RINALDO, A. MARTINS,D.C
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1 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO(POP):PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA NA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE JANDAIA DO SUL- PARANÁ RINALDO, A. MARTINS,D.C Resumo: Esse trabalho tem por objetivo buscar informações sobre parada cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar, identificando os procedimentos a serem utilizados pelos profissionais da saúde, com a finalidade de elaborar um procedimento operacional padrão a ser implantado nas unidades básicas de saúde de um município do norte do Paraná. A opção pelo presente estudo foi pela importância de se efetuar uma assistência eficaz aos pacientes em situações emergenciais, como é o caso da parada cardiorrespiratória. Para tanto foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Espera-se que o procedimento operacional padrão (POP) elaborado possa contribuir para um melhor desempenho dos profissionais frente a uma parada cardiorrespiratória. Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória. Procedimento Operacional Padrão. Profissionais de Saúde. Abstract: This work aims to seek information about cardiopulmonary arrest and cardiopulmonary resuscitation, identifying the procedures to be used by health professionals, in order to draft a pattern operating procedure to be implemented in the basic units of health of a municipality of northern Paraná. The choice of the present study was the importance of performing effective assistance to patients in emergency situations, as is the case of cardiopulmonary arrest. For both literature search was used. It is expected that the pattern operating procedure designed to contribute to a better performance of the professionals in a cardiopulmonary arrest. Keywords: Cardiopulmonary Resuscitation. Standard Operating Procedure. Health Introdução: Diversas são as ações clínicas, preventivas e educativas que os profissionais desenvolvem no cotidiano de suas atividades. Por vezes, esses profissionais se deparam com situações emergenciais, como é o caso de paciente com parada cardiorrespiratória (PCR) e eles têm que estar aptos para efetuar atendimento imediato, no sentido de reverter, com eficiência e rapidez o quadro apresentado. A PCR pode ser entendida como a cessação súbita e inesperada das funções cardíaca e respiratória. Trata-se de uma situação de emergência extrema, com a necessidade de instituição de manobras específicas de forma rápida e segura
2 para o restabelecimento do fluxo sanguíneo e da respiração, para conter consequências, como lesão cerebral irreversível e morte. Assim, com o objetivo de padronizar o processo e minimizar a ocorrência de desvios na execução de procedimentos na parada cardiorrespiratória (PCR), julgou-se relevante a elaboração de um procedimento operacional padrão (POP) para ser implantado nas unidades básicas de saúde de Jandaia do Sul Paraná. Referencial teórico: A maior e mais antiga instituição voluntária dos Estados Unidos da América destinada ao combate de doenças cardiovasculares e ao acidente vascular cerebral, foi criada em 1924 por seis cardiologistas, que recebeu a denominação de American Heart Association (AHA). Na atualidade, de acordo com a referida associação, existem mais de vinte e dois milhões de voluntários (entre cientistas e leigos) que se dedicam diariamente na eliminação completa dessas doenças (DEMARCHI, 2014, p. 18). Os avanços tecnológicos, juntamente com as medidas emergenciais para a manutenção da vida têm gerado a expansão no papel da equipe de enfermagem em relação aos cuidados prestados aos pacientes em PCR, então neste cenário o conhecimento científico, independente da área de atuação constitui-se na base para o desenvolvimento da prática (PEDERSOLI, 2009). Complementando tal definição, a referida associação em 2010 coloca que, um paciente que não respira ou está respirando anormalmente (Gasp agônico) se encontra em parada cardíaca. As manifestações clínicas de PCR são perda de consciência, pulso e pressão arterial, podendo ocorrer esforço respiratório ineficaz, as pupilas começam a se dilatar dentro de 45 segundos, podendo ou não ocorrer crise convulsivas (SMELTZER; BARE, 2010). Portanto, das modalidades de PCR, as que apresentam maior possibilidade de desfecho favorável são a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular sem pulso. A desfibrilação é a terapia definitiva para ambas e, quanto mais precocemente a desfibrilação ocorrer, maior a probabilidade de obter-se sucesso na ressuscitação cardiorrespiratória (RCR). Quando realizada imediatamente após o início da FV, as taxas de sucesso são muito altas. (FA Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) é o modelo metodológico ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na prática assistencial, favorecendo o cuidado e a organização das condições necessárias para que ele seja realizado. (BITTAR, PEREIRA; LEMOS, 2006, p.618).letcher; CANTWELL, apud PALHARES, 2008).
3 6.2 MODELO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PARADA CARDÍORRESPIRATÓRIA Referência: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) Código Data Emissão Data de vigência Próxima Revisão Versão n POP 001 setembro/2014 setembro/2014 setembro/ Setor envolvido nesta normatização: Unidade Básica de Saúde (UBS) Jandaia do Sul/Paraná Elaborado por: Adriana Rinaldo Descrição dos Procedimentos - Calçar as luvas, óculos e máscara; - Realizar o SBV, seguindo os seguintes procedimentos: avaliar a responsividade (nível de consciência) e chamar por ajuda; - Realizar a Reanimação cardiopulmonar (RCP), observando a sequência C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração). - Colocar o cliente em uma superfície plana e rígida; - Posicionar ao lado da vítima com estabilidade; - Deixar o tórax desnudo; - Estender os braços e posicioná-los cerca de 90º acima da vítima; - Posicionar as mãos entrelaçadas sobre o tórax do usuário, entre os mamilos (região hipotênar); - Iniciar compressões torácicas (30 compressões) seguida das ventilações (2 ventilações) fazer cinco ciclos ou dois minutos; - Comprimir na frequência de, no mínimo, 100 compressões/minuto e com profundidade de, no mínimo, 5cm, tomando o cuidado para não causar fraturas de arcos costais; - Revezar com outro profissional a cada ciclo ou a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões de má qualidade. - Abrir as vias aéreas (VA) para as ventilações, efetuando a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo. - Não interromper as manobras até o restabelecimento do usuário, ou a chegada de uma equipe de Suporte Avançado de Vida; - É recomendável a utilização de equipamentos, como a bolsa-válvula-máscara e a cânula de Guedel para facilitar a realização de ventilações. Referências ARAÚJO, S.; ARAÚJO, I.E.M. Ressuscitação cardiorrespiratória. Medicina, 34:36 63, GONZALEZ, M. M. et al. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade
4 Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 101, n. 2, supl. 3, ago Disponível em: < Acesso em: 10 ago AHA. AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. Disponível em: SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v. Executante: Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem Conceito A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação da circulação e da respiração reconhecida pela ausência de batimentos cardíacos e da respiração, em um paciente inconsciente. A interrupção súbita das funções cardiopulmonares constitui um tipo de problema que sempre foi um desafio para a medicina. Representa uma emergência médica extrema, cujos resultados serão a lesão cerebral irreversível e a morte, caso as medidas adequadas para restabelecer do fluxo sanguíneo e a respiração não forem realizadas. As manifestações clínicas de PCR são perda de consciência, pulso e pressão arterial, podendo ocorrer esforço respiratório ineficaz, as pupilas começam a se dilatar dentro de 45 segundos, podendo ou não ocorrer crise convulsivas. A parada cardiorrespiratória caracteriza-se por quatro padrões de alteração do ritmo cardíaco, sendo o mais comum a fibrilação ventricular (FV), seguida da taquicardia ventricular (TV) sem pulso, atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia. O reconhecimento precoce da modalidade ou mecanismo de PCR permite adequar o tratamento e, consequentemente, melhorar a sobrevida da vítima. Objetivo Auxiliar o profissional de saúde a realizar a sequência do algoritmo do Suporte Básico de Vida (SBV), para manter a circulação dos principais órgãos vitais, e, assim tratar e reverter a parada cardiorrespiratória (PCR). Resultado Esperado PCA. Padronização e capacitação do conhecimento e atuação prática dos profissionais da saúde nos cuidados da pessoa vítima da Material/Medicamentos/Equipamentos/Instrumental Necessários - Luvas, máscaras e óculos; - Bolsa-válvula-máscara; - Cânula de Guedel; - Sondas para aspiração; - Dispositivo para ventilação mecânica bolsa valva máscara (tipo ambú); - Oxigênio.
5 Conclusão: São várias as doenças e situações que podem desencadear uma parada cardiorrespiratória, portanto trata-se de um quadro possível de acontecer a qualquer pessoa e que deve ser atendido por profissionais preparados. Assim, é necessário que tanto o enfermeiro como os outros profissionais procurem se capacitar para poder reconhecer os sinais e sintomas da pessoa que está tendo uma PCR e prestar o atendimento com precisão. Espera-se que a implantação do procedimento operacional padrão (POP), possa tornar rápido e organizado o atendimento à pessoa com parada cardiorrespiratória (PCR) e aumentar a chance de sucesso das manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Referências: AHA - American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association para RCP e ACE. [versão em Português]. Disponível em: oadable/ucm_ pdf. Acesso em: 10 ago PEDERSOLI, C. E. O uso da máscara laríngea pelo enfermeiro na ressuscitação cardiopulmonar: revisão integrativa da literatura f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Disponível em: < SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v. BITTAR, D. B.; PEREIRA, L. V.; LEMOS, R. C. A. Sistematização da Assistência de Enfermagem ao Paciente Crítico: proposta de instrumento de coleta de dados. Texto & Contexto Enfermagem. Florianópolis, Disponível em: Acesso em: 10 ago. 2014
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