O Conservatório de Música. Museu Imperial, onde funcionou o Conservatório de Música desde a fundação, em 1

Transcrição

1 O ensino da música no Rio de Janeiro era feito, até meados do século XIX, em cursos particulares de alguns professores. O mais famoso e eficiente desses cursos foi aquele mantido, em sua residência, pelo Padre José Maurício Nunes Garcia ( ), Mestre da Capela Imperial e mais importante compositor brasileiro de seu tempo. No seu curso estudou e formou-se Francisco Manuel da Silva ( ), autor do Hino Nacional Brasileiro e fundador da Sociedade de Música, órgão classista que dava assistência e defendia os interesses profissionais dos músicos. Com o objetivo de formar novos artistas para as orquestras e coros do Rio de Janeiro a Sociedade de Música solicitou ao Governo Imperial, em 1841, autorização para a criação de um Conservatório de Música. O Decreto Imperial nº. 238, de 27 de novembro de 1841, autorizou a Sociedade de Música a extrair duas loterias anuais para a criação e a manutenção do Conservatório. O Conservatório de Música Museu Imperial, onde funcionou o Conservatório de Música desde a fundação, em 1 Sua inauguração de fato só ocorreu em 13 de agosto de 1848, em sessão solene ocorrida no Museu Imperial, antigo prédio do Arquivo Nacional, na atual Praça da República, seguida de um concerto onde foi executada por uma orquestra, entre outras obras, uma Abertura do Padre José Maurício Nunes Garcia. O Conservatório de Música instalou-se inicialmente em um salão do Museu Imperial, tendo como seu primeiro diretor Francisco Manuel da Silva. Em 1855, foi 1 / 5

2 anexado à Academia de Belas Artes. Escola de Belas-Artes abrigou o Conservatório de 1855 a 1872 Sua primeira sede própria foi inaugurada em 1872, pela Princesa Isabel, na Rua da Lampadosa, atual nº. 52 da Rua Luiz de Camões. O prédio, que teve sua pedra fundamental lançada em 1863 e que levou quase dez anos para ser construído, atualmente abriga o Centro Cultural Hélio Oiticica, na Praça Tiradentes. Após a morte de Francisco Manuel da Silva, assumiu a direção do Conservatório o Dr. Thomas Gomes dossantos, em cuja gestão foi elaborado um novo estatuto que reorganizou o Conservatório e criou novas cadeiras, possibilitando a contratação de diversos professores. Seus sucessores imediatos foram Antônio Nicolau Tolentino e Ernesto Gomes Maia. Entre os diversos alunos que passaram pelo Conservatório destacam-se alguns dos mais importantes músicos brasileiros do século XIX, como Henrique Alves de Mesquita, Anacleto de Medeiros, Francisco Braga (autor do Hino à Bandeira) e, principalmente, Antônio Carlos Gomes, famoso autor de Il Guarany. Entre os professores aparecem, entre outros, os nomes de Joaquim Antônio da Silva Callado (flauta), Joaquim Giannini (composição), Carlos de Mesquita (harmonia) e Demétrio Rivero (violino). O Instituto Nacional de Música 2 / 5

3 Leopoldo Miguez Com a Proclamação da República, em 1889, o Conservatório deu lugar ao Instituto Nacional de Música, através do Decreto nº. 143, de janeiro de Seu primeiro diretor foi o compositor Leopoldo Miguéz ( ), que empreendeu uma viagem à Europa para visitar conservatórios e recolher sugestões para serem aplicadas ao ensino, adquirindo, nessa viagem, instrumentos, aparelhos de acústica e livros para o Instituto. Miguez também foi o responsável pela compra de um grande órgão de tubos da marca Wilhelm Sauer, que ofereceu ao Instituto, com o prêmio que ganhou pelo primeiro lugar no concurso que escolheu o Hino à Proclamação da República. Após a gestão de Leopoldo Miguez, sucederam-se na direção do Instituto os compositores Alberto Nepomuceno ( ) e Henrique Oswald ( ). Sede própria do Conservatório, / 5

4 Sob a direção de Nepomuceno, que se manteve à frente do Instituto por mais de dez anos, em duas gestões, o Instituto foi transferido para a sua sede atual, à Rua do Passeio, em 1913, prédio que abrigava anteriormente a Biblioteca Nacional. Dentre inúmeros avanços, Nepomuceno empreendeu nova reforma curricular para atender ao crescente número de alunos, aprovou um novo regimento interno, implementou concursos públicos para professor e criou a Congregação, como órgão deliberativo, composta de todos os professores e de três membros honorários por ela indicados, assim descentralizando o poder da direção. Além disso, organizou a biblioteca (que, hoje, leva seu nome), criada por Miguéz, e seu arquivo musical, seção pela qual tinha especial zelo, chegando inclusive a instalar seu próprio gabinete na biblioteca do Instituto. O Salão Leopoldo Miguéz, uma das mais importantes salas de concertos do país, conhecido pela excelência de sua acústica, foi inaugurado em 1922, na administração de Abdon Milanez. Inspirado na Sala Gaveau, de Paris, seu interior é decorado com afrescos de Antônio Parreiras e Carlos Oswald. Em 1923, assumiu a direção o prof. Alfredo Fertin de Vasconcelos, que criou a orquestra do Instituto, cujo principal regente, em seus primeiros anos, foi o Maestro Francisco Braga. Importante reforma curricular começou a ser empreendida por Mário de Andrade e Antônio de Sá Pereira,durante a gestão de Luciano Gallet, quando o Instituto Nacional de Música foi incorporado à Universidade do Rio de Janeiro. Tal plano de reforma, no entanto, foi executado durante a administração de Guilherme Fontainha, que foi responsável também pelo lançamento da Revista Brasileira de Música, em A Escola Nacional de Música 4 / 5

5 Em Instituto gestão O substituição marcado Mignone Borgeth A Decreto Universidade Ferreira, nas sua grande Baptista divisão destruição demoliu Música atual período país vinte Alberto 1937, salas primeira acadêmica designação parte foi e nº. vários Nacional anos. (violino), Siqueira, foram (regência), por a Agnelo posterior reformulada, do 4.759, Universidade ao grande alguns aula Federal teve Em prédios adquiridos antigo sua Iberê e França, a 1954, do em na é Escola dos Lorenzo reforma, decoração Música Governo marcado figura Sauer, sete Escola vizinhos. concertos. Gomes passando aulas mais adquiriu Rio foi Nepomuceno diferentes torna-se Rio Fernandez criado 27 que doado importantes da Música Militar, Grosso pela Luiz original Janeiro. Durante pianos Escola o modernizou No grande Janeiro administração o ter Heitor Escola mesmo Centro departamentos. a ganhou (violoncelo) como Steinway Universidade Leopoldo (harmonia), Ainda sua foi músicos Corrêa órgão Música, passa estabelecida Nacional gestão base período, suas um nos Pesquisas Tamburini novo Miguéz. a e anos instalações, por chamar-se vários a José Arnaldo compositores Azevedo Joanídia alunos de Coube o Orquestra Já regimento, ocasião Salão 1960, Brasil em Música. Siqueira O tamanhos, Folclóricas, para 1965, quadro de Estrela ainda anos Leopoldo Sodré, seu durante transformou-se Universidade mas graduação. o Sinfônica Nos que Salão (composição), brasileiros grande quando, reurbanização 1970, a docente, (piano). infelizmente Batista anos que estabeleceu primeiro a Miguez Leopoldo gestão na foi se mentor. 1940, por administração Siqueira diretora encontram, nessa como Escola em força em passou Brasil de ocultou Oscar durante da Miguez, Iolanda seu a Francisco época, Lapa, de do por atual evitar e gênero por ohoje, mais ade em que éa A professores, diretores. indicação modernização Bezerra, Harlei partir Antiga Elbert dos Sônia A da anos professora Raymundo servidores comunidade Maria 1980, Escola Vieira, Diva atrelado técnico-administrativos e de acadêmica o sede atual Música. Mendes José ao da diretor, Alves processo Biblioteca A Abalada, e ela foi André sucederam-se responsável Silva, tornou-se Nacional, e Cardoso. redemocratização alunos Therezinha pelo passaram para então no início cargo Schiavo, onde a primeira do os a pelo foi indicar processo professores transferido João qual diretora Guilherme o passava nome de o nomeada Colbert Instituto dos o Ripper, país, novos por Nacional de Nesse soma laboratórios empreendida Bacharelado Música. de Um primórdios suas pouco Novo quase período Nos características da até de três últimos em uma já hoje foi importante Música centenas criado reforma está anos e originais, disponível (oferecido o Tecnologia deu-se primeiro curricular biografia prédio trabalhos projeto início em Programa do aqui e sobre de de Instituto vinte à defendidos grande patrocinado. reforma Etnomusicologia. a e Escola três Nacional proporção, Pós-Graduação geral habilitações) desde pela do Música de Petrobras. então, prédio resultando Nesta Música, da e e de em numa última UFRJ foram inaugurado 1922, Música num nova década desde criados com novo Licenciatura os a país, em foi Curso os restauração seus 1922, que dejá no emmesmo loc 5 / 5