Adesão aos níveis diferenciados de governança corporativa (NDGC), criação de valor e liquidez: evidências empíricas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Adesão aos níveis diferenciados de governança corporativa (NDGC), criação de valor e liquidez: evidências empíricas"

Transcrição

1 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 Adesão aos níveis diferenciados de governança corporativa (NDGC), criação de valor e liquidez: evidências empíricas Marcos Antônio de Camargos (CEPEAD/UFMG e UN-BH) mcamargos@cepead.face.ufmg.br Francisco Vidal Barbosa (CEPEAD/UFMG) fbarbosa@face.ufmg.br Resumo Baseado na premissa de que a adesão aos NDGC aumentam a transparência e o conteúdo informacional entre investidores e empresas, reduz o custo de capital, resultando supostamente, no aumento da liquidez e da valorização acionária para as empresas que as adotassem, neste artigo analisou-se o impacto da adesão aos NDGC sobre o comportamento das ações no mercado, visando identificar se ocorreram mudanças significativas sobre o retorno acionário anormal e sobre a liquidez, identificada pelas variáveis: quantidade de negociações, quantidade de títulos e volume financeiro negociado em períodos próximos à adesão, por meio de um Estudo de Evento. A análise foi feita em ações preferenciais de amostra de empresas, segmentada para os níveis, e. As principais constatações foram que a adesão aos NDGC: i) não resultou na criação de riquezas para os acionistas no período analisado; ii) resultou no aumento da liquidez, principalmente no longo prazo; e iii) a adesão aos níveis não apresentou um impacto maior sobre a liquidez, quando comparado com o nível. Palavras-chave: Níveis Diferenciados de Governança Corporativa; Criação de Valor; Liquidez.. ntrodução nserida num cenário de volatilidade, baixo crescimento de alguns mercados de grande importância e de maior integração econômica e financeira, a governança corporativa (GC), vêm ganhando destaque e importância, ao ser vista como uma saída para muitas empresas melhorar sua imagem no mercado e aumentar o potencial de valorização dos seus ativos, ganhando assim, competitividade por meio de uma maior transparência em seus negócios. Para Andrade e Rosseti (00), a GC pode contribuir em três frentes para o desenvolvimento econômico do país, ao influenciar: i) empresas: melhora da imagem institucional, aumento da liquidez e da valorização das ações, menor custo de capital; ii) investidores: garantia dos direitos, maior precisão na precificação das ações, qualidade das informações e acompanhamento, menores riscos; iii) mercado de capitais: alternativa viável de capitalização, aumento de emissões e das aberturas de capital e maior liquidez. Em 00, baseado no Neuer Market alemão, a Bovespa implantou o Novo Mercado, conduzido por regras de listagem diferenciada. Segundo a Bovespa (00), trata-se de um segmento de listagem destinado à negociação de ações emitidas por empresas, que se comprometem, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa e disclosure adicionais em relação ao que é exigido pela legislação, o qual ao contrário dos similares não faz nenhuma restrição ao setor ou tamanho das empresas participantes. Segundo Peixe (00), as vantagens do NM seriam: i) empresas: melhor precificação das suas ações, conseguindo com isso, menores custos de transação, baseado no pressuposto de que os investidores dispõem-se a pagar um prêmio para as empresas que adotam melhores práticas de ENEGEP 006

2 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 GC e que apresentam maior grau de transparência; ii) investidores: maior segurança e a oportunidade de adquirir o que a Bovespa chama de produto ação diferenciado, pois são negociadas apenas ações com direito a voto (ordinárias) que permitem ao investidor participar e acompanhar de perto a evolução da companhia. Diante disso, é de se esperar que a adesão a estes segmentos diferenciados de negociação acionária resulte na valorização acionária, ou seja, na criação de valor para o acionista. Conforme site da Bovespa (00), as companhias Nível se comprometem, principalmente, com melhorias na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acionária. Já as de Nível, além da aceitação das obrigações contidas no Nível, a empresa e seus controladores adotam um conjunto bem mais amplo de práticas de governança e de direitos adicionais para os acionistas minoritários. Baseado na premissa de que a implantação de melhores práticas de GC, além de melhorar a relação com os seus diversos stakeholders, aumenta o potencial de valorização (criação de riqueza) e de liquidez das suas ações no mercado, este artigo tem por objetivo analisar o impacto da adesão aos NDGC da Bovespa sobre o comportamento das ações na Bovespa. Mas especificamente, visa analisar se ocorreram mudanças significativas na valorização acionária, identificada pelo retorno acionário anormal (RAA) e sobre a liquidez, identificada por meio de três variáveis: quantidade de negociações (QNegs), quantidade de títulos (QTits), volume financeiro negociado (Vol) em períodos próximos à adesão.. Metodologia A amostra da pesquisa foi composta por empresas sendo, 7 do Nível e do Nível. O corte transversal da pesquisa abrangeu o período compreendido entre os anos de 00 e 00, considerando a data de adesão das empresas. A pesquisa pode ser dividida em duas análises, sendo uma a do impacto da adesão aos NDGC sobre o retorno acionário anormal (RAA) e a outra o seu impacto sobre a liquidez no mercado, por meio das variáveis: QNegs, QTits e Vol. A metodologia utilizada foi um estudo de evento, descrito a seguir.. O Método: Estudo de Evento O estudo seguiu as etapas de um Estudo de Evento descritas por Campbell, Lo e Mackinlay (997): a) definição do evento a ser estudado: adesão aos NDGC; b) definição dos critérios de seleção da amostra, bem como o período de estudo: os principais critérios para seleção das empresas foram i) apresentar baixa liquidez; ii) número mínimo de observações (acima de observações antes e após a adesão); iii) sobreposição de janelas para empresas com mais de um programa; e iv) ausência de dados antes ou após a adesão. c) identificação, para cada empresa, da data de ocorrência do evento (data zero): dia da adesão, divulgado pela Bovespa; d) definição da janela do evento, período anterior e posterior à data zero para observação do retorno acionário anormal; A análise do impacto sobre RAA e sobre a liquidez acionária no mercado foi realizada por meio da comparação de médias de períodos (janelas) anteriores e posteriores à adesão aos NDCG, compostas por: 0 e (longo prazo), 6, 6, (curto prazo), e (curtíssimo prazo) dias de negociação anteriores e posteriores. ENEGEP 006

3 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 e) definição do modelo econométrico / estatístico e cálculo dos retornos esperados ou normais, bem como dos retornos anormais; O retorno anormal (RA it ) foi calculado utilizando-se o Modelo de Retornos Ajustados ao Mercado, que consiste em se encontrar a diferença do retorno da ação em relação ao retorno do índice de mercado (bovespa) numa mesma data utilizando-se a forma logarítmica. O modelo é expresso por: RA = LN it sendo: P t+ P t0 t+ t0 Pt + t+ (), que pode ser reescrita como: = it LN LN P P a cotação da ação em uma data base; t 0 cotação do índice de mercado em uma data base; RA () t0 P a cotação da ação no mercado em um dia t posterior; t + t + cotação do índice de mercado em um dia t posterior; f) tratamento estatístico dos dados (significantes e estatisticamente diferentes de zero) e teste de hipóteses; A agregação dos retornos anormais foi feita pela técnica do Retorno Anormal Acumulado RAA -, conforme assinalado por Campbell, Lo e Mackinlay (997), com os retornos sendo acumulados pelos títulos (equação ) e no tempo (equação ): RAA it = RA it n t= () e RAA n t = RAA t t i ( t, t ) (, ) N i= RAA it = retorno acionário anormal da empresa i no dia t; n = número de empresas; RAA t t, t ) RAA para todas as empresas no período t entre os dias t e t (janelas). g) interpretação dos resultados e conclusões: descritos nas próximas seções. Hipóteses Testadas Criação de Valor para Acionista: t0 () ( t 0 = média do H média dos retornos anormais das janelas anteriores à adesão aos NDGC é estatisticamente igual à média dos retornos anormais das janelas posteriores ( RA it( anterior ) = RA ). it( posterior ) Liquidez: H a quantidade média de ações negociadas das empresas que aderiram aos NDGC não sofreu mudanças significativas após a adesão; H a quantidade média de títulos negociados das empresas que aderiram aos NDGC não sofreu mudanças significativas após a adesão; H o volume financeiro negociado das empresas que aderiram aos NDGC não sofreu mudanças significativas após a adesão; H o nível apresenta resultados mais contundentes (aumento do RAA e da liquidez), ou seja, um maior impacto sobre as variáveis RAA, QNegs, QTits e Vol do que o nível ; Essas hipóteses seriam rejeitadas se em pelo menos uma das janelas analisadas fosse encontrado resultados com significância estatística. Uma vez identificada a diferença nas médias, proceder-se-ia ao estudo dos seus sinais. Se a média do período posterior fosse estatisticamente diferente e maior do que a do período anterior poder-se-ia concluir que a adesão teve um impacto positivo sobre o retorno acionário, resultando na valorização ENEGEP 006

4 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 acionária, isto é, na criação de riqueza para os acionistas ou no aumento da liquidez. Caso contrário poder-se-ia concluir que a adesão aos NDGC não teve o impacto esperado sobre a negociação e conseqüentemente, não resultou em ganhos para os acionistas e nem apresentou o impacto esperado sobre a liquidez. No teste das hipóteses acima foi utilizado o teste t (paramétrico), após confirmada a normalidade das séries e o U Mann-Whitney (não paramétrico), para as janelas com número reduzido de observações, com nível de significância de % (p-value<0,0). O software utilizado para a preparação dos dados e cálculo dos retornos anormais foi o Microsoft Excel versão Office-00, enquanto que os testes estatísticos foram efetuados utilizando-se o Statistical Package for the Social Sciences - SPSS -, versão.0.. Resultados. Resultados da Adesão aos NDGC e Criação de Valor para o Acionista Como pode ser observado na TAB., o RAA para a amostra toda ( empresas), em nenhuma das sete janelas analisadas tem a média anterior estatisticamente diferente da posterior, a um nível de significância de %. Dessa maneira, não se rejeita H. Conclui-se daí que a adesão aos NDGC, de maneira geral, não proporcionou um aumento dos RAA e conseqüentemente não teve um impacto positivo para os acionistas. Ou seja, não resultou na criação de riquezas para os mesmos. Constatou-se também que a suposição de que o nível, que exige maior grau de transparência do que o nível tivesse um impacto mais significativo sobre o RAA também não foi confirmada pelos testes, tendo em vista que em praticamente todas as janelas de análise desses níveis, não se rejeitou a hipótese da igualdade das médias, com exceção da janela (-, +) para o nível, que apesar de apresentar médias diferentes estatisticamente, a posterior é menor do que a anterior. Os resultados pelo contrário, fornecem indícios de que o nível possivelmente possa ter proporcionado RAA maior do que nível, tendo em vista que, apesar de não ter significância estatística, em todas as janelas do nível observa-se que a média posterior é maior do que a média anterior, enquanto que para as empresas do nível, ocorre o contrário. Rejeita-se, portanto, H. 6 7 Quant. Nº Desvio Janelas Nível Média Empresas Obs. Padrão [-0, -] 608 0,000 0,000 e 7* [, 0] 608 0,000 0,08 [-, -] 78 0, ,007 e [, ] 78 0, ,06 [-6, -] 906 0,0007 0,060 e [, 6] 906 0,0006 0,097 [-6, -] 9 0, ,07 e [, 6] 9 0,000 0,0087 [-, -] 6 0,0007 0,06 e [, ] 6-0,000 0,0798 [-, -] 0,007 0,0706 e [, ] -0,00 0,000 [-, 0) 0,0089 0,09 e (0, ] -0,0066 0,06 [-0, -] 096 0,0006 0,000 * [, 0] 096 0, ,00 [-, -] 6 0, ,00 [, ] 6 0,00 0,076 [-6, -] 76 0, ,080 [, 6] 76 0,00 0,06 T P-value Rejeitar H 0,89 0,7970 Não -0,0 0,977 Não -0,60 0,906 Não -0,667 0,808 Não 0,7 0,86068 Não 0,67 0,009 Não, ,79 Não -0,8 0,889 Não -,87 0,86 Não -0,9006 0,8 Não 0 ENEGEP 006

5 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 [-6, -] 68 0,0009 0,099 [, 6] 68 0,00 0,07 -,0 0,08 Não [-, -] 6 0,0008 0,006 [, ] 6 0,0009 0,08-0,6809 0,698 Não 6 [-, -] 0 0,00 0,06 [, ] 0 0,00 0,08-0,09 0,98 Não 7 [-, 0) 6 0,008 0,09 (0, ] 6 0,0008 0, , Não [-0, -] -0,0000 0,0987 * [, 0] -0,00 0,096,766 0,090 Não [-, -] 60 0,0006 0,08 [, ] 60-0,006 0,006,8 0,099 Sim [-6, -] 60 0,0000 0,00 [, 6] 60-0,009 0,0,0 0,00 Não [-6, -] 0, ,07 [, 6] -0,00 0,08,77 0,0799 Não [-, -] 0-0,000 0,0088 [, ] 0-0,0066 0,09,0968 0,90 Não 6 [-, -] 0,007 0,07 [, ] -0,077 0, ,68 ++ Não 7 [-, 0) 0,008 0,000 (0, ] -0,09 0, , Não Fonte: elaborada pelos autores. TABELA : Teste de Médias para o Retorno Acionário Anormal (RAA_PN) ++ Número de casos insuficientes para testar a normalidade da variável, utilizou-se o teste não paramétrico de U Mann-Whitney. (*) algumas empresas da amostra não apresentaram dados suficientes para esta janela.. Resultados do mpacto da Adesão aos NDGC Sobre a Liquidez Acionária Nesta análise serão apresentados somente os testes cujos resultados apresentaram significância estatística. Em relação à variável QNegs e considerando a amostra toda, constatou-se que a adesão aos NDGC, no curto e a longo prazo, proporcionou um aumento da liquidez acionária, conforme é preconizado pela teoria de Finanças, tendo em vista a significância estatística das janelas (- 0,+0), (-,+), (-6,+6) e (-6,+6). Rejeita-se, portanto, H. Quando se considera os níveis separadamente, constatou-se também que a adesão, tanto a curto, quanto a longo prazo, proporcionou um aumento da liquidez acionária, tendo em vista a significância estatística das janelas (-0,+0), (-,+), (-6,+6) para o nível e das janelas (- 0,+0), (-6,+6) e (-6,+6) para o nível. Também se rejeitou H. Quant. Nº Desvio Janelas Nível Média Empresas Obs. Padrão [-0, -] 608 8,7 77,6 e 7* [, 0] 608,770 9, [-, -] 78,7 8,079 e [, ] 78 68,7 8, [-6, -] 906 6, 79,78 e [, 6] 906 7,06 0, [-6, -] 9, 7,67 e [, 6] 9 7,90 80,96 [-0, -] 096 8, 60,6 * [, 0] 096,7 7,0 [-, -] 6 7, 68,0 [, ] 6 6,86,78 [-6, -] 76,9 77, [, 6] 76 7,06 99, [-0, -] 9,06 8,89 * [, 0],0 8,0 T P-value Rejeitar H -0,708 0,00000 Sim -0, 0,00000 Sim -,7876 0,00000 Sim -,709 0,006 Sim -,087 0,00000 Sim -0,896 0,00000 Sim -,0 0,009 Sim -,089 0,00000 Sim 0 ENEGEP 006

6 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 [-6, -] 60, 87,7 [, 6] 60 09,06, -,88 0,00000 Sim [-6, -] 7,0 70,8 [, 6] 6,8 9, -,976 0,0000 Sim Fonte: elaborada pelos autores. TABELA : Teste de Médias Variável Quantidade de Negociações (QNegs_PN) Quando analisados em seu conjunto, os resultados do impacto da adesão aos NDGC sobre a quantidade de negociações, sinalizam que ocorreu um aumento da quantidade de negociações após a adesão, com significância estatística, para 0, dos testes realizados. Além disso, constatou-se que o nível não apresentou evidências de um impacto maior na liquidez, quando comparado com o nível, mas sim somente indícios, uma vez que apresentaram significância em três janelas cada e em todas as janelas do N ocorreu um aumento da média da quantidade de negociações, enquanto que o nível isso foi observado somente para seis das sete janelas. Rejeita-se, portanto, H. Os resultados para a variável QTits (TAB. ), sinalizam que somente no longo prazo a adesão aos NDGC teve um impacto sobre a quantidade de ações negociadas, haja vista que na janela (-0, +0) a média posterior e maior e estatisticamente diferente da anterior, a um nível de significância de %, tanto para a amostra toda como para os níveis e. Pode-se concluir que a adesão aos NDGC proporcionou um aumento da liquidez acionária somente no longo prazo. Rejeita-se, portanto H. Janelas Nível Quant. Nº Desvio Rejeitar Média T P-value Empresas Obs. Padrão H 0 [-0, -] , 7987,8 e 7* [, 0] , ,8 -,8 0,0076 Sim [-0, -] ,7 709, * [, 0] ,7 970,8 -, ,00 Sim [-0, -] 887,8 7796, * [, 0] 0680, 688,7 -,089 0,0608 Sim Fonte: elaborada pelos autores. TABELA : Teste de Médias para a Variável Quantidade de Títulos (QTits_PN) Assim como nos resultados da variável QNegs, a suposição de que o nível tenha proporcionado um maior impacto sobre a liquidez, quando comparado com o nível, também não foi constatada para a variável QTits, pois ambos os níveis apresentaram média posterior estatisticamente diferente e maior do que a anterior, somente para a janela (-0,+0). Rejeita-se, portanto, H. Os resultados dos testes para a variável Vol, sinalizam que a médio-longo prazo a adesão aos NDGC influenciou o volume negociado, tanto para a amostra toda, como para o nível, (TAB. ), nas janelas (-0,+0), (-,+) e (-6,+6) nas quais as médias posteriores são maiores e estatisticamente diferentes das anteriores, a um nível de significância de %. De onde se pode concluir que a adesão aos NDGC e ao Nível teve um impacto positivo sobre o volume negociado, contribuindo assim para o aumento da liquidez acionária, rejeitando-se, portanto, H. Já quando se analisa o resultado para o Nível, constata-se que a longo prazo a adesão a este nível teve um impacto sobre o volume negociado, mas contrário ao esperado, em pois em duas janelas (-0,+0) e (-, +) a média anterior é maior e estatisticamente diferente posterior, a um nível de significância de %. De onde se conclui que a adesão este nível, a longo prazo, não proporcionou um aumento da liquidez acionária, não se rejeitando, portanto, H. ENEGEP 006 6

7 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 Além disso, assim como nos resultados das variáveis QNegs e QTits, não se pode dizer que o nível tenha apresentado um impacto maior na liquidez, quando se considera a variável Vol, pois ocorreu o inverso, com o nível apresentando resultados de um impacto positivo em três das sete janelas analisadas, com o nível apresentado resultados de um impacto negativo em duas das sete janelas analisadas. Rejeita-se, portanto, H. Janelas Nível Quant. Nº Desvio Rejeitar Média T P-value Empresas Obs. Padrão H 0 [-0, -] , 86, e 7* [, 0] , 7688, -0,6 0,00000 Sim [-, -] 78 86, ,6 e [, ] , , -8,7 0,00000 Sim [-6, -] , ,8 e [, 6] ,6 076, -,666 0,0009 Sim [-0, -] , 807,9 * [, 0] , ,7 -,86 0,00000 Sim [-, -] 6 668, 7907, [, ] 6 680, 969, -9, 0,00000 Sim [-6, -] ,6 866,9 [, 6] , 090,9 -,0808 0,00066 Sim [-0, -] 9708, ,6 * [, 0] 7679,,6,0 0,00000 Sim [-, -] 60 7, 09,7 [, ] , 087,8,777 0,0007 Sim Fonte: elaborada pelos autores. TABELA : Teste de Médias para a Variável Volume Negociado (Vol_PN). Conclusão No que se refere à criação de valor, analisada por meio do RAA, não se rejeitou H, constatando-se que a adesão aos NDGC, de maneira geral, não proporcionou um aumento dos retornos acionários anormais e conseqüentemente não teve um impacto positivo (esperado) para os acionistas. Ou seja, não resultou na criação de riquezas para os mesmos, no período analisado. Os resultados para as ações ordinárias sinalizaram pelo contrário, uma queda no RAA no longo prazo, apontado pela janela (-0, +0), que apresentou significância estatística, com a média posterior sendo menor do que a média anterior. Além disso, não se pode afirmar que o nível, devido à sua maior exigência por transparência, teve um impacto mais significativo sobre o retorno acionário. Os resultados pelo contrário, forneceram indícios de que o nível possivelmente possa ter proporcionado RAA maior do que nível. Dessa maneira, rejeitou-se, portanto, H. Da análise do impacto da adesão aos NDGC sobre a liquidez das ações no mercado identificada pela variável quantidade de negociações (QNegs), constatou-se que houve um aumento da liquidez acionária a curto, médio e longo prazo, conforme preconizado pela teoria de Finanças, com a média posterior sendo maior e estatisticamente significante, rejeitando-se, portanto, H. Por outro lado, os resultados encontrados para essa variável não corroboraram H, pois se constatou que o nível não apresentou evidências de um impacto maior na liquidez, quando comparado com o nível, mas sim somente indícios, uma vez que em todas as janelas do N ocorreu um aumento da média da quantidade de negociações, enquanto que o nível isso foi observado somente para seis das sete janelas, mas todas sem significância estatística. Os resultados para a variável quantidade de títulos (QTits), sinalizam que somente no longo prazo a adesão aos NDGC teve um impacto sobre essa variável, haja vista que na janela (-0, +0) a média posterior é maior e estatisticamente diferente da anterior, a um nível de ENEGEP 006 7

8 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006 significância de %, tanto para a amostra toda, como para os níveis e. Pode-se concluir que a adesão aos NDGC proporcionou um aumento da liquidez acionária somente no longo prazo. Rejeita-se, portanto H, para essas ações. Também não foi corroborada H, pois ambos os níveis apresentaram média posterior estatisticamente diferente e maior do que a anterior, somente para a janela (-0,+0). Para a variável volume negociado (Vol), concluiu-se que a longo prazo a adesão aos NDGC influenciou o volume negociado, tanto para a amostra toda, como para o nível, de onde se pode concluir que a adesão aos NDGC, seja para a amostra toda, quanto para o Nível teve um impacto positivo sobre o volume negociado, contribuindo assim para o aumento da liquidez acionária, rejeitando-se, portanto, H. Para essa variável H também não foi corroborada, pois se constatou que a longo prazo a adesão ao Nível teve um impacto sobre o volume negociado, mas contrário ao esperado, com a média anterior sendo maior e estatisticamente diferente posterior, a um nível de significância de %. Dessa forma, em relação às variáveis analisadas neste artigo, conclui-se que de uma maneira geral, os objetivos de valorização acionária (criação de riqueza) e aumento da liquidez acionária esperados da adesão aos NDGC: i) não foram confirmados quando se avalia o aumento do retorno acionário anormal após a adesão, uma vez que não foram encontradas diferenças estatísticas nas suas médias anteriores e posteriores, mas sim o contrário para as ações ordinárias na janela (-0, +0); ii) foram confirmados, quando se avalia o seu impacto sobre a liquidez no mercado, principalmente a longo prazo janelas (-0, +0) e (-, +), nas quais a média posterior é maior do que a anterior e com significância estatística em 9 e das 9 janelas analisadas, respectivamente; iii) não foram confirmados, no que se refere à maior liquidez esperada para o Nível, quanto comparado com o Nível. Uma explicação para o resultado do RAA, conforme Comerlato, Terra e Braga (00), seria que de maneira geral, o mercado brasileiro, aparentemente não reconhece as novas regras de governança corporativas como suficientes para causar um efeito significativo nos retornos dessas ações ou porque as empresas que aderiram aos NDGC são empresas de porte que são extensivamente analisadas pelo mercado, e com um departamento de relações com investidores bastante desenvolvido, de certa forma não necessitando um contrato formal das práticas de governança corporativas já exercidas voluntariamente por elas. Por outro lado, o aumento da liquidez constatado pelos resultados sinaliza que apesar desse não reconhecimento, o mercado pelo menos passa a conferir maior atenção aos títulos das empresas que aderiram aos NDGC. Por fim, algumas ponderações devem ser mencionadas, quando se analisa as conclusões acima: i) o método do Modelo de Retornos Ajustados ao Mercado, utilizado no cálculo dos retornos anormais, apesar de apresentar resultados semelhantes aos métodos mais sofisticados (BROWN e WARNER, 980 e 98), ao não levar em consideração o risco sistemático das ações das empresas utilizadas no estudo pode causar discrepâncias na variação da ação em relação ao comportamento do mercado, mas sem que isso inviabilize os testes efetuados; ii) uso de dias com negociação, ao invés de dias úteis, especialmente para ações de baixa liquidez da amostra; iii) apesar do cuidado tomado na não sobreposição de janelas de uma empresa em diferentes níveis, a janela de 0 dias possivelmente deve ter englobado outros fatos relevantes que impactaram no preço das ações, apesar de que, isso ficaria restrito a uma ou outra empresa e, portanto, diluído na amostra utilizada; iv) os resultados encontrados possivelmente podem ter sido ocasionados por se tratar de um período de adaptação às exigências que as empresas estão submetidas, além de influências fatores macroeconômicos e políticos do período. ENEGEP 006 8

9 XXV ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a de Outubro de 006. Referências ANDRADE, A.; ROSSETT, J. P. Governança corporativa. São Paulo: Atlas, 00. BOVESPA. Novo mercado. Disponível em: Acesso em: dezembro. 00. BROWN, S. J.; WARNER, J. B. Measuring security price performance. Journal of Financial Economics, v. 8, n., p. 0-8, Sept Using daily stock returns. Journal of Financial Economics, v., n., p. -, Mar. 98. CAMPBELL, J. Y.; LO, A. W.; MACKNLAY, A. C. The econometrics of financial markets. th ed. New Jersey: Princeton University Press, p. COMERLATO, G. M. B.; TERRA, P. R. S.; BRAGA, L. O. A reação do mercado acionário brasileiro às novas regras de governança corporativa da BOVESPA um estudo empírico sobre o Nível. n: XXXV Assembléia do CLADEA, 00, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 00 (CDROM). PEXE, F. C. D. Novo mercado: obstáculos e atrativos para as empresas do nível de governança corporativa. 00, 98 f. Dissertação (Mestrado em Administração) FEA-USP, São Paulo. ENEGEP 006 9

Evidência Empírica do Impacto da Adesão aos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa sobre o Comportamento das Ações na Bovespa

Evidência Empírica do Impacto da Adesão aos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa sobre o Comportamento das Ações na Bovespa Evidência Empírica do Impacto da Adesão aos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa sobre o Comportamento das Ações na Bovespa Autoria: Marcos Antônio de Camargos, Francisco Vidal Barbosa Resumo

Leia mais

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA 68 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA Conforme já comentado, este estudo visa analisar a relação entre o EVA e o retorno das ações no mercado acionário brasileiro, através da aplicação de dois modelos

Leia mais

Autoria: Marcos Antônio de Camargos, Francisco Vidal Barbosa

Autoria: Marcos Antônio de Camargos, Francisco Vidal Barbosa 1 Análise Empírica do Retorno Acionário Anormal e da Reação do Mercado de Capitais Brasileiro aos Anúncios de Fusões e Aquisições Ocorridos entre 1994 e 2001 Autoria: Marcos Antônio de Camargos, Francisco

Leia mais

4 Aplicação para o mercado brasileiro

4 Aplicação para o mercado brasileiro 4 Aplicação para o mercado brasileiro 4.1 Dados Uma aplicação da metodologia de Simulação Histórica Filtrada (SHF) foi realizada, a partir dos preços de opções do mercado brasileiro, como forma de verificar

Leia mais

Governança Corporativa

Governança Corporativa FACULDADES DE CAMPINAS Administração Gestão de Responsabilidade Social II Governança Corporativa Testes para revisão Prof. Luciel H. de Oliveira luciel@uol.com.br INSTRUÇÕES Avalie o seu aprendizado na

Leia mais

Tema: Estimar um modelo para medir o risco sistemático das carteiras no mercado brasileiro utilizando o fator mercado e medidas de liquidez.

Tema: Estimar um modelo para medir o risco sistemático das carteiras no mercado brasileiro utilizando o fator mercado e medidas de liquidez. Aluno: Rafael Milanesi Caldeira Professor Orientador: Adriana Bruscato Bortoluzzo Tema: Estimar um modelo para medir o risco sistemático das carteiras no mercado brasileiro utilizando o fator mercado e

Leia mais

ANÁLISE EMPÍRICA DO IMPACTO DA ADESÃO AOS NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DA BOVESPA SOBRE O RETORNO DOS ACIONISTAS

ANÁLISE EMPÍRICA DO IMPACTO DA ADESÃO AOS NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DA BOVESPA SOBRE O RETORNO DOS ACIONISTAS ANÁLISE EMPÍRICA DO IMPACTO DA ADESÃO AOS NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DA BOVESPA SOBRE O RETORNO DOS ACIONISTAS ARTIGO - FINANÇAS Agda Rabelo Costa Graduada em Administração pelo Centro

Leia mais

Emissão de Debêntures Conversíveis. Atualização - 02 de outubro de 2009

Emissão de Debêntures Conversíveis. Atualização - 02 de outubro de 2009 Ressalvas Este Documento é destinado aos acionistas da ALL América Latina Logística S.A. e tem por objetivo apresentar os mesmos fatos e eventos descritos nos Fatos Relevantes divulgados nos dias 16 de

Leia mais

COMUNICADO AO MERCADO

COMUNICADO AO MERCADO COMUNICADO AO MERCADO Comunicamos ter recebido, em 24 de março de 2005, cópia de nota técnica elaborada pela BNDES Participações S/A (a BNDESPAR ), referente ao aumento de capital proposto para apreciação

Leia mais

Governança Corporativa

Governança Corporativa Governança Corporativa Conceitos de GC O conceito de GC não é recente Na década de 1980, o termo governança corporativa tomou força Governo da empresa Governança => governo Corporativa => empresa Diferentes

Leia mais

AUTORAS RENATA ROUQUAYROL ASSUNÇÃO (UFC) FRANCISCA JULIANA DE ANDRADE ARAÚJO (UFC) SILVIA MARIA DIAS PEDRO REBOUÇAS (UFC)

AUTORAS RENATA ROUQUAYROL ASSUNÇÃO (UFC) FRANCISCA JULIANA DE ANDRADE ARAÚJO (UFC) SILVIA MARIA DIAS PEDRO REBOUÇAS (UFC) (358C) ATRIBUTOS REPRESENTATIVOS DA INSERÇÃO DAS EMPRESAS NO MERCADO DE CAPITAIS E AS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DAS COMPANHIAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA AUTORAS RENATA ROUQUAYROL ASSUNÇÃO (UFC)

Leia mais

Facto relevante divulgado pela Oi

Facto relevante divulgado pela Oi Comunicado Lisboa 16 de julho de 2014 Facto relevante divulgado pela Oi A Portugal Telecom, SGPS S.A. ( PT ) informa sobre o facto relevante divulgado pela Oi, S.A. ( Oi ), de acordo com o documento da

Leia mais

PALESTRA SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA NO MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS

PALESTRA SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA NO MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS PALESTRA SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA NO MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS GOVERNANÇA CORPORATIVA ORIGENS Na primeira metade dos anos 90, em um movimento iniciado na Europa e nos Estados Unidos os acionistas

Leia mais

1.1 Relevância do estudo

1.1 Relevância do estudo 13 1 Introdução A relação entre o investimento de fundos de Private Equity e Venture Capital (PE/VC) em fase anterior à abertura de capital de determinadas empresas e o desempenho de longo prazo das ações

Leia mais

MIGRAÇÃO PARA O NOVO MERCADO MIGRATION TO THE NOVO MERCADO SEGMENT

MIGRAÇÃO PARA O NOVO MERCADO MIGRATION TO THE NOVO MERCADO SEGMENT MIGRAÇÃO PARA O NOVO MERCADO MIGRATION TO THE NOVO MERCADO SEGMENT 0 Migração para o Novo Mercado: Um Novo Caminho de Criação de Valor Conforme anunciado ao mercado por meio de fato relevante em 23 de

Leia mais

ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A.

ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A. ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A. COMUNICAÇÃO SOBRE AUMENTO DE CAPITAL DELIBERADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM 26 DE JULHO DE 2018 ANEXO 30-XXXII DA INSTRUÇÃO CVM Nº 480/2009

Leia mais

CUSTO DOS COMPONENTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL

CUSTO DOS COMPONENTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL CUSTO DOS COMPONENTES DA ESTRUTURA DE! Custo do capital próprio.! Custo do capital de terceiros.! Custo do capital próprio e o Modelo de Gordon.! Ações preferenciais e custo do capital de terceiros. Francisco

Leia mais

Assembleia Especial de Acionistas Titulares de Ações Preferenciais 12 de setembro

Assembleia Especial de Acionistas Titulares de Ações Preferenciais 12 de setembro Assembleia Especial de Acionistas Titulares de Ações Preferenciais 12 de setembro 0 24 cidades atendidas na região metropolitana do Estado de São Paulo Contrato de concessão válido até 2028 Valor de Mercado:

Leia mais

7 Testes Empíricos Método de Pesquisa

7 Testes Empíricos Método de Pesquisa 7 Testes Empíricos 1 7.1 Método de Pesquisa Como o objetivo deste trabalho é medir a hipótese de eficiência semiforte para o mercado de capitais brasileiro, o método utilizado nesta pesquisa adotado amplamente

Leia mais

DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA CRITÉRIO I - PROPRIEDADE

DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA CRITÉRIO I - PROPRIEDADE CRITÉRIO I - PROPRIEDADE INDICADOR 1. PROTEÇÃO AOS MINORITÁRIOS PERGUNTA 1 - A companhia tem ações preferenciais? 1.1 - Se SIM, a razão dada pelo número de ações preferenciais da companhia sobre o total

Leia mais

5 Estudo de Caso e Resultados

5 Estudo de Caso e Resultados 5 Estudo de Caso e Resultados 5.1. Introdução Finalizado o desenvolvimento da ferramenta, é indispensável testar suas funcionalidades e a eficácia da aplicação conjunta dos seus módulos de geração de experimentos

Leia mais

H11 GESTÃO DE RECURSOS LTDA.

H11 GESTÃO DE RECURSOS LTDA. H11 GESTÃO DE RECURSOS LTDA. Empresa: Documento: H11 Gestão de Recursos Ltda. Versão anterior: 30/09/2015 Atualização: 18/02/2016 Data Emissão / Revisão n.º revisão: 18/02/2016 ver. 2 Página: 2 Introdução:

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA E INDICADORES DE DESEMPENHO: ESTADO DA ARTE DE SUAS RELAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2002 A 2008

GOVERNANÇA CORPORATIVA E INDICADORES DE DESEMPENHO: ESTADO DA ARTE DE SUAS RELAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2002 A 2008 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. GOVERNANÇA CORPORATIVA E INDICADORES DE DESEMPENHO: ESTADO DA ARTE DE SUAS RELAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2002 A 2008 Cristiano

Leia mais

BANCO DAYCOVAL S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF n.º / NIRE FATO RELEVANTE

BANCO DAYCOVAL S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF n.º / NIRE FATO RELEVANTE BANCO DAYCOVAL S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF n.º 62.232.889/0001-90 NIRE 35.300.524.110 FATO RELEVANTE São Paulo, 29 de março de 2016 O Banco Daycoval S.A. (BM&FBOVESPA: DAYC4), instituição financeira

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA AULA 2 Prof. Wellington www.maestrocarreira.com.br A Sociedade Anônima regida pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das SA) possui o capital dividido em partes iguais chamadas

Leia mais

Segmentos Diferenciados Enforcement

Segmentos Diferenciados Enforcement 1 Segmentos Diferenciados Enforcement Diretoria de Regulação de Emissores 20/Fevereiro/2013 2 Agenda Segmentos Diferenciados Fundamentos do Enforcement Segmentos Diferenciados 187 companhias listadas nos

Leia mais

RETORNO ANORMAL E EFICIÊNCIA INFORMACIONAL DO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO EM ANÚNCIOS DE FUSÕES E AQUISIÇÕES

RETORNO ANORMAL E EFICIÊNCIA INFORMACIONAL DO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO EM ANÚNCIOS DE FUSÕES E AQUISIÇÕES RETORNO ANORMAL E EFICIÊNCIA INFORMACIONAL DO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO EM ANÚNCIOS DE FUSÕES E AQUISIÇÕES Marcos Antônio de Camargos (UFMG - FNH) mcamargos@cepead.face.ufmg.br Francisco Vidal Barbosa

Leia mais

Indicadores financeiros e governança corporativa: uma comparação entre os segmentos de listagem da BM&FBovespa

Indicadores financeiros e governança corporativa: uma comparação entre os segmentos de listagem da BM&FBovespa Indicadores financeiros e governança corporativa: uma comparação entre os segmentos de listagem da BM&FBovespa Breno Augusto de Oliveira Silva Elizabeth Krauter INTRODUÇÃO MERCADOS IMPERFEITOS ASSIMETRIA

Leia mais

Próxima etapa do processo de evolução dos Segmentos de Listagem

Próxima etapa do processo de evolução dos Segmentos de Listagem Próxima etapa do processo de evolução dos Segmentos de Listagem 07/11/2016 1 Segunda fase da Audiência Pública 07/11/2016 2 Cronograma Onde estamos? 27/06 Início da Audiência Pública 07/11 Início da segunda

Leia mais

Autoria: Lóren Cristina Neves, Sirlei Lemes

Autoria: Lóren Cristina Neves, Sirlei Lemes Estudo Empírico sobre o Comportamento do Retorno e da Liquidez Média das Ações no Mercado Acionário Brasileiro das Empresas que emitiram ADRs na NYSE e das que Aderiram ao Novo Mercado. RESUMO Autoria:

Leia mais

Oficina de Ideias DRE Revisão do Novo Mercado

Oficina de Ideias DRE Revisão do Novo Mercado Oficina de Ideias DRE Revisão do Novo Mercado 7/10/2016 Confidencial Uso Interno Informação Pública Público 1 AGENDA O que é governança corporativa? O que é o Novo Mercado? Por que ele é tão importante?

Leia mais

44º Painel Telebrasil

44º Painel Telebrasil 44º Painel Telebrasil Natal, 31 de maio de 2002 Adriana Sanches Bolsa de Valores de São Paulo Novo Mercado Segmento especial de listagem da BOVESPA Requisitos mais rígidos que os do mercado tradicional,

Leia mais

Análise da reação das ações do setor financeiro brasileiro as divulgações da Taxa Selic ocorridos entre 2004 e 2011

Análise da reação das ações do setor financeiro brasileiro as divulgações da Taxa Selic ocorridos entre 2004 e 2011 Análise da reação das ações do setor financeiro brasileiro as divulgações da Taxa Selic ocorridos entre 2004 e 2011 Andrea Gartner, Grupo Libra Analista do Grupo Libra. Especialista em Finanças e Investment

Leia mais

FATO RELEVANTE DAS EMPRESAS PETROBRAS ( ATIVOS PETROBRAS ):

FATO RELEVANTE DAS EMPRESAS PETROBRAS ( ATIVOS PETROBRAS ): PETROLEO BRASILEIRO S.A. COMPANHIA ABERTA UNIÃO DE INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S.A. COMPANHIA ABERTA FATO RELEVANTE PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. Petrobras ( Petrobras ), PETROBRAS QUÍMICA S.A. PETROQUISA ( Petroquisa

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ THIAGO BRETAS GUERRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ THIAGO BRETAS GUERRA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ THIAGO BRETAS GUERRA ESTUDO DE EVENTO: IMPACTO NAS AÇÕES DA ALL COM A APROVAÇÃO PELO CADE DA FUSÃO ENTRE A RUMO LOGÍSTICA OPERADORA MULTIMODAL S.A. E A ALL-AMÉRICA LATINA

Leia mais

Forjas Taurus S.A. Reestruturação Societária

Forjas Taurus S.A. Reestruturação Societária Forjas Taurus S.A. Reestruturação Societária Maio - 2011 Resumo da Transação A Transação Benefícios aos Acionistas Assessores Incorporação das ações de emissão da Polimetal Participações S.A. ( Polimetal

Leia mais

Claudia Emiko Yoshinaga Francisco Henrique Figueiredo de Castro Junior

Claudia Emiko Yoshinaga Francisco Henrique Figueiredo de Castro Junior de de Claudia Emiko Yoshinaga claudia.yoshinaga@alianti.com.br Francisco Henrique Figueiredo d Junior henrique.castro@alianti.com.br 31 de agosto de 2010 Sumário de 1 2 3 4 5 Motivação de Teoria tradicional

Leia mais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais João Eduardo da Silva Pereira (UFSM) jesp@smail.ufsm.br Tânia Maria Frighetto (UFSM) jesp@smail.ufsm.br

Leia mais

Ilírio José Rech Doutor. Endereço Rua Jorge Martins Pinto nr B. Santa Monica - fone

Ilírio José Rech Doutor. Endereço Rua Jorge Martins Pinto nr B. Santa Monica  - fone Efeito da Divulgação de Informações Contábeis sobre o Desempenho das Ações de Empresas que Migraram para o Nível de Governança Corporativa Novo Mercado Wemerson Gomes Borges Especialista Universidade Federal

Leia mais

3. METODOLOGIA E AMOSTRA

3. METODOLOGIA E AMOSTRA 3. METODOLOGIA E AMOSTRA Nesta seção são descritos os passos utilizados para a comparação entre os modelos GARCH e Black&Scholes no mercado brasileiro, desde a seleção do período e da amostra, passando

Leia mais

3. A Governança Corporativa no Brasil

3. A Governança Corporativa no Brasil 3. A Governança Corporativa no Brasil A evolução do mercado de capitais, em um país, está intimamente ligada, dentre outros fatores, ao grau de aplicação das boas práticas de governança corporativa adotadas,

Leia mais

7 Testes de hipóteses conjuntas (THC)

7 Testes de hipóteses conjuntas (THC) 7 Testes de hipóteses conjuntas (THC) Da mesma forma como procedemos quando fizemos as inferências individuais dos coeficientes estimados dos modelos apresentados na seção 6, aqui também apresentaremos,

Leia mais

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48)

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48) Estimação parâmetros e teste de hipóteses Prof. Dr. Alberto Franke (48) 91471041 Intervalo de confiança para média É um intervalo em que haja probabilidade do verdadeiro valor desconhecido do parâmetro

Leia mais

4 Análise da Volatilidade

4 Análise da Volatilidade 4 Análise da Volatilidade 4.1 Metodologia da Regressão Uni-variada Esse estudo utilizou a volatilidade histórica dos ativos para descrever uma relação com a volatilidade futura por uma regressão uni-variada.

Leia mais

9DOXHDW5LVNHUHWRUQRGHXPLQYHVWLPHQWR

9DOXHDW5LVNHUHWRUQRGHXPLQYHVWLPHQWR 9DOXHDWLVNHUHWRUQRGHXPLQYHVWLPHQWR O Value at Risk (VaR) é um método de mensuração de risco de mercado que utiliza técnicas estatísticas amplamente difundidas. De outra forma o VaR mede a pior perda esperada

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Os dados foram analisados utilizando o software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) base 18.0. Para Cooper e Schindler (2003) a análise de dados envolve a redução de

Leia mais

3 Metodologia. 3.1 Tipo de pesquisa

3 Metodologia. 3.1 Tipo de pesquisa 3 etodologia A metodologia utilizada neste trabalho é semelhante a empregada no estudo de Jacquier e arcus (200) para verificar o quanto da variação da matriz de correlação é explicada pela volatilidade

Leia mais

XVII SEMEAD Seminários em Administração

XVII SEMEAD Seminários em Administração XVII SEMEAD Seminários em Administração outubro de 2014 ISSN 2177-3866 INSIDER TRADING NO ANÚNCIO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES: UM ESTUDO DE EVENTOS. CARLA CAROLINNE DOS SANTOS SILVA Universidade Federal da

Leia mais

Determinantes macroeconômicos da taxa Selic: um estudo econométrico no período de 1994 a 2014.

Determinantes macroeconômicos da taxa Selic: um estudo econométrico no período de 1994 a 2014. Determinantes macroeconômicos da taxa Selic: um estudo econométrico no período de 1994 a 2014. Maria Eugênia de Oliveira Batista 1 Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha 2 1. Introdução O Brasil possui como taxa

Leia mais

Companhias Listadas no Novo Mercado Presidente do Conselho de Administração, Diretor-Presidente e Diretor de Relações com Investidores

Companhias Listadas no Novo Mercado Presidente do Conselho de Administração, Diretor-Presidente e Diretor de Relações com Investidores 28 de dezembro de 2017 738/2017-DRE Companhias Listadas no Novo Mercado Presidente do Conselho de Administração, Diretor-Presidente e Diretor de Relações com Investidores Ref.: Percentual Mínimo de Ações

Leia mais

8 Análise de Resultados

8 Análise de Resultados 68 8 Análise de Resultados Neste capítulo são apresentados os resultados gerados para diferentes datas e séries e realizadas análises de sensibilidade dos fatores que afetam o valor da opção para os modelos

Leia mais

Revista de Administração - RAUSP ISSN: Universidade de São Paulo Brasil

Revista de Administração - RAUSP ISSN: Universidade de São Paulo Brasil Revista de Administração - RAUSP ISSN: 0080-2107 rausp@edu.usp.br Universidade de São Paulo Brasil Camargos, Marcos Antônio de; Vidal Barbosa, Francisco Análise empírica da reação do mercado de capitais

Leia mais

JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: / PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL A SER REALIZADA EM 11/09/2017

JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: / PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL A SER REALIZADA EM 11/09/2017 JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: 33.035.536/0001-00 PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL A SER REALIZADA EM 11/09/2017 I - AUMENTO DE CAPITAL ANEXO 14 - Instrução CVM nº481/09

Leia mais

3 Metodologia. 3.1 Tipo de Pesquisa

3 Metodologia. 3.1 Tipo de Pesquisa 3 Metodologia 3.1 Tipo de Pesquisa Quanto aos fins, a pesquisa é do tipo descritiva, que, segundo Vergara (1997), "expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno". No entanto,

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS AUSIVAR DE LIMA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS AUSIVAR DE LIMA 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS AUSIVAR DE LIMA ANÁLISE EMPÍRICA DO IMPACTO DA ADESÃO AO NÍVEL DE

Leia mais

NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A. CNPJ Nº / NIRE Nº COMPANHIA ABERTA ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A. CNPJ Nº / NIRE Nº COMPANHIA ABERTA ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A. CNPJ Nº 00.108.786/0001-65 NIRE Nº 35.300.177.240 COMPANHIA ABERTA ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DATA, HORÁRIO E LOCAL: 15 de outubro de 2013, às 16:00 horas,

Leia mais

Palavras chave: Governança Corporativa, Crise, Estudo de eventos.

Palavras chave: Governança Corporativa, Crise, Estudo de eventos. Relação entre governança corporativa e o valor das ações em períodos de crise Resumo ANA CLARA LACERDA DE OLIVEIRA Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) JACQUELINE VENEROSO ALVES DA CUNHA Universidade

Leia mais

Um Estudo Empírico Sobre Governança Corporativa No Brasil: Reação do Mercado Acionário Ao Nível 1 da Bovespa

Um Estudo Empírico Sobre Governança Corporativa No Brasil: Reação do Mercado Acionário Ao Nível 1 da Bovespa Um Estudo Empírico Sobre Governança Corporativa No Brasil: Reação do Mercado Acionário Ao Nível 1 da Bovespa Gloria Maria Baptistella Comerlato Paulo Renato Soares Terra Luiz Otávio Braga Resumo: Motivado

Leia mais

SMILES S.A. CNPJ/MF nº / NIRE COMPANHIA ABERTA COMUNICAÇÃO SOBRE TRANSAÇÃO ENTRE PARTES RELACIONADAS

SMILES S.A. CNPJ/MF nº / NIRE COMPANHIA ABERTA COMUNICAÇÃO SOBRE TRANSAÇÃO ENTRE PARTES RELACIONADAS SMILES S.A. CNPJ/MF nº 15.912.764/0001-20 NIRE 35.300.439.490 COMPANHIA ABERTA COMUNICAÇÃO SOBRE TRANSAÇÃO ENTRE PARTES RELACIONADAS Barueri, 1º de julho de 2017 A Smiles S.A. ( Smiles ou Incorporada ),

Leia mais

Reestruturação Societária da Companhia Brasiliana de Energia e controladas 12 de Junho de 2015

Reestruturação Societária da Companhia Brasiliana de Energia e controladas 12 de Junho de 2015 Reestruturação Societária da Companhia Brasiliana de Energia e controladas 12 de Junho de ESTA COMUNICAÇÃO NÃO CONSTITUI UMA OFERTA DE VENDA OU PEDIDO DE UMA OFERTA PARA AQUISIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Leia mais

Coeficiente Beta e o Novo Mercado Um Estudo Empírico

Coeficiente Beta e o Novo Mercado Um Estudo Empírico Coeficiente Beta e o Novo Mercado Um Estudo Empírico Alysson Ramos Artuso (UNIFAE) alysson.artuso@gmail.com Resumo Este artigo é um estudo do risco sistemático, dado pelo coeficiente beta, das empresas

Leia mais

Análise do consumo de energia elétrica da cidade de Uberlândia MG, utilizando modelos de séries temporais

Análise do consumo de energia elétrica da cidade de Uberlândia MG, utilizando modelos de séries temporais Análise do consumo de energia elétrica da cidade de Uberlândia MG, utilizando modelos de séries temporais Guilherme Alvarenga Laia 1 Maria Imaculada de Sousa Silva 2 Nádia Giaretta Biase 3 1 Introdução

Leia mais

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Projetos de Experimento e Confiabilidade de Sistemas da Produção Prof. Claudio Luis C. Frankenberg 3ª parte Conforme foi apresentado

Leia mais

Um estudo da relação entre Governança Corporativa e Indicadores de Desempenho: Estado da Arte no período de 2002 a 2008

Um estudo da relação entre Governança Corporativa e Indicadores de Desempenho: Estado da Arte no período de 2002 a 2008 Área temática: Governança Corporativa Um estudo da relação entre Governança Corporativa e Indicadores de Desempenho: Estado da Arte no período de 2002 a 2008 AUTORES FERNANDA MACIEL PEIXOTO Universidade

Leia mais

Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa

Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa - 2006 DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA CRITÉRIO I - PROPRIEDADE INDICADOR 1. PROTEÇÃO AOS MINORITÁRIOS Legenda: Protocolo Documentação PERGUNTA 1 - A companhia

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA. Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM

ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA. Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM UM EXEMPLO DE APLICAÇÃO Digamos que temos 6 métodos de ensino aplicados a 30 crianças

Leia mais

4. RESULTADOS Resultados Gerais da Amostra

4. RESULTADOS Resultados Gerais da Amostra 4. RESULTADOS 4.1. Resultados Gerais da Amostra Para a análise dos dados da pesquisa foi utilizado o método da análise conjunta. Como descrito no capítulo anterior, o método permite que sejam estimadas

Leia mais

Uma companhia Uma ação Um voto

Uma companhia Uma ação Um voto Uma companhia Uma ação Um voto Comentário Preventivo a respeito de consideração futuras: Informações contidas neste documento podem incluir considerações futuras e refletem a percepção atual e perspectivas

Leia mais

Evidências da Migração de Empresas de Capital Aberto para os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa da Bovespa: Um estudo de evento

Evidências da Migração de Empresas de Capital Aberto para os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa da Bovespa: Um estudo de evento Evidências da Migração de Empresas de Capital Aberto para os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa da Bovespa: Um estudo de evento Autoria: Fernanda Michalischen, Eduardo Vieira dos Santos Paiva

Leia mais

XII SEMEAD - ÁREA TEMÁTICA: FINANÇAS ESTRATÉGIAS DE VALOR E CRESCIMENTO E A AVALIAÇÃO DE EMPRESAS NO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL

XII SEMEAD - ÁREA TEMÁTICA: FINANÇAS ESTRATÉGIAS DE VALOR E CRESCIMENTO E A AVALIAÇÃO DE EMPRESAS NO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL XII SEMEAD - ÁREA TEMÁTICA: FINANÇAS ESTRATÉGIAS DE VALOR E CRESCIMENTO E A AVALIAÇÃO DE EMPRESAS NO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL AUTORES ANDRÉ TAUE SAITO Universidade de São Paulo saito@usp.br JOSÉ ROBERTO

Leia mais

sociedade anônima características

sociedade anônima características sociedade anônima características capital social dividido em ações (títulos de crédito) responsabilidade limitada dos sócios denominação : SOCIEDADE ANONIMA ou S/A. no início ou no final do nome COMPANHIA

Leia mais

José Aparecido da Silva Gama¹. ¹Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas.

José Aparecido da Silva Gama¹. ¹Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas. Estudo e Aplicação dos Testes de Hipóteses Paramétricos e Não Paramétricos em Amostras da Estação Fluviométrica Três Maria (MG) da bacia Hidrográfica do Rio São Francisco José Aparecido da Silva Gama¹

Leia mais

Além disso, o modelo apresenta significativa correlação entre as variáveis independentes, o que pode ter contribuído para aumentar artificialmente o

Além disso, o modelo apresenta significativa correlação entre as variáveis independentes, o que pode ter contribuído para aumentar artificialmente o 82 5. CONCLUSÃO EVA é uma medida que avalia o desempenho das empresas em termos de geração de valor para os acionistas. Segundo O Byrne (1999), o objetivo básico do EVA é criar uma medida periódica de

Leia mais

Comparando Duas Amostras (abordagem não-paramétrica)

Comparando Duas Amostras (abordagem não-paramétrica) Comparando Duas Amostras (abordagem não-paramétrica) Aula de hoje Estatística Não-Paramétrica Parâmetro: é medida usada para descrever uma característica de uma população Ponto estimativa por ponto (média,

Leia mais

RELATÓRIO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES RESULTADOS 3T ,1

RELATÓRIO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES RESULTADOS 3T ,1 RELATÓRIO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES RESULTADOS 1 481.531.853,1 Resultados do São Paulo, 14 de novembro de 2013 A BRADESPAR [BM&FBOVESPA: BRAP3 (ON), BRAP4 (PN); LATIBEX: XBRPO (ON), XBRPP (PN)] anuncia

Leia mais

Adesão aos Novos Mercados da BOVESPA: Novo Mercado, Nível 1 e Nível 2 Determinantes e Conseqüências

Adesão aos Novos Mercados da BOVESPA: Novo Mercado, Nível 1 e Nível 2 Determinantes e Conseqüências Adesão aos Novos Mercados da BOVESPA: Novo Mercado, Nível 1 e Nível 2 Determinantes e Conseqüências Jairo Laser Procianoy* Rodrigo S. Verdi** Resumo Este artigo estuda os determinantes e as conseqüências

Leia mais

À Procura da Governança Perfeita

À Procura da Governança Perfeita À Procura da Governança Perfeita Thiago Santana Carvalho A história da BM&FBOVESPA teve início em 1890 sob o nome de Bolsa Livre e suas operações duraram apenas um ano devido à política do encilhamento.

Leia mais

4 Amostra e Descrição Estatística dos Dados

4 Amostra e Descrição Estatística dos Dados 4 Amostra e Descrição Estatística dos Dados Nessa seção, dividida em três partes, comentamos na subseção 4.1 os dados e a amostra escolhida para este estudo. Na subseção 4.2, comparamos o volume negociado

Leia mais

As Transformações nas Estruturas de Governança e seu Papel na Construção de Empresas Sustentáveis

As Transformações nas Estruturas de Governança e seu Papel na Construção de Empresas Sustentáveis As Transformações nas Estruturas de Governança e seu Papel na Construção de Empresas Sustentáveis LUIZ FERNANDO ROLLA Diretor de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Participações Tópicos

Leia mais

José Roberto da Aparecida Lopes Mestre em Economia de Empresas (FEAD) Gerente de Middle Marketing - Banco Safra

José Roberto da Aparecida Lopes Mestre em Economia de Empresas (FEAD) Gerente de Middle Marketing - Banco Safra Adesão às práticas de governança corporativa e as alterações no custo de capital de terceiros: um estudo das empresas listadas no novo mercado e níveis diferenciados da Bovespa José Roberto da Aparecida

Leia mais

Denominação da Companhia: GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A. ( ) Conselho de. ( ) Conselho Fiscal e ( ) Diretoria Administração

Denominação da Companhia: GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A. ( ) Conselho de. ( ) Conselho Fiscal e ( ) Diretoria Administração Negociação de es s pela própria companhia, suas controladas e coligadas Art. 11, 5º, I Instrução CVM nº 3582002 ( ) ocorreram somente as seguintes operações com valores mobiliários e derivativos, de acordo

Leia mais

Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP. Laudo de Avaliação das Ações da CTEEP TRPL4 e TRPL3

Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP. Laudo de Avaliação das Ações da CTEEP TRPL4 e TRPL3 Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP Laudo de Avaliação das Ações da CTEEP TRPL4 e TRPL3 Índice 1. Apresentação...3 2. Objetivo do Laudo...3 3. Metodologia...3 4. Premissas...4

Leia mais

6 Testes Empíricos 23

6 Testes Empíricos 23 75 6 Testes Empíricos 23 6.1. Método de Pesquisa O Método utilizado nesta pesquisa foi o que convencionalmente chama-se na literatura de finanças de Estudo de Evento. Trata-se de uma metodologia amplamente

Leia mais

Realizar ou não Fusões e Aquisições, eis a questão: Uma análise da criação de valor no mercado brasileiro.

Realizar ou não Fusões e Aquisições, eis a questão: Uma análise da criação de valor no mercado brasileiro. Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) Realizar ou não Fusões e Aquisições, eis a questão: Uma análise da criação de valor no mercado brasileiro.

Leia mais

METODOLOGIA DO ÍNDICE DE AÇÕES COM TAG ALONG DIFERENCIADO (ITAG)

METODOLOGIA DO ÍNDICE DE AÇÕES COM TAG ALONG DIFERENCIADO (ITAG) METODOLOGIA DO ÍNDICE DE AÇÕES COM TAG ALONG DIFERENCIADO (ITAG) Abril/2015 [data] METODOLOGIA DO ÍNDICE DE AÇÕES COM TAG ALONG DIFERENCIADO (ITAG) O ITAG é o resultado de uma carteira teórica de ativos,

Leia mais

RODRIGO ANGELOS DA COSTA

RODRIGO ANGELOS DA COSTA Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Administração RODRIGO ANGELOS DA COSTA OS NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E A VOLATILIDADE DOS

Leia mais

Governança Corporativa e Reação do Mercado de Capitais às Informações Financeiras

Governança Corporativa e Reação do Mercado de Capitais às Informações Financeiras Governança Corporativa e Reação do Mercado de Capitais às Informações Financeiras Autoria: João Batista Nast de Lima, Paulo Renato Soares Terra Resumo: Este artigo investiga, através de um estudo de eventos,

Leia mais

3 Criação de valor em fusões e aquisições

3 Criação de valor em fusões e aquisições 3 Criação de valor em fusões e aquisições Camargos e Barbosa (2007, p.470) destacam que: [...] apesar de diferentes abordagens com que as F&A s são analisadas, observa-se predomínio na literatura econômico-financeira,

Leia mais

Mercado acionário brasileiro

Mercado acionário brasileiro FINANÇAS Mercado acionário brasileiro O mercado acionário brasileiro cresceu expressivamente nos últimos anos. As razões para esse crescimento estão ligadas à progressiva melhoria das práticas de governança

Leia mais

IPO Initial Public Offering

IPO Initial Public Offering IPO Initial Public Offering IPO é a primeira distribuição pública de ações de emissão de uma companhia que pode compreender uma distribuição primária (novas ações emitidas pela companhia), uma distribuição

Leia mais

3 Metodologia Tipo de Pesquisa

3 Metodologia Tipo de Pesquisa 32 3 Metodologia Neste capítulo será apresentada a metodologia utilizada na investigação. Inicialmente o tipo de pesquisa será abordado, seguido do universo e da seleção da amostra. A coleta dos dados

Leia mais

Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes. om.br

Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes.   om.br Direito Empresarial EXTENSIVO Professora: Priscilla Menezes www.masterjuris.c om.br Art. 108, Lei n. 6.404/76. Ainda quando negociadas as ações, os alienantes continuarão responsáveis, solidariamente com

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA CORPORATIVA INSTITUTO EDUCACIONAL DE MONTE ALTO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE MONTE ALTO MBA em GESTÃO EMPRESARIAL GOVERNANÇA CORPORATIVA Quando você é um piloto, quando você compete, isso nunca sai

Leia mais

4 Resultados. 4.1 Resultados das Regressões Estruturais

4 Resultados. 4.1 Resultados das Regressões Estruturais 37 4 Resultados 4.1 Resultados das Regressões Estruturais A tabela 4.1.1 apresenta os resultados das regressões estruturais realizadas de acordo com as equações (1) e (2). As variáveis dependentes são

Leia mais

'HVFULomRH$QiOLVH([SORUDWyULDGRV'DGRV

'HVFULomRH$QiOLVH([SORUDWyULDGRV'DGRV 69 'HVFULomRH$QiOLVH([SORUDWyULDGRV'DGRV O presente capítulo objetiva entender o comportamento das séries de retorno financeiras para as carteiras de investimento elaboradas no capítulo anterior. Tal análise

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA AULA 3 Prof. Wellington www.maestrocarreira.com.br 1 trabalhopwell@gmail.com 2 REVISÃO Quais são os princípios da GOVERNANÇA CORPORATIVA?...Explique com as suas palavras cada um

Leia mais

O Papel do Formador de Mercado. Setembro, 2007

O Papel do Formador de Mercado. Setembro, 2007 O Papel do Formador de Mercado Setembro, 2007 Formador de Mercado - Brasil No mercado brasileiro, o formador de mercado é visto como um agente de liquidez ou especialista que se propõe a garantir a liquidez

Leia mais

Divulgação de Resultados 1T / Maio /

Divulgação de Resultados 1T / Maio / Divulgação de Resultados 1T 2006 09 / Maio / 2006 www.duratex.com.br 1 Oferta Pública de Ações Ações Ofertadas Oferta secundária de 9,5 milhões de ações PN Oferta primária de 4,5 milhões de ações ON Oferta

Leia mais

AVISO AOS ACIONISTAS AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO PRIVADA DELIBERADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM

AVISO AOS ACIONISTAS AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO PRIVADA DELIBERADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM CNPJ 97.837.181/0001-47 Companhia Aberta AVISO AOS ACIONISTAS AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO PRIVADA DELIBERADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM 12.02.2016 (ANEXO 30-XXXII DA ICVM 480/09) 1. Informar

Leia mais