UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 1"

Transcrição

1 Sumário Sumário O Modelo da comunicação digital Introdução às Centrais Telefônicas Digitais Motivação Transição Princípio Básico de Sistemas Amostrados Amostragem e modulação Amostragem no tempo Filtragem anti-aliasing TDM Time Division Multiplex Introdução aos Sistemas PCM Pulse Code Modulation Quantização Quantização Linear Quantização Não-linear Compressão Leis de compressão...20 Lei...21 Lei A Sistemas PCM Codificação Palavra PCM Característicasdo Multiplex TDM-PCM Especificações CCITT para o sistema PCM de canais Canal Intervalo de tempo de canal (ITC) Intervalo de tempo de bit (ITB) Velocidade de transmissão Quadro Multiquadro Sincronismo ou alinhamento do quadro Informação de alarme Perda de sincronismo de multiquadro Transmissão Introdução Codificação de Linha Transformação do NRZ para AMI, HDB Regeneração do sinal Circuito de relógio Representação das fases do sistema PCM em níveis homólogos...42 Bibliografia...44 UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 1

2 1. O Modelo da comunicação digital A comunicação digital trata da transmissão de informação através de símbolos. Na transmissão analógica a informação é transmitida por um sinal chamado portadora, fazendo com que esta portadora varie proporcionalmente com o sinal ou a informação que se quer transmitir. Assim, um sistema analógico em que a informação é enviada pela variação proporcional da amplitude da portadora recebe o nome de modulação em amplitude, já a modulação em freqüência é aquela em que a informação está contida na variação da freqüência da portadora, o mesmo acontece com a modulação em fase. Esta modulação analógica é apropriada para a transmissão de informação que já se encontre na forma analógica. No entanto, existem muitas fontes de informação que assumem uma forma digital, isto é, produzem informação em uma forma descontínua e que é melhor descrita por números, daí seu nome digital. Para que a informação digital possa ser enviada através de um sistema de transmissão é necessário que esta informação seja representada por sinais elétricos, por exemplo, o valor lógico 1 representado por um pulso de tensão +V e o valor lógico 0 representado por um pulso de tensão -V. Portanto, a comunicação digital corresponde a transmissão de informação digital através de símbolos. Embora a comunicação digital se refira a transmissão de informação que se encontre na forma digital, não significa que apenas informação gerada nesta forma possa se utilizar de um sistema de transmissão digital. Na realidade existem várias razões para incentivar a transmissão na forma digital de sinais que são originalmente produzidos em forma analógica, como voz, áudio e vídeo. Duas razões se destacam, a primeira sendo a maior imunidade ao ruído que os sistemas digitais apresentam. Na transmissão de qualquer sinal sempre existe a adição de interferência produzidas pelo próprio sistema de transmissão e genericamente designadas como ruído. Portanto, todo o receptor de sinais trabalha na verdade com sinal e ruído adicionados. No caso de um receptor analógico, sinal e ruído são tratados de mesma forma já que ambos têm a mesma natureza, não havendo meios do receptor distinguir um do outro. Já no caso de um receptor digital a situação se altera pois embora sinal e ruído também sejam adicionados a sua natureza é totalmente distinta, sendo o sinal digital e o ruído analógico. Isto permitirá que o receptor digital distiga o sinal de informação mesmo quando seja muito distorcido, além de permitir a repetição regenerativa do sinal por ser previamente conhecido. Um exemplo disso seria a transmissão de pulsos retangulares, onde o receptor sabe de antemão que o sinal recebido deve ser um pulso nível alto ou nível baixo. Em uma recepção analógica isto é praticamente impossível. A segunda razão de incentivo ao emprego da transmissão digital para sinais gerados na forma analógica reside no fato da utilização de técnicas computacionais executadas por microprocessadores para a recepção e tratamento desses sinais. Estas técnicas genericamente denominadas de Processamento Digital de Sinais viabilizam a implementação de filtragens, cancelamento de interferências, cancelamento de ruídos e outros processamentos por software. Tais métodos viabilizam processamentos inimagináveis com técnicas analógicas. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 2

3 1.1 Introdução Digitais às Centrais Telefônicas Motivação Existe uma forte tendência à transformação dos sistemas telefônicos em redes inteiramente digitais, tanto na transmissão como na comutação. Essa transformação teve início quando da introdução, em escala comercial, dos sistemas de transmissão PCM (Pulse Code Modulation), abordados posteriormente, muito comuns hoje em dia. A evolução da tecnologia no campo da computação e dos sistemas digitais propiciou a continuidade dessa transformação através da introdução do processamento de dados no controle das centrais telefônicas, criando-se as denominadas centrais CPA ( Controle por Programa Armazenado). Em razão dessa mesma evolução, dispõe-se hoje de técnicas e componentes que viabilizam a implementação de centrais telefônicas inteiramente digitais, incluindo-se as redes de comutação, que anteriormente eram eletromecânicas. Nestas centrais, os sinais de voz, previamente transformados por codificação em PCM, são manipulados como sinais digitais, sem necessidade de retorno à forma analógica, a não ser nos extremos próximos aos assinantes. A introdução de centrais digitais em uma rede telefônica propicia, por sua vez, não só simplificações e reduções de custo dos equipamentos de transmissão e controle, como também justifica o desenvolvimento de componentes digitais específicos para telefonia, reforçando assim os fatores iniciais que justificaram sua introdução. As principais vantagens da introdução de tecnologia digital em centrais telefônicas podem ser assim classificadas: a) Vantagens técnicas: melhor qualidade de transmissão, tanto pelas vantagens já apresentadas de transmissão PCM como pela eliminação de sucessivas conversões A/D (Anógico/Digital) e D/A (Digital/Analógico) nos acessos às centrais analógicas interligadas interligadas por sistemas PCM; maior dificuldade ao interceptar uma conversação e maior facilidade de codificação para ligações sigilosas; maior capacidade de sinalização entre centrais através do aproveitamento adequado dos canais de sinalização dos sistemas PCM (64Kbits/s para PCM de 30 canais); menor tempo para o estabelecimento de chamadas, quer pelo acesso mais rápido aos componentes da matriz de comutação, em razão da compatibilidade entre as tecnologias da matriz e do controle, quer pela maior facilidade de determinação de rotas livres na matriz; maior facilidade de projeto e implementação de matrizes de comutação de grande capacidade e bloqueio pequeno; compatibilidade com os meios de comunicação digital. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 3

4 b) Vantagens econômicas redução de custo dos terminais de acesso à central pela eliminação dos circuitos conversores A/D e unidades de canal, propiciando um aumento da faixa de distâncias econômicas para transmissão digital; redução de peso e espaço ocupado pela matriz de comutação, simplificando a construção civil do prédio que aloja a central; possibilidade de integração de serviços, que permite a transmissão e comutação mais eficiente de dados de qualquer natureza; simplificação da operação e dos procedimentos de pesquisa e correção de falhas. Para completar esse quadro, devem ainda ser considarados vantagens todos os benefícios e as facilidades resultantes da utilização de controle da central por programa armazenado e do processamento digital de sinais Transição A penetração de técnicas digitais nas redes analógicas ocorreu de forma muito rápida em razão dos investimentos realizados após as privatizações. Entretanto algumas redes telefônicas permanecerão analógicas ainda por um certo tempo. Nos anos 70 as centrais telefônicas iniciaram uma evolução de uma concepção analógica para digital. Esta transformação iniciada no núcleo das centrais, pela substituição de componentes eletromecânicos por processadores digitais estendeu-se a outras áreas periféricas das centrais, dando origem às centrais digitais CPA (Controle por Programa Armazenado). Em 2002, no Brasil, 98 % das centrais eram digitais. Comentam-se, a seguir, alguns aspectos relativos à digitalização das redes telefônicas. Naturalmente a transformação descrita é apenas um exemplo típico. Para efeito da digitalização, as redes telefônicas podem ser subdivididas em três áreas: a) rede de assinantes; b) rede de troncos locais; c) rede de troncos interurbanos. a) a rede de assinantes, em razão da grande quantidade de equipamentos envolvidos, tede a ser a última etapa da digitalização do sistema como um todo. Várias soluções têm sido propostas e estudadas. Na rede de troncos interurbanos nacionais e internacionais, muito já se tem feito em termos de desenvolvimento de equipamentos para transmissão digital de alta taxa e os primeiros problemas de sincronismo começaram a ser solucionados; a escolha de rotas leva em conta o acúmulo de ruído de quantização causado pelas múltiplas conversões A/D e D/A; b) as velhas centrais analógicas estão sendo substituídas por novas, digitais, ou UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 4

5 mesmo desmembradas em concentradores remotos de outras centrais. Todas as conexões são inteiramente digitais, de modo que as conversões A/D e D/A são realizadas, num primeiro momento, apenas para prover a transmissão. Os equipamentos analógicos devem permanecer, ainda por algum tempo, de forma competitiva. É nas redes de troncos locais que se dá a parte mais significativa da transição dos sistemas analógicos para os digitais. c) a transformação de uma rede urbana multicanal, em virtude do alto custo dos equipamentos, será mais lenta e gradativa, de forma que o analógico e o digital deverão ainda conviver em harmonia por um longo período. A interface entre ambos será sempre baseada em sistemas de transmissão e modulação PCM, já padronizados. A Figura 1.1 especifica os vários passos da transformação: a) o ponto de partida é uma rede completamente analógica; b) novos troncos instalados deverão ser digitais (PCM). Esse ponto corresponderia às atuais redes telefônicas reais; c) uma nova central instalada deverá ser digital, conectada às analógicas existentes através de sistamas PCM. As conversões A/D e D/A poderão ser feitas junto a quaisquer das centrais, e os assinantes serão ligados à nova central digital através de concentradores (locais ou remotos) e conversão para PCM; d) uma nova central digital é instalada nos mesmos moldes e surgem os primeiros enlaces completamente digitais. e) uma central analógica é substituída por uma digital e interliga-se a outras analógicas por enlaces digitais. O processo continua até a completa digitalização da rede. Figura 1.1: A evolução da rede de comunicação. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 5

6 2. Princípio Básico de Sistemas Amostrados 2.1 Amostragem e modulação É extremamente importante para a compreensão dos sistemas de transmissão digitais enteder de que forma um sinal analógico como a voz humana é transformado em um sinal digital e trafega pela rede de telecomunicações. A amostragem constitui uma etapa primordial na geração de sinais PCM, que é a base para entendermos as hierarquias digitais. O que devemos levar em mente de todo o desenvolvimento matemático explicado a seguir é o critério de Nyquist. O resultado clássico da teoria da amostragem foi estabelecido em 1933 por Harry Nyquist, que demonstrou que um sinal analógico pode ser reconstituído desde que tenham sido retiradas amostras em tempos regularmente espaçados. Isso deve-se ao fato de que um sinal analógico incorpora uma grande quantidade de redundância, sendo portanto, desnecessário transmiti-lo continuamente. Nyquist provou que a freqüê ncia mínim a de amostr a g e m (fs) é igual a duas vez es a freqü ência máxim a (W) do sinal a ser trans mitido Neste capítulo estudaremos as características e as propriedades do processo de amostragem. Este processo, descrito na Figura 2.1 consiste em formar, a partir de um sinal contínuo, uma nova função, chamada função amostra. Esta função obtém-se a partir da função inicial um processo de amostragem periódico (de período palavras, a função é obtida pelo produto de amostragem através de segundos). Noutras com a função de, que é uma série periódica de impulsos estreitos (em relação a ). Este processo de multiplicação no domínio do tempo corresponde, como já sabemos a uma convolução no domínio da frequência e que se traduz, na prática, por uma modulação. Dizemos assim que a função modula em amplitude para formar reconstrução do sinal inicial. A operação inversa consiste no processo de a partir das amostras da função amostra. Isto é realizado na Figura 2.1 por um filtro ideal. Figura 2.1: processo de amostragem e de reconstrução. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 6

7 Consideremos um sinal espectro, passa-baixo, com uma banda limitada, tendo um que é nulo fora de uma banda (ver Figura 2.2). Para efectuar o nosso processo de modulação consideremos, para ilustrar, um sinal sinusoidal de frequência, de tal modo que o sinal modulado é (2-1.1) Como sabemos que a representação frequencial de dois Diracs colocados a e é constituída por, o produto temporal da (2-1.1) torna-se numa convolução no domínio da frequência e o resultado é que (2-1.2) Figura 2.2: espectro do sinal original. o que se encontra ilustrado na Figura 2.3. Este resultado pode ser generalizado para o caso em que é uma soma de funções periódicas a frequências múltiplas de, isto é,. Neste caso o produto de (2-1.1) dá no domínio da frequência uma repetição do espectro de às frequências harmónicas. Figura 2.3: espectro do sinal amostrado. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 7

8 2.2 Amostragem no tempo A forma que deve ter a função periódica, para realizar uma amostragem ideal, é dada por uma série periódica de impulsos de Dirac. Noutras palavras, pode-se definir a função de amostragem ideal por (2-2.1) que evidentemente tem como espectro (2-2.2) onde é a frequência de amostragem. A função amostra formada pelo produto da função inicial é, de espectro limitado, com a função. Pode-se portanto escrever (2-2.3) e o espectro desta função amostra é evidentemente (2-2.4) UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 8

9 Figura 2.4: processo de amostragem e reconstituição. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 9

10 Pode-se ver desta maneira, que o espectro de espectro do sinal inicial, se encontra a partir do, retardando este de, isto é, valores múltiplos da frequência de amostragem. Este processo de amostragem é ilustrado na Figura 2.4. Estes resultados foram obtidos considerando o caso particular em que a frequência de amostragem era suficientemente elevada em relação à frequência máxima do sinal, isto é,. Observando a Figura 2.4 torna-se evidente que, para que não exista sobreposição de dois espectros consecutivos, é necessário e suficiente que a frequência de amostragem seja superior ou igual a, isto é, que (2-2.5) Esta condição é absolutamente necessária para poder reconstituir o sinal partir de a através da filtragem passa-baixo deste último. Neste caso (2-2.6) quando. Este processo de reconstituição está também representado na Figura 2.4. Neste momento podemos estabelecer o teorema fundamental da amostragem ou de Nyquist Como o sinal analógico é contínuo no tempo e em nível, contém uma infinidade de valores. E como o meio de comunicação tem banda limitada, somos obrigados a transmitir apenas um certa quantidade de amostras deste sinal, como enunciado anteriormente no Teorema de Nyquist. É obvio que quando maior a freqüência de amostragem, mais fácil será reproduzir o sinal, mas haverá desperdício de banda ocupada sem nenhuma melhoria na qualidade. O circuito que permite amostrar o sinal é uma simples chave que se fecha por um brevíssimo instante, na cadência da freqüência de amostragem. Por exemplo se a freqüência de amostragem for de 8 khz, a chave se fecha 8000 vezes por segundo, ou seja, a cada 125 micro segundo. Como a chave se fecha por um tempo extremamente curto, teremos na sua saída um sinal em forma de pulsos estreitos, com amplitude igual ao valor instantâneo do sinal, chamados pulsos PAM (pulsos modulados em amplitude). No exemplo, a freqüência de 8KHz não foi uzada à toa, pois como sabemos, nos sistemas talefônicos transmitimos a voz numa banda limitada de 4 Khz e pelo critério de Nyquist teremos que amostrar esse sinal com uma freqüência duas vezes maior. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 10

11 A Figura 2.5 ilustra o principio da amostragem : Figura 2.5: Amostragem e geração dos sinais PAM 2.3 Filtragem anti-aliasing Como dito anteriormente, a quantidade de amostras por unidade de tempo de um sinal, chamada taxa ou freqüência de amostragem, deve ser maior que o dobro da maior freqüência contida no sinal a ser amostrado, para que possa ser reproduzido integralmente sem erro de aliasing. A metade da freqüência de amostragem é chamada freqüência de Nyquist e corresponde ao limite máximo de freqüência do sinal que pode ser reproduzido. Como não é possível garantir que o sinal não contenha sinais acima deste limite ( distorções, interferências, ruídos, etc...), é necessário filtrar o sinal com um filtro passa baixo com freqüência de corte igual (ou menor) a freqüência de Nyquist, ou filtro anti-aliasing para que esse possa ser recuperado. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 11

12 O sinal de amostragem (que atua na chave) é constituído de impulsos com a freqüência de amostragem fa, também chamada função amostra. O espectro deste sinal contem raias de mesmo nível e freqüência múltiplas inteiras de fa, ou seja, 0 Hz (componente continua), fa, 2fa, 3fa, 4fa... (até o infinito se a duração do impulso for nula...). O sinal PAM terá portanto estas mesmas raias, porém com as bandas laterais criadas pela modulação em aplitude, como mostra a Figura 2.6, onde fa é maior que o dobro de fmax para que não haja aliasing: Figura 2.6 Freqüência de amostragem maior que o dobro da frequência do sinal amostrado UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 12

13 A Figura 2.7 mostra o que acontece quando não há filtro anti-aliasing e o espectro do sinal tem freqüência máxima maior que fn : Figura 2.7 Freqüência de amostragem menor que o dobro da frequência do sinal amostrado Podemos agora observar como ocorre o efeito de aliasing, que nada mais é do que a superposição dos espectros de cada raia PAM, por falta de espaço. Na restituição do sinal pelo filtro passa baixo com freqüência de corte fn, a parte do espectro original acima de fn (no caso a ponta do triângulo) aparece como se tivesse sido dobrada em torno de fn e invertida espectralmente, ou seja, freqüências mais altas passam a ser menores. O sinal indesejável de aliasing que aparece na reprodução é uma réplica do sinal original fo, porém com freqüência errada e igual a fa-fo. Osbserve como a forma de onda do sinal restituído é deformada em relação ao original. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 13

14 2.4 TDM Time Division Multiplex O TDM é uma técnica para transmissão de várias mensagens por um único meio, e consiste na divisão do tempo em canais apropriados. Levando em conta o visto no teorema da amostragem, verifica-se que existem intervalos de tempo entre as amostras PAM em que não há sinal nenhum. Pode-se, pois, usar esses intervalos de tempo para transmissão de outros sinais, conforme se evidencia na Figura 2.7 FPB FPB sincronismo Figura 2.7 Princípio básico de sistemas TDM O Princípio básico de sistemas TDM é muito simples. As várias entradas xn(t), todas com freqüências limitadas em fn (4KHz), são seqüencialmente amostradas por um comutador sincronizado. O comutador completa um ciclo de revolução no tempo Ta, extraindo amostra de cada entrada. Na saída do comutador, tem-se um sinal PAM(Pulse Amplitude Modulation), que consiste em amostras das mensagens individuais, periodicamente entrelaçadas no tempo, conforme mostra a Figura 2.8. Se há n entradas, o espaçamento de amostra a amostra é Ta/n, enquanto o espaçamento entre amostras provenientes de mesma entrada é, evidentemente, Ta. No lado do receptor, uma chave análoga ao comutador, denominada distribuidor, separa as amostras e s distribui a um banco de filtros passa-baixas que, por sua vez, recupera as mensagens originais. Evidentemente, o comutador e o distribuidor deverão estar sincronizados para tal. Em princípio, o número de canais é ilimitado. Os fatores que limitam esse número são, por exemplo, energia do sinal demodulado e banda passante necessária do meio de transmissão. Sistemas FDM Frequency Division Multiplex e TDM representam técnicas duais. Nos sistemas TDM, os sinais são operados no tempo e misturados no domínio da freqüência, enquanto, nos sistemas FDM, os sinais são separados no domínio das freqüências e misturados no tempo. Do ponto de vista teórico, um sistema nã pode ser classificado como inferior em relação a outro. Do ponto de vista prático, os sistemas TDM apresentam algumas vantagens: são relativamente mais simples e menos vulneráveis a diafonia do que os sistemas FDM. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 14

15 Figura 2.8 Sinal PAM: amostras das mensagens entrelaçadas no tempo. 3. Introdução aos Sistemas PCM Pulse Code Modulation 3.1 Quantização Os sinais PAM vistos até agora variam continuamente em função da informação, podendo assumir qualquer valor dentro dos limites desta. Se a amostra for pertubada por ruídos, não há meios de, na recepção, demodular-se o valor exato da transmissão. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 15

16 Considere que a amostra PAM não possa variar continuamente, assumindo apenas alguns valores prefixados. Se a separação entre esses valores for grande, em comparação com o ruído, no lado receptor será fácil dicidir que valor buscava-se transmitir. Dessa forma, efeitos de ruídos randômicos podem ser virtualmente eliminados. Além do mais (dependendo da exigência do meio), o sinal pode ser, periodicamente, ao longo do meio de transmissão, recuperado e retransmitido livre de ruídos, ou seja, o ruído não é cumulativo como nos sistemas analógicos usuais. As amostras quantificadas serão codificadas para a transmissão: este é o sistema PCM básico (Figura 3.1). Se houver amostras em número finito (q), cada nível poderá ser representado por um código digital de extensão finita. A função do codificador é gerar um código digital que representa univocamente a amostra quantizada. Seja o número de pulsos em um certo código e o número de valores discretos que cada pulso pode assumir. Existirão combinações diferentes de pulsos com amplitudes possíveis. Na maioria das vezes, =2 ; nesse caso, o número de níveis de quantização é dado por q=2. Figura 3.1 Sistema PCM básico. De posse do sinal analógico amostrado, em forma de amostras ou pulsos PAM, ainda analógicos, precisamos quantificar (ou quantizar) esta infinidade de valores possíveis em outros que passam ser representados por uma quantidade finita de bits, para obter um sinal digital. Esta conversão é feita por um circuito chamado conversor analógico-digital A/D ou ADC. Cada amostra ou pulso PAM é transformada em uma quantidade ou palavra predefinida de bits. Por exemplo, com =8 bits é possível representar 256 valores diferentes (0 a 255). Para facilitar a compreensão, vamos supor que os pulsos PAM são limitados entre 0 e 255 Volts. Um pulso qualquer pode ter como valor real 147,39 V (Figura 3.1), mas terá de ser quantizado como tendo 147 V ou 148 V, pois não é possível representar 147,39 com 8 bits. O valor quantizado (para mais ou para menos) depende dos valores dos níveis de decisão no projeto do ADC. Teremos então um erro, no caso de -0,39 V ou +0,61 V respectivamente, chamado erro de quantização. Esta falta ou excesso no valor do sinal provoca o surgimento de um sinal aleatório, chamado ruído de quantização. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 16

17 A Figura 3.2 mostra o aspecto do erro ou ruído de quantização para um sinal senoidal: V ΔV ,39 Figura 3.1 Ruído de quantização. Se prova matematicamente que a máxima relação sinal/ruído de quantização possível é da ordem de: S/R max = 6n, onde n é o numero de bits. Por ex. 8 bits : S/R de quantização max = 48 db 16 bits : S/R de quantização max = 96 db Esta relação só é atingida para um sinal de valor máximo Vmax. Se o sinal V for menor, por ex. 1/10 do máximo, a relação S/N será 100 vezes pior ou 20 db menor, e assim por diante. S/R de quantização = 1,76 + 6,02 n - 20 log ( Vmax / V ) Para contornar este novo problema, que faz com que sinais fracos tenham baixa relação S/Rq, usam-se quantizações não lineares, onde os níveis de quantização não são iguais como na Figura acima, mas são muito pequenos para sinais pequenos e maiores para sinais maiores, provocando o efeito de compressão, como será abordado melhor adiante. Outro aspecto importante diz respeito a polaridade do sinal. Existem várias formas de se quantizar valores negativos de tensão. O exemplo seguinte mostra o caso para arquivos digitais de sons no formato *.WAV com 8 bits. Em PCM para telefonia, se usa uma notação com sinal-magnitude com 8 bits. O eixo de tensão não é deslocado como no exemplo a seguir. São quantizados 127 valores positivos e 127 valores negativos, ou magnitude do sinal, com 7 bits. O UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 17

18 oitavo bit (o mais significativo) indica a polaridade, 1 = positivo e 0 = negativo. O eixo vertical da Figura 3.2 é graduado no valor das amostras quantizadas com 8 bits : 0 a 255. Figura 3.2 Aspecto de um arquivo de áudio amostrado no formato *.WAV com 8 bits O eixo de tensão, 0 Volts, é deslocado (off-set) para 128. Podemos assim representar valores negativos de -1 até -128 com 127 até 0 respectivamente, sem necessidade de sinal de polaridade (-). A forma de onda quantizada acima, no formato decimal é : 118,135,130,138,151,165,179,179,182,195,179,144,109,78,51,37,39,62,97,123. O que representa os seguintes valores quantizados de tensão (em V), supondo DELTAVmáx =255 : -10,+7,+2,+10,+23,+37,+51,+51,+54,+67,+51,+16,-19,-50,-77,-91,-89,-66,31,-5. Figura 3.3 PCM 8 bits em formato *.WAV UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 18

19 3.2 Quantização Linear O processo de quantização, como já foi esclarecido anteriormente, aproxima os valores das amostras do sinal PAM para níveis predeterminados, quando o número de níveis é o mesmo para sinais de intensidade alta ou baixa. Verificamos que se cada degrau de quantização tiver uma amplitude ΔV, o maior erro que pode surgir será igual a ΔV/2, pois o sinal PAM sempre é comparado com o valor médio de cada segmento (nível de decisão). V ΔV - degrau de quantização níveis de decisão Figura 3.4 Quantização linear 3.3 Quantização Não-linear Na quantização não linear, o número de níveis de quantização é inversamente proporcional ao nível do sinal aplicado, ou seja, temos um maior número de níveis de quantização para amostras com pequenos valores de amplitude e um menor número de níveis de quantização para amostras com grandes valores de amplitude. No exemplo da Figura 3.5 temos 3 segmentos com 5 níveis em cada segmento. Os níveis dentro de cada segmento têm o mesmo tambanho. Note ainda que o segmento II é o dobro do primeiro e o segmento III é o dobro do segundo. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 19

20 V ΔV - degrau de quantização III níveis de decisão II I Figura 3.5 Quantização não-linear 3 Segmentos(I,II,III) e 5 degraus por segmento 3.4 Compressão A compressão é a operação que consiste em comprimir as amostras do sinal PAM com o objetivo de melhorar a transmissão. Sabemos que o ruído de quantização independe do nível do sinal, uma vez fixada a máxima excursão dos níveis e o número de níveis de quantização. Neste caso o ruído é constante e a relaçao sinal-ruído dependerá somente do nível do sinal. Mas este sendo variável com o tempo, a relação sinal-ruído será máxima, quando o nível for máximo e mínima quando o nível for mínimo. Para mantermos a relação sinalruído o mais constante possível deve-se diminuir os intervalos entre os níveis de quantização onde estão os baixos valores das amostras e aumentarmos estes intervalos quando a amplitude das amostras forem grandes Leis de compressão O grau de não-uniformidade na quantização é conhecido como lei de compressão. Várias curvas de compressão foram estudadas, verificando-se que leis de compressão logarítmica eram mais convenientes. Como os sistemas recebem tanto sinais positivos quanto sinais negativos, as curvas são simétricas e passam pela origem. A parte da curva que se refere a sinais pequenos tem inclinação mais acentuada comparada com a quantização linear. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 20

21 a) Lei O grau de compressão pode variar conforme o valor de, que é normalmente 100 ou 225 (T1-D1, primeiros sistemas americanos e japonês) e = 255 (T2-D2 idem), ilustrados na Figura 3.6 Figura 3.6 Curva de compressão da lei b) Lei A É a lei adotada na Europa, América do Sul (inclusive Brasil), África e em todas as rotas internacionais. A compressão é linear para pequenos sinais e revertida em logarítmica para sinais grandes. O valor de A = 87,6 (correspondente à solução da equação A/(1+lnA) = 16, que é o valor da inclinação dos segmentos próximos à origem) é recomendado, pelo CCIT, para o sistema primário de 30 canais e é usada na forma segmentada, pois isso leva a grandes vantagens na implementação, como se verá adiante. Quando usada na forma segmentada, a curva contínua é dividida em segmentos, conforme o gráfico da Figura 3.7. Observa-se, então, que os sinais de menor amplitude são realçados (inclinação 16 nos segmentos 0 e 1), enquanto os de maior amplitude são comprimidos (inclinação ¼ no segmento 7). Dada a colinearidade dos segmentos 0 e 1, tanto para sinais positivos como negativos, a compressão obtida é, às vezes, denominada de 13 segmentos. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 21

22 128 SEGMENTO VII VI V IV III II I Figura 3.7 Curva de compressão da lei A segmentada ciclo positivo Características básicas que representam a lei A: 1. Cada segmento tem o mesmo número de níveis de quantização 2. Os intervalos entre níveis dentro de um mesmo segmento devem ser iguais. 3. Os intervalos em todos os segmentos devem ser múltiplos integrais dos intervalos contidos no primeiro segmento, correspondente às menores amplitudes, ou seja, se o primeiro segmento tiver intervalos iguais a 1/n, onde n é o número de níveis de quantização, o segundo segmento deverá ter intervalos iguais a 1/Kn; o terceiro iguais a 1/K'n e assim sucessivamente. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 22

23 A Figura 3.8 mostra uma tabela onde estão colocados todos os níveis possíveis, desde 0 até 4096, sendo estes valores unitários normalizados, onde 4096 corresponde a uma amplitude máxima de 3,14dBm. Nota-se nesta tabela que cada segmento e o nível do segmento recebem um certo valor binário, que veremos mais a frente e representará o valor codificado digitalmente do valor da amostra. Valores das amplitudes das amostras Figura 3.8 Níveis de tensão normalizados e seu respetivo código UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 23

24 4. Sistemas PCM 4.1 Codificação A codificação é a operação que associa um determinado código a cada valor de pulso PAM após serem quantizados e comprimidos. A necessidade da codificação dos pulsos PAM vem do fato de que caso estes pulsos fossem transmitidos diretamente, as amplitudes dos sinais seriam facilmente distorcidas pelo meio de transmissão, e os circuitos de identificação dos diversos níveis dos pulsos sem a codificação seriam extremamente complexos, já que teríamos pelo menos cerca de 100 níveis transmitir sinais de voz. Utilizando o código binário os pulsos são codificados por dois níveis de amplitude possíveis, expresso por 1 ou 0 o que simplifica em muito os circuitos de reconhecimento destes sinais. Basicamente, o processo de codificação consiste em associar um código binário a cada segmento e a cada nível do segmento. Conforme mostrado na Figura 3.7 e 3.8 as amostras poderão pertencer a 7 segmentos e cada segmento tem 16 níveis. Para codificarmos os 7 segmentos necessitaremos de 3 bits e os níveis ao segmentos são necessários 4 bits, ou seja: SEGMENTO I I II III IV V VI VII CÓDIGO BINÁRIO NÍVEL DE SEGMENTO CÓDIGO BINÁRIO Observação: Devido ao segmento I conter 32 níveis (vide Figura 3.7 e 3.8), utilizam-se 2 códigos para indicar as amostras na primeira (níveis 1 a 16) e segunda metade (níveis de 17 a 32). UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 24

25 4.2 Palavra PCM Nos atuais sistemas PCM, o codificador converte as amplitudes dos pulsos PAM num código binário de 8 bits, que já se encontra na forma comprimida. Este código de 8 bits, que é doniminado palavra PCM, apresenta as seguintes características: 1 Polaridade Segmento Nível do segmento Bit 1 Polaridade da amostra: Indica se a amostra encontra-se na metade superior ou inferior da curva de compressão Bit 2, 3, 4 Segmento: Indica qual o segmento (de I a VII) dentro da metade definida pelo primeiro bit em que se encotra a amostra em questão Bit 5, 6, 7, 8 Nível do segmento: Indica qual o nível (de 1 a 16) em que foi quantizada a amostra no segmento. É interessante observar que todo o processo da obtenção de sinais PCM ocorre no codificador, que combina as operações de amostragem, quantização, compressão e codificação Exemplos de codificação supondo todas amostras positivas 1. Amostra com valor unitário igual a 362 POLARIDADE + SEGMENTO 4 NÍVEL 7 UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 25

26 2. Amostra com valor unitário igual a 3586 POLARIDADE + SEGMENTO 7 NÍVEL Amostra com valor unitário igual a 3710 POLARIDADE + SEGMENTO 7 NÍVEL Característicasdo Multiplex TDM-PCM A característica essencialdo sinal TDM é o intervalo de tempo (time slot) que corresponde à palavra PCM de 8 bits. Ao conjunto de intervalos de tempo, associados a canais diferentes e seguindo umacerte ordem pré-fixada,que se repetem de período a paríodo, dá-se o nom de quadro (Frame). A Figuras 4.1 e 4.2 mostram a estrutura de multiplexação de um sistema PCM de N canais Time Slot 1 do Quadrol 1 Figura 4.1 Estrutura de quadros de sinais TDM-PCM UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 26

27 MUX A M O S T R A D O R DEMUX 1 F I L T R O S D A C A D C QUADRO P.B. N PALAVRAS PCM DOS CANAIS 1, 2, 3... N Figura 4.2 Multiplexação no tempo de um sistema PCM de N canais Pela Figura 4.1 nota-se que a duração de um quadro é definida pelo tempo entre dois intervalos de tempo sucessivos, associados ao mesmo canal. O número de intervalos de tempo(time slots) dentro de um quadro define acapacidadedo sistema TDM, que está diretamente relacionada com a duração dos pulsos de amostragem, ou seja, quanto mais estreitos maior a quantidade de intervalos de tempo. Como a largura de banda de um sistema TDM depende do número de canais e da freqüência de amostragem, ao diminuirmos a largura dos pulsos, aumentamos o número de canais, o que implica na nacessidade de um meio de transmissão com faixa mais larga. Deste modo deve haver um compromisso entre a capacidade do TDM e a faixa do meio de transmissão. A Figura 4.3 mostra o diagrama de blocos do processo de multiplexação e demultiplexação em sistemas PCM Figura 4.3 Diagrama de blocos MUX-DEMUX - PCM UFRN Sistemas de Telecomunicações I N

28 Da Figura 4.3 pode-se identificar os seguintes blocos: * Contador: Representa um circuito digital seqüencial que possui N estados (determinado pelas condições 0 ou 1) representado por um conjunto de flipflops internos e que excitado por um sinal de relógio (clock) a uma taxa de N*8Khz muda seqüencialmente do estado 0 ao estado N-1. * Decodificador: Representa um circuito digital combinacional que, excitado pelas saídas do contador e possuindo N saídas, ativa cada uma delas (colocando unicamente aquela em nível lógico 1) quando o contador estiver no estado de mesmo número. * Multiplexador Representa um circuito digital combinacional com 1 entrada de dados e N saídas, controlado pelas saídas do contador. * Conversor A/D e D/A O conversor A/D é o responsável pela implementação da quantização e a codificação, enquanto que o conversor D/A é o responsável pela implementação da decodificação. * Filtro Passa-Baixa (FPB) O filtro é responsável pela reconstituição do sinal analógico. 4.4 Especificações CCITT para o sistema PCM de canais O sistema primário de canais é recomendado pelo CCITT e adotado no Brasil através de regulamentação da Telebrás. O sinal de áudio de cada canal é filtrado em Hz e amostrado a 8Khz. Para a geração dos sistemas PCM de canais (Recomendação G732), as características e as definições correspondentes são: Canal: É um conjunto de recursos técnicos que possibilitam a transmissão da informação de um ponto para outro, acarretando conseqüentemente o conceito de ligação unidirecional. Conduz um conunto de 8 bits que podem ser relativos à codificação de uma amostra de voz, ou de outras informações, tais como, sincronismo de quadro Intervalo de tempo de canal (ITC) Corresponde ao intervalo de tempo dedicado a transmissão das amostras relativas a um determinado canal. Em cada paríodo de amostragem, tem-se: T = 1/8000 = 125 µs Para transmitir 32 ITCs, tem-se ITC = 125/32 = 3,9 µs UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 28

29 4.4.3 Intervalo de tempo de bit (ITB) È o intervalo de tempo dedicado a transmissão de um bit O ITB corresponde na verdade a largura do bit. Em cada ITC, tem-se 3,9 µs, logo: ITB = 3,9µs/8 = 0,4875 µs = 488 ns Velocidade de transmissão Define o número de bits transmitidos na unidade de tempo. Para calcular essa valocidade, os seguintes parâmetros são considerados: * freqüência de amostragem = 8Khz * número de bits transmitidos durante o ITC = 8 bits * número de ITCs transmitidos durante um intervalo de amostragem = 32 A velocidade de transmissão (taxa de transmissão) é dada por: 8000*8*32 = bits/s ou então 2,048 Mbits/s Quadro Define-se por quadro (frame) o conjunto de todos os canais enviados em um período de amostragem. Conforme pode ser visto na Figura 4.4, a estrutura de um quadro é constituída por 32 canais numerados de 0 a 31. Cada quadro possui 32*8 = 256 bits. Em cada quadro o canal 0 (zero) é utilizado basicamente para transportar o sincronismo de quadro e o canal 16 para transportar a informação de sinalização. Assim, os canais 1 a 15 e 17 a 31 são dedicados para as amostras de voz, totalizando portanto, 30 canais de voz. O quadro determina a capacidade de transmissão de um enlace. Figura 4.4 Estrutura de um quadro UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 29

30 4.4.6 Multiquadro É a seqüencia de 16 quadros correspondentes a uma varredura completa com as informações de sinalização, sincronismo e alarme dos 32 canais com tempo total igual a: 125 µs * 16 = 2ms. Observa-se que os circuitos telefônicos necessitam transmitir sinalização de linha tais como atendimento, ocupação, etc. É necessário também que o receptor trabalhe sincronamente com o sinal recebido do transmissor a nível de bit. Para tornar isto possível, duas soluções se apresentam como possíveis: 1ª) Adicionar fios separados com o objetivo de enviar informações de sincronismo e sinalização; 2ª) Aproveitar o próprio sinal transmitido com as informações adicionais de sincronismo e sinalização. A primeira solução estaria contrariando um princípio básico adotado, quando de introdução da multiplexação que é a economia de meios de transmissão (fios, fibras, etc) A segunda solução, que é realmente utilizada, permite a extração dessas informações quando da transmissão do sinal. A Figura 4.5 mostra como são transmitidas as informações adicionais de sincronismo, sinalização e alarmes na estrutura do multiquadro. Figura 4.5 Estrutura de um multiquadro No desenho da Figura 4.5 pode-se verificar que o canal 0 (zero), de todos os quadros, é usado para transportar informações, relativas ao sincronismo (ou alinhamento) de quadro, além de informações relativas aos alarmes. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 30

31 A Figura 4.6 apresenta uma visão dos conteúdos do multiquadro, do quadro e de um canal, com os respectivos intervalos de tempo. Figura 4.6 Estrutura de um multiquadro/quadro/canal Sincronismo ou alinhamento do quadro Essa informação é de grande importância, pois através dela garante-se que, na recepção, os canais de voz sejam demultiplexados na seqüencia exata. De acordo com a recomendação G732 do CCITT o alinhamento de quadro é considerado perdido, quando três (3) sinais de alinhamento de quadro pares consecutivos tenham sido incorretamente recebidos. A perda de alinhamento pode acontecer em várias circunstâncias, tais como falhas do sistema (hardware e/ou software) e degradação qualitativa do meio de transmissão. O sincronismo é considerado restaurado quando da recepção de dois (2) quadros pares consecutivos de sincronismo. O tempo de espera para a recuperação do sincronismo é da ordem de 0,5 µs conforme o desenho da Figura 4.7. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 31

32 Figura 4.7 Tempo de recuperação de sincronismo O sinal de alinhamento de quadro será considerado recuperado quando: * pela primeira vez, no losangulo X (vide fluxograma da Figura 4.8) observar-se o sinal correto de alinhamento de quadro; * for observada a ausência de alinhamento no losango (X+1); * pela segunda vez, no losango (X+2), for observado o sinal correto de alinhamento de quadro. A falha na ocorrência de uma dessas situações determinará uma nova investigação a ser iniciada no losango (X+2). O procedimento descrito é representado no diagrama de fluxos da Figura 4.8 Figura 4.8 Diagramde fluxo alinhamento de quadro UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 32

33 4.4.8 Informação de alarme Nos ITCs (Intervalo de tempo de canal) 0 (zero) dos quadros ímpares, encontram-se palavras que podem acaracterizar informações particulares que normalmente representam sinais de alarmes qo equipamento terminal distante. Finalmente, pode-se representar a estrutura do canal zero (0) pela Figura 4.9 a seguir Figura 4.9 Estrutura do canal zero Verifica-se também, pela Figura 4.9, que os quadros pares e ímpares são também denominados de A e B, respectivamente. As providências a serem tomadas em caso de falha no alinhamento de quadro são as seguintes: No terminal local X: 1. acionar alarme local; 2. bloquear a comunicação nos canais telefônicos na direção de recepção; 3. o bit 3 do intervalo de tempo do canal 0 (zero), dos quadros que não contenham a informação de alinhamento de quadro, deve ter seu estado 0 (zero) mudado para 1 (um) na direção de transmissão de X para Y; 4. indicar ao equipamento de comutação que ocorreu perda de alinhamento de quadro, para que os circuitos sejam removidos do serviço. No terminal distante Y: Quando for recebido, no terminal remoto Y, o bit 3 do intervalo de tempo do canal 0 (zero) dos quadros que não contenham o sinal de alinhamento de quadro, o estado 1 (um), indicando perda de alinhamento de quadro no terminal X, os seguintes procedimentos devem ser adotados: 1. acionar alarme local; 2. aindicar ao equipamento de comutação que ocorreu perda de alinhamento de quadro, para que os circuitos sejam removidos do serviço. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 33

34 4.4.9 Perda de sincronismo de multiquadro Já foi visto anteriormente que o sincronismo de multiquadro é necessário apenas para a informação de sinalização de canais, servindo para identificar, na recepção, a posição exata dos canais de sinalização. O CCITT recomenda o uso do canal 16 para o sincronismo de multiquadro. No canal 16 do quadro zero (0), os bits de 1 a 4 formam a palavra de sincronismo de multiquadro. O bit número seis (6) do mesmo canal é utilizado para os alarmes de sincronismo de multiquadro, sendo o mesmo 0 (zero) ou 1 (um). Será 0 (zero) quando não houver alarme de multiquadro ou será 1 (um) quando houver alarme de multiquadro a ser transmitido. Os canais 16 dos quadros de 1 a 15 têm como função transmitir as informações referentes às sinalizações utilizadas em telefonia tais como atendimento, discagem, desligamento, etc. Assim, no canal 16 do quadro 1 os primeiros 4 bits são associados à sinalização do canal 1 e os últimos 4 bits à sinalização do canal 17. Essa distribuição serve para os demais quadros, de forma a abranger todos os canais utilizados para voz, ou seja, canal 1 a 15 e 17 a 31, conforme mostra a Figura Pode-se verificar ainda que o canal 16 passa a funcionar como um Canal Associado aos Canais de Voz transmitindo a sinalização telefônica, através dos bits 1 e 3 para um canal e 5 e 7 para o outro canal, representandos pelas letras A e B na Figura O CCITT recomenda, ainda, a utilização do canal 16 para Sinalização por Canal Comum ; neste caso o canal 16 é utilizado para transmitir informações comuns tais como testes, rotinas, alterações de dados, etc. Figura 4.10 Estrutura do canal 16 UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 34

35 O canal 16, a partir do quadro 1 a 15, pode ser dividido em 3 partes, conforme mostra Figura 4.11 mostrada a seguir. Figura 4.11 byte formado pelo 8º bit do canal 16 Assim, conforme é mostrado na Figura 4.11, o bit 8 (oito) é utilizado como canal comum, transmitindo as informações comuns aos processadores. Pode-se verificar pela Figura 4.12 que os bits de número 8 de todos os quadros ímpares formando um byte que serve para escoar pacotes de forma assíncrona. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 35

36 Figura 4.12 Utilização dos bits 1 a 8 do canal 16 Basicamente o canal 16 pode ser dividido em 3 partes: 1ª) O quadro 0 (zero) praticamente server para transmitir as informações relacionadas ao alinhamento do próprio multiquadro. 2ª) Os bits1, 3, 5 e 7 dos quadros 1 ao 15 constituem-se no Canal Associado aos Canais de Voz, utilizado para transporte de sinalização tais como: discagem, inversão de polaridade, corrente de toque, atendimento, desligamento, etc. 3ª) O oitavo bit do canal 16 dos quadros ímpares, constitui o conjunto de Sinalização por Canal Comum, transmitindo as informações entre os processadores envolvidos nos extremos da chamada telefônica. 5. Transmissão 5.1 Introdução Já foi visto que as amostras do sinal a ser transmitido têm que ficar sincronizadas com o temporizador no lado de recepção, possibilitando, na demultiplexação, que o grupo de oito bits seja separado na seqüência correta. No momento da transmissão, o sinal PCM necessita passar por uma importante etapa antes que possa ser acoplado à linha. Observa-se, por outro lado, que o sinal processador num sistema PCM, apresenta-se sob código binário na forma NRZ (No Return to Zero), conforme o desenho da Figura 5.1 Figura 5.1 Código binário na forma NRZ UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 36

37 Verifica-se pela Figura que os pulsos ocupam todo o intervalo de tempo de um canal, logo o intervalo de tempo de bit é t = 3,9µs/8 = 488 ns. O código NRZ, no entanto, não é aconselhável para o envio à linha de transmissão devido a diversos motivos, entre os quais destacamos os seguintes: * componente de CC introduzida na linha, o que impende o uso de transformadores de acoplamento necessários aos repetidores regenarativos; * alta freqüência de pulsos de mesma amplitude, ocasionando grande atenuação do sinal de linha; * conteúdo de energia do sinal de linha, relativamente grande, devido a amplitudo dos pulsos ocuparem todo o intervalo de tempo t (Figura 5.1) 5.2 Codificação de Linha Devido a esses fatos, foram realizadas pesquisas no sentido de se criar códigos conhecidos também como Códigos de Linha com o objetivo de atenuar esses efeitos. Assim, o estudo foi desenvolvido para obter os seguintes resultados, como conseqüência natural dos motivos anteriores. 1º) não permitir a existência de componentes contínuas, no Código de Linha, pois os transformadores bloqueiam essas componentes; 2º) utilizar nas entradas dos regeneradores filtros que possibilitam a atenuação das baixas freqüências; 3º) redução da energia dos componentes de alta freqüência. Uma forma para atender aos objetivos definidos é a conversão do trem de pulsos PCM de unipolar para bipolar, eliminando conseqüentemente, a componente CC, além de colocar a maior parte da energia do sinal PCM à metade da velocidade de transmissão. O uso do sinal bipolar também possibilita a redução de energia das componentes de alta freqüência, reduzindo a diafonia. Observa-se um outro ganho importante, pois o sinal bipolar corresponde a uma freqüência maior, incidindo diretamente na transferência do limite infererior de CC para uma freqüência mais elevada, tornando o sinal menos suscetível a interferências. Um dos códigos inicialmente desenvolvido para a transmissão do sinal é o AMI (Alternate Mark Inversion) também conhecido como bipolar. 5.3 Transformação do NRZ para AMI O código AMI que poderia ser traduzido como Marcas Alternadas Invertidas, apresenta as seguintes etapas: * Transformação dos pulsos NRZ para RZ (Return to Zero) Nesse caso os pulsos positivos correspondentes ao valor binário 1 passam a ocupar a metade do tempo do bit. Assim o pulso passa a ter a largura de 488ns/2 = 244 ns. UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 37

38 * Inversão de polaridade dos pulsos aternados Os pulsos apresentam dois níveis de tensão, positivo e negativo que são transmitidos alternativamente. Dessa forma nunca poderão existir dois pulsos consecutivos de mesma polaridade, conforme ilustra o desenho da Figura 5.2 Pode-se verificar ainda pelo desenho da Figura 5.2 que o sinal bipolar possui na verdade três estados possíveis: * positivo; * negativo; * zero. Figura 5.2 Passagem do código NRZ Acontece, no entanto, que se trata efetivamente de um sinal binário, onde os pulsos positivos e negativos representam marca e o zero representa espaço. Por esta razão o sinal é também chamado pseudoternário. Uma das vantagens do sinal AMI é a possibilidade de eliminação da componente CC, porém possui também algumas desvantagens do ponto de vista de sincronização. Pode-se observar que os próprios pulsos PCM são usados para sincronizar os geradores de relógio nos regeneradores. Acontece, porém, que o sinal PCM é constitupido por uma seqüêcia aleatória de 1s e 0s, havendo, portanto, a possibilidade de que uma longa sucessão de zeros (0) deixaria os geradores de relógio sem sincronismo. Para evitar isso, outras formas de sinal ou código foram desenvolvidas. Um desses códigos, que tembém é recomendando pelo CCITT (Recomendação G703), é denominado HDB-3 (HIGH DENSITY BIPOLAR 3). O código HDB-3 é na verdade uma complementação do código AMI, e tem por finalidade evitar seqüência longa de zeros. Para prevenir contra um grande número de 0s (zeros) na linha, introduz-se um pulso V (violação de bipolaridade) com sinal igual ao pulso anterior. As regras de codificação de HDB-3 são as seguintes (acompanhar com a UFRN Sistemas de Telecomunicações I - 38

Amostrador PAM A/D PCM D/A PAM Filtro. Figura 1 Digrama de Blocos PCM

Amostrador PAM A/D PCM D/A PAM Filtro. Figura 1 Digrama de Blocos PCM UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES I AULA PRÁTICA MODULAÇÃO POR AMPLITUDE DE PULSOS 1. Introdução Como o sinal

Leia mais

1 Transmissão digital em banda base

1 Transmissão digital em banda base 1 Transmissão digital em banda base A transmissão digital oferece algumas vantagens no que diz respeito ao tratamento do sinal, bem como oferecimento de serviços: Sinal pode ser verificado para avaliar

Leia mais

2- Conceitos Básicos de Telecomunicações

2- Conceitos Básicos de Telecomunicações Introdução às Telecomunicações 2- Conceitos Básicos de Telecomunicações Elementos de um Sistemas de Telecomunicações Capítulo 2 - Conceitos Básicos de Telecomunicações 2 1 A Fonte Equipamento que origina

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO Amanda 5ª Atividade: Codificador e codificação de linha e seu uso em transmissão digital Petrópolis, RJ 2012 Codificador: Um codoficador

Leia mais

Multiplexação. Multiplexação. Multiplexação - FDM. Multiplexação - FDM. Multiplexação - FDM. Sistema FDM

Multiplexação. Multiplexação. Multiplexação - FDM. Multiplexação - FDM. Multiplexação - FDM. Sistema FDM Multiplexação É a técnica que permite a transmissão de mais de um sinal em um mesmo meio físico. A capacidade de transmissão do meio físico é dividida em fatias (canais), com a finalidade de transportar

Leia mais

1 Problemas de transmissão

1 Problemas de transmissão 1 Problemas de transmissão O sinal recebido pelo receptor pode diferir do sinal transmitido. No caso analógico há degradação da qualidade do sinal. No caso digital ocorrem erros de bit. Essas diferenças

Leia mais

Sinal analógico x sinal digital. Sinal analógico. Exemplos de variações nas grandezas básicas. Grandezas básicas em sinais periódicos

Sinal analógico x sinal digital. Sinal analógico. Exemplos de variações nas grandezas básicas. Grandezas básicas em sinais periódicos Plano Redes de Computadores Transmissão de Informações nálise de Sinais ula 04 Introdução Dados, sinais e transmissão Sinal analógico x sinal digital Sinais analógicos Grandezas básicas Domínio tempo x

Leia mais

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br Curso de Tecnologia em Redes de Computadores Disciplina: Redes I Fundamentos - 1º Período Professor: José Maurício S. Pinheiro AULA 2: Transmissão de Dados 1.

Leia mais

UFSM-CTISM. Comunicação de Dados Capacidade de canal Aula-12

UFSM-CTISM. Comunicação de Dados Capacidade de canal Aula-12 UFSM-CTISM Comunicação de Dados Capacidade de canal Aula-12 Professor: Andrei Piccinini Legg Santa Maria, 2012 O pode ser definido como todo e qualquer tipo de interfência externa que exercida sobre um

Leia mais

Multiplexador. Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação

Multiplexador. Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação Multiplexadores Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação Transmissor 1 Receptor 1 Transmissor 2 Multiplexador Multiplexador Receptor 2 Transmissor 3 Receptor 3 Economia

Leia mais

Comunicação de Dados. Aula 4 Conversão de Sinais Analógicos em digitais e tipos de transmissão

Comunicação de Dados. Aula 4 Conversão de Sinais Analógicos em digitais e tipos de transmissão Comunicação de Dados Aula 4 Conversão de Sinais Analógicos em digitais e tipos de transmissão Sumário Amostragem Pulse Amplitude Modulation Pulse Code Modulation Taxa de amostragem Modos de Transmissão

Leia mais

Arquitetura de Rede de Computadores

Arquitetura de Rede de Computadores TCP/IP Roteamento Arquitetura de Rede de Prof. Pedro Neto Aracaju Sergipe - 2011 Ementa da Disciplina 4. Roteamento i. Máscara de Rede ii. Sub-Redes iii. Números Binários e Máscara de Sub-Rede iv. O Roteador

Leia mais

4. Tarefa 16 Introdução ao Ruído. Objetivo: Método: Capacitações: Módulo Necessário: Análise de PCM e de links 53-170

4. Tarefa 16 Introdução ao Ruído. Objetivo: Método: Capacitações: Módulo Necessário: Análise de PCM e de links 53-170 4. Tarefa 16 Introdução ao Ruído Objetivo: Método: Ao final desta Tarefa você: Estará familiarizado com o conceito de ruído. Será capaz de descrever o efeito do Ruído em um sistema de comunicações digitais.

Leia mais

Camada Física. Camada Física

Camada Física. Camada Física Camada Física Camada Física lida com a transmissão pura de bits definição do meio físico, níveis de tensão, duraçãodeumbit,taxade transmissão,comprimento máximo, construção dos conectores 1 Camada Física

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Parte II: Camada Física Dezembro, 2012 Professor: Reinaldo Gomes reinaldo@computacao.ufcg.edu.br Meios de Transmissão 1 Meios de Transmissão Terminologia A transmissão de dados d

Leia mais

UNIDADE I Aula 5 Fontes de Distorção de Sinais em Transmissão. Fonte: Rodrigo Semente

UNIDADE I Aula 5 Fontes de Distorção de Sinais em Transmissão. Fonte: Rodrigo Semente UNIDADE I Aula 5 Fontes de Distorção de Sinais em Transmissão Fonte: Rodrigo Semente A Distorção, em Sistemas de Comunicação, pode ser entendida como uma ação que tem como objetivo modificar as componentes

Leia mais

Espectro da Voz e Conversão A/D

Espectro da Voz e Conversão A/D INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES GUIA DO 1º TRABALHO DE LABORATÓRIO DE SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES I Espectro da Voz e Conversão A/D Ano Lectivo de

Leia mais

Conversores D/A e A/D

Conversores D/A e A/D Conversores D/A e A/D Introdução Um sinal analógico varia continuamente no tempo. Som Temperatura Pressão Um sinal digital varia discretamente no tempo. Processamento de sinais digitais Tecnologia amplamente

Leia mais

Comunicações Digitais Manual do Aluno Capítulo 7 Workboard PCM e Análise de Link

Comunicações Digitais Manual do Aluno Capítulo 7 Workboard PCM e Análise de Link Comunicações Digitais Manual do Aluno Capítulo 7 Workboard PCM e Análise de Link Laboratório de Telecomunicações - Aula Prática 4 Sub-turma: 3 Nomes dos alunos: Tarefa 17 Ruído em um Link Digital Objetivo:

Leia mais

Prof. Daniel Hasse. Multimídia e Hipermídia

Prof. Daniel Hasse. Multimídia e Hipermídia Prof. Daniel Hasse Multimídia e Hipermídia AULA 02 Agenda: Algoritmos de Codificação/Decodificação; Codec de Áudio. Atividade complementar. Algoritmos de Codificação/Decodificação - Comunicação tempo real,

Leia mais

Codificação e modulação

Codificação e modulação TRABALHO DE REDES UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR CURSO: BACHARELADO EM INFORMÁTICA PROF.:MARCO ANTÔNIO C. CÂMARA COMPONENTES: ALUNO: Orlando dos Reis Júnior Hugo Vinagre João Ricardo Codificação e modulação

Leia mais

Introdução à Transmissão Digital. Funções básicas de processamento de sinal num sistema de comunicações digitais.

Introdução à Transmissão Digital. Funções básicas de processamento de sinal num sistema de comunicações digitais. Introdução à Transmissão Digital Funções básicas de processamento de sinal num sistema de comunicações digitais. lntrodução à transmissão digital Diferença entre Comunicações Digitais e Analógicas Comunicações

Leia mais

5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI

5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI 68 5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI O software VPI foi originalmente introduzido em 1998 e era conhecido como PDA (Photonic Design Automation). O VPI atualmente agrega os

Leia mais

1 Moldando Pulso para reduzir a largura de banda

1 Moldando Pulso para reduzir a largura de banda 1 Moldando Pulso para reduzir a largura de banda Pulsos quadrados não são práticos. São difíceis de serem gerados e requerem grande largura de banda. Além disso, em razão da largura de banda limitada do

Leia mais

Oficina de Multimédia B. ESEQ 12º i 2009/2010

Oficina de Multimédia B. ESEQ 12º i 2009/2010 Oficina de Multimédia B ESEQ 12º i 2009/2010 Conceitos gerais Multimédia Hipertexto Hipermédia Texto Tipografia Vídeo Áudio Animação Interface Interacção Multimédia: É uma tecnologia digital de comunicação,

Leia mais

Como em AM e FM, a portadora é um sinal senoidal com frequência relativamente alta;

Como em AM e FM, a portadora é um sinal senoidal com frequência relativamente alta; Modulação Digital Modulação Digital Como em AM e FM, a portadora é um sinal senoidal com frequência relativamente alta; O sinal modulante é um sinal digital; A informação (bits) é transmitida em forma

Leia mais

4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes

4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes 4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes Neste capítulo é apresentado o desenvolvimento de um dispositivo analisador de redes e de elementos de redes, utilizando tecnologia FPGA. Conforme

Leia mais

Filtros de sinais. Conhecendo os filtros de sinais.

Filtros de sinais. Conhecendo os filtros de sinais. Filtros de sinais Nas aulas anteriores estudamos alguns conceitos importantes sobre a produção e propagação das ondas eletromagnéticas, além de analisarmos a constituição de um sistema básico de comunicações.

Leia mais

NASCE A ERA DA COMUNICAÇÃO ELÉCTROMAGNÉTICA

NASCE A ERA DA COMUNICAÇÃO ELÉCTROMAGNÉTICA 1844 Demonstração pública bem sucedida do TELÉGRAFO, inventado por SAMUEL MORSE. Transmitida a mensagem What hath God wrought entreo Capitólio em Washington e Baltimore NASCE A ERA DA COMUNICAÇÃO ELÉCTROMAGNÉTICA

Leia mais

Sistema de Numeração e Conversão entre Sistemas. Prof. Rômulo Calado Pantaleão Camara. Carga Horária: 60h

Sistema de Numeração e Conversão entre Sistemas. Prof. Rômulo Calado Pantaleão Camara. Carga Horária: 60h Sistema de Numeração e Conversão entre Sistemas. Prof. Rômulo Calado Pantaleão Camara Carga Horária: 60h Representação de grandeza com sinal O bit mais significativo representa o sinal: 0 (indica um número

Leia mais

1 Modulação digital para comunicações móveis

1 Modulação digital para comunicações móveis 1 Modulação digital para comunicações móveis Tabela 1: Algumas modulações empregadas em telefonia celular Sistema Forma de Largura da Critério de Razão celular modulação portadora qualidade sinal-ruído

Leia mais

dv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor

dv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor INFLUÊNCIA DO INVERSOR NO SISTEMA DE ISOLAMENTO DO MOTOR Os inversores de freqüência modernos utilizam transistores (atualmente IGBTs) de potência cujos os chaveamentos (khz) são muito elevados. Para atingirem

Leia mais

Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Multiplexação e Frame Relay

Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Multiplexação e Frame Relay e Frame Relay o Consiste na operação de transmitir varias comunicações diferentes ao mesmo tempo através de um único canal físico. Tem como objectivo garantir suporte para múltiplos canais. o A multiplexação

Leia mais

:: Telefonia pela Internet

:: Telefonia pela Internet :: Telefonia pela Internet http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_telefonia_pela_internet.php José Mauricio Santos Pinheiro em 13/03/2005 O uso da internet para comunicações de voz vem crescendo

Leia mais

Tecnologia de faixa para falha

Tecnologia de faixa para falha Tecnologia de faixa para falha Por Tom Bell e John Nankivell Índice 1. Introdução 1 2. Equipamento de teste / processo de teste de PIM existente 2 3. Nova análise de RTF / limitações técnicas 3 4. Fluxograma

Leia mais

Filtros Digitais. Capítulo 6.0 PDS Prof. César Janeczko (2 o semestre 2009) 10 A

Filtros Digitais. Capítulo 6.0 PDS Prof. César Janeczko (2 o semestre 2009) 10 A Capítulo 6.0 PDS Prof. César Janeczko (2 o semestre 2009) Filtros Digitais Filtros digitais são usados em geral para dois propósitos: 1 o separação de sinais que foram combinados, por exemplo, modulados;

Leia mais

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Objetivos Diferenciar as diversas formas de armazenamento Compreender o que é e como definir a porcentagem de agregação Conhecer a possibilidade da utilização de

Leia mais

ADSL BÁSICO ADSL. A sigla ADSL refere-se a: Linha Digital Assimétrica para Assinante.

ADSL BÁSICO ADSL. A sigla ADSL refere-se a: Linha Digital Assimétrica para Assinante. ADSL ADSL A sigla ADSL refere-se a: Linha Digital Assimétrica para Assinante. Trata-se de uma tecnologia que permite a transferência digital de dados em alta velocidade por meio da linha telefônica. É

Leia mais

Tratamento do sinal Prof. Ricardo J. Pinheiro

Tratamento do sinal Prof. Ricardo J. Pinheiro Fundamentos de Redes de Computadores Tratamento do sinal Prof. Ricardo J. Pinheiro Resumo Modulação e demodulação Técnicas de modulação Analógica AM, FM e PM. Digital ASK, FSK e PSK. Multiplexação e demultiplexação

Leia mais

Voz sobre ATM. Prof. José Marcos C. Brito

Voz sobre ATM. Prof. José Marcos C. Brito Voz sobre ATM Prof. José Marcos C. Brito 1 Camada de adaptação Voz não comprimida (CBR) AAL 1 Voz comprimida (VBR) AAL 2 Para transmissão de voz sobre a rede ATM podemos utilizar a camada de adaptação

Leia mais

EA075 Conversão A/D e D/A

EA075 Conversão A/D e D/A EA075 Conversão A/D e D/A Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Prof. Levy Boccato 1 Introdução Sinal digital: possui um valor especificado

Leia mais

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) 1. Introdução 1.1 Inversor de Frequência A necessidade de aumento de produção e diminuição de custos faz surgir uma grande infinidade de equipamentos desenvolvidos

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Introdução Inst tituto de Info ormátic ca - UF FRGS Redes de Computadores Transmissão de Informações nálise de Sinaisi ula 03 Transmissão é o deslocamento de ondas eletromagnéticas em um meio físico (canal

Leia mais

ICORLI. INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO e OPERAÇÃO EM REDES LOCAIS e INTERNET

ICORLI. INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO e OPERAÇÃO EM REDES LOCAIS e INTERNET INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO e OPERAÇÃO EM REDES LOCAIS e INTERNET 2010/2011 1 Protocolo TCP/IP É um padrão de comunicação entre diferentes computadores e diferentes sistemas operativos. Cada computador deve

Leia mais

MÓDULO 7 Modelo OSI. 7.1 Serviços Versus Protocolos

MÓDULO 7 Modelo OSI. 7.1 Serviços Versus Protocolos MÓDULO 7 Modelo OSI A maioria das redes são organizadas como pilhas ou níveis de camadas, umas sobre as outras, sendo feito com o intuito de reduzir a complexidade do projeto da rede. O objetivo de cada

Leia mais

Introdução à Redes de Computadores

Introdução à Redes de Computadores Introdução à Redes de Computadores 1 Agenda Camada 1 do modelo OSI (continuação) 2 1 Camada 1 do modelo OSI Continuação 3 Sinais Analógicos e Digitais Os sinais são uma voltagem elétrica, um padrão de

Leia mais

Suporte Técnico de Vendas

Suporte Técnico de Vendas Suporte Técnico de Vendas Telefonia básica Hoje vivemos a sociedade da informação. A rede de telecomunicações desempenha papel fundamental na vida moderna. História das Telecomunicações Em 1876, o escocês

Leia mais

Organização e Arquitetura de Computadores I

Organização e Arquitetura de Computadores I Organização e Arquitetura de Computadores I Aritmética Computacional Slide 1 Sumário Unidade Lógica e Aritmética Representação de Números Inteiros Aritmética de Números Inteiros Representação de Números

Leia mais

Introdução. Arquitetura de Rede de Computadores. Prof. Pedro Neto

Introdução. Arquitetura de Rede de Computadores. Prof. Pedro Neto Introdução Arquitetura de Rede de Prof. Pedro Neto Aracaju Sergipe - 2011 Ementa da Disciplina 1. Introdução i. Conceitos e Definições ii. Tipos de Rede a. Peer To Peer b. Client/Server iii. Topologias

Leia mais

5 Entrada e Saída de Dados:

5 Entrada e Saída de Dados: 5 Entrada e Saída de Dados: 5.1 - Arquitetura de Entrada e Saída: O sistema de entrada e saída de dados é o responsável pela ligação do sistema computacional com o mundo externo. Através de dispositivos

Leia mais

Controladores Lógicos Programáveis CLP (parte-3)

Controladores Lógicos Programáveis CLP (parte-3) Controladores Lógicos Programáveis CLP (parte-3) Mapeamento de memória Na CPU (Unidade Central de Processamento) de um CLP, todas a informações do processo são armazenadas na memória. Essas informações

Leia mais

AD / DA. EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos 1 M-1116A

AD / DA. EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos 1 M-1116A AD / DA M-1116A *Only illustrative image./imagen meramente ilustrativa./imagem meramente ilustrativa. EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos 1 Conteúdo 1. Objetivos 3 2. Experiência

Leia mais

ULA Sinais de Controle enviados pela UC

ULA Sinais de Controle enviados pela UC Solução - Exercícios Processadores 1- Qual as funções da Unidade Aritmética e Lógica (ULA)? A ULA é o dispositivo da CPU que executa operações tais como: Adição Subtração Multiplicação Divisão Incremento

Leia mais

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 3.2 O Espaço Nulo de A: Resolvendo Ax = 0 11 O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 Esta seção trata do espaço de soluções para Ax = 0. A matriz A pode ser quadrada ou retangular. Uma solução imediata

Leia mais

Arquitetura e Organização de Computadores I

Arquitetura e Organização de Computadores I Arquitetura e Organização de Computadores I Interrupções e Estrutura de Interconexão Prof. Material adaptado e traduzido de: STALLINGS, William. Arquitetura e Organização de Computadores. 5ª edição Interrupções

Leia mais

MODULAÇÃO AM E DEMODULADOR DE ENVELOPE

MODULAÇÃO AM E DEMODULADOR DE ENVELOPE 204/ MODULAÇÃO AM E DEMODULADOR DE ENVELOPE 204/ Objetivos de Estudo: Desenvolvimento de um modulador AM e um demodulador, utilizando MatLab. Visualização dos efeitos de modulação e demodulação no domínio

Leia mais

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores 4.1 - Roteamento Roteamento é a escolha do módulo do nó de origem ao nó de destino por onde as mensagens devem transitar. Na comutação de circuito, nas mensagens ou

Leia mais

Porta Série. Trabalhos Práticos AM 2007/2008. Porta Série. Objectivos

Porta Série. Trabalhos Práticos AM 2007/2008. Porta Série. Objectivos 3 Objectivos - Configurar os parâmetros associados à comunicação série assíncrona. - Saber implementar um mecanismo de menus para efectuar a entrada e saída de dados, utilizando como interface um terminal

Leia mais

INTRODUÇÃO BARRAMENTO PCI EXPRESS.

INTRODUÇÃO BARRAMENTO PCI EXPRESS. INTRODUÇÃO BARRAMENTO EXPRESS. O processador se comunica com os outros periféricos do micro através de um caminho de dados chamado barramento. Desde o lançamento do primeiro PC em 1981 até os dias de hoje,

Leia mais

Transmissão Digital e Analógica

Transmissão Digital e Analógica Transmissão Digital e Analógica Romildo Martins Bezerra CEFET/BA Redes de Computadores I Introdução... 2 Transmissão Digital... 2 Codificação de Linha... 2 Codificação de Blocos... 4 Transmissão Digital

Leia mais

Redes de Computadores (RCOMP 2014/2015)

Redes de Computadores (RCOMP 2014/2015) Redes de Computadores (RCOMP 2014/2015) Transmissão de Dados Digitais Comunicação em rede 1 Transmissão de dados Objetivo: transportar informação mesmo que fosse usado um meio de transporte clássico seria

Leia mais

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios.

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios. Conteúdo programático: Elementos armazenadores de energia: capacitores e indutores. Revisão de características técnicas e relações V x I. Caracterização de regime permanente. Caracterização temporal de

Leia mais

Quadro de consulta (solicitação do mestre)

Quadro de consulta (solicitação do mestre) Introdução ao protocolo MODBUS padrão RTU O Protocolo MODBUS foi criado no final dos anos 70 para comunicação entre controladores da MODICON. Por ser um dos primeiros protocolos com especificação aberta

Leia mais

AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 GABARITO

AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 GABARITO Fundação CECIERJ - Vice Presidência de Educação Superior a Distância Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação UFF Disciplina INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA... AD1 2 semestre de 2008. Data... AVALIAÇÃO À

Leia mais

3. Arquitetura Básica do Computador

3. Arquitetura Básica do Computador 3. Arquitetura Básica do Computador 3.1. Modelo de Von Neumann Dar-me-eis um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro; dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta, e assim dobrando sucessivamente,

Leia mais

Conversão Digital Analógico e Analógico Digital. Disciplina: Eletrônica Básica Prof. Manoel Eusebio de Lima

Conversão Digital Analógico e Analógico Digital. Disciplina: Eletrônica Básica Prof. Manoel Eusebio de Lima Conversão Digital Analógico e Analógico Digital Disciplina: Eletrônica Básica Prof. Manoel Eusebio de Lima Agenda Grandezas Digitais e Analógicas Por que converter? Diagrama básico para conversão Conversores

Leia mais

T-530. Características. Características técnicas TELE ALARME MICROPROCESSADO. Aplicação

T-530. Características. Características técnicas TELE ALARME MICROPROCESSADO. Aplicação 12 T-530 TELE ALARME MICROPROCESSADO Aplicação Equipamento desenvolvido a fim de realizar automaticamente discagens telefônicas para aviso de alarme. Podendo ser implementado praticamente à todos os sistema

Leia mais

Tecnologias de Banda Larga

Tecnologias de Banda Larga Banda Larga Banda larga é uma comunicação de dados em alta velocidade. Possui diversas tecnologia associadas a ela. Entre essas tecnologias as mais conhecidas são a ADSL, ISDN, e o Cable Modem. Essas tecnologias

Leia mais

Errata. Livro: Transmissão Digital - Princípios e Aplicações Edição:1ª Código: 4391 Autores: Dayan Adionel Guimarães & Rausley Adriano Amaral de Souza

Errata. Livro: Transmissão Digital - Princípios e Aplicações Edição:1ª Código: 4391 Autores: Dayan Adionel Guimarães & Rausley Adriano Amaral de Souza Errata Livro: Transmissão Digital - Princípios e Aplicações Edição:1ª Código: 4391 Autores: Dayan Adionel Guimarães & Rausley Adriano Amaral de Souza Página 3 Primeiro parágrafo Excluir o seguinte texto

Leia mais

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br Curso de Tecnologia em Redes de Computadores Disciplina: Redes I Fundamentos - 1º Período Professor: José Maurício S. Pinheiro AULA 6: Switching Uma rede corporativa

Leia mais

Protocolo TCP/IP. Neste caso cada computador da rede precisa de, pelo menos, dois parâmetros configurados:

Protocolo TCP/IP. Neste caso cada computador da rede precisa de, pelo menos, dois parâmetros configurados: Protocolo TCP/IP Neste caso cada computador da rede precisa de, pelo menos, dois parâmetros configurados: Número IP Máscara de sub-rede O Número IP é um número no seguinte formato: x.y.z.w Não podem existir

Leia mais

Capítulo 2. Numéricos e Códigos. 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

Capítulo 2. Numéricos e Códigos. 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Capítulo 2 Sistemas Numéricos e Códigos slide 1 Os temas apresentados nesse capítulo são: Conversão entre sistemas numéricos. Decimal, binário, hexadecimal. Contagem hexadecimal. Representação de números

Leia mais

Transmissão e comunicação de dados. Renato Machado

Transmissão e comunicação de dados. Renato Machado Renato Machado UFSM - Universidade Federal de Santa Maria DELC - Departamento de Eletrônica e Computação renatomachado@ieee.org renatomachado@ufsm.br 03 de Maio de 2012 Sumário 1 2 Modulação offset QPSK

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010 Questão 21 Conhecimentos Específicos - Técnico em Eletrônica Calcule a tensão Vo no circuito ilustrado na figura ao lado. A. 1 V. B. 10 V. C. 5 V. D. 15 V. Questão 22 Conhecimentos Específicos - Técnico

Leia mais

Fundamentos de Telecomunicações

Fundamentos de Telecomunicações Fundamentos de Telecomunicações Translação de Frequências A utilização eficaz de um canal de transmissão pode requerer por vezes a utilização de uma banda de frequências diferente da frequência original

Leia mais

Aula 8 Circuitos Integrados

Aula 8 Circuitos Integrados INTRODUÇÃO À ENGENHRI DE COMPUTÇÃO PONTIFÍCI UNIVERSIDDE CTÓLIC DO RIO GRNDE DO SUL FCULDDE DE ENGENHRI ula Circuitos Integrados Introdução Portas Lógicas em Circuitos Integrados Implementação de Funções

Leia mais

Conceitos básicos do

Conceitos básicos do Conceitos básicos Conceitos básicos do Este artigo descreve os conceitos de memória eletrônica. Apresentar os conceitos básicos dos flip-flops tipo RS, JK, D e T, D Apresentar o conceito da análise de

Leia mais

Conversor Analógico /Digital

Conversor Analógico /Digital O que é: Um sistema eletrônico que recebe uma tensão analógica em sua entrada e converte essa tensão para um valor digital em sua saída. Processo de conversão Consiste basicamente em aplicar uma informação

Leia mais

PROGRAMAÇÃO EM LINGUAGEM LADDER LINGUAGEM DE RELÉS

PROGRAMAÇÃO EM LINGUAGEM LADDER LINGUAGEM DE RELÉS 1 PROGRAMAÇÃO EM LINGUAGEM LADDER LINGUAGEM DE RELÉS INTRODUÇÃO O processamento interno do CLP é digital e pode-se, assim, aplicar os conceitos de lógica digital para compreen8 der as técnicas e as linguagens

Leia mais

III.2. CABLE MODEMS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS UNIDADE III SISTEMAS HÍBRIDOS

III.2. CABLE MODEMS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS UNIDADE III SISTEMAS HÍBRIDOS 1 III.2. CABLE MODEMS III.2.1. DEFINIÇÃO Cable modems são dispositivos que permitem o acesso em alta velocidade à Internet, através de um cabo de distribuição de sinais de TV, num sistema de TV a cabo.

Leia mais

RECEPTOR AM DSB. Transmissor. Circuito Receptor AM DSB - Profº Vitorino 1

RECEPTOR AM DSB. Transmissor. Circuito Receptor AM DSB - Profº Vitorino 1 RECEPTOR AM DSB Transmissor Circuito Receptor AM DSB - Profº Vitorino 1 O receptor super-heteródino O circuito demodulador que vimos anteriormente é apenas parte de um circuito mais sofisticado capaz de

Leia mais

Apostilas de Eletrônica e Informática SDH Hierarquia DigitaL Síncrona

Apostilas de Eletrônica e Informática SDH Hierarquia DigitaL Síncrona SDH A SDH, Hierarquia Digital Síncrona, é um novo sistema de transmissão digital de alta velocidade, cujo objetivo básico é construir um padrão internacional unificado, diferentemente do contexto PDH,

Leia mais

Circuitos Digitais Cap. 6

Circuitos Digitais Cap. 6 Circuitos Digitais Cap. 6 Prof. José Maria P. de Menezes Jr. Objetivos Flip-Flops e Dispositivos Correlatos Latch com portas NAND Latch com portas NOR Sinais de Clock e Flip-Flops com Clock Flip-Flop S-C

Leia mais

Obs.: O processo irá se repetir enquanto durar o disparo do alarme.

Obs.: O processo irá se repetir enquanto durar o disparo do alarme. pág. 9 DISCADOR T-430 Aplicação: Equipamento desenvolvido a fim de realizar automaticamente discagens telefônicas para aviso de alarme. Podendo ser implementado praticamente à todos os sistema de alarme.

Leia mais

Curso de Modulação Digital de Sinais (parte 2)

Curso de Modulação Digital de Sinais (parte 2) Curso de Modulação Digital de Sinais (parte 2) Márcio Antônio Mathias Augusto Carlos Pavão IMT Instituto Mauá de Tecnologia. Introdução Dando prosseguimento à série Modulações digitais, discutiremos neste

Leia mais

Admistração de Redes de Computadores (ARC)

Admistração de Redes de Computadores (ARC) Admistração de Redes de Computadores (ARC) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - Campus São José Prof. Glauco Cardozo glauco.cardozo@ifsc.edu.br RAID é a sigla para Redundant

Leia mais

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Resumo Atualmente muitos Controladores Programáveis (CPs) classificados como de pequeno porte possuem, integrados em um único invólucro, uma densidade significativa

Leia mais

Placa Acessório Modem Impacta

Placa Acessório Modem Impacta manual do usuário Placa Acessório Modem Impacta Parabéns, você acaba de adquirir um produto com a qualidade e segurança Intelbras. A Placa Modem é um acessório que poderá ser utilizado em todas as centrais

Leia mais

Setores Trilhas. Espaço entre setores Espaço entre trilhas

Setores Trilhas. Espaço entre setores Espaço entre trilhas Memória Externa Disco Magnético O disco magnético é constituído de um prato circular de metal ou plástico, coberto com um material que poder magnetizado. Os dados são gravados e posteriormente lidos do

Leia mais

Codificação de áudio para transmissão de voz em tempo real

Codificação de áudio para transmissão de voz em tempo real Luis Eduardo Pereira Bueno Codificação de áudio para transmissão de voz em tempo real Trabalho elaborado como parte da avaliação da disciplina Processamento Digital de Sinais, ministrada pelo prof. Marcelo

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Cabeamento Gustavo Reis gustavo.reis@ifsudestemg.edu.br Os cabos são usados como meio de comunicação há mais de 150 anos. A primeira implantação em larga escala de comunicações via

Leia mais

Sensores e Atuadores (2)

Sensores e Atuadores (2) (2) 4º Engenharia de Controle e Automação FACIT / 2009 Prof. Maurílio J. Inácio Atuadores São componentes que convertem energia elétrica, hidráulica ou pneumática em energia mecânica. Através dos sistemas

Leia mais

Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v2010.05

Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v2010.05 Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v2010.05 Linha de Equipamentos MEC Desenvolvidos por: Maxwell Bohr Instrumentação Eletrônica Ltda. Rua Porto Alegre, 212 Londrina PR Brasil http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

RCO2. Introdução à camada física

RCO2. Introdução à camada física RCO2 Introdução à camada física 1 Transmissão de uma stream de bits por um meio de transmissão 2 Atribuições da camada física: Transmissão de sequências de bits pelo meio físico Modulação (transmissão

Leia mais

Conversão Analógica Digital

Conversão Analógica Digital Slide 1 Conversão Analógica Digital Até agora, discutimos principalmente sinais contínuos (analógicos), mas, atualmente, a maioria dos cálculos e medições é realizada com sistemas digitais. Assim, precisamos

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Bragança Março de 2006

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Bragança Março de 2006 Redes de Computadores Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Bragança Março de 2006 Sinal no domínio do tempo Redes de Computadores 2 1 Sinal sinusoidal no tempo S(t) = A sin (2πft

Leia mais

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas IW10 Rev.: 02 Especificações Técnicas Sumário 1. INTRODUÇÃO... 1 2. COMPOSIÇÃO DO IW10... 2 2.1 Placa Principal... 2 2.2 Módulos de Sensores... 5 3. APLICAÇÕES... 6 3.1 Monitoramento Local... 7 3.2 Monitoramento

Leia mais

Evolução na Comunicação de

Evolução na Comunicação de Evolução na Comunicação de Dados Invenção do telégrafo em 1838 Código Morse. 1º Telégrafo Código Morse Evolução na Comunicação de Dados A evolução da comunicação através de sinais elétricos deu origem

Leia mais