O conflito Palestino-israelense: Implicações Regionais e Tendências.

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2 O conflito Palestino-israelense: Implicações Regionais e Tendências. Por Danny Zahreddine Desde o início dos tempos, o homem sempre travou uma constante luta pelo espaço, com o objetivo de territorializá-lo 1 e suprir suas necessidades básicas. Com o desenvolvimento das atividades humanas e com o aumento de suas necessidades, este conflito já existente se tornou cada vez mais latente, e resultou em um dos maiores problemas da humanidade: a luta pelo espaço. O conflito palestino-israelense não foge a esta regra, pois constitui o exemplo mais claro da disputa entre dois povos de um território limitado que encerra pretensões ilimitadas. O constante jogo de barganha e análise das capacidades destes dois atores é um processo que se arrasta por mais de 50 anos até os dias de hoje. Um dos objetivos deste artigo é demonstrar o frágil equilíbrio de poder existente entre palestinos e israelenses e o embate de forças que constitui esta luta pelo território. A disputa pelo território (área humanizada e repleta de significados religiosos, étnicos e políticos 2 ) levou árabes e israelenses a se envolverem em cinco guerras, conflitos que abalaram o mundo e continuam a influenciar as relações internacionais. Conflitos que levaram a duas crises do petróleo, ao acirramento dos conflitos religiosos envolvendo muçulmanos na Ásia Central e à eminência de uma guerra nuclear (1973). Cada uma destas guerras possui uma peculiaridade, um jogo complexo de interesses das mais variadas elites políticas, onde cada parte, juntamente com seus respectivos aliados, buscaram maximizar os seus ganhos e reafirmarem sua presença no espaço. O Oriente Médio, definido como uma região que vai desde o Egito, na sua porção oeste, até o Irã, no seu limite leste, e tendo como extremo norte a Turquia e extremo Sul o Yemen, possui uma área aproximada de 7 milhões de quilômetros quadrados (maior que o continente Europeu), englobando 15 países e totalizando uma população aproximada de mais de 311 milhões de habitantes (quase o dobro da população brasileira) 1 RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Editora Ática Para Rafestin: Espaço e Território não são termos equivalentes. O espaço é anterior ao território. O território se forma a partir do espaço, é o resultado de uma ação conduzida por um ator que realiza um 2

3 Devido a todos estas características geográficas, estratégicas, políticas, religiosas e sociais, esta região pode ser considerada uma Heartland 3 dos tempos modernos. Esta área está localizada no encontro de três continentes (Europeu, Asiático e Africano) e possui uma grande importância econômico-estratégica, visto ser responsável por mais de 60% das reservas mundiais de petróleo, mais especificamente nas proximidades do Golfo Pérsico, além de ser o berço das três mais importantes religiões monoteístas do mundo. Grande parte do interesse das grandes potências em relação ao Oriente Médio é devido a vantagens estratégicas. Estas vantagens estratégicas relacionam-se ao espaço geográfico privilegiado em que se encontra o Oriente Médio, isto é, um ponto de passagem terrestre e marítimo, através do qual pode-se controlar a maioria dos fluxos comerciais e militares pelo mar e pela terra, entre o ocidente e o oriente. A importância desta região remonta desde as antigas rotas comerciais do período anterior ao Império Romano até as Cruzadas cristãs. O Golfo Pérsico, o Mar Mediterrâneo, o Oceano Índico e o Mar Vermelho são alguns exemplos das inúmeras possibilidades comerciais e estratégicas que a região oferece, além da existência de canais e estreitos, que possibilitam o maior controle do tráfego naval. A guerra de (guerra de independência de Israel) deixou claro o interesse dos Estados Unidos da América em constituir no Oriente Médio um ponto de influência capaz de ocupar a vacância de poder deixado pelo império britânico. A sinalização positiva do presidente norte-americano Truman 4, para a constituição de um Estado judeu, e seu apoio incondicional à causa israelense, deu aos Estados Unidos a possibilidade de controlar mais de perto as pretensões econômicas e territoriais de recentes países árabes, e de outras grandes potências. Não há dúvida de que o sionismo ganha força após a tragédia que acometeu os judeus europeus durante a Segunda Grande Guerra, resultando para os Estados Unidos uma das mais bem sucedidas tentativas de ocupação de uma área extremamente estratégica. programa em qualquer nível. Ao se apropriar de um espaço, concreta ou abstratamente, o ator territorializa o espaço. 3 Conceito utilizado pelo Geógrafo Britânico Halford Mackinder para caracterizar uma área extremamente estratégica localizada na Eurásia, onde a possibilidade de controle desta área por um único país poderia tornálo um hegêmona mundial. 4 CATTAN, Hernry. O direito Internacional e a Palestina. Curitiba: Grafipar

4 MAPA I Foi a partir da guerra de Independência que as relações entre árabes e judeus se deterioraram (principalmente no Oriente Médio). Uma série de conflitos seguiram este primeiro, como a guerra do canal de Suez (1956), a guerra dos Seis dias (1967), a guerra do Yon Kippur (1973), a invasão do Líbano (1982), e muitos outros eventos que levaram a algum tipo de hostilidade entre árabes e israelenses. Porém, este artigo não tem por objetivo analisar todos os conflitos históricos entre árabes e israelenses e buscar explicá-los, o objetivo principal deste trabalho é, demonstrar 4

5 como o delicado processo de paz entre palestinos e israelenses evoluiu nos últimos 10 anos e demonstrar o complexo jogo de barganha e pressão que ambas as partes envolvidas buscam praticar, com o objetivo de maximizar os seus ganhos. Um marco para o início de negociações mais sérias entre palestinos e israelenses foi a Primeira Intifada (1987) conhecida também como guerra de pedras. Este conflito nasce de forma espontânea dentro da sociedade palestina e constitui uma forma de desobediência civil contra a presença militar israelense nos territórios ocupados pela guerra de Pode-se dizer que o endurecimento da política israelense nos territórios ocupados e a falta de perspectiva da população palestina devido às derrotas árabes nas guerras de 1967 e 1973 a leva a praticar uma série de protestos violentos contra a presença israelense. Esta revolta foi tão importante que durante seis anos Israel sofreu pressões de vários governos e da própria população civil israelense, com o intuito de se achar uma saída negociável para o impasse nos territórios ocupados. A primeira Intifada vai culminar nos acordos de Oslo, onde a fórmula território por paz (peace for land) ou território por reconhecimento será utilizado como base de todo o processo de negociação. Porém, este processo foi marcado por dois fatores determinantes: os partidos políticos israelenses e os grupos de resistência palestinos. O sucesso do acordo de Oslo dependeria em grande parte da atuação dos partidos políticos israelenses. É conhecido que todo o processo de paz envolvendo árabes e israelenses são influenciados fortemente pelo partido que possui o maior número de cadeiras no Knesset. Israel possui uma série de partidos políticos, alguns com grande representatividade e outros quase que inexpressivas. A maior parte do parlamento israelense é dividido entre dois partidos principais: o Likud, que apresenta uma postura mais conservadora e os Trabalhista, que adota um posicionamento mais de esquerda. Porém, uma característica muito interessante da política israelense é a dificuldade de se formar um governo de coalizão, pois a diferença entre a maioria e minoria das cadeiras no parlamento é muito pequena, e por várias vezes um governo poderá ser constituído, ou deixar de existir, devido ao apoio de partidos menores, como partidos religiosos. Em quase toda a trajetória de negociações de paz entre palestinos e israelenses, os maiores avanços foram alcançados por governos trabalhistas. Da mesma forma, os maiores 5 Baseado em MASSOULIÉ, François. Os Conflitos do Oriente Médio. São Paulo: Editora Ática

6 retrocessos ocorreram durante governos do Likud. O caso dos acordos de Camp David, assinados em 1978, pelo presidente egípcio Anwar al Sadat e o primeiro ministro israelense Menahem Beguin (do Likud), é uma exceção, e ocorre pela importante investida egípcia de 1973 contra as áreas capturadas por Israel durante a guerra de Logo, a paz é assinada por um motivo claro, a pressão egípcia e o alinhamento deste país com Washington, deixando de lado seu antigo aliado, a URSS. Isto levou Israel a preferir assegurar a sua fronteira sudoeste através da fórmula território por reconhecimento a se indispor, mais uma vez, político-militarmente contra o Egito. Outro fator de extrema importância para o desenrolar dos processos de paz são os grupos de resistência Palestinos. Sabe-se que são vários os grupos e as facções políticas na Palestina, e cada um destes grupos e facções possuem interesses diversos, que muitas vezes são divergentes das políticas adotadas pela Autoridade Nacional Palestina. Porém, na maioria das vezes, tais grupos conferem ao presidente da ANP autonomia para levar a cabo as decisões políticas mais importantes para os palestinos. Estes grupos funcionam como formas de pressão contra Israel, pois na falta de um exército formal, estes grupos visam cumprir este papel. Tais forças podem funcionar tanto de maneira positiva, gerando situações que levem Israel a negociar pontos de interesses palestinos, como também podem gerar constrangimentos e perdas para a Autoridade Nacional Palestina, como por exemplo: na falta de consenso entre um grupo de resistência e a ANP, e a consecução de um ataque unilateral de tais grupos contra objetivos israelenses, a forte resposta do exército de Israel contra a ANP pode gerar grandes perdas políticas, humanas e materiais. Estas duas variáveis (a política interna israelense e os grupos de resistência palestinos) constituem as duas mais importantes peças no tabuleiro de xadrez do conflito entre estes dois povos. Os partidos políticos israelenses representam interesses dos mais diversos setores de Israel e de outros países, assim como os grupos de resistência palestinos contam com o suporte de vários países do Oriente Médio que buscam financiar suas ações e enviar equipamentos militares através da fronteira israelense. Este equilíbrio de poder existente entre as partes é buscado através das capabilitys que cada lado envolvido no conflito possui. A pressão Israelense sobre a ANP e sobre os grupos de resistência palestinos buscam diminuir a capacidade de articulação de tais grupos 6

7 que possam resultar em ataques contra Israel. Os meios que Israel utiliza para isto são os mais variados, como por exemplo: equipamento militar de última geração (helicópteros Apache, Caças F16 e etc), um serviço de inteligência muito bem treinado e articulado, retenção de impostos destinados aos territórios ocupados 6, bloqueios das principais vias de acesso entre Gaza e Cisjordânia, e todo um aparato tecnológico que os permite atacar com um determinado grau de exatidão os alvos escolhidos. Da mesma forma, os grupos de resistência palestinos buscam minar a capacidade do governo israelense de prover a segurança interna de sua população através de ataques suicidas. Os ataques suicidas ocorrem em grande parte pela a ausência de um meio mais eficaz de gerar algum tipo de dano contra Israel. A tentativa de gerar um estado de insegurança na população civil israelense é um meio de pressionar a própria população a cobrar do governo uma solução para os problemas dos territórios ocupados. A implementação dos acordos de Oslo foi o resultado deste jogo de pressão entre palestinos e israelenses, e funcionou relativamente bem até o assassinato do primeiroministro israelense Ytzak Rabin, morto por um jovem israelense da extrema-direita judaica. O sistema de cidades tipo A, B e C foi bem assimilado e buscava em alguns anos, passar para o controle da Autoridade Nacional Palestina quase a totalidade dos territórios perdidos durante a guerra de Em contrapartida, os palestinos deveriam reconhecer o direito de Israel em existir e controlar os prováveis ataques de grupos extremistas contra Israel. Porém, após a morte de Ytzak Rabin, em novembro de 1995, o processo de paz foi se degenerando até um estágio de congelamento total, devido principalmente à perda das eleições do partido trabalhista (do premier Shimon Perez) para o partido Likud (Benyamin Nethanyahu). Com a ascensão do governo direitista, quase todas as etapas do processo de paz foram congeladas e uma reativação do processo de assentamentos israelenses na Faixa de Gaza e Cisjordânia fora recomeçado. Não podemos nos esquecer que um dos fatores da derrota do partido trabalhista para o likud está ligado aos vários ataques terroristas que as forças de resistência palestinas perpetraram contra Israel, levando a opinião pública israelense a preferir um governo que desse mais atenção a questões de segurança do que um processo de paz propriamente dito. 6 HEDGER, Chris. The New Palestinian Revolt. Foreign Affaires. 7

8 Desta forma, a tentativa de pressionar Israel a negociar em condições mais adversas, através de ataques suicidas, alguns dias antes das eleições para primeiro-ministro, gerou um efeito contrário para os palestinos, que obtiveram como resposta a este tipo de política um governo israelense nem um pouco disposto a fazer concessões e bastante duro nas suas respostas contra ataques terroristas. O período do governo de Nethanyahu levou o processo de paz a um estágio de letargia total, gerando um atraso considerável no cronograma de implementação dos níveis mais avançados dos processos, isto é, transformação da maioria das cidades palestinas como cidades autônomas (cidades tipo A 7 ), a discussão sobre Jerusalém Oriental e o retorno dos refugiados, sem contar a própria declaração de independência do futuro Estado Palestino. A influência deste conflito em países vizinhos à Israel, e a presença de forças militares israelenses em áreas ocupadas em países árabes, como o Líbano e a Síria, elevou a influência destes países no conflito. O Líbano, usado como base de ataque da OLP à Israel, após a guerra de 1967, e sua expulsão da Jordânia, fez com que Israel praticasse várias invasões no território libanês, sendo a mais séria a de junho de 1982, quando uma grande área do país fora ocupada pelo exército israelense, com o pretexto de desmantelar a presença da OLP no País. Porém, este recurso utilizado para minimizar a capacidade de ataque dos grupos palestinos e ampliar o próprio território israelense gerou um outro problema, o surgimento de vários grupos de resistência libaneses que visavam expulsar Israel de seu território. Um dos mais destacados grupos de resistência libanesa, o Hezbollah (partido de Deus), foi fundado justamente no ano de 1982, com o intuito de expulsar Israel do território libanês. Porém, devemos lembrar que, neste mesmo período o Líbano passava por uma guerra civil violenta, onde os interesses Norte-americanos e Soviéticos estavam sendo disputados utilizando como fachada uma guerra civil sectarista, onde muçulmanos e cristãos defendiam seus respectivos grupos de interesses. O Hezbollah nasce com o apoio do Irã, com o intuito de expulsar as tropas israelenses do solo libanês e de expandir a revolução islâmica Xiita no Líbano, algo que fora freado de maneira eficiente no Oriente 7 VIZENTINI, Paulo Fagundes. Oriente Médio e Afeganistão: um século de conflitos. Porto Alegre: Editora Leitura XXI

9 Médio pelo Iraque, durante a sua guerra pelo Chat el Arab e por algumas províncias petrolíferas iranianas. Desta forma, este grupo de resistência nacional, patrocinado pelo Irã e apoiado pela Síria, irá assediar as tropas israelenses até a sua retirada quase que total do sul do Líbano, em maio de É neste contexto que um outro ator importante é inserido neste teatro de operações, a Síria. Este país árabe, localizado a nordeste de Israel, com uma área oito vezes maior que a do Estado Israelense, sempre esteve envolvido em tensões ao longo de sua fronteira com Israel. Na guerra de 1967, a Síria perde as estratégicas Colinas de Golã, uma área de aproximadamente Km2 (quase o tamanho da cidade de São Paulo). A partir das Colinas de Golã é possível visualizar grande parte das cidades ao norte de Israel, como também a capital Síria, Damasco, além de possuir a margem oriental do mar da Galileia (lago Tiberías), considerado uma das maiores fontes de água doce de Israel. A Síria, com o propósito de forçar a retirada israelense do Golã utilizou vários recursos para isto, um deles foi a própria guerra de 1973, onde Síria e Egito fizeram um ataque surpresa contra as linhas de defesa de Israel localizados nos territórios ocupados na guerra de Para o Egito, esta guerra teve um significado muito importante, pois demonstrou que a invencibilidade de Israel era questionável, levando aos acordos de Camp David em Porém, para a Síria, a guerra de 1973 não lhe permitiu retomar os territórios do Golã, levando-a a optar por uma nova forma de pressionar Israel a devolver este território. O apoio dado pela Síria ao grupo de resistência nacional Libanês, o Hezbollah (e a muitos outros grupos palestinos), pode ser entendido como a tentativa de pressionar Israel de maneira indireta, a partir da fronteira sul libanesa. É devido a isto a relutância existente entre libaneses e sírios em negociar acordos de paz separadamente com Israel. Desta forma, a não ser por uma retirada unilateral das tropas israelenses (como ocorreu em grande parte do território libanês em maio de 2000), os dois países se comprometem em negociar um único pacote de acordos, que envolva tanto o Golã Sírio quanto as fazendas de Chebaa. Como citado anteriormente, O Irã também possui um papel destacado neste processo, pois além de inspirar a formação do Hezbollah, financia e treina seus integrantes para atacar as tropas israelenses estacionadas em território libanês. Um dos fatores que 9

10 torna bem sucedida as ações guerrilheiras do Hezbollah contra posições israelenses no Líbano é a própria característica religiosa deste grupo, que possui em seus quadros muçulmanos xiitas, conhecidos pela forma desprendida de lutar, tendo como motivação questões nacionalistas e também de cunho religioso. Estes atores se interagem de forma dinâmica no contexto regional do Oriente Médio, mas ao mesmo tempo que a relação é dinâmica, os canais de comunicação entre os elementos deste sistema são obstruídos ou de difícil entendimento, levando a um mau funcionamento deste sistema regional (Oriente Médio). É esta característica um dos prováveis fatores que torna o conflito palestino-israelense de difícil solução. É claro que também não podemos deixar de citar questões mais subjetivas das relações internacionais que de certa forma colaboram para o aumento da intensidade deste foco de tensão, como a percepção religiosa de muçulmanos, cristãos e judeus; o significado de determinados locais tido como sagrados por várias partes envolvidas neste processo e a própria percepção de temporalidade que cada ator deste sistema regional possui com relação ao conflito. Desta forma, fica claro que os problemas existente entre palestinos e israelenses extrapolam os limites de Israel e dos territórios ocupados, eles esbarram em países vizinhos e em países longínquos em toda parte do globo. Retomando a análise sobre o processo de paz entre palestinos e israelenses podemos dizer que com a saída do primeiro ministro israelense Netanyahu, e a entrada do trabalhista Ehud Barak, apoiado pela Autoridade Nacional Palestina e tendo como base de sua campanha eleitoral a retirada israelense do Líbano, e o retorno à mesa de negociações com os palestinos, o processo de paz ganha um novo fôlego, até se deparar com um outro obstáculo difícil de ser transposto, o retorno dos refugiados palestinos para dentro do território israelense propriamente dito. O governo de Barak foi marcado por uma tentativa clara de diminuir as tensões existentes na fronteira norte e nordeste de Israel, através da retirada israelense do território libanês e as tentativas de negociar um acordo de paz mais amplo com Sírios e palestinos. Vários pontos foram acordados em Camp David (com a intermediação do presidente norteamericano Bill Clinton), como: 10

11 Quase a totalidade dos territórios ocupados na guerra de 1967 seriam devolvidos aos palestinos O desmantelamento de quase todas os assentamentos judaicos nos territórios ocupados (somente os maiores assentamentos localizados na fronteira entre Israel e Palestina seriam mantidos). Possibilidade da constituição da Capital palestina no setor Oriental de Jerusalém. Porém, o ponto de discórdia que levou ao fracasso das negociações (além da pressão gerada pelos partidos de direita de Israel e dos grupos de resistência palestinos), foi o direito de retorno dos refugiados palestinos a Israel. De acordo com a resolução 194 da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas de 11 de dezembro de 1948, era determinado que:...aos refugiados que desejarem retornar aos seus lares e viver em paz com seus vizinhos deve ser permitido fazê-lo na data mais cedo possível, e que deve ser paga indenização pelas propriedades dos que preferirem não voltar, e pela perda de propriedade que, pelos princípios do Direito Internacional ou da equidade, possa parecer boa aos Governos e autoridades responsáveis; Dá instruções à comissão de Conciliação para que facilite a repatriação, a refixação e a reabilitação econômica e social dos refugiados, e o pagamento de indenizações. 8 No entanto, o único ponto que não era consenso entre a ANP e Israel era justamente o retorno dos refugiados. Para Israel, aceitar o retorno dos refugiados palestinos dentro de áreas do atual estado israelense implicaria em um problema crônico a médio e longo prazo, que seria o desequilíbrio demográfico entre cidadãos israelenses de origem judaica e cidadãos israelenses de origem árabe (palestinos repatriados). 8 Resolução 194 (III) de 11 de dezembro de CATTAN, Henry. O direito internacional e a Palestina. 11

12 TABELA I Refugiados Palestinos no Oriente Médio País Nº de Campos Oficiais Nº de refugiados registrados Nº de refugiados registrados nos campos Jordânia Líbano Síria Cisjordânia Faixa de Gaza Total Fonte: UNRWA Este tema é tão temeroso para Israel que em poucos anos, com uma população adicional de mais de 3,5 milhões de palestinos em Israel, com uma taxa de fecundidade de 7,4 filhos por mulher 9, (enquanto a população israelense judaica possui uma taxa de aproximadamente 2,6 filhos por mulher 10 ) a população israelense de origem árabe iria superar a população israelense de origem judaica, podendo gerar uma crise de legitimidade política do governo israelense, que historicamente possui em seus cargos mais elevados (presidente, primeiro ministro, ministro de defesa e etc.) indivíduos de origem judaica. GRÁFICO I Nº de Refugiados Palestinos registrados pela ONU no Oriente Médio Nº de Refugiados Fonte: UNRWA Jordânia Líbano Síria Cisjordânia Faixa de Gaza 9 A taxa de fecundidade representa a quantidade de filhos que uma mulher poderá ter durante o seu período fértil. Uma das maiores taxas de fecundidade do mundo são das mulheres palestinas. Dados do Banco Mundial. 10 S. Della Pergola, The Hebrew University of Jerusalem

13 Desta forma, quando o tema foi abordado, formuladores de política israelenses rechaçaram de qualquer maneira a possibilidade de retorno dos refugiados, tentando compensar os negociadores palestinos com uma provável capital em Jerusalém oriental e o pagamento de indenização aos palestinos no exterior. Porém, para a Autoridade Palestina renunciar o direito de retorno dos refugiados, representada pela resolução 194, geraria também uma crise de legitimidade da liderança palestina (ANP), pois estaria renunciando em nome dos mais de três milhões de palestinos que vivem em campos de refugiados por vários países do Oriente Médio, um direito dado a eles pela a Organização das Nações unidas. GRÁFICO II % de Refugiados Palestinos com relação à população residente de alguns países árabes Cisjordânia e Gaza País Síria Líbano Jordânia Fonte: UNRWA 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 % 13

14 MAPA II 14

15 Com a frustração gerada pela não obtenção de um acordo, e o enfraquecimento da base de sustentação política do primeiro ministro Ehud Barak, em 28 de setembro de 2001, uma visita inesperada do General Ariel Sharon à esplanada das mesquitas em Jerusalém (área sagrada para muçulmanos), gera uma série de protestos palestinos, iniciando desta forma a Segunda Intifada. A Segunda Intifada possui uma característica um pouco diferente da primeira intifiada, que é a utilização de ataques coordenados dos grupos de resistência palestinos contra alvos israelenses de maneira mais freqüente, e não somente o ataque da população civil contra a presença militar israelense (como foi a Primeira Intifada). Com a desestabilização do governo Barak, e com o aumento das ondas de violência, Sharon consegue ser eleito como primeiro ministro de Israel e monta um governo de coalizão, eminentemente de direta, mas com a presença de trabalhistas em cargos importantes (mistério da defesa e ministério das Relações Exteriores). O governo de Ariel Sharon deixou claro qual seria sua postura frente aos palestinos: Pressão econômica Através do fechamento das fronteiras com Israel para os trabalhadores palestinos. Pressão militar - ataques preventivos contra alvos palestinos localizados na maioria das vezes nas cidades autônomas palestinas, com o objetivo de desarticular os grupos de resistência. Pressão política - isolamento do principal interlocutor palestino nas negociações de paz, o presidente da ANP Yasser Arafat A pressão econômica pode ser percebida através das elevadas taxas de desemprego na Palestina. Em alguns períodos do ano de 2002, a taxa de desemprego nos territórios ocupados chegou a quase 70%, muito em função do bloqueio de estradas e do fechamento das fronteiras entre Gaza e Cisjordânia com Israel. Grande parte da mão de obra em Israel é formada por Palestinos, que tiram seu sustento através de trabalhos em propriedades israelenses. Este tipo de atitude provoca um grave problema econômico e social nos 15

16 territórios ocupados, levando os palestinos a pressionarem tanto a ANP quanto os grupos de resistência nacional, como o Jihad Islâmico e o Hamas, com o intuito de se encontrar uma saída para o problema, seja ela armada ou negociada. Como tais grupos possuem instituições que dão auxílio educacional, de saúde, alimentação e até mesmo financeiro à população palestina, estes se identificam com tais grupos e geram na sociedade palestina um sentimento positivo com relação a estas organizações. Isto é fruto de uma situação extrema que leva os grupos de resistência palestinos a ocuparem o espaço que seria da própria ANP. Isto dificulta um provável desmantelamento destes grupos de resistência. Uma maneira de tentar desarticular os ataques suicidas sofridos por Israel, em resposta a incursões e ações militares israelenses nos territórios ocupados, é a intensificação de ataques preventivos, seja por meio de assassinatos seletivos, destruição de casas de militantes palestinos e de seus parentes ou por incursões mais violentas em redutos de ativistas palestinos. De fato, a curto prazo, este tipo de estratégia gera o resultado esperado, a diminuição de mortes em Israel decorrentes de atentados terroristas. Porém, o número de baixas causadas no lado palestino é muito alto, principalmente envolvendo civis, algo que, a médio prazo, poderá gerar um problema ainda mais grave contra Israel, que é o aparecimento de homens e mulheres bombas que não estão ligados a nenhum grupo de resistência palestino, mas sim, que perpetram atos contra Israel motivados por um sentimento de vingança. Estes tipos de ataques não podem ser controlados nem pela a ANP, o Hamas, o Jihad Islâmico e nem mesmo pelo o serviço de inteligência israelense. Já a pressão política sobre o presidente da ANP ficou clara desde o início do governo de Ariel Sharon. A tentativa de isolar o presidente Yasser Arafat não está ligada a questões éticas ou morais (se ele apoia ou não o terrorismo), mas sim uma questão bem racional, que é eliminar da cena política palestina um dos únicos líderes que ainda possui a capacidade de influenciar determinados grupos de resistência nacional e de gerar uma certa unidade à política palestina. Para Israel seria muito mais interessante negociar separadamente com as mais diversas elites políticas palestinas (que possuem pontos de vistas bem distintos) do que negociar com um único interlocutor. A possibilidade de negociação de vantagens para cada elite política separadamente aumentaria o poder de barganha de Israel, que poderia contar 16

17 com a falta de articulação e a própria disputa interna entre as elites, algo que possibilitaria uma margem de ganho maior para Israel (dividir para governar). Porém, esta tentativa israelense ainda não conseguiu surtir o efeito desejado, pois mesmo com toda a pressão sobre o presidente da ANP, a maior parte dos países europeus, e muitos outros países nos mais diversos continentes ainda consideram Arafat o interlocutor legítimo dos palestinos. O país que mais apoia Israel neste jogo de pressão são os Estados Unidos da América, que se negam terminantemente a negociarem diretamente com o presidente da ANP. Um outro fator que gera uma razoável pressão política sobre os palestinos é a construção do muro que separa a Cisjordânia de Israel. Este muro não segue as linhas do cessar-fogo de Em alguns locais adentram em território palestino e em outros obstrui o acesso de palestinos a recursos hídricos. Este muro gera nos palestinos uma necessidade de buscar alguma forma mais ágil de negociação, invertendo a lógica temporal da relação entre estes dois atores, antes marcada pela postura mais letárgica da ANP, delegando aos israelenses o ônus de uma disputa lenta, levando-os a buscarem alguma forma de resolver esta situação de pressão temporal. A inversão desta lógica, devido ao cercamento de áreas palestinas através de um muro, gera nos palestinos o receio de que mais terras sejam anexadas ao território israelense, forçando-os a adotarem uma postura mais dinâmica neste processo. A construção do muro nada mais é que uma forma de pressionar a ANP e seus grupos de resistência a tomarem atitudes mais concretas com relação aos interesses israelenses, no que tange o desmantelamento dos grupos de resistência, e concessões mais amplas com relação a Jerusalém e ao retorno dos refugiados. Porém, a criação de um muro entre estas duas áreas só possui uma finalidade temporal muito curta, pois como dizia maquiavel: Louvarei tanto os que construírem fortalezas como aqueles que as não construírem; e censurarei quem quer que seja que, confiado nas fortalezas, pouco se preocupar com ser odiado pelo povo MAQUIAVEL. O Príncipe. São Paulo: Editora Cultrix

18 MAPA III 18

19 É devido a este intrincado conjunto de atores e interesses que o conflito palestinoisraelense constitui um dos mais complexos de serem tratados em todo o mundo. O que se deve deixar claro é que tanto palestinos e israelenses, quanto os demais atores que influenciam este conflito, procuram a materialização dos seus objetivos. Os israelenses na busca de reconhecimento regional e manutenção de sua segurança interna e os palestinos na tentativa de se constituírem como um Estado soberano, como prometido pela resolução 181 de A utilização da forte repressão militar por parte de Israel contra a ANP e os grupos de resistência palestinos (atingindo a população civil), e a utilização de ataques suicidas contra alvos civis israelenses são as formas encontradas por estes dois povos de assegurarem a ocupação do território. Porém, uma contínua e indefinida política de repressão militar não é sustentável a longo prazo, pois gera os mesmos fenômenos que criaram o Hezbollah e a primeira intifada. Da mesma forma, a política de ataques suicidas contra alvos civis e não somente militares, gera um desgaste político e material muito grande, como a derrota de Shimon Perez para Nethaniahu por uma diferença de 1%. (devido principalmente a ataques perpetrados dias antes às eleições israelenses.) O caos político e social existente no conflito palestino-israelense é fruto da inabilidade dos atores deste sub-sistema regional (Oriente Médio) de lidarem com as mudanças políticas, militares, sociais e religiosas da atualidade. O aumento da confiabilidade entre os atores, a melhoria na troca de informações entre os elementos do sistema e a integração destes elementos são fundamentais para gerar um ambiente mais propício a uma saída pacífica do conflito. Por outro lado, a assimetria de poder próprio do sistema internacional, e o seu caráter anárquico, possibilita a manutenção deste conflito por um período de tempo ainda maior. É este tênue equilíbrio que marca o conflito palestino israelense, uma mescla entre características realistas das relações internacionais e características subjetivas do próprio comportamento humano, que envolve percepções religiosas, culturais e sociais destes dois povos envolvidos nesta luta pelo controle do território. 19

20 BIBLIOGRAFIA: CATTAN, Hernry. O direito Internacional e a Palestina. Curitiba: Grafipar HEDGER, Chris. The New Palestinian Revolt. Foreign Affaires. HOURANI, Albert. KHOURY, Philip. WILSON, Mary C. The Modern Middle East. London: Tauris Readers LEWIS, Bernard. O Oriente Médio: do advento do cristianismo aos dias de hoje. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro MAQUIAVEL. O Príncipe. São Paulo: Editora Cultrix MASSOULIÉ, François. Os Conflitos do Oriente Médio. São Paulo: Editora Ática NOUSCHI, Marc. Breve Atlas Histórico do Século XX. Lisboa: Instituto Piaget NOUSCHI, Marc. O Século XX. Lisboa: Instituto Piaget PROENÇA JÚNIOR, Domício & DINIZ, Eugênio & RAZA, Salvador Ghelfi. Guia de Estudos Estratégicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editora RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Editora Ática RAMONET, Ignácio. Geopolítica do Caos. Petrópoles: Editora vozes RAMONET, Ignácio. Guerras do século XXI: Novos temores e novas ameaças. Petrópoles: Editora vozes

21 RONSENAU, James N. Thinking Theory Thoroughly. Colorado :West view press VESENTINE, José William. Novas Geopolíticas. São Paulo: Contexto VIZENTINI, Paulo Fagundes. Oriente Médio e Afeganistão: um século de conflitos. Porto Alegre: Editora Leitura XXI

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