1º Encontro Internacional de Estudos Foucaultianos: Governamentalidade e Segurança João Pessoa/PB GT4: Interfaces teórico-filosóficas

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1 1º Encontro Internacional de Estudos Foucaultianos: Governamentalidade e Segurança João Pessoa/PB 2014 GT4: Interfaces teórico-filosóficas MULTIDÃO E NOVOS SUJEITOS POLÍTICOS: DIÁLOGOS ENTRE MICHEL FOUCAULT E ANTONIO NEGRI 1 Rosemary Segurado 2 Thiago Prada 3 Resumo: A última fase da obra de Michel Foucault abre algumas pistas para pensar os processos políticos contemporâneos e a emergência de novas práticas políticas com abertura às novas formas de resistência. Nesse processo a política se reconfigura e se ressignifica constantemente e nos coloca a importância de outras formas de interpretação do tempo presente. Nessa proposta de comunicação abordaremos a emergência de novos sujeitos políticos e procuraremos articular o conceito de Multidão, desenvolvido por Antonio Negri e Michel Hardt, ao processo criativo das lutas de resistência, desenvolvidos por Michel Foucault para pensar a experiência dos movimentos políticos do século XXI e o desenvolvimento de novas práticas políticas e novas formas de resistência às dinâmicas de poder do capitalismo contemporâneo. Entre as transformações que nos interessam compreender está a transformação do papel da liderança política e a afirmação da noção de protagonismos nas dinâmicas políticas cada vez mais pautadas em processos horizontalizado. Palavras-chaves: Multidão. Sujeito Político. Michel Foucault. Antonio Negri. Para realizar um diálogo entre dois autores é preciso uma imersão nas obras dos respectivos pensadores, procurando compreender como e onde se situa em cada um as possíveis pontes de conexão. É preciso articular o que um utilizou do outro, verificar a produção de conceitos e noções como uma ferramenta nova para um tempo novo. Neste caso em específico de diálogo, Antonio Negri se utilizou do pensamento de Foucault em diversos pontos e sobre diversos conceitos, transformando-os não somente para seu próprio pensamento, mas também para os processos históricos, sociais e políticos contemporâneos. A articulação que será feita trata de um conceito importante na obra de Foucault, formulado a partir da década de 70, mais especificamente a partir de 1976, no último capítulo 1 Trabalho financiado pelo Projeto Temático Fapesp 12/ , Lideranças Políticas no Brasil: características e questões. 2 Professora do Programa de Estudos Pós-graduados em Ciências Sociais da PUC/SP e da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pesquisadora do NEAMP (Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política da PUC/SP). 3 Mestrando do Programa de Estudos Pós-graduados em Ciências Sociais da PUC/SP.

2 de A Vontade de Saber, onde inicia a problematização da biopolítica e biopoder, como um pequeno deslocamento em suas análises sobre as relações de poder centradas nas tecnologias disciplinares descritas minuciosamente em seu livro Vigiar e Punir. Será feita, portanto, uma breve apresentação desse conceito em Foucault para mostrar de que maneira Antonio Negri metamorfoseia esse conceito, como o toma para si como ferramenta de análise do presente calcada em sua filosofia política, para enfim, desse conceito compreender como a questão da resistência, fundamental para ambos os pensadores, se torna concreta e presente na atualidade, a partir do conceito espinosista de multidão trabalhado por Negri como uma figura emergente própria da atualidade no cenário da resistência política. Para chegar ao conceito de biopolítica é preciso iniciar esta trajetória um pouco antes no tempo, recordando que em meados dos anos 70 e 80, quando Foucault já apresentava um olhar diferenciado e novo acerca da questão do poder, realizando um deslocamento com o pensamento político-jurídico tradicional, com todo arcabouço sobre o qual se assentava. Para relembrar esse deslocamento basta enunciar as teses lançadas por Foucault nas conferências A verdade e as formas jurídicas e no livro Vigiar e Punir: primeiramente, o poder não é concebido como essência nem como propriedade, mas sempre de maneira relacional, ele atravessa os corpos, fabricando sujeitos e subjetividade, todos são receptores e transmissores do poder através de práticas sociais heterogêneas constituídas em um tempo e espaço, ou seja, relativas a um contexto histórico, sendo assim, não existiria um núcleo nem substancial do poder, nem estrutural, localizado em alguma instância estatal ou governamental. Por fim, o poder para Foucault não está ligado necessariamente à violência, ele não é somente repressiva, mas sobretudo, produtivo, positivo, e também não está ligado somente à lei, mas ligado às normalização e moralizações a partir das disciplinas. Juntamente com essa nova visão do poder, existe a ligação com a tecnologia disciplinar, que é o exercício concreto por excelência do poder no século XVIII, uma lógica do regime disciplinar é diferente do regime de soberania, onde o poder centrava-se no corpo do soberano, no momento do surgimento de uma sociedade industrial e capitalista, o momento histórico, político e social exige outras maneiras de agir e controlar os indivíduos, e essas maneiras são as disciplinas calcadas nos princípios básicos da vigilância, controle e correção dos indivíduos, preconizados e distribuídos por todo o tecido social das relações a partir da ideia do Panóptico, criado por Jeremy Bentham em 1785 para, inicialmente servir de

3 presídio, mas que posteriormente seria amplamente utilizado para a vigiar as condutas nas escolas, manicômios, fábricas, hospitais etc. A partir desses pontos importantes da concepção de poder para Foucault, que não se trata de uma teoria, considerando que o autor não desenvolve uma teoria geral do poder, mas de indicações estratégicas elaboradas a partir de uma análise genealógica. É importante destacar duas questões fundamentais para se compreender a noção de biopolítica no autor: a questão do sujeito e do assujeitamento. A primeira questão é importante, pois as análises de Foucault se chocam frontalmente com toda filosofia humanista presente na história do pensamento ocidental, a qual considera a existência de um ser a priori enquanto essência, livre e autônomo, ao qual seria destruído ao defrontar-se com o poder, como em um clássico maniqueísmo de bem e mal. Ao contrário, um dos primeiros efeitos do poder é justamente o indivíduo, nas conferências de A verdade e as formas jurídicas, Foucault mostra como a técnica do exame é utilizada para não mais verificar os atos passados de alguém, mas investigar a virtualidade de um indivíduo e aquilo que ele é, o exame permite o surgimento das ciências humanas, o esquadrinhamento, vigilância e controle da disciplina panóptica e novas subjetividades enquanto práticas divisoras de sujeitos. Isso leva ao segundo ponto, que é a questão do assujeitamento, ou seja, o indivíduo é um sujeito produzido a partir de técnicas e práticas que buscam corrigi-lo na tentativa de torná-lo melhor e mais inserido a um sistema produtivo capitalista. Porém, o assujeitamento incorre num ponto importante para Foucault, pois nenhuma relação de poder é somente dominação, ao contrário, toda relação de poder implica em uma resistência, no interior mesmo do exercício do poder, emergem as formas possíveis de lutas, e isto será importante para a questão da resistência na articulação entre os dois autores mais adiante. Foucault chamará de sociedade disciplinar aquela na qual a tecnologia de poder organiza e distribui os corpos no espaço, e extrai de seus gestos e comportamentos o melhor tempo possível para a produção. É, sobretudo, uma sociedade que necessita de sujeitos dóceis e úteis, onde o ponto focal do poder é o individual, molecular, o corpo de cada indivíduo. Ao final de sua pesquisa genealógica, o autor dirá que a sociedade disciplinar está em crise, e que outra forma de poder é elaborada, outra lógica, outras técnicas, as quais eles chamou de biopolítica:

4 Concretamente, esse poder sobre a vida desenvolveu-se a partir do século XVII, em duas formas principais; que não são antitéticas e constituem, ao contrário, dois pólos de desenvolvimento interligados por todo um feixe intermediário de relações. Um dos pólos, o primeiro a ser formado, ao que parece, centrou-se no corpo como máquina: no seu adestramento, na ampliação de suas aptidões, na extorsão de suas forças, no crescimento paralelo de sua utilidade e docilidade, na sua integração em sistemas de controle eficazes e econômicos tudo assegurado por procedimentos de poder que caracterizam as disciplinas>anátomo-política do corpo humano. O segundo, que se formou um pouco mais tarde, por volta da metade do século XVIII, centrou no corpo-espécie, no corpo transpassado pela mecânica do ser vivo e como suporte dos processos biológicos: a proliferação, os nascimentos e a mortalidade, o nível de saúde, a duração da vida, a longevidade, com todas as condições que podem fazê-los variar; tais processos são assumidos mediante toda uma série de intervenções e controles reguladores: uma bio-política da população. As disciplinas do corpo e as regulações da população constituem os dois pólos dos quais se desenvolveu o poder sobre a vida. (FOUCAULT, 2007, p ). Em seu curso Em defesa da sociedade, Foucault discute a dinâmica de poder no período da soberania. Nesse sentido, destaca que a lógica de ação em relação à vida não era exterior ao campo político, sendo assim, o poder sobre a vida e a morte estava diretamente ligado ao poder do soberano. O regime tinha o poder de fazer morrer e deixar viver, de produzir o espetáculo do poder pautado do suplício até a morte de súdito. No entanto, a partir do século XVIII começava uma inversão dessa lógica, um deslocamento do poder sobre a morte para o poder sobre a vida. A vida entrava de forma integral no poder, agora trata-se de fazer viver e deixar morrer : Aquém, portanto, do grande poder absoluto, dramático, sombrio que era o poder da soberania, e que consistia em poder fazer morrer, eis que aparece agora, com essa tecnologia do biopoder, com essa tecnologia do poder sobre a população enquanto tal, sobre o homem enquanto ser vivo, um poder contínuo, científico, que é o poder de fazer viver. A soberania fazia morrer e deixava viver. E eis que agora aparece um poder que eu chamaria de regulamentação e que consiste, ao contrário, em fazer viver e em deixar morrer. (FOUCAULT, 2005, p. 294) O que significou essa nova lógica? Para além do campo disciplinar, visto anteriormente, Foucault afirmou que o poder passava a investir não somente no corpo dos indivíduos, a fim de controlar, vigiar e corrigir, mas sobre a vida, sobre um corpo social, tratava-se de gerir a vida naquilo que ela tem de biológico, é uma gestão da vida que incide sobre uma população, no controle da taxa de natalidade e mortalidade, de questões urbanas como saúde pública e higienização, qualidade de vida.

5 O poder disciplinar via o homem como uma máquina a ser modelada, portanto a biopolítica se focava no homem como espécie, não mais apenas o corpo, mas o social, a população e tudo aquilo que concerne a ela: espaço, deslocamento, habitação, saúde, natalidade, sexualidade etc. A vida no seu núcleo biológico começava a atravessada pelo poder político, e isso incluia um paradoxo vital: em prol da vida eliminam-se vidas, para uma gestão social. Antonio Negri em seu curso-livro Cinco lições sobre Império, onde revisita o processo metodológico e conceitual de seu livro Império escrito em conjunto com Michael Hardt, faz uma análise precisa e ao mesmo tempo, inovadora, sobre o conceito de biopolítica em Foucault, apontando uma virada no interior do próprio conceito, que permite distinguir uma clara diferença entre biopolítica e biopoder, e extrair dessa diferença o ponto de clivagem para uma práxis da resistência. Refazendo o percurso ora feito acima, Negri marca a diferença entre disciplina e biopolítica, sendo que para Foucault a primeira era ligada a uma anátomo-política e outra ligada a uma tecnologia de poder dirigida para a população, uma busca o adestramento, o outro, governar a vida. No entanto, para Negri, a noção de biopolítica levanta dois problemas, que ao mesmo tendo é uma contradição, permite justamente a partir dela, gerar uma nova problematização no pensamento foucaultiano. Na Lição 2 de seu curso, Negri dirá que nos primeiros textos de Foucault a biopolítica surge como uma investigação que aborda os mecanismos de manutenção da ordem social, como uma ciência da polícia, com base na administração e no direito público, no entanto, em textos posteriores, a biopolítica sofre uma mutação, ela superava a relação dicotômica Estado-sociedade, para além de um direito público, da polícia, se tornando uma investigação da economia política da vida no seu todo, ou seja, inicialmente a biopolítica referia a ação do Estado, e depois, progressivamente mostra uma relação que supera somente um dos lados do processo, mostrando a relação entre Estado e sociedade. A partir dessa pequena mutação na investigação da biopolítica, Antonio Negri detecta aí uma nova erupção no pensamento de Foucault: Precisamos pensar a biopolítica como conjunto de biopoderes que derivam da atividade de governo, ou, pelo contrário, na medida em que o poder investiu a vida, a vida também se torna um poder? Ou melhor, podemos dizer que a biopolítica representa um poder que se expressa pela própria vida, não somente no trabalho e na linguagem, mas também nos corpos, nos

6 afetos, nos desejos, na sexualidade? Podemos identificar, na vida, o lugar de emergência de uma espécie de antipoder, de uma potência, de uma produção de subjetividade que se dá como momento de dessujeição? Nesta segunda perspectiva interpretativa, sempre que a vida se apresentasse como potência, o tema da biopolítica seria fundamental para uma reformulação da relação política: a biopolítica representaria a passagem do político ao ético, ou ainda, uma perspectiva de construção ética do corpo, da vida dos prazeres e da vida do trabalho. Em 1982, Foucault sustentava que a análise da população, o questionamento das relações de poder e do antagonismo entre relações de poder e a afirmação de intransitividade da liberdade constituem uma tarefa contínua. É lá, nessa abertura intransitiva da liberdade contra toda máquina, contra toda estrutura de poder, que se estabelece a tarefa política inerente a cada existência social (DREYFUS e RABINOW 1982). Esse é, pois o conceito de biopolítica que caracteriza as últimas análises de Foucault. (NEGRI, p. 106, 2003) Vemos aí uma clara distinção entre biopolítica e biopoder para Antonio Negri nas análises de Foucault, o biopoder se relaciona com tudo o que tenha a ver com a expressão e comando do Estado sobre a vida através dos dispositivos e tecnologias de controle e, na biopolítica, o poder é analisado a partir de uma perspectiva crítica dos próprios saberes e indivíduos sujeitados, ou como diria Negri, a partir das experiências de subjetivação e liberdade, pelas relações dos micropoderes e resistências, de um lado estão os dispositivos, seus mecanismos de assujeitamento, do outro lado, encontram-se as lutas, resistências, e aí Negri inclui também que a biopolítica é uma extensão da luta de classe (NEGRI, p. 108, 2003) Nesse sentido, é possível pensar em Negri que, para além de uma biopolítica, o que existe é uma biopotência, ou seja, na própria vida investida pelo poder, há nela uma potência para resistir, gerar um antipoder, um contrapoder através dos afetos, dos desejos e corpos que são investidos pelo próprio poder. Aí também se inclui o pensamento de Deleuze e Guatarri, diálogos privilegiados para Negri, principalmente nas ideias que Deleuze traz em seu texto Post Scriptum sobre a sociedade de controle : Sempre para ampliar a aproximação à definição de biopolítica, poderíamos também retomar algumas ideias de Deleuze e Guatarri, nas quais a biopolítica surja do conjunto do trabalho efetivo, do trabalho de relação, da flexibilidade temporal e da mobilidade espacial do trabalho: esses elementos tornam-se característicos da nova qualidade do trabalho que nosso tempo conhece. (NEGRI, p. 109, 2003) É a partir desse percurso que situamos o debate a respeito da multidão, desenvolvidos por Hardt e Negri. Para os autores o conceito de multidão se diferencia da categoria

7 tradicional de povo, pois esse era entendido como um uno, uma unidade que atua em torno de eixos centrais e corresponde à noção de Estado nacional e centralizado. A multidão caracteriza-se justamente pela multiplicidade, pela pluralidade, não se baseia em formas identitárias, mas expressões singulares, frente à massa homogênea que pode ser manipulável por formas políticas tradicionais. Hardt e Negri desenvolveram na obra Multidão uma reflexão que parte da conceituação desenvolvida por Foucault, mas redirecionam o conceito de biopolítica, partindo de um conjunto de transformações ocorridas na sociedade contemporânea e, mais especificamente, no âmbito da produção e reprodução de riquezas, cujas transformações impactam não somente na forma de produzir, mas principalmente na produção da subjetividade contemporânea. Os autores analisam a reestruturação produtiva e a passagem do fordismo para o pósfordismo. Essa passagem é caracterizada pela maneira como os elementos cognitivos passam a ser essenciais na produção, demonstrando em direção ao papel que a subjetividade passa a ocupar nos processos produtivos. Nessa análise os autores recuperam uma obra fundamental de Karl Marx, os Grundrisse, considerada a primeira versão de O Capital. Nessa obra Marx com a figura do general intellect ou intelecto geral, expressão utilizada pelo autor para destacar a dimensão coletiva e social da atividade intelectual como fonte da produção de riquezas. Destacava a importância das questões subjetivas para o processo produtivo. O intelecto geral era pensado como característica fundamental da força produtiva, considerando que ele está diretamente ligado aos processos da vida social, portanto, o intelecto geral é articulação entre o conhecimento tecnológico e o intelecto capaz de proporcionar uma nova força produtiva capaz de promover o novo princípio de organização social dos indivíduos. A Natureza não constrói máquinas, locomotivas, ferrovias, telégrafos, máquinas de fiar automáticas etc. Esses são produtos da indústria humana: material natural transformado em órgãos da vontade humana sobre a natureza ou da participação humana na natureza. São órgãos do cérebro humano, criados pela mão humana: o poder do conhecimento objetivado. O desenvolvimento do capital fixo indica até que ponto o conhecimento social geral se tornou uma força produtiva imediata, e, portanto, até que ponto as condições do processo da própria vida social estão sob controle do intelecto geral e são transformadas de acordo com ele. Até que ponto as forças produtivas sociais foram geradas, não só sob forma de conhecimento, mas também como órgãos imediatos da prática social, do processo da vida real. (MARX, 2011: 589)

8 Trata-se de uma espécie de cérebro social ou inteligência social articuladoras das forças produtivas. É justamente na esteira do pensamento de Marx que Hardt e Negri se debruçam para pensar as formas da produção de capital no século XXI. E notam que a questão dos afetos, os elementos subjetivos, são os que impulsionam os modos de produção no capitalismo contemporâneo. Desse modo, a biopolítica também experimenta um deslocamento e deixa de atuar no controle das populações para adquirir outro caráter. A biopolítica, entendida como a forma da vida se governar, passa a ser compreendida como biopolítica de rede. Nesse sentido, os indivíduos são capazes de construir de forma singular e dentro de um campo de acontecimentos sociais uma diversificada produção estética, um conjunto de narrativas que se utilizam de imagens, vídeos, entre outras expressões. A partir dessa compreensão, a biopolítica da rede é capaz de potencializar as práticas sociais e políticas e fazer emergir um novo sujeito social, que para Hardt e Negri é a multidão, entendida como novo sujeito social ou, nos dizeres dos autores: a multidão é o proletariado contemporâneo. A multidão é herdeira do conceito de classe, à medida que se articula nas formas de cooperação, desenvolvidas de maneira a enfatizar o comum. A noção de comum para os autores é tanto fundamental quanto de difícil definição, considerando que o comum se constitui a partir de práticas comunitárias da multidão, mas não não concepção clássica de comunidade. O comum pode ser entendido como formas de vida da multidão que engloba as dimensões políticas e concomitantemente as dimensões produtivas da vida, trata-se, portanto, da potência da vida, a nova forma de entender a biopolítica, como uma biopotência. O comum pode ser entendido como um campo de atuação, um campo que é simultaneamente afirmativo e constituinte, portanto, não é privado e nem estatal. Trata-se, portanto de um espaço produtivo, de produção social que é constantemente atravessado por fluxos que emergem da multiplicidade e da singularidade própria da multidão. A ocupação dos espaços públicos e o uso das redes para a conexão dos fluxos informativos são estratégias fundamentais e capazes de potencializar a produção e o compartilhamento de ideias, formas de ação e de resistências. A configuração da multidão ocorre quando um acontecimento coloca em contato grupos de atuação diversificada que se articulam e promovem uma convergência em suas atuações. Essa convergência ocorre tanto da perspectiva de usos de diversas ferramentas midiáticas, mas também do ponto de vista estratégico da atuação da multidão e da ocupação dos espaços públicos.

9 Os membros da multidão não precisam tornar-se o mesmo ou abdicar de sua criatividade para se comunicar e cooperar entre eles. Mantêm-se diferentes em termos de raça, sexo, sexualidade e assim por diante. O que precisamos entender, portanto, é a inteligência coletiva que pode surgir da comunicação e da cooperação dentro de uma multiplicidade tão variada (HARDT & NEGRI, 2005: 132). Se o uso das tecnologias de informação, comunicação e conexão já está incorporado às dinâmicas sociais e políticas da contemporaneidade, a diversificação desse uso expressa a forma como os atores políticos estão dinamizando suas práticas e encontram nas ferramentas digitais a possibilidade de potencializar e inovar as manifestações. A convergência midiática está para além da apropriação tecnológica. Articula diversas mídias que podem provocar fatos políticos capazes de colocar debates específicos nas agendas locais e global. Exemplo dessa potencialidade é a divulgação de vídeos amadores, com imagens captadas por aparelhos celulares, que contribui para divulgar imagens de protestos e cenas que os grandes meios de comunicação não costumam divulgar. Para se pensar nas novas práticas políticas colocadas pela multidão é importante entender que elas são fruto de interações sociais e que tem como ponto de partida a ruptura com práticas políticas verticalizadas, conforme o que se verifica nas estruturas de movimentos sociais tradicionais e nos partidos políticos. A horizontalidade e a transversalidade aparecerm como forma de se produzir relações que tenham como eixo a colaboração e o compartilhamento. O comum não pode ser entendido como o denominador comum, mas um modo que valorize o encontro de ideias, incluindo ideias divergentes, considerando que o encontro, o devir da multidão ocorre pela convivência, pela construção e, principalmente pela hibridação que potencializa a multidão como um sujeito político transformador. A multidão, sujeito político transformador, constituída por meio da cooperação é a forma da sociedade contemporânea para libertar da opressão capitalista. O capitalismo enfatiza o indivíduo, o bem-sucedido, como forma de desvitalizar a produção do comum, de aniquiliar a singularidade e, portanto, o papel da multidão, portanto, a multidão se coloca como a nova forma de enfrentamento ao capitalismo contemporâneo. É o que afirmam Hardt e Negri, O triunfo do neoliberalismo e sua crise mudaram os termos da vida econômica e política, mas também operaram uma transformação social e antropológica, fabricando novas figuras de subjetividade. A hegemonia das

10 finanças e dos bancos produziram o endividado. O controle das informações e das redes de comunicação o mediatizado. O redime de segurança e o estado generalizado de exceção constituíram a figura oprimida pelo medo e sequiosa de proteção: o securitizado. E a corrupção da democracia forjou uma figura estranha, despolítizada: o representado. Essas figuras subjetivas constituem o terreno social sobre o qual e contra o qual os movimentos de resistência e rebelião devem agir. Veremos que eses mvoimentos têm a capacidade não só de recursar essas subjetivdades, mas também de invertêlas e criar figuras capazes de expressar sua independência e seus poderes de ação política. (HARDT & NEGRI, 2014: 21). REFERÊNCIAS FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. 18.ed.Rio de Janeiro: Edições Graal, FOUCAULT, Michel Em Defesa da Sociedade: curso no Collége de France ( ). 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, HARDT, Michael & NEGRI, Império, Rio de Janeiro: Record, 2000, Antonio. Multidão guerra e democracia na era do Império. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2005., Commonwealth El proyecto de uma revolución del común, Madrid: Akal, 2009, declaração Isto não é um manifesto, São Paulo: edições n-1, 2014 MARX, Karl, Grundrisse: manuscritos econômicos São Paulo: Boitempo, 2011 NEGRI, Antonio. Cinco lições sobre Império. Rio de Janeiro: DP&A, Coleção Política das Multidões, 2003.

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