PREFEITURA MUNICIPAL DE JARAGUÁ DO SUL ESTADO DE SANTA CATARINA

Transcrição

1 D E C R E T O Nº 6.703/2009 Regulamenta o Sistema de Transporte Coletivo Urbano Integrado, Dispõe Sobre o Sistema de Arrecadação Eletrônica no Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Jaraguá do Sul, e dá outras providências. de suas atribuições legais, e A PREFEITA MUNICIPAL DE JARAGUÁ DO SUL, no uso CONSIDERANDO o determinado na Lei Orgânica do Município de Jaraguá do Sul e a Lei Municipal Nº 2.218/96, que regulamenta o serviço de transporte coletivo de passageiros do Município de Jaraguá do Sul, e as Leis Municipais Nºs 1.970/95, 2.658/2000 e 3.872/2005, relativo ao serviço de transporte coletivo de passageiros no Município de Jaraguá do Sul; CONSIDERANDO a obrigatoriedade de implantação do Sistema de Arrecadação Eletrônica do Transporte Coletivo Urbano de Jaraguá do Sul, previsto nas metas impostas pelo Segundo Termo Aditivo; CONSIDERANDO a necessidade de viabilizar a operacionalização do sistema de arrecadação eletrônica, abrangendo o Projeto Executivo, o Projeto de Divulgação Social, visando sua divulgação bem como a Regulamentação dos Procedimentos Administrativos e Operacionais pela Concessionária do transporte coletivo urbano no Município, previsto no Segundo Termo Aditivo, e, finalmente; CONSIDERANDO a consolidação dos procedimentos relacionados com o modelo tarifário vigente; D E C R E T A: CAPITULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. O Sistema de Arrecadação Eletrônica no Serviço de Transporte Coletivo do Município de Jaraguá do Sul fica regulamentado com o presente Decreto, de conformidade com o que estabelecem as Leis Municipais Nºs 2.218/96, 1.970/95, 2.658/2000 e 3.872/2005, e o Edital de Licitação Nº 001/95, de 09 de fevereiro de

2 Art. 2º. Para os fins do presente regulamento fazem parte do Sistema de Transporte Coletivo do Município de Jaraguá do Sul, os Serviços Públicos de Transporte Coletivo Urbano e Rural, as Pessoas Usuárias do mesmo, o Poder Concedente e a Empresa Concessionária, juntamente com o Sistema Viário e demais infra-estrutura urbana e rural que constitui a Rede de Transporte Coletivo do Município. Art. 3º. Para fins administrativos e operacionais, preservados todos os direitos de concessão em vigor, o Sistema de Transporte Coletivo do Município de Jaraguá do Sul fica assim constituído: I - Sistema de Transporte Coletivo Urbano Integrado; II - Sistema de Transporte Coletivo Urbano/Rural Integrado; III - Sistema de Transporte Coletivo Regular Regido Por Horários de Compromissos Integrado; IV - Sistema de Arrecadação Eletrônica - SAE. 1º O Sistema de Transporte Coletivo Urbano Integrado compreende as linhas do serviço público de transporte coletivo urbano, cuja faixa de acessibilidade esteja contida no Anel de Integração e visa possibilitar a pessoa usuária o deslocamento de um ponto da sede do município contida no Anel de Integração para qualquer outro ponto da sede do Município de Jaraguá do Sul, também contida no Anel de Integração, com o pagamento de uma única tarifa, exceto o retorno ao ponto de origem, quando o usuário deverá pagar uma nova tarifa. 2º Para o deslocamento previsto no Parágrafo 1º, deste artigo, somente será permitida uma troca de veículo, não havendo integração na mesma linha ou em linhas com itinerários sobrepostos ou concorrentes. 3º Inicialmente a integração no serviço público de transporte coletivo será permitida somente no Terminal Central, podendo ser estendida para as Estações de Pré-embarque, que estejam equipadas com recursos do SAE para a liberação e controle de acesso ao Sistema Integrado. 4º O Sistema de Transporte Coletivo Regular Regido Por Horários de Compromissos compreende os horários ofertados pelo serviço público de transporte coletivo do Município de Jaraguá do Sul, estabelecidos pela Concessionária, com a finalidade de atender demanda manifesta (demanda existente) com horários, destinos e origens, previa e especialmente contratados, especialmente para atender necessidades do trabalhador e de estudantes. 5º O Sistema de Arrecadação Eletrônica compreende uma forma de venda, cobrança e arrecadação de passagens dos usuários do serviço de transporte coletivo de passageiros por meio de cartões e equipamentos eletrônicos. 2

3 Art. 4º. Para o uso do Sistema de Transporte Coletivo do Município de Jaraguá do Sul fica estabelecida a seguinte modalidade tarifária: I - Tarifa Integrada ou Tarifa Única: preço da Tarifa a ser praticada na área abrangida pelo Anel de Integração e no Sistema de Transporte Coletivo Regular e no Sistema Regido Por Horários de Compromissos. Art. 5º. Entende-se por crédito o valor monetário que constitui o preço da passagem, que dá direito a utilização do Serviço Público de Transporte Coletivo do Município de Jaraguá do Sul, independente do valor monetário decretado para as respectivas Tarifas. Art. 6º. O Sistema de Arrecadação Automática de Tarifa é um conjunto de software e hardware que permite gerenciar créditos e a cobrança automática do preço da respectiva passagem no serviço público de transporte coletivo do Município de Jaraguá do Sul, por meio do uso de cartão inteligente do tipo sem contato e visa: a) Possibilitar a integração de todo o Sistema de Transporte Público de Passageiros do Município de Jaraguá do Sul; b) Facilitar o embarque e o desembarque de passageiros nos veículos do serviço público de transporte coletivo; c) Propiciar maior segurança e conforto para as pessoas usuárias do serviço público de transporte coletivo; d) Permitir o controle numérico dos passageiros transportados nas diferentes categorias de usos; e) Aferir o cumprimento da programação operacional; f) Melhorar o desempenho estrutural, operacional e econômico do serviço público de transporte coletivo urbano; g) Coletar dados para subsidiar o planejamento do Sistema de Transporte Público de Passageiros e a programação operacional dos serviços. Art. 7º. A integração no Sistema de Transporte Coletivo Urbano dar-se-á através de liberação eletrônica das catracas com a utilização de Cartão Smart Card Contactless (Bilhetagem Eletrônica). Art. 8º. O Sistema de Arrecadação Eletrônica deverá disponibilizar recursos e gerar dados e informações que possibilitem o controle e a avaliação do desempenho do Sistema de Transporte Coletivo do Município. 3

4 CAPÍTULO II DO SERVIÇO ADEQUADO Art. 9º. As concessões de serviços público de transporte coletivo pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido na Lei Federal Nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nas normas pertinentes e nos respectivos contratos administrativos. 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou quando motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações e equipamentos. CAPÍTULO III DO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO ELETRÔNICA Art. 10º. Fica instituído e autorizado o uso do Sistema de Arrecadação Eletrônica no serviço público de transporte coletivo de passageiros do Município de Jaraguá do Sul. Parágrafo único. Entende-se como Arrecadação Eletrônica a cobrança automática do preço da respectiva passagem, por meio do uso de cartão inteligente sem contato para o controle do acesso do passageiro e a liberação das catracas eletromecânicas dos ônibus e nas estações ou locais dotados de infra-estrutura para o pré-embarque. Art. 11º. Compete à empresa Concessionária do serviço público de transporte coletivo de passageiros do Município de Jaraguá do Sul, doravante denominada Concessionária, definir especificações técnicas, aprovar o projeto executivo, implantar e gerenciar diretamente o Sistema de Arrecadação Eletrônica. 1º O gerenciamento compreende: o fornecimento, a comercialização, o cadastramento de usuários, inclusive dos beneficiários de descontos e gratuidades, conforme previsto na legislação em vigor, a emissão de cartões, o processamento de dados, a emissão de relatórios, bem como todos os atos e demais procedimentos técnicos necessários à viabilização dessas tarefas, inclusive: 4

5 I - Atualizar e manter os parâmetros de configuração do Sistema de Arrecadação Eletrônica; eletrônicos; II - Efetuar o carregamento dos créditos nos cartões III - Proceder a distribuição dos cartões eletrônicos; IV - Implantar plano de divulgação a todos os usuários do transporte coletivo, sobre as alterações que serão implementadas evolutivamente no sistema de transporte, no que se refere ao cartão eletrônico; V - Encaminhar mensalmente a SEMPLA - Secretaria do Planejamento relatório das informações processadas através do Sistema de Arrecadação Eletrônica. 2º A Concessionária poderá firmar contratos com estabelecimentos comerciais e similares, visando implantar uma rede de pontos de vendas de créditos em cartões eletrônicos, de modo a facilitar a acessibilidade dos usuários ao serviço público de transporte coletivo de passageiros do Município. 3º A Concessionária poderá terceirizar os serviços de atendimento e cadastramento dos usuários, e de emissão, confecção e distribuição dos cartões inteligentes. Art. 12º. O Sistema de Arrecadação Eletrônica é composto pelos seguintes tipos de dispositivos básicos: validador, carregador de cartão, cartão inteligente do tipo sem contato, catraca eletromecânica, software, hardware e sistemas de comunicação de dados e de localização. 1º Validador é o dispositivo (eletrônico e mecânico) que serve de interface com os usuários, clientes e operadores do Sistema de Arrecadação Eletrônica, que: I - Instalado em veículo (embarcado em ônibus) da frota vinculada ao sistema público de transporte coletivo de passageiros faz o carregamento de créditos em cartão inteligente, através da recarga embarcada, promove a venda embarcada e recebe informações dos demais periféricos embarcados, para fins de telemetria, tais como GPS, odômetro, etc; II - Instalado nos veículos da frota, nas estações e nos pontos com pré-embarque vinculados ao Sistema Público de Transporte Coletivo, faz a leitura e o débito nos cartões eletrônicos, valida os cartões segundo a categoria e tipo e registra eventos operacionais; III - Libera a catraca eletromecânica para o acesso da pessoa usuária ao serviço público de transporte coletivo de passageiros. 5

6 2º Carregador de cartão é o dispositivo eletrônico que nos pontos de vendas oficiais faz a personalização e o carregamento dos créditos das passagens nos cartões eletrônicos. 3º O cartão inteligente, também denominado de cartão eletrônico é do tipo sem contato smart card - contactless, fabricados em PVC, no formato ISO, armazenam as informações em chip microprocessador, funciona por aproximação e é recarregável. Art. 13º. O cartão inteligente conterá créditos cujo valor monetário equivale ao preço da passagem correspondente a modalidade do cartão, sendo que o valor da passagem para cada modalidade será fixado em Decreto da Chefe do Poder Executivo Municipal. CAPÍTULO IV DOS CARTÕES UTILIZADOS NO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO ELETRÔNICA Art. 14º. O Sistema de Arrecadação Eletrônica admite o uso das seguintes categorias de cartões: I - Operador; II - Pagante; e III - Gratuito. 1º A categoria Operador compõe-se das modalidades necessárias, a critério da Concessionária, para a operacionalização funcional do sistema. 2º A categoria Pagante compõe-se das seguintes modalidades: Cartão Cidadão; Cartão Vale-Transporte e Cartão Escolar. 3º A categoria Gratuito compõe-se das seguintes modalidades: Cartão Gratuidade; e Cartão Sênior. 4º A Concessionária, mediante autorização prévia do Poder Concedente poderá criar novas modalidades de cartões. Art. 15º. As modalidades de cartões que integram a categoria Operador são de uso exclusivo dos funcionários da Concessionária, serão codificados e personalizados e destinam-se ao registro das operações executadas no serviço de transporte público de passageiros, cujo uso será delegado pela Concessionária de acordo com as necessidades funcionais e operacionais do sistema. 6

7 Art. 16º. Os cartões emitidos conterão ao menos a marca da empresa Concessionária e o número do cartão. Art. 17º. Os cartões serão diferenciados entre si, de acordo com a modalidade, de modo a facilitar a fiscalização e o controle do uso dos mesmos. Art. 18º. Os cartões serão diferenciados por modalidade, de modo a facilitar a fiscalização e o controle do uso dos mesmos. Art. 19º. Para todas as modalidades de cartões previstas no presente Decreto, o cadastramento dos usuários, funcionará de segunda a sexta-feira em horário comercial. Art. 20º. As pessoas usuárias do cartão nas modalidades: Escolar; Vale-Transporte; Gratuidade e Sênior firmarão Termo de Comodato e/ou Termo de Compromisso, na forma dos artigos 579 a 585 do Código Civil, de conformidade com os termos previstos no Anexo I deste Decreto, ficando o usuário responsável pela guarda e conservação do cartão. Art. 21º. O cartão, independente da modalidade: I - é recarregável e o prazo de validade será fixado de acordo com as normas técnicas estabelecidas pela Concessionária; II - será recarregado na medida de sua utilização até o limite de crédito equivalente a 120 (cento e vinte) vezes o valor da tarifa vigente, ou excepcionalmente, a outro limite de crédito estipulado pela Concessionária como forma de contingenciamento do sistema; III - comportará registro para acesso aos créditos que serão utilizados pela pessoa usuária, ou para o uso de gratuidades, conforme o caso. Art. 22º. O cartão, independente da modalidade, comportará, através da implantação de chip eletrônico microprocessador, registro para acesso aos créditos que serão utilizados pela pessoa usuária, ou para o uso de gratuidade, conforme o caso. Art. 23º. Poderão ser acumuladas num mesmo cartão até duas modalidades de uso, desde que da categoria Pagante, sendo que devidamente preenchidos os requisitos deste Decreto para cada modalidade. Art. 24º. Para as modalidades de Cartão Escolar, Gratuidade e Sênior é obrigatório que a pessoa usuária do respectivo cartão apresente o mesmo ao agente operador da Concessionária encarregado de liberar a catraca antes de submetê-lo ao dispositivo validador, quando do acesso ao serviço público de transporte coletivo de passageiros e quando houver dúvida quando do acesso ao serviço, o agente operador ou a fiscalização do Poder Concedente, exigirá a apresentação do documento de identidade da pessoa portadora do respectivo cartão. 7

8 Parágrafo único. No cadastramento ou renovação do cadastro a pessoa usuária dessas modalidades, será fotografada por meio eletrônico para fins de registro no sistema e personalização do respectivo Cartão Gratuidade e a critério da Concessionária, identificada também por outro meio eletrônico. Art. 25º. O cartão, por conter chip eletrônico microprocessador deverá ser manuseado, utilizado e guardado com zelo e o máximo de cuidado, pois o mau uso poderá danificá-lo. Parágrafo único. A pessoa usuária do cartão, independente da modalidade, deverá evitar: dobrar; perfurar; expor ao calor intenso; plastificar; prender com grampos ou clipes; molhar; morder; ou expor o mesmo a qualquer meio que o danifique. Art. 26º. Na eventual necessidade de reposição do cartão, um novo cartão será fornecido mediante pagamento do valor correspondente a 10 (dez) vezes o valor da tarifa vigente na data de emissão. Título I DOS CARTÕES DA CATEGORIA PAGANTE Seção I DO CARTÃO CIDADÃO Art. 27º. O Cartão Cidadão é codificado, numerado e personalizado a critério da Concessionária e destina-se ao uso geral, sendo fornecido, comercializado e recarregado diretamente pela Concessionária ou nos postos de vendas credenciados, não podendo conter crédito monetário superior ao limite de crédito estabelecido no artigo 21, inciso II. 1º Documentos necessários para a aquisição: I - Documento de identidade; II - Cadastro de Pessoa Física - CPF; III - Comprovante de residência. 2º O cadastramento da pessoa usuária desta modalidade de cartão poderá ser solicitado em qualquer ponto de venda de créditos credenciada à Concessionária. Art. 28º. A Concessionária somente poderá fornecer o Cartão Cidadão se a primeira aquisição de crédito monetário for equivalente a no mínimo de 10 (dez) vezes o valor da tarifa vigente. 8

9 Seção II DO CARTÃO VALE-TRANSPORTE Art. 29º. O Cartão Vale-Transporte será codificado, numerado e personalizado a critério da Concessionária e destina-se ao uso pelos trabalhadores em geral, beneficiários nos termos da Lei Federal Nº 7.418/85 regulamentada pelo Decreto Federal Nº /87, sendo fornecido, comercializado e recarregado diretamente pela Concessionária ou nos postos de vendas credenciados. 1º O carregamento do Cartão Vale-Transporte também poderá ser realizado embarcado nos veículos vinculados ao Sistema de Transporte Público de Passageiros do Município em até 48 (quarenta e oito) horas após o recebimento da confirmação de pagamento. 2º O Cartão Vale-Transporte será carregado inicialmente com o valor de créditos autorizado pelo empregador e será recarregado quando autorizado pelo mesmo, somente na medida de sua utilização respeitado o limite de crédito estabelecido no artigo 21, inciso II, salvo casos excepcionais devidamente comprovados e aprovados pela Concessionária. 3º O Cartão Vale Transporte poderá ser carregado com créditos adquiridos pessoalmente pelo usuário, podendo operar similar ao Cartão Cidadão e restrito ao limite de crédito estipulado no artigo 21, inciso II. Art. 30º. Documentos necessários para pedido, pelo empregador, do Cartão Vale-Transporte: I - Cadastro do Empregador; II - Relação de funcionários do Empregador com direito ao Cartão Vale-Transporte, especificando: - Nome completo; - Documento de identidade; - CPF; funcionários relacionados. - Comprovante ou declaração de residência de cada um dos Seção III DO CARTÃO ESCOLAR 9

10 Art. 31º. O Cartão Escolar será codificado, numerado e personalizado a critério da Concessionária e destina-se ao uso exclusivo em dias letivos pelos estudantes e professores beneficiados com o direito ao pagamento com desconto, na forma como estabelece a Legislação Municipal, desde que devidamente cadastrados e identificados pela Concessionária, sendo fornecido, comercializado e recarregado diretamente pela mesma. 1º De acordo com a Legislação Municipal, o desconto a que se refere o caput deste artigo será de: I - 50% (cinquenta por cento) no valor da tarifa vigente para estudantes do Ensino Oficial nos níveis Fundamental, Médio e Técnico da rede pública e privada, devidamente cadastrado junto às empresas operadoras, residente no Município de Jaraguá do Sul e devidamente matriculado em instituição de ensino Público sediado neste Município e que esteja frequentando as aulas regularmente; II - 50% (cinquenta por cento) no valor da tarifa vigente para os professores da Rede Pública de Ensino que ministrem aulas ao pré-escolar, ensino fundamental e educação de jovens e adultos; III - 50% (cinquenta por cento) no valor da tarifa vigente para os estudantes das Instituições de Ensino Superior localizadas no Município, devidamente cadastrado junto às empresas operadoras, residente no Município de Jaraguá do Sul e devidamente matriculado em instituição de ensino superior sediado neste Município e que esteja frequentando as aulas regularmente. 2º O número de passagens em conformidade com os incisos do 1º, do artigo 1º, da Lei Municipal Nº 2.658/2000, será estipulado em função da necessidade de uso, com base na carga horária ou jornada de trabalho do usuário, na proporção de 02 (dois) créditos por período até o limite de 50 (cinquenta) créditos por mês. 3º O Cartão Escolar será recarregado de créditos somente na medida de sua utilização até completar o limite de créditos estabelecido para o mês. 4º Para o mês de julho o limite de créditos será de 25 (vinte e cinco) para estudantes e 28 (vinte e oito) para professores. 5º É vedado o uso do cartão Escolar entre às zero hora e seis horas, aos domingos e feriados. Art. 32º. Para o cadastramento do usuário beneficiado com o uso do Cartão Escolar, o mesmo deverá comparecer pessoalmente no local indicado pela Concessionária, munido dos seguintes documentos: 10

11 I - Ficha de cadastro e identificação do usuário, fornecida pela Concessionária, devidamente preenchida e assinada, em caso de aluno menor de 18 anos assinada pelo Tutor ou Responsável, juntamente com a assinatura do responsável pela instituição de ensino em que estiver regularmente matriculado ou vinculado; II - Registro de Regularidade de Vínculo Trabalhista ou Matrícula e Freqüência firmado pela instituição de ensino, identificando o usuário e atestando que o mesmo está devidamente matriculado ou vinculado, fornecido pela Concessionária; III - 01 (uma) cópia do documento de identidade ou da certidão de nascimento; IV - 01 (uma) cópia do comprovante de residência no Município de Jaraguá do Sul atualizado; V - 01 (uma) cópia do CPF do usuário ou do responsável, se o mesmo tiver menos de 18 anos de idade; VI - Termo de Compromisso, em 02 (duas) vias, devidamente assinado pelo usuário ou pelo responsável, se o mesmo tiver menos de 18 anos de idade. 1º Para os casos previstos no inciso III, 1º, do artigo 1º, da Lei Municipal Nº 2.658/2000, anexar aos documentos requeridos acima o encaminhamento dado pelo Diretório Central dos Estudantes da Instituição. 2º Para os professores contratados temporariamente (ACT) juntar à documentação a ser apresentada cópia do Contrato de Trabalho com a instituição de ensino contratante. 3º No cadastramento ou renovação do cadastro a pessoa usuária será fotografada por meio eletrônico com a finalidade de complementar o registro de identificação e personalização do respectivo Cartão Escolar. 4º No cadastramento ou renovação do cadastro o usuário deverá informar a Concessionária: as linhas e respectivos itinerários, os dias da semana e os horários de utilização do Cartão Escolar. Art. 33º. O usuário Estudante só poderá adquirir o Cartão Escolar se a distância entre a instituição de ensino em que estiver matriculado e seu respectivo domicílio for superior a (um mil) metros, medidos ao longo do itinerário da linha utilizada pelo mesmo, considerando-se como referência os pontos de embarque ou desembarque situados mais próximos a seu domicílio e a instituição de ensino. Art. 34º. Para aquisição ou recarga do Cartão Escolar com créditos correspondentes, o usuário deverá: 11

12 I - Estar devidamente cadastrado e identificado pela Concessionária, na forma como estabelece este Decreto; II - Ter firmado Termo de Comodato e Compromisso de conformidade com o que estabelece o presente Decreto. Parágrafo único. O Estudante deverá apresentar à Concessionária, no ato da aquisição ou recarga do Cartão Escolar, o respectivo Registro de Regularidade de Matrícula e Frequência com o carimbo e a assinatura da direção da instituição de ensino em que estiver devidamente matriculado referente ao mês de aquisição. Art. 35º. A Concessionária somente poderá fornecer o Cartão Escolar se a primeira aquisição for no mínimo de 25 (vinte e cinco) créditos, que correspondem a 80% (oitenta por cento) ou 50% (cinquenta por cento) do valor da tarifa vigente. Art. 36º. O cadastro ou a renovação do mesmo, para aquisição ou recarga do Cartão Escolar será realizado nos meses de Fevereiro, Março, Julho e Agosto do ano letivo em curso, ressalvado os casos de transferência de instituição de ensino devidamente justificados. Art. 37º. Para o cadastramento ou renovação do cadastro referente ao Cartão Escolar, ficam estabelecidos os seguintes prazos: I - Anualmente, para os estudantes matriculados nas modalidades de Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos; II - A validade do Cartão Escolar é anual para os professores efetivos e para os professores contratados na modalidade ACT, fica vinculado ao prazo do contrato temporário de trabalho. Art. 38º. A validade do Cartão Escolar é dada em função da atualização do respectivo cadastro e do período letivo da instituição de ensino em que estiver matriculado, ficando assegurado ao usuário titular do cartão, o direito de reaproveitar os créditos restantes que não tenham sido usados até a data de validade do mesmo. Parágrafo único. A não aquisição dos créditos referentes ao mês da comprovação do registro de regularidade de matrícula e freqüência ou a não apresentação da respectiva comprovação, implica na perda do direito de aquisição dos créditos daquele mês. Título II DOS CARTÕES DA CATEGORIA GRATUITO Seção IV DO CARTÃO GRATUIDADE 12

13 Art. 39º. O Cartão Gratuidade será codificado, numerado e personalizado a critério da Concessionária e destina-se ao uso exclusivo pelas Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (PNE), fiscais do transporte coletivo, fiscais do Ministério do Trabalho, Oficiais da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal e da Justiça Estadual residentes no Município de Jaraguá do Sul, devidamente cadastradas no Sistema de Arrecadação Eletrônica, sendo fornecido diretamente pela Concessionária. Art. 40º. Para efeito de cadastro no Sistema de Arrecadação Eletrônica terão direito ao uso do Cartão Gratuidade: I - Aposentados por invalidez, que tenham rendimento próprio igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos vigentes; II - Portadores de deficiência, que tenham rendimento próprio igual ou inferior 03 (três) salários mínimos vigentes; III - Portadores de Deficiência Renal crônica, que necessita e está em tratamento de hemodiálise; IV - Pessoa acometida de patologia cancerígena, que necessita e está em tratamento de quimioterapia ou radioterapia, conforme o caso; V - Agente Fiscal do Órgão Gestor do Transporte Coletivo Urbano do Município. 1º A deficiência e a aposentadoria por invalidez, de que tratam os incisos I e II, deste artigo, serão comprovadas através de avaliação e laudo expedido por serviço que conte com equipe multiprofissional do Sistema Único de Saúde - SUS ou do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, credenciados para este fim junto ao Conselho Municipal de Assistência Social. 2º Para obtenção do benefício de gratuidade da tarifa do transporte urbano no Município de Jaraguá do Sul, os deficientes renais e portadores de câncer, a que se referem os incisos III e IV, deste artigo, serão cadastrados na empresa de transporte coletivo urbano do Município, quando requererem, mediante apenas a comprovação da deficiência renal crônica e de estar sob tratamento de hemodiálise, ou de ser portador de câncer e estar em tratamento de quimioterapia ou radioterapia, por meio de atestado expedido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou órgão por este delegado, credenciados para este fim junto ao Conselho Municipal de Assistência Social. 3º O benefício concedido pelo 2º, acima, terá duração igual ao período do tratamento, que deverá constar no Atestado, e em caso de prorrogação do tratamento se fará necessário apresentação de novo Atestado. Art. 41º. Para o cadastramento da pessoa usuária do Cartão Gratuidade, a mesma deverá comparecer pessoalmente no local indicado pela Concessionária, munido dos seguintes documentos: 13

14 I - Documento de identidade; Sul; II - Comprovante de residência no Município de Jaraguá do III - CPF; IV - Comprovantes de renda nos casos definidos nos incisos I e II, do artigo 61, da Lei Municipal Nº 2.218/96; V - Avaliação e Laudo expedido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), nos casos definidos pelos incisos I e II, do artigo 61, da Lei Municipal Nº 2.218/96; VI - Atestado expedido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de que o usuário está em tratamento de hemodiálise, quimioterapia ou radioterapia, para os casos definidos pelos incisos III e IV, do artigo 61, da Lei Municipal Nº 2.218/96; VII - Para os usuários enquadrados nos casos definidos pelo inciso V, do artigo 61, da Lei Municipal Nº 2.218/96, o interessado em obter o Cartão Gratuidade deverá apresentar seu Crachá de Identificação como Fiscal do Transporte Coletivo vinculado ao Órgão Gestor do Município. Art. 42º. A renovação anual do cadastro da pessoa usuária do Cartão Gratuidade é obrigatória, devendo ser realizada pela pessoa titular do respectivo cartão no mês de aniversário da mesma. Art. 43º. O Cartão Gratuidade é de uso pessoal e intransferível da pessoa titular cadastrada e identificada pela Concessionária. Art. 44º. O uso do cartão Gratuidade somente terá validade no sistema regular de transporte público, não podendo ser utilizado em sistemas especiais ou complementares de transporte no Município. Seção V DO CARTÃO SÊNIOR Art. 45º. O Cartão Sênior será codificado, numerado e personalizado a critério da Concessionária e somente será fornecido as pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, aposentados que possuam renda própria igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos vigentes e pessoas com idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos e destina-se ao uso exclusivo pelas pessoas assim reconhecidas residentes no Município de Jaraguá do Sul, devidamente cadastrados no Sistema de Arrecadação Eletrônica, sendo fornecido diretamente pela Concessionária. 14

15 1º Para o cadastramento da pessoa usuária do Cartão Sênior, a mesma deverá comparecer pessoalmente no local indicado pela Concessionária, munido dos seguintes documentos: I - Documento de identidade; II - CPF; III - Comprovante de residência no Município de Jaraguá do Sul; IV - Comprovante de renda para os aposentados que possuam renda própria igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos vigentes. Art. 46º. A renovação anual do cadastro da pessoa usuária do Cartão Sênior é obrigatória, devendo ser realizada pela pessoa titular do respectivo cartão no mês de aniversário da mesma. Art. 47º. Os idosos com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos, poderão acessar o sistema de transporte coletivo urbano, apresentando apenas o respectivo documento de identidade, na forma como estabelece o 1º, artigo 39, da Lei Federal /2003. Parágrafo único. Por conveniência e solicitação da pessoa com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos, a Concessionária poderá fornecer o Cartão Gratuidade. Título III DO CARTÃO PADRÃO Art. 48º. Para atender a situações especiais não previstas no presente Decreto, a Concessionária poderá instituir um cartão padrão vinculado ao Sistema de Arrecadação Eletrônica para uso no serviço público de transporte coletivo de passageiros, cuja denominação deverá ser associada ao título: Serviço Especial de Transporte Municipal (artigo 4º, inciso II, da Lei Municipal Nº 2.218/96). Parágrafo único. O cartão padrão será codificado, numerado e personalizado a critério da Concessionária e destina-se ao uso em circunstância especiais devidamente justificadas e a critério da mesma, que poderá estabelecer requisitos e condições próprias para o fornecimento, cadastramento, comercialização, recarga e validade do mesmo. CAPÍTULO V DO USO INDEVIDO E DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 15

16 Art. 49º. Os cartões nas modalidades de: Escolar; Operador; Gratuidade; e Sênior, são de uso pessoal e intransferível do titular cadastrado e identificado pela Concessionária. Art. 50º. A violação a qualquer um dos dispositivos estabelecidos no presente Decreto, por parte da pessoa usuária, bem como apresentar dados e declarações falsas implicará nas seguintes sanções: I - Suspensão imediata, da validade do cartão e do beneficio correspondente pelo prazo de um mês; II - Em caso de reincidência, suspensão da validade do cartão e do benefício correspondente pelo prazo de dois meses, acrescentando-se um novo mês de suspensão para cada infração; e III - Sujeição do infrator a novo cadastramento. Art. 51º. Quanto ao uso indevido do Cartão Vale- Transporte, cabe ao empregador aplicar as sanções administrativas previstas na Lei Federal Nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e no Decreto Federal Nº /87. Art. 52º. Quando a infração ocorrer com a utilização de Cartão Escolar, ficará a Concessionária autorizada a aplicar, além das sanções administrativas estabelecidas neste Decreto, as sanções estabelecidas no Termo de Comodato e Termo de Compromisso assinado pela pessoa beneficiária do desconto ou seu responsável. Art. 53º. As violações e demais ocorrências serão registradas na forma do Anexo III, no sistema próprio da Concessionária e após defesa por escrito apresentada pela pessoa titular do respectivo cartão, na forma do Anexo IV do presente Decreto, o processo administrativo será encaminhado para ao titular da Secretaria de Obras e Urbanismo a quem compete julgá-lo. 1º Constatada a violação, a Concessionária reterá o respectivo cartão, o qual será anexado ao processo encaminhado ao titular da Secretaria de Obras e Urbanismo, cujo uso ficará impedido até o julgamento do processo administrativo. 2º O prazo de defesa é de até 05 (cinco) dias contados do registro da violação pela Concessionária. Art. 54º. A aplicação das sanções administrativas não exime a pessoa infratora e toda e qualquer pessoa que colabore direta ou indiretamente para a prática da infração, seja por ação ou omissão, da apuração da responsabilidade civil ou criminal pelo ato praticado. 16

17 Art. 55º. Independente da modalidade é vedado ao usuário comercializar e/ou transacionar com os créditos disponíveis nos cartões fora do Sistema de Arrecadação Eletrônica da empresa Concessionária. 1º A comercialização e/ou transação com créditos disponíveis nos cartões fora do Sistema de Arrecadação Eletrônica, implicará na apreensão dos respectivos cartões pela fiscalização da Concessionária. 2º O infrator não terá direito a qualquer tipo de ressarcimento ou indenização pela apreensão dos cartões, sendo que os créditos correspondentes às passagens registradas nos mesmos serão sumariamente excluídos. CAPÍTULO VI DA IMPLANTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO ELETRÔNICA Art. 56º. A implantação, a operação, a comercialização e a manutenção do Sistema de Arrecadação Eletrônica são de exclusiva responsabilidade da Concessionária. Parágrafo único. Os custos e despesas decorrentes da operação, comercialização e manutenção do Sistema de Arrecadação Eletrônica são de responsabilidade da Concessionária, os quais serão considerados proporcionalmente no cálculo da tarifa e comporão o custo do passageiro transportado. Art. 57º. A Concessionária deverá prover os recursos financeiros, humanos, materiais e tecnológicos necessários para a operacionalização e gestão do Sistema de Arrecadação Eletrônica, bem como dotar a frota vinculada aos serviços concedidos dos equipamentos e demais dispositivos embarcados necessários para a operacionalização do Sistema de Arrecadação Eletrônica, assim como dos equipamentos e dispositivo fixos instalados na sede e na garagem da Concessionária, nos pontos de venda e atendimento a pessoa usuária, no terminal e demais pontos com pré-embarque. 1º Os dispositivos embarcados nos veículos da frota vinculada aos serviços concedidos consistem em: I - Dispositivos transmissores e receptores de dados por via GSM/GPRS e GPS ou dispositivos de tecnologia equivalente que vier a substituí-los; II - Dispositivo Validador compatível com a tecnologia adotada para o Sistema de Arrecadação Eletrônica; III - Catraca eletromecânica dotada de sensor e compatível com o dispositivo validador adotado. 17

18 2º Os dispositivos fixos instalados nas estações e demais pontos com pré-embarque consistem em: I - Dispositivo transmissor e receptor de dados por meio de cabo e/ou via GSM/GPRS ou dispositivos de tecnologia equivalente que vier a substituílos; II - Dispositivo Validador compatível com a tecnologia adotada para o Sistema de Arrecadação Eletrônica; III - Catraca eletromecânica dotada de sensor e compatível com o dispositivo validador adotado. 3º Os equipamentos fixos instalados na sede Concessionária, bem como na garagem e demais pontos de venda e atendimento a pessoa usuária consistem em: I - Dispositivo transmissor e receptor de dados por meio de cabo e/ou por via GSM/GPRS ou dispositivos de tecnologia equivalente que vier a substituí-los; II - Software: Sistema Central; composto por módulos integrados entre si com as seguintes finalidades: gerenciamento de configurações, processamento de dados, geração de relatórios e demais funções relacionadas com o controle operacional, personalização de cartões, comunicação de dados, segurança, comercialização e atendimento a pessoa usuária do sistema, os quais deverão estar devidamente instalados e distribuídos em hardware adequado e dotado de equipamento impressor; III - Software: Sistema de Garagem; composto por módulos integrados entre si e com o Sistema Central, com as seguintes finalidades: possibilitar a troca de informações entre os equipamentos embarcados e o Sistema Central, processamento de dados, geração de relatórios e demais funções relacionadas com a administração da recebedoria e comunicação de dados, os quais deverão estar devidamente instalados e distribuídos em hardware adequado e dotado de equipamento impressor; IV - Hardware: microcomputadores e demais periféricos necessários para o funcionamento e operacionalização do Sistema de Arrecadação Eletrônica. 4º O equipamento disponibilizado para a pessoa usuária do Sistema de Arrecadação Eletrônica consiste em: I - Cartão Eletrônico, também denominado de Cartão Inteligente sem contato compatível com a modalidade de uso. Art. 58º. A Concessionária poderá firmar convênios objetivando o aproveitamento dos recursos tecnológicos disponíveis no cartão eletrônico que não estejam sendo utilizados pelo Sistema de Arrecadação Eletrônica. 18

19 Art. 59º. Os cobradores, motoristas ou auxiliares de bordo, somente poderão vender ou cobrar a passagem a bordo dos ônibus em que estiverem trabalhando. Parágrafo único. A venda pelo motorista, quando for o caso, somente poderá ser realizada com o veículo parado. Art. 60º. Fica a Concessionária autorizada a implantar micro-câmeras nos ônibus, nas estações e nos pontos de pré-embarque com o fim de auxiliar na segurança e fiscalização do Sistema de Arrecadação Eletrônica. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 61º. Todas as pessoas usuárias do serviço público de transporte coletivo de passageiros do Município de Jaraguá do Sul, cadastradas no Sistema de Arrecadação Eletrônica receberão o respectivo cartão gratuitamente, ressalvada a exigência da aquisição de quantidade mínima de créditos, quando for o caso. Art. 62º. Em virtude de perda, furto, roubo ou extravio do respectivo cartão, a pessoa usuária deverá comunicar o fato imediatamente à Concessionária, no horário comercial, para que seja feito o bloqueio de uso do referido cartão, sendo que o bloqueio ocorrerá somente a partir da transferência de dados e informações entre os veículos e a base de dados da empresa. Parágrafo único. A partir de 48 (quarenta e oito) horas seguinte da comunicação, a Concessionária fará a busca e o rastreamento dos dados correspondentes, disponibilizando a quantidade de créditos ainda não utilizada, quando for o caso, para carga em uma nova via do cartão. Art. 63º. Em caso de reajuste tarifário no preço do serviço público de transporte coletivo de passageiros do Município de Jaraguá do Sul, os créditos adquiridos e em poder da pessoa usuária, restante no respectivo cartão, para todas as modalidades da categoria pagante, não serão reajustados. Art. 64º. Ao comprar créditos para as modalidades de cartão: Cidadão; Escolar; ou Vale-Transporte, a pessoa usuária terá garantia do preço da passagem pelo valor de aquisição até 30 (trinta) dias após ter sido decretado o aumento do preço da tarifa. Parágrafo único. Transcorrido o prazo estabelecido no caput deste artigo, no cartão será debitado no valor do crédito referente ao preço da passagem vigente. 19

20 Art. 65º. Para o caso da devolução definitiva do cartão eletrônico, excetuando as modalidades que integram às categorias Operacional; Sênior; e Gratuito, a pessoa usuária será reembolsada pela Concessionária dos créditos restantes no mesmo valor em que realizou a última recarga. Parágrafo único. O reembolso de créditos restantes implica no pagamento de custos administrativos compensatórios no valor equivalente a 05 (cinco) vezes o valor da tarifa vigente. Art. 66º. Será considerado inativo podendo a Concessionária excluir do Sistema de Arrecadação Eletrônica o cartão do usuário, independente da modalidade, que estiver sem uso a mais de 12 (doze) meses. Parágrafo único. Se após a exclusão a pessoa usuária desejar reativar o cartão, deverá renovar o cadastro, pagar o valor equivalente a 10 (dez) vezes o valor da tarifa vigente e quando houver, inclusive reaver para o novo cartão o crédito remanescente na exclusão. Art. 67º. A Concessionária terá o prazo de até 90 (noventa) dias contados da publicação deste Decreto, para iniciar de forma evolutiva a implantação do Sistema de Arrecadação Eletrônica. Art. 68º. A Concessionária fica obrigada a converter como crédito individual no cartão Vale-Transporte do usuário, todas as passagens de Vales- Transporte que lhe forem entregues dentro de seu prazo de validade, depois de solicitados, relacionados e encaminhados pelos respectivos empregadores adquirentes, no prazo de até 60 (sessenta) dias após o início da operação do Sistema de Arrecadação Eletrônica. Art. 69º. A Concessionária fica obrigada a converter como crédito individual no cartão eletrônico, todas as passagens tipo Circular que lhe forem entregues pelos respectivos usuários, no prazo de até 60 (sessenta) dias após o início da operação do Sistema de Arrecadação Eletrônica. 1º O crédito dessa conversão será efetuado no ato do cadastramento do usuário credor, no valor equivalente às passagens entregues, independente do limite de crédito estipulado para carga nos cartões. 2º As passagens tipo Circular poderão ser utilizadas para pagamento da passagem pelos usuários no prazo de até 60 (sessenta) dias após o início da operação do Sistema de Arrecadação Eletrônica. Art. 70º. Transcorrido o prazo de 06 (seis) meses da implantação do Sistema de Arrecadação Eletrônica, a aquisição de créditos para composição da Passagem Unitária para uso no serviço público de transporte coletivo do Município de Jaraguá do Sul será feita de duas maneiras: antecipada ao embarque ou paga a bordo. 20

21 1º Passagem antecipada ao embarque é aquela em que a pessoa usuária adquire, nos pontos de venda da Concessionária, o direito de viagem antes de embarcar ou acessar as estações terminais e pontos dotados de pré-embarque. 2º Passagem paga a bordo ou embarcada é aquela em que a pessoa usuária adquire o direito de viagem diretamente do cobrador, auxiliar de bordo ou motorista. 3º O valor unitário da passagem embarcada será 25% (vinte e cinco por cento) maior do que o valor da passagem antecipada. Art. 71º. A Concessionária poderá explorar publicitariamente, de modo direto ou indireto, o verso dos cartões eletrônicos em qualquer das modalidades. Art. 72º. Os cartões eletrônicos da categoria pagante serão carregados com créditos cujo valor monetário refere-se ao preço da passagem correspondente a modalidade do cartão. Art. 73º. O valor da tarifa do serviço público de transporte coletivo de passageiros seja para o serviço regular convencional ou para o serviço regular diferenciado, assim como o respectivo preço das passagens, inclusive para compra antecipada na forma de crédito em cartão eletrônico, ou para compra embarcada (paga a bordo) serão estabelecidos em Decreto do Chefe da Poder Executivo Municipal. Art. 74º. Os dados e informações referentes ao cadastro da pessoa usuária, em qualquer das modalidades de cartão eletrônico estabelecidas no presente Decreto, obtidas pela Concessionária, excetuando sua finalidade, somente poderão ser utilizados pelo Poder Concedente em campanhas institucionais de relevante interesse público mediante autorização judicial, vedada qualquer outra forma de uso. publicação. Art.74º. Este Decreto entra em vigor na data de sua Jaraguá do Sul, 18 de junho de CECILIA KONELL Prefeita Municipal 21

22 ANEXO I CONTRATO PADRÃO PARA USO DE CARTÃO DO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO ELETRÔNICA DA VIAÇÃO CANARINHO LTDA. Por este instrumento particular as partes a seguir individualizadas: COMODANTE: VIAÇÃO CANARINHO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede à Rua Roberto Ziemann, 460, Município de Jaraguá do Sul - SC, inscrita no CNPJ sob o Nº / , através de seu representante legal instituído especificamente para esse fim. COMODATÁRIO: NOME, (qualificação) e (endereço) encontram-se na ficha de cadastro (anexo II), que é parte integrante do presente contrato, tem entre si, justo e acertado, o presente Contrato de Comodato, conforme cláusulas e condições seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO A COMODANTE proprietária do cartão descrito na ficha cadastral (anexo II), com tecnologia Mifare fornecerá ao COMODATÁRIO em regime de comodato, o cartão para uso no Sistema de Arrecadação Eletrônica no Transporte Coletivo em acordo com o Decreto Municipal e Regulamento SAE Canarinho. CLÁUSULA SEGUNDA - DO PREÇO O primeiro cartão será fornecido de forma gratuita ao COMODATÁRIO pela COMODANTE, devendo este conservá-lo e zelar como se coisa sua fosse. PARÁGRAFO PRIMEIRO: Na eventual necessidade de reposição do cartão, um novo cartão será fornecido mediante pagamento do valor correspondente a 10 (dez) vezes o valor da tarifa vigente na data da emissão. PARÁGRAFO SEGUNDO: Em caso de perda, furto, roubo ou extravio do referido cartão o COMODATÁRIO deverá comunicar o fato imediatamente ao COMODANTE, no horário comercial, para que seja feito o bloqueio de uso do referido cartão, sendo que o bloqueio ocorrerá somente a partir das zero hora do dia seguinte da comunicação. CLAÚSULA TERCEIRA - DA GARANTIA O COMODANTE garante o funcionamento do cartão contra falhas ou defeitos ocultos pelo período legal, conforme previsto na Lei Nº 8078/ Código de Defesa do Consumidor. Após esse período todo e qualquer cartão que terá de ser trocado, será cobrado conforme o Regulamento SAE/TEM Canarinho, independente de qual motivo tenha ocasionado o problema, exceto por ação ou omissão de preposto ou colaborador da COMODANTE. 22

23 CLÁUSULA QUARTA - DO USO DO CARTÃO O COMODATÁRIO declara estar ciente e autoriza expressamente a COMODANTE que em caso de utilização indevida do cartão, o mesmo será bloqueado para utilização e o COMODATÁRIO estará sujeito as penalidades da lei e sanções previstas conforme Regulamento SAE/TEM Canarinho. PARÁGRAFO PRIMEIRO: O cartão objeto deste contrato é de uso exclusivo do COMODATÁRIO, não podendo ser utilizado por nenhuma outra pessoa que não seja o COMODATÁRIO, exceto se for cartão do tipo Cidadão. PARAGRAFO SEGUNDO: O COMODATÁRIO é obrigado a apresentar o cartão e identificar-se ao funcionário operador da COMODANTE (fiscal, bilheteiro, atendente, auxiliar de bordo, cobrador ou motorista), bem como ao fiscal do Poder Concedente, sempre que solicitado por qualquer um destes. CLÁUSULA QUINTA - DO PRAZO O presente contrato é celebrado por 12 (doze) meses, tendo seu início na data de assinatura do presente documento. PARÁGRAFO PRIMEIRO: O prazo de vigência deste instrumento renovar-se-á automaticamente por período indeterminado mediante o silêncio das partes. PARÁGRAFO SEGUNDO: O COMODATÁRIO se compromete a devolver o cartão em perfeita condição de uso, quando da sua não utilização por um período de (12) doze meses ou mais, sob pena de não o fazer, ter seu cartão bloqueado e cancelado. CLÁUSULA SEXTA - DO CARTÃO O COMODATÁRIO declara saber e se compromete a ter os seguintes cuidados com o cartão: I - o cartão não pode ser dobrado nem amassado; II - não colocar em carteira, que seja usada no bolso da calça; III - não colocar nos bolsos da calça; IV - não usar clipes no cartão; V - não perfurar o cartão; VI - limpar somente com pano úmido; 23

24 VII - proteger de raios solares, umidade e areia; VIII - não aproximar o cartão de objetos magnéticos; IX - não plastificar o cartão; X - conservar a capa plástica do cartão sem removê-la do mesmo. CLÁUSULA SÉTIMA - DO FORO As partes contratantes elegem o Foro da Comarca de Jaraguá do Sul - SC, para nele dirimirem quaisquer questões oriundas do presente contrato. E, por estarem justos e contratados, firmam o presente contrato em 02 (duas) vias de igual teor e forma, juntamente com 02 (duas) testemunhas, declarando o COMODATÁRIO expressamente que teve conhecimento prévio do conteúdo do objeto do presente contrato, manifestando, neste ato, seu consentimento as suas cláusulas e condições, as quais adere livre e espontaneamente. Jaraguá do Sul, COMODANTE COMODATÁRIO TESTEMUNHA TESTEMUNHA 24

25 ANEXO II FICHA DE CADASTRO DADOS DO COMODATÁRIO Nome: CPF: Nascimento: Sexo: Endereço: Bairro: Cidade: CEP: Telefone/Fax: RG: DADOS DO RESPONSÁVEL Nome: CPF: RG: DADOS DO CARTÃO Tipo/Modalidade: Número: Jaraguá do Sul, / / Assinatura do Comodatário: Assinatura do Responsável: 25

26 ANEXO III FORMULÁRIO PADRÃO DE DENUNCIA USO INDEVIDO DE CARTÃO DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO 1. DA IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO : Nome do Usuário : Tipo do Cartão Número do Cartão: 2. DO ENDEREÇO DO USUÁRIO: Rua : N : Bairro : Cidade : CEP : Estado : Fone : 3. DOS DADOS DA OCORRÊNCIA : Data da apreensão : Horário da apreensão : Outras Informações 4. DESCRIÇÃO DA OCORRÊNCIA : 5. DO RECEBIMENTO DA OCORRÊNCIA : Nome do Recebedor : Data do recebimento : Observações : Assinatura : 26

27 ANEXO IV FORMULÁRIO PADRÃO DE JUSTIFICATIVA USO INDEVIDO DE CARTÃO DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO 1. DA IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO : Nome do Usuário : Tipo do Cartão : Número do Cartão: 2. DOS DOCUMENTOS ANEXADOS PELO USUÁRIO: CPF (xerox) Identidade ( xerox) Outros 3. DO RELATÓRIO DA OCORRÊNCIA : Data da apreensão : Horário da apreensão : Linha utilizada : Ônibus utilizado : Outras Informações : 4. DA JUSTIFICATIVA : 5. DA ENTREGA DA JUSTIFICATIVA : Nome : Data da entrega : Observação : Assinatura do usuário : 6. DESPACHO DO ÓRGÃO GERENCIAL: Justificativa deferida Justificativa indeferida Responsável: Data: 27