Direito Tributário. Aula 15. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Benedita Duarte Valverde
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3 Aula 15: Administração tributária Objetivo: Apresentar como os órgãos públicos aplicam a lei, ou seja, a Administração tributária. Administração tributária Administração tributária é o conjunto de órgãos públicos com a incumbência de aplicar a legislação tributária e verificar a correção de sua aplicação por parte de terceiros suas principais atividades são a fiscalização, a arrecadação e a cobrança administrativa e judicial dos tributos. Fiscalização A fiscalização consiste na competência constitucional e legal ao Poder Público para pesquisar a ocorrência de fatos geradores, a extensão das obrigações nascidas e o efetivo e escorreito cumprimento dos deveres fiscais. A atividade fiscalizatória atinge toda e qualquer pessoa, seja natural, jurídica, contribuinte, não contribuinte, isenta ou imune. A fiscalização tributária pode lançar mão do auxílio da força pública (federal, estadual ou municipal) quando vítima de embaraço, desacato ou quando necessária para efetivar medida prevista na legislação tributária. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Os termos em questão serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado, se entregará uma cópia autenticada pela autoridade à pessoa sujeita à fiscalização.

4 Sigilo comercial Segundo a legislação tributária, as regras excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros ou documentos comerciais não prevalecem contra a fiscalização. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Dever de informar e sigilo profissional Existe o dever de tabeliães, escrivães, serventuários de ofício e outras pessoas ou entidades, conforme previsão legal, de informar ao fisco bens, negócios e atividades de terceiros. O dever de informar ao fisco abrange a possibilidade da Fazenda Pública obter informações bancárias ou financeiras do contribuinte diretamente das instituições onde elas são realizadas. Sigilo fiscal O fisco está obrigado, pelo sigilo fiscal, a não divulgar informações do contribuinte. A prestação de informações à Justiça não afeta o sigilo fiscal. A Lei Complementar nº 104, de 2001, alterou dispositivos do Código Tributário Nacional, estabelecendo que não é vedada a divulgação de informações como as relativas a inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública; as representações fiscais para fins penais e parcelamento ou moratória. A troca de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, é realizada por processo regularmente instaurado e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.

5 Inscrição e dívida ativa O crédito tributário não pago e não sujeito a qualquer das causas de suspensão da exigibilidade é encaminhado para inscrição na dívida ativa pela repartição administrativa competente. O ato de inscrição é um controle administrativo da legalidade do crédito tributário e suspende a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes do fim daquele prazo. A expressão dívida ativa denuncia a existência de um registro ou cadastro específico onde constam todos os créditos não pagos pelos devedores. Sobre os créditos tributários federais, os órgãos da Secretaria da Receita Federal encaminham aos órgãos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional os não pagos para fins de inscrição. Nos órgãos locais da PGFN, o ato de inscrição é realizado pelo Procurador da Fazenda Nacional. Ocorrida a inscrição, será lavrado um termos e expedida uma certidão para instruir a ação judicial da execução fiscal. Certidão negativa Para a prática de certos atos, pode ser exigida a emissão de certidão que comprove a quitação de tributos. Tal emissão dá-se no prazo de dez dias da data de entrada do requerimento na repartição fiscal. Essa prova de quitação pode se dar por exigência do Poder Público em atos como participação em licitação e contratação, como também por ser de interesse do próprio contribuinte, de qualquer pessoa que queira realizar certos negócios com este ou mesmo para simples verificação de sua situação ante o fisco. Na administração tributária federal, poderão ser fornecidas certidões tanto pelos órgãos da Secretaria da Receita Federal como pelos órgãos da Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional. Entretanto, por força de lei, em todos os casos em que for exigida a apresentação de provas de quitação de tributos federais, deve-se, obrigatoriamente, incluir dentre aquelas, a certidão negativa de inscrição de dívida ativa da União, fornecida pela Procuradoria-Geral.

6 Certidão positiva com efeito de negativa Tem os mesmos efeitos de certidão negativa aquela em que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, cuja exigibilidade esteja suspensa por quaisquer das causas elencadas no artigo 151 do Código Tributário Nacional. Tipos de certidão Temos à disposição três tipos de certidões que demonstram a situação fiscal do contribuinte. A primeira é a certidão positiva que demonstra a existência de créditos não pagos, a segunda a certidão negativa que afirma a inexistência de pendências com o fisco; por fim, a certidão positiva com efeitos de negativa que atesta a existência de créditos em aberto, mas por circunstâncias expressamente previstas em lei, deve ser acatada como se negativa fosse. Vale a pena conferir SANTOS, Roberto Ignácio dos; PEREIRA, Hilton. Manual de Execução Fiscal. Conselho da Justiça Federal. 3. ed. Rio de Janeiro: Conselho da justiça federal, Disponível em: <

de B. Curso de direito tributário. Rio de Janeiro: Saraiva, 2005. CASSONE, V. Direito Tributário. São Paulo: Atlas, 1999. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial.

7 * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS CARVALHO, P. de B. Curso de direito tributário. Rio de Janeiro: Saraiva, CASSONE, V. Direito Tributário. São Paulo: Atlas, COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, SITES BRASIL, Código Tributário Nacional. Legislação Federal. Disponível em: < Acesso em: 18 abr BRASIL, Constituição Federal. Legislação Federal. Disponível em: < Acesso em: 18 abr

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