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1 INTRODUÇÃO Um dos sentidos mais importantes, é a chave para a linguagem oral. Durante a gravidez, por volta da 20ª semana, o feto já é capaz de escutar alguns sons, entre eles a voz da mãe. Sem a audição, a criança perde parte do mundo real, passando a ter problemas emocionais e sociais. A falta de estimulação de linguagem nos primeiros anos de vida ocasiona uma defasagem no desenvolvimento lingüístico.

2 2 Sumário 1. Anatomia da Orelha 1.1 Orelha Externa 1.2 Orelha Media 1.3 Orelha Interna 1.4 Passos para a Audição 1.5 Evolução da Audição: Ouvinte versus Surdo 2. Fisiologia da Audição 2.1 Orelha Externa 2.2 Orelha Media 2.3 Orelha Interna 3. Causas da Surdez 3.1 Causas pré-natais 3.2 Causas peri-natais 3.3 Causas pós-natais 4. Tipos de Perda Auditiva 4.1 Perda condutiva 4.2 Perda sensório-neural 4.3 Perda Mista 4.4 Perda central, disfunção auditiva central ou surdez central. 5. Tipos de Surdez 5.1 Surdez leve (limiar auditivo de 20 a 40 db). 5.2 Surdez média (limiar auditivo de 40 a 70 db). 5.3 Surdez grave (limiar auditivo de 70 a 90 db). 5.4 Surdez profunda (limiar auditivo de 90 a 120 db). 5.5 Perda auditiva total (limiar auditivo superior a 120 db). 6. Prevenção 6.1 Cuidados ao engravidar 6.2 Cuidados durante a gravidez 6.3 Cuidados após o nascimento do bebê 7. Aparelhos Auditivos 8. Implante Coclear 9. Tratamento Fonoaudiológico 10. Aquisição da linguagem oral pela criança deficiente auditivo 2

3 3 1. Anatomia da Audição Existem três partes principais da orelha envolvidas no processo de audição: a Orelha Externa, a Orelha Média e a Orelha Interna. O processo auditivo começa quando as ondas sonoras (som) entram no pavilhão externo e caminham pelo canal auditivo até o tímpano, fazendo-o vibrar. Essas vibrações tocam os três ossículos da orelha média. Esses ossículos fazem com que o som seja amplificado antes de entrar na orelha interna. Dentro da orelha interna existe a cóclea que é um órgão cheio de líquido e que contém milhares de células ciliadas. Quando as vibrações tocam a cóclea, faz seu fluído interno mover-se em ondas por toda sua extensão. Conforme isso acontece, aproximadamente células ciliadas movimentam-se. A freqüência e intensidade do som determinam qual célula ciliada se moverá. A ação faz com que impulsos elétricos sejam enviados nervo central para que o cérebro processe a informação. Esses impulsos elétricos são a linguagem que o cérebro consegue entender e converter em sons com significado. 1.1 Orelha externa: é constituída pelo pavilhão auricular e do meato acústico. O pavilhão funciona como um pré-amplificador natural e quanto maior a sua área, maior energia mecânica captada. Os idosos que apresentam deficiência auditiva (presbioacusia) colocam a mão em forma de concha aumentando a área efetiva do pavilhão auricular e assim, otimizam a captação do som. O meato funciona como se fosse um tubo ressonador para sons da fala humana. Quando a onda sonora chega na membrana timpânica ela ressona e transfere a energia mecânica para a orelha média. 1.2 Orelha Média: faz o limite com a orelha externa através da membrana timpânica que está em contato com três ossículos articulados entre si (martelo, bigorna e estribo). Quando tímpano vibra os ossículos também vibram e funcionam como um sistema de alavancas amplificadoras do som. Adicionalmente, o fato de a área do tímpano ser maior do que a base do estribo, colabora para que a pressão sonora incidente dentro do liquido coclear seja ainda maior e, assim, superando a impedância. 3

4 4 1.3 Orelha Interna: é um labirinto membranoso que fica dentro do osso temporal que formam a cóclea e o sistema vestibular. A cóclea possui as células sensoriais auditivas situadas no órgão de Corti. Quando as ondas mecânicas chegam para dentro da cóclea, propagam-se pelo líquido coclear e deformam mecanicamente a membrana basilar onde as células sensoriais estão assentadas. A deformação mecânica da membrana repercute nas células sensoriais como uma reação elétrica correspondente e serve de estimulo para o nervo auditivo que envia os impulsos nervosos para o cérebro. Finalmente, no córtex auditivo, as informações acústicas são interpretadas permitindo que reconheçamos as diferenças entre os sons da fala e de um instrumento musical; um ruído de avião de um latido de cão, etc. 1.4 Passos para a Audição 1º Passo para Audição Inicia-se na Orelha Externa que é constituída pelo pavilhão auricular e o conduto auditivo. Começa quando as ondas sonoras entram no pavilhão externo e caminham pelo canal auditivo até o tímpano, fazendo-o vibrar. 2º Passo para Audição Inicia-se na Orelha Média através da vibração da membrana timpânica que está em contato com três ossículos articulados entre si: Martelo, Bigorna e Estribo, que vibram junto com a membrana timpânica. Essas vibrações fazem com que o som seja amplificado antes de entrar na orelha interna. 3º Passo para Audição Inicia-se na Orelha Interna que é constituída por um labirinto membranoso localizado dentro do osso temporal que formam a cóclea e o sistema vestibular (equilíbrio). 4

5 5 Quando as vibrações tocam a cóclea, faz seu líquido interno mover-se em ondas por toda sua extensão composta por células ciliadas. 4º Passo para Audição A freqüência e intensidade do som determina quais, das mais de células ciliadas, se moverá. A ação faz com que impulsos elétricos sejam enviados do nervo auditivo central para que o cérebro processe a informação. Esses impulsos elétricos são a linguagem que o cérebro consegue entender e converter em sons com significado. 1.5 Evolução da Audição: Ouvinte X Surdo CRIANÇA OUVINTE Primeiros dias: reage a certos ruídos de maneira reflexa. 2 ou 3 meses: fixa o olhar nos lábios do adulto que fala e esboça movimentos labiais sem emissão de voz. 3 ou 4 meses: certos ruídos adquirem significação própria; a criança discrimina quando alguém entra em seu espaço físico, reage a voz de sua mãe, distingue os ruídos familiares. 4 ou 5 meses: discrimina algumas entonações, se o chamam, se o repreendem; a mímica que acompanha alguma palavras. 5 ou 6 meses: começa a lalação; emite, ao acaso, numerosos sons e alguns deles não fazem parte do idioma materno. O adulto o ouve e imita-o, repete suas vocalizações e insere outros elementos sonoros. Imita, à sua maneira, as emissões do adulto, que vão aproximandose do idioma materno. Pouco a pouco alguns sons apresentam significado, conjuntamente percebidos pela criança e adulto. 5

6 6 A partir dos 10 ou 12 meses: a criança compreende palavras familiares (papai, passear, mamadeira) e ordens simples "dá", "vem", etc. A partir de 1 ano: amplia consideravelmente a compreensão, emprega palavras cada vez mais numerosas que começam a ser associadas a frases de 2 e logo 3 palavras. O fundamental das estruturas do idioma se estabelece por volta dos 3 anos. CRIANÇA SURDA Primeiros dias: não reage ao ruído, sem ocasionar suspeitas devido a pouca idade. 2 ou 3 meses: fixa o olhar nos lábios do adulto que fala e esboça movimentos labiais sem emissão de voz. 3 ou 4 meses: mostra-se indiferente aos ruídos familiares. 4 ou 5 meses: não recebe as entonações; porém os gestos expressivos, a mímica acentuada podem conduzi-lo a algumas informações. 5 ou 6 meses: apresenta a lalação igual ao bebê ouvinte, porém é, geralmente, menos rica. Não compreende os jogos vocais dos adultos. Seus sons não evoluem, tampouco algum modelo de acordo com o acervo de sons do idioma. Não emerge nenhuma significação dos modelos sonoros emitidos. A partir dos 10 ou 12 meses: não há compreensão das palavras, já a compreensão de certas ordens simples está ligada a mímica e aos gestos que a acompanham. Dá o objeto porque o adulto ao falar "dá-me" associa o gesto de estender a mão. A partir de 1 ano: uma evolução sem conseqüências, se ninguém lhe presta uma atenção particular, as emissões sonoras da lalação se detém, e a criança mergulhará no silêncio alheia à fala e aos ruídos para os quais não manifesta nenhuma reação. Se o surdo receber informações e estimulações pelos outros sentidos (visão, tato, olfato, gustação) pode 6

7 7 se desenvolver sem muitoatrasos. Quanto antes a surdez for detectada, melhor para o indivíduo surdo. 3. Causas da Surdez Fatores de risco para Deficiência Auditiva Em 1994 o Comitê Americano sobre Perdas Auditivas (Joint Committe on Infant Hearing), elaborou uma lista de fatores de risco para a deficiência auditiva periférica e central para bebês neonatos: Antecedentes familiares de perda auditiva neurossensorial hereditária Consangüinidade materna Infecções congênitas (rubéola, sífilis, citomegalovírus, herpes e toxoplasmose) Malformações craniofacias incluindo as do pavilhão auricular e do conduto auditivo Peso de nascimento inferior a gramas Hiperbilirrubinemia exsanguineotransfusão Medicação ototóxica Meningite bacteriana Apgar de 0 a 4 / 1º minuto ou 0 a 6/ 5º minuto Ventilação mecânica Síndromes Alcoolismo materno ou uso de drogas na gestação Hemorragia ventricular Permanência na incubadora por mais de 7 dias Convulsões neonatais Otite média recorrente ou persistente por mais de 3 meses Suspeita dos familiares de atraso de desenvolvimento de fala, linguagem e audição Traumatismo craniano com perda de consciência ou fratura craniana 7

8 8 Deficiência auditiva ou surdez é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência. Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. Fato ressaltado na Declaração de Salamanca que culminou com uma nova tendência educacional e social. A deficiência auditiva tem origens diversas tais como: 3.1. Causas pré-natais (antes do parto) hereditárias, malformações congénitas, adquiridas pelo embrião devido a infecções virais ou bacterianas intra-uterinas (ex.: rubéola, sarampo, sífilis, citamegalovirus, herpes simplex, toxoplasmose), intoxicações intra-uterinas (ex.: quinino, álcool, drogas), alterações endócrinas (ex.: patologias da tiróide, diabetes), carências alimentares (ex.: vitaminicas), agentes físicos (ex.: raios X); 3.2.Causas peri-natais (durante o parto): traumatismos obstétricos (ex.: hemorragias do ouvido interno ou nas meninges), anóxia, incompatibilidades sanguíneas (do factor RH que podem provocar danos no sistema nervoso central); 8

9 Causas pós-natais (depois do parto e no decurso da vida do indivíduo): doenças infecciosas, bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou crónicas das fossas nasais e da naso-faringe), virais (ex.: encefalites, varicela), intoxicações (ex.: alguns antibióticos, ácido acetilsalicílico, excesso de vitamina D que pode provocar lesão com hemorragia ou infiltração calcária nas artérias auditivas), trauma acústico (ex.: exposição prolongada a ruídos nos locais de trabalho ou em recintos de diversão; sons de elevada intensidade e de curta duração, tais como: nas explosões e na caça; diferenças de pressão, como no caso dos mergulhadores); 9

10 10 4. Tipos de Perda Auditiva Existem 3 tipos principais de perda auditiva: condutiva, neurossensorial e mista. São classificados em graus: leve, moderado, severo ou profundo. Cada tipo afeta uma parte diferente do ouvido e tem várias causas. A deficiência auditiva pode ser causada por fatores que ocorrem antes, durante ou após o nascimento. 4.1 Perda Auditiva Condutiva Ocorre quando as ondas sonoras são bloqueadas na orelha externa ou média e não conseguem chegar à orelha interna. A maioria não é permanente e pode ser tratada com medicamentos ou por cirurgias. Possíveis Causas: Otite Média Otoesclerose Bloqueios temporários Perfuração do tímpano 4.2 Perda Auditiva Neurossensorial Ocorre quando as células ciliadas da cóclea ficam prejudicadas e o som não consegue atingir o cérebro. Uma vez que as células ciliadas foram perdidas não há como recuperá-las, tornando a perda permanente. Os aparelhos auditivos podem ajudar na maioria dos casos. Possíveis Causas: Envelhecimento (Presbiacusia) Induzida por Ruído Medicação tóxica 10

11 11 Doenças durante a gravidez Problemas no nascimento Problemas genéticos 4.3 Perda Auditiva Mista Em alguns casos, o impedimento auditivo pode ser uma combinação dos dois tipos de perda auditiva condutiva e neurossensorial. Os primeiros anos de vida É o período crítico para o desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem. Maior período da plasticidade neural, quando o sistema nervoso auditivo central pode ser modificado de maneira positiva ou negativa, dependendo da quantidade e qualidade dos estímulos externos. Além disso, o período de recepção dos símbolos lingüísticos auditivos é um prérequisito para a formulação da expressão verbal. Diagnóstico Audiológico Quando realizado durante o primeiro ano de vida, possibilita a intervenção médica e/ou fonoaudiológica, ainda nesse período crítico, permitindo um prognóstico mais favorável em relação ao desenvolvimento global da criança. A deficiência auditiva pode ser causada por fatores que ocorrem antes, durante ou após o nascimento. 11

12 12 5. Graus de Surdez 5.1 Perda auditiva leve - Entre 20 a 40 db A palavra é ouvida, mas certos elementos fonéticos escapam à criança. Tem, por exemplo, dificuldade em compreender uma conversa a uma distância superior a 3 metros. Aqui a surdez não provoca atraso na aquisição da linguagem, podem é ter defeitos de articulação e dificuldades em ouvir a voz do professor (são crianças tidas como muito distraídas). Necessitam de ensino de leitura da fala e de estimulação da linguagem. Devem ter também uma colocação adequada na sala de aula. 5.2 Perda auditiva média - Entre 40 a 70 db Aqui a criança só consegue ouvir a palavra, quando esta é de intensidade forte e tem dificuldades nas discussões em grupo e na aula. Verificam-se algumas dificuldades nas discussões em grupo e na aula. Verificam-se algumas dificuldades na aquisição da linguagem e algumas perturbações da articulação da palavra, e da linguagem, aqui um processo compensador é a leitura labial. Há também necessidade do uso de próteses, de treino auditivo e estimulação da linguagem. 5.3 Perda auditiva severa - Entre 70 a 90 db A criança não consegue perceber a palavra normal. É necessário gritar para que exista uma sensação auditiva verbal. Mesmo usando próteses têm dificuldade em distinguir vogais de consoantes. Estes alunos têm algumas dificuldades psicológicas, perturbações na aquisição da linguagem, perturbações na voz e na palavra. Necessitam já de cuidados especiais no treino auditivo, leitura da fala e, estimulação da linguagem. Não podem dispensar as próteses. Pode necessitar de linguagem gestual tanto para se expressar como para compreender os outros. 5.4 Perda auditiva profunda - Superior a 90 db Em que nenhuma sensação auditiva verbal pode ser captada pela criança espontaneamente. Aqui, é necessário adaptar métodos especiais na estimulação da linguagem e, fazer um treino intenso de maneira a aproveitar os resíduos auditivos. Deve-se recorrer à linguagem gestual. 12

13 13 IMPORTANTE! Existem vários métodos e técnicas para avaliação e tratamento da função auditiva de um indivíduo. Em casos de fatores de risco presentes ou alguma suspeita, o primeiro passo é procurar uma orientação médica. Se for constatada alguma perda auditiva, o passo seguinte, ou seja, a forma pela qual o indivíduo será educado, deve ser uma decisão da família e posteriormente do próprio indivíduo. 13

14 14 6. Prevenção 6.1 Cuidados ao engravidar: Procurar orientação médica Se existe caso de deficiência na família, realizar o exame do cariótipo, para identificar a probabilidade da criança apresentar deficiência Antes de engravidar tomar conhecimento das vacinas que deve tomar para prevenir a surdez e outras doenças 6.2 Cuidados durante a gravidez: Sempre consultar o médico antes de tomar qualquer medicamento Não ficar exposta a raios-x, sem necessidade extrema Não consumir bebidas alcoólicas, drogas e fumos 6.3 Cuidados após o nascimento do bebê: A amamentação é extremamente importante, pois fornece nutrientes, favorece a produção de anticorpos e é responsável por uma ligação afetiva entre mãe e filho A postura é muito importante, pois quando a criança é amamentada em posição errada pode provocar o desenvolvimento de otite, a posição mais ereta é a ideal Atenção com objetos pequenos, como grãos de milho, feijão entre outros, pois a criança pode inserir na orelha Utilizar o cotonete somente na parte externa da orelha Evite deixar a criança exposta a ruídos intensos ou brinquedos que apresentam barulhos altos e estrondosos Ficar atento a determinadas doenças que causam perda auditiva como, Sarampo, Caxumba, Meningite, Rubéola, Sífilis entre outras 14

15 15 7. Aparelho auditivo individual O aparelho auditivo eletrônico é um mini-amplificador que conduz o som à orelha do indivíduo, coletando e transmitindo a onda sonora, adicionando energia necessária, e evitando a dispersão do som, com a menor distorção possível. Seu objetivo é aproveitar a audição residual de modo efetivo. Basicamente um aparelho é constituído por: microfone, que capta o som; circuito elétrico, que o amplifica; e micro alto-falante, que o transmite ao tímpano. Tipos de AASI: Caixa Haste de óculos Retro-auricular Vibrador ósseo Intra-auricular Intra-canais Programáveis Cabe ao fonoaudiólogo a seleção e adaptação do aparelho auditivo, o que inclui: Avaliação audiométrica Impressão do molde mais adequado Avaliar a atuação de diversos aparelhos Selecionar o aparelho que leva à maior amplificação Testar o aparelho em câmaras acústicas Aconselhar o paciente e/ou a família sobre os aspectos da deficiência auditiva, do aparelho e seu uso Acompanhar o progresso do paciente quanto à adaptação Organizar terapia e treinamento especial O candidato à protetização é qualquer paciente que tenha perda auditiva, seja ela leve ou profunda e que manifeste algum grau de dificuldade de comunicação. 15

16 16 São fatores que influenciam na protetização e devem ser avaliados: motivação, estilo de vida, idade, profissão, necessidade de audição e comunicação e o estado geral de saúde. O sucesso da adaptação depende da habilidade de discriminação do paciente, da sua faixa dinâmica, de seu desempenho acústico sob condições de ruído, do bem estar com o uso do aparelho, agradabilidade, etc. 16

17 17 8. Implante Coclear É um dispositivo que proporciona às pessoas com perda auditiva profunda uma audição útil e uma maior habilidade quanto à comunicação. A cóclea do surdo não pode mais efetuar a codificação do som, então é substituída por um aparelho, que estimula diretamente as fibras do nervo auditivo. As vantagens sobre a comunicação seriam: consciência sonora melhora na leitura orofacial e no controle da voz na maioria dos casos (principalmente para surdez pós-linguagem), melhora na discriminação verbal Como funciona o Implante O microfone capta o som e o transforma em sinais elétricos. Estes sinais são amplificados e codificados pelo processador da fala que é o cérebro do implante, pois ele seleciona freqüências e amplitudes sonoras que são enviadas ao sistema transmissor que emite ondas eletromagnéticas (sistema transcutâneo) para a unidade interna que estimula a terminações do nervo auditivo. Classificação Quanto ao modo de funcionamento do processador da fala: Analógico (som convertido em sinal elétrico mantém as mesmas características) e Digital (som filtrado). Quanto a forma de acoplamento: Percutâneo (transmissão por continuidade) ou Transcutâneo (indução magnética). Tipo de eletrodo: Intracoclear ou Extracoclear. Seleção de Pacientes Pacientes portadores de disacusia neurossensorial profunda bilateral que: Não tenham obtido benefício com prótese auditiva 17

18 18 Tenham o nervo coclear com capacidade residual suficiente para obter uma sensação subjetiva de som ao estímulo elétrico apresentado Tenham avaliação psicológica favorável em relação a motivação para o uso do implante Não tenham diagnóstico de otites Não tenham malformações congênitas de osso temporal (síndromes) Resultados O reconhecimento de ruídos do ambiente e de vozes familiares são os principais fatores que fazem com que o surdo "reencontre o mundo dos ouvintes". A grande maioria dos pacientes passa a identificar os sons ambientais (campainha, telefone, tráfego, etc); sendo que o treinamento é possível também identificar e reconhecer vozes familiares. O efeito direto sobre a leitura labial é, principalmente, a redução da tensão e do esforço, que são necessários à compreensão; o que ocasiona uma melhora sobre a performance da leitura labial. A capacidade de discriminação de fala nos surdos pós-linguais aumenta com o implante coclear. Há uma melhora no nível da qualidade vocal (intensidade, entonação) e também da fala e articulação. 18

19 19 9. Tratamento Fonoaudiológico Reabilitação Auditiva Reabilitação auditiva é o termo comumente utilizado na literatura sobre deficiência de audição e sugere procedimentos específicos para que os efeitos provocados pela alteração auditiva sejam minimizados. Na clínica fonoaudiológica esta terminologia está relacionada a um processo terapêutico que privilegia o uso da audição residual através de amplificação sonora apropriada e dá ênfase na aquisição da linguagem oral, sendo fundamental o diagnóstico precoce e o início do processo terapêutico o mais cedo possível. O objetivo do trabalho terapêutico é a aquisição da linguagem pela criança. Grande ênfase é dada ao uso da audição, o que se evidencia pelo investimento na atenção auditiva da criança, principalmente durante a época da seleção e adaptação do aparelho de amplificação sonora. A situação terapêutica, permeada por um jogo onde ouvir faz parte da interação, permite que a criança se volte para o som e junto com o terapeuta chegue a partilhar seus significados. O trabalho de linguagem apóia-se na situação de interação, terapeuta e criança constroem sua história a partir de situações lúdicas. A leitura e escrita têm seu espaço neste processo. Desde muito cedo faz parte da situação terapêutica o texto escrito, principalmente o livro infantil. Não há preocupação com aquisição do código mas sim de vivência da criança com a língua escrita. Posteriormente, será através da leitura que muitas crianças deficientes auditivas conseguirão alcançar maior conhecimento da sua própria língua. Os objetivos a serem trabalhados são: controle da intensidade da fala ressonância ritmo e velocidade de fala treinamento auditivo ensino do uso correto da voz automatização do uso correto da voz desenvolver as sensações táteis-cinestésicas conscientização da respiração associada à fonação 19

20 20 adequação da postura corporal movimentos adequados dos articuladores (mandíbula, lábios, e língua) livre excursão da laringe no pescoço adequação da intensidade vocal ao ambiente Características Vocais do Surdo A audição é um fator importante para a manutenção de um padrão vocal adequado para todos os indivíduos. A falta de feedback auditivo é responsável pelas alterações na qualidade vocal e na produção da fala dos surdos que não desenvolvem o controle sobre voz, respiração e articulação. A perda auditiva é um impedimento para o desenvolvimento da fala, pois restringe o indivíduo na recepção desta e reduz a habilidade do falante de monitorar sua própria fala. A audição é fundamental para o desenvolvimento da linguagem oral articulada para distinguir e reconhecer o significado dos sons, produzir e simbolizá-los através da fala. A relação entre a articulação e a qualidade vocal nos deficientes auditivos é essencial para garantir a inteligibilidade de fala As principais dificuldades na comunicação verbal são: sincronização, ritmo, altura, entoação articulação e qualidade vocal omissão e ensurdecimento de consoantes substituição de nasal por sua oral cognata trocas de vogais e hipernasalidade tendência para prolongar excessivamente as vogais estridência e elevados valores de freqüência fundamental irregularidades no ritmo da fala A freqüência fundamental na fala pode ser alta (aguda) devido ao aumento de tensão das pregas vocais e do trato vocal, resultando em fechamento glótico excessivo. 20

21 21 Existe uma variabilidade na fala do surdo que pode estar relacionada à extensão e ao tipo de perda auditiva, à idade em que ocorreu a perda, ao ambiente familiar e ao tipo de treino recebido. 21

22 Aquisição da Linguagem Oral pela Criança Deficiente Auditiva O processo de aquisição de linguagem oral pelas crianças deficientes auditivas, é diferente das crianças ouvintes. As crianças deficientes auditivas profundas enfrentam um difícil e complicado problema de adquirir uma linguagem oral que não podem ouvir. Dependendo do grau da perda auditiva, a criança poderá adquirir linguagem com comunicação limitada, podendo não chegar à oralização se a perda auditiva for profunda. Portanto, a aquisição da linguagem oral, no deficiente auditivo, não é um processo espontâneo e natural vividos em situações habituais de comunicação e intercâmbios de informações orais. É, na verdade, um aprendizado que deve ser planificado de forma sistemática pelos adultos. Aos poucos, as palavras incorporam-se ao vocabulário da criança, sendo muito importante não distanciá-la de um contexto comunicativo e interativo. Nas crianças portadoras de deficiência auditiva surge um problema audiológico diferente daquele que ocorre nos adultos, pois na criança, está em jogo a sua linguagem ameaçada pela surdez. As conseqüências são muito mais graves que no adulto, pois o problema ultrapassa o quadro clínico otológico para penetrar na esfera educacional. Nessas crianças, pode-se tornar escassa ou até mesmo nula a projeção dos estímulos auditivos na área temporal do córtex cerebral, especialmente dos sinais representados pelos sons da fala, indispensáveis às ligações condicionadas verbais. As crianças com perda auditiva, dispõem dos mesmos órgãos fonadores e das mesmas possibilidades corticomotoras para a produção da fala que as crianças ouvintes, mas o mecanismo da fonação não se organiza por se achar ausente a contribuição sensorial, representada pelas sensações acústicas do mundo exterior, dada a incapacidade funcional do aparelho auditivo. Faltam às crianças deficientes auditivas, os sinais auditivos verbais, que permitem à criança ouvinte a aquisição da linguagem no meio em que vive. Importante! Existem vários métodos e técnicas para avaliação e tratamento da função auditiva de um indivíduo. Em casos de fatores de risco presentes ou alguma suspeita, o primeiro passo é procurar uma orientação médica. 22

23 23 Se for constatada alguma perda auditiva, o passo seguinte, ou seja, a forma pela qual o indivíduo será tratado e educado, deve ser uma decisão da família e posteriormente do próprio indivíduo. SURDO SIM, SURDO-MUDO NÃO! O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência, sem conexão com a surdez. Existe a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Por esta razão, o surdo só será também mudo, somente se for constatada clinicamente deficiência na sua oralidade ou no aparelho fonador, impedindo-o de emitir sons. Os 13 mandamentos para facilitar a comunicação com o surdo 1. Falar pausadamente e olhando de frente para a pessoa com dificuldade auditiva, favorecendo a captação do som pelos dois ouvidos com o auxílio dos aparelhos. 2. Caso não seja possível estar de frente para a pessoa sente-se ao lado do melhor ouvido que estiver com o aparelho auditivo. 3. Falar em locais com boa iluminação para favorecer a leitura dos lábios. 4. Falar um pouco mais alto, sem gritar. 5. Articular bem as palavras sem exagerar para facilitar a leitura dos lábios e a compreensão da mensagem. 6. Caso a pessoa não compreenda bem, repetir o que foi dito empregando algumas palavras diferentes para aumentar a chance de compreensão. 7. Não falar gritando de outros aposentos da casa. 8. Evitar conversar em ambientes ruidosos, barulhentos, isto dificulta a comunicação. 9. Auxiliar na inspeção do aparelho auditivo e incentivar o uso do aparelho auditivo. 10. O acompanhamento médico anualmente é fundamental para controle monitorado da perda auditiva. 11. As críticas que a pessoa com perda auditiva é desatenta não favorecem a reabilitação. 12. Incentivar a instalação de sinais luminosos para a campainha e para o telefone 23

24 Mediante qualquer dúvida a respeito do aparelho auditivo entre em contato com a empresa ou com o fonoaudiólogo (a) responsável. A voz do surdo são as mãos e os corpos que pensam, sonham e expressam Pensar sobre surdez requer penetrar no mundo dos surdos e ouvir as mãos que, com alguns movimentos, nos dizem o que fazer para tornar possível o contato entre os mundos envolvidos, requer conhecer a língua de sinais Permita-se ouvir essas mãos, pois somente assim será possível mostrar aos surdos como eles podem ouvir o silêncio da palavra escrita". As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente. HELEN KELLER 24

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A surdez é uma deficiência que fisicamente não é visível, e atinge uma pequena parte da anatomia do indivíduo. A surdez é uma deficiência que fisicamente não é visível, e atinge uma pequena parte da anatomia do indivíduo. Porém, traz para o surdo consequências sociais, educacionais e emocionais amplas e intangíveis.

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