INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS
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- Vasco Cruz Alencastre
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1 EXERCÍCIO: As informações a seguir referem-se ao Distrito Federal em 1991: POPULAÇÃO em 01/07/1991: , sendo homens e mulheres; NASCIDOS VIVOS: ; ÓBITOS Total de óbitos no ano 6.804; Óbitos por acidentes de trânsito 552; Óbitos de pessoas de 50 anos e mais 3.363; Óbitos de menores de um ano 931; Óbitos de menores de 28 dias 601; CALCULE: Coeficiente de mortalidade infantil (CMI) Coeficiente de mortalidade infantil neonatal (CMIP) Mortalidade proporcional por acidente de trânsito (CMC) Coeficiente de mortalidade geral (CMG)
2 MORBIDADE: Variável que refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. Em saúde pública podemos entender como morbidade: doença; traumas e lesões; incapacidade.
3 Morbidade: Seus indicadores devem: Referir-se as populações expostas; Indicar a localização espacial a que se referem; Indicar o intervalo de tempo a que se referem;
4 Morbidade: Para descrevermos o comportamento de uma doença numa comunidade, ou a probabilidade (ou risco) de sua ocorrência, utilizamos as medidas de frequência de morbidade. Discriminado em: Coeficiente de INCIDÊNCIA e; Coeficiente de PREVALÊNCIA. Muito útil para o objetivo de controle de doenças ou de agravos, bem como para estudos de análise do tipo causa/efeito.
5 Coeficiente de Incidência: Traduz a ideia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população. A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período.
6 Coeficiente de Incidência: Traz a ideia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer.
7 Coeficiente de Incidência: CI = n.º de casos novos da doença x 10 n População Exposta ao risco Corresponde ao número de casos reais e os que poderiam ocorrer; NUMERADOR: nº que realmente ocorreu (observados) DENOMINADOR: nº que poderia ocorrer (População Exposta) Portanto, a incidência é uma medida de probabilidade, mede o risco de adoecer.
8 Coeficiente de Incidência: Exemplo 1: Casos novos de AIDS no Estado X: 820 casos novos em homens 284 mulheres 1282 casos novos em homens 562 mulheres 1387 casos novos em homens 563 mulheres População do Estado X: hab. em homens mulheres hab. em homens mulheres hab. em homens mulheres A incidência de AIDS entre as mulheres do estado X está em ascensão ou declínio? Coef. Incid / * = 4,3/ hab. Coef. Incid / * = 8,1/ hab. Coef. Incid / * = 7,6/ hab.
9 9 Incidência de AIDS entre mulheres no Estado X Incidência a cada mulheres ,3 8,1 7,
10 Exemplo 2.: Em uma cidade, durante o ano de 2010, foram identificados 40 casos novos de meningite e verificados 8 óbitos por essa doença. A população da cidade no ano era de habitantes. Pergunta-se: Qual foi o risco de um morador desta cidade contrair a doença no ano de 2010? 40/ = 0,0005 * por cada hab.
11 Coeficiente de Prevalência: prevalecer significa ser mais, preponderar, predominar. A prevalência indica qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período.
12 Coeficiente de Prevalência: CP = n.º de casos (antigos + novos) da doença x 10 n População exposta Mede a carga (ou volume) da doença, ou seja, traduz a força com que as doenças subsistem nas coletividades. Para efetuar o cálculo não é necessário determinar quando a doença começou. Ex.: Prevalência de Obesidade, Mal de Chagas, Diabetes. O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração.
13 Coeficiente de Prevalência: Casos prevalentes são os que estão sendo tratados (casos antigos), somados a aqueles que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos). A prevalência, tem ideia de acúmulo, de estoque. Divide-se em PREVALÊNCIA INSTANTÂNEA e PREVALÊNCIA PERIÓDICA (Lápsica).
14 Coeficiente de Prevalência: PREVALÊNCIA INSTANTÂNEA Refere-se a presença do doença em um ponto definido (dia, mês, ano). Só se consideram os que ainda estão doentes, depurando curas, óbitos e emigrações. PREVALÊNCIA PERIÓDICA (Lápsica) Refere-se ao número total de casos de uma doença, que se sabe ter existido durante um período de tempo definido. Todos os casos. (Não depura curas, óbitos ou emigrações)
15 Coeficiente de Prevalência: Deve-se referir sempre a população exposta; Varia com a incidência e o tempo de duração da doença; É também influenciada pelas medidas terapêuticas;
16 Coeficiente de Prevalência: Exemplo 1: Tuberculose em determinada área em 2010: CASOS NOVOS 7570 ALTA POR CURA 5202 ÓBITOS 303 CASOS VINDOS DO ANO ANTERIOR 694 POPULAÇÃO EM 2010 Prevalência da tuberculose nesta área em 31 de dezembro de 2010: Casos existentes em 31/12: ( ) ( ) Casos existentes em 31/12: = hab CP = 2759 x = 21,1 a cada %000hab
17 Relação entre incidência e Prevalência: A Prevalência (P) varia proporcionalmente a Incidência (I) e a Duração (D) da doença. A variação da prevalência depende: Tempo de duração da doença Letalidade Cura (Avanços terapêuticos) Recidivas Emigração
18 Doentes novos Incidência Doentes que imigram Número de casos Prevalência Óbitos Curas Doentes que emigram
19 LETALIDADE: Ou fatalidade ou ainda, taxa de letalidade relaciona o número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Esta relação nos dá ideia da gravidade do agravo, pois indica o percentual de pessoas que morreram por tal doença e pode informar sobre a qualidade da assistência médica oferecida à população.
20 LETALIDADE: É uma medida de frequência de morbimortalidade. Ela mede a probabilidade de um indivíduo, atingido por um agravo, morrer devido a esse mesmo agravo. A letalidade expressa o grau de gravidade de uma determinada doença, constituindo, juntamente com a frequência de sequelas, um dos indicadores utilizados na identificação de prioridades para o desenvolvimento de programas de controles de doenças (a severidade do dano).
21 LETALIDADE: CL = Nº de óbitos pela doença x 100 ou 1000 Nº total de pessoas com a doença Pode ser uma característica da doença: Ex: Raiva Humana: 100% de letalidade
22 LETALIDADE: EXEMPLO: Em 2011, 90 pacientes foram internados em um determinado hospital com leptospirose. Dos quais 19 morreram. Qual foi a taxa de letalidade da leptospirose neste hospital em 2011? CL = 19 = 0,21 x 100 = 21% 90
23 EXERCÍCIO 1: No ano de 2006 foram detectados 573 casos novos de hanseníase nos serviços de saúde do estado de Pernambuco. No final daquele ano, um total de casos estavam em tratamento, incluindo os mais antigos e os que se descobriu, recentemente, serem portadores do bacilo de Hansen (dados fictícios). Tomando-se estes números para os devidos cálculos e admitindo-se uma população de de habitantes, calcule a taxa de incidência e prevalência.
24 EXERCÍCIO 2: No quadro a seguir, observam-se os casos incidentes e prevalentes de hanseníase em um estado do Brasil. Complete o quadro calculando os coeficientes que estão faltando (dados fictícios). ANO CASOS NOVOS INCIDENCIA (100 mil hab.) TOTAL DE CASOS PREVALENCIA (10 mil hab.) População: ; ; ; (dados fictícios)
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