VITICULTURA. Melhoramento em viticultura. Por: Augusto Peixe
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1 VITICULTURA Melhoramento em viticultura Por: Augusto Peixe
2 OBJECTIVOS DO MELHORAMENTO Tal como na grande maioria das espécies, os objectivos do melhoramento para a videira, passam pela obtenção de variedades bem adaptadas às diferentes condições edáfoclimáticas, com elevadas produções e superior qualidade. A grande diferença é que na videira, estes conceitos modificam-se quando se pensa separadamente em: - Uva para vinho - Uva para mesa e passa - Porta-enxertos
3 Ponto da situação sobre o melhoramento em viticultura Embora as ferramentas colocadas hoje á disposição do melhorador, sejam muito mais variadas e sofisticadas, devido à continuo desenvolvimento de técnicas de biologia molecular de engenharia genética, a verdade é que, pelo menos no que respeita à vinha, as principais melhorias adquiridas desde há mais de 100 anos, ainda se devem à utilização das metodologias convencionais de melhoramento e selecção. A filoxera ainda hoje é controlada pelos porta-enxertos híbridos conseguidos no início do sec. XX. O melhoramento para resistência a doenças criptogâmicas tem-se efectuado com algum sucesso através de técnicas de hibridação. O desenvolvimento de processos para resistência ou a tolerância a stress abiótico está ainda ao nível do laboratório e métodos realmente praticáveis de selecção terão ainda que ser desenvolvidos." Tradução Livre de :R. Blaich (1998) - Some Thoughts on Novel Tools for Grapevine Breeding. VII International Symposium on Grapevine Genetics and Breeding, Montpelier- France.
4 A diversidade genética na Família das Vitáceas Familia - Vitaceas 11 - Géneros aprox 600 Espécies Género Vitis Muscadinia (40 cromossomas) Euvitis (38 cromossomas) Grupo Americano Grupo Asiatico Grupo Europeu esp esp. 1 esp.
5 Melhoramento de Porta-Enxertos -Híbridos resistentes à filoxera -Híbridos tolerantes a seca -Híbridos tolerantes a excesso de água no solo -Híbridos tolerantes a níveis elevados de calcário activo Melhoramento de castas para mesa e passa -Castas apirenes -Castas mais resistentes ao transporte -Castas com bagos maiores e teores de açúcar elevados
6 Melhoramento de castas para vinho Técnicas de Melhoramento Clássico Selecção clonal Hibridação Novas Possibilidades Melhoramento assistido por marcadores Engenharia genética Produção de Haplóides Fusão de protoplastos Cultura de meristemas
7 ESTUDO DE UM ESQUEMA DE SELECÇÃO CLONAL FASES ESTADIOS ANO ESQUEMA CAMPOS DE SELECÇÃO TESTES SANITARIOS 1 Fase 1 (-3).. Testes serológicos das Selecção Massal. principais viroses.. (eliminatório):... Planta (cabeça) original.. - Cand. clone no viveiro Fase Pré-multiplicação (2-6) Teste viroses (Planta "1" do Candidato clone A clone) 14 diferentes soros Material parental Indexagem (4 index): Complexo GFLV Complexo GLRV Complexo deformação l.r. Marmoreado - Enações 3 Fase Pré-multiplicação (7-11) Agrobacterium Candidato clone B a) Material Pré-Base tumefaciens Retestagem planta por planta b) (ELISA soros). 4 Fase Material Base (12-14) Retestar (ELISA), todos 5-8 anos. Todos os 20 anos, renovar o "Material Base". Diversas Familias Sanitárias Comerci- Material certificado Plantação nas regiões viticolas de acordo 15 Controlo no viveiro pelos alização com os encepamentos regionais. serviços estatais.
8 Frequencia ESTABILIDADE GENÉTICA Produção (kg/pl) Distribuição da produção de plantas do cadidato de clone (F.P. cl 12) Distribuição da produção de plantas origem policlonal Poly. (Distribuição da produção de plantas origem policlonal) Poly. (Distribuição da produção de plantas do cadidato de clone (F.P. cl 12))
9 Hibridação em Vitis spp. Técnica e Problemas Castração das flores Recolha de pólen Isolamento dos cachos após castração e após a polinização Polinização
10 Exemplo de polinizações efectuadas com o objectivo de obter plantas híbridas resistentes a fungos Polinizaçoes Nº cachos polinizados Nº médio de flores por cacho total de flores Nº sementes Obtidas Touriga Nacional x Regent Touriga Nacional x Rondo Regent x Touriga Nacional Aragonêz x Regent Aragonêz x Rondo Trincadeira Preta x Regent Trincadeira Preta x Rondo Vinhao x Regent Total
11 Isolamento das sementes híbridas Desinfecção e escarificação das sementes com H 2 SO 4 (1N) Preparação para a estratificação a 4ºC Estratificação durante 3-4 meses
12 Selecção dos híbridos Selecção Clássica Vs. M.A.S. λ20 λ50 λ100 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 B04 CS25B G17 O05 O10 Q07 S01 Quantificação do DNA extraído Selecção de Primers neste caso procurando polimorfismos entre Regent e Touriga Nacional
13 Cont Reg Trinc TrincVinh TxR1 VxR1 VxR2 TxR2 VxR3 TxR3 VxR4 VxR5 TxR4 VxR6 TxR Primer P02 em híbridos de Tricadeira x Regent. No híbrido TxR2, aparece também a banda polimorfica para a casta Regent (setas). Primer P02 em híbridos de Vinhão x Regent. Num dos híbridos das polinizações de 2002 aparece a banda polimorfica para a casta Regent (setas).
14 Interpretação de resultados da Análise por SSR Código Casta MD5-1MD5-2ZAG 29-1ZAG 29-2ZAG 62-1ZAG 62-2ZAG 112-1ZAG Vinhão Regent VI VI VI VI
15 Elementos de leitura obrigatória: Valat, C (1972) La sélection clonale de la vigne, facteur d amélioration de la productivité du vignoble français, Options Mediterranéenes, 12, Avril 1972 R. Blaich (1998) - Some Thoughts on Novel Tools for Grapevine Breeding. VII International Symposium on Grapevine Genetics and Breeding, Montpelier-France, 6-10 July. Reich, B (1998) Molecular Markers the foundation for grapevine genetic mapping, DNA fingerprinting and genomics. VII International Symposium on Grapevine Genetics and Breeding, Montpelier-France, 6-10 July. Kikkert, J and Reich, B. (1996) Genetic Engineering of grapevines for improved disease resistance. Grape Research News, Vol.7, Summer Elementos disponíveis na página da disciplina em:
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