SHEILA JORGE SELIM DE SALES Professora de Direito - UFMG

Transcrição

1 SHEILA JORGE SELIM DE SALES Professora de Direito - UFMG ESCRITOS DE DIREITO PENAL Editora Del Rey Belo Horizonte, 2005

2 CATALOGAÇÃO NA FONTE Sales, Sheila Jorge Selim de. Escritos de direito penal / Sheila Jorge Selim de Sales. 2.ed - Belo Horizonte : Del Rey, p. ISBN Direito Penal. I. Título CDD: CDU: 343

3 SUMÁRIO Prefácio XIII PRIMEIRA PARTE PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO E PARTE ESPECIAL DO DIREITO PENAL: ASPECTOS IDEOLÓGICOS E POLÍTICO-CRIMINAIS I. PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO E PARTE ESPECIAL DO DIREITO PENAL: O PROBLEMA DA LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 3 1. Considerações iniciais 3 2. Parte especial do código penal e parte especial do direito penal 6 3. O significado das expressões direito penal comum, complementar e especial 9 4. O problema da descentralização das normas penais incriminadoras: a decodificação e suas características no direito penal brasileiro As perenes conseqüências advindas da descentralização do tecido incriminador: os denominados subsistemas Nota introdutória Diálogo entre ciência penal-legislador penal na promulgação de leis penais extracódigo? Algumas conseqüências da decodificação no direito penal brasileiro Sobre a função dos códigos penais O caótico quadro da legislação penal entre o código penal e a legislação extracódigo: critérios apontados para a redistribuição da matéria. A recodificação Nota introdutória Síntese de modelos genéricos propostos para a recodificação na doutrina italiana O modelo policêntrico A proposta de Pavarini Donini: um código penal de mil incriminações O programa mínimo de Luigi Ferrajoli Orientações adotadas na reforma penal italiana Considerações gerais O Schema Pagliaro O Projeto Riz O projeto de revisão constitucional da 'Comissione bicamerale'. A crítica de Ramacci. A posição de Ferrajoli 34

4 8.5.O Projeto Grosso Os trabalhos da Comissione Nordio, ainda em curso Considerações conclusivas 40 II. UM ESTUDO SOBRE O SIGNIFICADO IDEOLÓGICO DA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL NOS (EX)PAÍSES SOCIALISTAS NÃO DEMOCRÁTICOS Considerações gerais Comportamento ideológico da parte especial? Os diversos modelos acenados e a necessidade de realizar breve incursão sobre o socialismo penal na América Latina Direito penal socialista e socialização do direito penal: uma distinção necessária Marxismo-leninismo e a questão criminal: aspectos Socialismo penal Considerações iniciais Principais características Socialização do direito penal Sobre o significado da parte especial do código penal no direito penal socialista. O direito penal na Rússia Soviética A fase pós-revolucionária Sobre o projeto de Krylenko e a magistratura soviética O Código penal de Função exemplificativa da parte especial. O retorno à legalidade (socialista) Ainda sobre o significado da parte especial do código no direito penal socialista: anotações sobre o código penal cubano em vigor Objetivos do código penal e conceito de crime Medidas de segurança aritedelictum Aspectos da parte especial Nota conclusiva: reabertura dos debates 79 III. A PROPÓSITO DO ESTUDO SISTEMÁTICO DA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL 85 1.Considerações gerais A parte especial é il vero e proprio diritto penale? A exposição sistemática, preliminar ao estudo dos crimes em espécie na doutrina italiana, hoje: parte geral e parte especial do código penal: separação ou distinção? Parte geral e parte especial: conteúdo normativo O caráter fragmentário da proteção penal é obstáculo para uma elaboração sistemática da parte especial? A parte geral absorveu o estudo da parte especial? O problema da parte especial: propostas para seu estudo

5 sistemático. Denominações recebidas A denominada "parte geral da parte especial do código penal". Crítica A imprescindível integração entre parte geral e parte especial: um novo método para o estudo da parte especial A perene contribuição da "parte geral da parte especial" Consideração final: a inequívoca utilidade do método proposto pela denominada "parte geral da parte especial", ao lado de outros métodos 104 IV. SOBRE O OBJETO DA TUTELA PENAL Considerações iniciais Sobre a efetividade do sistema penal Do bem jurídico: evolução conceitual Algumas tendências modernas: a concepção constitucionalmente orientada do objeto da tutela penal Orientação sociológico-personalista. Crítica Orientação constitucional. Crítica Funções do bem jurídico no direito penal A constitucionalização da concepção constitucionalmente orientada do objeto da tutela penal: o projeto da bicamerale para a reforma constitucional italiana Considerações finais 130 SEGUNDA PARTE DA CRIMINALIDADE ORGANIZADA NO DIREITO PENAL COMPARADO: ESTRATÉGIAS DE CONTRASTE E NOVAS TENDÊNCIAS I. A DENOMINADA "CRIMINALIDADE ORGANIZADA": COLOCA ÇÃO DO PROBLEMA Nota introdutória A expressão "criminalidade organizada" e a Lei n / "Crime organizado" no Brasil? Crime organizado, legislação desorganizada, "magia do criminal" e discurso penal populista Aspectos da Lei n /95: A irracionalidade do legislador e o constrangimento da doutrina penal brasileira. O caos legislativo "Crime organizado" e legislação penal brasileira direito penal brasileiro à procura de um modelo 152 II. A PERSPECTIVA CRÍTICA DO "CRIME ORGANIZADO" Zaffaroni: O crime organizado como categorização falida 155

6 2. A perspectiva "ontológica" de Baratta: por uma tipificação de derivação sociológica do "crime organizado". A análise das comissões parlamentares de inquérito do parlamento italiano realizadas por Marotta Winfried Hassemer: A necessidade de distinguir entre crime organizado e criminalidade de massa A perspectiva crítico-dogmática na doutrina italiana: contra o paradigma sociológico, em busca da garantia e da efetividade Sobre criminalidade organizada transnacional, economia criminal e colaboração internacional Ainda uma consideração 172 III. O MODELO ITALIANO: ASSOCIAÇÃO DE TIPO MAFIOSO (ART. 416-BIS, CÓDIGO PENAL ITALIANO) Considerações iniciais A espécie de fato incriminada: definição legal Elementos objetivos do tipo Objeto da tutela penal Sujeito ativo e sujeito passivo Outros elementos constitutivos do fato Consumação e tentativa Elemento subjetivo do tipo Concurso de crimes e concurso de pessoas Outras conseqüências penais advindas da prática do fato Hipóteses qualificadas e causa especial de aumento de pena A título de conclusão: considerações da doutrina italiana sobre o art bis e os crimes associativos em geral. Sugestões de reforma e novas orientações político-criminais 191 IV. SEGUE: O MODELO ITALIANO -ACORDO ELEITORAL POLÍTICO-MAFIOSO (ART TER, CÓDIGO PENAL ITALIANO) Definição legal Precedentes. Ratio da incriminação Duas palavras sobre a relação máfia-política no estado italiano A espécie de fato incriminada Elementos objetivos do tipo Objeto da tutela penal Sujeito ativo e sujeito passivo Outros elementos constitutivos do fato Consumação e tentativa Elemento subjetivo do tipo Pena e ação penal Uma questão doutrinária: superfluidade da incriminação?

7 A sugestão lege ferenda de De Vero. A crítica da doutrina italiana 206 V. SEGUE: O MODELO ITALIANO - OUTRAS QUESTÕES RELATIVAS À POLÍTICA CRIMINAL PARA O CONTRASTE À CRIMINALIDADE ORGANIZADA Nota introdutória Sobre a estrutura operacional antimáfia no âmbito da segurança pública: da direção investigativa antimáfia A DIA: composição Da DIA: estrutura e algumas de suas atribuições Colaboração com a justiça O regime penitenciário diferenciado 220 VI. ESTRATÉGIAS DE CONTRASTE À "CRIMINALIDADE ORGANIZADA" EM OUTRAS LEGISLAÇÕES PENAIS ESTRANGEIRAS As legislações penais no bívio A legislação alemã A legislação espanhola O código penal russo O código penal austríaco 231 VII. O LEGISLADOR PENAL BRASILEIRO À PROCURA DE UM MODELO Considerações iniciais As perspectivas de codificação seletivas para viabilizar o duplo binário A importância político-criminal, em sede preventiva, da perspectiva ontológica sugerida por Alessandra Baratta O legislador brasileiro à procura de um modelo Nota introdutória O Projeto Lei do Senado n. 118, de Anotações críticas O Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei do Senado n. 67, de 1996 (PL n , de 1997, na Casa Revisora) Consideração conclusiva: perspectiva emergencial e prevalência do discurso penal populista A escolha de um critério e não de um modelo: nossa sugestão A prevalência do critério dogmático: de lege ferenda 249 VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 253