Guião PGM 15: Programa do Provedor da RTP

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1 Guião PGM 15: Programa do Provedor da RTP Genérico Clip inicial:, livreiro Na RTP, eu acho que existe, neste momento, pouca ciência. Maria Isabel Pacheco, Professora Ciências Naturais Há muito pouca. Muito pouca mesmo. Deveria haver muito mais., estudante acho que são muito teóricos e muito concentrados e acho que uma pessoa fica desinteressada ao ver. Rosália Vargas, Directora Pavilhão Conhecimento Ciência Viva a divulgação da ciência nos meios de comunicação social, nomeadamente as televisões e neste caso concreto, na RTP, ainda não está no ponto em que todos gostaríamos que gostaríamos que estivesse. Deve haver mais, mas se calhar passarem mais em horário nobre e serem mais divulgados. Ana Pinto Os programas dão tarde e muita gente que é estudante tem de se deitar cedo, não pode acompanhar os programas. Muitas vezes fica a meio., jornalista Dn Nunca são prime time obviamente, mas a ciência em geral nunca é prime time. Joana, bolseira de investigação talvez um pouco depois do telejornal ou no final do telejornal fosse uma melhor opção para poder transmitir esse tipo de informação. Paquete de Oliveira, Provedor do telespectador Nem se pode dizer que sejam muitas as queixas dos telespectadores sobre o lugar da ciência na RTP. A RTP tem até programas muito elogiados como são os casos dos programas 4X ciência, 2010, Hora Discovery, Biosfera, A Natureza e Vida Selvagem e o recentíssimo Geração Cientista. O problema volta a ser o vazio notado na RTP1. Muitos telespectadores gostariam de ver alguns desses programas no canal 1, onde o minuto verde é um excelente exemplo de serviço público. Estamos hoje, aqui neste espaço magnífico no Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva para tratar deste assunto.

2 SEPARADOR MARIA ISABEL PACHECO Era bom, realmente, que aparecessem mais programas na RTP1, não é? Na área das ciências, que podiam perfeitamente ser rentabilizados numa aula. E são, de certeza absoluta. Os miúdos aderem muito bem a esse tipo de programas. Mas muito bem, mesmo. E a aprendizagem é muito mais significativa quando eles viram qualquer coisa e relacionam com o que é dito nas aulas. ANA PINTO Nós temos várias disciplinas onde, muitas vezes, dá programas de televisão sobre isso ciências aparece muitas vezes. E depois, há aqueles que dizem: ah, eu vi um programa de televisão sobre isso Eu acho que era importante que a RTP pensasse também no seu público jovem e portanto programas direccionada para os jovens seria importante e até se fala da falta de vocações científicas dos jovens e a tv tem aí um papel a desempenhar. Aglutinador, um papel aglutinador, um papel que efectivamente ligasse tudo isto. Rosália Vargas A ciência também pode ser entretenimento e informação também e cada vez mais apelar para que o público mais jovem possa participar. Hoje a interactividade está tão presente nestes espaços de divulgação e cultura científica que são os museus e os centros de ciência como também de uma forma privilegiada nas televisões Gostava de ver mais sobre o ambiente, sobre o aquecimento global. Gostava que falassem sobre isso, porque acho que é um tema importante e que muito pouca gente sabe o que é. MARIA ISABEL PACHECO e, realmente, é importante na futura formação deles, como cidadãos conscientes e responsáveis, é muito importante falar nisso nas aulas, mas principalmente, paralelamente, eles verem isso na televisão, acho que os motiva muito. Clip Eu acho essencialmente que o 2010 sendo emitido no canal 2 fica muito pouco favorecido em termos de audiências. O programa tem um carácter mais de magazine, podia talvez ser um bocadinho mais movimentado, mas não sei Não tem um formato muito apelativo para o meu gosto. E um programa bom, mas acho que é um programa para certas elites. São programas semi-estáticos: não há interacção. Quer dizer, não há interacção. Quer

3 dizer, não há um refilanço, digamos assim, sobre isto: Mas porque razão é que aparece isto? Esta figura? Então e se eu mexer aqui o que é que acontece? Gosto de ver eu não sou muito boa de nomes mas acho que há um que é o Gosto ver esse, bastante, a nível da RTP. Joana Martins E penso que esse programa é extremamente importante uma vez que permite uma abordagem da ciência talvez de um modo mais acessível ao público em geral. É sempre muito complicado conseguir conciliar uma linguagem científica com uma abordagem mais diária, do dia-a-dia. As televisões já incluíram nas suas grelhas programas especificamente dedicados à ciência e eu penso que a RTP marca pontos nesse sentido com alguns programas de qualidade como o Não acho que já ouvi falar, mas acho que nunca vi. ou o Biosfera, mais dedicado ao ambiente O Biosfera é excelente. ou o 4xCiência na RTP N eu sei que o formato daquilo é uma conversa, mas as conversas também podem ser muito interessantes e elas são no 4X Ciência. é evidente que se pode questionar os horários a que são transmitidos estes programas. O 4x ciência da RTPN é uma pena que passe a horas tão tardias Da RTPN? Sou capaz de já ter visto. Dá a que horas? Só vejo o Discovery.

4 Maria Isabel Pacheco Normalmente faço zapping, e quando apanho, não é nenhum dos portugueses, e ai é que eu paro, e o que os miúdos fazem também. O Bombordo depende as vezes do tema do programa. Já vi Bombordos muito excelentes. Já vi Normalmente o Biosfera é sempre excelente. O conceito do programa esta muito bom. Paquete de Oliveira, provedor do telespectador O tema, hoje aqui tratado, tem pelo menos duas vertentes distintas: uma é, a questão dos programas sobre ciência ou até mais precisamente de divulgação cientifica outra é a questão da comunicação ou da informação sobre fenómenos científicos. Neste segundo caso, aparecem algumas queixas como esta da sociedade portuguesa de esclerose múltipla: Manuela Martins Foi o bom dia Portugal de dia 26 de Outubro e depois em 2 de Novembro o jornal da tarde, o aparecimento em dois programas da RTP1 de imagens da nossa instituição e dos nossos doentes que eram de uma outra reportagem anterior e que foram passadas a propósito de uma outra doença que não tem nada a ver. Fez-se confusão com arteriosclerose o que é grave na medida em que essa confusão já existe na cabeça das pessoas e são duas doenças completamente diferentes uma doença surge com pessoas com mais idade enquanto que a esclerose múltipla aparece nos jovens e têm evoluções diferentes, implicações diferentes e nós não tratamos ninguém nestas instalações ninguém com arteriosclerose ou consequências da arteriosclerose, tratamos pessoas com esclerose múltipla Eu penso que os jornalistas estão muito convencidos que ao público interessa conhecer os resultados da ciência. Só que estes resultados tem que estar enquadrados. Mesmo como telespectadora e como leitora muitas vezes eu não entendo as notícias que são publicadas sobre ciência. Ana Pinto Quando usam uma linguagem científica, deviam explicar o que significam as palavras mais complicadas, porque se não fica-se sem perceber o documentário em si. Nos temos investigadores que são excelentes comunicadores de ciência, e deve ir buscar-se quem sabe comunicar ciência quem melhor o faz para que o possa fazer para o publico e ai captar a sua atenção.

5 E eu lembro-me do Professor Doutor Carlos Fiolhais que é fantástico, um cientista de gabarito, mas que é capaz de descer a terra. Maria Isabel Eles trazem muito para a sala de aulas aquilo que vêem na televisão.mas que não são da área das ciências, para os cativar exactamente para a ciência. se eles vissem mais ciência, era óptimo. Em que os documentários pudessem ser mais vivos, mais narrativos, com várias abordagens, com conversa também mas com documentários, menos formais em termos de reportagem. É demonstrar que tipo de ciência se faz em Portugal, quem são os nossos cientistas, abrir as portas dos laboratórios Começassem a estimar mais o gosto pelas ciências, o gosto para saber mais, serem um pouco mais curiosos, um pouco mais cientistas. Um cientista é sempre um curioso Paquete de Oliveira, provedor do Telespectador Como vimos esta questão da mediação da ciência ou seja da forma de comunicar sobre fenómenos científicos com o grande público não é fácil. Este triangulo: Investigadores ou cientistas, jornalistas, público vêm exercitando modelos de comunicação científica a ciência, o saber. Não são coisas triviais. Podemos portanto concluir que a ciência tem vários programas na RTP. Todavia carece de uma maior presença no Canal 1, a maior referência de serviço público OFF: Faça-nos chegar as suas críticas e sugestões. Para tal, aceda ao site da Rádio e televisão de Portugal, em Clique em Provedor do telespectador e aceda à página de Contactos para deixar a sua mensagem. Ou então, pode fazêlo por carta dirigida ao Provedor Do Telespectador, para a morada Avenida Marechal Gomes da Costa, 37, Lisboa. Ficha Técnica