mecânica dos fluidos é a ciência que tem por objetivo o estudo do comportamento físico dos fluidos e das

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Gases. Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Gases. Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Gases Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais Gás Estado mais simples da matéria Uma forma da matéria que ocupa o volume total de qualquer

Leia mais

Vácuo. Figura 2.1: Esquema explicativo para os conceitos de pressão absoluta e pressão manométrica.

Vácuo. Figura 2.1: Esquema explicativo para os conceitos de pressão absoluta e pressão manométrica. 1-1 2. INSTRUMENTOS DE PRESSÃO 2.1. UNIDADES DE PRESSÃO atmosfera psi Kgf/cm² bar Torr * mh2o in. Hg Pascal atm lbf/in² Kgf/cm² bar mmhg mh2o in. Hg Pa atm 1 14,6959 1,033 1,01325 760 10,33 29,92 101325

Leia mais

2.1 Breve história da termodinâmica

2.1 Breve história da termodinâmica 2.1 Breve história da termodinâmica TERMODINÂMICA calor força, movimento No início, estudava os processos que permitiam converter calor em trabalho (força e movimento). 2.1 Breve história da termodinâmica

Leia mais

A viscosidade e a sua medição. Profa. Débora Gonçalves

A viscosidade e a sua medição. Profa. Débora Gonçalves A viscosidade e a sua medição Profa. Débora Gonçalves Reologia Termo - 1920 - escoamento (fluxo) e deformações decorrentes. - mudanças na forma e escoamento de materiais fluidos. Viscosidade resposta do

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DEMÉTRIO RIBEIRO TERMOMETRIA. Física 2º ano Prof. Thales F. Machado

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DEMÉTRIO RIBEIRO TERMOMETRIA. Física 2º ano Prof. Thales F. Machado ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DEMÉTRIO RIBEIRO TERMOMETRIA Física 2º ano Prof. Thales F. Machado 2015 Termo + metria Temperatura Medida Ramo da Termologia voltado para o estudo da temperatura, dos termômetros

Leia mais

Aula 3 Instrumentos de Pressão. Prof. Gerônimo

Aula 3 Instrumentos de Pressão. Prof. Gerônimo Aula 3 Instrumentos de Pressão Prof. Gerônimo Instrumentos para medir Pressão As variáveis mais encontradas nas plantas de processos são: pressão, temperatura, vazão e nível. Estudando instrumentos de

Leia mais

Prof. Dra. Lisandra Ferreira de Lima PROPRIEDADES FÍSICAS PARTE II VISCOSIDADE; TENSÃO SUPERFICIAL E PRESSÃO DE VAPOR

Prof. Dra. Lisandra Ferreira de Lima PROPRIEDADES FÍSICAS PARTE II VISCOSIDADE; TENSÃO SUPERFICIAL E PRESSÃO DE VAPOR PROPRIEDADES FÍSICAS PARTE II VISCOSIDADE; TENSÃO SUPERFICIAL E PRESSÃO DE VAPOR SUBSTÂNCIA PURA Densidade - revisão Tensão superficial forças de adesão Tensão superficial As moléculas volumosas (no líquido)

Leia mais

Volume Parcial Molar

Volume Parcial Molar Volume Parcial Molar 1. Introdução O volume molar é definido como o volume ocupado por 1 mol de uma substância pura. Por exemplo, o volume molar da água pura é 18 cm 3 /mol, conforme mostrado no cálculo

Leia mais

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular 1. (Petrobrás/2010) Um oleoduto com 6 km de comprimento e diâmetro uniforme opera com um gradiente de pressão de 40 Pa/m transportando

Leia mais

Estática dos Fluidos

Estática dos Fluidos Estática dos Fluidos Pressão 1 bar = 10 5 Pa 1 atm = 101.325 Pa Pressão em um Ponto A pressão parece ser um vetor, entretanto, a pressão em qualquer ponto de um fluido é igual em todas as direções. Ou

Leia mais

Fenômenos de Transporte I Aula 01

Fenômenos de Transporte I Aula 01 Fenômenos de Transporte I Aula 01 O que são fluidos. Propriedades: tensão de cisalhamento, massa específica, peso específico, densidade relativa e viscosidade [1] BRUNETTI, F., Mecânica dos Fluidos, 2ª

Leia mais

Física. Física Módulo 2 Flúidos

Física. Física Módulo 2 Flúidos Física Módulo 2 Flúidos Introdução O que é a Mecânica dos Fluidos? É a parte da mecânica aplicada que se dedica análise do comportamento dos líquidos e dos gases, tanto em equilíbrio quanto em movimento.

Leia mais

1. Algumas Propriedades dos Líquidos

1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1.1 Viscosidade Alguns líquidos, como o melaço e o óleo de motor, fluem lentamente; enquanto que outros, como a água e a gasolina, fluem rapidamente. A resistência

Leia mais

Capitulo-4 Calor e Temperatura

Capitulo-4 Calor e Temperatura Capitulo-4 Calor e Temperatura www.plantaofisica.blogspot.com.br 1 Resumo de aula: Termometria. 1- Temperatura Termometria é a parte da física que se preocupa unicamente em formas de se medir a temperatura

Leia mais

Mecânica dos fluidos. m V

Mecânica dos fluidos. m V Mecânica dos fluidos Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de corte, não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Nesta definição estão incluídos

Leia mais

Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES

Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES PRISCILA@DEMAR.EEL.USP.BR Proposta do Curso Critérios de Avaliação e Recuperação Outras atividades avaliativas Atividades experimentais: Será desenvolvida

Leia mais

INTRODUÇÃO A REOLOGIA

INTRODUÇÃO A REOLOGIA Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Introdução às Operações Unitárias na Indústria de Alimentos INTRODUÇÃO A REOLOGIA Profa. Marianne Ayumi Shirai Definição de fluido Uma substância

Leia mais

Roteiro - Aula Prática Perda de carga:

Roteiro - Aula Prática Perda de carga: Laboratório de Hidráulica - Aula Prática de Perda de Carga 1 Roteiro - Aula Prática Perda de carga: 1. Objetivo do experimento: Estudo de perda de carga distribuída e localizada. Medição de velocidade

Leia mais

Introdução à Termodinâmica

Introdução à Termodinâmica Introdução à Termodinâmica Definição de Termodinâmica De maneira sucinta, Termodinâmica é definida como a ciência que trata do calor e do trabalho, e daquelas propriedades das substâncias relacionadas

Leia mais

Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos. Mensuração da Temperatura Parte 1

Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos. Mensuração da Temperatura Parte 1 Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos Mensuração da Temperatura Parte 1 Matéria e Energia Todos os corpos na natureza são formados de matéria: MATÉRIA é tudo aquilo que ocupa lugar

Leia mais

DIAGRAMA DE FASES. 4) (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas aos sistemas descritos a seguir, sob

DIAGRAMA DE FASES. 4) (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas aos sistemas descritos a seguir, sob DIAGRAMA DE FASES 1) O gráfico abaixo apresenta a variação das pressões de vapor do sulfeto de carbono, metanol, etanol e água em função da temperatura. De acordo com o gráfico, assinale a afirmativa INCORRETA.

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

FENÔMENOS DE TRANSPORTES FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 6 CINEMÁTICA DOS FLUIDOS PROF.: KAIO DUTRA Conservação da Massa O primeiro princípio físico para o qual nós aplicamos a relação entre as formulações de sistema e de volume

Leia mais

BC0205. Fenômenos Térmicos Gustavo M. Dalpian Terceiro Trimestre/2009. Aula 2 Dalpian

BC0205. Fenômenos Térmicos Gustavo M. Dalpian Terceiro Trimestre/2009. Aula 2 Dalpian BC0205 Fenômenos Térmicos Gustavo M. Dalpian Terceiro Trimestre/2009 Fenômenos Térmicos? Ementa: Temperatura e calor. Sistemas termodinâmicos. Variáveis termodinâmicas e sua natureza macroscópica. Teoria

Leia mais

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Estudos Básicos e Instrumentais 3 Termologia Física II Prof. Roberto Claudino Ferreira Prof. Roberto Claudino 1 ÍNDICE 1. Conceitos Fundamentais;

Leia mais

Soluções e Gases III. Gases

Soluções e Gases III. Gases Soluções e Gases III Gases Gases Gás é um material que preenche todo o espaço ou volume do recipiente em que se encontra, independentemente do tamanho do recipiente. Ar 78 % de N 2 21% de O 2 1% de outros

Leia mais

Propriedades de uma substância pura

Propriedades de uma substância pura Propriedades de uma substância pura Substância pura possui composição química invariável e homogênea, independentemente da fase em que está. Ex.: água Equilíbrio de fases em uma substância pura, as fases

Leia mais

Laboratório de Física I. Experiência 3 Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos. 1 o semestre de 2014

Laboratório de Física I. Experiência 3 Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos. 1 o semestre de 2014 4310256 Laboratório de Física I Experiência 3 Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos 1 o semestre de 2014 5 de fevereiro de 2014 3. Determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Ismael Casagrande Bellettini Prof. Dr. Edson Minatti Disciplina: Físico-Química Experimental II QMC 5409 Turma 729 B Introdução Reologia vem do grego rheo

Leia mais

Dilatação dos sólidos e dos líquidos

Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos

Leia mais

TEQ Sistemas de Instrumentação e Controle de Processos Lista de Exercícios nº 2. Respostas

TEQ Sistemas de Instrumentação e Controle de Processos Lista de Exercícios nº 2. Respostas TEQ00141- Sistemas de Instrumentação e Controle de Processos Lista de Exercícios nº 2 Respostas 1) a) (0,3) Sensores do tipo Tubo de Bourdon, Diafragma e Fole. Tubo de Bourdon: consiste em um tubo com

Leia mais

ANEXO II CONCEITOS RELATIVOS À ENERGIA NA COMBUSTÃO

ANEXO II CONCEITOS RELATIVOS À ENERGIA NA COMBUSTÃO ANEXO II CONCEITOS RELATIVOS À ENERGIA NA COMBUSTÃO TEMPERATURA Segundo [9], a temperatura mede a energia cinética média das moléculas de um corpo. De um modo geral, os corpos aumentam de volume com o

Leia mais

Sensores de Pressão 1

Sensores de Pressão 1 Sensores de Pressão 1 Esse teorema foi estabelecido por Bernoulli em 1738 e relaciona as energias potenciais e cinéticas de um fluido ideal ou seja, sem viscosidade e incompressível. Através desse teorema

Leia mais

Físico-Química Farmácia 2014/02

Físico-Química Farmácia 2014/02 Físico-Química Farmácia 2014/02 1 2 Aspectos termodinâmicos das transições de fase A descrição termodinâmica das misturas Referência: Peter Atkins, Julio de Paula, Físico-Química Biológica 3 Condição de

Leia mais

Apostila de Química 01 Estudo dos Gases

Apostila de Química 01 Estudo dos Gases Apostila de Química 01 Estudo dos Gases 1.0 Conceitos Pressão: Número de choques de suas moléculas contra as paredes do recipiente. 1atm = 760mHg = 760torr 105Pa (pascal) = 1bar. Volume 1m³ = 1000L. Temperatura:

Leia mais

Física Geral e Experimental III. Exercícios Temperatura e Dilatação

Física Geral e Experimental III. Exercícios Temperatura e Dilatação Física Geral e Experimental III Exercícios Temperatura e Dilatação 1. Em um dia quando a temperatura alcança 50ºF, qual é a temperatura em graus Celsius e Kelvins? R: 10ºC; 283 K. 2. O ouro tem um ponto

Leia mais

O volume e, portanto, a massa específica ( = massa/volume) dos gases são sensíveis às variações da pressão e Temperatura.

O volume e, portanto, a massa específica ( = massa/volume) dos gases são sensíveis às variações da pressão e Temperatura. 1.5 Lei dos Gases Ideais O volume e, portanto, a massa específica ( = massa/volume) dos gases são sensíveis às variações da pressão e Temperatura. Buscando nos cursos de física básico de pressão e temperatura.

Leia mais

QUESTÕES GERAIS DE FÍSICA TÉRMICA

QUESTÕES GERAIS DE FÍSICA TÉRMICA QUESTÕES GERAIS DE FÍSICA TÉRMICA 01. (ITA) - O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da América. A diferença entre a máxima temperatura do verão e a mínima do inverno anterior foi

Leia mais

Aula 02 : EM-524. Capítulo 2 : Definições e Conceitos Termodinâmicos

Aula 02 : EM-524. Capítulo 2 : Definições e Conceitos Termodinâmicos Aula 02 : EM-524 Capítulo 2 : Definições e Conceitos Termodinâmicos 1. Termodinâmica Clássica; 2. Sistema Termodinâmico; 3. Propriedades Termodinâmicas; 4. As propriedades termodinâmicas pressão, volume

Leia mais

A descrição macroscópica de um gás leva em consideração apenas um pequeno numero de

A descrição macroscópica de um gás leva em consideração apenas um pequeno numero de Temperatura INTRODUÇÃO Nessa e nas próximas apostilas vamos abordar um novo campo de estudo da Física, a termodinâmica. Os conceitos aplicados nesse campo são os de temperatura e calor. Os objetos de estudo

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 7 E 8 EQUAÇÕES DA ENERGIA PARA REGIME PERMANENTE

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 7 E 8 EQUAÇÕES DA ENERGIA PARA REGIME PERMANENTE FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 7 E 8 EQUAÇÕES DA ENERGIA PARA REGIME PERMANENTE PROF.: KAIO DUTRA Equação de Euler Uma simplificação das equações de Navier-Stokes, considerando-se escoamento sem atrito

Leia mais

21/2/2012. Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias

21/2/2012. Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias Aula 2: Propriedades dos fluidos Disciplina: Hidráulica Agrícola Prof.: D.Sc.

Leia mais

A viscosidade 35 Grandeza física transporta e sentido da transferência 35 Experiência 03: o modelo do baralho 35 Modelo de escoamento em regime

A viscosidade 35 Grandeza física transporta e sentido da transferência 35 Experiência 03: o modelo do baralho 35 Modelo de escoamento em regime SUMÁRIO I. Introdução Portfolio de Fenômenos de Transporte I 1 Algumas palavras introdutórias 2 Problema 1: senso comum ciência 4 Uma pequena história sobre o nascimento da ciência 5 Das Verdades científicas

Leia mais

Estudo Físico-Químico dos Gases

Estudo Físico-Químico dos Gases Estudo Físico-Químico dos Gases Prof. Alex Fabiano C. Campos Gás e Vapor Diagrama de Fase Gás Vapor Gás: fluido elástico que não pode ser condensado apenas por aumento de pressão, pois requer ainda um

Leia mais

Termodinâmica. Lucy V. C. Assali

Termodinâmica. Lucy V. C. Assali Termodinâmica Temperatura Lucy V. C. Assali Física II 2016 - IO Temperatura Não confiável Por exemplo: metal e papel tirados do congelador, sentimos o metal mais frio, mas é só porque ele é um melhor condutor

Leia mais

Cap 18 (8 a edição) Temperatura, Calor e Primeira lei da termodinâmica

Cap 18 (8 a edição) Temperatura, Calor e Primeira lei da termodinâmica Termodinâmica: estuda a energia térmica. Cap 18 (8 a edição) Temperatura, Calor e Primeira lei da termodinâmica O que é temperatura: mede o grau de agitação das moléculas. Um pedaço de metal a 10 o C e

Leia mais