RELATO DO PROJETO. 1.1 Nome: ARTESÃOS DA SAÚDE TRANSFORMANDO LIXO EM ARTE
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- Theodoro Alves Borba
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1 RELATO DO PROJETO 1.1 Nome: ARTESÃOS DA SAÚDE TRANSFORMANDO LIXO EM ARTE 1.2 Caracterização da Situação Anterior: Em atendimento à Lei /2001 que dispõe sobre a proteção e os diretos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental foi estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde em 245/04/2007 a Proposta para a Implantação de Ações Locais em Saúde Mental, nas quais incluía o trabalho no campo da Clínica Ampliada e da Atenção Psicossocial, com a dimensão sócio-cultural da Reforma Psiquiátrica, buscando a mudança da cultura da exclusão, da discriminação e da violência além de propor a contínua realização de ações coletivas de promoção da saúde e prevenção de agravos. Neste sentido foi sugerido que as Unidades Básicas de Saúde implantassem Oficinas Terapêuticas para usuários do território que apresentam transtorno mental grave. 1.3 Descrição do Projeto: Objetivos que se propôs e os resultados visados: Objetivo Geral: Despertar na população o comprometimento com a proteção ambiental incentivando a iniciativa que contribua com a sustentabilidade socioambiental, além de colaborar com a geração de renda, com o bem estar psicossocial e a melhoria da qualidade de vida das pessoas envolvidas. Objetivos Específicos: Incrementar e potencializar o repertório de assistência do serviço ao portador de sofrimento mental através de uma nova concepção com uma abordagem que permita estabelecer uma referência de trocas sociais e espaço de construções produtivas por meio de oficinas de reciclagem e reaproveitamento de materiais para a confecção de artesanato decorativo que permitam o fortalecimento da cidadania, do comprometimento com a proteção ambiental e a geração de renda. - Realizar oficinas terapêuticas como um dispositivo da proposta de reabilitação psicossocial, contribuindo para a estabilização clínica dos usuários. A produção de objetos artesanais e artísticos, nessas oficinas, com fins comerciais ou de apropriação pessoal possibilitam que o usuário, habitualmente rotulado como improdutivo, seja revalorizado socialmente. - Colaborar com a proteção do meio ambiente despertando em cada participante (e no grupo) sua capacidade e potencialidade em ser um agente transformador da realidade com condições de fazer sua parte e contribuir com a sustentabilidade socioambiental Público-alvo: Devido às demandas e solicitações tivemos que alterar nosso públicoalvo. O projeto que visava inicialmente atender aos moradores do bairro Itararé e da grande Praia do Canto, Vitória/ES, hoje tem como objetivo que este público se torne multiplicador das ações desenvolvidas na medida em que qualquer pessoa pode desenvolver o trabalho proposto. Atualmente o projeto encontra-se em plena expansão tendo recebido oficineiros do CAPS - Centro de Atenção Psicossocial da Ilha de Santa Maria Vitória/ES, do CAPS - Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Vila Velha/ES, além da multiplicação para a Unidade de Saúde da Família de Consolação Vitória/ES através do convite que uma participante de nosso grupo recebeu dos profissionais desta USF para ajudá-los a implantar o mesmo projeto lá Concepção e trabalho em equipe: A idéia partiu da troca de expectativas entre mim (psicóloga da Unidade Básica de Saúde de Santa Luíza) e uma artesã do bairro Itararé (atendido por nossa UBS) que desenvolve trabalho com reciclagem de materiais. Com apoio da diretora da UBS foi criada a Oficina Terapêutica ARTESÃOS DA SAÚDE. Em seguida
2 foi feito um trabalho de mobilização com todos os servidores da UBS para que colaborassem trazendo o principal material utilizado na oficina, ou seja, embalagens plásticas não transparentes Ações e etapas da implementação: Desde julho de 2007 são ministradas oficinas todas às quartas-feiras à tarde, onde a técnica é aprendida e desenvolvida. Os participantes do grupo são provenientes de encaminhamentos dos profissionais das Equipes da Saúde da Família da UBS que identificam suas necessidades e orientam sobre a participação no grupo. A técnica basicamente consiste no reaproveitamento de embalagens plásticas (não transparentes) como potes de shampoo, ketchup, amaciante, água sanitária, sorvetes entre outras. Estas são cortadas em diversos tamanhos e formas para serem utilizadas como mosaico em objetos de madeira que também são reaproveitados e previamente preparados. São confeccionados quadros e outros trabalhos como porta-lápis, porta controleremoto, porta-retrato entre outros. O grupo é composto por usuários da UBS em especial pacientes que apresentam quadros compatíveis com depressão, ansiedade, transtorno mental grave, hipertensão, baixa auto-estima e outros agravos. Hoje o projeto vem sendo implementado também em outras unidades como: CAPS AD de Viva Velha, CAPS Ilha de Santa Maria e Unidade Saúde da Família de Consolação Vitória/ES. O GRUPO TRABALHANDO
3 1.3.5 Recursos utilizados: O material básico utilizado são embalagens plásticas não transparentes e madeiras descartáveis. O restante do material é adquirido com recurso da venda dos trabalhos.
4 MATERIAL UTILIZADO
5 Lista do material: MATERIAL DA OFICINA TERAPÊUTICA ARTESÃOS DA SAÚDE (para um ano): Material em MDF: - 30 porta-controle remoto - 30 porta-retrato - 30 porta-lápis - 30 badejas - 10 kg de cola branca para madeira (adesivo PVA); - 2 galões 3,6l de resina acrílica incolor; - 2 galões 3,6l de verniz marítimo; - 3 galões 3,6l de tinta esmalte à base d água branco alto brilho; - 3 galões 3,6l de tinta esmalte à base d água preto alto brilho; - 7 galões 3,6l de massa corrida; - 10 tesouras grandes Trinchas: - 10 dupla com cerdas extra macias comprimento do fio 26 mm e ½ polegadas; - 10 com pelo sintético dourado 2 polegadas; - 10 pincéis para porcelana, vidro ou seda com cerdas pêlo de pônei tamanho nº 14; - 10 pincéis para porcelana, vidro ou seda com cerdas pêlo de pônei tamanho nº 20; - 20 rolos de poliéster com cabo plástico densidade 30, largura 50 mm; - 20 mini rolos de lã de poliéster de 15 cm (150 mm); - 10 rolos de poliéster, largura 150 mm. Recursos Humanos: o Projeto é desenvolvido pela psicóloga da UBS e pela artesã voluntária da comunidade de Itararé Por que considera que houve utilização eficiente dos recursos no Projeto? É possível a confecção dos trabalhos em grupo ou individualmente. Foram realizados vários trabalhos individuais, porém os trabalhos em grupo têm alcançado resultados de maior destaque já que são produzidos de forma mais rápida e em harmonia, trabalhando aspectos para além do artesanato em si, como desenvolver a produtividade e bem-estar dos participantes, a convivência em grupo e relações interpessoais estáveis e saudáveis. No desenvolvimento das atividades foi possível a reciclagem de diversas embalagens plásticas que, em outras circunstâncias, estariam engrossando o montante de lixo poluente no meio ambiente. No decorrer de três anos de realização do projeto, tendo como proposta central a coordenação de oficinas terapêuticas, ou seja, a dimensão de assistência ao portador de sofrimento mental, alguns bons resultados podem ser apresentados. O usuário do serviço, inserido nas oficinas, relata mudanças no seu dia-a-dia que se revelam na: melhora do contato social ( - ficou mais fácil relacionar-me com as pessoas ); redução da medicação utilizada (a dosagem de remédios foi diminuída e até mesmo eliminada); avaliação positiva do aprendizado de técnicas e confecção de produtos; descoberta de novas habilidades e talentos pessoais. As palavras de FRANCISCO (2001) citadas por Ferrioti (2003:81) retratam com precisão a participação dos usuários nas oficinas:
6 (...) por meio do fazer (atos, ações, atividades), o paciente [pode] reconhecer-se como sujeito que cria, atua, reconhece, organiza e gerencia o seu cotidiano concreto (...). As atividades realizadas pelos indivíduos são sempre produzidas e significadas num campo cultural. Por sua inserção no tempo e no espaço, as atividades trazem a possibilidade de concretizar e dar forma a essa conexão entre o sujeito e seu ambiente. A relevância de desenvolver um trabalho que ofereça ao portador de sofrimento mental atividades expressivas, físicas e de lazer está pautada em iniciativas que buscam reduzir o poder cronificador e desabilitante de tratamentos tradicionais, para acolher a demanda dos usuários nos cenários sociais dos quais participam cidadãos comuns. TRABALHOS PRONTOS
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9 1.4 Caracterização da Situação Atual: Mecanismos ou métodos de monitoramento e avaliação de resultados e indicadores utilizados: O projeto busca o envolvimento e a participação da comunidade beneficiada com o favorecimento em suas relações interpessoais e o fortalecimento da cidadania e da consciência ecológica. Com início em julho/2007 com encontros semanais todas as quartas-feiras o projeto permanece até hoje com a mesma programação e sem previsão de término. Avaliamos como resultados obtidos o convite que tivemos para participar em abril/2009 do Bazar AMARTE/Amarinho Celga, a nossa participação no concurso Prêmio Ecologia 2009 promovido pelo Governo do Estado e, principalmente o envolvimento dos participantes que manifestam o bem-estar que a convivência em grupo e a manutenção de relações interpessoais estáveis e saudáveis lhe proporcionam. A participação da comunidade beneficiada tem favorecido o fortalecimento da cidadania e o despertar da consciência ecológica.
10 BAZAR AMARTE CELGA
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13 Outro indicador de relevância tem sido a obtenção, por parte dos participantes, da carteira de artesão pela Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e desenvolvimento Social do Espírito Santo que lhe garante autonomia e empoderamento na medida em que lhe confere um status profissional. O grupo vem conseguindo alcançar seus objetivos na medida em que mantém um número crescente de pessoas que se dedicam e relatam o bem estar que sentem em participar de uma experiência de troca e de convivência. Vale destacar o envolvimento dos participantes na XXI Feira do Verde neste mês onde nosso stand Artesãos da Saúde foi bastante visitado e elogiado pelo público. O projeto vem ganhando projeção tendo em vista já estar recebendo encomendas externas para confecção de produtos Resultados quantitativos e qualitativos concretamente mensurados: Os resultados auferidos revelam a pertinência da realização do projeto que incrementa a assistência dispensada ao portador de sofrimento mental, descortinando a criação de novas condições de inclusão social e novas respostas às necessidades que se apresentam nas diversas esferas da vida dessa clientela. Esta forma inovadora de assistir o portador de sofrimento mental vem logrando êxito na conquista de objetivos como ampliação do convívio social, aprendizado de técnicas e confecção de produtos. O projeto auxilia na mudança de consciência e perspectiva sobre o lixo que deixa de ser algo sem valor para se tornar matéria-prima para novos produtos através do despertar da conscientização para a necessidade e o papel de cada um no processo de reciclagem de material contribuindo para a preservação dos recursos naturais. A questão da geração de renda também vem ganhando destaque visto que uma das participantes organizou um pequeno ponto de venda na garagem de sua casa (ela e o marido já produziram mais de 80 quadros). Eles providenciaram um alto falante onde anunciam os produtos e já chegaram a vender até 6 quadros em um só dia. 1.5 Lições Aprendidas: Como elemento terapêutico promotor de reinserção social, a oficina terapêutica busca o fortalecimento da autonomia do sujeito através de ações que envolvem o trabalho, a criação de um produto e a geração de renda. No pertencimento a um grupo, na convivência e na comunicação com o outro o usuário se sente sujeito do processo, criando autonomia no pensar, tendo capacidade de planejar o próprio trabalho e de participar do processo de gestão. Intervindo sobre o isolamento social do sujeito, a oficina terapêutica visa favorecer a expressão de conteúdos internos, desenvolver potencialidades e promover a reinserção social. Para DELGADO, LEAL & VENÂNCIO (1997) as oficinas terapêuticas se constituem como: Espaço de Criação: são aquelas oficinas que possuem como principal característica a utilização da criação artística como atividade e como um espaço que propicia a experimentação constante. Espaço de Atividades Manuais: seria uma oficina que utiliza o espaço para a realização de atividades manuais, onde seria necessário um determinado grau de habilidade e onde são construídos produtos úteis à sociedade. O produto destas oficinas é utilizado como objeto de troca material.
14 Espaço de Promoção de Interação: é a oficina que tem como objetivo a promoção de interação de convivência entre os clientes, os técnicos, os familiares e a sociedade como um todo. As oficinas terapêuticas são atividades de encontro de vidas entre pessoas em sofrimento psíquico, promovendo o exercício da cidadania, a expressão de liberdade e convivência dos diferentes através preferencialmente da inclusão pela arte. Busca a valorização da singularidade e desenvolvimento do potencial criativo com ênfase nos trabalhos individuais e coletivos com usuários, familiares e comunidade visando a integração e a socialização dos mesmos. É um processo que permite a expressão de sentimentos, emoções e vivências singulares dos portadores de sofrimento mental. Prioriza a autonomia, o processo criativo e o imaginário do paciente e a despsiquiatrização (retirada do médico a exclusividade das decisões e atitudes terapêuticas, passando a ser compartilhada com outros profissionais). Dá ênfase à originalidade, a expressividade, as possibilidades e a desmistificação. RAUTER (2000, p. 271) afirma que: as oficinas, o trabalho e a arte possam funcionar como catalisadores da construção de territórios existenciais (inserir ou reinserir socialmente os usuários, torná-los cidadãos...), ou de mundos nos quais os usuários possam reconquistar ou conquistar seu cotidiano... de cresse que está se falando não de adaptação à ordem estabelecida, mas de fazer com que trabalho e arte se reconectem com o primado da criação, ou com o desejo ou com o plano de produção da vida. Ao oferecer oficinas terapêuticas com atividades diversas, o serviço visa à promoção da expressão, socialização e reinserção familiar e social do portador de sofrimento mental estabelecendo uma referência de trocas sociais e espaço de construções produtivas aos portadores de sofrimento mental. Os objetivos são logrados por meio de atividades expressivas, artesanais, culturais e de lazer. É um espaço experimental de produção, troca de vivências e possibilidades de criação/produção e interação social que favorece seu processo de ressocialização e de resgate do direito de cidadania dentro da proposta atual de enfoque na clínica ampliada. Trata-se de uma nova concepção de assistência com uma abordagem que visa incrementar e potencializar o repertório de assistência do serviço ao portador de sofrimento mental. A experiência do trabalho das oficinas torna-se positiva quando uma de suas funções é também o de intervir no campo da cidadania. Assim, atuando no âmbito social, contribui como possibilidade de transformação da realidade atual no que diz respeito ao tratamento psiquiátrico. Há alguns anos, as questões ambientais têm ganhado notoriedade e espaço na mídia nacional e internacional como um fator de preocupação: os bens naturais finitos, indispensáveis à vida humana dão mostras de que estão se esgotando. Os crescimentos econômicos e populacionais geram quase automaticamente o aumento da poluição e do consumo desses recursos naturais. A conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável deixam, com o passar do tempo, de serem simples bandeiras para se tornarem realidades urgentes. Um dos problemas mais discutidos é o destino do lixo produzido pela sociedade contemporânea, principalmente nos centros urbanos, onde a concentração maior de pessoas e o crescimento populacional acarretam grande quantidade de lixo nas cidades e dificuldades
15 para encontrar locais de depósitos de lixo (aterros). Essa situação contribui para a proliferação de ratos e de vários de tipos de insetos que transmitem doenças e geram epidemias, prejudicando a saúde das pessoas. Além disso, alguns aterros podem se transformar em lixões, poluindo o solo e a água, como também gerar um problema social, pois algumas famílias se arriscam nesses locais procurando algo que possam reaproveitar. Dessa forma, a reciclagem do lixo torna-se a maneira mais rápida e prática para diminuir a emissão de dejetos no meio ambiente. No caso específico do projeto Artesãos da Saúde, além de contribuir para a preservação dos recursos naturais, o projeto também auxilia na mudança de consciência e perspectiva sobre o lixo, que deixa de ser algo sem valor, para se tornar matéria-prima para novos produtos Soluções adotadas para a superação dos principais obstáculos encontrados: O principal obstáculo encontrado é a comercialização dos trabalhos. Neste sentido temos incrementado a participação em feiras e exposições que possibilitem maior visibilidade dos trabalhos para futuras parcerias visando maior comercialização dos mesmos. EXPOSIÇÃO NA SEDE DA PMV
16 1.5.2 Fatores críticos de sucesso: O sucesso do Projeto deve-se ao apelo voltado para a proteção do meio ambiente, a possibilidade da confecção de trabalhos em grupo, a inovação da proposta, a possibilidade da liberdade de expressão e da criatividade pessoal e grupal, a
17 disponibilidade do material utilizado e o fortalecimento da autonomia do sujeito através de ações que envolvem o trabalho, a criação de um produto e a geração de renda. No pertencimento a um grupo, na convivência e na comunicação com o outro o usuário se sente sujeito do processo, criando autonomia no pensar, tendo capacidade de planejar o próprio trabalho e de participar do processo de gestão Por que o Projeto pode ser considerado uma inovação? Trata-se de uma iniciativa inovadora, pois se utiliza de material de descarte até então com baixo reaproveitamento, mas capaz de gerar um produto final de grande pelo visual e decorativo e que proporciona ao participante a possibilidade de geração de renda com baixo custo e de grande realização criativa. São trabalhos de fácil confecção e com grande possibilidade de multiplicação pois podem ser feitos por pessoas de qualquer idade e necessitam de poucos recursos materiais. Referências DELGADO, P.; LEAL, E.; VENÂNCIO, A. O campo da atenção psicossocial Anais do 1º Congresso de Saúde Mental do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: TeCora, FERRIOTI, Maria L. (2003). A atividade como instrumento de transformação das relações institucionais: uma experiência no interior da instituição psiquiátrica. In: PÁDUA, Elisabete M. & MAGALHÃES, Lílian V. (orgs). Terapia ocupacional: teoria e prática. São Paulo: Papirus, p
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