Prefiro um jovem empregado no estrangeiro do que desempregado em Portugal

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1 Ex-ministro e ex-administrador do BES quer 1,8 milhões por reforma antecipada P2 Maria da Glória Ribeiro, Managing Partner da Amrop, fala de concorrência e da forma de a estudar P6 Um lamentável lapso levou à troca da foto de José Castella, inquirido pelos deputados à AR no âmbito do caso GES/BES, pela de João Rodrigues Pena, ex-ceo da Rioforte e que nada tem a ver com o teor das conclusões do mesmo inquérito parlamentar. Ao visado e aos leitores pedimos desculpa. Número de abril de 2015 Preço 15 cênt. Diretor Vítor Norinha OJE TERÇA-FEIRA Mediterrâneo é cemitério Naufrágios ceifam 1000 vidas em três dias. Guardas costeiras estão sem meios suficientes para salvamentos. União Europeia reage com medidas repressivas e algum (pouco) diálogo com países magrebinos P5 Prefiro um jovem empregado no estrangeiro do que desempregado em Portugal GRÉCIA País está mais próximo do controlo de capitais. Banco central passa a controlar fundos dos organismos públicos e municípios P3 afirma Paulo Bento, presidente do INDEG GRANDE ENTREVISTA / SUPLEMENTO RH-MBA TELECOMUNICAÇÕES Altice está a aplicar remédios em Portugal. Vodafone é um potencial interessado no ativo Cabovisão BOLSA Ações do BCP com fortes ganhos depois do anúncio da troca de dívida P4 P4

2 2 terça-feira 21 de abril de destaque Editorial de Vítor Norinha Diretor A nova guerra no Mediterrâneo A União Europeia trava hoje uma guerra sem precedentes. Não existem armas pesadas, mas antes a pesada mole humana que atravessa meia África para chegar às costas da Líbia e olhar para a ponta da bota europeia, em Lampedusa, e sonhar com o mundo fantástico que espera encontrar deste lado. Nós, falamos de crise económica, financeira, social e moral. Falamos ao nível europeu. Esquecemos o nível de quem rapa o fundo da panela na África Oriental ou nos países por onde passou a Primavera árabe e que hoje estão economicamente desorganizados e/ou destruídos. A guerra é, antes de mais, de ordem moral. É impossível a uma UE que defende princípios de dignidade humana deixar morrer emigrantes ilegais às centenas, ou deixar que criminosos se aproveitem das economias de uma vida para as delapidarem e enviarem famílias para a morte certa nas profundezas do Mediterrâneo. Por que é que a UE nada faz? A resposta é incrivelmente simples. A UE é uma multiplicidade de Estados, com uma multiplicidade de políticas internas difíceis de gerir. Todos olham para o umbigo e dificilmente conseguem encaixar nas políticas de cada um dos seus países a ajuda à emigração. Porque o que está aqui em causa é emigração, não é mera ajuda humanitária. Esta última significa uns milhões de euros por dia que os contribuintes europeus podem pagar sem dificuldades. O que conseguem digerir é a aceitação de emigrantes vindos de África porque isso não é sustentável numa Europa velha que não cresce e não precisa de mão-de-obra cara. E, claro, como ninguém está interessado não Muitos vêm dos confins do Sudão, outros do Egito e alguns da Líbia, o hub de toda esta miséria existe uma política de emigração europeia, nem existem programas humanitários de fundo como foi o caso do Mare Nostrum, que hoje não é mais do que a patrulha da costa italiana. Como resolver? Aqui está uma pergunta com uma resposta fácil, por incrível que pareça. A UE pode ter uma atitude próativa a nível de emigração, pode criar programas de desenvolvimento económico e social nos países de onde estes emigrantes são originários. Muitos vêm dos confins do Sudão, outros do Egito e alguns da Líbia, o hub de toda esta miséria. O naufrágio de 1000 pessoas nestes últimos dias poderá obrigar os decisores europeus a tomarem opções de fundo. O problema é europeu e obriga ao envolvimento dos 28. Os recentes ataques contra estrangeiros na África do Sul já resultaram na morte de três moçambicanos. O rei zulu Goodwill Zwelithini veio rejeitar o incitamento à xenofobia, depois de ter sido acusado de provocar a onda de violência. Esta violência direta contra os nossos irmãos e irmãs é vergonhosa, disse. asúltimas Portugal ABANDONO ESCOLAR PRECOCE Portugal tinha em 2014 a 4.ª maior taxa de abandono escolar precoce da União Europeia (UE), com 17,4%, mas com a maior redução face a Segundo o Eurostat, o Estado-membro com piores resultados é a Espanha (com 21,9%). Seguem-se Malta (20,4%), Roménia (18,1%), Portugal (17,4%) e Itália (15%). Manuel Pinho QUER 1,8 MILHÕES DO NOVO BANCO Manuel Pinho, que foi quadro do Banco Espírito Santo (BES), entrou com um processo em tribunal contra o Novo Banco. O antigo ministro da Economia exige o pagamento de 1,8 milhões de euros. Pinho diz ter direito a uma reforma antecipada do antigo BES, onde recebia 39 mil euros mensais até ao início de Equipa portuguesa em Bissau COMBATE SARAMPO E MENINGITE A equipa de portugueses que está na Guiné-Bissau a ajudar na deteção do ébola já apoiou os profissionais locais a controlarem DR EPA/KEVIN SUTHERLAND um surto de sarampo e um outro de meningite, disse o presidente do Instituto Ricardo Jorge. Os técnicos estão num laboratório móvel com capacidade para o diagnóstico de infeções. Papa Francisco CONDENA ANTISSEMITISMO O papa Francisco condenou ontem o antissemitismo na Europa, tendência que considera preocupante, e defendeu, perante rabinos europeus, o diálogo sistemático iniciado há 50 anos entre cristãos e judeus. O pontífice argentino recebia em audiência os responsáveis da Confederação dos Rabinos Europeus (CRE), uma estreia desde a fundação desta organização, em os jornais não são todos iguais Membro da: sórir Publicado diariamente de terça a sexta-feira Propriedade - Megafin Sociedade Editora S.A., Registo na ERCS N.º , N.º de Depósito Legal: /06 Sede - Avenida Casal Ribeiro, n.º 15 3.º, Lisboa, Tel.: Diretor - Vítor Norinha Redação - Armanda Alexandre, Almerinda Romeira, Sónia Bexiga e José Carlos Lourinho; Catarina Santiago (revisão) Área Comercial - Diretor João Pereira (jpereira@oje.pt). Gestores de Contas Isabel Silva , Claudia Sousa Assinaturas (assinaturas@oje.pt) Área Financeira - Florbela Rodrigues Conselho de Administração - João Pereira Impressão - Empresa Gráfica Funchalense, SA, Rua Capela N. Sr.ª Conceição, Morelena Distribuição - Notícias Direct, Lda, Tapada Nova Capa Rota - Linhó Sintra Tiragem Nenhuma parte desta publicação, incluindo textos, fotografias e ilustrações, pode ser reproduzida por quaisquer meios sem prévia autorização do editor. NA GRÉCIA O GOVERNO QUER O DINHEIRO JUNTINHO NO BANCO CENTRAL. AS AUTARQUIAS TÊM DE ENTREGAR AS CONTAS QUE TÊM ESTOU A VER A REAÇÃO DE ALGUNS AUTARCAS EM PORTUGAL DESPACHAVAM OS EXCEDENTES EM TRÊS TEMPOS COM PISCINAS, PAVILHÕES, CICLOVIAS E MAIS ROTUNDAS!

3 destaque farpasemimos GRÉCIA Eu e nós, no BCE, estamos convencidos de que não haverá uma saída da Grécia VÍTOR CONSTÂNCIO, VICE-PRESIDENTE DO BCE terça-feira 21 de abril de Entidades públicas obrigadas a António Feijó Angélico Perante a insistência do número dois do PSD, Marco António Costa, o presidente do regulador da RTP, António Feijó, desviou o tema do salário exorbitante do novo presidente da RTP para a tutela dos ministros Poiares Maduro e Maria Luís. Acontece que a tutela deu um teto, não disse qual seria o salário e numa empresa que está a reestruturar a força de trabalho, é estranho que o novo presidente ganhe mais dois mil euros que o anterior. Não há moral e a CGI de Feijó alinha pelo diapasão. Yanis Varoufakis Ameaçador Com a aproximação do momento da verdade, o ministro das Finanças grego volta com a ameaça global do despenhar da União Europeia, caso não exista uma saída para o seu país. Varoufakis voltou a acenar com o papão da destruição da UE com a antevisão da saída do seu país. Acontece que ninguém quer esse cenário, para além dos próprios que parecem jogar no cenário da corda bamba, criando um desespero sem precedentes no povo. Vítor Santos Oportuno O regulador dos serviços energéticos (ERSE), liderado por Vítor Santos, está a investigar o comportamento dos grupos EDP e Galp, depois de detetar irregularidades. É um processo limpo e uma atitude correta. Há que supervisionar logo que existam indícios. Papa Francisco Visionário O drama dos refugiados que tentam atravessar o Mediterrâneo desde a Líbia à costa sul de Itália mereceu destaque pelo Papa Francisco. A indiferença ganhou força entre os políticos europeus. Nenhum tem coragem de enfrentar o eleitorado e avançar com soluções, deixando à morte centenas de pessoas. Há uma crise humanitária em frente ao velho continente. passar fundos para o banco central O Governo de Tsipras quer que as entidades públicas passem os seus fundos para o banco central. Entretanto, apresentou um projeto de lei para aumentar o salário mínimo e restaurar os acordos coletivos. ARMANDA ALEXANDRE aalexandre@oje.pt A O Executivo liderado por Alexis Tsipras publicou um decreto-lei que ordena a todas as entidades públicas a entrega das reservas financeiras ao Banco da Grécia, de forma a fazer face às despesas. Com este ato, o Governo espera cobrir necessidades urgentes do Estado, que ascendem a 3 mil milhões de euros nos próximos 15 dias, afirma o decreto, que ainda tem de de ser adotado pelo parlamento helénico. De acordo com fontes governamentais auscultadas pela agência EFE, trata-se de um instrumento utilizado em vários países da União Europeia, que se traduz nas chamadas operações de recompra, que permitem a um Estado pedir fundos emprestados por um período máximo de 15 dias a organismos públicos. Desta forma, as entidades públicas transferem os seus fundos para o Banco da Grécia e, posteriormente, o Estado devolve o dinheiro, com os juros em vigor na instituição financeira. O decreto publicado ontem exclui desta obrigação os fundos de pensões e algumas empresas estatais, bem como os organismos que necessitem de reservas para pagamentos imediatos. O diploma tem um efeito retroativo a 17 de março, data em que se realizaram as primeiras operações deste tipo com as quais o Governo grego está a enfrentar os problemas imediatos de liquidez. Entre as entidades que já emprestaram dinheiro estão o Metro de Atenas, com 150 milhões de euros; Ática (região administrativa que inclui a cidade de Atenas), que transferiu 110 milhões; e a Agência de Emprego, com 80 milhões. De momento a Grécia só acede a fundos através do mecanismo urgente de liquidez do Banco Central Europeu. Em maio, o país terá de devolver uma parte do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de 747 milhões de euros, além do pagamento de salários e pensões, que ascendem mensalmente a mais de mil milhões de euros. Foi também apresentado ontem em Atenas um projeto de lei para aumentar o salário mínimo e restaurar os acordos coletivos, na comissão de assuntos sociais e económicos, onde a versão final da proposta vai ser debatida com os parceiros sociais. A EFE avança que o projeto, cuja conclusão está prevista para final de maio, prevê uma subida do salário mínimo em duas fases, com um primeiro aumento em outubro, para 650 euros, e para 751 euros em julho de 2016 valor em vigor até A lei inclui a restauração do acordo coletivo e suprime o salário Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego O Metro de Atenas já emprestou 150 milhões de euros, Ática transferiu 110 milhões e a Agência de Emprego 80 milhões mínimo diferenciado para jovens, que até agora podiam ser remunerados em menos 75 euros que os trabalhadores com mais de 25 anos de idade na mesma situação. Além da subida do salário mínimo, o projeto de lei prevê a o aumento do subsídio de desemprego em 11%, para 400 euros, face aos atuais 360 euros. No total, o pacote de medidas laborais apresentado prevê um custo não superior a 30 milhões de euros, dos quais 11 milhões vão ser utilizados este ano. DR INCUMPRIMENTO NÃO É SAÍDA IMEDIATA DO EURO Vítor Constâncio, vice- -presidente do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que um eventual incumprimento da Grécia (default) não implicaria uma saída do país da zona euro. [A saída da zona euro] não decorre automaticamente de um eventual default do Estado grego, não implicaria que a Grécia ficasse fora do euro, disse Vítor Constâncio ontem, na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas. Constâncio afirmou ainda que, pelos Tratados da União Europeia, não está prevista qualquer expulsão de um país da zona euro ou da União Europeia e que essa teria de ser uma decisão do Governo grego. No entanto, acrescentou, neste momento não faz sentido especular sobre um Grexit (contração em inglês de Greece e exit usada na gíria europeia para designar uma eventual saída da Grécia da moeda única). Eu e nós, no BCE, estamos convencidos de que não haverá uma saída da Grécia, adiantou. Vítor Constâncio afirmou que o BCE continua a acreditar que os bancos gregos são solventes e que, por isso, continuam a receber financiamento

4 4 terça-feira 21 de abril de negócios BANCA Montepio e Associação Mutualista têm de ter maior separação A auditoria especial realizada ao Montepio terá detetado irregularidades, o que levou o Banco de Portugal a exigir que sejam feitas alterações de fundo. ARMANDA ALEXANDRE com Agências aalexandre@oje.pt A auditoria especial ao Montepio encomendada pelo Banco de Portugal (BdP) no ano passado à Deloitte está prestes a ser concluída. De acordo com a SIC, o relatório terá detetado irregularidades, sendo que o governador do BdP, Carlos Costa, exigiu que fossem realizadas alterações de fundo, assim como a existência de uma nova gestão independente para a entidade financeira. De acordo com o documento, estão em causa a elevada dependência da Associação Mutualista e problemas em créditos bancários. Já ontem, o Público avançava que haveria problemas no Montepio. E que a auditoria, que teve início em julho último e se intitulava auditoria forense, passou mais tarde a denominar-se auditoria especial, tendo levado nove meses a ser efetuada. A principal questão parece ser a dependência existente entre o Montepio e a Associação Mutualista, posição que reporta ao caso da exposição do BES ao GES. Ainda segundo a estação de televisão de Carnaxide, a auditoria terá revelado irregularidades relacionadas com os créditos concedidos, e também quebras no princípio da gestão prudente da instituição. Neste sentido, o Banco de Portugal quer que o Montepio passe a ter uma gestão independente, o que acontecerá com a nomeação de Fernando Teixeira dos DR Santos para a presidência da entidade. O regulador quer acabar com o monopólio de Tomás Ribeiro, que assume a presidência da administração do banco e da Associação Mutualista. O BdP espera que o próximo presidente executivo tenha na sua equipa elementos externos, como um administrador financeiro e alguém com competências de retalho que sejam independentes. Altice pode comprar PT. Só tem de vender Oni e Cabovisão BRUXELAS A francesa Altice recebeu ontem o aval de Bruxelas para a aquisição da operadora de telecomunicações PT Portugal, com a condição de a multinacional desinvestir nos seus atuais negócios portugueses, a Oni e Cabovisão. Esta era uma decisão esperada pelo mercado. Aliás, a operadora francesa já se encontrava em negociações para se desfazer das referidas empresas, sendo que a Vodafone Portugal é uma das interessadas na Cabovisão. Mário Vaz, presidente da Vodafone, tem mencionado querer comprar o negócio de cabo da empresa, e chegou a referir que poderia avaliar a aquisição da Oni. Ao adquirir a Cabovisão, a Vodafone fica com o dobro da quota de mercado na televisão paga (que de momento é de cerca de 7,5%). Outro potencial comprador é a NOS, detida pela Sonae e pela empresária angolana Isabel dos Santos. O Executivo comunitário rejeitou assim a pretensão da Autoridade da Concorrência (AdC) no sentido de a operação de concentração ser apreciada em Portugal. Segundo a nota divulgada em Bruxelas, a Concorrência Europeia autorizou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a proposta de aquisição do operador de telecomunicações português, PT Portugal, pela Altice, empresa multinacional no setor de cabo e de telecomunicações, dependendo esta decisão do desinvestimento da Altice nos seus atuais negócios portugueses, a Oni e a Cabovisão. A Comissão temia que a entidade resultante da concentração se visse confrontada com uma pressão concorrencial insuficiente por parte das empresas remanescentes no mercado das telecomunicações fixas, o que poderia ter levado ao aumento de preços para os clientes. Os desinvestimentos propostos pela Altice respondem a esta preocupação, explica a Comissão. De acordo com Bruxelas, para eliminar essas preocupações a Altice propôs vender as suas filiais portuguesas Cabovisão e Oni, considerando a Comissão que estes compromissos estruturais claros eliminam totalmente a sobreposição das atividades da Altice e da PT Portugal em Portugal, pelo que respondem adequadamente à preocupação inicial em termos de concorrência que a Comissão identificou. Bruxelas também rejeitou um pedido de remessa da análise da operação para a Autoridade da Concorrência de Portugal, ressalvando que manteve uma cooperação estreita com a AdC. Salários da administração da RTP decididos por Poiares Maduro e Maria Luís Investidores gostam da troca de dívida no BCP. Ações sobem TELEVISÃO Os ministros Adjunto e do Desenvolvimento Regional e do Estado e das Finanças informaram o Conselho Geral Independente (CGI) do teto salarial para a nova administração da RTP, segundo fonte do gabinete de Poiares Maduro. O presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis, vai ganhar 10 mil euros por mês, um valor superior ao do seu antecessor no cargo, Alberto da Ponte, de acordo com um diploma publicado em Diário da República na sexta-feira passada. A mesma fonte explica que o Poiares Maduro, teve, naturalmente, conhecimento do processo processo teve lugar nas Finanças, e que o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, teve, naturalmente, conhecimento do mesmo. Em declarações ao Expresso, António Feijó, presidente do CGI, órgão de supervisão do Conselho de Administração da RTP, disse que tinha perguntado à tutela financeira que são o ministro Miguel Poiares Maduro e a ministra das Finanças [Maria Luís Albuquerque] quais eram os parâmetros para o salário do novo presidente da RTP, tendo sido respondido que até 10 mil euros era possível. Assim, Gonçalo Reis irá auferir uma remuneração mensal de 10 mil euros, e Nuno Artur Silva, vogal da administração, vai receber 7.390,29 euros sem despesas de representação. BANCA O Millenium bcp, liderado por Nuno Amado, pretende reforçar o rácio de liquidez e colocá-lo acima dos 10%. O anúncio de troca de dívida para reforçar capital foi anunciado no fnal do dia de sexta-feira e ontem os investidores reagiram muito positivamente. Depois de na semana anterior, o BCP ter marcado o período com o pior desempenho acionista desde o início de março, tendo perdido 13% numa única semana, o dia de ontem foi marcado pela espetacular recuperação dos títulos. As ações BCP fecharam a ganhar 5% para os 0,848 euros, O BCP lançou uma oferta pública de troca de dívida subordinada por ações e tem o objetivo de regressar ao resultado líquido ainda este trimestre. A operação anunciada de troca de dívida significará mais 0,7 pontos percentuais no rácio de solvabilidade. O banco vai ainda preparar o pagamento antecipado ao Estado de 750 milhões de euros.

5 terça-feira 21 de abril de internacional MEDITERRÂNEO EPA/IVAN CONSIGLIO Conselho Europeu avança plano de ação para imigração As ações incluem o reforço das operações de controlo das fronteiras da União Europeia no Mediterrâneo e a reinstalação de imigrantes entre os 28 países-membros. ARMANDA ALEXANDRE com Agências aalexandre@oje.pt Após o naufrágio de domingo ao largo da Itália, que fez pelo menos 700 vítimas, esta segundafeira naufragou mais um barco, ao largo da Grécia, de que resultaram pelo menos três mortos, e, próximo da Líbia, pelo menos duas embarcações se afundaram com mais de 500 pessoas a bordo. Mais de 20 pessoas morreram neste último incidente. Milhares de pessoas perderam a vida no Mediterrâneo ao longo dos últimos anos. Neste sentido, e após uma reunião de emergência realizada ontem, o comissário do Conselho Europeu, Dimitris Avramopoulos, apresentou um plano de 10 pontos com ações imediatas em resposta à crise na região do Mediterrâneo. São medidas diretas e substanciais que tomaremos para fazer a diferença no imediato. Todas estas ações exigem o nosso esforço comum, das instituições europeias e dos 28 Estados- -membros. Vamos apresentar estas propostas ao Conselho Europeu que se reunirá na quinta- -feira, numa sessão extraordinária, para discutir a situação no Mediterrâneo, afirmaram numa declaração conjunta Dimitris Avramopoulos e a Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini. O plano inclui o registo de todos os imigrantes através de um sistema de impressão digital, o retorno imediato de imigrantes irregulares aos países de origem, o reforço das operações de controlo das fronteiras da UE no Mediterrâneo com mais orçamento e equipamentos numa área de atuação mais ampla, e um esforço sistemático para capturar e destruir navios utilizados por contrabandistas. O plano prevê ainda encontros regulares entre instituições como a Europol, Frontex e Eurojust, a intensificação do diálogo com os países do Norte de Há a proposta de um programa piloto para a reinstalação de imigrantes nos 28 países-membros da UE África, entre outras ações com cariz de urgência. Dimitris Avramopoulos acrescentou ainda que houve uma proposta de um programa piloto para a reinstalação de imigrantes entre os 28 países-membros da UE. O plano será analisado esta quinta-feira pelos líderes europeus, na cimeira extraordinária convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Corpos das vítimas do naufrágio de domingo, desembarcados ontem em Malta. Adolescente de 14 anos detido no Reino Unido por suspeita de terrorismo SEGURANÇA Foi detido em Inglaterra um adolescente de 14 anos por suspeitas de participar numa organização terrorista na Austrália, dias após a polícia australiana ter detido cinco pessoas neste âmbito. O adolescente foi detido em Blackburn, no noroeste de Inglaterra, no sábado, por alegadamente instigar e preparar atos de terrorismo, informam as autoridades britânicas, acrescentando que as informações sobre estas supostas atividades terroristas foram transmitidas à polícia australiana. Descobrimos uma comunicação entre uma pessoa no noroeste de Inglaterra e um homem na Austrália, sobre o que cremos ser uma ameaça terrorista credível, disse a polícia britânica, que não facultou nem a nacionalidade nem os dados do detido. Estamos a trabalhar de forma estreita com a polícia na Austrália e queremos tranquilizar o público e dizer que não descobrimos qualquer ataque iminente ao Reino Unido. No sábado as autoridades australianas detiveram cinco pessoas que planeavam um atentado terrorista inspirado no autoproclamado Estado Islâmico durante a cerimónia do Dia de ANZAC, festa Na Austrália planeava-se um atentado inspirado no autoproclamado Estado Islâmico durante uma festa nacional nacional celebrada a 25 de abril pelos australianos e também pelos neozelandeses. Pelo menos três dos cinco detidos ficaram feridos na operação antiterrorista levada a cabo em Melbourne. Brasil lidera ranking mundial de ativistas ambientais assassinados RELATÓRIO Em 2014 foram assassinados 116 ambientalistas no globo, um recorde histórico, segundo a organização não-governamental Global Witness. O Brasil surge no topo da lista do relatório intitulado How many more? ( Quantos mais? ), divulgado ontem. De acordo com a entidade britânica, registaram-se duas mortes a cada semana, e só a América Latina concentrou três quartos dos casos. As mortes ocorreram em 17 países. O Brasil, com 29 homicídios em 2014, lidera o ranking mundial dos assassínios. Seguem- -se a Colômbia, com 25 mortes, as Filipinas com 15, as Honduras com 12 e o Peru com nove. A América Latina é considerada a região mais perigosa para a atuação de ambientalistas pela Global Witness. Em cada quatro mortes, três aconteceram no continente, com 87 casos. As mortes registadas em 2014 são 20% superiores face às verificadas no ano anterior. Honduras é considerado o país mais perigoso em termos de per capita. Nos últimos cinco anos este país da América Central reportou 101 homicídios de ativistas.

6 6 terça-feira 21 de abril de opinião Pedro Carvalho Responsável da Área de Responsabilidade Civil da Victoria Seguros Maria da Glória Ribeiro Managing Partner da Amrop A globalização e a responsabilidade civil produtos A importância de saber olhar para a concorrência de forma objetiva Num mundo eminentemente global e em que o mercado interno revela uma profunda anemia, as empresas portuguesas necessitam crescentemente de basear a sua atividade para a exportação. Esse desafio apenas poderá ser superado se, conjuntamente com a reconhecida qualidade do produto made in Portugal, forem concedidos às empresas os mecanismos necessários para defesa dos seus produtos perante os importadores/consumidores internacionais. Nesta perspetiva, os seguros de responsabilidade civil, nomeadamente os relativos a responsabilidade civil produtos, ao representarem uma segurança adicional para os consumidores, são fulcrais na conquista dos mercados externos, acompanhando o produto e a responsabilidade que possa ser imputada ao produtor nos países para os quais efetua a exportação, sendo hoje usual aquando de celebração de contratos de fornecimento ser logo exigido pelo importador/cliente ao produtor, o comprovativo da apólice de seguro de responsabilidade civil produtos. Acresce que com as alterações sucessivas aos clausulados das coberturas das apólices de responsabilidade civil produtos é atualmente possível abranger, através da subscrição de cláusulas adicionais, os danos causados a produtores intermédios, com cláusulas especificamente desenhadas para produtores cujos produtos não são colocados no mercado para o consumidor final, bem como as consequências pecuniárias da retirada de produtos do mercado, união e mistura, etc. Num mundo em constante mudança e em que a litigância e exigência do consumidor cresce exponencialmente, a não celebração de um contrato de seguro de Responsabilidade Civil Produtos por uma empresa é uma decisão que poderá colocar em causa a curto / médio prazo a existência da própria empresa, envolvida num processo de reclamação de danos em qualquer parte do mundo e perante uma legislação e jurisprudência que desconhece, agravado sempre se se trate de exportações para os mercados anglo-saxónicos. A não celebração de um contrato de seguro de Responsabilidade Civil Produtos é uma decisão que poderá colocar em causa a curto / médio prazo a existência da própria empresa Nos mercados atuais, em constante desenvolvimento torna-se necessário não só possuir um conhecimento aprofundado do nicho de mercado em questão mas também dos concorrentes. Revela-se importante olhar para os bons exemplos e para as melhores práticas utilizadas na concorrência ou seja, fazer o que se chama benchmark. Mas mais importante é fazê-lo de forma inteligente, fazendo uma observação criteriosa e analítica, com um mínimo de emoção e o máximo de objetividade, estando atento aos concorrentes e procurando inspiração naquilo que melhor fazem. Este processo deve motivar uma inspiração e não uma comparação ou imitação do que é feito na concorrência sob pena de penhorar uma sustentabilidade a longo prazo. Isto é, será um erro imitar, produzindo ou colocando no mercado artigos somente com a vantagem de preços de mais baixos, com este processo esmagam-se margens, criando uma situação de imediato maior market share, porém, comprometendo o futuro do negócio. Numa primeira fase deste processo de observação e análise da concorrência é necessário estar no mercado a trabalhar de forma humilde e lúcida, pois a prepotência e a perda de lucidez podem aproximarnos de estados paranóicos, de autovalorização excessiva que tolda a capacidade de ver de forma objetiva e analítica. Numa segunda fase é necessário trabalhar diariamente para ultrapassar a concorrência, com criatividade e disrupção, criando diferenciação. Muitas vezes a imitação com preços mais baixos faz crescer, como atrás referido, o market share mas provoca quebra das margens, o EBITDA poderá ser comprometido e caso não o seja será só temporariamente sustentado, ficando a médio e longo prazo esmagado. Assim, agir em conformidade com o que se pretende obter no imediato, sem atenção ao eco que essas decisões provocam é demasiado simples, primário e irresponsável e pouco sistémico. Por outro lado quando há inovação disruptiva, algo que se vê com frequência nos mercados tecnológicos, onde se podem encontrar vários e bons exemplos, essa inovação vinca e cria sustentabilidade, não só a curto-prazo mas permitindo uma continuidade organizacional e sistémica sustentável a longo-prazo, a todos os níveis, solidificando a empresa e o negócio. Sabendo-se a importância do talento, a força decisiva da dimensão humana numa organização é imperioso pensar-se na diferenciação da concorrência através da capacidade de atrair e gerir o melhor talento. O talento desenvolve-se e, sendo o resultado de um conjunto de skills que cada indivíduo é capaz de aportar fica dependente de um cuidado aproximado e constante de apoio ao desenvolvimento. Uma das áreas fundamentais de diferenciação e otimização em relação à concorrência é conseguir-se ter, dentro da organização, as melhores capacidades humanas, isto é o talento certo. Na sequência desse investimento poder-se-á esperar ter a capacidade interna para a inovação e para a análise crítica e estratégica do negócio. Concluindo: Não se pode estar fechado sem atenção ao que se passa lá fora, isto é, sem olhar para a concorrência, não podemos ser autistas, organizacionalmente falando, nem sofrer de paranóia, como atrás foi dito. - Através da BI (Business Inteligence) devemos ser capazes de uma análise objectiva dos concorrentes e ter um pensamento estratégico de forma a prevermos os next steps, tecnológicos de mercado ou outros. - De forma ÁGIL as pessoas e as organizações têm que ser disruptivas na criação de novos produtos, ideias e modelos de negócio e proativamente tentar ser vanguardistas. Uma das áreas fundamentais de diferenciação e otimização em relação à concorrência é conseguir-se ter, dentro da organização, as melhores capacidades humanas, isto é o talento certo

7 terça-feira 21 de abril de design EDITADO POR VÍTOR NORINHA RENAULT TWINGO SPORT TCE 90 - R&GO Tudo ao alcance de um toque no smartphone ou tablet naestrada DR O Twingo de 90 cv na estrada já se sabe: é rei. Mas o Twingo com a aplicação R&GO é senhor do mundo. A aplicação é intuitiva e coloca tudo no smartphone. DR TESTE Pode ser-se infoexcluído. Não importa. Para aceder a tudo o que a aplicação R&GO faz num Twingo basta ter um smartphone ou tablet. Basta colocar o aparelho no suporte para poder ouvir música do telemóvel, gerir os contactos, navegar com o rigor de um GPS de última geração, ou ser um condutor inteligente e usar as funções Driving Eco. Como fazer? Nada mais fácil do que transferir o R&GO, acedendo a uma loja online a partir do smartphone, instalando a aplicação e abrindo-a para a utilizar. A ligação é fácil, é via bluetooth e pode transferir a cartografia de um país e pode ter o melhor GPS. Este é o Renault Twingo, um carro pequeno, mas cheio de personalidade, com um look interior moderno e uma variada oferta de cores. Mas, aquilo que mais nos fascinou foi a agilidade. Aliás, a marca salienta o facto de o Twingo conseguir um raio de viragem de 4,3 metros, cerca de menos de 1 metro que os concorrentes. E como é que isso é possível? Está tudo no veio de direção, que está posicionado a montante das rodas dianteiras e associado a uma caixa de assistência montada na cremalheira. Isto permite um ângulo de viragem das rodas de 45 graus, em vez dos 30 graus que é a média dos carros deste segmento. Experimentámos o TCe 90 cv, A aplicação R&GO permite aceder às áreas de multimédia, comunicações, navegação e veículo A marca anuncia a periodicidade de manutenção em cada 20 mil quilómetros ou a cada ano que está equipado com uma direção de desmultiplicação variável e que é muito mais direta em curva, concilia o rigor da trajetória com uma grande manobrabilidade em meio urbano e com menos meia volta de volante que outras versões. O motor é excelente e equipa o novo Clio e o Captur, mas sofreu uma remodelação de 50% das peças. Os arranques são energéticos e o comportamento em meio urbano e em estrada é semelhante. O consumo misto anunciado pela marca é de 4,3 litros aos 100 Km, um nível próximo do que conseguimos. Esta economia é possível devido a uma válvula de descarga de gases de escape, a par do necessário start & stop, que funciona perfeitamente. A marca anuncia a periodicidade de manutenção em cada 20 mil quilómetros ou a cada ano. Um último pormenor para o capô curto e as rodas colocadas nos quatro cantos da carroçaria, o que permite otimizar o espaço. O interior é maior que a versão anterior, embora seja ligeiramente mais curto. Mercedes AMG Petronas vence no GP do Bahrain Duplo pódio para a equipa Mercedes AMG Petronas no Grande Prémio Bahrain com a vitória de Lewis Hamilton e o terceiro lugar para Nico Rosberg após uma corrida bastante disputada no deserto. Lewis Hamilton alcançou a sua 36ª vitória em Grandes Prémios e a 32ª para a Mercedes-Benz na F1 numa emocionante prova no Bahrain. Esta foi a sua 3ª vitória este ano em quatro provas decorridas na Ásia. Agora segue-se a Europa. Ambos os monolugares tiveram problemas com os travões no final da prova, algo que custou a segunda posição a Nico Rosberg. Diretor-geral da Nissan em Portugal nomeado vice- -presidente da Nissan Europa Guillaume Pelletreau, diretor-geral da Nissan Ibéria sucursal em Portugal, acaba de ser nomeado vice-presidente de Planeamento Corporativo da Nissan Europa, com efeitos a partir do passado dia 1 de abril. Guillaume irá reportar diretamente ao presidente e chairman da Nissan na Europa, Paul Willcox. Dress my Skoda a 24 de abril na Lx Factory Em colaboração com a EML (Escola de Moda de Lisboa Magestil), a ŠKODA lançou o Concurso Dress My ŠKODA, desafiando duas turmas daquela escola, que representam um total de 38 alunos, a conceberem peças contemporâneas subordinadas ao tema ŠKODA Fabia 3ª Geração. A iniciativa, que teve início no dia 19 de fevereiro, mobilizou amantes de moda, desafiando-os a interpretarem o novo Fabia de uma forma criativa, através de peças de moda. A prova final tem lugar na LX Factory, a 24 de abril, com a realização de um desfile. O júri será composto por Nair Xavier, Vanessa Marques e Maria João Vieira Pinto. ŠKODA promove 2ª edição do Prémio de Fotografia SNAP IT. Upload até 29 de maio O mundo que nos rodeia está repleto de detalhes que nos chamam a atenção. Reparar nesse mundo de pormenores e captá-lo no melhor ângulo é precisamente o desafio do Prémio de Fotografia SNAP IT by ŠKODA, nesta segunda edição subordinado ao tema O que te chama a atenção. Até dia 29 de maio, os participantes podem fazer upload das suas melhores fotos na plataforma do passatempo, em As fotografias serão posteriormente avaliadas por um júri, que irá eleger as três melhores. O painel de jurados é constituído por André Botto, fotógrafo profissional, Joana Clara, redatora da revista O Mundo da Fotografia, e António Caiado, diretor de marketing da Škoda. DR testesestrada Mercedes-Benz lança concept GLC Coupé Numa transição fluente, a Mercedes-Benz cria o seu próximo coupé: o concept GLC Coupé é um estudo aproximado de um veículo de produção, que transporta consigo a fórmula bem sucedida do GLE Coupé para um segmento mais compacto. O protótipo, com uma aparência vincadamente dinâmica, combina caraterísticas de design típicas de um coupé com o idioma de design puramente sensual das futuras gerações dos SUVs da Mercedes-Benz. Esta fusão emocionalmente apelativa é ainda mais enriquecida por detalhes com um forte carácter. Uma grelha do radiador com lâmina dupla, capô com design desportivo e um sistema de escape de quatro saídas, criam um contraste estético com a harmoniosa e quase natural secção principal da carroçaria. Os elementos robustos do segmento todo-o-terreno, tais como os pneus de grandes dimensões de 21 polegadas, as proteções dianteira e traseira do chassis, a maior distância ao solo e os estribos laterais, são indicativos do potencial desempenho. Um motor V6 com uma potência de 270 kw (367 cv) permite um desempenho altamente desportivo. Familiar dos modelos desportivos AMG, o motor biturbo de injeção direta é combinado com uma caixa de nove velocidades automática.

8 8 terça-feira 21 de abril de rh - mba EDITADO POR SÓNIA BEXIGA Com mandato até 2018 DANIEL TRAÇA É O NOVO DIRETOR DA NOVA SBE Daniel Traça acaba de ser eleito diretor da Nova School of Business and Economics (Nova SBE). Professor e diretor-adjunto da Nova SBE, desde 2009, já entrou em funções tornando-se assim no 1.º antigo aluno da escola a ocupar o lugar de diretor. Com 47 anos, licenciou-se em Economia na Univ. Nova de Lisboa, 1990, seguiu-se o doutoramento na Univ. de Colúmbia (NY), experiência de docente no INSEAD (França e Singapura) e na Solvay Brussels School (Bélgica) de 1991 a AESE EMPREENDEDORISMO PREMIADO O Agrupamento de Alumni da AESE e a Naves Sociedade Capital de Risco promoveram o seminário Empreendedorismo: o conceito e os factos, no qual Luis Lopes, vice CEO da Portugal Ventures, Francisco Carvalho, administrador da Naves SCR, Isabel Escarigo, Human Talent, Mauro Boneco, MyChild e Pedro Neto, Orizon-Vision foram oradores. No evento decorreu ainda a 1.ª edição do Prémio de Investimento Sustentável, promovido pela Associação Portuguesa de Capital de Risco PwC e a SRS Advogados. O prémio reconhece as sociedades de capital de risco com as melhores práticas de sustentabilidade. EF Education First LANGUAGE EDUCATION INNOVATION FORUM 2015 A EF Education First organizou a 2ª edição do Language Education Innovation Forum 2015, em Boston, EUA, contando com especialistas de 26 países. Roberto Carneiro, professor associado da Faculdade de Ciências Humanas da Univ. Católica Portuguesa e presidente do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa, foi um dos convidados. Esta edição ofereceu uma perspetiva sobre a sociedade global cada vez mais competitiva, onde cresce a necessidade de compreender outras línguas. MBA MBA em Portugal brilham lá fora e atraem cada vez mais Serão os rankings e as listas internacionais bitolas fundamentais para ditar o sucesso da oferta de MBA em todo o mundo? Pelo sim, pelo não, é de destacar a escalada que Portugal está a fazer. João Talone, CEO da Magnum Partners e ex-presidente da EDP; Paulo Fernandes, CEO da Altri; Luís Laginha de Sousa, presidente da Euronext Lisbon; António Castro Henriques, CEO da Soares da Costa Investimentos; Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco; e Gonçalo Félix da Costa, diretor-geral das Produções Fictícias são alguns A entrada neste novo ano ficou marcada, de forma bem positiva, pela revelação das posições que o nosso país ocupa agora em rankings mundiais e europeus em matéria de oferta de MBA. As boas novas passam particularmente por duas das ofertas disponíveis em Portugal. O The Magellan MBA foi considerado melhor programa de MBA no nosso país e ocupa agora a 21.ª posição do Eduniversal Best Masters ranking referente ao período 2014/2015. Aliás, para a consultora francesa Eduniversal, a casa mãe, a Porto Business School, é uma das melhores escolas de negócios da Europa e do mundo, e no âmbito desta sua análise, identificou razões suficientes para distinguir onze programas desta escola portuense. Entre os critérios de avaliação para a elaboração do ranking, que se debruça sobre 30 áreas de estudo, constam itens como a empregabilidade, o salário, a notoriedade do programa e a satisfação dos participantes. Ainda sobre esta onda de distinções, importa sublinhar que as pós-graduações em Comunicação Empresarial e em Gestão da Informação e Marketing Intelligence, ocupam a 13ª posição entre as melhores do mundo, nas respetivas áreas de estudo. Ainda na Porto Business School, o programa em Gestão de Vendas ocupa o 14.º lugar, entre os restantes programas desta área, ao nível mundial. Igualmente a marcar este novo ano, ficou a notícia de que o português The Lisbon MBA International subiu 16 posições no ranking do Financial Times, passado então a ocupar o 36.º lugar entre os melhores do mundo e assumiu a 13.ª posição no campeonato europeu. Este MBA português é fruto da parceria entre a Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica (Católica-Lisbon School of Business and Economics) e da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova School of Business and Economics), às quais se junta ainda um parceiro internacional: o norte-americano MIT Sloan School of Management. Desde que entrou para o prestigiado,e prestigiante, ranking do Financial Times, em 2013, o MBA português subiu 25 posições. Na Europa, está à frente de nomes dos sessenta mentores (todos diretores e CEO Alumni do The Lisbon MBA) que vão ajudar os atuais alunos do The Lisbon MBA Full Time a desenvolver a sua carreira, através do novo programa de mentoria deste MBA. Assim, este programa pretende ajudar os alunos a aperfeiçoar as competências que lhes vão permitir progredir, alargar a rede de contactos e beneficiar da experiência e ensinamentos dos DR como a Warwick Business School ou a Cass Business School, da City University, no Reino Unido, e em comparação com a listagem de 2014, subiu quatro lugares. Quanto a critérios que explicam este sucesso, passam pelo aumento salarial que permite, e pela distinção como 3.º melhor do mundo e o melhor da Europa no que diz respeito ao retorno de investimento. The Lisbon MBA lança programa de mentoring. Sessenta mentores entre os alumni mais influentes marcam presença MENTORIA Portugal tem feito um percurso de um só sentido nos rankings internacionais: sempre a subir mentores para ganhar um conhecimento realista e aprofundado em determinada área, indústria ou percurso de carreira. Para os mentores, a iniciativa permitir-lhes-á conhecer outros mentores da comunidade Alumni, ganhar novas perspetivas e expandir competências de mentoria, e contribuir para o desenvolvimento social e profissional da nova geração. Para Anabela Possidónio, diretora-executiva do The Lisbon MBA, através do estabelecimento de uma relação pessoal, baseada na confiança e respeito mútuos, a mentoria proporciona uma forma de apoio e de encorajamento que incentiva o mentorado a gerir a sua própria formação de forma a maximizar o seu potencial. No The Lisbon MBA, achamos muito importante acompanhar cada aluno, frisou ainda.

9 terça-feira 21 de abril de PUB

10 10 terça-feira 21 de abril de rh - mba TESTEMUNHOS A experiência dos MBAs portugueses no cluster de empresas mais ativo no mundo Oferta MBA em Portugal Conheça alguns dos programas existentes THE LISBON MBA Contactos: Nova SBE Campolide, Campus Campolide, Lisboa Telefone: Resulta da joint-venture entre a Nova School of Business and Economics e a Católica-Lisbon. Disponibiliza o The Lisbon MBA Part Time, (2 anos), em pós-laboral, custa 21 mil euros e tem candidaturas abertas até maio. O The Lisbon MBA International Full Time (1 ano), em associação com a MIT Sloan School of Management, custa 36 mil euros e as candidaturas decorrem até setembro próximo. FAST TRACK MBA GALILEU Contactos: Alcântara Rio, Rua Fradesso da Silveira, 6, bloco C Telefone: Destina-se a gestores de PME, chefes de equipa, novos gestores que queiram dominar conceitos de gestão e profissionais que aspirem a uma evolução/progressão de carreira. Conta com edições em Lisboa e Porto, numa carga horária de 112 horas, por 2800 euros. Os módulos lecionados são: Introd. à Gestão Empresarial, Finanças Empresariais e Controlo de Gestão, Vendas, RH, Marketing, Seminários. O final do MBA do ISEG guarda aquilo a que se costuma chamar de cereja no topo do bolo, isto é, permite um contacto na primeira pessoa com um ecossistema único, Silicon Valley. João Pedro Vaqueiro, aluno da 29 ª edição do MBA do ISEG, viajou até a Silicon Valley para ter contacto com Venture Capitalists, Business Angels, Empreendedores e Start-ups, tendo também a possibilidade de conhecer o meio académico local e perceber diferentes abordagens, e ainda ter acesso a fundadores de empresas como a NorthFace que: me transmitiram a sua visão inovadora. Destaco ainda as visitas a empresas como a Ideo, onde tive formação em Design Thinking, uma metodologia inovadora para desenvolvimento de projetos. Esta viagem permitiu-me perceber de uma forma muito clara que podemos ser muito mais empreendedores, não só através da criação de novas empresas, mas também inovando dentro das empresas onde trabalhamos. O facto do ISEG ser reconhecido pela sua excelência académica e ter ainda a possibilidade de interagir com um ecossistema empresarial com características diferenciadoras reconhecidas a nível mundial, como é Silicon Valley, foram os fatores que me levaram a optar pelo MBA do ISEG. Com formação em Gestão de Marketing, decidiu apostar em reforçar as competências técnicas para evoluir enquanto gestor, mas o MBA do ISEG sempre demonstrou também a preocupação de me fazer evoluir como líder, desenvolvendo a minha capacidades de liderança através de programas muito bem estruturados, como é exemplo o Programa de Liderança na Academia da Força Aérea. Para João Pedro Vaqueiro, atual Head of Retail & Customer Marketing, o MBA reforçou as suas competências técnicas, a capacidade de se auto-questionar e de ser mais exigente, dotando-o de uma capacidade de visão 360º sobre as empresas, tão necessária ao gestor atual. As visitas às empresas permitem sentir o espirito de Silicon Valley e a diversidade de atividades para lá das tecnológicas. Tendo por base a cultura de Silicon Valley, esta imersão dá-nos uma nova visão do sucesso, afirma Hugo Ribeiro, aluno da 30ª edição do MBA ISEG. As visitas às empresas permitem conhecer visões diversas do mundo dos negócios, desde as Venture Capital, passando pelas 100% criativas, até à aposta no empreendedorismo social, explicado com o verdadeiro espirito do sonho americano, em que se percebe o potencial de uma empresa poder ser lucrativa, tendo por base uma atividade social. Tivemos a oportunidade de ver o funcionamento de uma estrutura que tem por foco fazer o bem social com muito sucesso empresarial explica Hugo Ribeiro. A formação de uma semana em paralelo com a Universidade de São Francisco permite ter contacto com uma forma de ensino totalmente diferente. Os alunos saiem deste programa, com uma visão diferente do mundo das empresas, mais confiantes e com um know-how até então desconhecido. Trata-se de uma imersão numa cultura ímpar, desde a preparação para um verdadeiro elevator pitch em que os alunos são postos à prova com as suas ideias de negócio a verdadeiros investidores, passando por um workshop cheio de vida sobre formação e gestão de equipas, bem como o desenvolvimento de processos de inovação, em que se toma contacto com a receita de uma das empresas mais bem sucedidas no mundo. Para Hugo Ribeiro, licenciado em engenheira eletrotécnica e atual project manager, esta viagem representou um desafio constante, em que cada participante pretende retirar o máximo da experiência, pelos ensinamentos apreendidos, para a sua carreira, mas também para a sua vida pessoal. MBA ISEG Contactos: MBA&Doutoramentos Tefefone: MBA UPT - GESTORES PME Contactos: R. Dr. António Bernardino de Almeida, 541/619, Porto Telefone: THE MAGELLAN MBA - PBS Contactos: Av. Fabril do Norte, 425, Matosinhos Telefone: MBA EXECUTIVE - PBS Contactos: Av. Fabril do Norte, 425, Matosinhos Telefone: EXECUTIVE MBA INDEG Contactos: Avenida Professor Aníbal Bettencourt, Lisboa Telefone: EXECUTIVE MBA - AESE Contactos: Edifício Sede Calçada Palma de Baixo, Lisboa Telefone: Um programa criado para 18 meses, em part-time, com horário pós-laboral (três dias por semana), num regime modular da formação. O programa contempla uma semana de formação em Silicon Valley, O programa para Gestores de PME visa reforçar competências concetuais e humanas. Destina-se a profissionais de formação diversa, não sendo exigidas competências específicas. Tem uma duração de 150 Os candidatos à frequência deste MBA deverão ter licenciatura, experiência profissional mínima de 5 anos e domínio da língua portuguesa e inglesa. O arranque será a 27 de agosto, em full time, mas apenas atividades de treino outdoor, Alumni MBA - promoção networking alunos/empresas, acompanhamento da carreira e upgrade de formação. A propina é euros (preço especial até final de abril de ). horas, em pós-laboral e sábados, num custo total de 1500 euros. Este programa vai arrancar a 16 de outubro próximo e as candidaturas podem ser feitas a partir de 18 de maio até 22 de lulho. Podem candidatar-se a este MBA os detentores de uma licenciatura em escola superior reconhecida oficialmente. Os candidatos deverão ter experiência profissional mínima de 3 anos e falar inglês fluentemente. Com duração de 13,5 meses, full time, custo de 20 mil euros ( na 2ª fase de candidaturas). Arranca a 14 de setembro e a segunda ronda de candidaturas termina a 30 de junho. às sextas-feiras e sábados (podendo ser agendados outros dias da semana). Tem um custo de euros (com incrição na 2.ª fase será 21 mil). Inscrições fecham a 30 de abril e 1 de julho (segunda ronda). O EMBA é em part-time, dura 2 anos, e destina-se a profissionais com um contacto significativo com a atividade empresarial. Contempla sessões individuais com a Heidrick & Struggles, prevê um Curso de Liderança exclusivo na Escola de Liderança dos Fuzileiros e dá acesso ao grau académico de Mestre em Gestão. O custo é de euros, arranca em setembro de 2015 e termina em julho de Este programa destina-se a profissionais licenciados com mais de 5 anos de experiência e com talento empreendedor. Está dividido em seis trimestres multidisciplinares, com sessões de trabalho presenciais à sexta-feira de tarde e sábado de manhã. Decorrerá de outubro de 2015 a junho de 2017 e tem custo total de euros. Após a conclusão, os participantes adquirem condição de Alumni da AESE.

11 terça-feira 21 de abril de PUB rh - mba Sheraton Algarve e Pine Cliffs Residence recrutam talentos EXPERIENCE RECRUITMENT O Sheraton Algarve Hotel e o Pine Cliffs Residence, no Pine Cliffs Resort, em Albufeira, realizam o Experience Recruitment Day no dia 28 de abril, com o objetivo de recrutar talentos para a equipa, preparando a operação de verão e a reabertura do Sheraton Algarve Hotel, que terá lugar no mês de julho. Para dar resposta às exigências de um serviço de luxo, o Resort de cinco estrelas tem 110 vagas em aberto para Food & Beverage, Rooms & Residential, Fitness & Wellness e Leisure & Sports. Os interessados deverão enviar CV e carta de apresentação para: 00199HR@starwoodhotels.com. Novos mercados levam CilNet a abrir contratações TI A CilNet, tecnológica portuguesa que desenvolve serviços de engenharia na área das tecnologias de informação, está à procura de novos colaboradores: comerciais, pré-vendas e administrativos. De acordo com João Martins, board member da CilNet, a forte aposta que estamos a fazer em novos mercados, aliada aos novos negócios que concretizamos, criou-nos a necessidade de procurar colaboradores para dar seguimento a estes novos projetos. A CilNet está a passar por uma fase de mudança, com grandes objetivos para 2015, impulsionando a contratação. Para já, a tecnológica vai contratar cinco colaboradores mas a curto prazo voltará a contratar. PUB Engenheiros recorrem à Ordem para encontrar estágio PIPE Desde junho de 2014, quando foi oficialmente lançado, e até março de 2015, o PIPE Percurso e Integração Profissional do Engenheiro e Estagiário já recebeu a candidatura de mais de 80 jovens engenheiros à procura de estágio ou em situação de procura de emprego. Destes engenheiros, 59 são licenciados em engenharia civil, uma das áreas mais afetadas pelos problemas do desemprego e da precariedade salarial. O PIPE nasceu com o objetivo de dar resposta aos problemas de desemprego que cada vez mais afetam os profissionais de engenharia. Atualmente, e só na região norte, a Ordem tem registados 448 engenheiros de diferentes áreas em situação de desemprego. Ao abrigo deste programa de integração profissional, a Ordem dos Engenheiros (Região Norte) já conseguiu resposta para cerca de 30 dos candidatos e tem em curso os processos de colocação dos restantes. Sobre esta iniciativa importa frisar que está a ser promovido pela OERN, na região Norte, e em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Além de parceiros como o Publico.PT e o Expresso Emprego, o projeto conta com um conjunto de empresas disponíveis para integrar os candidatos e que incluem nomes como Nestlé, EGOR, GSR Alemanha, Colep, EMA Partners PSI Centro e Human Management Systems.

12 12 terça-feira 21 de abril de rh - mba PAULO BENTO, PRESIDENTE DO INDEG Prefiro ver um jovem português empregado no estrangeiro do que vê-lo desempregado em Portugal

13 terça-feira 21 de abril de rh - mba Quer seja nos conteúdos dos programas, quer seja na qualidade dos alunos e das universidades que os formaram, do universo português dos MBA destaca-se cada, vez mais, a qualidade, totalmente em linha com o cenário internacional, garante Paulo Bento, Presidente do INDEG-IUL (Escola de Gestão e Negócios do ISCTE. SÓNIA BEXIGA sbexiga@oje.pt Que leitura faz da atual oferta de MBA em Portugal? A oferta que existe em Portugal, na verdade, não é muito diferente da que existe em outros países. Mas o que acontece nalguns casos, deliberadamente ou não, é que ao público-alvo não chegam, de forma clara, as diferenças entre os MBA. Temos o MBA tradicional, que atualmente é para um público cada vez mais jovem, ainda que não fosse assim quando arrancaram. Há 10 ou 15 anos, os MBA eram para pessoas com muita experiência e hoje não é assim. São para pessoas com muito menos experiência. Por isso surgiram os Executive MBA, como o que temos aqui no INDEG. E de facto a nossa média de idades é de 39 anos. Fruto da globalização começaram a surgir os Global MBA. Ainda que muitas vezes não sejam bem Global pois têm lugar em duas geografias e o normal é serem três, pode considerar-se um MBA deste tipo desde que inclua entre 2 a 4 geografias. Cada vez mais, esta é uma resposta às necessidades ao nível da gestão de quadros médios e de topo. Diante desta oferta, o que acontece por vezes, é que até os próprios candidatos, porque não fazem o trabalho de casa como deve ser, não percebem a diferença entre estes programas. E os programas não são de todo comparáveis. Por exemplo, há uma pergunta típica que se faz em torno dos MBA: qual é a evolução salarial depois de a pessoa ter feito fazer um MBA? É frequente e é questionado pelo mundo inteiro. Num Executive MBA, na generalidade das vezes a pessoa não troca de emprego, quanto muito é promovida internamente. Porque, tal como acontece no nosso caso, essa pessoa não deverá ter mais de 39 anos. É claro que também há casos de mudança mas, na sua maioria, seguem uma lógica de promoção em que, por exemplo, a pessoa era responsável por Portugal e passa a ser pelo sul da Europa ou por assumir outras geografias, e por aí adiante. Ou seja, há todo um conjunto de perguntas em relação a alguns programas que não são perguntas, eu diria, razoáveis para o tipo de programas. Por natureza, os Executive MBA são programas mais locais, na língua dos próprios países e o número de nacionalidades dentro desses programas é muito inferior, muitas vezes é apenas uma. O que não acontece no Global MBA onde constam 15 a 20 nacionalidades num programa. Resumidas as tendências internacionais, eu diria que a oferta existente está ajustada ao mercado e está em linha mas há de facto alguma confusão porque os objetivos e os resultados práticos dos programas em tudo são diferentes. Em que patamar de qualidade coloca esta oferta? Considero que a oferta portuguesa, em termos de qualidade, é muito boa. Em termos relativos costumo dar sempre o exemplo da HEC, em Paris, que tem um orçamento superior ao orçamento de todas as universidades portuguesas. Tem de donativos, por ano, entre 60 a 70 milhões de euros, com seis ou sete doadores fixos que todos os anos repetem a doação de 1 milhão. E por isso é difícil comparar aquilo que não é comparável. Costumo dizer também que Portugal nos rankings internacionais está entre o 25.º e 50.º lugar. E normalmente estar nos primeiros 25 pode até ter a ver com corrupção ou algo assim... e estando em 28.º, como é o nosso caso, é estar dentro daquilo que é normal. O que é bom sobretudo porque não é por indicadores desse tipo. Mas, por outro lado, não é bom sermos o 3.º país em redes de autoestradas no mundo porque significa que temos estradas melhores do que aquelas que precisaríamos ter. E portanto, desse ponto de vista e olhando para a realidade portuguesa, os nossos programas e os nossos alunos estão em linha com aquilo que será expectável para um país periférico, com a nossa dimensão. Está a acontecer algo interessante, e nós mesmos estamos a fazer esse movimento, que passa por programas que apesar de tentarem atrair pessoas de várias geografias, Olhando para a realidade portuguesa, os nossos programas e alunos estão em linha com aquilo que será expectável para um país periférico e porque é incontornável o peso da língua portuguesa, nos levaram a uma triangulação: África, Portugal e Brasil, bem como a própria América do Sul, que é cada vez mais importante. Nós, e a concorrência, temos programas validados pela AMBA, entidade que acredita os MBA, e no nosso caso, apesar de a entidade acreditar por três ou quatro anos, somos reacreditados por cinco. O que demonstra a confiança da instituição. Fomos o primeiro programa a ser acreditado e o que foi acreditado mais rapidamente porque ao fim de da terceira edição já estava acreditado. E tudo isto para dizer que é reconhecido pela principal entidade internacional. Apesar de não podermos comparar um MBA português com um MBA de Harvard ou da HEC porque é profundamente injusto, é evidente que a qualidade está a ser reconhecida à semelhança do que acontece com as próprias universidades. Com frequência os melhores alunos portugueses são depois os melhores alunos lá fora. Lá fora, na melhor universidade de Finanças, em 2000 e 2001, os dois melhores eram portugueses. E falamos de um programa com 60 nacionalidades, cerca de 100 alunos. O que acontece é que nós, por razões económicas, não temos presença porque nestas situações eventualmente há 3 ou 4 portugueses mas há 15 chineses e mais outros tantos de outra nacionalidade. O que acontece é que não temos escala devido à dimensão do país. Mas não fazemos má figura na comparação internacional. Preocupa-o a questão apelidada de fuga de cérebros? Uma das minhas principais preocupações é o desemprego jovem que hoje, infelizmente, atinge números dramáticos nos países intervencionados. Apesar de, entre estes países, não estarmos assim tão mal. O que é dramático é que o desemprego jovem afeta pessoas de 30 a 35 anos que nunca tiveram aquilo que designamos por emprego. Já tiveram trabalhos, coisas muito precárias, e isto tem efeitos para a vida. Deixa cicatrizes em termos da autoestima, até mesmo na sua vida pessoal. O que faz com seja bem diferente das situações de desemprego, em que falamos de alguém que já trabalhou. Apesar de ser igualmente um drama, particularmente o desemprego de longa duração porque não existe uma boa idade para se estar desempregado. Mas do meu ponto de vista o desemprego jovem é o mais dramático. Porque chegar aos 35 anos e nunca ter tido um trabalho decente, eu diria remunerado de forma decente ou justa, deixará marcas para toda a vida. Por isso, prefiro ver um jovem português empregado no estrangeiro do que vê-lo desempregado em Portugal. Se nos orgulhamos de ter um Cristiano Ronaldo ou um António Horta Osório, porque é que não nos orgulhamos de outras coisas? Somos exportadores de jogadores de futebol e também somos exportadores de gestores. Por isso não me choca. Porque estas pessoas, de uma forma geral, têm desempenhos extraordinários lá fora e mudam a ideia que o exterior tem relativamente a nós. E essa ideia é fundamental para aumentar o investimento estrangeiro em Portugal, para o turismo e por aí fora. Mas isto é um processo. Se recuarmos há 40 anos, tínhamos um atraso em relação à Europa de 50 anos. Hoje é de 25 anos, e isto é mau? Não, o que nós fizemos foi extraordinário. O que nós temos é um problema de autoestima. Vou a Moçambique com frequência e é muito gratificante ouvi-los dizer que querem os portugueses e não os chineses porque os moçambicanos estão a chegar à conclusão que é melhor com os portugueses. E por muitas razões, para além das históricas. Temos também o exemplo do Brasil, a visão deles ainda é a de que o português é o padeiro ou o agricultor, aquilo que existia há 50 ou 100 anos mas que já não existe. Se no exterior começarmos a ser vistos como um país exportador de mão-de-obra qualificada, porque até aqui éramos um país exportador de mão-de-obra não qualificada, e parece que ninguém se preocupava com isso, tudo pode mudar. Prefiro que sejamos exportadores de mão-de-obra qualificada do que o contrário porque a prazo, os filhos dessas pessoas que emigram hoje, vão ajudar no nosso desenvolvimento. É claro que preferíamos que as pessoas qualificadas ficassem em Portugal mas entre ficarem e desempregados ou irem para o exterior e terem emprego, não tenho rigorosamente dúvidas nenhumas que é melhor assim. E acima de tudo prestigia-nos. Não é por acaso que um dos últimos CEO da Siemens disse que um conselho de ad- A oferta está neste momento a responder às necessidades do mercado? Que setores estão mais ativos? Os setores que mais precisam não são necessariamente os que mais alunos enviam ou vêem buscar a estes programas. Mas aqui há algo incontornável: os setores mais ricos são aqueles que têm uma maior presença porque são programas relativamente caros. Ainda que caro e barato também seja relativo são programas onde o montante a investir é muito superior a outros tipos de programas. Por isso veem da banca, consultoria, energia, caminhos-de-ferro, setor farmacêutico, entre outros. Se olharmos para as empresas do PSI20, elas são os principais fornecedores de alunos e depois os principais clientes à saída. E isto porque as PME não têm condições para se financiar, ainda que o financiamento normalmente não seja a 100%, vai de 10 a 90%, e há casos onde é 90%, mas o normal é que ande entre 50% e os dois terços. E uma PME não tem condições financeiras para financiar e nem tem depois as condições para reter quem está neste tipo de programas. ministração ideal teria seis alemães e um português. Temos algo único e que temos de valorizar para superar esta falta de autoestima que habitualmente temos. E por isso não vejo isto como dramático. Muitos deles voltarão, outros tantos não mas ficarão por lá mas sempre a representar Portugal. Mas na fuga de cérebros, o país que o melhor tem aproveitado, nos últimos 50 anos ou mais, são os EUA. Líderes na atração de cérebros ainda que a Alemanha, neste momento, também estar a fazê-lo e muito bem. E aqui, fazendo o paralelismo com o desporto e o futebol em particular, nós não conseguimos competir. Mas eu sou daqueles que acho que quando se regressa, e eu sou um desses casos, presta-se um melhor serviço. A experiência só enriquece.

14 14 terça-feira 21 de abril de rh - mba PUB David Carvalho Martins Docente universitário e advogado responsável pelo departamento de Direito do Trabalho da Gómez-Acebo & Pombo em Portugal Ana Redondo Diretora do LEAP Inês Garcia Beato Advogada do departamento de Direito do Trabalho da Gómez-Acebo & Pombo em Portugal Promoção da natalidade em debate no Parlamento Nas últimas semanas, a discussão de políticas públicas de promoção da natalidade tem sido objeto de atenção redobrada. Com efeito, está em discussão no Parlamento um conjunto amplo de medidas que visam a promoção da natalidade. Para os trabalhadores em funções públicas, propõe-se uma nova modalidade de horário de trabalho designada de meia jornada que consiste na redução em 50% do período normal de trabalho a tempo completo. O trabalhador mantém o direito a 60% do montante da remuneração que auferia, não sendo prejudicado na antiguidade. São elegíveis os trabalhadores (i) com 55 anos ou mais à data em que requeiram a meia jornada e com netos menores de 12 anos ou (ii) com filhos menores de 12 anos ou com deficiência ou doença crónica independentemente da idade. O superior hierárquico deve fundamentar, por escrito, a decisão de indeferimento. Quanto aos trabalhadores do sector privado, estão em debate restrições à flexibilização dos horários de trabalho, nomeadamente: (i) o trabalhador com filho menor de 3 anos de idade só ficará abrangido pela adaptabilidade ou pelo banco de horas grupal (i.e., alargamento unilateral do regime a trabalhadores não abrangidos) quando manifeste, por escrito, a sua concordância; e (ii) o banco de horas individual, estabelecido atualmente por acordo entre o empregador e o trabalhador, pode passar a depender de previsão em instrumento de regulamentação coletiva (ex.: acordo de empresa). Podemos destacar, ainda, as seguintes propostas: (i) a mãe e o pai trabalhadores poderão partilhar, separada ou simultaneamente, a licença parental inicial de 120 ou 150 dias; (ii) a licença parental exclusiva do pai será alargada de 10 para 15 dias úteis, seguidos ou interpolados; (iii) o trabalhador com responsabilidades familiares que opte pelo trabalho a tempo parcial ou em regime de horário flexível não poderá ser penalizado na progressão na carreira; (iv) o agravamento da responsabilidade contraordenacional pela violação do dever de comunicação da não renovação do contrato de trabalho de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE); e (v) a atribuição do direito a exercer funções em regime de teletrabalho ao trabalhador com filho até 3 anos, desde que compatível com a sua atividade. Ainda neste âmbito, propõe-se a exclusão do acesso a subsídios e subvenções públicas das empresas condenadas por sentença transitada em julgado por despedimento ilegal de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante. Estas sentenças devem ser comunicadas pelos tribunais à CITE. Por último, está em discussão a criação da Comissão Especializada Interdisciplinar Permanente para a Natalidade no seio do Conselho Económico e Social órgão de consulta e concertação no domínio das políticas económica e social, constitucionalmente previsto, a qual será responsável pelo desenvolvimento de um conjunto de atividades que favoreçam a adoção de medidas a favor da família e da natalidade em Portugal. Acreditamos que o Conselho Económico e Social, cujo presidente é eleito pela Assembleia da República, bem como as comissões de trabalhadores, as associações sindicais e as associações de empregadores tenham sido (ou venham a ser) consultados sobre estas propostas e que, dessa forma, possam contribuir para o enriquecimento do debate sobre estes temas. Não podemos deixar de manifestar algumas dúvidas sobre a resolução da questão da natalidade por decreto com medidas laborais pontuais, sem uma recuperação económica que permita a criação de emprego de forma sustentada e sólida. Facilitar o sucesso O LEAP é um centro de escritórios e plataforma de desenvolvimento empresarial onde as PME encontram todas as ferramentas necessárias ao seu desenvolvimento e crescimento, tanto ao nível do espaço físico e serviços de apoio, como na formação individual e empresarial. O LEAP Center foi criado tendo por base uma oferta de valor distintiva e inovadora no mercado nacional. Assenta numa lógica de racionalização de custos e da utilização de espaço, através da partilha de áreas e de serviços comuns, com localização premium. A nossa preocupação é proporcionar às empresas residentes um espaço com todas as condições e serviços que facilitam o seu sucesso. Estes serviços passam pela infraestrutura - como a receção e o atendimento telefónico - assim como pelos serviços especializados - como a contabilidade, a informática, o apoio jurídico ou o marketing - que garantem um melhor apoio à gestão operacional da empresa, refere Ana Redondo, diretora do LEAP, salientando ainda que no fundo, o que pretendemos é ajudar as empresas a dar o salto. As empresas procuram boas condições e custos racionalizados e o LEAP tem a capacidade de os proporcionar, com a vantagem de acrescentar ainda outra excelente mais-valia: o networking. O LEAP disponibiliza os seguintes serviços aos seus clientes: escritórios, escritórios virtuais, cowork, salas de reunião e formação e auditório. Considerando que o capital humano das empresas deve ser capaz de responder aos desafios colocados por um mercado de trabalho em permanente desenvolvimento e mudança, a equipa de gestão do LEAP procura as soluções mais adequadas respondendo às necessidades e exigências de cada empresa. Relativamente a custos, Ana Redondo refere que a nível financeiro os benefícios são evidentes, por proporcionar serviços que, por serem partilhados, têm um custo reduzido, como é o caso do atendimento telefónico personalizado e receção de clientes, a utilização de salas de reunião equipadas, áreas comuns, copa, a eletricidade e por aí fora... Estes são exemplos simples de custos pesados para uma empresa que tenha de os suportar sozinha. A localização e as acessibilidades são dois aspetos altamente valorizados pelas empresas que, cada vez mais, precisam de soluções práticas e económicas. Acreditamos que, para além dos serviços que o LEAP proporciona, toda a envolvente e ambientes são fundamentais para que este seja um centro de escritórios atrativo. - fundamenta Ana Redondo. O LEAP auxilia o desenvolvimento das micro e pequenas empresas recém-criadas ou já em operação, que procuram a modernização das suas atividades para transformar ideias em produtos e processos em serviços inovadores. Neste sentido, criaram recentemente a iniciativa Enjoy LEAP para oferecer aos empresários a experiência de trabalharem no LEAP e usufruírem do conceito de centro de escritórios. Só experimentando conseguem valorizar a gama de produtos e serviços ao dispor no LEAP. Estamos certos que por se associarem apenas 1 dia à marca e aos valores do LEAP, as empresas terão assim oportunidade de avaliar no terreno a possibilidade de ver reduzidos os seus custos de gestão diária, valorizar a mobilidade dos seus colaboradores e também valorizar e ver reforçada a notoriedade da empresa e sua credibilidade no mercado., justifica Ana Redondo Recentemente, o LEAP desenvolveu um conjunto de parcerias com entidades de prestígio em vários setores de atividade, nomeadamente na área financeira, comunicação, publicidade e marketing, consultadoria, entre outras, que visam disponibilizar aos clientes todas as ferramentas de que necessitam para fomentar o empreendedorismo nas suas empresas, principal fator promotor do desenvolvimento económico e social do país. Com estas parcerias, o LEAP pretende contribuir para que o cliente identifique oportunidades, as possa agarrar e tenha ao seu alcance um conjunto de recursos visando transformá-los num negócio lucrativo. Para todas as empresas que pretendam apostar na formação, o LEAP reúne no cartão LEAP Prestige um conjunto de vantagens e descontos que vão desde os 10% aos 30%, imediatamente aplicáveis desde a primeira reserva, conseguindo desta forma apostar na formação individual e empresarial. O LEAP Prestige é um cartão de fidelização para clientes que utilizam as salas de formação ou o auditório do LEAP, cujos descontos são acumuláveis. O LEAP tem demonstrado ser uma aposta ganha no seu setor de atividade pelo que, presentemente, se analisa a possibilidade bem como a viabilidade de expandir este negócio para outras localidades no país. São as empresas em início de atividade ou empresas com estrutura reduzida que optam pelo LEAP. É também procurado por muitos profissionais independentes para solucionar o problema de isolamento inerente ao home office. A carteira de clientes LEAP é vasta e o mercado nacional é o target principal, contudo é já notória a procura dos serviços do LEAP por clientes de nacionalidade estrangeira. Temos já clientes espanhóis, franceses, dinamarqueses, angolanos e colombianos, salienta a diretora Ana Redondo. A nossa preocupação é proporcionar às empresas residentes um espaço com todas as condições e serviços que facilitam o seu sucesso

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