Perícia Contábil AULA 04 - PERITO

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1 Perícia Contábil Prof. Roberto de Araujo Vieira Universidade Federal Fluminense UFF Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Turismo Programa de Pós Graduação em Contabilidade e Auditoria 2017 AULA 04 - PERITO 1

2 Perito Perito é uma pessoa que, pelas qualidades especiais que possui, geralmente de natureza científica, verifica ou aprecia aqueles fatos de conflito/causa que para tal exijam conhecimentos especiais ou técnicos. Perito Contábil: Profissional que executa a perícia contábil. Contador com formação superior, regularmente registrado em CRC, em dia com suas obrigações no Conselho, que exerce a atividade pericial, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiência, da matéria periciada. 2

3 Perito nomenclaturas Perito oficial é o investido na função por lei e pertencente a órgão especial do Estado destinado, exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade por profissão. Perito do juízo é nomeado pelo juiz ou autoridade pública, escolhido pelo árbitro, ou contratado por pessoa ou ente privado para exercício da perícia contábil. Perito-assistente é o contratado e indicado pela parte em perícias contábeis. 3

4 Habilitação Profissional O perito deve comprovar sua habilitação como perito em contabilidade por intermédio de Certidão de Regularidade Profissional emitida pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. O perito deve anexá-la no primeiro ato de sua manifestação e na apresentação do laudo ou parecer para atender ao disposto no Código de Processo Civil. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras ICP-Brasil. A indicação ou a contratação de perito-assistente ocorre quando a parte ou a contratante desejar ser assistida por contador, ou comprovar algo que dependa de conhecimento técnico-científico, razão pela qual o profissional só deve aceitar o encargo se reconhecer estar capacitado com conhecimento suficiente, discernimento, com irrestrita independência e liberdade científica para a realização do trabalho. 4

5 Habilitação Profissional A nomeação, contratação ou escolha do peritocontador para o exercício da função pericial contábil, em processo judicial, devem ser consideradas como grandeza e reconhecimento da capacidade e legitimidade do Contador, devendo este dispensar ou renunciar aos serviços sempre que reconhecer não ter competência ou não dispor de estrutura profissional para desenvolvê-los, contemplada a utilização do serviço de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o requerer. 5

6 Habilitação Profissional O perito-contador nomeado é o designado pelo juiz em perícia contábil judicial; O perito-contador contratado é o que atua em perícia contábil extrajudicial; O perito-contador escolhido é o que exerce sua função em perícia contábil arbitral. 6

7 Habilitação Profissional Existe a figura do perito-contador assistente, também chamado de assistente técnico. Durante o processo de perícia, 3 profissionais podem atuar concomitantemente, pois as partes (autor e réu) podem indicar assistentes técnicos para acompanhar o perito indicado pelo juiz. O perito do juiz faz o laudo e submete aos assistentes. Caso um deles discorde, elabora um parecer em separado. O juiz irá decidir. Pode substituir o laudo do perito contador ou fazer nova perícia. 7

8 Perito-Juízo versus Perito- Contador Assistente PERITO JUIZO PERITO ASSISTENTE 1 Nomeado pelo Juiz. Indicado pelo litigante. 2 Contador habilitado Contador habilitado. 3 Recebe seus honorários Recebe seus honorários diretamente mediante alvará determinado pela justiça. da parte que o indicou. 4 O prazo para entrega dos O prazo de manifestação para opinar sobre o laudo do perito é de 15 dias trabalhos é determinado pelo Juiz. após a a ciência das partes da 5 Profissional de confiança do Juiz. Profissional de confiança da parte. 8

9 Execução do trabalho em conjunto O perito-contador assistente pode manter contato com o perito-contador, pondo-se à disposição para o planejamento, para o fornecimento de documentos em poder da parte que o contratou e ainda para a execução conjunta da perícia. Com o novo CPC a participação do Perito assistente conjuntamente com o Perito do Juízo foi reforçada. Somente se não for possível tal processo, o Perito do Juízo deve então permitir o acesso aos autos e aos elementos de prova encontrados durante a perícia 9

10 Alcance normas contadores Aplica-se ao perito o Código de Ética Profissional do Contador, a NBC PG 100 Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade e a NBC PG 200 Contadores que prestam Serviços (contadores externos) naqueles aspectos não abordados por esta Norma. 10

11 Utilização de trabalho de especialista O perito-contador e o perito-contador assistente podem valer-se de especialistas de outras áreas na realização do trabalho, desde que parte da matéria objeto da perícia assim o requeira. A utilização de serviços de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o requerer, não implica presunção de incapacidade do perito-contador, devendo tal fato ser, formalmente, relatado no Laudo Pericial Contábil ou no Parecer Pericial Contábil para conhecimento do julgador, das partes ou dos contratantes. 11

12 Utilização de trabalho de especialista O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para a realização do trabalho, quando parte da matéria-objeto da perícia assim o requeira. Se o perito utilizar informações de especialista, inclusive se anexar documento emitido por especialista, o perito é responsável por todas as informações contidas em seu laudo ou parecer. O perito é responsável por sua opinião e, se recorreu a terceiros, deve, igualmente, assumir a responsabilidade, pois dividiu a tarefa, mas não a responsabilidade. 12

13 Qualidade do Perito O Profissional que executa a Perícia Contábil deve ter um conjunto de capacidades, que são suas qualidades: Legal Título de Bacharel e registro no Conselho; Profissional Conhecimento teórico da contabilidade, conhecimento prático das tecnologias contábeis, experiência em perícias, perspicácia, perseverença, sagacidade; conhecimento geral de ciências afins à Contabilidade e índole criativa e intuitiva. Ética cumprir o Código de Ética do Contabilista e as normas inerentes á Ética. Moral se lastreia na virtude das atitudes pessoals do profissional. 13

14 Qualidade do trabalho do perito Objetividade Não desviar-se da matéria Precisão Oferecer respostas consistentes e adequadas Clareza Utilizar linguagem acessível Fidelidade Não deixar ser influenciado por terceiros Concisão Evitar o prolixo Confiabilidade Baseada em materialidades, elementos inequívocos Plena satisfação da finalidade Resultado estar coerente c/ o objeto a ser estudado. A opinião deve ser justificada e lastreada em elementos sólidos 14

15 Deveres legais e profissionais do Perito 1. Dever de aceitar o encargo, do qual não pode se escusar salvo motivo legítimo (art. 157 CPC); 2. Dever de cumprir o ofício que aceitou (Código de Ética do Contabilista); 3. Dever de comprovar sua habilitação (CPC); 4. Dever de respeitar os prazos (CPC); 5. Dever de lealdade (honesto) (CPC); 15

16 Deveres legais e profissionais do Perito 6. Dever de cumprir o encargo escrupulosamente (CPC); 7. Dever de prestar esclarecimentos (CPC); 8. Dever de recusar a indicação, se se achar não habilitado (Código de Ética); 9. Dever de evitar interpretações tendenciosas, mantendo absoluta independência moral e técnica (Código de Ética); 16

17 Deveres legais e profissionais do Perito 10. Dever de abster-se de dar convicção pessoal sobre direito das partes, mantendo seu laudo no âmbito técnico (C.E.); 11. Dever de apreciar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo pericial a qual for submetido (C.E.); 12. Dever de se abster de dar parecer ou opinião sem estar suficientemente informado e documentado (C.E.); e 13. Dever de cumprir todas as normas de 17 Perícia e Contabilidade em vigor.

18 Direitos legais e profissionais do Perito 1. Direito de escusar-se do encargo por motivo legítimo (CPC); 2. Direito à prorrogação de prazo para a realização do trabalho (CPC); 3. Direito à pesquisa de fontes documentais e testemunhais (CPC); e 4. Direito a honorários (CPC). 18

19 Penalidades Civis e Criminais 1. Multa (por pericia deficiente ou por atraso na entrega do laudo- Art. 465, par. 5o e 468, par. 2o do CPC); 2. Indenização (Informações Inverídicas Dolo ou culpa) e inabilitação pelo mesmo motivo de 2 a 5 anos - Art. 158 do CPC); 3. Inabilitação por cinco anos para funcionar em outras perícias judiciais por não restituição de valores art. 468, par 2o do CPC); 4. Incursões nas sanções penais que a lei penal estabelecer (CPC (158) ); 5. Reclusão, de dois a quatro anos, e multa (Falsa Perícia (Art. 342 do CP); 6. Punição junto ao Conselho profissional (art. 158 CPC); e 7. Punições administrativas se Perito Oficial. 19

20 Independência O perito-contador e o perito-contador assistente devem evitar e denunciar qualquer interferência que possam constrangê-los em seu trabalho, não admitindo, em nenhuma hipótese, subordinar sua apreciação a qualquer fato, pessoa, situação ou efeito que possam comprometer sua independência. 20

21 Independência O perito-contador no desempenho de suas funções deve propugnar pela imparcialidade, dispensando igualdade de tratamento às partes e especialmente aos perito-contadores assistentes. Não se considera parcialidade, entre outros, os seguintes: atender a uma das partes ou perito-contadores assistentes, desde que se assegure igualdade de oportunidade à outra parte, quando solicitado; trabalho técnico-científico anteriormente publicado pelo perito-contador que verse sobre o tema objeto da perícia. 21

22 Impedimento e suspeição São situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas funções ou realizar atividade pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. Os itens previstos nesta Norma explicitam os conflitos de interesse motivadores dos impedimentos e das suspeições a que está sujeito o perito nos termos da legislação vigente e do Código de Ética Profissional do Contabilista. Para que o perito possa exercer suas atividades com isenção, é fator determinante que ele se declare impedido, após, nomeado, contratado, escolhido ou indicado quando ocorrerem as situações previstas nesta Norma, nos itens abaixo. Quando nomeado em juízo, o perito deve dirigir petição, no prazo legal, justificando a escusa ou o motivo do impedimento. Quando indicado pela parte e não aceitando o encargo, o perito-contador assistente deve comunicar a ela sua recusa, devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo. 22

23 Impedimento Legal O perito-contador do juízo está impedido de executar perícia contábil, devendo assim declarar-se, ao ser nomeado, escolhido ou contratado para o encargo (de acordo com o CPC), quando: a) for parte do processo ou sócio ou membro de direção ou administração de PJ parte no processo; b) tiver postulado ou ter intervido o mesmo como juiz, defensor público, advogado, MP; c) houver atuado como perito-contador assistente ou prestado depoimento como testemunha no processo; d) tiver mantido, nos últimos dois anos, ou mantenha com alguma das partes ou seus procuradores, relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado; e) tiver cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, postulando no processo ou entidades da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção; 23

24 Impedimento Legal f) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; g) quando figurar o Perito como parte de instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; h) em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu conjuge, companheiro ou parente de até 3o grau, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; i) quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 24

25 Impedimento técnico científico O impedimento por motivos técnico-científicos a ser declarado pelo perito decorre da autonomia, estrutura profissional e da independência que devem possuir para ter condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho. São motivos de impedimento técnico-científico: a matéria em litígio não ser de sua especialidade; a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem assumir o encargo; cumprir os prazos nos trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou escolhido; ou em que o perito-contador assistente for indicado; ter o perito-contador da parte atuado para a outra parte litigante na condição de consultor técnico ou contador responsável, direto ou indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto de perícia seja semelhante àquele da discussão, sem previamente comunicar ao contratante; e por motivo de força maior. 25

26 Suspeição O perito-contador (do juízo ou assistente) pode declarar-se suspeito quando, após, nomeado, contratado ou escolhido verificar a ocorrência de situações que venham suscitar dúvida em função da sua imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão. O perito-assistente deve declarar-se suspeito quando, após contratado, verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, comprometer o resultado do seu trabalho. Os casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador do juizo são os seguintes: a) ser amigo íntimo de qualquer das partes; b) ser inimigo capital de qualquer das partes; 26

27 Suspeição c) ser devedor ou credor de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o 3º grau; d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges; e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes; f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão; g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes; e O perito ainda pode declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, ficando isento, neste caso, de declinar os motivos. 27

28 Sigilo O perito-contador e o perito-contador assistente, em obediência ao Código de Ética Profissional do Contabilista, devem respeitar e assegurar o sigilo do que apurarem durante a execução de seu trabalho, proibida a sua divulgação, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. Este dever perdura depois de entregue o laudo pericial contábil ou o parecer pericial contábil. - O dever de sigilo subsiste mesmo na hipótese de o profissional se desligar do trabalho antes de concluído. - É permitido ao perito-contador e ao perito-contador assistente esclarecer o conteúdo do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil somente em defesa da sua conduta técnica profissional, podendo, para esse fim, requerer autorização a quem de direito. 28

29 Responsabilidade O perito-contador e o perito-contador assistente devem cumprir os prazos estabelecidos no processo ou contrato e zelar por suas prerrogativas profissionais, nos limites de suas funções, fazendo-se respeitar e agindo sempre com seriedade e discrição. O perito deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e legais, às quais está sujeito no momento em que aceita o encargo para a execução de perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral. 29

30 Responsabilidade O termo responsabilidade refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética, administrativa e profissionalmente por seus atos. O perito-contador e o perito-contador assistente, no exercício de suas atribuições, respeitar-se-ão mutuamente, vedados elogios e críticas de cunho pessoal ou profissional, atendo-se somente aos aspectos técnicos do trabalho executado. A responsabilidade do perito decorre da relevância que o resultado de sua atuação pode produzir para solução da lide. 30

31 Responsabilidade Ciente do livre exercício profissional, deve o perito do juízo, sempre que possível e não houver prejuízo aos seus compromissos profissionais e as suas finanças pessoais, em colaboração com o Poder Judiciário, aceitar o encargo confiado ou escusar-se do encargo, no prazo legal, apresentando suas razões. 31

32 Responsabilidade - RESPONSABILIDADE ÉTICA A responsabilidade ética do perito-contador e do perito-contador assistente decorre da necessidade do cumprimento dos princípios éticos, em especial, os estabelecidos no Código de Ética Profissional do Contabilista. - RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL A legislação civil determina responsabilidades e penalidades para o profissional que exerce a função de perito-contador, as quais consistem em multa, indenização e inabilitação. A legislação penal estabelece penas de multa e reclusão para os profissionais que exercem a atividade pericial que vierem a descumprir as normas legais. 32

33 Responsabilidade - RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL A responsabilidade profissional do perito-contador e do peritocontador assistente na realização dos trabalhos compreende: a) cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos contratados em perícia extrajudicial e arbitral; b) assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações fornecidas, quesitos respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas, valores apurados e conclusões apresentadas no Laudo Pericial Contábil e no Parecer Pericial Contábil; c) prestar os esclarecimentos determinados pelo juiz, respeitados os prazos legais; d) prestar os esclarecimentos necessários de forma oportuna, respeitando o contrato e o objeto da perícia quando se tratar de perícia extrajudicial, bem como as normas do juízo arbitral. 33

34 Zelo profissional O termo zelo para o perito refere-se ao cuidado que o mesmo deve dispensar na execução de suas tarefas, em relação à sua conduta, documentos, prazos, tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho levado a bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil dignos de fé pública. 34

35 Zelo profissional O zelo profissional do perito na realização dos trabalhos periciais compreende: cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos contratados em perícia extrajudicial, inclusive arbitral; assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas, quesitos respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas, valores apurados e conclusões apresentadas no Laudo Pericial Contábil e no Parecer Pericial Contábil; prestar os esclarecimentos determinados pelo juiz ou pelo árbitro, respeitados os prazos legais ou contratuais; propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos meios que garantam eficiência, segurança, publicidade dos atos periciais, economicidade, o contraditório e a ampla defesa; ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às conseqüências advindas dos seus atos; ser receptivo aos argumentos e críticas, podendo ratificar ou retificar o posicionamento anterior. 35

36 Zelo profissional A transparência e o respeito recíprocos entre o perito do juízo e o perito-assistente pressupõem tratamento impessoal, restringindo os trabalhos, exclusivamente, ao conteúdo técnico-científico. O perito é responsável pelo trabalho de sua equipe técnica, a qual compreende os auxiliares para execução do trabalho complementar do laudo pericial contábil e/ou parecer técnico-contábil. Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado pelo juiz, deve o perito do juízo requerer a sua dilação antes de vencido aquele, apresentando os motivos que ensejaram a solicitação. Na perícia extrajudicial, o perito deve estipular os prazos necessários para a execução dos trabalhos junto com a proposta de honorários e com a descrição dos serviços a executar. A realização de diligências, durante a elaboração do laudo pericial, para busca de provas, quando necessária, deve ser comunicada às partes para ciência de seus assistentes. 36

37 Competência e Educação Continuada. Competência técnico-científica pressupõe ao perito manter adequado nível de conhecimento da ciência contábil, das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, da legislação relativa à profissão contábil e aquelas aplicáveis à atividade pericial, atualizando-se, permanentemente, mediante programas de capacitação, treinamento, educação continuada e especialização. Para tanto, deve demonstrar capacidade para: 37

38 Competência e Educação Continuada pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil; realizar seus trabalhos com a observância da equidade significa que o perito-contador e o perito-contador assistente devem atuar com igualdade de direitos, adotando os preceitos legais, inerentes à profissão contábil. 38

39 Competência e Educação Continuada O espírito de solidariedade do perito não induz nem justifica a participação ou a conivência com erros ou atos infringentes às normas profissionais, técnicas e éticas que regem o exercício da profissão, devendo estar vinculado à busca da verdade fática, a fim de esclarecer o objeto da perícia de forma técnicacientífica e o perito-contador assistente para subsidiar na defesa da parte que o indicou. 39

40 Competência e Educação Continuada O perito-contador e o perito-contador assistente, no exercício de suas atividades, devem comprovar a participação em programa de educação continuada, na forma a ser regulamentada pelo CFC. 40

41 Honorários O perito-contador e o perito-contador assistente devem estabelecer seus honorários, mediante avaliação dos serviços, considerando-se entre outros os seguintes fatores: a) a relevância, o vulto, o risco e a complexidade dos serviços a executar; b) a quantidade de horas estimadas para realização de cada fase do trabalho; c) a qualificação do pessoal técnico que irá participar da execução dos serviços; d) o prazo fixado para a realização da perícia; e) a forma de recebimento, reajuste e de parcelamento, se houver; f) os laudos interprofissionais e outros inerentes ao trabalho; e g) no caso do perito-contador assistente, o resultado que, para o contratante, incidirá com o serviço prestado, se houver. 41

42 Honorários Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito do Juízo adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes, PODENDO o juiz determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente. O perito-contador apresentará seu orçamento ao juízo da vara onde tramita o feito, mediante petição fundamentada, podendo conter o orçamento ou este constituir-se em um documento anexo da petição. O perito-contador requererá a liberação parcial dos honorários, depositados em Juízo, sempre que houver a necessidade, devidamente justificada. O perito-contador pode requerer o custeio das despesas referentes ao deslocamento para a realização do trabalho fora do território em que foi nomeado. 42

43 Honorários - Quando se tratar de indicação pelas partes, escolha arbrital ou contratação extrajudicial, devem o perito-contador e o peritocontador assistente formular carta-proposta ou contrato, explicitando seu orçamento, antes do início da execução do trabalho, considerados os fatores já citados. O perito-contador assistente deverá estabelecer, mediante Contrato Particular de Prestação de Serviços Profissionais de Perícia Contábil, o objeto, as obrigações das partes e os honorários profissionais, podendo, para tanto, utilizar-se dos parâmetros estabelecidos nesta Norma com relação aos honorários do perito-contador. O perito-contador assistente deverá adotar, no mínimo, o modelo constante da norma que rege a perícia contábil para elaboração de seu prestação de serviços. O perito-contador escolhido para perícia em arbitragem explicitará o seu orçamento no contrato que, obrigatoriamente, celebrará com a Câmara de Mediação e Arbitragem ou com o Tribunal Arbitral que o contratou, na forma desta Norma. 43

44 Passo a passo da elaboração da proposta O perito deve elaborar a proposta de honorários de forma fudamentada, estimando, quando possível, o número de horas para a realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos profissionais (auxiliares, assistentes, seniores, etc.) considerando os trabalhos a seguir especificados: a) retirada e entrega dos autos; b) leitura e interpretação do processo; c) elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e comunicações às partes, terceiros e peritos-contadores assistentes; d) realização de diligências; e) pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários; f) realização de planilhas de cálculos, quadros, gráficos, simulações e análises de resultados; 44

45 Passo a passo da elaboração da proposta O perito deve elaborar a proposta de honorários estimando, quando possível, o número de horas para a realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos profissionais (auxiliares, assistentes, seniores, etc.) considerando os trabalhos a seguir especificados: g) laudos interprofissionais; h) elaboração do laudo; i) reuniões com peritos-contadores assistentes, quando for o caso; j) revisão final; k) despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.; l) outros trabalhos com despesas supervenientes. 45

46 Levantamento dos Honorários O perito-contador requererá o levantamento dos honorários periciais, previamente depositados, na mesma petição em que requer a juntada do laudo pericial aos autos. Os honorários periciais fixados ou arbitrados e não quitados podem ser executados, judicialmente, pelo perito em conformidade com os dispositivos do Código de Processo Civil. 46

47 QUESITOS SUPLEMENTARES/DE ESCLARECIMENTO O perito deve ressaltar, em sua proposta de honorários, que esta não contempla os honorários relativos a quesitos suplementares e, se estes forem formulados pelo juiz e/ou pelas partes, pode haver incidência de honorários complementares a serem requeridos, observando os mesmos critérios adotados para elaboração da proposta inicial. O perito, em defesa de sua conduta técnica profissional, deve prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do laudo pericial contábil ou do parecer técnico-contábil, em atendimento à determinação do juiz ou árbitro que preside o feito, os quais podem não ensejar novos honorários periciais, se forem apresentados para obtenção de detalhes do trabalho realizado, uma vez que as partes podem formulá-los com essa denominação, mas serem quesitos novos. 47

48 Despesas Supervenientes na Execução da Perícia Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas supervenientes, como viagens e estadas, para a realização de outras diligências, o perito deve requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o pagamento das despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde que não estejam contempladas ou quantificadas na proposta inicial de honorários. 48

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