UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS SALOMÃO AMBRÓSIO DE LIMA
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS SALOMÃO AMBRÓSIO DE LIMA AS IMPLICAÇÕES DO DIREITO NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE. ANÁPOLIS 2010
2 SALOMÃO AMBRÓSIO DE LIMA AS IMPLICAÇÕES DO DIREITO NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE. Trabalho acadêmico apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Núcleo Interdisciplinar de Estudos Independentes, pelo Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Goiás. ANÁPOLIS 2010
3 1 INTRODUÇÃO No alvorecer cultural da humanidade, apenas havia uma ciência: A filosofia, todos os conhecimentos especiais eram ramos e derivações dela. As ciências existem para o bem. Elas buscam a verdade das coisas, e, assim são justas. A busca da justiça não é privilegio, e sim, é comum a todas as ciências. Dentre elas a Contabilidade. Logo, as ciências caminham de mãos dadas o tempo inteiro calçadas numa verdade única, por esta razão elas dignificam o homem, seu criador, pois estão acima dos interesses individuais. Nenhuma disciplina, dentre as inúmeras que constituem a formação do ensino superior da Contabilidade, tem contribuído tanto para o seu desenvolvimento científico como a do Direito, objetivamente considerado, especialmente quando apreciado em suas diversas áreas de especialização.
4 2 DESENVOLVIMENTO Evidenciando então as implicações que intitula este trabalho, podemos afirmar que a Contabilidade e o Direito sempre caminharão juntos. Assim o é, por exemplo, na área do Direito Empresarial (Comercial), que regula desde a elaboração dos atos constitutivos de criação da sociedade empresária, sua inscrição e matrículas nos órgãos públicos, desde o Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial) ou Registro Civil das Pessoas Jurídicas, arquivamento e registros de seus livros, títulos e documentos; como os critérios adequados de escrituração regular e levantamento de suas demonstrações financeiras periódicas; até o tratamento a ser adotado em casos de falência e concordata, entre outras regras específicas. Na área da Legislação Tributária, a qual engloba os impostos, as taxas e as contribuições, em todas as esferas de poder (federal, estadual e municipal), é o Contador quem instrumentaliza os comandos jurídicos das diversas normas legais e complementares, determinadas pelas autoridades administrativas como obrigação acessória, apurando o fato gerador dos tributos, sua base de cálculo e o quantiim debeatur a recolher à Fazenda Pública, à luz dos assentamentos contábeis e fiscais que ele mesmo registrou. O mesmo acontece na área do Direito e da Legislação Trabalhista como da Previdenciária (que juntas constituem o chamado Direito Social), sendo o Contador o primeiro a traduzir, em cálculos ou em termos operacionais, os comandos jurídicos que retratam os respectivos direitos dos trabalhadores, preenchendo os mais variados documentos, como contratos de trabalho, recibos de rescisão, folhas de pagamento, contracheques, recibos de férias, guias de INSS e de FGTS e outros instrumentos de controles indispensáveis, tanto ao benefício dos trabalhadores como ao cumprimento das obrigações empresariais. Na verdade, as normas jurídicas que se interpenetram nos negócios empresariais são das mais diversas matizes e envolvem regras de direito civil, direito penal, direito bancário, contratual, ambiental, e tantos outros ramos que se torna quase impossível sua completa enumeração. Só na área do Direito Tributário, para se ter uma idéia, onde imperam as regras emanadas pela complexa Legislação Fiscal, o Contador precisa operar tanto com atos, procedimentos, registros e cálculos relativos ao Imposto de Renda - tributo federal, quanto aos de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de
5 Serviços), tributo estadual, como os relativos aos tributos municipais, especialmente o Imposto sobre Serviços (ISS ou ISSQN), além de assuntos que tratam das operações aduaneiras, preparando guias de exportações, declarações de importação c respectivos tributos devidos.
6 3 CONCLUSÃO O Contador moderno não pode prescindir do correto conhecimento científico sobre as regras de interpretação das leis, ou mais propriamente, das normas jurídicas que compõem o direito positivo dos diversos tipos de legislação apontados, além das normas complementares emanadas das autoridades administrativas. É por essa razão que o Contador moderno deve se acostumar à leitura atenta e constante dos textos legais e normativos, da mesma forma que o faz o jurista profissional, isto é, uma leitura sistêmica dentro do conjunto das leis e atos que compõem aquela legislação, em vez de uma simples e singela interpretação gramatical de textos legais.
Palavras-chave: Direito; formação científica; normas jurídicas; consultoria; auditoria; perícias contábil e fiscal.
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