UNIJUÍ UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIJUÍ UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"

Transcrição

1 UNIJUÍ UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DACEC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CHEILA CRISTINA TISCHER O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA NO CASO DE UMA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS AGROINDUSTRIAIS Ijuí (RS) 2012

2 CHEILA CRISTINA TISCHER O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA NO CASO DE UMA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS AGROINDUSTRIAIS Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora: Professora Msc. Stela Maris Enderli Ijuí (RS) 2012

3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me abençoado em todo o período de estudos e me conceder a graça de concluir o ensino superior. Aos meus pais que me ensinaram a lutar pelos meus ideais e me apoiaram durante todos esses anos. Ao meu irmão Lucas, agradeço pelo seu carinho e pelos momentos de alegria que proporciona quando estamos juntos. E a você Cleiton, que soube ter paciência quando tive que me ausentar devido aos estudos, que soube me escutar tantas vezes e ainda me incentivou para que eu continuasse lutando, muito obrigado pelo companheirismo. Aos professores pelos ensinamentos ministrados, em especial à professora Stela por ter me orientado com sabedoria, seriedade e competência. Aos meus amigos da graduação pela amizade e aprendizado que conquistamos juntos. A todos que de uma forma ou outra contribuíram para esta conquista... Muito obrigada!

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Organograma da Empresa... 9 Figura 2: Fluxo de caixa diário (método direto) Figura 3: Fluxo de caixa diário por atividades (método direto) Figura 4: Fluxo de caixa mensal (método direto) Figura 5: Fluxo de caixa (método indireto) Figura 6: Participação das principais contas da DRE Figura 7: Receita líquida de julho de 2010 a junho de Figura 8: Detalhamento das receitas dos primeiros semestres Figura 9: Detalhamento das receitas dos segundos semestres Figura 10: Despesas por semestre Figura 11: Participação das compras em relação às receitas de vendas por semestres Figura 12: Representatividade sobre a receita bruta... 69

5 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Receitas de julho de 2010 a junho de Tabela 2: Despesas de julho de 2010 a junho de Tabela 3: Compras de julho de 2010 a junho de Tabela 4: Receitas 1 Semestre de Tabela 5: Receitas 2 Semestre de Tabela 6: Projeção de despesas do 1 semestre de Tabela 7: Projeção de despesas do 2 semestre de Tabela 8: Compras do primeiro e segundo semestre de Tabela 9: Demonstração do Resultado do Exercício Projetada Tabela 10: Mapa auxiliar de recebimentos Tabela 11: Mapa auxiliar de pagamentos Tabela 12: Fluxo de caixa de Tabela 13: Demonstração do Resultado do Exercício para cinco anos Tabela 14: Cálculo de lucratividade Tabela 15: Cálculo de rentabilidade Tabela 16: Cálculo de prazo de retorno contábil Tabela 17: Fluxo de caixa projetado para cinco anos Tabela 18: Payback simples Tabela 19: Payback descontado... 84

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Área do conhecimento contemplada Caracterização da organização Problematização do tema Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos Justificativa Metodologia do trabalho Classificação da pesquisa Plano de coleta de dados Análise e interpretação dos dados REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Contabilidade Conceitos História Aplicabilidades Finalidades Contabilidade gerencial Benefícios da contabilidade gerencial em pequenas e médias empresas Fluxo de caixa Conceito Finalidades Características Planejamento de fluxo de caixa Modelos de fluxo de caixa Orçamento de caixa Análise e controle do fluxo de caixa Avaliação de desempenho e investimentos Métodos simplificados de análise de investimentos Métodos analíticos para análise de investimentos FLUXO DE CAIXA APLICÁVEL NA EMPRESA MODELO: Estudo de caso Análise da empresa Estrutura organizacional Sistema de controle interno... 47

7 3.2 Análise das informações de exercícios anteriores Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício Análise das receitas Análise das despesas Análise das compras Projeção do fluxo de caixa Projeção das receitas Projeção das despesas Projeção das compras Demonstração do Resultado do Exercício Fluxo de caixa Avaliação de investimentos Demonstração do Resultado do Exercício para cinco anos Fluxo de caixa para cinco anos CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS... 89

8 INTRODUÇÃO O grande desafio da contabilidade gerencial é fornecer informações de qualidade aos gestores, a fim de que as empresas cumpram seu objetivo primordial: maximizar a riqueza de seus proprietários. Para isso, as empresas devem pressupor sua continuidade no futuro, devem aumentar tanto seu valor de mercado como o retorno de capital próprio, além de remunerar os acionistas com dividendos satisfatórios. Para que as empresas consigam maximizar seus resultados, a contabilidade conta com um instrumento estratégico essencial: o fluxo de caixa. Essa ferramenta é desenvolvida de acordo com as necessidades reais da empresa, como seu ciclo operacional, com os dados históricos da empresa e as tendências de mercado, considerando todos os futuros ingressos e desembolsos de caixa para o período projetado. O desenvolvimento e o acompanhamento do fluxo de caixa auxiliam ao profissional atuar com agilidade e segurança nos seus negócios, proporcionando uma visão ampla, que facilite a tomada de decisões nos processos operacionais, de investimento e financiamento da empresa. No primeiro capítulo deste trabalho, apresenta-se a contextualização do estudo, composta pela área de conhecimento contemplada, caracterização da organização, a problematização, os objetivos, a justificativa e a metodologia do estudo. No segundo capítulo insere-se a revisão bibliográfica sobre a contabilidade, contabilidade gerencial, fluxo de caixa e avaliação de investimentos, que são desenvolvidos por bibliografias que servem de embasamento ao estudo de caso. No terceiro capítulo foi elaborado o estudo de caso, no qual foi projetado o fluxo de caixa para o ano de 2013, as conclusões e a bibliografia consultada. Além disso, foram desenvolvidas as análises de viabilidade de investimentos, embasado no fluxo de caixa projetado e no desenvolvimento dos métodos de avaliação de investimentos.

9 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Este capítulo aborda o desenvolvimento do tema do trabalho, a apresentação da organização objeto de estudo, bem como da problematização inserida na área da contabilidade. São apresentados os objetivos e as justificativas da realização do trabalho, além da metodologia adotada na elaboração do estudo. 1.1 Área do Conhecimento Contemplada O trabalho realizou-se na área da contabilidade gerencial, com ênfase na projeção de um sistema de fluxo de caixa, a fim de evidenciar a viabilidade econômica de futuros projetos, bem como de orientar os sócios nos processos de tomadas de decisões de forma a alcançar os objetivos pretendidos. O fluxo de caixa pode ser conceituado como o instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e de desembolsos financeiros da empresa, em determinado momento, prognosticando assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível desejado de caixa pela empresa (ZDANOWICZ, 2004, pg. 23). 1.2 Caracterização da Organização A organização na qual se desenvolveu este estudo é uma empresa privada, que atua na comercialização, prestação de serviços e industrialização de equipamentos agroindustriais. A empresa foi fundada por dois sócios em 2007, no qual trabalhavam com comercialização de materiais elétricos e prestação de serviços de projetos elétricos. Passado algum tempo, surgiu a oportunidade de trabalhar com o ramo agroindustrial, que se tornou um mercado muito promissor. Deste modo, houve a substituição de um dos sócios da empresa para trabalhar com equipamentos agroindustriais. A empresa trabalhava com os dois ramos de negócio, porém verificou-se a necessidade de continuar apenas com o agronegócio, que estava se difundindo

10 9 mais na organização. Passado dois anos, houve uma nova substituição de um dos sócios e a instalação da empresa em prédio próprio, com espaço maior. Atualmente a empresa é constituída por quotas de responsabilidade limitada e compostas por dois sócios, sendo um ativo e o outro passivo nas atividades da empresa. Conforme a legislação vigente, a empresa está enquadrada na condição de empresa de pequeno porte, já que aufere, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ ,00 e inferior a R$ ,00, desta forma, a empresa optou como regime de tributação o Simples Nacional. Em 2011 e 2012 a entidade obteve um considerável crescimento, o que apontou a necessidade de criar sistemas gerenciais e a aquisição de um sistema informatizado para melhorar os controles dentro da organização. A empresa ainda está em processo de implantação de alguns sistemas de gestão, como controle preciso dos custos por produto, bem como a implantação do planejamento estratégico. A empresa em questão atua no mercado há cinco anos e possui no seu quadro de pessoal seis colaboradores. Diretor Controladoria Setor Comercial e Marketing Setor Administrativo Financeiro Setor de Compras e Estoque Setor Industrial Figura 1: Organograma da Empresa Fonte: Dados conforme pesquisa Na figura 1 apresenta-se o organograma geral da empresa com seus respectivos setores. A empresa em estudo possui seu sócio proprietário na direção geral, o qual é responsável por supervisionar os setores comerciais e de marketing, o administrativo e financeiro, compras e estoque e o setor industrial. A controladoria é composta pela contabilidade, que é terceirizada por um escritório contábil.

11 Problematização do Tema A globalização da economia e a velocidade tecnológica exigem cada vez mais que a gestão empresarial adote novas técnicas e procedimentos de trabalho, minimizando assim, as incertezas e riscos que estão sujeitas a enfrentar no meio empresarial. Diante a esses acontecimentos, os gestores necessitam tomar decisões mais ágeis, que sejam seguras e eficientes. Mas, para que isso ocorra, precisam de dados e informações precisas constantemente. Diante disso, o fluxo de caixa se tornou uma ferramenta indispensável para a análise financeira das empresas, assegurando maior segurança nas operações financeiras e auxiliando o administrador nas decisões estratégicas. Buscando firmar-se no mercado em que atua, o administrador da empresa em estudo tem ampliado seus negócios, porém com receio sobre o futuro no âmbito financeiro. Diante deste contexto, questionou-se: de que forma o sistema de fluxo de caixa pode contribuir nos processos de tomada de decisões para uma empresa do ramo agroindustrial? 1.4 Objetivos Nesta parte do trabalho, são apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos do estudo, limitando e definindo claramente a pesquisa. Segundo a autora Beuren (2004), é importante definir os objetivos para que não se perca o rumo no desenvolvimento do estudo até chegar a sua conclusão. Além disso, destaca que os objetivos indicam o resultado que se pretende atingir no trabalho Objetivo Geral O objetivo geral do presente estudo é propor um sistema de fluxo de caixa que auxilie o administrador na gestão financeira da empresa, possibilitando-lhe maior segurança nas tomadas de decisões para que, consequentemente, proporcione o crescimento e a rentabilidade pretendida pelo empresário.

12 Objetivos Específicos Revisar a bibliografia inerente à contabilidade gerencial e fluxo de caixa; Examinar os relatórios contábeis e controles gerenciais da empresa no período de julho de 2010 a junho de 2012; Elaborar o sistema de fluxo de caixa para a organização, para o período de janeiro a dezembro de Analisar a viabilidade de expandir os negócios, a partir das informações financeiras obtidas pelo fluxo de caixa, bem como utilizar dos métodos de avaliação de investimentos. 1.5 Justificativa O fluxo de caixa é um sistema da contabilidade gerencial voltada a gerar informações da situação financeira das empresas para determinado período de tempo, facilitando o seu planejamento, organização e controle financeiro. Devido a isso, a utilização do sistema de fluxo de caixa torna-se essencial para que as organizações se tornem competitivas no mercado econômico e tenham sucesso nas suas decisões. Diante dos números crescentes de mortalidade empresarial e dos problemas com que muitas entidades apresentam no contexto financeiro, necessária se torna a melhoria nos processos gerenciais para que aumentem as chances de competir no mundo globalizado, uma vez que o controle de caixa é fundamental para que a gestão seja eficiente. Os investimentos que as empresas precisam fazer, seja para seu crescimento ou mesmo para se manter no mercado, devem ter uma atenção especial, já que demandam de valores significativos e têm um alcance de longo prazo. Para isso, a utilização do fluxo de caixa e de métodos adequados de avaliação de investimentos são indispensáveis para que seja feita a melhor escolha. As empresas que utilizam o planejamento financeiro para gerir seus recursos dificilmente fracassam, pois as incertezas e dificuldades se tornam menores, possibilitando saber antecipadamente quais as necessidades ou excedentes de caixa para determinado período de tempo.

13 12 Para a empresa em estudo, o trabalho é de suma importância, porque as informações que estão disponíveis no fluxo de caixa tornam as tomadas de decisões muito mais seguras e eficientes, o que proporciona a entidade maiores chances de crescer e obter o sucesso esperado. Para a aluna este estudo proporcionou maior profissionalismo na área financeira que atua, bem como agregou conhecimentos indispensáveis para o contador que está preocupado com a contabilidade gerencial, que é cada vez mais importante e reconhecido nas empresas da atualidade. Para a Universidade, enquanto instituição de ensino, o trabalho possui grande valia, já que está à disposição para acesso ao público, sejam profissionais da área, pesquisadores ou estudantes que queiram consultá-lo para se aperfeiçoar com o estudo e agregar conhecimento sobre a contabilidade gerencial. 1.6 Metodologia do trabalho Os aspectos metodológicos usados no estudo são apresentados nesta etapa do trabalho, mostrando a classificação da pesquisa, os instrumentos de coleta de dados utilizados e também, a análise e interpretação dos dados. A definição do método correto de pesquisa é indispensável para se chegar ao sucesso no estudo desenvolvido. Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (MARCONI e LAKATOS, 2003, p. 83) Classificação da Pesquisa Nesta etapa do trabalho desenvolveu-se a classificação da pesquisa, explicitando a abordagem adotada. Deste modo, a pesquisa é classificada conforme sua natureza, seus objetivos, sua forma de abordagem do problema e procedimentos técnicos. Segundo Andrade (1995, pg.95), pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos.

14 13 a) Do Ponto de Vista de sua Natureza A pesquisa aplicada para Souza, Fialho e Otani (2007), tem como objetivo gerar conhecimentos para solucionar problemas específicos de forma prática e dirigida. Também explica que envolve verdades e interesses locais, ao que busca-se atender demandas sociais através da resolução de um problema específico, que resultará em um produto diretamente aplicado. O trabalho foi desenvolvido pelo método de pesquisa aplicada, já que tem como objetivo gerar conhecimentos de aplicação prática, envolvendo uma empresa em específico e dirigido à solução de seus problemas. b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos Neste item a pesquisa classifica-se em descritiva e explicativa. A pesquisa descritiva para Gill (2007), visa descrever as características de determinada população ou fenômenos ou o estabelecimento de relação entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, questionários e observação sistemática. Quanto à pesquisa explicativa, Vergara (2009), relata que pode ser identificada com fatores que determinam ou que contribuem para que ocorram determinados fenômenos. Esse tipo de pesquisa aprofunda o conhecimento da realidade, explicando a razão pelo que as coisas acontecem. Além destes, a pesquisa ainda pode ser exploratória, porém não foi utilizada neste estudo. Para Gil (2007), a pesquisa exploratória torna o problema explícito, envolvendo levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências com o problema pesquisado, análise de exemplos, estimulando a compreensão do estudo. Segundo Vergara (2009, p.42), a investigação exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. c) Quanto à forma de abordagem do problema A pesquisa neste trabalho se classifica em qualitativa, porém possa ser utilizada em outros casos a pesquisa quantitativa.

15 14 A pesquisa qualitativa é mencionada pelo autor Richardson (1999), como uma metodologia aplicada em estudos que podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a intervenção de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais. Além disso, completa que esse tipo de pesquisa pode contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, de forma aprofundada, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos. Através da pesquisa qualitativa é possível analisar profundamente os fenômenos estudados, diferente do método de pesquisa quantitativa. A abordagem quantitativa caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados. Esse procedimento não é tão aprofundado na busca do conhecimento da realidade dos fenômenos, uma vez que se preocupa com o comportamento geral dos acontecimentos (BEUREN, 2004, p. 92). d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos A pesquisa, do ponto de vista dos procedimentos técnicos deste trabalho, classifica-se em bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso. Para Gil (2007), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com materiais como livros e artigos científicos publicados. Portanto, a pesquisa bibliográfica é utilizada neste trabalho de maneira a revisar a teoria da Contabilidade, bem como dar ênfase na contabilidade gerencial e direcionar o estudo ao fluxo de caixa. Segundo Vergara (2009), a investigação documental acontece por meio de documentos oriundos de organizações públicas ou privadas de qualquer natureza. Portanto, o método utilizado na classificação da pesquisa é documental, o qual é elaborado a partir de relatórios e planilhas financeiras, balanços patrimoniais, balancetes, demonstrações de resultado do exercício e demais documentos úteis ao estudo disponíveis na empresa. Além destes, a pesquisa através de levantamento também foi utilizada. Levantamento: caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas a cerca do problema estudado, para, em seguida, mediante análise quantitativa,

16 15 obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados (GIL, 2007, p. 50). Esta pesquisa foi elaborada ainda como estudo de caso de uma empresa específica, envolvendo o estudo aprofundado e aplicação do fluxo de caixa. Yin define estudo de caso: Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos (YIN, 2004 p. 32) Plano de coleta de dados Para que obtivesse bons resultados no estudo de caso, foram utilizados instrumentos de coleta de dados. Yin (2004), recomenda a utilização de documentos, registros em arquivo, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos para a correta utilização das fontes de pesquisa, o que aumenta substancialmente a qualidade do trabalho. Nesse sentido, os dados foram obtidos através de demonstrativos contábeis, relatórios do sistema de informações, planilhas de controles gerenciais da empresa e documentos de contas a pagar e a receber. Além disso, obtiveram-se informações através de entrevistas com o proprietário da empresa quanto aos procedimentos adotados no financeiro e previsões futuras de vendas, custos e investimentos, considerando desembolsos e ingressos da empresa no período projetado. Vergara (2009), explica que as pesquisas de campo podem ser aplicadas por meio de observação, questionário, formulário e ainda através de entrevista. Diante disso, a autora Beuren (2004), conceitua a entrevista como uma técnica utilizada pelo investigador para obter informações, no qual ele apresenta-se pessoalmente à população selecionada e formula perguntas, com o objetivo de obter dados necessários para responder à questão estudada. Para Manzini (1991), a entrevista semi estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual é elaborado um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de

17 16 forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas. Deste modo, a pesquisa foi elaborada por meio de entrevista semi estruturada. Primeiramente confeccionou-se um roteiro com perguntas principais ligadas ao fluxo de caixa e a possíveis investimentos, para que fosse explorado ao longo do desenvolvimento da entrevista, obtendo o máximo de informações para a elaboração do sistema de fluxo de caixa da empresa Análise e interpretação dos dados Segundo a autora Beuren (2004, p.136), analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatórios de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis. Para que ocorresse a análise e interpretação desta pesquisa, foram coletados os dados pertinentes a empresa em estudo do período do segundo semestre de 2010 ao primeiro semestre de 2012, bem como elaborados planilhas de despesas, compras e receitas, além de gráficos para a elaboração do sistema de fluxo de caixa. A partir da elaboração do fluxo de caixa, foi possível verificar a previsão de recursos que estarão disponíveis para a atividade operacional e também para a realização de investimentos da empresa.

18 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este capítulo tem como objetivo apresentar um estudo bibliográfico dos fundamentos teóricos da Contabilidade, enfocando o fluxo de caixa como importante ferramenta para a empresa. Contudo, este estudo serve de embasamento para que se conseguisse aplicar os conhecimentos na empresa, em busca da resolução do problema apresentado. 2.1 Contabilidade A Contabilidade é uma ciência social que está em constante evolução e que busca auxiliar os homens e as organizações construídas por elas a viver e expandir, lutando para alcançar os resultados esperados. A elaboração dos fundamentos e conceitos dessa ciência social é imprescindível para que se tenham os conhecimentos necessários para a execução do trabalho Conceitos A Contabilidade é conceituada por diversos autores com diferentes interpretações similares, que a definem como arte, conjunto de procedimentos, sistema, métodos, técnica e ciência. Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetários) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras básicas, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico financeira (BASSO, 2005, p.25). Atualmente a Contabilidade é entendida como ciência, como bem define o professor Lopes de Sá (2002, p.46), contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais.

19 18 Segundo Sá (2002), diante da antiga idéia dos contadores em se limitar à tecnologia dos registros e demonstrações contábeis, houve dificuldade em aceitar a Contabilidade como ciência. Porém, hoje a Contabilidade está voltada tanto na observação do que acontece com a riqueza das empresas, como no seu contexto social, não se detendo apenas com a escrituração. Segundo estudiosos, a Contabilidade preenche todos os requisitos para ser definida como ciência, além disso, explicam a Contabilidade no âmbito científico: Cientificamente o estudo visa conhecer as relações que existem entre os fenômenos patrimoniais observados e busca conhecer como tais relações se estabelecem; busca, ainda, analisar para produzir explicações sobre os acontecimentos havidos com a riqueza; visa conhecer verdades que sejam válidas para todos os lugares, em qualquer que seja a época em quaisquer empresas ou instituições (SÁ, P.46). Segundo Oliveira (2009, p.23), a Contabilidade é a linguagem do mundo econômico, pois permite o controle e a tomada eficaz de decisões em todos os países e em todos os tipos de organização. Para Oliveira (2009), a Contabilidade possui grande relevância devido ao ilimitado número de informações que dela provém, informações essas que demonstram a situação econômica e financeira das entidades. Segundo Iudícibus e Marion (2006, p.42): A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. A elaboração da escrituração contábil é obrigatória para todas as sociedades empresárias, conforme determina a lei número /02, nos artigos 1.075, e do Código Civil brasileiro. Porém, mais que uma exigência legal, a Contabilidade é uma necessidade para todas as entidades. Neste contexto, a revista do Concelho Federal de Contabilidade (2011, p.27), contempla:

20 19 Uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de planejamento de seu crescimento. Estará impossibilitada de elaborar Demonstrações Contábeis por falta de lastro na escrituração contábil História A história da Contabilidade surgiu e se desenvolveu com a civilização humana e segundo Beuren (2004), a contabilidade pode ser narrada em quatro períodos distintos: a Contabilidade do Mundo Antigo, a Contabilidade do Mundo Medieval, a Contabilidade do Mundo Moderno e a Contabilidade do Mundo Contemporâneo. Para Sá (2002), a Contabilidade surgiu devido a necessidade do homem primitivo em contar e registrar o seu patrimônio e avaliar sua riqueza. Segundo Basso (2005), a fase da Contabilidade do Mundo Antigo teve início na pré-história até aproximadamente o ano de d.c. Os registros contábeis mais antigos eram tingidas e talhadas com identificação de objetos e quantidades do seu patrimônio. Mais tarde surgiram tabelas com pictógrafos e escrita cuneiforme e ainda depois, no início da era cristã, os documentos de sistemas contábeis e relato das transações patrimoniais eram escritos em papiro. Segundo Beuren (2004), a Contabilidade do Mundo Medieval ocorreu entre e e se caracteriza pelas novas técnicas e avanços da ciência, principalmente da matemática, de grandes invenções e do aparecimento do Método das Partidas Dobradas, tão importante para o registro dos fatos contábeis. A partida dobrada se apoia, pois, no princípio da equação, não há dúvida, mas, logicamente, ela representa a explicação da origem e de efeito do fenômeno patrimonial, uma igualdade de valor em causa e efeito de um fenômeno ou acontecimento havido com a riqueza patrimonial (SÁ, p. 26). A fase da Contabilidade do Mundo Moderno, que compreende o período de a 1.839, segundo Beuren (2004), teve ênfase na disseminação do Método das Partidas Dobradas, por meio da obra do Frei Luca Pacioli e é considerada por estudiosos como o início do pensamento científico da Contabilidade. Além disso, o

21 20 período contempla a definição e as técnicas de inventário, registro de operações, contas em geral, correções de erros e arquivamento de documentos. Para Beuren (2004), a partir de 1.840, iniciou a fase da Contabilidade do Mundo Contemporâneo, que perdura até hoje. O período teve início com a publicação do livro de Francisco Villa. A ciência contábil passou a reapresentar o papel de legitimadora não mais dos eventos físicos e da natureza, mas também das relações sociais, dos aspectos políticos, religiosos e culturais, a Contabilidade passou a ser enfocada pelos teóricos sob a perspectiva de uma ciência (BEUREN, 2004, p.25). Segundo Sá (2002), a Contabilidade enquanto ciência social está em continuo desenvolvimento, já que muitas pesquisas ainda são feitas para aprimorar ainda mais esta ciência, procurando suprir as necessidades das entidades e de seus usuários. Segundo Sá (1997, p.15), a contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizam os da própria evolução do seu humano. A Contabilidade evolui com naturalidade, tentando sempre emprestar a sua base de conhecimentos acumulados ao longo do tempo como auxílio para que os homens e as entidades por eles criadas possam viver e se expandir, evitando as doenças e adiando, sempre que possível, o falecimento, apoiada em tecnologia que vai apanhando de outros ramos do conhecimento e desenvolvendo suas próprias teorias e métodos (LEONE, 2002, p.18) Aplicabilidades A Contabilidade, para Basso (2005), se aplica a qualquer pessoa física ou jurídica que possua patrimônio, seja ela com ou sem fins lucrativos, privada ou pública, ou ainda, toda entidade que exerça atividade econômica como meio ou fim.

22 21 O campo de atuação da Contabilidade, na verdade seu objeto, é o patrimônio de toda e qualquer entidade; ela acompanha a evolução quantitativa e qualitativa desse patrimônio (IUDÍCIBUS e MARION, 2006, p.56). O Patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade é conceituado por Sá (2002, p.60), como um conjunto interpessoal de meios e recursos materiais e imateriais, existentes em determinado momento, visando à satisfação das necessidades da atividade de uma célula social. Para Basso (2005), a Contabilidade possui um campo de aplicação muito amplo, pois aonde existir um Patrimônio definido e perfeitamente delimitado poderá ser aplicada a ciência contábil. O autor exemplifica onde a Contabilidade pode ser aplicada: em micro, pequenas, médias e grandes empresas públicas ou privadas, entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), propriedades rurais e pessoas físicas em geral. Iudícibus e Marion (2006), destacam que a Contabilidade utiliza-se de informações advindas de todos os setores da empresa, portanto, sua aplicabilidade pode ser atribuída em todos os departamentos dela, auxiliando na gestão de cada área. Entre os setores que mais se destacam em termos de geração de informações, pode-se ressaltar o financeiro, o faturamento, o fiscal, a administração de recursos humanos e a produção Finalidades A finalidade básica da Contabilidade desde os primórdios, segundo Sá (2002), tem sido o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas, registrando e controlando seus patrimônios de forma que estes pudessem ser mensurados e que houvesse a comparação entre os resultados obtidos e entre os períodos estabelecidos. Para Sá (2002), a Contabilidade registra de forma metódica e ordenada os negócios realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Desta maneira, ela identifica, classifica e registra as operações realizadas na entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Após o acumulo de dados, a Contabilidade possibilita apresentar o

23 22 histórico das atividades da empresa, bem como a interpretação dos resultados e, através de relatórios, produzir informações que auxiliam aos diversos usuários. Segundo Basso (2005, p.24), a finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento. Ainda explica que a Contabilidade contribui no processo decisório das entidades, já que possui informações relevantes para que possam programar e reprogramar metas, projetos e atividades dentro dela. O objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade (IUDÍCIBUS e MARION, 2006, p.53). O autor Antônio Lopes de Sá (2002), explica que há uma multiplicidade de finalidades do conhecimento contábil, pois o que ocorre com uma empresa não interessa somente a ela, mas para uma gama de usuários externos, que podem ser o fisco, os investidores, os credores, as instituições financeiras, os funcionários e a sociedade em geral. 2.2 Contabilidade Gerencial Para Iudícibus e Marion (2006), a Contabilidade Gerencial está orientada para a gestão das organizações, trazendo informações indispensáveis para que as tomadas decisões sejam as mais corretas possíveis, proporcionando resultados positivos às entidades que dela utilizam. Ao longo de várias décadas a Contabilidade tem sido o único instrumento do qual os empresários podem se valer para extrair informações de que necessitam para uma eficiente gestão de recursos, uma vez que as demonstrações contábeis servem de apoio ao gerenciamento de uma entidade, possibilitando conhecer sua situação econômico-financeira, em dado momento (WBATUBA et al, 2004, p.62).

24 23 Segundo Padoveze apud Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos (2009, p.9/10): Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso de seus recursos. Iudícibus (1998), enfatiza que a Contabilidade Gerencial somente terá efetividade se suas informações suprirem as necessidades do modelo decisório do administrador, levando em conta ações futuras e informações passadas e presentes como insumos para as tomadas de decisões. Para Iudícibus (1998), a gestão empresarial deve estar focada na continuidade e no crescimento das organizações. Diante disso, a Contabilidade assume o papel de trazer as informações necessárias ao planejamento organizacional, que tem como objetivo garantir a eficácia na gestão dos recursos da empresa. A Controladoria, no exercício da função de Contabilidade Gerencial, pode ser conceituada com intensidade por Padoveze (2009, p.3), quando descreve que é a utilização da Ciência Contábil em toda a sua plenitude. Para Coronado (2006, p.23), a missão da controladoria é coordenar a otimização do desempenho econômico visando ao crescimento da riqueza da empresa, e ainda explica que a Contabilidade Gerencial não desempenha apenas o papel de registrar dados passados, como também planeja operações futuras, utilizando-se de números reais e estimados na busca da otimização dos resultados. Neste contexto, Warren, Reeve e Fess (2003, p.3), explicam: As informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas. As características da contabilidade gerencial são influenciadas pelas variadas necessidades da administração. O profissional que atua com a Contabilidade Gerencial tem a função de dar suporte à gestão dos negócios da empresa, visando atingir os objetivos pretendidos pela organização, por meio de informações gerenciais geradas em tempo hábil para

25 24 a tomada de decisões. Segundo Coronado (2006, p.11), a forma como a empresa é gerida pode ditar seu sucesso ou fracasso. Esta frase mostra o quanto a Contabilidade Gerencial possui relevância nas organizações e a tamanha responsabilidade que o gestor possui para garantir a continuidade e o êxito da empresa Benefícios da Contabilidade Gerencial em pequenas e médias empresas A Contabilidade Gerencial não se aplica somente a grandes organizações. Segundo o Sebrae RS (2011), as micro e pequenas empresas também necessitam de informações e controle para a gestão de seu negócio, já que ambas devem buscar a otimização do resultado, objetivando sempre a continuidade e o desenvolvimento da entidade. A Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 19.41, na seção 1, aprovada pela Resolução CFC n , define pequenas e médias empresas: Pequenas e médias empresas são empresas que: a) não têm obrigação pública de prestação de contas; e b) elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos (CRCRS, 2011, p.35). Empresas de pequeno e médio porte conforme o CRCRS (2011, p.4), não têm ativos superiores a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, portanto estas empresas estão sujeitas as exigências da NBC T Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae (2011), em 2010, 99% das empresas nacionais são micro e pequenas empresas e são responsáveis por empregar 52% de todos os trabalhadores com carteira assinada no Brasil. Outra pesquisa realizada pelo Sebrae em 2009, mostra que apenas sete em cada dez empresas sobrevivem no Brasil após dois anos de abertura. Segundo Coronado (2006), a pesquisa do Sebrae aponta causas relevantes na extinção das empresas: falta de capital de giro, a elevada carga tributária e a recessão econômica. Porém, o principal motivo a levá-las a mortalidade são as falhas no gerenciamento do negócio por parte de seus administradores.

26 25 Diante disso, o Sebrae (2011), enfatiza como é importante que as pequenas e médias empresas devem melhorar o seu processo de gestão para que cresçam e possam se tornar grandes empresas, com bons resultados. Segundo Santos (2001), os Micro e Pequenos empresários necessitam ter foco na gestão empresarial, deixando de utilizar a Contabilidade apenas para fins fiscais, como também para usufruir das informações que dela provém. Informações essas que ajudam os gestores a avaliar quais ações serão convenientes, levando em consideração o impacto de seus atos no desempenho da empresa. Defronte ao atual ambiente de competitividade, avanço tecnológico e mercadológico, inúmeras são as incertezas e preocupações dos micro e pequenos empresários com a sobrevivência das empresas, como ressalta o autor Santos (2001). Por isso, cada vez mais deve ser intensificada a utilização da informação contábil nas organizações, levando-as a adotarem formas alternativas de gestão, desenvolvendo competências para que aumentem as chances de competir no mercado globalizado. 2.3 Fluxo de Caixa Para a construção da habilidade explicativa e argumentativa sobre fluxo de caixa, faz-se necessário discorrer sobre os conceitos, finalidades, características e afins, que sejam indispensáveis para que, ao final desta, permita-se desenvolver um sistema de fluxo de caixa para a empresa em estudo Conceito O fluxo de caixa ou cash-flow é um instrumento gerencial, segundo Silva (2005), que controla e prevê todas as movimentações financeiras de um dado período, o que possibilita evitar problemas com eventuais sobras e faltas de disponibilidades por meio da adequada gestão de caixa, proporcionando ao profissional planejar melhor suas ações futuras ou acompanhar o seu desempenho, pretendendo a maximização dos resultados das organizações. Segundo Santos (2001, p.57), o fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação de caixa da empresa em determinado período de tempo à frente. O autor explica ainda

27 26 que este instrumento é capaz de revelar os valores e datas dos dados gerados pelos demais sistemas de informação da empresa. Silva (2005, p.11), traz o conceito do fluxo de caixa: é o principal instrumento de gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinado período projetado. O autor ainda ressalta que o caixa representa a disponibilidade imediata dentro das entidades, o que significa que possui diferença entre o resultado econômico gerado contabilmente. Neste contexto, Frezatti (1997), explica que quase sempre existe diferença entre o caixa da empresa e o lucro ou prejuízo gerado na Contabilidade. Isso ocorre devido as diferenças entre competências, no qual a Contabilidade utiliza a data em que o fato contábil ocorreu para gerar o resultado, enquanto que o caixa utiliza como competência as datas de pagamentos e recebimentos. Além disso, outros aspectos podem gerar diferença entre lucro e caixa: a) Receitas geradas e não recebidas; b) Depreciação e amortização não representam saída de caixa, portanto diminui o resultado contábil; c) Quando não há pontualidade das receitas e o não reconhecimento como perda; d) Os estoques; e) Provisões afetam demonstrações contábeis e não alteram o fluxo de caixa. O fluxo de caixa, segundo Frezatti (1997), permite projetar diariamente a evolução do disponível, demonstrando o passado e o futuro financeiro da organização, de forma que se possam tomar medidas cabíveis com antecedência para evitar a escassez ou excesso de caixa. Cabe destacar, que nenhuma entidade, de quaisquer atividades econômicas, devem dispensar o fluxo de caixa, já que é peça fundamental para que se possam projetar as futuras operações financeiras, sempre objetivando resultados positivos Finalidades O objetivo geral do fluxo de caixa, para Santos (2001), é fornecer informações para a tomada de decisões a partir de uma visão futura dos recursos financeiros que integram suas contas.

28 27 Segundo Silva (2005, p.57), as projeções de caixa da empresa têm várias finalidades. A principal delas é informar a capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo. O fluxo de caixa para empresas com excedentes de recursos financeiros possui muitas finalidades, das quais Silva (2005), destaca: a) Avaliar alternativas de investimentos na empresa, com o intuito de aumentar a rentabilidade do capital, visto que geralmente os investimentos tem capacidade de produzir rendimentos maiores do que aplicações financeiras. b) Aplicação em instituições financeiras, procurando taxas de juros elevadas e prazos longos, para que o retorno sobre o montante aplicado seja o mais rentável possível. c) Financiar as vendas para clientes com prazos de pagamento maiores, com a finalidade de conquistar mercado. d) Liquidar dívidas antecipadamente, adquirindo descontos sobre compras efetuadas. Empresas com escassez de caixa podem utilizar do sistema de fluxo de caixa para analisar qual a melhor decisão a ser tomada entre as diversas opções, conforme citadas por Santos (2001): a) Analisar a possibilidade de reduzir o prazo de faturamento a fim de acelerar as entradas de caixa, diminuindo, desta forma, o preço de venda. b) Agilizar o processo de recebimento, depositando os cheques recebidos com rapidez e avaliar a probabilidade de descontar as duplicatas recebidas no banco, com o menor custo do mercado. c) Retardar ou suspender os pagamentos a fornecedores, analisando os custos financeiros, a imagem da empresa e a relação dela com os credores. d) Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos, analisando as linhas de créditos a serem obtidas junto às instituições financeiras, procurando suprir as necessidades de caixa da empresa com taxas de juros reduzidas e a captação no tempo e na quantidade certa. Finalidades que agem de forma preventiva podem ser destacadas quanto ao fluxo de caixa segundo Frezatti (1997):

29 28 a) Programar os ingressos e desembolsos de caixa de forma criteriosa, evitando-se o acúmulo de compromissos vultosos em época de pouco encaixe; b) Proporcionar o intercambio dos diversos departamentos da empresa com a área financeira, possibilitando uma visão geral da situação financeira e administrativa da empresa, como também assegurando que todas as informações, de todos os setores estejam presentes no fluxo de caixa, prevenindo possíveis erros; c) Desenvolver eficiente e racionalmente o uso dos recursos financeiros para que não ocorram problemas de carência de caixa, nem de resultados negativos para a organização. d) Para empresas que estejam em processo de liquidar suas dívidas, o fluxo de caixa tem finalidade de projetar um plano efetivo de pagamento de débitos. O fluxo de caixa como ferramenta de gestão tem como finalidade: (...) mensurar o efeito resultante entre as decisões gerenciais e o nível de liquidez; aumentar o horizonte de projeção, consequentemente aumentar uma visão futura da empresa; acompanhar os processos vigentes, bem como fazer uma revisão contínua desses processos no caso de eventuais mudanças nos negócios (SILVA, 2005, p.13). O autor Silva (2005), ainda enfatiza que utilizando-se do fluxo de caixa, o administrador da projeção de caixa terá condições de manter o equilíbrio entre as entradas e saídas de caixa, propiciando à empresa alcançar seus objetivos em termos de rentabilidade de seus investimentos e lucratividade de seus negócios Características O fluxo de caixa possui características que devem ser considerados na sua elaboração. Para Silva (2005, p. 59), os principais fatores determinantes do formato do fluxo de caixa são o prazo de cobertura, sua utilização e a disponibilidade de recursos humanos e materiais a serem alocados a sua implantação e operação. O prazo de cobertura do fluxo de caixa segundo Silva (2005), é o horizonte de tempo pelo qual ele é projetado, podendo ser de semanas, meses e anos. Já o

30 29 período de informação é a unidade de tempo em que se divide o prazo de cobertura do sistema de fluxo de caixa, por exemplo: sendo o período de cobertura de um mês, o período de informação será diário. Este prazo de cobertura pode ser determinado com base no calendário fixo ou prazos corridos, conforme o contador achar mais conveniente para a empresa. Outro aspecto mencionado por Silva (2005), quanto ao fluxo de caixa é o seu grau de detalhamento, que pode ser apresentado de forma resumida ou detalhada, conforme o número de informações que se espera com o sistema. O autor recomenda que o objetivo do fluxo de caixa limite-se apenas às informações sobre a posição de caixa da empresa, não utilizando-o para outros fins, que acabam trazendo problemas ao objetivo real do fluxo. O grau de precisão do fluxo de caixa deve ser levado em consideração conforme o seu período de cobertura, utilizando-se de uma margem de variação entre o fluxo projetado e o realizado. Segundo Silva (2005), um fluxo de caixa mensal pode ter 10% de variação para ser considerável satisfatório, já para um fluxo anual a margem poderá ser de 15% para ser aceitável. Caso não ocorra margem satisfatória, os dados do fluxo de caixa deverão ser reavaliados, já que não trás informações precisas e confiáveis para a organização. Os itens diversos dentro do fluxo de caixa devem ser utilizados apenas em casos extremos, que não deve ultrapassar 10% do total das entradas e saídas. O fluxo de caixa deve partir do plano de contas da empresa, ao que Frezatti (1997), explica que muitas empresas encontram problemas em confrontar o planejado e o realizado devido a desvios encontrados entre ambos. O autor completa, ainda, que há vários fatores para tal problema: a) Excesso de detalhamento do plano de contas; b) Muitos lançamentos na conta outros, distorcendo o resultado final; c) Confusão na nomenclatura do plano de contas; d) Real e previsto em bases diferentes, dificultando o acompanhamento do fluxo de caixa projetado e o realizado. Ainda conforme Frezatti (1997), devem ser levados em consideração os métodos de coleta de dados específicos, ou seja, é necessário ter dados que nascem em um bom método de controle de contas a pagar, contas a receber, acompanhamento de saldos de aplicações bancárias, faturamento, custos,

31 30 despesas, receitas e todos os demais elementos fundamentais para alimentar o fluxo de caixa de forma confiável. Para Silva (2005, p.63), os mapas e planilhas auxiliares têm como propósito planejar e organizar as informações que serão inseridas na planilha de fluxo de caixa. Além dos mapas e planilhas auxiliares, podem ser utilizados relatórios do sistema de informações da empresa para a elaboração do fluxo de caixa. Segundo Frezatti (1997), a separação entre o fluxo de caixa e os quadros auxiliares, que detalham informações, facilita o entendimento. Segundo Santos (2001), a implantação de um sistema de fluxo de caixa deve ser aplicado nas organizações desde que haja comprometimento em mantê-lo sempre atualizado e com informações corretas, condizentes com a realidade, para que se tenha confiança nos dados e informações apresentados pelo sistema Planejamento do Fluxo de Caixa O Planejamento pode ser conceituado como: A função administrativa que determina com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos para atingir os objetivos fixados. O planejamento é uma técnica que absorve as incertezas e aumenta as chances de sucesso do desemprenho da empresa (HOJI e SILVA, 2010, p.6). Segundo Coronado (2006, p.27), o contador gerencial/controller, ao elaborar projeções para o planejamento, necessita das informações contábeis de todos os departamentos da empresa (...). Portanto, para a elaboração de um sistema de fluxo de caixa, torna-se imprescindível a relação efetiva entre o setor de Controladoria com os demais departamentos, coletando informações sobre faturamento, produção, compras, vendas, finanças, marketing e outros, que as empresas possuem e que necessitam de recursos financeiros para desempenhar suas funções ou que forneçam informações relevantes para a composição do fluxo de caixa. O planejamento do fluxo de caixa deve ser desenvolvido conforme o planejamento estratégico da organização. Portanto, o plano da cúpula da empresa deve ser clara quanto aos seus objetivos para que a gestão dos recursos financeiros

32 31 seja direcionada a este escopo. Segundo Frezatti (1997), a abordagem estratégica no fluxo de caixa afeta o nível de negócios da empresa tanto a curto quanto em longo prazo. O nível tático da empresa planeja o fluxo de caixa conforme o plano estratégico que a diretoria construiu. Para alcançar os resultados esperados pela direção, os gerentes atribuem metas a cada departamento. Portanto, para que suas metas sejam atingidas, o fluxo de caixa informa as ações táticas que deverão ser desenvolvidas durante o período projetado. Neste contexto, Frezatti (1997, p.45), contribui: Todo profissional que atue na empresa e tome decisões que afetem a liquidez da empresa deve ser chamado a participar, de alguma forma, no estabelecimento de metas de geração de liquidez do período. (...) O importante é que ele deve entender o status de liquidez da organização, os efeitos de suas ações sobre o fluxo de caixa/resultados, bem como seus compromissos. A filosofia de planejamento para o fluxo de caixa é relatada por Santos (2001, p.67): para que o fluxo de caixa gere dados de boa qualidade, é necessário que a empresa tenha uma cultura de planejamento. Desse modo, será possível gerar dados e informações úteis, apesar de toda a incerteza. O planejamento do fluxo de caixa é a primeira atividade para estimar as entradas e saídas da empresa. Esses tipos de informação são primordiais para a tomada de decisões. A qualidade da informação no planejamento e consequentemente elaboração do fluxo de caixa são eminentes tanto em empresas que apresentam dificuldades financeiras, como naquelas bem capitalizadas (SILVA, 2005, p.78) Modelos de fluxo de caixa Segundo Silva (2005, p.70), é salutar que a empresa escolha um modelo de fluxo de caixa que melhor atenda as suas necessidades, de modo que as informações sejam as mais transparentes possíveis e facilitem na análise das variações entre o planejado e o real.

33 32 O formato do fluxo de caixa possui maior importância, segundo (Frezatti, 1997), quando é utilizado como instrumento gerencial da empresa, no qual vários serão os usuários do sistema. Portanto, o fluxo de caixa deve ser compreensível e ser elaborado conforme as necessidades de cada empresa. O fluxo de caixa pode ser elaborado através do sistema de informações da empresa, bem como pode ser realizado em planilha eletrônica ou ainda manualmente em casos de maior simplicidade. Conforme Frezatti (1997, p.77), quanto maior for a complexidade do negócio em si, mais complexo fica demonstrar o fluxo de caixa dessa instituição. O modelo mais utilizado pelas empresas, conforme Silva (2005), é o método direto, apresentado diariamente. Este método registra todos os recebimentos e todos os pagamentos, sendo baseado em regime de caixa. Atividades Sado inicial Entradas: Vendas Aumento de capital Resgate de aplicações Juros de aplicações Outras receitas Total de entradas Saídas: Salários Aluguel Matéria-prima Impostos Despesas com vendas Despesas administrativas Empréstimos amortização Empréstimos juros Outras despesas Total de saídas Superávit/(Déficit) Captação/(Aplicação) Saldo final Figura 2: Fluxo de caixa diário (método direto) Fonte: Silva (2005, p.71) Período de / / a / / Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 30

34 33 O modelo apresentado, conforme figura 2, possui seu superávit ou déficit equivalente ao somatório do saldo inicial mais o total das entradas menos o total das saídas. Outro modelo, que pode ser utilizado de fluxo de caixa diário no método direto segue ilustrado a seguir. Este modelo agrupa as atividades em operações, investimentos e financiamentos, podendo ser utilizado para controle em moeda nacional e em dólar. Atividades do dia: / / Movimento do dia Saldo Acumulado Taxa de conversão: US$ 1 = R$ R$ US$ R$ US$ ATIVIDADES DE OPERAÇÕES Vendas no mercado nacional Exportações A Recebimento Materiais e serviços variáveis Salários e encargos sociais variáveis Custos indiretos de fabricação Despesas Gerais Impostos B Pagamentos C - Geração operacional (A - B) Juros pagos (-) Juros recebidos (+) Perda (ganho) com derivativos D - Despesas financeiras líquidas E - Geração líquida (C - D) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (-) Investimentos permanentes aquisição (-) Imobilizado aquisição (-) Investimentos permanentes vendas (-) Imobilizado venda F - (=) Investimentos líquidos ATIVIDADES FINANCEIRAS (+) Empréstimos locais captação (+) Empréstimos externos captação (+) Investimentos temporários resgate (+) Integralização de capital (-) Investimentos temporários aplicação (-) Empréstimos locais amortização (-) Empréstimos externos amortização

35 34 G - (=) Financiamentos líquidos CAIXA (+) Superávit (déficit) (E + F + G) (+) Saldo anterior H - (=) Saldo final Figura 3: Fluxo de caixa diário por atividades (método direto) Fonte: Silva apud Hoji (2005, p.73) Ainda pelo método direto, é possível aplicar o modelo de fluxo de caixa mensal, que apresenta os ingressos e desembolsos de caixa separadamente e abaixo os resultados do fluxo de caixa. ITENS 1. INGRESSOS Vendas de mercadorias à vista Vendas de mercadorias a prazo Venda de veículo Aumentos de capital social Aluguéis a receber Receitas financeiras Total de ingressos 2. DESEMBOLSOS Compras de mercadorias à vista Compras de mercadorias a prazo Salários com ES Despesas financeiras Despesas administrativas Despesas tributárias Despesas financeiras Aluguéis a pagar Compras de material de consumo Compra de microcomputador Contraprestações de arrendamento mercantil Total de desembolsos 3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1-2) 4. SALDO INICIAL DE CAIXA 5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (3 + 4) 6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA 7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR 8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO MESES JAN FEV MAR TOTAL

36 35 9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS 10. RESGATES DE APLICAÇÕES FINANCEIRA 11. SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO Figura 4: Fluxo de caixa mensal (método direto) Fonte: Silva (2005, p.162) O modelo mostrado a seguir é realizado através do método indireto. Fluxo de caixa proveniente R$ 1. Das atividades operacionais 1.1 Lucro líquido do exercício +/- Receitas ou despesas que não afetam o caixa Receita de equivalência patrimonial 2.590,00 Depreciação e amortização -980,00 Baixa de ativo permanente 1.118,00 Despesa com devedores duvidosos 72,00 (=) Lucro Líquido ajustado 640, Acréscimo ou diminuição de ativos operacionais 3.440,00 Duplicatas a receber de clientes ,00 Contas a receber diversas ,00 Adiantamentos diversos 1.206,00 Estoques ,00 Despesas pagas antecipadamente -801,00 (=) Diminuição nos ativos operacionais , Acréscimos ou diminuição de passivos operacionais Fornecedores 1.260,00 Impostos e contribuições 2.370,00 Salários e encargos sociais 1.001,00 Credores diversos -667,00 Imposto de renda 1.975,00 (=) Acréscimos nos passivos operacionais 6.139,00 (=) Acréscimos de caixa originado das atividades operacionais ( ) 4.210,00 2. Das atividades de investimento 2.1 Receita da venda de: Imobilizado 250,00 Investidores permanentes 170, Aquisição de: Imobilizado ,00 Investidores permanentes -670,00 (=) Diminuição de caixa originada das atividades de investimento ,00

37 36 3. Das atividades de financiamento Integralização de capital 2.100,00 Novos empréstimos e financiamentos 3.000,00 Amortização de empréstimos e financiamentos -990,00 Dividendos pagos -185,00 (=) Acréscimo de caixa originado das atividades de financiamento 3.925,00 Resumo Saldo inicial 605,00 + Acréscimo de caixa no período ( ) 6.507,00 (=) Saldo final 7.112,00 Figura 5: Fluxo de caixa (método indireto) Fonte: Silva apud Silva; Marion; Reis (2005, p.77) Ao utilizar esse método é feita uma reconciliação do lucro líquido para o caixa líquido, e as mudanças, aumento ou redução, são medidas nas contas de Capital de Giro como Contas a Receber, Estoques etc., que serão ajustados para acréscimos líquidos e mensuração de caixa (SILVA, 2005, p. 76) Orçamento de caixa O orçamento de caixa pode ser conceituado, segundo Zdanowicz (2000), como um instrumento que relaciona os futuros ingressos de caixa e os desembolsos financeiros para um período de tempo, que é utilizado pela administração financeira a fim de verificar antecipadamente se haverá excedente ou escassez de disponibilidades de caixa no período considerado. O orçamento é o instrumento utilizado para elaborar, de forma eficaz e eficiente, o planejamento e o controle financeiro das atividades operacionais e de capital da empresa, auxiliando à tomada de decisão. Assim, o orçamento é a técnica, que torna, por base, informações e dados de experiências passadas, mas deverá constituir-se, também, em ferramenta de orientação no processo de tomada de decisão da empresa para o futuro (ZDANOWICZ, 2000, p.22). Segundo Silva (2005, p.61), o orçamento de caixa faz parte do orçamento geral da empresa, que planeja as operações por períodos curtos de seis meses a um ano, podendo ser de períodos maiores.

38 37 As informações de vários orçamentos operacionais, como o orçamento de vendas, o de compras de material direto e o de despesas de vendas e administrativas, afetam o orçamento de caixa. Além deles, o orçamento de dispêndio de capital, as politicas de dividendos e os planos de financiamento de longo prazo de capital próprio ou de terceiros também afetam o orçamento de caixa (Warren et al, 2003, p.194). O objetivo básico do orçamento de caixa para Zdanowicz (2000), é disponibilizar uma projeção de recursos financeiros que serão necessários para a execução do plano geral de operações, bem como estabelecer um nível desejado de caixa. Além disso, segundo o autor, outros objetivos são relacionados ao orçamento de caixa: a) Manter a liquidez, dimensionando o nível de caixa necessário; b) Estabelecer adequado fluxo de caixa entre ingressos e desembolsos de caixa; c) Maximizar o caixa de forma rentável e segura, fazendo aplicações financeiras quando possível; d) Captar recursos financeiros quando houver escassez de caixa; e) Analisar a viabilidade de investimentos conforme plano orçamentário. Algumas definições são importantes na elaboração do orçamento de caixa, segundo Silva (2005). Ao que pode-se mencionar o valor de vendas e seus prazos de recebimento, valor das compras e suas formas de pagamento, além de estimar o montante das despesas a serem desembolsadas no período, relacionado também outras entradas e saídas de caixa. Segundo Zdanowicz (2000), a elaboração do orçamento de caixa pode ser de três maneiras: método direto, método do lucro ajustado e método da diferença de capital de giro. No método direto é feito a projeção de receitas, custos e despesas futuras, descrevendo cada um dos itens orçados. O método do lucro ou prejuízo ajustado utiliza em suas projeções elementos patrimoniais ativas e passivas decorrentes de resultados da empresa auferidas entre os períodos orçado e realizado. O método da diferença de capital de giro desdobra-se em duas etapas, ao que a primeira calcula-se a variação de capital de giro entre os períodos orçado e realizado. A segunda etapa relaciona as variações que ocorrerão em itens de longo prazo decorrentes do Demonstrativo de Resultado do Exercício e Balanço Patrimonial.

39 38 Diante disso, independente do método utilizado pelas empresas, o orçamento de caixa deve proporcionar de forma confiável e em tempo hábil informações para a gestão adequada dos recursos financeiros, segundo Silva (2005) Análise e Controle do Fluxo de Caixa A análise do fluxo de caixa é tão importante quanto o planejamento e a elaboração do fluxo de caixa. Segundo Silva (2005, p.79), para a análise dos resultados ser eficaz, é necessário que o administrador financeiro fique atento para aspectos importantes, de modo que sua análise tenha consistência e sempre tenha em mente melhorar os resultados. O administrador do fluxo de caixa deve analisar sistematicamente as informações recebidas, verificando se elas possuem qualidade e coerência. Além disso, Padoveze (2003) relata que é necessária a análise detalhada e precisa do fluxo de caixa planejado com o realizado, identificando detalhadamente as principais causas das variações de cada item do plano de caixa. Feito isso, os gerentes de cada setor devem fundamentar suas justificativas quanto às variações. Na avaliação de desempenho, seja dos gestores seja das áreas de responsabilidade, a controladoria deverá elaborar a análise de desempenho econômico das áreas, de desempenho dos gestores e de desempenho econômico da empresa, além de avaliar o desempenho da própria área (OLIVEIRA, 2009, p.66). Controle é uma função administrativa importante, já que um plano não teria significado nenhum se não fosse controlado. Segundo Hoji e Silva (2010, p.8), a função de controle é a coordenação de meios e recursos para atingir os objetivos ou metas, monitorando o que foi planejado. O controle de caixa é relatado por Santos (2001), como a atividade que lida com questões sobre escassez e excedente de caixa, bem como busca a distribuição adequada dos saldos de caixa dentro de um prazo estabelecido. Ainda afirma que o controle de caixa e o planejamento de caixa são atividades desvinculadas, mas que são complementares e interagem entre si continuamente.

40 39 O controle orçamentário indicará divergências entre os valores planejados e os realizados, proporcionando à direção a oportunidade de implantar medidas corretivas e saneadoras, em tempo hábil, para ajustar seus objetivos e suas metas. Em outras, palavras, a flexibilidade na implantação do planejamento financeiro e orçamento deverá caracterizar-se por um acompanhamento sistemático para retroalimentá-lo, rapidamente, tendo em vista que os objetivos da empresa poderão mudar em função do mercado (ZDANOWICZ, 2000, p.24). Um controle de fluxo de caixa satisfatório é aquele feito com cautela, que mostra e ajuda a lidar com situações e problemas no âmbito financeiro, permitindo sua correção antecipada. Segundo Silva (2005), podem ser citados alguns exemplos sobre a aplicação do controle do fluxo financeiro: a) Avaliar se as vendas serão suficientes para cobrir os desembolsos futuros; b) Verificar os momentos ideais para reposição de estoque; c) Analisar a necessidade de reduzir ou aumentar preços e realizar promoções e liquidações; d) Verificar a possibilidade de conceder maiores prazos de recebimentos aos clientes; e) Examinar se há necessidade de adquirir empréstimos; f) Antecipar decisões sobre como lidar com sobras ou faltas de caixa. Outro controle que se deve ter através do fluxo de caixa é o controle das oscilações de caixa. Segundo Santos (2001), as oscilações dos saldos de caixa são desaconselháveis, já que ocorrem constantes mudanças de sinal positivo e negativo. Isso pode ocorrer devido a concentração de pagamentos em poucas datas, devido ao processo de produção ou outras operações que tendem a provocar o surgimento de pontos de estrangulamento no fluxo de caixa, tornando o resultado negativo. Contudo, Santos (2001), diz ser imprescindível que seja realizado frequentemente a revisão das projeções do fluxo de caixa, mantendo as informações sempre atualizadas para que possa refletir de fato os valores disponíveis no fluxo de caixa.

41 Avaliação de desempenho e investimentos A análise de investimento de capital para Warren, Reeve e Fess (2003, p.350), é o processo pelo qual a direção planeja, avalia e controla os investimentos em ativos fixos. Santos (2001), enfatiza que a avaliação econômica de investimentos é imprescindível para as empresas, já que envolvem valores significativos que geralmente são associados a longo prazo de planejamento. Ainda salienta que o objetivo principal da análise de investimentos é avaliar qual será a ação mais atrativa para a organização, tanto de natureza quantitativa quanto qualitativa, no qual são considerados vários fatores, até mesmo a intuição do decisor para que se possa tomar a decisão correta. Para Warren, Reeve e Fess (2003), os investimentos feitos pelas empresas devem gerar uma taxa de retorno satisfatória, viabilizando os pagamentos aos credores e retorno de dividendos aos acionistas. Segundo Santos (2001, p.145), denomina-se projeto de investimento uma aplicação de capital com o objetivo de obtenção de um benefício econômico compensador na forma de lucro ou redução de custos. Portanto, alguns investimentos, que produzem maior impacto econômico, precisam de um prognóstico maior para a tomada de decisão. A realização da análise de investimento é efetuada após a elaboração do projeto de investimento. Para Santos (2001), o projeto deve descrever a sua composição física e a sua natureza mercadológica, cronológica de implantação do empreendimento, descrição das fontes de financiamento e demais estimativas que ajudem na análise do investimento. Tendo como base o fluxo de caixa líquido e um período estabelecido, são efetuados os cálculos de rentabilidade para a análise do investimento. Para facilitar os cálculos para análise de investimentos geralmente são utilizados métodos específicos. Alguns itens devem ser levados em consideração para o cálculo de análise de investimentos, conforme Santos (2001): a) A vida útil do ativo, que são denominados bens usados na operação da empresa durante certo período tempo;

42 41 b) O valor residual do ativo, ou seja, o valor estimado do ativo ao término de sua vida útil; c) O período de análise deve ser considerado conforme a vida útil dos bens. Casso sejam ativos com vidas úteis diferentes, deve-se considerar o que tiver a maior vida útil entre eles. Segundo Motta e Calôba (2002), os métodos de análise de investimentos buscam informações adicionais sobre componentes essenciais para a tomada de decisão, reduzindo-se o grau de incerteza, de modo a discernir melhor as vantagens e desvantagens de uma opção sobre os demais investimentos Métodos simplificados de análise de investimentos Os métodos simplificados de análise de investimento são muito utilizados devido a sua facilidade de cálculo, mas, segundo Santos (2001), apresentam desvantagens quando podem conduzir a decisão de investimento erradas ou subotimizadas e por ter pouca aplicabilidade no fluxo de caixa não convencional. São três os métodos simplificados para análise de investimentos: a) Período de retorno de caixa do investimento ou payback Warren, Reeve e Fess (2003), conceituam o período de retorno de caixa do investimento como o período esperado, compreendido entre a data do investimento e a total recuperação da quantia do caixa (ou equivalente) investida. Neste método, estima-se em quanto tempo ocorrerá a recuperação do capital investido em função do fluxo de caixa gerado. Segundo Santos (2001), a fórmula de cálculo pode ser efetuada da seguinte maneira: T = I E Onde: T = tempo de retorno em anos; I = investimento; E = fluxo de caixa anual ou lucro contábil.

43 42 Quanto menor o tempo de retorno do investimento, melhor. Isso se deve porque um tempo de retorno baixo é decorrência de uma alta taxa de lucro sobre o investimento. Motta e Calôba (2002) enfatizam que este método de análise de investimento deve ser utilizado apenas como indicador, não servindo para seleção entre alternativas de investimento. b) Payback do fluxo de caixa descontado Segundo Santos (2001), para diminuir a imprecisão do critério do tempo de retorno deve-se considerar os fluxos de caixa pelo seu valor presente, portanto este método é denominado de tempo de retorno descontado. Santos (2001), explica que utiliza-se uma taxa de desconto para que seja aplicada ao montante do valor do investimento, ao que pode-se fazer a projeção entre projetos diferente para verificar qual terá a melhor taxa de retorno. Motta e Calôba (2002) apresentam a fórmula de cálculo para o payback descontado: = + / 1+ ;1, Onde: FCC (t) = valor atual do capital, ou seja, o fluxo de caixa descontado (para o valor presente) cumulativo até o instante t; I = investimento inicial (em módulo), ou seja, - I é o valor algébrico do investimento, localizado no instante 0 (início do primeiro período); Rj = receita proveniente do ano j; Cj = custo proveniente do ano j; i = taxa de juros empregada; j = índice genérico que representa os períodos j = 1 a t. Para Motta e Calôba (2002, p.106), quanto maior for a taxa de desconto, maior será a diferença entre payback simples e payback descontado.

44 43 c) Taxa contábil de retorno Segundo Warren, Reeve e Fess (2003, p.351), a taxa média de retorno, às vezes denominada taxa contábil de retorno, é uma medida do lucro médio como porcentagem do investimento médio em ativos fixos. Este parâmetro, para Santos (2001), mede a relação entre o lucro líquido contábil projetado e o investimento. A taxa de retorno contábil pode ser medida do seguinte modo: TR = L I Onde: TR = taxa de retorno contábil anual L = lucro contábil anual I = investimento Para Warren, Reeve e Fess (2003), em função deste método não levar em conta o valor do dinheiro no tempo, pode causar distorções à verdadeira rentabilidade do investimento Métodos analíticos para análise de investimentos Os métodos analíticos para efetuar a análise de investimentos são mais precisos devido a sua metodologia de cálculo, entretanto, tal precisão ainda não elimina as incertezas sobre os dados de entradas e saídas de caixa. Neste contexto, emprega-se os métodos de Taxa Interna de Retorno e o Valor Presente Líquido. a) Taxa Interna de Retorno Motta e Calôba (2002, p.116), conceitua o método da taxa interna de retorno (TIR) como um índice relativo que mede a rentabilidade do investimento por unidade de tempo (ex: 25% ao ano), necessitando, para isso, que haja receitas envolvidas, assim como investimentos. O método de cálculo da TIR é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado. A matemática explica que a taxa interna de

45 44 retorno é a taxa de juros que iguala o valor presente de caixa ao valor presente das saídas de caixa. Segue a fórmula de cálculo utilizada por Santos (2001): =0 Onde: E = geração líquida de caixa estimada I = investimento A Taxa Interna de Retorno (TIR) deve ser comparada com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), no qual a TIR deve ser maior do que a TMA para que o investimento seja vantajoso. Geralmente as empresas praticam uma TMA entre 12 e 15% ao ano, portanto a TIR deve ser superior ao percentual da TMA aplicada na empresa. Entre vários projetos, o melhor será o que apresentar a maior TIR. Warren, Reeve e Fess (2003) explicam que as vantagens deste método se devem ao valor presente no fluxo de caixa líquido ser considerado em relação à vida útil da proposta, bem como determina uma taxa de retorno para cada proposta, possibilitando a comparação entre todas elas. A desvantagem do método da taxa interna de retorno é que os cálculos são mais complexos se comparado aos demais métodos. b) Valor Presente Líquido Segundo Santos (2001), o Valor Presente Líquido (VPL) é igual ao valor presente do fluxo de caixa líquido, representando a diferença entre entradas e saídas de caixa. A taxa de juros (retorno) utilizada nas análises de valor presente líquido é estabelecida pela gerência. Essa taxa em geral baseia-se em fatores como a natureza do negócio, objetivo do investimento, custo dos fundos de garantia para o investimento e taxa de retorno mínima desejável. Se o valor presente líquido do fluxo de caixa esperado de um investimento proposto igualar-se ou exceder a quantia do investimento inicial, a proposta será aceitável (WARREN et al, 2002, p.356). A seguir a metodologia de cálculo deste método, segundo Santos (2001):

46 45 = Sendo: VPL = valor presente líquido FCX = fluxo de caixa de cada período (1 até n) I 0 = investimento inicial Conforme o autor, caso o valor obtido na VPL seja maior do que zero, o investimento é viável economicamente, caso seja zero o investimento é indiferente, mas se for menor do que zero é inviável sua aplicação na empresa. Para Warren, Reeve e Fess (2002), a vantagem deste método se deve porque é considerado o valor do dinheiro no tempo e as desvantagens são a complexidade dos cálculos e as mudanças das variáveis econômicas.

47 45 3 FLUXO DE CAIXA APLICÁVEL NA EMPRESA MODELO: Estudo de Caso Neste capítulo foi elaborado o estudo de caso em uma empresa de equipamentos agroindustriais. Primeiramente, foram coletadas as informações que serviram de subsidio para o desenvolvimento das análises pertinentes ao trabalho. Na sequencia foi projetado o sistema de fluxo de caixa da empresa e desenvolvida a análise de viabilidade da implantação de novos investimentos. O trabalho iniciou-se com o levantamento de informações da estrutura da empresa, bem como de seu funcionamento e de seus procedimentos e controles. Além disso, as informações de julho de 2010 a junho de 2012 foram coletadas e organizadas para que fosse possível elaborar o estudo de caso. 3.1 Análise da empresa A coleta dos dados, as entrevistas realizadas e a análise da empresa foram fundamentais para que houvesse o entendimento do seu processo e estrutura organizacional, bem como do funcionamento de seus controles financeiros. Tudo com o intuito de elaborar o sistema de fluxo de caixa de forma real e segura Estrutura organizacional A empresa em estudo trabalha no ramo agroindustrial há cinco anos e suas atividades são a industrialização de produtos, a revenda de mercadorias, além da prestação de serviços em equipamentos agroindustriais. A empresa está situada no noroeste do Rio Grande do Sul, porém ela vende para todas as regiões do Brasil. O aumento da capacidade produtiva no campo e as exigências da população expandem o mercado agrícola, que demanda de máquinas e equipamentos cada vez melhores. Devido a isso, a empresa está em constante desenvolvimento de produtos com maior tecnologia, se diferenciando dos concorrentes e conquistando ainda mais o mercado em que atua. Deste modo, a empresa possui juntamente com seu setor de produção, uma área de desenvolvimento de produtos novos e de melhorias em produtos já existentes. A concorrência no mercado agroindustrial é grande, por isso a empresa utiliza algumas políticas de marketing que impulsionam as vendas. Os vendedores

48 47 atendem os clientes nas suas empresas, cooperativas, cerealistas e propriedades rurais para expandir mercado e estar à frente dos concorrentes. Além disso, tornam a empresa conhecida com as participações em feiras e eventos, bem como utilizam como propaganda o meio eletrônico e o malote. Os serviços prestados pela empresa são de reparos feitos em equipamentos agroindustriais. Os serviços podem ter origem devido a algum problema detectado em equipamentos usados, como também podem ser feitas manutenções periódicas, como prevenção para os períodos de safra. O quadro de colaboradores é composto por dois vendedores, três ajudantes de produção e um auxiliar financeiro e administrativo. Além disso, são utilizados serviços terceirizados para a fabricação de produtos, já que a empresa produz nos últimos dois anos cerca de 60% dos equipamentos vendidos Sistemas de controle interno Atualmente a organização está em processo de implantação de um sistema informatizado para controlar os estoques, as vendas e os custos. Além disso, a empresa possui um controle de contas a receber para que seja possível a cobrança dos inadimplentes, bem como um controle de contas a pagar, que serve de base para os pagamentos que são efetuados semanalmente. Observou-se através dos dados coletados que a empresa ainda está em transição entre o sistema informatizado e as planilhas de controle, porém em pouco tempo a empresa conseguirá controlar todos os recursos e setores da empresa. Além disso, verificou-se a necessidade de desenvolver o fluxo de caixa, já que a empresa não dispõe desta ferramenta atualmente. Os lançamentos das notas fiscais de entrada são realizados pelo setor financeiro, que gera o contas a pagar, bem como realiza a entrada no estoque. As emissões das notas fiscais de saída são feitas a partir do pedido aprovado pelo cliente, que é interligado pelo sistema. No faturamento, também é gerado o contas a receber e a saída de estoque das mercadorias ou produtos vendidos. Desde 2010 o financeiro da empresa faz os relatórios financeiros das entradas e saídas do caixa e dos bancos. Em 2012 iniciou-se o processo de implantação de um sistema informatizado para a indústria, portanto os lançamentos financeiros de recebimentos e pagamentos começaram a ser realizados através desta ferramenta.

49 48 Feito os lançamentos, ocorre a emissão dos relatórios diários de caixa, que são anexados aos documentos correspondentes a movimentação financeira. Após isso, a documentação é enviada para o escritório contábil. A controladoria é feita através de escritório de contabilidade, que é auxiliado pelo setor financeiro tanto no subsidio de informações e documentos como na conciliação contábil mensal. O sistema fornece as informações referente aos inadimplentes para que possa ser realizada a cobrança, portanto são gerados relatórios para essa finalidade. Além disso, também é feito o controle dos orçamentos e pedidos de venda a partir do sistema e dos relatórios disponíveis para consulta. O controle dos custos dos produtos vendidos é feito através de tabelas dos custos da matéria prima, dos materiais de consumo, da mão de obra, da embalagem e do frete. A partir disso, é calculada a margem de lucro para que seja feito o preço de venda dos produtos industrializados. Já na atribuição dos preços de venda das mercadorias revendidas, é calculado o custo da compra do produto, do frete e o percentual de lucro. Na prestação de serviço é calculada a mão de obra, mais os insumos utilizados nos reparos e, se for o caso, o frete para envio do equipamento. Atualmente o controle de estoque utilizado pela organização é o método periódico, mas após a finalização de implantação do sistema será utilizado o método permanente. Em função da empresa estar em constante crescimento, torna-se necessário um gerenciamento efetivo do estoque, a fim de manter um controle eficaz sobre as matérias primas, produtos e mercadorias. Os recebimentos geralmente ocorrem através de boleto bancário, mas também trabalham com cheque pré-datado, dinheiro, transferência bancária e cartão BNDES. Os pagamentos são realizados através da conta bancária online, com cheque, cartão de crédito ou dinheiro. A realização dos pagamentos é semanal, pelo sistema online, no qual são feitos os agendamentos para débito no dia do vencimento dos boletos e faturas, ou então, são realizados com cheque ou transferência bancária, conforme negociado com os fornecedores. Já as despesas de viagem e demais despesas de menor valor são pagas através de cartão de crédito ou dinheiro. Os prazos e descontos concedidos nas vendas ocorrem conforme negociação feita com os clientes, já que depende de vários fatores: consulta de crédito do cliente, valor da venda, produto ou mercadoria vendida (considerando que alguns

50 49 fornecedores concedem um prazo maior de pagamento e outros pagamentos são efetuados a vista). A empresa faz um controle de caixa manual a cada semana, no qual são utilizados os saldos de caixa vigentes e calculado os valores a receber atualizados e os desembolsos para o período de um mês. Porém, faz-se necessário um sistema de fluxo de caixa mais abrangente, com período maior de visão da situação financeira, já que a empresa não utiliza previsões de recebimentos com base em períodos anteriores e com base no mercado atual. Percebe-se que a empresa não possui dificuldades de caixa, porém pretende fazer investimentos que demandam um fluxo de caixa projetado para tomar as decisões com maior segurança. 3.2 Análise das informações de exercícios anteriores A projeção de fluxo de caixa demanda informações de exercícios anteriores, bem como do funcionamento da empresa, do conhecimento do ramo de atividade, das previsões futuras e demais informações que servem de embasamento para o estudo. Portanto, foram coletadas informações de julho de 2010 a junho de 2012 para fazer as projeções necessárias ao fluxo de caixa. Na coleta de informações foram utilizados balanços patrimoniais, as demonstrações de resultado dos exercícios e balancetes, além de documentos financeiros da empresa, como planilha de controle de recebimentos e pagamentos, razão de recebimentos das vendas e razão de pagamentos das compras, relatórios financeiros e entrevistas desenvolvidas com o proprietário da empresa Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial facilita o conhecimento e a análise da situação financeira e patrimonial da empresa, pois representa sinteticamente os elementos que compõe o patrimônio da entidade em determinada data. Neste caso, estudou-se o balanço patrimonial de 2010 e 2011 da empresa, com o propósito de identificar seu capital circulante líquido e a participação do seu capital próprio. Os balanços patrimoniais da empresa estão nos anexos A e B desse trabalho.

51 50 O capital circulante líquido (CCL) é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Quanto maior o CCL, menor será o seu risco de insolvência. Para a empresa em estudo, existe folga nos ativos de curto prazo em relação aos passivos de curto prazo de R$ ,17 em 2010 e R$ ,27 em Portanto, houve cerca de 120% de acréscimo no CCL de 2010 para O índice de Participação do Capital de Terceiros (PCT) na empresa em estudo, indica que em 2010 a participação do capital de terceiros representava 21,04%, de forma que o capital próprio era de 78,96%. Já em 2011 o capital de terceiros representava somente 10,86%, enquanto o capital próprio era de 89,14% do total das fontes de recursos. Portanto, ocorreu uma redução de 10,18% da participação do capital de terceiros de 2010 para Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório contábil que evidencia a composição do resultado formado em determinado exercício social da organização. Portanto, foram coletadas e organizadas as informações das demonstrações dos períodos de julho a dezembro de 2010, de janeiro a junho de 2011, de julho a dezembro de 2011 e janeiro a junho de A receita líquida, demonstrada na DRE, é o montante das vendas e prestações de serviços, deduzidos dos encargos tributários, devoluções e abatimentos das vendas. A análise revela que a receita líquida da empresa em estudo sofreu um aumento gradativo em todos os semestres elencados, o que foi proporcionado pelo crescimento das vendas devido ao desenvolvimento das estratégias de marketing.

52 51 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$50.000,00 R$0,00 Participação das principais contas da DRE 2 Semestre Semestre Semestre Semestre 2012 Receita Líquida Custos Despesas Lucro Líquido Figura 6: Participação das principais contas da DRE Fonte: Dados conforme pesquisa Através da figura 6, torna-se possível visualizar a participação das principais contas da DRE, como receita líquida, custos, despesas e lucro líquido, separados em semestres. Percebe-se que apenas as receitas e despesas foram aumentando gradativamente dentre os períodos, porém os custos e o lucro líquido não acompanharam o crescimento da receita líquida de forma proporcional. Comparando-se os custos entre os mesmos semestres, os custos totais com produtos, mercadorias e serviços prestados representaram um aumento significativo devido ao crescimento nas receitas, sendo de 17% do segundo semestre de 2010 para o segundo de Já no primeiro semestre de 2011 para o primeiro de 2012 houve um aumento muito maior, representando 57,14%. As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa, financeira e comercial da empresa, portanto são deduzidas na DRE. No segundo semestre de 2010 as despesas totais da empresa representaram um aumento de 91,8% em relação ao segundo semestre de Já do primeiro semestre de 2011 para o primeiro de 2012, houve o aumento de 70,18% nas despesas. Desta forma, a empresa em estudo auferiu no último semestre de 2010 o lucro líquido de R$ ,78, quando no segundo semestre de 2011 seu resultado final positivo foi de R$ ,23. No primeiro semestre de 2011 o lucro foi de R$ ,25, enquanto que no primeiro semestre de 2012 o saldo positivo foi de

53 ,11. Isso indica que a empresa conseguiu aumentar significativamente o seu lucro do segundo semestre de 2010 para o segundo de 2012, o que foi proporcionado pelo aumento nas vendas. O lucro líquido médio de todo o período representa 36,3% do total das receitas líquidas auferidas do segundo semestre de 2010 até o primeiro de Análise das Receitas As receitas na empresa em estudo são os valores contabilizados nas contas representativas às operações de vendas de mercadorias revendidas, produtos de fabricação própria e das suas prestações de serviços. As receitas da empresa em estudo estão apresentadas na tabela 1, onde o período de julho de 2010 a junho de 2012 foi separado semestralmente e subdivididas em receitas de vendas, receitas financeiras e outras receitas operacionais. Por sua vez, as receitas de vendas foram novamente divididas em vendas de mercadorias, produtos e serviços prestados. Tabela 1 Receitas de julho de 2010 a junho de 2012 Julho de 2010 a junho de Semestre Semestre Semestre Semestre RECEITAS R$ ,87 R$ ,77 R$ ,35 R$ , Receitas de Vendas R$ ,98 R$ ,64 R$ ,01 R$ , Vendas de Mercadorias R$ ,98 R$ ,69 R$ ,41 R$ , Vendas à vista R$ 9.212,46 R$ ,00 R$ 3.557,60 R$ , Vendas a prazo R$ ,52 R$ ,69 R$ ,81 R$ , Vendas de Produtos R$ ,00 R$ ,50 R$ ,40 R$ , Vendas à vista R$ 8.210,00 R$ ,00 R$ 9.300,00 R$ 5.693, Vendas a prazo R$ ,00 R$ ,50 R$ ,40 R$ , Vendas de Serviços R$ ,00 R$ ,45 R$ ,20 R$ , Vendas à vista R$ 9.438,00 R$ 2.057,75 R$ 2.759,50 R$ 591, Vendas a prazo R$ 2.274,00 R$ ,70 R$ ,70 R$ , Receitas Financeiras R$ 220,89 R$ 845,53 R$ 3.030,34 R$ 4.060, Juros Recebidos R$ 163,59 R$ 36,88 R$ 146,42 R$ 9, Descontos obtidos R$ 57,30 R$ 0,54 R$ 0,03 R$ 0, Juros s/aplicação financ. R$ 0,00 R$ 808,11 R$ 2.883,89 R$ 4.051, Outras receitas operacionais R$ 229,00 R$ 197,60 R$ 0,00 R$ 166,87 Fonte: Dados conforme pesquisa

54 53 As receitas com vendas de mercadorias no segundo semestre de 2010 representaram 34,89%, as vendas de produtos 57,92%, as prestações de serviços 6,93% e as receitas financeiras e outras receitas operacionais apenas 0,27% em relação ao total das receitas. Ainda neste período percebesse que as vendas a vista representaram somente 16% em relação às vendas a prazo, no qual apenas as prestações de serviços tiveram o percentual de vendas a vista maiores que as vendas a prazo. No primeiro semestre de 2011 a representatividade das receitas com vendas também foram muito superiores às receitas financeiras e outras receitas, com percentual de 99,65% e 0,35% respectivamente. As vendas de mercadorias representaram 38,35%, as vendas de produtos 54,13% e as prestações de serviços 7,16%. As vendas a vista no primeiro semestre de 2011 tiveram uma representatividade um pouco maior em relação ao semestre anterior, onde 23% das vendas foram à vista. As receitas de vendas no segundo semestre de 2011 foram de 99,10% e as receitas financeiras 0,90%. As vendas de mercadorias nesse período representaram 32,17%, as vendas de produtos 62,83% e as prestações de serviços apenas 4,10%. Na relação entre as vendas a vista e a prazo houve uma grande diminuição nas vendas a vista se comparado ao semestre anterior. No segundo semestre de 2011 apenas 5% das vendas foram realizadas a vista. As vendas de mercadorias aumentaram sua representatividade se comparado a venda de produtos do semestre anterior, onde representou 41,23%, enquanto que os produtos representaram 53,33% e os serviços prestados 4,46% no primeiro semestre de As vendas a prazo ainda superam as vendas a vista em quase 94% neste período. A figura 7 demonstra a evolução das receitas dos quatro semestres, onde houve acréscimo em cada período se comparado aos semestres anteriores.

55 54 R$ ,00 Receita Líquida R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$50.000,00 R$0,00 2 Semestre Semestre Semestre Semestre 2012 Figura 7: Receita líquida de julho de 2010 a junho de 2012 Fonte: Dados conforme pesquisa O aumento percentual mais significativo ocorreu do segundo semestre de 2010 para o primeiro de 2011, quando houve um acréscimo de 75,24% no faturamento. Já em relação ao primeiro semestre de 2011 para o segundo semestre do mesmo ano, as receitas aumentaram 14%. O crescimento no faturamento do segundo semestre de 2011 para o primeiro semestre de 2012 foi de 23,84%. No figura 8 é possivel identificar o acréscimo entre o primeiro semestre de 2011 e o primeiro semestre de 2012, que mostra de forma detalhada as receitas de cada período.

56 55 R$ ,00 Detalhamento das receitas dos primeiros semestres R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$50.000,00 Vendas de Mercadorias Vendas de Produtos Prestação de Serviços Receitas Financeiras Outras receitas operacionais R$0,00 1 Semestre Semestre 2012 Figura 8: Detalhamento das receitas dos primeiros semestres Fonte: Dados conforme pesquisa Nos dois períodos a receita de maior relevância é das vendas de produtos fabricados pela empresa, enquanto que em segundo lugar são as vendas de mercadorias, depois as prestações de serviços e com menor relevância as receitas financeiras. As vendas de produtos cresceram do primeiro semestre de 2011 para o primeiro de 2012, 51,67%, enquanto que as vendas de mercadorias aumentaram 39%. Houve uma queda nas prestações de serviços de um período para o outro de 13,7%, porém as receitas financeiras aumentaram em 380,25%. A figura 9 evidencia de forma detalhada as receitas dos segundos semestres, no qual houve acréscimo em todas as receitas do ano de 2010 para 2011.

57 56 R$ ,00 Detalhamento das receitas dos segundos semestres R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$50.000,00 Vendas de Mercadorias Vendas de Produtos Prestação de Serviços Receitas Financeiras Outras Receitas Operacionais R$0,00 2 Semestre Semestre 2011 Figura 9: Detalhamento das receitas dos segundos semestres Fonte: Dados conforme pesquisa Do segundo semestre de 2010 para o segundo semestre de 2011, houve um aumento de quase 100% no faturamento total. Na comparação dos dois períodos, as receitas com vendas de mercadorias representaram o aumento de 83,92%, já nas vendas de produtos houve o acréscimo de 116,45% no faturamento, enquanto que as prestações de serviços aumentaram em 18,16%. As receitas financeiras representaram o acréscimo de 1.271,88% do segundo semestre de 2010 para Análise das despesas As despesas são gastos necessários para que a empresa obtenha as receitas, desta forma, reduzem o patrimônio líquido e podem ser classificadas em despesas administrativas, tributárias, com vendas e financeiras. Na empresa em estudo, foi realizada a análise dessas despesas para que fosse possível projetar o fluxo de caixa. As despesas realizadas entre julho de 2010 e junho de 2012 foram analisadas por semestres com a finalidade de utilizar os dados na elaboração do fluxo de caixa. Portanto, verifica-se que o aumento das receitas provocou um gradativo aumento nas despesas de um semestre para o outro.

58 57 Tabela 2 Despesas de julho de 2010 a junho de Semestre Semestre Semestre Semestre DESPESAS ,54 100,00% ,15 100,00% ,31 100,00% ,96 100,00% 2.1 DESPESAS DE VENDAS 1.120,72 4,84% 709,78 2,08% 2.086,41 4,48% 4.693,59 8,18% Publicidade e propaganda 797,50 3,45% 1.210,00 3,55% 0,00 0,00% 1.890,00 3,29% Viagens e estadias 323,22 1,40% 1.599,46 4,69% 2.086,41 4,48% 2.803,59 4,89% Uniformes 0,00 0,00% 322,00 0,94% 0,00 0,00% 0,00 0,00% Feiras e eventos 0,00 0,00% 709,78 2,08% 0,00 0,00% 0,00 0,00% 2.2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS ,87 84,20% ,46 91,59% ,57 91,55% ,93 88,26% Salários e ordenados 2.101,66 9,08% 5.301,65 15,54% ,82 30,40% ,95 26,10% FGTS 181,99 0,79% 599,68 1,76% 1.416,56 3,04% 1.718,35 2,99% Férias 0,00 0,00% 961,87 2,82% 2.059,67 4,43% 2.196,54 3,83% Assistência Médica e social 35,00 0,15% 35,00 0,10% 0,00 0,00% 70,00 0,12% Salário 175,00 0,76% 534,12 1,57% 1.500,86 3,23% 1.536,77 2,68% Pró-labore 6.000,00 25,94% 6.000,00 17,59% 3.533,33 7,59% 4.600,00 8,02% Manutenção de computadores 336,80 1,46% 388,00 1,14% 607,75 1,31% 415,60 0,72% Manutenção de software 0,00 0,00% 0,00 0,00% 675,00 1,45% 2.025,00 3,53% Depreciações 429,45 1,86% 452,87 1,33% 469,14 1,01% 554,80 0,97% Água 339,43 1,47% 111,76 0,33% 230,07 0,49% 268,88 0,47% Desp. c/comunicações 2.465,79 10,66% 2.792,62 8,19% 2.688,86 5,78% 2.719,34 4,74% Desp. Com Internet 56,67 0,24% 59,40 0,17% 95,33 0,20% 80,75 0,14% Despesas Postais 1.190,22 5,14% 2.632,70 7,72% 1.516,51 3,26% 3.497,69 6,10% Energia Elétrica 232,88 1,01% 174,57 0,51% 369,49 0,79% 444,89 0,78% Bens de Pequeno Valor 74,40 0,32% 667,48 1,96% 860,90 1,85% 545,04 0,95% Brindes e confraternizações 0,00 0,00% 164,84 0,48% 251,30 0,54% 570,28 0,99% Combustíveis e Lubrificantes 940,18 4,06% 2.515,96 7,38% 1.550,52 3,33% 1.710,82 2,98% Copa, cozinha e refeitório 20,95 0,09% 16,48 0,05% 9,78 0,02% 8,60 0,01%

59 58 Continuação tabela Despesa c/ornamentação 0,00 0,00% 110,50 0,32% 0,00 0,00% 0,00 0,00% Despesas cartoriais 0,00 0,00% 0,00 0,00% 27,52 0,06% 31,52 0,05% Despesas com alimentação 0,00 0,00% 57,85 0,17% 202,04 0,43% 95,10 0,17% Despesas com instalações 0,00 0,00% 110,00 0,32% 0,00 0,00% 2.344,00 4,08% Despesas com medicamentos 0,00 0,00% 34,00 0,10% 0,00 0,00% 0,00 0,00% Fretes e carretos 0,00 0,00% 498,50 1,46% 922,11 1,98% 39,50 0,07% Honorários profissionais 1.479,40 6,40% 906,00 2,66% 1.472,00 3,16% 1.568,00 2,73% Despesas serviços profissionais 1.705,00 7,37% 3.350,12 9,82% 0,00 0,00% 0,00 0,00% Legalização de Veículos 256,33 1,11% 712,47 2,09% 784,53 1,69% 1.069,82 1,86% Manutenção de veículos 700,00 3,03% 0,00 0,00% 523,00 1,12% 3.092,80 5,39% Manutenção e reparos 231,00 1,00% 149,00 0,44% 3.154,50 6,78% 943,27 1,64% Material de expediente 229,25 0,99% 626,46 1,84% 1.067,15 2,29% 582,90 1,02% Mat. de Higiene e Limpeza 101,25 0,44% 123,15 0,36% 162,46 0,35% 36,37 0,06% Segurança e proteção equipamentos 42,00 0,18% 1,90 0,01% 0,00 0,00% 155,00 0,27% ICMS 0,00 0,00% 479,99 1,41% 1.225,86 2,63% 1.995,39 3,48% IRF s/ aplicações financeiras 0,00 0,00% 96,50 0,28% 563,48 1,21% 148,60 0,26% Impostos e taxas diversas 0,00 0,00% 383,49 1,12% 327,50 0,70% 598,36 1,04% Multas 153,22 0,66% 191,53 0,56% 191,53 0,41% 0,00 0,00% 2.3 DESPESAS FINANCEIRAS 2.534,95 10,96% 2.158,91 6,33% 1.844,33 3,96% 2.044,44 3,56% Descontos concedidos 0,00 0,00% 321,28 0,94% 40,51 0,09% 7,32 0,01% Despesas bancárias 2.217,11 9,58% 1.810,72 5,31% 1.674,35 3,60% 1.800,46 3,14% Juros pagos 152,16 0,66% 2,30 0,01% 125,19 0,27% 144,18 0,25% Multas 165,68 0,72% 24,61 0,07% 4,28 0,01% 65,14 0,11% IOF 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00 0,00% 27,34 0,05% Fonte: Dados conforme pesquisa

60 59 Conforme a tabela 2, os maiores desembolsos que a empresa apresenta nas despesas com vendas são de publicidade e propaganda e de viagens e estadias. Já nas despesas administrativas, as despesas com maior representatividade são as de salários, pró-labore e comunicações. As despesas financeiras com maior representatividade são as despesas bancárias, que possuem valor significativo devido à emissão e movimentação dos boletos bancários. Conforme pode-se verificar na figura 10, as despesas da empresa com maior representatividade são as despesas administrativas. Nos dois primeiros semestres as despesas financeiras eram maiores do que as despesas com vendas, mas nos dois últimos semestres esse quadro inverte, já que foram desembolsados valores para alavancar as vendas, bem como foram feitas negociações com os bancos para reduzir as despesas de cobranças bancárias. R$ ,00 Despesas por semestre R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Despesas com vendas Despesas administrativas Despesas financeiras R$ 0,00 2 Semestre Semestre Semestre Semestre 2012 Figura 10: Despesas por semestre Fonte: Dados conforme pesquisa As despesas totais no segundo semestre de 2011 representaram um acréscimo de 47% se comparado ao primeiro semestre de Do primeiro semestre de 2011 para o segundo do mesmo ano, houve um aumento de 36% nas despesas, enquanto que do segundo semestre de 2011 para o primeiro de 2012 o aumento foi de 23%.

61 Análise das compras As compras efetuadas de julho de 2010 a junho de 2012 foram divididas semestralmente para melhor analisar os desembolsos. Em seguida a relação das compras no período: Tabela 3 Compras de julho de 2010 a junho de Semestre 2010 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro COMPRAS , , , , , ,94 1 Semestre 2011 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho COMPRAS , , , , , ,70 2 Semestre 2011 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro COMPRAS , , , , , ,77 1 Semestre 2012 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho COMPRAS , , , , , ,17 Fonte: Dados conforme pesquisa Um gráfico comparativo entre as receitas de vendas e compras foi efetuado a fim de obter os percentuais entre ambas e identificar a média de compras sobre o faturamento nos quatro semestres. 100,00% Participação das compras em relação às receitas de vendas por semestres 89,50% 80,00% 60,00% 49,15% 54,12% 64,46% 64,31% 40,00% 20,00% 0,00% 2 Semestre Semestre Semestre Semestre 2012 Média Figura 11: Participação das compras em relação às receitas de vendas por semestres Fonte: Dados conforme pesquisa

62 61 A média entre a relação de custos e receitas de vendas de todos os semestres foi de 64,31%, sendo no segundo semestre de 2010 de 49,15%, no primeiro semestre de 2011 apresentou o maior percentual de custos em relação às receitas com 89,50%, já no segundo semestre do mesmo ano representou 54,12% e no segundo semestre de 2012 representou 64,46%. 3.6 Projeção do fluxo de caixa O fluxo de caixa projetado para o ano de 2013 foi elaborado com base nas projeções de receitas, despesas e compras do período, utilizando-se das informações coletadas e analisadas entre julho de 2010 a junho de Além disso, foram desenvolvidas entrevistas com o proprietário da empresa para identificar as previsões futuras, bem como feitas pesquisas de mercado para o ano de Projeção das receitas As pesquisas desenvolvidas sobre o mercado agrícola, as informações coletadas e analisadas, bem como as entrevistas feitas com o empresário, sustentam as projeções elaboradas das receitas para Segundo pesquisas feitas em novembro de 2012 pela Conab do Rio Grande do Sul, há perspectivas de aumento na produtividade das lavouras de grãos e uma safra recorde no ciclo 2012/2013. Devido ao fenômeno El Niño fraco e de curta duração, as possibilidades para a região sul são de estiagens regionalizadas, mas com menos intensidade do que no início de Além disso, o IBGE e a Céleres fazem prognósticos de um aumento na safra de 2012 para 2013 de 20% em todo o Brasil, principalmente pela alavancagem na colheita de grãos no sul do país. Outros fatores poderão favorecer as vendas para 2013, como o preço da saca de soja, que deve diminuir um pouco, mas continua com preço favorável, bem como a ampliação dos subsídios do governo para os agricultores para o ciclo 2012/2013. Conforme relato do empresário, o crescimento nas vendas ocorrerá principalmente devido ao marketing e aos novos produtos que estão sendo desenvolvidos e que estarão disponíveis para comercialização em 2013.

63 62 O proprietário da empresa prevê para o ano de 2012, o total de R$ ,00 nas receitas. Segundo ele, o percentual de aumento nas vendas totais de 2012 para 2013 será de 30%. Conforme as análises efetuadas, o acréscimo nas vendas de 2011 para 2012 seria de 43%, conforme previsão de receitas totais em 2012 de R$ ,00. Porém, o empresário acredita que a capacidade de produção não irá comportar um acréscimo tão elevado, então entende-se que seja prudente aplicar o percentual de 34% sobre as vendas de Portanto, o total das receitas projetadas para 2013 é de R$ ,00. As receitas financeiras devem ter valor de R$ 1.500,00 em média mensal, já que a empresa pretende elevar o valor investido em aplicações financeiras em 2013 e efetuar cobrança de juros de clientes inadimplentes. As tabelas 4 e 5 apresentam as receitas projetadas para o primeiro semestre de 2013 e o segundo do mesmo ano, respectivamente. Tabela 4 Receitas 1 Semestre de Semestre de 2013 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 1 RECEITAS , , , , , , Receitas de vendas , , , , , , Vendas de Mercadorias , , , , , , Vendas à vista 980, , , ,00 0,00 0, Vendas a prazo , , , , , , Vendas de Produtos , , , , , , Vendas à vista 7.000, ,00 230,00 0,00 0,00 0, Vendas a prazo , , , , , , Prestação de Serviços 1.110, , , ,00 720, , Vendas à vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 850, Vendas a prazo 1.110, , , ,00 720, , Receitas Financeiras 1.500, , , , , ,00 Fonte: Dados conforme pesquisa

64 63 Tabela 5 Receitas 2 Semestre de Semestre de 2013 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 1 RECEITAS , , , , , , Receitas de vendas , , , , , , Vendas de Mercadorias , , , , , , Vendas à vista 1.000, , ,00 270, ,00 0, Vendas a prazo , , , , , , Vendas de Produtos , , , , , , Vendas à vista 0, ,00 0,00 0,00 0, , Vendas a prazo , , , , , , Prestação de Serviços 3.780, , , , , , Vendas à vista 0,00 320, ,00 0,00 0,00 0, Vendas a prazo 3.780, , , , , , Receitas Financeiras 1.500, , , , , ,00 Fonte: Dados conforme pesquisa Projeção das despesas A projeção de despesas para 2013 foi baseada nas despesas ocorridas no primeiro semestre de 2012, já que são mais recentes e condizem com a realidade atual da empresa. Além da utilização de dados anteriores, também levou-se em consideração as previsões feitas pelo empresário. As despesas foram divididas em quatro: despesas de vendas, tributárias, administrativas e financeiras. Nas despesas de vendas, o empresário informou que haverá feiras em fevereiro e março e eventos em setembro, portanto foram feitas previsões de desembolsos neste período. Além disso, foram provisionados valores mensais para as demais despesas de vendas, conforme média do ano de O simples nacional foi calculado de forma a apresentar a realidade, portanto utilizou-se as receitas de 2012 e 2013, separadas por atividade: comércio, indústria e serviços. Desta forma, se obteve a receita bruta de doze meses para o cálculo de todos os meses de 2013, conforme os percentuais da tabela do simples nacional. Os salários foram calculados segundo relato do empresário, que fará uma nova contratação e um aumento na carga horária de outro funcionário, aumentando as despesas de salários. Além disso, está previsto para maio um aumento de 10% nos salários, o que também foi considerado para fins de projeção de despesas com

65 64 ordenados e encargos. O pró-labore também terá um aumento devido ao sócio passivo iniciar suas atividades trabalhando na empresa em A manutenção de software, prevista em contrato, terá o valor de R$ 162,00 até o mês de novembro de 2013, porém há previsão de aumentar um terminal, o que aumentará o valor da despesa no segundo semestre de 2013, bem como haverá reajuste conforme IGP-M em dezembro do mesmo ano, além do aumento previsto no contrato. As despesas como água, energia elétrica, combustível e demais gastos mensais, sofrerão um aumento devido ao aumento da produção da empresa. As despesas de veículos tenderão a reduzir em 2013 se comparadas a 2012, já que as manutenções de maior valor foram efetuadas em As despesas com honorários do escritório contábil tenderão a aumentar já no início do ano devido ao acréscimo no seu trabalho, movido pelo aumento de documentos contábeis, fiscais e de funcionários. As despesas financeiras tenderão a reduzir já no início de 2013 devido a negociação das taxas junto aos bancos, porém poderá aumentar o volume de títulos emitidos em função do aumento nas vendas Tabela 6 Projeção de despesas do 1 semestre de Semestre de 2013 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2. DESPESAS , , , , , , DESPESAS DE VENDAS 2.600, , , , , , Publicidade e propaganda 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100, Viagens e estadias 2.500, , , , , , Uniformes 0,00 0,00 100,00 100,00 100,00 100, Feiras e eventos 0, , ,00 0,00 0,00 0, DESPESAS TRIBUTÁRIAS 3.601, , , , , , Simples Nacional 3.101, , , , , , ICMS 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500, IPTU 0,00 250,00 0,00 0,00 0,00 0, DESPESAS ADMINISTRATIVAS , , , , , , Salários e ordenados 7.400, , , , , , FGTS 649,78 649,78 649,78 649,78 714,75 714, Férias 205,54 205,54 205,54 205,54 226,09 226, Treinamentos 0,00 200,00 0,00 200,00 0,00 200, Salário 516,67 516,67 516,67 516,67 568,33 568, Pró-labore 2.000, , , , , , Manutenção de computadores 150,00 0,00 0,00 150,00 0,00 0, Manutenção de software 162,00 162,00 162,00 162,00 162,00 162,00

66 65 Continuação tabela Depreciações 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120, Água 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70, Desp. c/comunicações 645,00 645,00 645,00 645,00 645,00 645, Desp. Com Internet 14,90 14,90 14,90 14,90 14,90 14, Despesas Postais 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400, Energia Elétrica 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120, Brindes e confraternizações 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0, Combustíveis e Lubrificantes 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400, Copa, cozinha e refeitório 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Despesa c/ornamentação 150,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, Despesas cartoriais 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Despesas com alimentação 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Despesas com instalações 0,00 0,00 500,00 0,00 0,00 0, Despesas com medicamentos 30,00 0,00 0,00 30,00 0,00 0, Honorários profissionais 450,00 450,00 450,00 450,00 450,00 450, Legalização de Veículos 0,00 0,00 0, ,00 0,00 0, Manutenção de veículos 0,00 500,00 0,00 500,00 0,00 500, Material de expediente 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60, Mat. de Higiene e Limpeza 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Segurança e proteção equip. 50,00 0,00 0,00 50,00 0,00 0, Multas 0,00 100,00 0,00 0,00 100,00 0, DESPESAS FINANCEIRAS 340,00 340,00 340,00 340,00 340,00 340, Descontos concedidos 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 40, Despesas bancárias 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 Fonte: Dados conforme pesquisa Tabela 7 Projeção de despesas do 2 semestre de Semestre de 2013 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2. DESPESAS , , , , , , DESPESAS DE VENDAS 4.600, , , , , , Publicidade e propaganda 2.000,00 100,00 100,00 100, , , Viagens e estadias 2.500, , , , , , Uniformes 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100, Feiras e eventos 0,00 0, ,00 0,00 0,00 0, DESPESAS TRIBUTÁRIAS 8.376, , , , , , Simples Nacional 7.876, , , , , , ICMS 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500, IPTU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, DESPESAS ADMINISTRATIVAS , , , , , , Salários e ordenados 8.140, , , , , , FGTS 714,75 714,75 714,75 714,75 714,75 714,75

67 66 Continuação tabela Férias 226,09 226,09 226,09 226,09 226,09 226, Treinamentos 0,00 200,00 0,00 200,00 0,00 200, Salário 568,33 568,33 568,33 568,33 568,33 568, Pró-labore 2.500, , , , , , Manutenção de computadores 150,00 0,00 0,00 150,00 0,00 0, Manutenção de software 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 400, Depreciações 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120, Água 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70, Desp. c/comunicações 630,00 630,00 630,00 630,00 630,00 630, Desp. Com Internet 14,90 14,90 14,90 14,90 14,90 14, Despesas Postais 400,00 400,00 400,00 400,00 400, , Energia Elétrica 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120, Brindes e confraternizações 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0, Combustíveis e Lubrificantes 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400, Copa, cozinha e refeitório 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Despesa c/ornamentação 150,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, Despesas cartoriais 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Despesas com alimentação 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Despesas com instalações 0,00 0,00 0,00 500,00 0,00 0, Despesas com medicamentos 30,00 0,00 0,00 30,00 0,00 0, Honorários profissionais 450,00 450,00 450,00 450,00 450,00 450, Legalização de Veículos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, Manutenção de veículos 0,00 500,00 0,00 500,00 0,00 500, Material de expediente 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60, Mat. de Higiene e Limpeza 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20, Segurança e proteção equip. 50,00 0,00 0,00 50,00 0,00 0, Multas 0,00 100,00 0,00 0,00 100,00 0, DESPESAS FINANCEIRAS 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400, Descontos concedidos 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50, Despesas bancárias 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 Fonte: Dados conforme pesquisa Projeção das compras A projeção das compras foi desenvolvida conforme o percentual médio entre o faturamento e as compras do primeiro semestre de 2012, já que reproduz a realidade atual. Utilizou-se o percentual de 65% de compras sobre as receitas de vendas, conforme o percentual médio de 64,46% do segundo semestre de 2012.

68 67 Tabela 8 Compras do primeiro e segundo semestre de Semestre 2013 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Compras , , , , , ,75 2 Semestre 2013 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Compras , , , , , ,25 Fonte: Dados conforme pesquisa Demonstração do Resultado do Exercício O fluxo de caixa proporciona uma visão futura da situação financeira da empresa, enquanto o Demonstrativo de Resultado do Exercício fornece uma visão econômica que, por sua vez, irá refletir a liquidez e a situação patrimonial. Como o princípio básico de gestão financeira consiste em compatibilizar a liquidez e a rentabilidade da empresa, o gestor deve utilizar tanto a ótica financeira quanto a econômica. Desta forma, foi projetada a Demonstração do Resultado do Exercício para 2013 conforme as projeções de receitas, compras e despesas desenvolvidas conforme dados de períodos anteriores, considerando as perspectivas do empresário e as pesquisas de mercado para Tabela 9 Demonstração do Resultado do Exercício Projetada Demonstração do Resultado do Exercício Ano 2013 Projetada 1 Receita Operacional Bruta ,00 100,00% 2 Dedução da Receita Bruta ,44-7,93% Impostos ,44-7,93% 3 Receita Operacional Líquida ,56 92,07% 4 Custo das Mercadorias Vendidas ,00-65,00% 5 Resultado Operacional Líquido ,56 27,07% 6 Despesas Operacionais ,12-17,97% 6.1 Despesas de Vendas ,00-4,14% Publicidade e propaganda ,00-0,65% Viagens e estadias ,00-2,49% Uniformes ,00-0,08% Feiras e eventos ,00-0,91% 6.2 Despesas Administrativas ,12-14,98% Salários e encargos ,13-8,54% Férias ,86-0,24%

69 68 Continuação tabela 9 Treinamentos ,00-0,10% 13. Salário ,33-0,55% Pró-labore ,00-2,24% Manutenção de computadores -600,00-0,05% Manutenção de software ,00-0,24% Depreciações ,00-0,12% Água -840,00-0,07% Desp. c/comunicações ,00-0,63% Desp. Com Internet -178,80-0,01% Despesas Postais ,00-0,47% Energia Elétrica ,00-0,12% Brindes e confraternizações -600,00-0,05% Combustíveis e Lubrificantes ,00-0,40% Copa, cozinha e refeitório -240,00-0,02% Despesa c/ornamentação -300,00-0,02% Despesas cartoriais -240,00-0,02% Despesas com alimentação -240,00-0,02% Despesas com instalações ,00-0,08% Despesas com medicamentos -120,00-0,01% Honorários profissionais ,00-0,45% Legalização de Veículos ,00-0,13% Manutenção de veículos ,00-0,25% Material de expediente -720,00-0,06% Mat. de Higiene e Limpeza -240,00-0,02% Segurança e proteção equipamentos -200,00-0,02% IPTU -250,00-0,02% Multas -400,00-0,03% 6.3 Despesas Financeiras ,00-0,34% Descontos concedidos -540,00-0,04% Despesas bancárias ,00-0,29% 6.4 Receitas financeiras ,00 1,49% 7 Resultado Líquido do Exercício ,44 9,10% Fonte: Dados conforme pesquisa A partir da elaboração da entrevista, o empresário destacou que almeja um lucro de 12% sobre o faturamento, portanto a Demonstração do Resultado do Exercício apresenta um lucro de apenas 9,10% sobre o faturamento. O que não supera as expectativas do proprietário da empresa.

70 69 Apesar do lucro ser representativo para uma pequena empresa, destaca-se o crescimento nos custos e despesas, sendo importante para ela monitorar essa evolução para não prejudicar a empresa no futuro. Representatividade sobre a receita bruta 18% 9% 8% Impostos 65% Custo das Mercadorias Vendidas Despesas Operacionais Resultado Líquido do Exercício Figura 12: Representatividade sobre a receita bruta Fonte: Dados conforme pesquisa A partir da figura 12, pode-se verificar os percentuais que os impostos, os custos das mercadorias vendidas, as despesas e o resultado líquido representam em comparação a receita bruta. Do qual, o custo das mercadorias vendidas representa 65% do total do faturamento, enquanto que as despesas representam 18% sobre o faturamento, o lucro líquido 9% e os impostos 8%. 3.7 Fluxo de Caixa Após o desenvolvimento das projeções de receitas, compras e despesas para 2013, embasado nos dados de julho de 2010 a junho de 2012 e nas tendências futuras, desenvolveu-se o fluxo de caixa projetado para todos os meses de Primeiramente foram elaboradas planilhas auxiliares de recebimento das vendas e de pagamentos das compras, com a finalidade de melhor atribuir o ingresso e desembolso de valores durante o período projetado.

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Resumo Demonstrações contábeis são informações e dados que as empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar aos acionistas, ao governo e todos os interessados,

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

"Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada

Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada "Gestão Contábil para micro e pequenas empresas: tomada de decisão Julio Cesar. Pergunta: - O que é importante na tomada de decisão. O que devemos saber para decidir algo?? Algumas INFORMAÇÕES acerca do

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A José Jonas Alves Correia 4, Jucilene da Silva Ferreira¹, Cícera Edna da

Leia mais

CIÊNCIAS CONTÁBEIS. A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios

CIÊNCIAS CONTÁBEIS. A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios CIÊNCIAS CONTÁBEIS A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios A Contabilidade é a linguagem internacional dos negócios. A Contabilidade é, também, a Ciência que registra a riqueza das

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA MICROEMPRESA

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA MICROEMPRESA FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA MICROEMPRESA Laércio Dahmer 1 Vandersézar Casturino2 Resumo O atual mercado competitivo tem evidenciado as dificuldades financeiras da microempresa.

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

FLUXO DE CAIXA. Entradas a) contas à receber b) empréstimos c) dinheiro dos sócios

FLUXO DE CAIXA. Entradas a) contas à receber b) empréstimos c) dinheiro dos sócios FLUXO DE CAIXA É a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, por um determinado período. Essa previsão deve ser feita com base nos dados levantados nas projeções econômico-financeiras atuais

Leia mais

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011 ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE QUADRO I - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em reais) Nota Nota ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.363.799

Leia mais

AUTOR(ES): ARIANE BUENO DOS SANTOS, ANA PAULA CILOTTI, CLARISSA REIS SILVA

AUTOR(ES): ARIANE BUENO DOS SANTOS, ANA PAULA CILOTTI, CLARISSA REIS SILVA TÍTULO: MODELOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA AUTOR(ES): ARIANE BUENO DOS SANTOS, ANA PAULA

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL Aldemar Dias de Almeida Filho Discente do 4º ano do Curso de Ciências Contábeis Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS Élica Cristina da

Leia mais

FLUXO DE CAIXA. Administração Financeira aplicação de recursos. distribuição CONCEITOS. Fluxo de caixa previsão de: ingressos desembolsos

FLUXO DE CAIXA. Administração Financeira aplicação de recursos. distribuição CONCEITOS. Fluxo de caixa previsão de: ingressos desembolsos 1 FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa é o instrumento que permite a pessoa de finanças planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para determinado período. captação

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Neste contexto, o Fluxo de Caixa torna-se ferramenta indispensável para planejamento e controle dos recursos financeiros de uma organização.

Neste contexto, o Fluxo de Caixa torna-se ferramenta indispensável para planejamento e controle dos recursos financeiros de uma organização. UNIDADE II FLUXOS DE CAIXA Em um mercado competitivo, a gestão eficiente dos recursos financeiros, torna-se imprescindível para o sucesso da organização. Um bom planejamento do uso dos recursos aliado

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstrações Financeiras Tópicos do Estudo Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades Anônimas Objetivos

Leia mais

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé?

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé? 1 INTRODUÇÃO As empresas, inevitavelmente, podem passar por períodos repletos de riscos e oportunidades. Com a complexidade da economia, expansão e competitividade dos negócios, tem-se uma maior necessidade

Leia mais

Seu preço de venda é rentável? José Flávio Bomtempo jflavio@uai.com.br 31 8449-6341

Seu preço de venda é rentável? José Flávio Bomtempo jflavio@uai.com.br 31 8449-6341 Seu preço de venda é rentável? José Flávio Bomtempo jflavio@uai.com.br 31 8449-6341 Seu preço de venda é rentável? Qual a rentabilidade do Patrimônio Líquido de sua empresa? Quais os itens que estão disponíveis

Leia mais

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: TECNOLOGIA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA GESTÃO CONTÁBIL. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Modelo para elaboração do Plano de Negócios Modelo para elaboração do Plano de Negócios 1- SUMÁRIO EXECUTIVO -Apesar de este tópico aparecer em primeiro lugar no Plano de Negócio, deverá ser escrito por último, pois constitui um resumo geral do

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008).

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade IV 7 ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). A administração

Leia mais

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Marivane Orsolin 1 ; Marlene Fiorentin 2 ; Odir Luiz Fank Palavras-chave: Lei nº 11.638/2007. Balanço patrimonial. Demonstração do resultado

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO Contexto e objetivos CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO O desenvolvimento do plano de negócios, como sistematização das idéias

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Gestão Financeira I Prof.ª Thays Silva Diniz 1º Semestre 2011 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Cap.1 A decisão financeira e a empresa 1. Introdução 2. Objetivo e Funções da

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

A Controladoria no Processo de Gestão. Clóvis Luís Padoveze

A Controladoria no Processo de Gestão. Clóvis Luís Padoveze 1 A Controladoria no Processo de Gestão Clóvis Luís Padoveze Cascavel - 21.10.2003 2 1. Controladoria 2. Processo de Gestão 3. A Controladoria no Processo de Gestão 3 Visão da Ciência da Controladoria

Leia mais

Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br

Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Sumário Planejar as Aquisições Desenvolver o Plano de Recursos Humanos Planejar as Aquisições É o

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

FLUXO DE CAIXA INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

FLUXO DE CAIXA INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO FLUXO DE CAIXA INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO Lúcia de Fátima de Lima Lisboa RESUMO O presente artigo apresenta o fluxo de caixa como uma ferramenta indispensável para a gestão financeira

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 ATIVO CIRCULANTE Compreende contas que estão constantemente em giro, sua conversão em moeda corrente ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. As contas devem

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE

Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE Belo Horizonte 2011 Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE

Leia mais

Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com ]

Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com ] 01 - Q223454A contabilidade foi definida no I Congresso Brasileiro de Contabilidade como: a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da administração

Leia mais

FLUXO DE CAIXA: IMPORTANTE FERRAMENTA PARA AS DECISÕES EMPRESARIAIS Cristiane Aparecida MOTA 1 Hiroshi Wilson YONEMOTO 2 Marcela de Souza CABRAL 3

FLUXO DE CAIXA: IMPORTANTE FERRAMENTA PARA AS DECISÕES EMPRESARIAIS Cristiane Aparecida MOTA 1 Hiroshi Wilson YONEMOTO 2 Marcela de Souza CABRAL 3 1 FLUXO DE CAIXA: IMPORTANTE FERRAMENTA PARA AS DECISÕES EMPRESARIAIS Cristiane Aparecida MOTA 1 Hiroshi Wilson YONEMOTO 2 Marcela de Souza CABRAL 3 RESUMO: Este trabalho tem a intenção de demonstrar a

Leia mais

2. Classificar atos e fatos contábeis.

2. Classificar atos e fatos contábeis. MÓDULO II Qualificação Técnica de Nível Médio de ASSISTENTE FINANCEIRO II.1 PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS Função: Planejamento de Processos Contábeis 1. Interpretar os fundamentos e conceitos da contabilidade.

Leia mais

Administrando o Fluxo de Caixa

Administrando o Fluxo de Caixa Administrando o Fluxo de Caixa O contexto econômico do momento interfere no cotidiano das empresas, independente do seu tamanho mercadológico e, principalmente nas questões que afetam diretamente o Fluxo

Leia mais

DECIFRANDO O CASH FLOW

DECIFRANDO O CASH FLOW Por: Theodoro Versolato Junior DECIFRANDO O CASH FLOW Para entender melhor o Cash Flow precisamos entender a sua origem: Demonstração do Resultado e Balanço Patrimonial. O Cash Flow é a Demonstração da

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA UM GRUPO DE EMPRESAS COMERCIAIS 1

A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA UM GRUPO DE EMPRESAS COMERCIAIS 1 A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA UM GRUPO DE EMPRESAS COMERCIAIS 1 SILVA, Cleusa Pereira da 2 ; FELICE, Luciana Maria Vizzotto 4 ; LORENZETT, Daniel Benitti 3 ; VIERO, Claudinei 4 1 Trabalho de Pesquisa

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1 de 5 31/01/2015 14:52 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto

Leia mais

Gestão Financeira. Diretrizes e Práticas da Gestão Financeira. Aula 1. Organização da Aula. Contextualização. Objetivos

Gestão Financeira. Diretrizes e Práticas da Gestão Financeira. Aula 1. Organização da Aula. Contextualização. Objetivos Gestão Financeira Aula 1 Diretrizes e Práticas da Gestão Financeira Prof. Esp. Roger Luciano Francisco Organização da Aula Contextualização Abrangência da área financeira O profissional de finanças O mercado

Leia mais

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Relatório dos auditores independentes Demonstrações contábeis MAA/MFD/YTV 2547/15 Demonstrações contábeis Conteúdo Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis Balanços patrimoniais

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE GERÊNCIA DE CONTROLE DE TESOURARIA ANÁLISE DE RISCO OPERACIONAL RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG Belo Horizonte 01 de Julho de 2008 1 SUMÁRIO 1. Introdução...02

Leia mais

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas 1) Resumo Executivo Descrição dos negócios e da empresa Qual é a ideia de negócio e como a empresa se chamará? Segmento

Leia mais

Preparando sua empresa para o forecasting:

Preparando sua empresa para o forecasting: Preparando sua empresa para o forecasting: Critérios para escolha de indicadores. Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Embora o forecasting seja uma realidade, muitas

Leia mais

Programas de Auditoria para Contas do Ativo

Programas de Auditoria para Contas do Ativo Programas de Auditoria para Contas do Ativo ATIVO CIRCULANTE Auditoria Contábil PASSIVO E PATRIMÔMIO LÍQUIDO CIRCULANTE Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras Contas a Receber Estoques Impostos a Recuperar

Leia mais

CONSULTORIA MUDAR NEM SEMPRE É FÁCIL, MAS AS VEZES É NECESSÁRIO

CONSULTORIA MUDAR NEM SEMPRE É FÁCIL, MAS AS VEZES É NECESSÁRIO MUDAR NEM SEMPRE É FÁCIL, MAS AS VEZES É NECESSÁRIO CONTEÚDO 1 APRESENTAÇÃO 2 PÁGINA 4 3 4 PÁGINA 9 PÁGINA 5 PÁGINA 3 APRESENTAÇÃO 1 O cenário de inovação e incertezas do século 21 posiciona o trabalho

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

FLUXO DE CAIXA. Dinâmica: O que faço de diferente ou estranho. (Objetivo: Conhecer um pouco cada participante)

FLUXO DE CAIXA. Dinâmica: O que faço de diferente ou estranho. (Objetivo: Conhecer um pouco cada participante) FLUXO DE CAIXA Dinâmica: O que faço de diferente ou estranho. (Objetivo: Conhecer um pouco cada participante) Brainstorming: Chuva de ideias ou Toró de parpite: O QUE É FLUXO DE CAIXA? (Objetivo: Saber

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 1ª série Empreendedorismo Administração A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino-aprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração da NBC T 1 citada nesta Norma para NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL. RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.213/09 Aprova a NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS CURSO PÓS-GRADUAP GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICASP DISCIPLINA: Monitoramento, informação e avaliação de políticas sociais INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS Janice

Leia mais

MBA EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTROLADORIA E AUDITORIA Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu

MBA EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTROLADORIA E AUDITORIA Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu MBA EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTROLADORIA E AUDITORIA Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu Coordenação Acadêmica: Prof. José Carlos Abreu, Dr. 1 OBJETIVO: Objetivos Gerais: Atualizar e aprofundar

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO NAS EMPRESAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ KATTH KALRY NASCIMENTO DE SOUZA Artigo apresentado ao Professor Heber Lavor Moreira da disciplina de Análise dos Demonstrativos Contábeis II turma 20, turno: tarde, do curso

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

Tópico: Plano e Estratégia. Controle interno e risco de auditoria

Tópico: Plano e Estratégia. Controle interno e risco de auditoria Tópico: Plano e Estratégia. Controle interno e risco de auditoria i Professor Marcelo Aragão Trabalhos de outros auditores ou especialistas Complexidade das transações Volume das transações Áreas importantes

Leia mais

Gestão de Projetos. Aula 6. Organização da Aula 6. Variáveis Tamanho. Contextualização. Fator Administrativo. Instrumentalização. Variáveis do projeto

Gestão de Projetos. Aula 6. Organização da Aula 6. Variáveis Tamanho. Contextualização. Fator Administrativo. Instrumentalização. Variáveis do projeto Gestão de Projetos Aula 6 Organização da Aula 6 Variáveis do projeto Fatores importantes ao projeto Avaliação do projeto Profa. Dra. Viviane M. P. Garbelini Dimensionamento e horizonte de planejamento

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Graduação em Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Graduação em Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Graduação em Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria Aline Fernanda de Oliveira Castro Michelle de Lourdes Santos A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Competências a serem trabalhadas PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI : ESTUDO

Leia mais

AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO - 2015 GOIÂNIA. Especialistas em pequenos negócios. / 0800 570 0800 / sebraego.com.

AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO - 2015 GOIÂNIA. Especialistas em pequenos negócios. / 0800 570 0800 / sebraego.com. AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO - 2015 GOIÂNIA Especialistas em pequenos negócios. / 0800 570 0800 / sebraego.com.br COM O SEBRAE, O SEU NEGÓCIO VAI! O Sebrae Goiás preparou diversas

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO Sistema de informações gerenciais Sistema de informações gerencial => conjunto de subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

ANÁLISE FINANCEIRA VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA

ANÁLISE FINANCEIRA VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA ANÁLISE FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS INTEGRAÇÃO DOS CONCEITOS CONTÁBEIS COM OS CONCEITOS FINANCEIROS FLUXO DE OPERAÇÕES E DE FUNDOS VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA Possibilita um diagnóstico

Leia mais

Tópico: Procedimentos em áreas específicas das Demonstrações Contábeis

Tópico: Procedimentos em áreas específicas das Demonstrações Contábeis Tópico: Procedimentos em áreas específicas das Demonstrações Contábeis Professor Marcelo Aragao ÁREAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A SEREM AUDITADAS Contas de Ativo Contas de Passivo Patrimônio Líquido

Leia mais

Aula 5 Contextualização

Aula 5 Contextualização Gestão Financeira Aula 5 Contextualização Prof. Esp. Roger Luciano Francisco Demonstrativos Contábeis e Análise Financeira Contabilidade é uma ciência aplicada que, por intermédio de uma metodologia específica,

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade:

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade: Olá, pessoal! Como já devem ter visto, dois bons concursos estão na praça: Fiscal do ISS de São Paulo e Auditor Fiscal do Ceará. As bancas são, respectivamente, a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Escola

Leia mais

Plataforma da Informação. Finanças

Plataforma da Informação. Finanças Plataforma da Informação Finanças O que é gestão financeira? A área financeira trata dos assuntos relacionados à administração das finanças das organizações. As finanças correspondem ao conjunto de recursos

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS http://www.administradores.com.br/artigos/ OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6 Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS Parte 6 1 NBC TG 16 - ESTOQUES 6.1 Objetivo da NBC TG 16 (Estoques) O objetivo da NBC TG 16 é estabelecer o tratamento contábil para os estoques, tendo como questão fundamental

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS Renata Pinto Dutra Ferreira Especialista Administração de Sistemas de Informação Instituto Presidente Tancredo de Almeida

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais