24/08: DIA DA INFÂNCIA ATIVIDADE 1: FÓRUM DE DISCUSSÃO SOBRE OS DIREITOS DA INFÂNCIA
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- Vasco Camarinho Monteiro
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1 ATIVIDADE 1: FÓRUM DE DISCUSSÃO SOBRE OS DIREITOS DA INFÂNCIA 1. PASSO-A-PASSO DA AÇÃO 1.1 PROPOSTA Promover um fórum sobre a situação da infância no município, com a participação da comunidade escolar e de convidados envolvidos com os direitos da infância. 1.2 CRONOGRAMA Ajuste esta tabela conforme sua necessidade e indique as datas de cada passo nas colunas das semanas. Passos Apresentação e planejamento Contato com direção/ coordenação 2. Organização da ação Convite aos participantes externos (debatedores) Convite aos pais Convite à comunidade Preparação da programação 3. Realização da ação 4. Divulgação da ação 1.3 O PAPEL DE CADA UM Voluntário: propõe, articula, organiza e executa a atividade junto à escola. Escola: convida os participantes/ debatedores para participarem do fórum. A família/comunidade: participa do fórum, como debatedor e plateia. 1
2 1.4. OBJETIVOS DA ATIVIDADE Compartilhar informações e conscientizar sobre as condições da infância no município, país e mundo. A intenção é de que os profissionais da escola e a comunidade em geral, ao conhecerem e refletirem sobre as questões da infância, mudem positivamente suas atitudes no cotidiano da escola PÚBLICO RECOMENDADO Recomendamos que os alunos convidados para o debate tenham no mínimo 14 anos. Da comunidade escolar, envolver diretores, coordenadores, representantes do conselho escolar, professores e pais da(s) escola(s) participante(s). Convidar também conselheiros tutelares e, se possível, o promotor da Vara da Infância e Juventude de sua cidade, representantes do Conselho Municipal do Direito da Infância e Adolescência e do Conselho Municipal de Educação, entre outras instituições envolvidas na garantia e defesa dos direitos da infância. 1.6 COMO IMPLEMENTAR PASSO 1: Apresentação e planejamento da ação Entre em contato com a escola e agende uma conversa para a apresentação e planejamento da proposta. Possivelmente, a articulação será encaminhada com a coordenação pedagógica e/ou a direção, que deverá indicar os professores e funcionários que poderão se envolver na atividade. No dia da primeira reunião de articulação é importante estar preparado. Para isso é fundamental: Levar a proposta por escrito para a instituição; Definir o período e o espaço para a ação; Pedir autorização para filmar e/ou fotografar a atividade. Embora envolva profissionais da educação e dos direitos da infância, alunos e pais, é importante reforçar que esta é uma ação focada no debate entre profissionais e a comunidade. PASSO 2: Organização da ação O fórum deverá ocorrer com a participação de especialistas, profissionais e ativistas da área dos direitos da infância, junto aos profissionais da educação, a comunidade, pais e alunos. Por isso, o maior desafio da organização desta atividade concentra-se no esforço de reunir todos esses púbicos. Após a confirmação dos debatedores, deverá ser decidido o dia e o horário para a atividade, que provavelmente deverá ocorrer no período noturno, para facilitar a participação dos convidados. Defina também a quantidade de pessoas a serem convidadas, considerando o espaço disponível para o encontro. Se necessário, o convite pode ser feito aos poucos e, conforme os participantes confirmarem presença, poderão ser realizados novos convites. 2
3 É recomendável que a escola passe uma circular interna e um convite aos pais como normalmente procede em outras ocasiões com atividades extraordinárias e às pessoas da comunidade que podem ser envolvidas na discussão. É fundamental que um microfone e caixas de som sejam providenciados para que o público escute claramente os convidados. PASSO 3: Realização da ação Confira algumas dicas importantes para o dia do evento: No dia do fórum, os debatedores deverão estar dispostos em uma mesa ou em cadeiras à frente da plateia (no caso de auditório) ou no ambiente mais adequado para a ação. Direção, coordenação e/ou voluntários apresentarão os convidados e a proposta do debate: Os direitos e a situação da infância no município. Por se tratar de um fórum voltado apenas ao compartilhamento de informações e debate, nada deverá ser necessariamente encaminhado. O tempo deverá ser administrado para que todos os convidados falem e a plateia possa fazer comentários e perguntas ao final. O voluntário poderá assumir o papel do registro fotográfico e posteriormente organizar um relatório fotográfico e escrito sobre o encontro. Ao final, algum representante dos organizadores deverá agradecer a participação de todos. Nos dias seguintes ao fórum, um de agradecimento deve ser enviado a cada convidado. PASSO 4: Divulgação da atividade Posteriormente, a iniciativa poderá ser matéria no jornal interno, informativo ou blog da instituição. Não se esqueça de publicar a atividade no site do PEB, registrando inclusive os resultados da experiência. Para isso, basta criar uma Ação Voluntária dentro da Ação Mãe. 1.7 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: FÓRUM LÚDICO A escola poderá realizar um fórum apenas entre as crianças da escola, até mesmo antes do fórum proposto aos adultos, para que a voz delas também seja contemplada. Para tal, os professores poderão fazer algumas atividades de sensibilização em sala de aula. Uma série de temas poderá ser levantada entre os alunos, com relação aos seus direitos. Conforme a lista de temas for definida para o fórum, professores ou familiares poderão ser convidados para participar da mesa. É importante que as regras do debate sejam pré-definidas e que os professores coordenem as discussões. Os adultos apenas ajudam que as crianças respeitem as regras estabelecidas, mas estas ocorrerão da forma e no sentido que os alunos desenvolverem. 3
4 ATIVIDADE 2: RUA DO LAZER 1. PASSO-A-PASSO DA AÇÃO 1.1 PROPOSTA Organizar em uma rua próxima à escola uma Rua de Lazer, com as brincadeiras prediletas da infância. 1.2 CRONOGRAMA Ajuste esta tabela conforme sua necessidade e indique as datas de cada passo nas colunas das semanas. Passos Apresentação e planejamento da ação Contato com direção/ coordenação 2. Organização da ação Pedido de autorização de interdição da rua Reunião com professores e funcionários Confecção da lista de brincadeiras e de materiais Providenciar materiais de isolamento e brincadeiras 3. Realização da ação 4. Divulgação da ação 1.3 O PAPEL DE CADA UM Voluntário: propõe, articula, organiza e executa a atividade junto à escola e comunidade. 4
5 Escola: nesta ação é fundamental o envolvimentos dos professores e funcionários durante as atividades. A família/comunidade: serão convidados para participar das atividades. 1.4 OBJETIVOS DA ATIVIDADE Promover o resgate das brincadeiras tradicionais, a utilização da rua como espaço de convivência e a percepção da importância do brincar na infância PÚBLICO RECOMENDADO Esta ação é recomendada para os estudantes dos segmentos Educação infantil, Fundamental I e Fundamental II. 1.6 COMO IMPLEMENTAR PASSO 1: Apresentação e planejamento da ação Entre em contato com a escola e agende uma conversa para a apresentação e planejamento da proposta. Possivelmente, a articulação será encaminhada com a coordenação pedagógica e/ou a direção, que deverá indicar os professores e funcionários que poderão se envolver na atividade. No dia da primeira reunião de articulação é importante estar preparado. Para isso é fundamental: Levar a proposta por escrito para a instituição; Definir o período e o espaço para a ação; Pedir autorização para filmar e/ou fotografar a atividade. Esta atividade será possível apenas se os professores e funcionários participarem ativamente, portanto envolva-os desde o início. Agende um bate papo com eles para discutir a proposta, montar o cronograma e levantar contribuições. PASSO 2: Organização da ação Para esta ação, o processo de organização é fundamental. O voluntário deverá agir como um coordenador geral da atividade, junto ao coordenador pedagógico e o diretor da escola. Programe-se para os seguintes momentos: Um período de organização de uma manhã ou tarde com a coordenação, a direção e, se possível, alguns professores e funcionários. 5
6 Um período de reunião com os pais e comunidade para compartilhar a proposta e solicitar o apoio, pois a atividade acontecerá no espaço externo à escola. Um período inteiro (manhã ou tarde) para a realização da atividade, com a participação dos professores, funcionários e familiares responsáveis pelas brincadeiras. Levante entre os familiares, conhecidos e professores da escola, as brincadeiras de suas infâncias e faça uma lista. Priorize as brincadeiras tradicionais, como soltar pipa, brincar de pega-pega, barra manteiga, cabra cega, carrinho de rolimã, etc. Em seguida, faça uma lista com os materiais necessários (cordas de pular, elástico, bola para queimada) e defina um adulto que se responsabilize pela orientação e organização de cada brincadeira no evento. Os alunos mais velhos também podem se responsabilizar por essa monitoria. Vá conhecer a rua escolhida e planeje como será garantida a segurança das crianças, com o uso de fitas e cones de isolamento, por exemplo. FICA A DICA: A escola deverá entrar em contato com o órgão responsável pelo trânsito no município para solicitar a interdição da rua onde a atividade idealmente será realizada. É importante que isso seja feito com razoável antecedência Se a autorização for inviável, a atividade poderá acontecer em uma praça, mas também com autorização e apoio do setor responsável pelo trânsito da cidade. Não indicamos que aconteça dentro de espaços fechados, pois uma das intenções é proporcionar às crianças a experiência de brincar coletivamente e de forma segura em um espaço público aberto. PASSO 3: Realização da ação O primeiro cuidado a ser tomado no dia é o isolamento da área para delimitar onde as crianças devem ficar. Decidam onde acontecerão as atividades e distribua os materiais para as brincadeiras entre os monitores, que ficarão responsáveis por explicar as brincadeiras àqueles que não as conhecem. Daí em diante, não se preocupe mais, pois brincar é uma atividade espontânea que crianças fazem com naturalidade. A atenção deve permanecer voltada à segurança e a eventuais machucados, também naturais em contextos como este. Quanto menos os adultos interferirem, mais as crianças poderão experimentar uma das atividades mais importantes da infância: o brincar 6
7 PASSO 4: Divulgação da atividade Se achar interessante, coloque uma faixa na frente da escola, divulgando a ação para a comunidade. Posteriormente, a iniciativa poderá ser matéria no jornal interno, informativo ou blog da instituição. Não se esqueça de publicar a atividade no site do PEB, registrando inclusive os resultados da experiência. Para isso, basta criar uma Ação Voluntária dentro da Ação Mãe. 1.7 ATIVIDADE COMPLEMENTAR A ESCOLA TAMBÉM É LUGAR DE BRINCADEIRA A escola poderá propor uma pesquisa de brincadeiras para seus alunos. A pesquisa será feita entre os pais, na internet ou nos livros especializados, como os indicados abaixo. Depois do levantamento, cada sala envolvida deve confeccionar um livro artesanal ou fanzine com a descrição das brincadeiras descobertas e desenhos das mesmas. Os livros podem ser trocados entre as salas e levados em rodízio para casa. Posteriormente, a coordenação poderá organizar momentos no pátio, no intervalo ou aulas de educação física, com as brincadeiras pesquisadas. REFERÊNCIAS Livro Quer jogar, de Adriana Klysis Livro Giramundo, de Renata Meireles Livro A Arte de Brincar: Brincadeiras e Jogos Tradicionais, de Adriana Friedmann Território do Brincar Educar para Crescer: Brincadeiras tradicionais Como fazer a rua um espaço para o lazer 7
8 INFORMAÇÃO E REFLEXÃO REFLETINDO SOBRE O DIA DA INFÂNCIA O Dia da infância, comemorado em 24 de agosto, é uma data ainda pouco conhecida. Criada pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a data aponta para a necessidade de uma profunda reflexão da sociedade e dos governos sobre as condições sociais preocupantes em que um número enorme de crianças vive ao redor do mundo. Veja alguns dados que constam no segundo o relatório Situação Mundial da Infância 2012 : 121 milhões de crianças não têm garantido seu direito à instrução; aproximadamente 8 milhões morreram em 2010 antes de completar 5 anos de idade; a todo o momento, cerca de 2,5 milhões de pessoas são submetidas ao trabalho forçado como resultado do tráfico, sendo 22% a 50% delas crianças; estima-se que, em 2008, em todas as partes do mundo, 215 milhões de meninos e 1 meninas entre 5 e 17 anos de idade estivessem envolvidos em trabalho infantil. Ou seja, ainda há milhares de crianças sem acesso à educação, que trabalham precocemente ou perdem suas vidas por causa da miséria, conflitos armados, doenças, abuso e exploração sexual. É um panorama alarmante que demonstra o quanto ainda negligenciamos a parcela mais vulnerável da nossa sociedade. Se pensarmos que a infância é uma fase determinante para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional dos indivíduos, perceberemos a importância da garantia da proteção integral das crianças, através de um ambiente saudável que promova sua sobrevivência, crescimento e aprendizagem de forma plena. As oportunidades proporcionadas na infância influenciam diretamente na formação de uma sociedade. A oferta de escolas de qualidade, bom atendimento na saúde, espaços culturais e de lazer que contemplem o direito ao brincar devem ser as bandeiras de toda a sociedade. Afinal, nossas crianças não têm condições de lutar sozinhas por seus direitos. A infância deve ser prioridade na agenda política E esta data pode ser um momento oportuno para a reflexão, denúncia e ação. REFLEXÃO COMPLEMENTAR: OS DIREITOS DA INFÂNCIA Toda a sociedade é considerada responsável pela garantia do desenvolvimento integral da infância. Nas últimas décadas, os brasileiros acordaram para a necessidade da proteção da infância e, após anos de debates e mobilizações, importantes leis foram estabelecidas no país
9 A Constituição Federal Brasileira de 1988 determina que haja "prioridade absoluta" na proteção da infância e na garantia de seus direitos, por parte do Estado, família e sociedade. Mas, para que isso aconteça, os preceitos constitucionais devem ser transformados em leis. No caso da infância, a lei mais importante é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei nº 8.069, em vigor desde O ECA é o marco legal da proteção da infância e traz como base a doutrina de proteção integral, em substituição à visão assistencialista anterior. O Estatuto divide-se em duas partes: a primeira trata da proteção dos direitos fundamentais à pessoa em desenvolvimento; e a segunda aborda os órgãos e procedimentos protetivos. De forma geral, a lei trata dos diversos aspectos envolvidos para serem assegurados o bemestar físico, psicológico e moral da criança e do adolescente (o direito à vida, saúde, liberdade, respeito e dignidade e educação) e condena qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Mas, para além das garantias estabelecidas pela lei, precisamos pensar que toda criança tem o direito de brincar, chorar, ter companhia, receber colo e aconchego, ser reconhecida, expor o que sente, enfim, o direito de ser criança e de ser feliz. O escritor e pedagogo Rubem Alves encontrou uma forma poética de descrever os direitos das crianças. Confira e inspire-se para dar sua contribuição no próximo dia 24 de agosto DEZ DIREITOS NATURAIS DAS CRIANÇAS - RUBEM ALVES 1. Direito ao ócio: Toda criança tem o direito de viver momentos de tempo não programado pelos adultos. 2. Direito a sujar-se: Toda criança tem o direito de brincar com a terra, a areia, a água, a lama, as pedras. 3. Direito aos sentidos: Toda criança tem o direito de sentir os gostos e os perfumes oferecidos pela natureza. 4. Direito ao diálogo: Toda criança tem o direito de falar sem ser interrompida, de ser levada a sério nas suas ideias, de ter explicações para suas dúvidas e de escutar uma fala mansa, sem gritos. 5. Direito ao uso das mãos: Toda criança tem o direito de pregar pregos, de cortar e raspar madeira, de lixar, colar, modelar o barro, amarrar barbantes e cordas, de acender o fogo. 6. Direito a um bom início: Toda criança tem o direito de comer alimentos sãos desde o nascimento, de beber água limpa e respirar ar puro. 7. Direito à rua: Toda criança tem o direito de brincar na rua e na praça e de andar livremente pelos caminhos, sem medo de ser atropelada por motoristas que pensam que as vias lhes pertencem. 8. Direito à natureza selvagem: Toda criança tem o direito de construir uma cabana nos bosques, de ter um arbusto onde se esconder e árvores nas quais subir. 9. Direito ao silêncio: Toda criança tem o direito de escutar o rumor do vento, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas. 10. Direito à poesia: Toda criança tem o direito de ver o sol nascer e se pôr e de ver as estrelas e a lua. 9
10 PARA SABER MAIS UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância: activities.html Estatuto da Criança e do Adolescente: l8069.htm ANDI - Agência de notícias dos direitos da infância: Vídeo sobre Conceitos Fundamentais da Primeira Infância: watch?v=bsfxsh8z5h0&list=plvfzhqgpp_mteuik5xfma_nutmsb6pq82 Prioridade Absoluta: Criança em Primeiro Lugar 10
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