Questões sobre Tributação de SVA

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Vitorino Igrejas Sales
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1 Questões sobre Tributação de SVA Novembro de 2009

2 Panorama Atual Serviços de Valor Adicionado são tributados como serviços de telecomunicações, em desrespeito ao art. 61 da LGT Art 61. Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações. 1º SERVIÇO DE VALOR ADICIONADO NÃO CONSTITUI SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES, classificando-se seu provedor como usuário do serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e deveres inerentes a essa condição. (grifamos) STJ já decidiu que SVA não é serviço de telefonia STJ Súmula 334: O ICMS Não INCIDE NO SERVIÇO DE PROVEDORES DE ACESSO À INTERNET

armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações.

3 Panorama Atual A carga tributária sobre serviços de telecomunicações constitui uma das principais receitas dos Estados brasileiros:

4 Panorama Atual O Brasil é, de longe, o país com o maior apetite fiscal sobre serviços de telecomunicações

5 Panorama Atual Serviços de telecomunicações são mais tributados do que diversos serviços muito menos essenciais à sociedade

6 Panorama Atual Serviços de Valor Adicionado constituem em média 15% da receita total de telefonia móvel, enfrentando ainda questões como bilhetagem prévia do ICMS (no modelo pré-pago)

7 Panorama Atual Em resumo, a alta carga tributária sobre telecomunicações acarreta: Diminuição de investimentos no setor Dependência dos Estados sobre a receita oriunda de telecomunicações Alta resistência à diminuição de impostos por iniciativa do Poder Legislativo/Executivo Resistência dos players em trabalhar com outros cenários para SVA, face às dificuldades sistêmicas para modelos diversos de tributação que não de serviços de telecom

impostos por iniciativa do Poder Legislativo/Executivo Resistência dos players em trabalhar com outros

8 Players O mercado de SVA brasileiro contém diversos players especializados em uma ou mais funções, que podem ser:

9 Tributação da Cadeia de Valor A tributação na cadeia de valor pode alcançar até aproximadamente 30% da receita:

10 Tributação da Cadeia de Valor Impostos sobre toda a cadeia não são cumulativos (PIS/Cofins) e prejudicam a receita dos provedores de conteúdo, aumentando o valor ao consumidor de SVA Descontos Valores Preço de Venda SVA R$ 4,99 Impostos Operadoras 30% Revenue Share Operadora 50% (em média) Líquido pós-operadora R$ 1,75 Impostos Agregador (quando há) 5,65% Revenue Share Agregador 7% Líquido pós-agregador R$ 1,53 Margem 30,71% Impostos Provedor Conteúdo (lucro presumido) 13,33% Lucro líquido R$ 1,33

Operadoras 30% Revenue Share Operadora 50% (em média) Líquido pós-operadora R$ 1,75 Impostos Agregador (quando há) 5,65%

11 Tributação da Cadeia de Valor Em resumo Perda com impostos e modelo de negócio

12 Recomendações Combate ao acúmulo de impostos e não cumulatividade Combate à incidência de impostos indevidos (ISS, ICMS) Estudo de novos modelos de negócio Estabelecimento de grupos de trabalho para estudo de ações conjuntas entre todos os players Análise da conveniência de ações conjuntas no Judiciário, mediante associações de classe

Estabelecimento de grupos de trabalho para estudo de ações conjuntas entre todos os

13 Recomendações Estudo e consideração de oportunidades na legislação PIS e Cofins Não aplicabilidade do regime cumulativo (art. 10, XXV da lei /03 - empresa de software) ICMS ISS Não incidência sobre SVA: necessidade de separação da bilhetagem nas Operadoras Discussão do modelo de bilhetagem de SVA no modelo pré-pago Inaplicável alíquota de 2%: não se trata de desenvolvimento de software em todos os casos. Decisões judiciais favoráveis no RJ Não incidência de ISS sobre conteúdo mobile por falta de previsão legal na lista de serviços da LC 116/03 (Lei ISS). Decisões judiciais favoráveis em SP

bilhetagem de SVA no modelo pré-pago Inaplicável alíquota de 2%: não se trata de desenvolvimento de software em todos os casos.

14 Recomendações Estudo de novos modelos de negócio: SCP Não há personalidade jurídica Sócio ostensivo é o responsável pela gestão Sócios ocultos colaboram com o capital, não tem poder de gerência e não se responsabilizam perante terceiros (vantagem perante Judiciário e órgãos de defesa consumidor) Possibilidade de redução de incidência de impostos por haver apenas uma cadeia de tributação Possibilidade de adoção de lucro presumido e PIS/Cofins no regime cumulativo

terceiros (vantagem perante Judiciário e órgãos de defesa consumidor) Possibilidade de redução de incidência de

15 Recomendações Estudo de novos modelos de negócio: Consórcio Não há personalidade jurídica Constituído mediante contrato Regido pela Lei das S/As (Lei 6.404/76, art. 278 e 279)

16 Recomendações Parcerias entre associações de classe para estudo de ações conjuntas MEF ACEL ABETEL Estudo de viabilidade e busca do Judiciário através de associações de classe para contestar impostos em toda a cadeia de mercado

viabilidade e busca do Judiciário através de associações

18 Contatos Marcelo Coimbra Rafael Pellon CFLA Advogados Rua do Rócio, º andar Vila Olímpia

br Rafael Pellon rpellon@cflaadvogados.com.

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