PERFIL DO CONSUMO DE LEITE E DO QUEIJO FRESCAL NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT
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- Kevin João Peres Casqueira
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1 PERFIL DO CONSUMO DE LEITE E DO QUEIJO FRESCAL NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT FIGUEIRÊDO, Julia Raisa Ximenes¹, Garcia, Iarema Vicente¹, RUBIO, Alisson Fernando¹; ROSA, Claudineli Cássia Bueno da². Palavras-chave: Leite, queijo frescal, consumidor. Introdução De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), só no estado há cerca de 20,9 mil propriedades leiteiras com produção média de 92,6 litros de leite por dia e responde por 2,3% da produção nacional, ocupando a 10ª posição no ranking brasileiro. Em 2010, Mato Grosso produziu 707,10 milhões de litros de leite, esta produção é maior do que em outros estados como Pará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Ceará e Espírito Santo. O município de Sinop está localizado na região norte do estado de Mato Grosso a 500km da capital Cuiabá, apresenta um clima tropical úmido, com precipitação pluviométrica anual de 1.800mm, pertencente ao bioma amazônico, tem relevo plano com pequenas ondulações, população aproximadamente de 105 mil habitantes (IBGE, 2007). Seguindo o conceito do RIISPOA, entende-se por leite o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas; e queijo minas frescal como o queijo fresco obtido por coagulação enzimática do leite com coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não com ação de bactérias lácteas específicas. O leite é um produto de extrema importância para o consumo humano por causa de suas propriedades nutritivas e energéticas, o que com faz com que ele seja considerado um excelente meio de crescimento para a maioria dos microorganismos, o que significa um risco para a saúde da população principalmente *Resumo revisado por: Claudineli Cássia Bueno da Rosa. Perfil do consumo de leite e queijo frescal no município de Sinop-MT. ¹Universidade Federal do Mato Grosso, Campus Sinop/MT, acadêmicos de Medicina Veterinária. raisa_norris@hotmail.com ² Universidade Federal do Mato Grosso, orientadora- cbrosa@ufmt.br
2 quando não se tem um manuseio específico e é utilizado cru (CERQUEIRA et al. 1995), por causa disso há a necessidade de tratamento térmico do leite como pasteurização e esterilização, a fim de eliminar os agentes patogênicos e deterioradores. O objetivo deste trabalho foi verificar qual o consumo de leite e derivados e a frequência do consumo na cidade de Sinop, onde compra os produtos e qual a preferência entre o industrializado e direto do produtor; qual o tipo de leite que as pessoas mais consomem (fervido ou não, UHT, pasteurizado ou não consome), e se conhecem as siglas SIF, SIE e SIM e a importância dos serviços de inspeção. Para os resultados, foi feito um levantamento utilizando-se um questionário com 29 questões aplicado a 508 pessoas dentro da cidade, uma boa parte do número total de entrevistados está na faixa dos 19 a 25 e 26 a 30 anos, com grau de escolaridade com ensino superior incompleto e completo e com renda familiar de 2 a 4 salários mínimos, a pesquisa foi realizada em diferentes pontos do município de Sinop-MT, no período de maio de 2009 a setembro de Metodologia Para a amostragem, foi confeccionado um questionário com 24 questões para dar base ao trabalho, nele havia as características dos consumidores de produtos lácteos formais e/ou informais. O questionário foi elaborado em 24 questões para a comunidade, que eram respondidas mediante a uma entrevista. As perguntas foram estruturadas de maneira clara e objetiva para a melhor compreensão dos consumidores, além de vocabulário adequado à situação. Resultados e discussão De acordo com os resultados, 85,77% dos entrevistados consomem leite inspecionado, embora 69,77% não conheçam as siglas S.I.F., S.I.S.E. e S.I.M., o que demonstra que esta preferência é mais relacionada à facilidade de obtenção e armazenamento do produto. Para os que consomem leite informal, as principais razões do consumo (14,23%) foram: mais forte e mais saboroso.
3 Tabela 01: Você prefere comprar leite, industrializado ou direto com o produtor? Industrializado Direto do produtor Tabela 02: Você prefere comprar derivados do leite industrializados ou direto com o produtor? Industrializado 17% Direto do produtor 83% Tabela 03: Tipo de leite consumido. Longa vida Pasteurizado Fervido Sem ferver 5% 1% 6% 17% 49% 22% Tabela 04: Você conhece a sigla SIF? Sim Não 33% 67%
4 Muitos apenas consomem os industrializados por não encontrarem diretamente do produtor, os consumidores não estabelecem uma relação direta entre o processo de pasteurização do leite a uma maior higienização do produto, por isso, apesar de consumirem mais o produto formal, a população desconhece os benefícios de um alimento fiscalizado, por isso, a importância de melhores esclarecimentos acerca desse assunto com os consumidores. Conclusão Ao término da pesquisa, observou-se que o leite e seus derivados mais consumidos pela população de Sinop, entre as diversas classes sociais e grau de escolaridade, quanto ao local de compra a maioria das pessoas compra em supermercados pela facilidade de encontrar todos os produtos em um único local. A pequena parcela dos entrevistados escolhe diretamente do produtor por considerarem mais gostoso, ou são fabricantes desses produtos. Apesar da grande porcentagem que consome os industriais, apenas 33,21% conhecem os serviços de inspeção, logo, conclui-se que a demanda maior dos produtos formais é causada pela facilidade de acesso e armazenamento e não necessariamente pela maior segurança e higiene proporcionada pelos mesmos, além de que muitos não consomem os produtos diretamente dos produtores por não encontrarem tão facilmente na cidade. Os resultados obtidos evidenciam a necessidade de uma continuidade nessa linha de pesquisa, onde será monitorada a qualidade microbiológica do leite industrializado e informal, bem como dos seus subprodutos. Referencias bibliográficas BRASIL. Ministério da Agricultura. Decreto nº , de 29 de março de Aprova o regulamento técnico de inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Diário Oficial da União, Brasília, 7 jul Disponível em < Acessado em 26 fev
5 BRASIL, Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos. Portaria nº 146, de 07/03/96, do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. BRASIL, Regulamento Técnico Princípios Gerais para o Estabelecimento de Critérios e Padrões Microbiológicos para Alimentos. Portaria nº 451, de 19/09/97, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. BRASIL, Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Resolução-RDC nº12, de 02/01/01. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa, COSTA, E. A. Vigilância Sanitária. Proteção e Defesa da Saúde. São Paulo: Ed. Hucitec e Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos; Costa EA e Rozenfeld S. Constituição da Vigilância Sanitária no Brasil. In: Rozenfeld S. Fundamentos da Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz; p GERMANO, M.I.S. Treinamento de manipuladores de alimentos: fator de segurança alimentar e promoção de saúde. São Paulo: Varela: Revista Higiene Alimentar, p-165, GOMES, S.T. Cadeia produtiva do leite parte 3. Disponível em: 03/08/2000. Acessado em 28/02/2008. LEITE, C.C.; GUIMARÃES, A.G. et al.; Qualidade bacteriológica do leite integral (tipo C) comercializado em Salvador-BA. Revista Brasileira de Saúde Pública, n.3, v.1, p.21-25, NERO, L.A.; MAZIERO, D.; BEZERRA, M.M.S. Hábitos alimentares do consumidor de leite cru de Campo Mourão-PR. Revista Ciências Agrárias, v.24, n.1, p.21-26, jan.jun PEREIRA, M. G. Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan; p. 484, 342. WHO. Food borne disease: a focus for health education. Geneva, 2000
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