UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Sistemas de Proteção Coletiva: Boas Práticas e Normas Técnicas Éder Horita de Melo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos como parte dos requisitos para a conclusão da graduação em Engenharia Civil Orientador: Prof. Dra. Sheyla Mara Baptista Serra São Carlos 2011

2 AGRADECIMENTOS Meus sinceros agradecimentos à minha família, que me deu apoio, confiança e tranqüilidade para que eu sempre seguisse em frente. Agradeço também aos meus amigos, que através da convivência bem humorada me deram forças, paciência e força de vontade para que este trabalho fosse realizado. Agradeço também aos docentes do DECiv que contribuíram para a minha formação, especialmente à Prof. Dra. Sheyla Mara Baptista Serra, que com sua paciência e bom humor me auxiliou durante toda a graduação e na elaboração deste projeto.

3 RESUMO A indústria da construção civil, devido a vários aspectos do setor, ainda possui altos índices de acidente de trabalho e, muitas vezes, com óbito. Apesar de terem ocorrido numerosas melhorias nas últimas décadas, a segurança no canteiro de obras ainda deixa a desejar. Devido a vários empecilhos, tanto originados pelo empregado como pelo empregador, a evolução deste aspecto na construção civil, na prática, torna-se complexa. Dentro desse quadro, nota-se a dificuldade na abordagem dos Sistemas de Proteção Coletiva (SPC s), pois, ao contrário dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI s), eles são complexos, de responsabilidade coletiva, e necessitam de processos de montagem e desmontagem. Neste trabalho, foram feitas visitas à obras para observação e coleta de dados referentes aos SPC s nelas utilizados e boas práticas relativas à segurança no canteiro. Pode-se observar o uso de SPC s de forma irresponsável, sem projeto de montagem e com eficácia duvidosa. Muitas vezes, os SPC s foram instalados com o intuito de driblar a fiscalização, e não para garantir a segurança dos trabalhadores no canteiro. Palavras-chave: Sistemas de Proteção Coletiva; segurança; acidente de trabalho.

4 ABSTRACT The construction industry due to several aspects of its, still has high rates of accidents at work and many times, it takes the worker to death. Although there have been numerous improvements in recent decades, the safety at the construction site continues to lag. Due to various obstacles, both originated by the employee as the employer, the evolution of this aspect in construction, in practice, it becomes complex. Within this framework, there is the difficulty in addressing the Collective Protection System (CPS's) because, unlike the Personal Protective Equipment (PPE), they are complex, need collective responsibility, and require processes of assembly and disassembly. In this work, visits were made to construction sites for observation and collection of data for CPS's used in there and good practice on site safety. It can observe irresponsible using of the CPS's, without assembly design and dubious effectiveness. Often, the CPS's were installed in order to evade taxation, and not to ensure the safety of workers at construction site. Key-words: Collective Protection System; safety; accident at work.

5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Acidentes de trabalho 1994 a Figura 2: Óbitos no trabalho 1999 a Figura 3: Estimativa global de acidentes fatais (2003)... 9 Figura 4: Motivos de acidentes na construção civil segundo os trabalhadores Figura 5: Escada de mão: travessas e cavilhas Figura 6: Escada de mão: Distâncias e ângulo ideais Figura 7a e 7b: Exemplos de sistema de prolongamento do pé da escada de mão Figura 8a e 8b: Exemplos de fixação de apoios Figura 9: Limitadores com sistema antibeliscão Figura 10: Elementos da escada extensível Figura 11: Detalhe de sistema de travamento por tirante Figura 12: Indicação do ângulo de segurança Figura 13: Escada marinheiro: fixação e dimensões Figura 14: Escada marinheiro: dimensões Figura 15: Dimensões da gaiola de proteção Figura 16: Sinalização e proteção de áreas próximas a acesso de rampas e passarelas Figura 17: GcR de madeira: distâncias Figura 18: Mão francesa de apoio para GcR de plataforma em balanço Figura 19: Sistema de Barreira com Rede Figura 20a e 20b: Exemplos de assoalhos de proteção contra quedas horizontal Figura 21: Assoalho em balanço com suporte em transversais sobre piso Figura 22: Assoalho em balanço com suporte em consolos metálicos Figura 23: Alinhamento da base da torre do elevador Figura 24a e 24b: Tipos principais de guincho Figura 25: Opções para posições de montagem do guincho Figura 26: Proteção do cabo entre tambor e roldana Figura 27:Alturas máximas, estaiamento e ancoramento da torre de elevador Figura 28: Parafuso de ajuste e contrapino Figura 29: Proteção do cabo de elevador interno à construção Figura 30: Cabina semi-fechada Figura 31: Cabina fechada Figura 32: Disposição correta dos grampos na fixação dos cabos de aço Figura 33: Tipos de ocorrência que determinam a substituição de cabo de aço de elevador de obra Figura 34: Tela Regulável - Travamentos Figura 35: Tela de Proteção Articulada de Quina Figura 36: Suporte duplo Figuras 37a e 37b: Suporte duplo com tela fixada em suporte inferior (a) e superior (b) Figuras 38a e 38b: Formas de ancoragem do suporte duplo tripé Figura 39: Calha Figura 40: Fixação da calha à tela Figura 41: Armazenagem de telas. Detalhe: etiquetas de identificação Figura 42: Exemplo de projeto de montagem da Proteção Periférica para Alvenaria Estrutural Figura 43: Medidas necessárias para locação de furo de fixação do suporte Figura 44: Fixação do suporte da Proteção Periférica Figura 45: Travamento entre telas por pino... 67

6 Figura 46: Mudança de tela dos dispositivos inferiores para superiores Figuras 47a e 47b: Corte de pino de encosto Figuras 48a 48b: Elevação de suporte com uso do "gancho pescador" Figura 49: Obra 1, localização Figura 50: Obra Figuras 51a, 51b e 51c: Escada portátil de uso individual Figuras 52a e 52b: Escada tipo marinheiro. Detalhes: Fatores que dificultam acesso Figura 53a e 53b: GcR de madeira e ponto de fixação do mesmo danificado Figura 54a e 54b: Vedação do elevador Figuras 55a e 55b: Assoalho inadequado ou ausência de assoalho de proteção contra queda. 77 Figura 56: Sinalização de pé-direito inferior a 1,80 m Figura 57: 2º pavimento com entulho Figura 58: Utilização de cinto tipo paraquedista na montagem da torre Figura 59: Cabo de aço para conexão de cinto de segurança tipo paraquedista Figuras 60a, 60b e 60c: Andaimes para montagem da torre - travamento dos montantes e rodízios Figura 61: Pavimento desorganizado; cones para isolamento tombados Figura 62: Plataformas de proteção contra queda Figura 63: Placas da extremidade da plataforma arrancadas pelo vento Figura 64: "Gambiarra" na mão-francesa de apoio da plataforma Figura 65: Obra 2, localização Figura 66: Obra Figura 67: Passarela com madeira danificada Figuras 68a, 68b e 68c: Rampa improvisada Figura 69: Escada fixa com sistema GcR Figuras 70a e 70 b: Exemplo de escadas individuais da obra, sem e com cavilhas Figura 71: Perspectiva do suporte do sistema de proteção contra quedas "canarinho" Figuras 72a, 72b e 72c: Proteção "canarinho", parte superior (a), inferior (b), e detalhe de encaixe da barra no suporte Figura 73: Ausência de barras de aço nos cantos da edificação Figura 74: Sistema de proteção contra queda, improvisado Figura 75: Sistema de proteção contra queda, improvisado Figura 76: Ausência de sistema de proteção contra quedas Figura 77: Proteção de aberturas no piso Figura 78: Proteção horizontal a cada três pavimentos na caixa do elevador Figura 79: Proteção GcR da caixa do elevador Figura 80: Proteção de caixa do elevador na laje em forma/desforma Figuras 81a e 81b: Plataforma principal Figura 82: Plataforma secundária presente apenas na sexta laje acima da plataforma principal Figura 83: Tubulação para concretagem Figura 84: Elevador de obra Figura 85: Base da torre do elevador de obra Figura 86: Abrigo do guincheiro Figura 87: Cabo protegido por grade Figura 88: Torre do elevador de obra Figura 89: Cabina do elevador Figura 90: Placa da cabina com informações e advertências Figura 91: Obra 3, localização Figura 92: Obra

7 Figura 93: Cavilhas da escada individual Figura 94: Escada de mão de uso individual Figura 95: Escada fixa de uso coletivo das instalações provisórias Figura 96: Andaime tipo fachadeiro Figura 97: Sistema GcR em face oposta a de trabalho com rodapé de madeira Figura 98: Madeira das superfícies de trabalho em mal estado Figura 99: Superfície de trabalho sem sistema antiderrapante, coberta por restos de argamassa Figuras 100a, 100b e 100c: Ausência de tela em parte da face externa, não utilização de travamento contra desencaixe acidental e apoio do andaime Figura 101: Fixação de suporte na alvenaria Figura 102: Telas "armazenadas" Figura 103: Proteção de periferia da obra. Detalhe: alguns pontos de apoio de telas

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Objetivos Análise de Sistemas de Proteção Coletiva (normas, aspectos de projeto e de produção) Identificar boas práticas que torne o uso dos SPC smais eficaz Justificativa Metodologia Caracterização do Objeto de Estudo Elaboração dos Métodos de Coleta de Dados Pesquisa de Campo Análise dos Resultados Conclusões Estrutura do trabalho CONTEXTO DA SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL Segurança nos Canteiros de Obras Novas Políticas de Incentivo à Segurança na Construção Civil Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário NTEP Fator Acidentário de Prevenção FAP ORIENTAÇÕES LEGAIS NR 18 E RTP S Programa de Condições e meio ambiente de trabalho - PCMAT escadas, rampas e passarelas Escadas Escadas Portáteis Escada de Uso Individual (de mão) Escada Dupla (cavalete ou de abrir) Escada Extensível Considerações Gerais para Escadas Portáteis Escadas Fixas Escada Tipo Marinheiro Escada de Uso Coletivo Rampas e Passarelas Medidas de proteção contra quedas em altura Dispositivos Protetores de Plano Vertical Sistema Guarda-corpo Rodapé (GcR) Sistema de Barreira com Rede Proteção de Aberturas no Piso Dispositivos Protetores de Plano Horizontal Dispositivos de Proteção para Limitação de Queda Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Torres de elevadores Elevadores de Transporte de Materiais Elevadores de Passageiros... 40

9 3.4.4 Requisitos Técnicos de Procedimentos Localização Base Guinchos Guinchos por transmissão de engrenagens por correntes Guinchos automáticos Torre Cabinas Cabinas Semi-Fechadas Cabinas Fechadas Cabos de aço Operação e sinalização Recomendações de manutenção em elevadores de obra Recomendações de Segurança ao Operador do Elevador Andaimes e Plataformas de Trabalho Andaimes Simplesmente Apoiados Andaimes Móveis Andaimes Suspensos Andaimes Suspensos Motorizados Sinalização de Segurança Treinamento Ordem e Limpeza ESTUDO DE CASO empresa fabricante e fornecedora de spc scanmetal: Proteção Modulada de Periferia de Obras Civis Composição Telas de Proteção Telas de Proteção Regulável Telas de Proteção Articuladas em Quina Suportes (Postes) Suporte Duplo Suporte Duplo Tripé Calhas Armazenagem Montagem Montagem de Proteção Periférica no Encaixe Inferior do Suporte Fixação dos Suportes Colocação das Telas Montagem da Proteção Periférica nos Encaixes Superiores dos Suportes Transporte dos Suportes da Proteção Periférica Análise dos dados coletados Obra Caracterização da obra Análise Quanto ao PCMAT Análise Quanto à segurança das Escadas, Rampas e Passarelas Análise Quanto às Medidas de Proteção Contra Quedas em Altura... 75

10 4.2.5 ANÁLISE QUANTO À SINALIZAÇÃO, TREINAMENTO, ORDEM E LIMPEZA análise quanto à segurança na montagem de torre de transmissão CONSIDERAÇÕES GERAIS PLATAFORMA DE PROTEÇÃO contra QUEDAs Análise dos dados coletados Obra caracterização da obra ANÁLISE QUANTO AO PCMAT análise quanto à segurança das escadas, rampas e passarelas análise quanto às medidas de proteção contra quedas em altura análise quanto à segurança na movimentação e transporte de pessoas e materiais considerações gerais elevador de obra para passageiros e materiais ANÁLISE QUANTO À SINALIZAÇÃO, TREINAMENTO, ORDEM E LIMPEZA análise dos dados coletados Obra análise quanto ao pcmat análise quanto à segurança de escadas, rampas e passarelas análise quanto ÀS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA análise quanto à segurança nos andaimes análise do sistema de proteção de periferia para alvenaria estrutural Análise dos dados coletados CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE A APÊNDICE B APÊNDICE C APÊNDICE D APÊNDICE E APÊNDICE F APÊNDICE G

11 1 1. INTRODUÇÃO Através dos tempos o ser humano desenvolveu a capacidade de mudar seu meio ambiente para facilitar a sua sobrevivência. Primeiramente, apenas desenvolvendo pequenas mudanças físicas em seu entorno e em elementos para transformá-los em objetos úteis a seus hábitos. Posteriormente, seriam descobertas formas de se alterar as propriedades de cada material através de processos físicos ou químicos. E isto foi só o começo. De forma geral, desde que se julga um ser inteligente, o homem se apossa de elementos naturais afim de obter um produto final que corresponda a utilidade desejada, o qual melhore sua qualidade de vida. Para isso, necessita-se de processos os quais transformem o natural no produto final. Primeiramente os processos eram simples, assim como os produtos idealizados, os quais foram se tornando cada vez mais complexos. Porém estes processos, desde os mais simples aos mais complexos, sempre ofereceram riscos à saúde e integridade física do indivíduo que os realizam, seja pelo local onde acontecem, pelas ferramentas necessárias no processo, ou por falta de instrução do indivíduo. Conhecemos o indivíduo que realiza o processo como trabalhador. Atualmente, qualquer processo de produção oferece riscos ao trabalhador, desde manuais até os mais sistêmicos. Acidentes ocorrem com frequência na rotina de trabalho. Segundo o Ministério da Previdência Social (1999), acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. No Brasil, a primeira lei a respeito de acidentes de trabalho surgiu em 1919, e se aplicava especificamente ao setor ferroviário, perante um Brasil ainda não industrializado. Em 1934, surge a primeira lei trabalhista no Brasil, que já trata de acidentes de trabalho. Na década de 70 ocorrem dois grandes avanços para a área da segurança no trabalho: é criada a portaria nº 3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras NR; surge a figura do engenheiro de segurança (Histórico da Evolução dos Conceitos de Segurança, 1998).

12 2 As Normas Regulamentadoras NR referem-se à saúde e segurança do trabalhador e devem ser obrigatoriamente aplicadas, das quais deve-se salientar a NR 18, que trata especificamente do setor da construção civil. Elas também tornam obrigatório, em várias ocasiões, a participação de um engenheiro de segurança, que antes atuava mais como um fiscal do Estado e não uma parte integrante da empresa em seu processo de produção (Histórico da Evolução dos Conceitos de Segurança, 1998). Porém nota-se que, mesmo as Normas Regulamentadoras estando em constante atualização, ainda não foram capazes de alcançar seus objetivos. A ocorrência de acidentes de trabalho no Brasil ainda alcança grandes proporções. Segundo o Ministério da Previdência Social, em 2009 foram registrados acidentes dos quais aconteceram com trabalhadores de carteira registrada. Destes, quase 80% ( ) diretamente ligados à característica da atividade profissional desempenhada pelo acidentado. Figura 1: Acidentes de trabalho 1994 a Fonte: NR Comentada (2008).

13 3 Figura 2: Óbitos no trabalho 1999 a Fonte: NR Comentada (2008). Portanto, percebe-se a necessidade de avanços na área da segurança no trabalho. Devem-se analisar os motivos pelos quais ainda há tantas ocorrências (sejam políticos, técnicos ou administrativos), concluir meios e tomar diretrizes que tendam a tornar o ambiente do trabalhador cada vez mais seguro. 1.1 OBJETIVOS Este trabalho tem por objetivo selecionar três Sistemas de Proteção Coletiva, ou SPC s, e analisá-los detalhadamente em relação a normas e requisitos legais, aspectos de projeto e aspectos de produção. Também objetiva-se identificar, para os sistemas selecionados, boas práticas, tanto em canteiro quanto a nível administrativo e de projeto, que possam tornar o uso destes sistemas mais eficaz. A idéia principal é incentivar a criação de mais normas e especificações, afim de obter melhorias na padronização, a produção industrial e a utilização destes sistemas ANÁLISE DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA (NORMAS, ASPECTOS DE PROJETO E DE PRODUÇÃO). Foram selecionadas três obras onde foram encontrados SPC s que se mostraram interessantes a uma análise detalhada. Estes sistemas foram analisados em relação à existência de normas e especificações que garantam sua correta utilização, tanto quanto a padronização de sua produção e fiscalização; aos projetos de cada sistema, sua clareza e riqueza em detalhamento e sua adequação às normas vigentes; à produção dos sistemas, se são feitas de forma improvisada ou de forma industrial, a possibilidade de reaproveitamento, e o cenário das empresas neste setor.

14 IDENTIFICAR BOAS PRÁTICAS QUE TORNE O USO DOS SPC SMAIS EFICAZ. Foram consideradas boas práticas tanto a nível gerencial como no canteiro de obras. Foi considerada a qualidade dos projetos dos SPC s, se os mesmos foram seguidos de forma correta, a organização do canteiro de obras, o comportamento dos operários e a forma de utilização dos sistemas. 1.2 JUSTIFICATIVA Atualmente, é de senso comum o fato de que o setor da construção civil lida com um alto índice de acidentes de trabalho. Além de estes acidentes implicarem em altos custos (financeiros ou não) para o Estado, setor privado e para o trabalhador, eles também levam a prejuízos diretos no custo financeiro da obra e no cumprimento dos prazos estipulados (interdição), podendo até inviabilizar o empreendimento. Uma vez que os acidentes de trabalho não podem ser evitados apenas com um controle administrativo, é necessário o uso de equipamentos que protejam o trabalhador. Para isto, existem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI s) e os Sistemas de Proteção Coletiva (SPC s). Este último é o objeto de estudo deste trabalho. No Brasil, a construção civil deixa a desejar em relação aos SPC s, pois muitas vezes, os sistemas são feitos de forma improvisada, no próprio canteiro, o que além de não garantir sua eficácia, dificulta o reaproveitamento. Outro problema é a falta de sistemas de certificações com embasamento técnico, o que dificulta a produção de SPC s de qualidade por parte das empresas fornecedoras, que já são poucas. Geralmente, a avaliação dos sistemas é responsabilizada a auditores fiscais que, novamente devido à carência de fontes técnicas e normativas, realizam um julgamento baseado em critérios próprios. Normalmente, erros ou falhas presentes em um SPC só são diagnosticados durante sua utilização. A falta de planejamento da segurança em âmbito gerencial, o constante uso de SPC s improvisados, sem eficácia comprovada e com pouca possibilidade de reaproveitamento, a falta de sistemas de certificações com bases técnicas, levam a um cenário onde o desempenho das empresas deixa a desejar. Espera-se que este trabalho incentive a criação de sistemas de certificação, de normas técnicas e a melhoria das já existentes no que se refere aos SPC s, de forma a aumentar o número de fornecedores, assim como a qualidade dos sistemas fornecidos.

15 5 1.3 METODOLOGIA Inicialmente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de extrema necessidade para o entendimento sobre o assunto o qual trata este trabalho. A idéia é fornecer um contexto geral e específico, em escala nacional, sobre o cenário dos equipamentos e sistemas de proteção utilizados na construção civil: se são ou não utilizados; as possíveis causas da ausência de segurança nos canteiros de obra; como se encontra este cenário atualmente, o que tem progredido e quais os novos desafios. Também é de suma importância o embasamento técnico a respeito dos sistemas que serão avaliados. Serão estudadas as normas técnicas, planos e diretrizes pertinentes aos Sistemas de Proteção Coletiva (a exemplo da NR-18 e do Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho, ou PCMAT). Estes documentos contêm informações técnicas para que haja um canteiro de obras provido de segurança. De posse de um embasamento teórico, foram feitos estudos de caso sobre os SPC s presentes nas obras. Segundo Yin (2001), dentre as estratégias de pesquisa existentes, o estudo de caso é preferível para situações contemporâneas dentro de um acontecimento da vida real. Também se justifica a escolha deste método para casos onde o pesquisador carece de controle sobre os eventos analisados. A pesquisa em vista encaixa-se em ambos os contextos. Em seguida explicam-se as etapas do estudo de caso: CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO Os objetos de estudo escolhidos foram obras que possuem ao menos um SPC industrializado. Vale ressaltar a necessidade do acesso à documentação que possua informações sobre composição, projeto, montagem e utilização do SPC em questão. Dentro de obras que preencham este critério, foram escolhidas três a partir de outras considerações (bibliografia abundante, sistema mais inovador, interesse em analisar-se SPC s contra acidentes de diferentes naturezas) ELABORAÇÃO DOS MÉTODOS DE COLETA DE DADOS Primeiramente, foram feitas observações do objeto de estudo referentes aos SPC s. Foi utilizada máquina fotográfica para obtenção de imagens, para posterior análise e apresentação.

16 6 Foram também obtidas informações a respeito da segurança do canteiro em aspectos gerais previstos na NR 18. Foram elaborados questionários em formato de checklist, os quais foram preenchidos para análise dos objetos de estudo. Tais formulários podem ser vistos no final deste trabalho, nos apêndices PESQUISA DE CAMPO Escolhidos os objetos de estudo e concluídas as ferramentas de pesquisa, foram feitas as visitas. Em duas das obras, foi permitido o livre acesso, possibilitando a coleta de dados em diferentes datas. Em uma terceira, a visita teve de ser marcada com antecedência, e ocorreu durante um sábado de manhã. Durante as visitas, foram preenchidos os check-lists e foram feitas várias fotos para auxiliar posteriormente na análise dos dados coletados ANÁLISE DOS RESULTADOS Obtidos, os resultados foram organizados e processados, a partir das checl-lists preenchidas e das fotos feitas durante as visitas. Buscou-se a melhor forma de exposição de tais resultados CONCLUSÕES Foram feitas conclusões particulares para cada objeto de estudo e, finalment, uma decisão geral para todos os três estudos de caso. Foi feita a comparação da forma de utilização dos SPC s nos objetos de estudo com a NR-18 e a documentação existente de projeto e montagem. Também foram analisados os principais problemas ou deficiências no uso do SPC e seus motivos. Espera-se que o trabalho contribua para a confirmação da eficiência e incentivo do uso dos SPC s (principalmente os escolhidos para esta pesquisa), assim como para a identificação das maiores causas da falta de uso destes sistemas. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO O capítulo 2 apresenta a revisão bibliográfica que visa contextualizar a segurança do trabalho na indústria da construção civil, seus números, causas e consequências de sua deficiência.

17 7 O capítulo 3 apresenta acervo técnico pertinente às obras escolhidas para o estudo de caso. Este capítulo irá prover toda a informação necessária encontrada sobre os SPC s utilizados nas obras em questão. O capítulo 4 apresenta os estudos de caso. Constam neste a análise de manual de SPC fornecido pela empresa ScanMetal, seguido da exposição dos dados coletados sobre as três obras objeto de estudo. Foram feitas análises das situações observadas em cada canteiro, e finalmente, uma conclusão particular para cada obra. O capítulo 5 apresenta a conclusão final deste trabalho, alcançada a partir dos dados coletados e das análises específicas de cada obra. Em seguida são apresentadas as referências bibliográficas pesquisadas e os apêndices, nos quais são mostrados os check-lists que foram utilizados para a coleta de dados, durante o estudo de caso.

18 8 2. CONTEXTO DA SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL A indústria da construção civil sempre foi imprescindível para o desenvolvimento da economia nacional. Segundo a Fundação Duprat Figueiredo Filho de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), no ano de 2000, por exemplo, este setor foi responsável por 15,6% do PIB brasileiro e empregou por volta de 3,63 milhões de pessoas. Porém, segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE, 2003), a construção civil representa o setor industrial com maior quantidade de acidentes fatais e não fatais. Não apenas hoje, mas há décadas esta foi uma característica desta indústria, até que em 1997 houve uma reformulação da legislação que rege este setor, embora até hoje ocorra resistência à aplicação desta legislação. Silveira et al (2005) realizou uma pesquisa no hospital de Ribeirão Preto a partir de prontuários médicos, da qual concluiu-se que há vários motivos que fazem da construção civil um setor de alto risco para o trabalhador, dentre eles: pressão de superiores buscando aumento de produção, que gera trabalho acelerado e sem atenção; trabalhadores sem treinamento adequado e conhecimento para realizarem as tarefas requeridas por sua ocupação; más condições no acesso à obra; baixos salários; acúmulo desorganizado de materiais e entulho que podem ocasionar lesões; falta do uso de EPI s. Nesta mesma pesquisa, constatou-se também que muitos dos acidentes não são notificados à Previdência Social. Para isso, existe o CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Porém, muitos dos trabalhadores são informais, não possuem documentação suficiente para qualificar o acidente como de trabalho, tampouco o conhecimento de seus direitos que poderiam assegurá-lo os benefícios garantidos por lei. Muitos deles tomam a responsabilidade do acidente para si (SILVEIRA ET AL, 2005). Várias vezes as próprias empresas aproveitam a desinformação do trabalhador a partir da informalidade, pressionando-o judicialmente a reconhecer a culpa de seus acidentes, o que incentiva a negligência e o descaso ao trabalhador. Estas empresas temem não só a difamação de sua imagem pelo acidente, como também os encargos devido a danos morais e materiais. Na verdade, o papel das empreiteiras deveria ser o inverso, para

19 9 que houvesse um gerenciamento consciente em prol do bem estar e segurança do trabalhador, o que seria benéfico a todas as partes. Os altos índices de acidentes não se limitam ao território nacional. Em escala mundial, a construção civil é um dos segmentos que proporcionalmente apresenta maior índice de acidentes de trabalho, doenças de trabalho e óbitos. O relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2009) apresentado no Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho em 2005, estima que anualmente ocorram 355 mil acidentes fatais no mundo todo, dos quais 60 mil acontecem na construção civil. Como mostra a figura a seguir, a cada 6 acidentes fatais, 1 ocorre nesse setor. Podemos citar como exemplos dados dos Estados Unidos de 2001, onde a construção civil absorvia 7,1% do emprego total no país, porém representou 9,7% de todos os acidentes de trabalho e 20,7% dos acidentes fatais. No mesmo ano, a Espanha tinha 11,6% de seus assalariados trabalhando no setor, que apresentou 26,4% dos acidentes de trabalho e 26,1% dos acidentes fatais. Figura 3: Estimativa global de acidentes fatais (2003). Fonte: OIT (2009). Segundo Egle (2009), as próprias peculiaridades existentes na construção civil explicam facilmente os riscos presentes em um canteiro de obras. Há necessidade de trabalhar-se em grandes alturas (lajes, coberturas, balancins ou andaimes, por exemplo), como também em escavações (pode haver uso de explosivos ou deslizamento de solo, por exemplo). Estes e outros riscos aumentam as estatísticas de acidentes graves e fatais. As estatísticas de 2008 indicaram quase 50 mil acidentes. Além dos acidentes, existem também vários fatores inerentes à construção civil causadores de doenças ocupacionais. Podemos citar como exemplo os elevados níveis de ruído, a manipulação de materiais e objetos pesados sem o auxílio de máquinas, a exposição a produtos químicos e substâncias nocivas. Porém, o fato de as consequências destes fatores ocorrerem, em sua maioria, a médio ou longo prazo, dificulta a apuração dos dados (EGLE, 2009).

20 10 Deve-se salientar também que os dados acessíveis, em quase sua totalidade, são referentes aos acidentes registrados, registros estes que geralmente ocorrem apenas quando o trabalhador possui um vínculo empregatício com o empregador. Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo (SRTE/SP, 2009), os trabalhadores informais atuantes na construção civil correspondem a 70% do total, ou seja, a cada 10 acidentes, apenas 3 tornam-se estatística. 2.1 SEGURANÇA NOS CANTEIROS DE OBRAS Não é à toa que a construção civil apresenta índices tão altos em acidentes de trabalho. Comparado a outros setores, este possui muitas peculiaridades que dificultam um trabalho seguro, a aplicação das leis vigentes e a fiscalização das mesmas. A princípio, para que um processo de produção seja seguro, há necessidade de planejamento. Porém, este planejamento torna-se mais complexo na construção civil, uma vez que este setor apresenta um caráter temporário e, ao menos no Brasil, predominantemente informal. Segundo Pampalon (2009), em um canteiro informal impera a cultura do improviso, que faz com que várias decisões sejam tomadas pelo trabalhador, normalmente incorretas, e sem supervisão. E em obras, decisões erradas podem ser fatais. Ishikawa (2009) reforça a tese. Segundo ele, a maioria dos acidentes ocorre nos empreendimentos de pequeno porte, que geralmente são informais, também denominadas de autoconstrução. São obras realizadas por pequenas empresas ou construtoras, que contratam um número pequeno de trabalhadores sem formação adequada, e sem nenhuma instrução sobre as normas de segurança. Outra grande dificuldade em promover um canteiro seguro e sustentável é o perfil da mão de obra. Segundo Dias (2005) o padrão de um trabalhador da construção civil representa um empecilho à segurança. Alguns dados levantados pelo SESI apontam que os trabalhadores do setor têm vários problemas. Tais problemas são listados no quadro a seguir: Quadro 1: Perfil do trabalhador na indústria da construção civil no Brasil 1) Baixa - 72% dos trabalhadores nunca freqüentaram cursos Qualificação: ou treinamentos. - 80% possuem o 1º grau incompleto e 20% são analfabetos. rotatividade: 2) Alta - 56,5% estão na empresa a menos de um ano.

21 11-47% estão no setor a menos de cinco anos. Salários: 3) Baixos - 50% dos trabalhadores ganham menos de dois salários mínimos. - Média Salarial: 2,8 salários mínimos. 4) Altas carências sociais: - Educação. - Alcoolismo. Fonte: Dias (2005). A Figura 4 a seguir mostra quais os motivos da ocorrência de acidentes segundo os próprios trabalhadores. Figura 4: Motivos de acidentes na construção civil segundo os trabalhadores. Fonte: Egle (2009). Mesmo a NR-18 sendo considerada mundialmente uma das melhores normas por ser muito abrangente, ela não é o suficiente para garantir um baixo índice de acidentes. O país ainda carece de políticas de incentivo, fiscalização e conscientização principalmente por parte dos gestores de pequenas obras. Caso houvesse melhorias em tais aspectos, os canteiros de obras seriam planejados com maior preocupação à segurança e saúde do trabalhador, assim como os trabalhadores se tornariam cada vez menos informais e mais qualificados. Desta forma, certamente haveria redução nos acidentes de trabalho na construção civil e nos danos que futuros acidentes venham a provocar, tanto ao operário quanto ao empreendimento.

22 NOVAS POLÍTICAS DE INCENTIVO À SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL Após a criação das Normas Regulamentadoras, passou a existir uma melhoria constante na legislação e política que rege a segurança e saúde no trabalho. Outra evolução significativa ocorreu em 1995, quando foi criado o CPN (Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção), seguido dos CPR s (idem ao anterior, porém regionais). Juntos, os comitês formam o grupo tripartite, já previsto pela NR18, composto pelo MTE, pelo sindicato dos trabalhadores e engenheiros de segurança, assim como algumas outras entidades representativas da construção civil. O grupo tripartite não só tem contribuído com significativo progresso na segurança (tanto politicamente e tecnicamente), como também ajudou a definir o setor como uma das prioridades nas políticas e programas nacionais de implementação da segurança e saúde no trabalho. Alcançando todos estes benefícios, os comitês se tornaram referência internacional (Ishikawa, 2009). Também podemos citar o progresso no incentivo à segurança que representam duas mudanças no sistema previdenciário NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO NTEP Segundo o Ministério da Previdência Social,o NTEP é um critério utilizado pela perícia do INSS para relacionar determinada doença do trabalhador com as áreas de atuação da empresa que o emprega. Através dele, o médico perito pode presumir que a doença de um trabalhador está diretamente ligada às condições sob as quais ele exerce sua atividade, caracterizando-a assim como doença ocupacional. Anteriormente, o trabalhador que deveria provar a relação entre a doença e o trabalho por ele exercido. Agora, não há necessidade nem ao menos de investigações no local de trabalho. Para que ocorra a caracterização, basta apenas a comparação do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) da empresa com o CID (Código Internacional da Doença), feita a partir de uma tabela. Se a doença diagnosticada pelo perito constar na listagem referente às áreas de atuação do empregador, esta automaticamente será caracterizada como doença de trabalho. Os papéis se inverteram: agora, à primeira instância, o empregado é beneficiado, e o empregador deve provar o contrário, caso o trabalhador seja o responsável pela doença (Ministério da Previdência Social, 2007).

23 13 Este método foi criado após um longo período de estudos aprofundados, onde o INSS constatou o aumento do desenvolvimento de determinadas doenças com frequência muito maior em determinados segmentos econômicos (MBA Consultoria). Assim, será possível a transferência do ônus de acompanhamento da patologia do estado ao setor privado, incentivando assim o empregador a promover melhorias nas condições de serviço de seus empregados (MBA Consultoria) FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO FAP Para explicar o FAP, primeiro deve-se citar o SAT - Seguro Acidente de Trabalho. Segundo o Ministério da Previdência Social (BRASIL, 2009), para custear o SAT, toda empresa paga tributos mensais ao INSS. O valor de tal tributo é calculado a partir de uma percentagem aplicada sobre o valor da folha de pagamento da empresa. A percentagem pode ser de um, dois ou três por cento, variando conforme o nível de risco do segmento econômico no qual a empresa atua (é cabido salientar que na indústria da construção civil, na maioria dos empreendimentos, o SAT é de três por cento). O FAP consiste em um regulador do SAT. É um coeficiente que pode variar de 0,5 a 2. Ou seja, ele pode cortar pela metade ou dobrar o valor da contribuição da empresa para custear o SAT. Seu valor depende da frequência, duração e custos dos afastamentos registrados na empresa nos últimos dois anos (BRASIL, 2009). Empresas onde ocorrem poucos afastamentos provenientes de doenças e acidentes de trabalho terão sua taxa de contribuição reduzida, assim como outras com numerosa ocorrência destes problemas terão suas taxas elevadas. Assim, será interessante à empresa promover um ambiente de trabalho mais saudável e seguro quanto possível, pois segurança e salubridade estarão diretamente ligadas aos custos da empresa (BRASIL, 2009). Espera-se também que o FAP incentive o diálogo entre empregadores e trabalhadores afim de promover avanços e melhorias no ambiente de trabalho, assim como na qualidade de vida do trabalhador brasileiro (BRASIL, 2009).

24 14 3. ORIENTAÇÕES LEGAIS NR 18 E RTP S Como já dito anteriormente, no Brasil, são as Normas Regulamentadoras as responsáveis em dar as diretrizes e fornecer orientação técnica quanto à segurança e saúde no trabalho. Para a indústria da construção civil, a principal é a NR-18, a qual é eficiente e constantemente atualizada. Como apoio a norma, existem documentos chamados de Recomendação Técnica de Procedimentos (RTP), dotados de informações técnicas referentes a aspectos específicos de segurança, sendo atualmente cinco no total. Este capítulo tem por objetivo descrever a documentação supracitada. Serão citados apenas os itens considerados mais importantes para este estudo de caso, e que venham a ser necessários para a análise dos dados coletados. Nos itens referentes às RTP s, só serão apresentadas informações que não constam na NR 18. Obs.: Todo texto descrito neste capítulo foi baseado nas seguintes referências: Norma Regulamentadora 18 (BRASIL, 2011). Recomendações Técnicas de Procedimentos 01 Proteção Contra Quedas em Altura (FUNDACENTRO, 1999). Recomendações Técnicas de Procedimentos 02 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Elevadores de Obra (FUNDACENTRO, 1999). Recomendações Técnicas de Procedimentos 04 Escadas Rampas e Passarelas (FUNDACENTRO, 2004). 3.1 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO - PCMAT O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho, mais conhecido como PCMAT, consiste em uma documentação referente à vários aspectos de segurança e ambiente de trabalho, e é contemplado pelo item 18.3 da NR 18. É obrigatória sua elaboração e cumprimento em obras com vinte ou mais trabalhadores e deve contemplar os aspectos desta NR e dispositivos complementares de segurança.

25 15 Deve contemplar as exigências da NR 9 Programa de Prevenção e Riscos Ambientais. Deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério do Trabalho Regional MTb. Deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área da segurança do trabalho. Sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio. Documentos que constituem o PCMAT: memorial sobre condições e meio ambiente do trabalho, indicando os riscos de acidente e doenças de trabalho e suas medidas preventivas; projeto de execução dos EPC s de acordo com cada etapa da obra; especificação técnica dos EPC s e EPI s a serem utilizados; cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; layout inicial do canteiro de obras contemplando previsão das dimensões das áreas de vivência; programa educativo sobre prevenção de acidentes e doenças de trabalho, e sua carga horária. 3.2 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS A seguir serão comentados todos os tópicos da NR 18 referentes à escadas, rampas e passarelas, presente no item da norma. A madeira utilizada deve estar em bom estado, sem nós ou rachaduras que comprometam sua resistência, e seca. É proibido o uso de pintura que esconda imperfeições. As escadas, rampas e passarelas para pessoas e materiais devem ser de construção sólida, dotadas de corrimão e rodapé. Toda passagem entre pisos de níveis com diferença superior a 0,40 m deve ser feita através de escadas ou rampas. É obrigatória a instalação de escadas e rampas provisórias para transposição de níveis como meio de locomoção dos trabalhadores ESCADAS Devem ser dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores, com largura mínima de 0,80 m. Deve ter ao menos um patamar de descanso a cada 2,90 m, com largura e comprimento mínimos iguais à largura da escada.

26 16 A escada de mão só poderá ser utilizada para acessos provisórios e serviços de pequeno porte. As escadas de mão devem ter extensão máxima de 7,00 m, com distância entre degraus uniforme, variando entre 0,25 m e 0,30 m. É proibido o uso de escada de mão com montante único. É proibido utilizar escada de mão em locais: próximos a portas, aberturas, vãos, locais de circulação, ou onde haja risco de queda de materiais. A escada de mão deve: ultrapassar o piso superior em 1,00 m, ser fixada nas partes superior e inferior, ser dotada de degraus antiderrapantes e ser apoiada em piso resistente. É proibido o uso de escada de mão próximo à rede ou equipamento elétrico que esteja desprotegido. A escada de abrir deve ser rígida, dotada de acessórios que mantenham sua abertura constante, e com comprimento de no máximo 6,00 m (fechada). A seguir, serão comentadas as recomendações técnicas de procedimentos que são tratadas na RTP 04 Escadas, rampas e passarelas, que funciona como um complemento do item da NR 18. Esta RTP divide as escadas em portáteis e fixas. Há três tipos de escada portátil: de uso individual (mão), dupla e extensível. Quando utilizadas próximas à área de circulação de pessoas ou veículos, deve haver sinalização para atentá-los contra o impacto com a escada. Já as fixas são divididas em gaiola (marinheiro) e de uso coletivo ESCADAS PORTÁTEIS ESCADA DE USO INDIVIDUAL (DE MÃO) Utilizada apenas provisoriamente, por curtos períodos de tempo, e apenas para serviços leves. São compostas por montantes (elementos verticais) e travessas (degraus). Os montantes devem ser espaçados de 0,45 m a 0,55 m entre si. As travessas devem ser fixadas por meio de cavilhas ou outro dispositivo que garanta sua rigidez, e deve suportar uma carga mínima de 160 kgf em seu ponto mais desfavorável.

27 17 Figura 5: Escada de mão: travessas e cavilhas Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). O comprimento ideal entre apoio inferior e em relação à vertical é de um quarto da distância entre apoio inferior e superior, e o ângulo ideal é de 75º, como mostra a figura 6. Figura 6: Escada de mão: Distâncias e ângulo ideais. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002).

28 18 A escada de mão deve ser construída e receber manutenção de trabalhador qualificado. Em seu uso, o indivíduo deve sempre estar de frente à escada, utilizando as duas mãos. Em caso de necessidade de transporte de material ou equipamento, este deve ser feito por meio de bolsa ou recipiente semelhante. No caso de não haver possibilidade de nivelamento do piso de apoio, é permitido o prolongamento do pé da escada por meio de sistema automático ou mecânico. Figura 7a e 7b: Exemplos de sistema de prolongamento do pé da escada de mão. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). As escadas de mão devem ser fixadas adequadamente no ponto de apoio superior e inferior, como mostra as figuras 8a e 8b. Figura 8a e 8b: Exemplos de fixação de apoios. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). Seu transporte deve ser feito na posição horizontal, evitando-se choques. Se transportada por apenas uma pessoa, a parte frontal deve permanecer a uma altura acima

29 19 da cabeça de quem a transporta. Porém, aconselha-se o transporte por duas ou mais pessoas ESCADA DUPLA (CAVALETE OU DE ABRIR) A escada dupla ou de abrir deve ter distância entre montantes no ponto mais alto de 0,30 m, aumentando em direção à base na razão de 0,05 m a cada 0,30 m de altura. Ela também deve ser dotada de dobradiças com afastadores e limitadores que evitem lesão na mão do trabalhador ao fechar a escada (sistema antibeliscão), como pode ser visto na figura 9. Figura 9: Limitadores com sistema antibeliscão. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). Ao ser utilizada a escada deve ser posicionada de forma a estender totalmente os limitadores de abertura. É proibida qualquer improvisação de algum material ou objeto para substituir o limitador de abertura (exemplo: fio, arame, corda).

30 ESCADA EXTENSÍVEL As escadas extensíveis devem ser constituídas de duas seções. Elas devem ser compostas de: montantes, travessas, roldana, guias, duas catracas, corda para manobra de extensão e sapata antiderrapante de segurança nos montantes. A figura 10 mostra alguns desses elementos. Figura 10: Elementos da escada extensível. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). As catracas e guias metálicas devem estar dispostas de forma a garantir resistência equivalente à de uma escada de mão de mesmo comprimento. As catracas e roldanas (carretilhas ou moitão) devem estar sempre em bom estado de conservação. A corda não pode estar desgastada ou desfiada. A escada deve possuir dispositivo limitador de curso no quarto vão, a contar das catracas, da forma que garanta a sobreposição de 1,00 m quando estendida. Se possuir mais de 7,00 m, a escada extensível deverá ser dotada de sistema de travamento (tirante ou vareta de segurança) para evitar que os montantes fiquem soltos,

31 21 prejudicando assim a estabilidade da escada. A figura 11 ilustra o sistema de trava por tirante. Figura 11: Detalhe de sistema de travamento por tirante. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002) CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA ESCADAS PORTÁTEIS Recomenda-se para as escadas de mão e extensível, a presença de indicação do ângulo ideal de inclinação, por meio de placa metálica no montante, pintura, etc., como mostrado a seguir. Figura 12: Indicação do ângulo de segurança. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002).

32 22 Também é recomendado o controle e acompanhamento do estado e manutenção das escadas, por meio de fichas ou outro sistema de memória. Em escadas de abrir ou extensível, não é aconselhável ultrapassar os últimos três degraus, para garantir sua estabilidade. As escadas individuais ou extensíveis com mais de 25 kg devem ser erguidas por no mínimo dois trabalhadores. Os montantes devem ter apoio inferior firme. Deve-se utilizar sistema antiderrapante ou outro de fixação que garanta a estabilidade da escada. As escadas portáteis devem ser guardadas horizontalmente, em local protegido contra intempéries, com ganchos fixados à parede suficientes para evitar o empenamento ESCADAS FIXAS ESCADA TIPO MARINHEIRO Geralmente são constituídas por estrutura metálica, utilizada em locais elevados ou profundos, que excedam 6,00 m, com graus de inclinação variando entre 75º e 90º em relação ao chão, e dotadas de gaiola de proteção. Os montantes devem ser fixados na parede a cada três metros. Os degraus podem ser fixados na parede ou no montante. Na figura 13, pode-se ver o esquema de uma escada marinheiro.

33 23 Figura 13: Escada marinheiro: fixação e dimensões. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). As extremidades inferiores podem ser fixadas no chão ou chumbadas na parede. As superiores devem ultrapassar em um metro a superfície que se deseja alcançar, e serem dobradas para baixo. No caso de degraus fixados na parede, a parte mais alta deve ser dotada de balaústre que permita apoio do trabalhador. A seção transversal do degrau deve possuir formato que facilite a pegada da mão, e resistência de aproximadamente três vezes ao esforço máximo ao qual estará sujeita.

34 24 Figura 14: Escada marinheiro: dimensões. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). A largura dos degraus, como mostra a figura anterior, deve estar entre 0,45 m e 0,55 m, e devem estar a uma distância da parede entre 0,15 m e 0,20 m. Se tiver altura maior que 6,00 m, a escada marinheiro deve ter gaiola de proteção. A gaiola de proteção deve ser composta de aros (anéis) e no mínimo de três barramentos, de seus anteparos devem suportar a no mínimo 80 kgf no ponto mais desfavorável. Ela deve ser instalada a partir de 2,00 m do piso inferior e transpassar o superior em no mínimo 1,00 m, acompanhando a altura dos montantes. A distância entre anéis deve estar entre 1,20 m e 1,50 m, e eles não podem estar a mais de 0,60 m de distância dos degraus, como visto na figura 15 a seguir. A dimensão da abertura do anel inferior deve ser maior em 0,10 m do que as outras, para garantir espaço para movimentação inicial ou final do trabalhador.

35 25 Figura 15: Dimensões da gaiola de proteção. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). Caso seja maior que 10 m, a escada deve possuir plataformas de descanso a, no máximo, cada 9,00 m, ou 4,00 m se for subterrânea. A dimensão mínima do espaço de descanso é de 0,60 x 0,60 m. A plataforma deverá possuir sistema de guarda-corpo e rodapé, com travessão superior de altura 1,20 m, travessão intermediário de 0,70 m e rodapé de 0,20 m. É proibida a permanência simultânea de dois ou mais trabalhadores numa mesma seção compreendida entre montantes do guarda-corpo, para não comprometer a segurança da escada. Em caso de necessidade de transporte de material ou ferramenta, este deve ser feito por bolsa ou semelhante, pois as mãos devem estar livres para apoiar nos degraus. O corpo deve estar de frente para os degraus durante a travessia. Não pode haver passagem de tubulação ou outro elemento que ofereça risco ao usuário. A escada deve receber inspeção periódica.

36 ESCADA DE USO COLETIVO A escada de uso coletivo deve ser instalada caso haja mais de vinte trabalhadores que necessitem transpor diferença de nível. A escada deverá possuir sistema de guarda-corpo e rodapé, com travessão superior de altura 1,20 m, travessão intermediário de 0,70 m e rodapé de 0,20 m. A largura da escada deve ser definida em função da quantidade de trabalhadores que a utilizarão, conforme tabela a seguir: Tabela 1: Dimensionamento da largura de escada de uso coletivo. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). Escadas com largura maior que 2,00 m podem ter corrimão intermediário. Escadas coletivas com desníveis maiores que 2,90 m devem ser dotadas de patamar intermediário, com largura igual à da escada e comprimento mínimo igual à largura. Para dimensionar altura entre degraus e comprimento do degrau, utiliza-se a tabela a seguir: Tabela 2: Dimensionamento dos degraus da escada de uso coletivo. abaixo: Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). Para inclinações que não constam na tabela, entre 24º e 38º, utiliza-se a fórmula

37 27 Equação 1: Dimensionamento dos degraus de escada de uso coletivo. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002) RAMPAS E PASSARELAS Definem-se como rampas ou passarelas as superfícies para transpor pessoas e materiais com superfícies de angulo entre 0º e 15º em relação à horizontal. Em caso do ângulo ser igual a 0º, a superfície é chamada de passarela, senão é Devem ser mantidas em perfeitas condições de uso e segurança. Rampas devem ser fixadas no piso superior e inferior, com inclinação máxima de 30º em relação ao piso. Nas rampas com inclinação maior que 18º, devem ser instalados elementos transversais a cada 0,40 m, para apoio dos pés. As rampas provisórias para caminhões devem ter no mínimo 4,00 m de largura, e serem fixadas inferior e superiormente. Não devem existir ressaltos entre o piso da passarela e do terreno. Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em função de seu comprimento total e das cargas às quais estarão submetidas. Abaixo serão comentadas as recomendações técnicas de procedimento referentes à rampas e passarelas, presente na RTP 04 Escadas, rampas e passarelas, complemento do item da NR 18, que refere-se também à escadas, rampas e passarelas. Primeiramente, a RTP define como calcular a largura da rampa ou passarela. Tabela 3: Largura de rampas e passarelas. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002).

38 28 As rampas com inclinação maior que 6º deverão possuir sistema antiderrapante. Os apoios das passarelas devem ultrapassar no mínimo um quarto da largura do vão, de cada lado. Esta também deve ser a distância entre montantes do guarda-corpo. Taludes devem ter sua estabilidade tecnicamente garantida, em caso de terrenos naturais. As áreas próximas aos acessos da rampa ou passarela também deverão possuir guarda-corpo e rodapé, e deverão ser sinalizadas, como mostra a figura 16. É proibido o uso de tábuas e outros materiais improvisados como rampa ou passarela. Figura 16: Sinalização e proteção de áreas próximas a acesso de rampas e passarelas. Fonte: Adaptado de RTP 04 Escadas, Rampas e Passarelas (2002). 3.3 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA O item da NR 18 onde é possível encontrar as informações a seguir é o item Também serão comentadas as recomendações técnicas de procedimento presentes na RTP 01 Medidas de proteção contra quedas em altura, que existe como complemento do item da NR 18. É de prioridade máxima adotar inicialmente medidas que objetivem o impedimento de quedas. Se, e somente se, a hipótese anterior não for possível deve-se utilizar recursos limitadores de quedas. A instalação de sistema de proteção coletiva é obrigatória em qualquer local onde haja risco de queda de trabalhadores ou de materiais. As aberturas nos pisos devem ser protegidas com fechamento resistente.

39 29 No caso de serem utilizadas para transporte vertical de materiais, as aberturas devem possuir guarda corpo fixo e, nos locais de entrada e saída de material, fechamento do tipo cancela ou similar. Os vãos de acesso à caixa de elevador devem ser protegidos com fechamentos de no mínimo 1,20 m de altura, resistentes e devidamente fixados à estrutura, até que as portas sejam definitivamente instaladas. A partir do início dos serviços para concretagem da primeira laje, é obrigatória a instalação, na periferia da edificação, de proteção contra queda de trabalhador ou projeção de materiais. O sistema de proteção contra quedas guarda-corpo e rodapé, se utilizada, deve ter: travessão superior com altura de 1,20 m; travessão inferior de 0,70 m; rodapé com altura de 0,20 m; vãos entre travessas devem ser protegidos com telas ou outro acessório que garanta o fechamento seguro das aberturas. Em edifícios com mais de quatro pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje, no mínimo um pé-direito acima do terreno. Esta deve ter dimensão de 2,50 m de projeção horizontal a partir da face externa da edificação, e possuir um complemento em sua extremidade de 0,80 m, a uma inclinação de 45º. A instalação da plataforma supracitada deve ser realizada após a concretagem da laje onde será posicionada, e só retirada após conclusão de revestimento externo de todos os pavimentos acima dela. Acima da plataforma principal, devem ser instaladas plataformas secundárias de três em três lajes. Ela deve ter projeção horizontal de 1,40 m a partir face externa da construção e um complemento idêntico ao da plataforma principal. Cada plataforma deve ser instalada assim que concretada a laje onde será posicionada, e retirada somente após concluir-se o revestimento externo de todos os pavimentos acima dela. Para edifícios dotados de subsolo, deve-se ainda instalar plataformas terciárias de proteção a cada duas lajes a partir da plataforma principal, contando para baixo, com projeção horizontal de 2,20 m, com complemento e condições de instalação e retirada idênticos às plataformas anteriores. Em construções cujos pavimentos mais altos forem recuados, deve-se instalar uma plataforma de proteção principal na primeira laje recuada e instalar as plataformas secundárias acima desta, da mesma forma descrita anteriormente. As plataformas devem ser construídas de maneira resistente e é proibida a aplicação de sobrecargas que possam prejudicar a estabilidade de sua estrutura.

40 DISPOSITIVOS PROTETORES DE PLANO VERTICAL SISTEMA GUARDA-CORPO RODAPÉ (GCR) O sistema GcR tem como função a proteção contra riscos de queda de pessoas, materiais e equipamentos. Ele deve ser constituído de material rígido e resistente, nas áreas de trabalho e circulação onde haja risco de queda de pessoas, materiais ou objetos. Aconselha-se a utilização da madeira, ou material com mesma resistência e durabilidade. O GcR é composto dos seguintes elementos: Travessão superior (barrote, listão, parapeito): constituído por uma barra, sem aspereza, que deve servir de proteção como anteparo rígido. Deve ser instalado a uma altura de 1,20 m (distância entre chão e eixo da peça) e ter resistência de 150 kgf/metro linear em seu centro. Travessão intermediário: é a barra horizontal situada entre travessão superior e rodapé. Deve ser instalado a uma altura de 0,70 m (distância entre chão e eixo da peça). Nos outros aspectos, é igual ao travessão superior. Rodapé: elemento apoiado sobre piso, com o intuito de evitar a queda de materiais e objetos. Composto de placa plana e resistente, com altura mínima de 0,20 m, com mesmas características e resistência dos travessões. Montante: elemento vertical utilizado para ancorar o GcR ao piso onde há risco de queda. É onde devem ser fixados os outros três elementos. Deve ter mesmas características e resistência que os travessões. A distância máxima entre montantes A figura a seguir mostra os elementos do GcR e suas dimensões corretas.

41 31 Figura 17: GcR de madeira: distâncias. Fonte: Adaptado de RTP 01 Medidas de Proteção contra quedas em altura (1999). Também para impedir a queda de materiais, deve-se fechar o espaço entre travessões e rodapé com tela de 150 kgf/ metro linear. A malha deve ter aberturas entre 20 mm a 40 mm, deve ser fixado pelo lado de dentro dos montantes, e pode ser substituída por material de igual resistência e durabilidade. A madeira que compõe o GcR não deve ter aparas, nós, rachaduras ou falhas que comprometam sua resistência ou características. É proibido o uso de peças pintadas com tinta, que possa dificultar detecção de falhas no material. É indicada a aplicação de duas demãos de verniz claro, óleo de linhaça quente ou outro semelhante. No caso de uma plataforma de trabalho em balanço, o apoio do GcR deve ser reforçado com o uso de mão francesa, como é mostrado na figura a seguir. Figura 18: Mão francesa de apoio para GcR de plataforma em balanço. Fonte: Adaptado de RTP 01 Medidas de Proteção contra quedas em altura (1999).

42 32 A largura mínima dos travessões é de 0,20 m para compensado de 0,01 m e de 0,15 m para compensado de 0,025 m. Caso a altura de 1,20 m seja insuficiente para execução segura de determinada atividade, ela deve ser aumentada até altura compatível com o serviço a ser realizado. Se necessário serão adicionados mais travessões, sendo que a distância máxima entre eles é de 0,50 m, sendo este espaço preenchido com tela de arame galvanizado nº 14 ou material de resistência e durabilidade equivalentes. O travessão intermediário poderá ser substituído por barrotes verticais, contanto que a distância máxima entre eles seja de 0,15 m, que eles tenham a resistência e características já definidas neste item, e que os espaços sejam fechados com a mesma tela supracitada. Se composto por elementos metálicos, o GcR poderá ter outros métodos de fixação, sendo permitido a combinação entre peças metálicas e de madeira, desde que satisfaçam as características de segurança, resistência e durabilidade já citadas neste item SISTEMA DE BARREIRA COM REDE Diferente do GcR, este sistema é constituído por dois elementos horizontais (inferior e superior) fixados rigidamente à estrutura da edificação em suas extremidades. A área entre estes dois elementos é preenchida com rede de arame galvanizado nº14, com aberturas entre 20 mm e 40 mm e resistência de 150 kgf/metro linear, ou outro elemento com resistência e durabilidade equivalente. Os elementos horizontais devem ser constituídos de cabos de aço ou tubos metálicos. Em caso de utilização de cabos de aço, os mesmos devem estar tracionados por dispositivos tensores. O elemento horizontal superior servirá de parapeito e deverá ser instalado à altura de 1,20 m em relação ao piso. O inferior deverá ser preso ao piso a cada 0,50 m, sendo que o espaço entre cabo/tubo e piso tolerável é de 0,03 m. Ambos os elementos horizontais funcionarão como estrutura de fixação da tela. A fixação do sistema deve ser feita na estrutura definitiva da edificação de forma a garantir resistência mínimade 150 kgf/metro linear a impactos transversais. A tela deve ter amarração contínua e uniforme aos elementos superior e inferior em toda a extensão horizontal, sendo fixadas também, nas extremidades, em toda dimensão vertical. Em todo ponto do sistema, a resistência mínima a esforços horizontais deve ser de 150 kgf/metro linear. O sistema de barreira com rede é ilustrado na figura a seguir.

43 33 Figura 19: Sistema de Barreira com Rede. Fonte: Adaptado de RTP 01 Medidas de Proteção contra quedas em altura (1999) PROTEÇÃO DE ABERTURAS NO PISO As aberturas no piso, mesmo que utilizadas para transporte, devem ter proteção contra queda idêntica ao sistema GcR. No ponto de entrada e saída, deve haver fechamento tipo cancela ou semelhante. Caso o uso de cercado fixo impossibilite o transporte, pode ser utilizado o cercado removível, contanto que devidamente sinalizado. Os acessos às caixas de elevador também devem ser protegidos com sistema GcR, painel inteiriço ou metálico (contanto que tenham características de resistência e durabilidade equivalentes ao do GcR) até que as portas definitivas sejam instaladas. Devem-se instalar dispositivos de proteção contra queda em toda a periferia da edificação desde o início dos serviços de concretagem da primeira laje. Para facilitar a instalação do GcR aconselha-se a já se prever onde devem ser fixados os montantes da próxima laje a ser concretada, e nestes pontos adicionar suportes de fixação para os montantes. Só é permitida a retirada da proteção periférica para a execução da alvenaria definitiva de onde a mesma se encontra fixada.

44 DISPOSITIVOS PROTETORES DE PLANO HORIZONTAL Todas as aberturas nos pisos não utilizadas para transporte devem ser protegidas por fechamento provisório fixo (assoalho com encaixe), de maneira que não haja seu deslizamento (figura 20a e 20b), ou por sistema GcR. Figura 20a e 20b: Exemplos de assoalhos de proteção contra quedas horizontal. Fonte: Adaptado de RTP 01 Medidas de Proteção contra quedas em altura (1999). A proteção deve ser inteiriça, sem frestas ou falhas, fixadas a peças de madeira ou metálica de forma a impedir a queda de objetos. Ela deve resistir no mínimo a 150 kgf quando destinada apenas à passagem de pessoas. Caso haja circulação de veículos ou cargas com pesos superiores ao de um trabalhador, a proteção deve ser projetada conforme os esforços aos quais estará sujeita. Os elementos de instalações prediais que necessitem de aberturas no piso devem possuir fechamento provisório sempre que não estiver sendo executado nem um serviço no mesmo. Os poços de elevadores devem possuir assoalhos: A cada três lajes ou dez metros, a partir de sua base. Quando ocorrer forma ou desforma de laje imediatamente superior. A tampa do assoalho deve ser de madeira, compensado ou metal, de forma a garantir os esforços verticais já citados anteriormente neste item. Se forem utilizados outros dispositivos, eles devem ter seus projetos previamente aprovados pela FUNDACENTRO. Quando houver necessidade de carga e descarga por fora da edificação, através de determinados vãos, serão instalados nos mesmos assoalhos em balanço, em conjunto com sistema GcR. O assoalho pode ser apoiado em suportes transversais colocados sobre o piso, ou em consolos metálicos embutidos na construção (figura 21 e 22).

45 35 Figura 21: Assoalho em balanço com suporte em transversais sobre piso. Fonte: Adaptado de RTP 01 Medidas de Proteção contra quedas em altura (1999). Figura 22: Assoalho em balanço com suporte em consolos metálicos. Fonte: Adaptado de RTP 01 Medidas de Proteção contra quedas em altura (1999). Em todo perímetro e próximos a vãos e aberturas de superfícies de trabalho do edifício devem ser instalados dispositivos de fixação de cabo-guia ou cinto de segurança, para que a execução dos serviços próximos a estas áreas seja realizada de forma segura. Estes dispositivos de fixação devem permanecer fixados após término da obra, para serem utilizados no caso de manutenção ou reforma.

46 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA LIMITAÇÃO DE QUEDA Entre as plataformas de proteção contra queda, e fixadas às mesmas, devem ser instaladas tela de resistência de 150 kgf/metro linear, de malha de abertura de entre 20 mm e 40 mm, ou material de resistência e durabilidade equivalentes. Os intervalos dos suportes das plataformas devem ser de no máximo 2,00 m, exceto quando o projeto de execução autorize espaços maiores. Quando utilizados suportes metálicos, eles devem ser convenientemente dimensionados e devem estar em bom estado de conservação, de forma a não comprometer a segurança da estrutura das plataformas. Eles devem receber inspeção periódica. O estrado das plataformas deve ser contínuo e não apresentar vãos. No caso da necessidade de passagem de prumadas, os recortes devem ter dimensões mínimas necessárias. Caso trechos da plataforma forem retirados para transporte indispensável, tais trechos devem ser recolocados logo após o transporte ser finalizado. A desmontagem só deve ser iniciada após a retirada de todo material ou detrito nela acumulada. O sistema das plataformas de proteção pode se substituído por andaime fachadeiro, com telas instaladas em toda o sua face externa. A desmontagem das plataformas de proteção deve ser feita ordenadamente, de cima para baixo. Só é permitida a desmontagem no sentido inverso caso seja utilizado andaime suspenso mecânico pesado ou andaime fachadeiro. 3.4 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS A seguir, serão apresentadas as informações que constam na NR 18 sobre movimentação e transporte de pessoas e materiais, em canteiro de obras, que pode ser encontrada no item da mesma. Também serão comentadas as recomendações técnicas de procedimento presentes na RTP 02 Movimentação e transporte de pessoas e materiais: elevadores de obra, que funciona como complemento do item da NR 18. Todo equipamento de transporte vertical (pessoas e materiais) deve ser dimensionado por profissional legalmente habilitado, e montado por trabalhador qualificado.

47 37 A manutenção deve ser feita por trabalhador qualificado, e supervisionada por profissional legalmente habilitado. Todo equipamento de transporte vertical deve ser operado por trabalhador qualificado, com função anotada em Carteira de Trabalho. É proibida permanência ou circulação de pessoas em áreas de transporte vertical ou horizontal (feito de forma mecânica, não manual) de concreto, argamassa e outros materiais. Esta área deve ser sinalizada. Quando o local de lançamento de concreto não for visível ao operador do equipamento de transporte, deve se utilizar sistema de sinalização sonoro ou visual, ou então rádios ou telefones, para determinar início e fim do transporte. No transporte e descarga de perfis, vigas e elementos estruturais, devem-se adotar medidas preventivas a respeito da sinalização e isolamento da área. Os acessos da obra devem estar livres para possibilitar movimentação o mais livre possível aos equipamentos de transporte. Antes do início do serviço de transporte, os equipamentos devem ser vistoriados não só em relação ao funcionamento, como também à carga e altura máxima de operação. Estruturas ou perfis com grandes superfícies só podem ser içados após as devidas precauções serem tomadas a respeito de rajadas de vento. Toda manobra de transporte deve ser feita por profissional qualificado, e utilizandose sinais convencionados. Deve-se tomar cuidado especial quando próximo à área de transporte houver redes elétricas. O levantamento e transporte manual ou semimecanizado de cargas deve ser realizado de forma compatível com a capacidade física do trabalhador, conforme NR 17 Ergonomia. Os guinchos de coluna devem possuir dispositivos próprios para sua fixação. O tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o enrolamento do cabo de forma correta. A distância entre os eixos do tambor e da roldana livre deve estar entre 2,50 m e 3,00 m. O cabo situado entre tambor e roldana livre deve ser isolado de forma a não ocorrer contato acidental entre cabo e trabalhador. O guincho do elevador deve ser provido de chave de partida e bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não autorizada.

48 38 O cabo de tração do elevador deve manter seis voltas enrolado no tambor, qualquer seja a posição do elevador. Elevadores de caçamba devem ser utilizados somente para transporte de material a granel. É terminantemente proibido o transporte de pessoas em dispositivos que não tenham sido projetados para este fim. Os equipamentos de transporte de material devem ser dotados de dispositivos que evitem descarga acidental TORRES DE ELEVADORES Devem ser dimensionadas em função das cargas a que estarão sujeitas. Devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores qualificados. Devem permanecer afastadas de redes elétricas, ou estas devem ser isoladas conforme regulamento da concessionária local. As torres devem ser montadas o mais próximas possível da edificação. A base da torre deve ser única, de concreto, rígida e nivelada. Os elementos estruturais da torre devem estar em perfil estado de conservação, sem deformações que comprometam sua estabilidade. Torres de elevador de caçamba devem ser dotadas de dispositivo que estabilizem a caçamba durante o transporte. Os parafusos de pressão dos painéis devem ser apertados e os contraventos contrapinados. O estaiamento ou fixação da torre deve ser feita a cada laje ou pavimento. Na parada mais alta, a distância entre viga superior da cabina e topo da torre deve permanecer de no mínimo 4,00 m. As torres devem ter seus montantes posteriores estaiados a cada 6,00 m por cabo de aço. Medida dispensável caso estrutura seja tubular ou rígida. O trecho da torre acima da última laje deve permanecer estaiado pelos montantes posteriores. As torres montadas externamente à edificação devem ser estaiadas através dos montantes posteriores. A torre e o guincho devem ser aterrados. Todos os acessos de entrada à torre do elevador devem estar protegidos por barreira de no mínimo 1,80 m de altura.

49 39 A torre do elevador deve possuir proteção e sinalização para evitar circulação de trabalhadores através da mesma. As torres de elevadores de materiais devem possuir em suas faces tela de arame galvanizado ou material de durabilidade e resistência equivalentes. Caso a cabina seja dotada de painéis fixos de no mínimo 2,00 m de altura, e tenha apenas um acesso, esta medida é dispensável. As torres devem ser dotadas de sistemas que impeçam a abertura da cancela caso o piso da cabina não esteja no mesmo nível do pavimento. As passarelas ou rampas de acesso ao elevador devem: ser providas de guardacorpo e rodapé; ter piso de material resistente e sem aberturas; ser fixada na torre e na edificação; ter altura livre de no mínimo 2,00 m; proibida inclinação descendente no sentido da torre ELEVADORES DE TRANSPORTE DE MATERIAIS Proibido o transporte de pessoas. Deve haver placa no interior da cabina, informando carga máxima e proibição do transporte de pessoas. O posto do operador deve ser isolado, dotado de proteção contra queda de materiais e ter assento adequado conforme NR 17 Ergonomia. Devem ser dotados de sistemas de: frenagem automática efetiva a qualquer situação que possa ocasionar a queda livre da cabina; segurança eletromecânica no limite superior, situado 2,00 m a baixo da viga superior da torre; trava de segurança para manter o elevador parado em determinada altura, além do freio do motor; interruptor de corrente para que a movimentação só aconteça quando todas as portas e painéis estiverem fechados. Caso haja irregularidades quanto ao funcionamento ou manutenção, estas devem ser anotadas pelo operador e comunicadas por escrito ao responsável pela obra. O elevador deve dispor de dispositivo de tração em subida e descida, para que não a descida da cabina em queda livre (banguela). Devem possuir botões em cada pavimento para acionamento de lâmpada ou campainha junto ao operador, para garantir comunicação única. Devem ser dotados de painéis laterais fixos de 1,00 m de altura, e de portas ou painéis removíveis nas outras faces. Devem possuir cobertura fixa, basculável ou removível.

50 ELEVADORES DE PASSAGEIROS Instalação obrigatória em edifícios de doze ou mais pavimentos (ou altura equivalente), devendo percorrer toda a extensão vertical do mesmo. Instalação obrigatória a partir da execução de sétima laje em edifícios com oito ou mais pavimentos (ou altura equivalente), quando houver 30 ou mais trabalhadores atuando na obra. É terminantemente o proibido transporte simultâneo de cargas e passageiros. Caso ocorra transporte de carga, o comando deve ser externo ao elevador, e deverá haver sinalização de forma legível em seu interior com os seguintes dizeres (ou equivalente): É PERMITIDO O USO DESTE ELEVADOR PARA TRANSPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃO REALIZADO SIMULTÂNEO COM O TRANSPORTE DE PESSOAS. Quando o elevador for utilizado para transporte de cargas, e for o único na obra, deverá ser instalado a partir do pavimento térreo. Será priorizado o transporte de passageiros sobre o de cargas e materiais. Devem ser dotados de: interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio eletromecânico; sistema de frenagem automática efetivo a qualquer situação que possa ocasionar a queda livre da cabina; sistema de segurança eletromecânica no limite superior, situado 2,00 m a baixo da viga superior da torre, ou sistema equivalente que impeça o choque do elevador com a mesma; interruptor de corrente para que a movimentação só ocorra com portas fechadas; a cabina deve ser metálica, com porta; freio manual situado dentro da cabina, interligado ao interruptor de corrente, de forma que quando acionado desligue o motor. Deve haver um livro de inspeção, no qual serão anotadas diariamente pelo operador as condições de funcionamento e manutenção do elevador. O responsável pela obra deve ler e assinar este livro de inspeção semanalmente. O elevador deve ser dotado de ventilação ou iluminação, natural ou artificial, durante seu uso, e deve possuir indicação de número máximo de passageiros, e peso máximo equivalente, em kg. As informações a seguir, referentes a elevadores de obra, podem ser encontradas na RTP 02 Movimentação e transporte de pessoas e materiais, complemento do item da NR 18.

51 REQUISITOS TÉCNICOS DE PROCEDIMENTOS LOCALIZAÇÃO Ao escolher-se a localização da torre do elevador, devem ser considerados os seguintes aspectos: Afastamento máximo possível das redes elétricas energizadas, ou isola-las conforme normas específicas da concessionária local; Afastamento mínimo em relação à edificação; O terreno onde será instalada a torre e guincho deve ser plano, sem possibilidade de alagamento e deve possuir resistência suficiente para suportar as cargas solicitantes, ou ser preparado para obter tal resistência BASE A base deve ser de concreto ou metálica. O carretel e o centro do eixo da roldana livre devem estar alinhados (figura 23). Esta, por sua vez, deve ser alinhada com a guia dos painéis. Este alinhamento irá garantir maior vida útil das peças e funcionamento mais seguro e suave. Figura 23: Alinhamento da base da torre do elevador. Fonte: Adaptado de RTP 02 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Elevadores de Obra (1999). Caso de concreto, o nível da base deve estar no mínimo 0,15 m mais elevado que o nível do terreno e possuir drenos para o escoamento da água em seu interior. Deve-se instalar material que amorteça possíveis impactos imprevistos da cabina GUINCHOS São os equipamentos de tração responsáveis pela movimentação do elevador. São os principais tipos de guinchos: por transmissão de engrenagens por corrente e automático com comando eletromecânico (figura 24a e 24b).

52 42 Figura 24a e 24b: Tipos principais de guincho. Fonte: Adaptado de RTP 02 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Elevadores de Obra (1999). O cabo de tração deve ser fixado ao tambor com clips tipo pesado. Deve-se constar na prancha ou cabina do elevador uma plaqueta informando a carga máxima de tração do guincho. Quando o guincho não estiver instalado sob a laje, porém próximo à edificação, deve-se construir cobertura resistente para proteger o operador contra queda de materiais. O local de trabalho do operador deve ser isolado, adequadamente sinalizado, ser dotado de extintor de pó-químico e não se deve permitir entrada de pessoal não autorizado. É proibida a utilização do posto de trabalho como depósito de materiais. Os guinchos devem ter chave de partida com dispositivo de bloqueio para prevenir a operação dos mesmos por pessoal não autorizado. m 3,00 m. A distância entre eixos do tambor e roldana livre deve estar compreendida entre 2,50 A figura a seguir ilustra possíveis posições do sistema carretel, roldana e torre.

53 43 Figura 25: Opções para posições de montagem do guincho. Fonte: Adaptado de RTP 02 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Elevadores de Obra (1999). O trecho do cabo entre o tambor do guincho e a roldana deve ser protegido superiormente e lateralmente, para impedir a queda de material sobre o cabo ou contato acidental do mesmo com um trabalhador (figura 26). Figura 26: Proteção do cabo entre tambor e roldana. Fonte: Adaptado de RTP 02 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Elevadores de Obra (1999).

54 GUINCHOS POR TRANSMISSÃO DE ENGRENAGENS POR CORRENTES São utilizados para equipar elevadores de materiais. A operação deste tipo de guincho é realizada por operador que permanece sentado acionando os comandos e deve atender o item da NR 18. Este guincho deve ser operado por profissional habilitado com função anotada em carteira de trabalho GUINCHOS AUTOMÁTICOS Estes guinchos podem ser utilizados para elevador de materiais e pessoas. Ele é operado manualmente através de botoeira com comandos de subida, descida e parada, podendo este ser localizado tanto internamente à cabine quanto externamente. Este guincho deve ser operado por profissional habilitado com função anotada em carteira de trabalho TORRE É a estrutura, metálica ou de madeira tratada, que tem como função a sustentação da cabina e do cabo de tração do elevador, assim como guiar o deslocamento vertical do mesmo. A montagem só pode ser feita por trabalhadores qualificados e não se deve utilizar peças que apresentem oxidação, amassamento, empenamento ou deterioração. Para a montagem, devem ser atendidas as seguintes instruções: Colocação da base da torre sobre fundação, nivelamento da superfície da base, instalação de fixação por chumbadores ou parafusos. Colocação de suporte da roldana livre sobre base, nivelamento da mesma e fixação por chumbadores ou parafusos. Colocação de guinchos sobre base, nivelamento do mesmo, alinhamento com roldana livre e fixação por chumbadores ou parafusos. precauções: Se forem montadas externamente à construção, devem ser tomadas as seguintes Amarrar e estroncar aos montantes anteriores, em todos os pavimentos da estrutura, para manter sempre o prumo da torre.

55 45 Estaiar os montantes posteriores à estrutura, a cada 6,00 m (dois pavimentos), utilizando para isso cabos de aço com diâmetro mínimo de 9,5 mm, com esticador (figura 27). As torres devem ser ancoradas e estaiadas a espaços regulares, de modo a garantir estabilidade, verticalidade, rigidez e retilinidade à torre, conforme especificação do fabricante. 45º. O ângulo entre a edificação e o estaiamento dos montantes superiores deve ser de Figura 27:Alturas máximas, estaiamento e ancoramento da torre de elevador. Fonte: Adaptado de RTP 02 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Elevadores de Obra (1999). A ancoragem dos montantes anteriores poderá ser realizada com estruturas metálicas especificadas pelo fabricante. Os parafusos dos painéis devem ser ajustados se necessário, para garantir justaposição do tubo guia com os contraventos contrapinados (figura 28).

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