HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO. Portaria HCRP 179, de

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1 Diário Oficial Estado de São Paulo Poder Executivo Seção I GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, Morumbi - CEP Fone: Volume Número São Paulo, sexta-feira, 1º de outubro de 2004 HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO Portaria HCRP 179, de O Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e o Diretor Executivo da Fundação de Apoio ao Ensino Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Faepa, considerando que: o Hospital das Clínicas, através do Ambulatório de Investigação e Reabilitação Auditiva do seu Serviço de Otorrinolaringologia, encontra-se credenciado pelo Sistema Único de Saúde como participante do Programa de atendimento a pacientes com surdez de que trata a Portaria nº 432, de 14 de novembro de 2000, que regulamenta o custeio da investigação clínica da deficiência auditiva, a seleção e adaptações das próteses auditivas e o seguimento do paciente após o recebimento do equipamento; o referido programa prevê o fornecimento, pela instituição credenciada, dos aparelhos de amplificação sonora aos pacientes; para o fornecimento definitivo do aparelho de amplificação sonora faz-se necessário, sob o ponto de vista técnico-científico, ratificado pela citada Portaria 432/00, que o paciente seja submetido a vários testes com aparelhos distintos e que lhe seja fornecido, independentemente da marca e modelo, aquele que for mais adequado as suas necessidades auditivas; em cumprimento às determinações da citada Portaria nº 432, do SUS, de modo a garantir que o paciente faça os testes com até 04 (quatro) aparelhos de diferentes marcas comerciais, do mesmo tipo que lhe é recomendado, a fim de que seja definido, dentre os vários aparelhos testados, aquele que melhor se adapta a sua deficiência auditiva, deve o Hospital colocar a sua disposição aparelhos de várias marcas comercializadas; nessas condições expostas há patente inviabilidade de competição econômica, através de procedimento licitatório, vez que este viria impedir o atendimento das necessidades técnicocientíficas apontadas e as disposições da própria Portaria do SUS, que estabelecem a necessidade do paciente fazer vários testes (com tempo de duração de 7 dias cada teste) com aparelhos de marcas diferentes para a definição daquele que melhor atenda as suas necessidades auditivas. E, por fim que; a FAEPA tem dentre seus objetivos institucionais colaborar, pelos meios adequados, com as pessoas e entidades interessadas no desenvolvimento das ciências da saúde, em programas compatíveis com seus objetivos, e que esta colaboração dá-se especialmente com o Hospital

2 das Clínicas deribeirão Preto, resolvem baixar a seguinte portaria: Artigo 1º - O fornecimento e a assistência técnica de aparelhos auditivos convencional, micro canal digital, programável e analógico, intra-canal digital, programável e analógico, intra-auricular digital, programável e analógico, retro-auricular digital, programável e analógico e aparelho de vibração óssea, visando o atendimento das necessidades dos pacientes do Ambulatório de Investigação e Reabilitação Auditiva do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, serão feitos através de empresas especializadas na comercialização e na prestação de assistência técnica de aparelhos auditivos, previamente credenciadas na instituição, de acordo com regulamentação da presente Portaria. I - das Exigências para o Credenciamento Artigo 2º - Para o credenciamento de que trata o artigo anterior, as empresas interessadas deverão encaminhar à Divisão de Material do Hospital das Clínicas, no prédio do Centro Integrado do Serviço de Apoio - CISA, no "campus" Universitário Monte Alegre, de segunda à sexta-feira, no horário das 9:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, os seguintes documentos: I - solicitação de credenciamento, conforme modelo em anexo(i); II - Comprovação da inscrição da empresa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e alvará de licença para o funcionamento do Centro Auditivo expedido pelo Município de Ribeirão Preto. III - Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais e, no caso de sociedade por ações, também o documento de eleição de seus administradores. IV - Certidão Negativa de Decretação de Falência ou Concordata, expedida pelo distribuidor, da sede da pessoa jurídica, com data não anterior a 90 dias, contados da data da sua expedição. V - Provas de Regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal, relativa ao domicílio ou sede do licitante, com validade de 180 dias a contar da data de sua expedição, desde que não conste prazo de validade no documento; VI - Prova de Regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei, com prazo de validade em vigor, na data do requerimento de cadastramento; VII - Declaração, sob as penas da lei, de que a empresa se encontra em situação regular perante o Ministério do Trabalho, no que se refere à observância do disposto no inciso XXXIII, do artigo 7º, da Constituição Federal com a alteração introduzida pela Emenda Constitucional nº 20/98 (proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos), conforme modelo em anexo (II). VIII - Relação dos aparelhos disponibilizados pela empresa, acompanhada dos respectivos catálogos técnicos, constando as seguintes informações: marca, procedência, modelo e/ou referência, série, prazo de garantia (observado o artigo 5º desta Portaria) e tempo médio de vida útil de todos os modelos oferecidos; IX - Cópia do comprovante de Registro Ministério da Saúde, de cada um dos modelos e/ou séries dos Aparelhos ofertados, não sendo aceito mero protocolo de pedido de registro. X - comprovante de que mantém, em Ribeirão Preto-SP, Centro Auditivo equipado com: cabine isolada acusticamente, audiômetro, equipamento para audiometria em campo e laboratório próprio, contratado, ou conveniado, também em Ribeirão Preto, para a confecção dos moldes auditivos, em condições de atender os pacientes do Hospital das Clínicas e para a prestação de Assistência técnica aos aparelhos fornecidos. XI - comprovante de que o Centro Auditivo mantém em seu quadro de pessoal permanente, técnico responsável, com graduação em fonoaudiologia, devidamente inscrito no Conselho

3 Regional de Fonoaudiologia. 1º - Os documentos necessários ao credenciamento poderão ser apresentados em original ou por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor do Hospital das Clínicas. 2º - Se o Centro Auditivo não pertencer ao requerente do credenciamento, deverá ele: a) juntar o instrumento que regula a relação entre ele e o Centro Auditivo, acompanhado do contrato social ou equivalente da empresa proprietária do Centro; b) juntar declaração da empresa mencionada na alínea anterior, de que está ciente e concorde que todo e qualquer pagamento será feito diretamente ao credenciado, nada sendo devido a ela, pelo Hospital, pela FAEPA ou pelo Paciente, por qualquer razão que seja. II - da Aprovação do Credenciamento Artigo 3º - A análise e a aprovação dos documentos apresentados pelos interessados, visando o credenciamento de que trata a presente Portaria, serão feitas através de ação conjunta da Comissão de Registro Cadastral do HC e do profissional médico, responsável pelo Ambulatório de Investigação e Reabilitação Auditiva, os quais poderão fazer diligências com relação à documentação apresentada e realizar visitas, previamente agendadas, para verificação das instalações do Centro Auditivo a ser credenciado. III - das Obrigações dos Centros Auditivos Artigo 4º - Os Centros Auditivos deverão: I - fornecer os aparelhos de amplificação sonora individual (inclusive as cápsulas necessárias aos aparelhos intra-canal) de acordo com a prescrição médica do Hospital das Clínicas, inicialmente para teste de adaptação pelo paciente e pelo prazo de 7 (sete) dias. II - ter condição de fornecer aos pacientes os aparelhos de amplificação sonora individual, nos modelos: convencional, retro analógico, retro digital, retro analógico programável, intra canal analógico, intra canal digital, intra canal analógico programável, microcanal digital, microcanal analógico programável e AASI com vibrador ósseo. III - disponibilizar para o paciente, em sua linha de comercialização, nos diversos modelos relacionados no item II, acima, tecnologia analógica, analógica programável e digital. IV - possuir linha de aparelhos apta a suprir perdas de grau leve a profunda, do tipo condutiva, mista, ou neurossensorial, com recrutamento ou não. A linha deve conter os seguintes controles disponíveis, adequando-se às necessidades de cada caso: controle de graves, de agudos, de saída e controle automático de ganho (AGC), sendo que o ganho máximo encontrado na linha deve ser de, no mínimo, 56dB para modelos retroauriculares ou de caixa e de 45dB para modelos intra-canal ou micro-canal. V - disponibilizar linha de aparelhos com faixa de freqüência variada, a fim de atender as necessidades de cada caso. VI - fornecer os aparelhos retro-auriculares acompanhados do respectivo molde definitivo, confeccionado especificamente para cada paciente, segundo as necessidades de cada um, ou seja, silicone para crianças e acrílico para adultos e seis pilhas sobressalentes, estas, no caso do aparelho ter sido aprovado pelo paciente e os intra-canal com a respectiva cápsula. VII - responsabilizar-se por vícios ou defeitos de fabricação, bem como desgastes anormais dos aparelhos, suas partes e acessórios, obrigando-se a substituir os elementos defeituosos, sem ônus ao Hospital. VIII - assegurar, na eventualidade da descontinuidade de fabricação do aparelho, o fornecimento de peças de reposição durante um período de 05 (cinco) anos, a contar da data da descontinuidade do aparelho; IX - assegurar os serviços de manutenção corretiva, comprometendo-se a executá-los em um prazo máximo de 48 horas, a partir da data de recebimento do pedido feito pelo

4 Hospital, sem nenhum ônus para este ou para o paciente. X - fornecer, diretamente aos pacientes encaminhados pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, o(s) laudo(s) referente(s) ao(s) teste(s) realizado(s), em condições que proporcione a possibilidade do Serviço de Investigação e Reabilitação Auditiva verificar qual é o aparelho, dentre os testados, que melhor atende as necessidades do paciente. Artigo 5º - O período mínimo de garantia do aparelho deverá ser de 12 (doze) meses, a partir da sua aceitação, com cobertura total de peças e mão-de-obra. IV- do Prazo de Vigência do Credenciamento Artigo 6º - O credenciamento de que trata a presente Portaria terá o prazo de validade de 12 meses, a contar do seu deferimento, o qual poderá ser renovado, por períodos iguais e sucessivos, de acordo com as condições a serem estabelecidas pelo Hospital para a atualização dos seus documentos. Parágrafo único - Sem embargo desse prazo de validade, o credenciamento poderá ser cassado, a qualquer tempo, em havendo modificação das condições exigidas para o mesmo, após ser outorgado à empresa cadastrada o prazo de (5) cinco dias, para regularização ou apresentação de defesa. Artigo 7º- o credenciamento da empresa não gera exclusividade do seu atendimento ao paciente. V - Da Forma de Encaminhamento e Atendimento do Paciente Artigo 8º - Aos pacientes, quando do atendimento no Hospital das Clínicas, será entregue a relação dos Centros Auditivos credenciados para prestar o atendimento prescrito, com seus respectivos endereços e com a informação de que deverão testar até 04 (quatro) aparelhos de diferentes marcas, a fim de optarem por aquele que melhor atenda as suas necessidades auditivas. Artigo 9º- De posse da relação dos Centros Auditivos, da informação atinente ao teste e da prescrição médica, caberá aos pacientes a escolha do(s) Centro(s) Auditivo(s) para o seu atendimento. Parágrafo único - o paciente deverá obrigatoriamente fazer teste com um único aparelho de cada Centro Auditivo, somente sendo aceito que faça teste com mais de um aparelho num mesmo Centro Auditivo, se comprovadamente os demais Centros credenciados não tiverem aparelho da espécie indicada. VI - do Preço Artigo 10 - A FAEPA pagará à Empresa que fornecer o aparelho aprovado pelo paciente, na forma prevista nos artigos 11 e 12, o valor correspondente a 95% (noventa e cinco por cento), do importe estabelecido pelo Ministério da Saúde, em Portaria, para o aparelho da espécie. 1º - Nenhum pagamento será devido às Empresas ou aos Centros Auditivos, por quem quer que seja, pelo fornecimento de aparelhos para testes pelo paciente, quando esses não forem de utilização intra-canal. 2º - Quando o aparelho for de utilização intra-canal, a FAEPA fará o pagamento, contra recibo ou Nota Fiscal de prestação de serviços, do importe de R$35,00 (trinta e cinco reais) à Empresa que tenha oferecido o aparelho para teste pelo paciente e este não o tenha aprovado.

5 3º - o valor constante do parágrafo anterior será reajustado toda vez que houver reajuste do procedimento, pelo Ministério da Saúde/SUS, no mesmo percentual desse reajuste. VI - do Recebimento e do Pagamento dos Aparelhos Artigo 11 - Após a realização dos testes, o paciente deverá retornar ao ambulatório do Hospital das Clínicas munido dos respectivos laudos, a fim de ser avaliado, dentre os testados, o aparelho que melhor atende as suas necessidades. Artigo 12 - Determinado o tipo de aparelho indicado para o paciente, a Divisão de Material emitirá a Nota de Autorização de Fornecimento para a empresa credenciada, que deverá entregar o aparelho, com a respectiva Nota Fiscal, na Central de Consignação da Divisão de Material do Hospital das Clínicas, de segunda à sexta-feira, no horário das 14:00 às 17:00 horas, acompanhado do respectivo molde definitivo. 1º a Nota fiscal deverá ser emitida em nome da Fundação de Apoio ao Ensino Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FAEPA - CNPJ nº / º - o material será recebido: a) provisoriamente, no ato de sua entrega, através de simples conferência com a Autorização de Fornecimento; e b) definitivamente, no prazo máximo de 08 (oito) dias, após a verificação de suas condições técnicas pelo fonoaudiólogo responsável, juntamente com o paciente. Artigo 13 - Após o recebimento definitivo do aparelho, a Nota Fiscal será encaminhada, pela Central de Consignação da Divisão de Material do Hospital das Clínicas, à FAEPA, para as providências quanto ao seu pagamento. Artigo 14 - O pagamento referente aos aparelhos fornecidos será feito no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, fora o mês da apresentação das Notas Fiscais, através de depósito no Banco Nossa Caixa S/A, em agência e conta indicada pelo fornecedor no seu pedido de credenciamento. VIII - da Inadimplência Artigo 15 - O inadimplemento, por qualquer Credenciado, das obrigações constantes da presente Portaria, a qual ele expressamente aderiu, implica no seu imediato descredenciamento, sem prejuízo das sanções estabelecidas no artigo 87, da lei 8.666/93, combinadas com o disposto na Resolução SS-26, da Secretaria da Saúde, publicada na página 11, do D.O. de 20 de fevereiro de Artigo 16 - Para a aquisição dos aparelhos de que trata a presente Portaria, é inexigível a licitação, com suporte nas disposições constantes do "caput" do artigo 25, da Lei 8.666/93. Artigo 18. As situações técnicas não previstas nesta Portaria serão resolvidas pela Responsável pelo Ambulatório de Investigação e Reabilitação Auditiva e as de natureza financeira pela Diretora da Divisão de Material do Hospital das Clínicas, neste último caso, sempre com a anuência prévia do Superintendente do Hospital ou do Diretor Executivo da FAEPA. Artigo 19 - A presente Portaria entra em vigor nesta data.