Teoria Geral dos Contratos 5º semestre 2013

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Teoria Geral dos Contratos 5º semestre 2013"

Transcrição

1 Teoria Geral dos Contratos 5º semestre 2013 Apontamentos de aulas por José Roberto Monteiro 07/02/13 Conceito de Contrato Contrato é o feixe de obrigações com o fim de criar, modificar ou extinguir um direito. (Clóvis Beviláqua) Acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos Contratos X Obrigações A lei e os contratos são fontes de obrigações. (Carlos Roberto Gonçalves) O contrato é a mais comum e a mais importante fonte de obrigação, devido às suas múltiplas formas e inúmeras repercussões no mundo jurídico, sendo a fonte da obrigação o fato que lhe dá origem. Os fatos humanos que o Código Civil brasileiro considera geradores de obrigações são: 1) Os contratos; 2) As declarações unilaterais de vontade; 3) Os atos ilícitos, dolosos e culposos. Natureza Jurídica (Carlos Roberto Gonçalves) O contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende para a sua formação de pelo menos duas partes. É, portanto, um negócio jurídico bilateral ou plurilateral. 1

2 Esquema da natureza jurídica dos contratos Naturais Ordinários (nascimento, morte...) Extraordinários (terremotos, enchentes...) Acontecimentos Ato jurídico (stricto sensu) Lícitos Unilateral Atos humanos Negócio jurídico Ilícitos Bilateral Todos os contratos são negócios jurídicos bilaterais. Mas há contratos unilaterais. 2

3 Ato jurídico: tem efeito jurídico que decorre da lei. Quando se muda de endereço, se muda de domicílio. Negócio jurídico: é o ato que se pratica com uma finalidade. Como em fazer um testamento, o efeito decorre da vontade. O testamento é um negócio jurídico unilateral, uma vez que tem validade mesmo que não haja concordância, mesmo que haja renuncia posterior. O testamento não é um contrato. O contrato é bilateral quando às prestações, correspondem contraprestações. Dirigismo contratual: o Estado intervindo na autonomia da vontade para proteger a parte mais vulnerável. 14/02/13 Princípios Gerais Normas Princípios Regras Autonomia da vontade Com quem - Liberdade de contratar O quê Conteúdo. Predisposição das cláusulas Como nos contratos de adesão Há limitação quanto ao conteúdo - Limitações. Monopólio. Oligopólio Não há como escolher com quem - Autonomia privada liberdade de contratar dentro de certas balizas, limitada às normas cogentes. Função social dos Contratos (Art. 421, Código Civil) Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. - bem comum - desafia a autonomia da vontade 3

4 Consensualismo - declaração convergente, não necessariamente por escrito (Art. 107, Código Civil) Art A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. - Contrato de adesão também há Consensualismo Igualdade entre as partes Formal Abstrata - Hipossuficiência econômica de conhecimento - Há ferramentas jurídicas para corrigir eventual hipossuficiência econômica ou de conhecimento dirigismo contratual reequilíbrio Intangibilidade - Conservação dos contratos Pacta sunt servanta - Preservação dos interesses Igualdade entre as partes - Mutabilidade Total Extinção do contrato Parcial Aditamento Revisão judicial (iníquo ou injusto) Iniquidade: qualidade do que é iníquo, contrário à justiça (Houaiss) Erro no contrato: vício, dolo, fraude, etc. Ações que postulam revisão Revisão judicial Exemplo: Contratos de leasing balizados em dólar, foram alvo de ações revisionais quando o dólar subiu, tornando esses contratos desequilibrados. 4

5 Princípio da Atração das Formas Se um contrato foi feito por escrito, o aditamento também será por escrito Se foi lavrada uma escritura, o aditamento também deverá ser por escritura. Relatividade dos efeitos - Oponibilidade interna res inter alios inter pars Externa exceção ao princípio da relatividade dos contratos por envolver interesse de terceiros. Boa fé objetiva Lealdade Necessidade de respeitar os interesses da contraparte - Princípio introduzido no Código Civil de 2002, por inspiração do diploma alemão e influenciado em seu caráter axiológico pela Teoria Tridimensional do Direito, do Prof. Miguel Reale. Art Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. 19/02/13 Classificação dos contratos Obrigações Unilateral: doação pura uma parte assume a obrigação Bilateral: sintagmática ambas as partes assumem a obrigação Onerosidade Gratuitos ou benéficos: só uma parte dispende patrimônio Onerosos: as duas partes dispendem patrimônio Risco Aleatório: contrato de risco, as contraprestações não estão claras no contrato. Exemplo: Seguro Comutativo: as prestações das partes são claras no contrato 5

6 Eficácia Consensual não depende da tradição, da entrega. Basta a convergência de vontades para ter contrato. Exemplo: Locação, o contrato existe mesmo antes da entrega da posse do imóvel. Real (res=coisa) Exemplo: mútuo (bens fungíveis), só existe quando o mutuante entrega a coisa ao mutuário; também no comodato (bens infungíveis) e doação. Por isso a possibilidade de arrependimento até a tradição Forma Não Solene / Informal Solene: para cuja validade a lei indica forma específica. Procuração é um contrato de transferência de poderes Previsão Legal Típicos ou nominados: Esta na lei, no CC, etc. Atípicos ou Inominados - não há previsão legal Instantânea: As obrigações se consumam imediatamente Execução Diferida: uma das obrigações é postergada para um momento futuro. Ex. fiado (sanduiche de metro: pega amanhã) De Trato sucessivo: Perdura no tempo. Exemplo: locação Prazo Determinado Indeterminado. A denúncia vazia do contrato e a resilição são permitidas nos contratos de prazo indeterminado Dependência Principal: não depende de outros, tem vida própria. Acessória: depende de outro contrato. Exemplo: Fiança. Pessoalidade Objetivo Personalíssimo: intuitu personae não pode ser terceirizado, delegado a terceiro. Ex. Fiança, banda musical. Impessoal Preliminar: coloca as condições para estabelecer o definitivo. Ex. Compromisso de compra e venda de imóvel. Definitivo 6

7 Predisposição das Cláusulas Adesão: tem previsão de clausulas Paritário: acordo de vontades 21/02/13 Formação dos Contratos Art A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Art Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Art A oferta ao público equivale à proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Fases 1. Negociações Preliminares 2. Proposta/Oferta 3. Contrato Preliminar 4. Contratos Definitivos Não é obrigatório passar por todas as fases. Ex. Adesão Negócio preliminar configura contrato? Não, Por que ainda não há declaração de vontade das ambas as partes. 7

8 1. Negociações preliminares - Estudar objeto/ interesse - Reuniões presenciais (também por telefone, videoconferência), quando a contraparte pode reagir no exato momento. - Convergência de valores - Minuta - Previsão legal Não esta no CC - Responsabilidade Civil? Sim, extracontratual - Não obriga os proponentes, não vincula à celebração de contrato Formação do contrato Direta: Vai direto ao contrato definitivo. Indireta: Passa por mais alguma fase. 2. Proposta Presente (telefone, videoconferência, chat, etc.) Ausentes Proposta é a declaração unilateral formal dirigida a outra pessoa (solicitante) na qual o emissor ou policitante (proponente) se dispõe a celebrar negócio jurídico nos termos por ele elaborado. A proposta vincula o proponente a negócio preliminar? Sim. Exceções - Termos do contrato Art. 427, Código Civil. Art A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. - Natureza do negócio - Circunstâncias do caso Art. 428, Código Civil Art Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Retirada da Proposta Art. 428, IV, Código Civil. 8

9 22/02/13 Formação dos Contratos (fases 1, 2, 3 e 4 continuação) Oferta / Proposta No caso do CDC (Arts. 35 a 40) obriga a cumprir. No Código Civil assume perdas e danos. Aceitação da Proposta (Arts. 427, 428, Código Civil) Conceito Conhecimento Tardio Proponente Oblato, a outra parte, o aderente, aceitante Oblato é considerado, pelo direito, como a pessoa a quem é direcionada a proposta de um contrato, que será aceita ou não, dependendo da sua manifestação de vontade. A expressão é sinônimo de aceitante ou aderente, normalmente utilizada em contratos de adesão. A manifestação de aceitação do oblato é necessária ao aperfeiçoamento do contrato, mas consiste somente na aceitação ou não das cláusulas contratuais já propostas e de autoria exclusiva do policitante, uma vez que não são suscetíveis de alteração. No artigo 427 do Código Civil de 2002 vemos a figura do proponente, e, a quem é direcionada a proposta, chamamos de oblato. disponível em < >. Acesso em 13 de abril de 2013 Conhecimento Tardio A parte não colocou prazo para proposta, ou se colocou foi tardio. A lei determina, que se a proponente recebe de forma tardia a aceitação da proposta por força maior, ele deve fazer saber ao oblato a aceitação tardia e sua desvinculação. Art Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. Contraproposta - Aceitação Fora do prazo - Com adições Art A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. Policitante Policitado Proponente Oblato 9

10 Formas de Aceitação - Expressa: Escrita, verbal, gestos. - Tácita: não é quem cala consente. É ação em direção ao proposto, comportamento. Necessidade Costume de aceitação não expressa. Art Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. Momento e lugar da formação do contrato. Momento Presentes: quando a proposta recebe a aceitação do oblato Ausentes: no momento em que o oblato manifesta a sua vontade. Art Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado. Exceções 1. Retratação, junto, ou antes. 2. Proponente se comprometer a esperar 3. Fora do prazo convencionado. Lugar de formação Determina a lei de regência. Art. 9 o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. (...) 2 o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Formação dos Contratos (fases 1, 2, 3 e 4 continuação) 3. Contrato Preliminar Art O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. - Feito com intenção de gerar a obrigação de celebrar um contrato futuro. (pré-contrato, compromisso, etc.) Maria Helena Diniz e Carlos Roberto Gonçalves dizem que o compromisso de venda e compra não é contrato preliminar. 10

11 Requisitos Essenciais do contrato preliminar - Partes Capazes - Objeto lítico, possível, determinado ou determinável. Art A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. - Não. Pq não há forma prescrita em lei. - Forma - o Código Civil não se preocupa com a forma Portanto, o princípio da atração da forma, não se aplica. Espécies Unilateral Contrato de opção: estabelece a opção de comprar ações a um preço pré-determinado. Só quem tem a opção pode exercer o contrato. Bilateral Ambas as partes podem exigir um do outro o cumprimento das obrigações. Registro Art Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. Móvel RTD (registro de títulos e documentos). Súmula 239 STJ (anterior á lei) O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis. Mas, compromisso de compra e venda para muitos doutrinadores não é contrato preliminar. Então, a súmula vale! Súmula 413, STF O compromisso de compra e venda de imóveis, ainda que não loteados, dá direito a execução compulsória, quando reunidos os requisitos legais. 11

12 28/02/13 Formação dos Contratos (fases 1, 2, 3 e 4 continuação) 4. Contratos definitivos - Encontro de vontades - Autonomia privada - Contrato aperfeiçoado gera responsabilidade civil contratual Art Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Art Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Art Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. Art Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. Art O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. Interpretação dos Contratos - Declaração da vontade - Intenção Em qualquer fase: negociação preliminar, proposta, contrato preliminar, contrato definitivo. Na Formação declaração vontade (escrito ou verbal) Intenção. Nem sempre a intenção foi bem traduzida na declaração de vontade Interpretação Contratos: Resgatar a intenção, se não foi clara por... Expressões dúbias Omissões Obscuridade Finalidade: o bem. Aplicar o contrato também à luz da doutrina e jurisprudência 12

13 Destinatários: as partes Linhas de Interpretação Subjetiva: Reestabelecer a intenção Objetiva: a letra fria, as cláusulas. Princípios - Boa-fé Objetiva - Conservação do contrato (uma cláusula não pode ir conta o espirito do contrato) Exemplo: Doação com clausula onerosa. - Equilíbrio: buscar sempre o equilíbrio das partes. Situação Brasileira: Híbrido: Subjetivo + Objetivo (com carga maior na interpretação subjetiva) Dispositivos Legais Código Civil - Mais a intenção na declaração de vontade que o sentido literal Art Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. - Boa-fé, usos e costumes Art Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. - Adesão: havendo cláusulas ambíguas, favorável ao aderente. Art Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. -Testamento Art Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador. (testador é quem faz o testamento) - Negócios Gratuitos Art Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente - Negócio jurídico sobre direitos autorais Lei 9.610/98 - Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais Art. 46, CDC. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance. 13

14 Regras Hermenêuticas Hermenêutica: conjunto de regras e princípios usados na interpretação do texto legal (Dicionário Eletrônico Houaiss) - No conjunto, nunca cláusulas isoladas. - Cláusulas dúbias em benefício de quem não escreveu. - Exemplos orientadores da hermenêutica (pouco usado, mas muito útil). Integração Interpretação integrativa Situação superveniente gera deficiência contratual. Exemplo: Índice de correção monetária por IGP-M. Se deixa de existir, pela integração se aceita outro índice que reflita a inflação. 05/03/13 Contratos Bilaterais Formação: sempre bilateral Negócio jurídico bilateral Prestações Unilateral: prestação só de uma parte. Bilateral: prestação nos dois sentidos. Crítica Prestações correspectivas Prestações a cargo de uma só parte A doutrina italiana estuda os contratos de prestações correspectivas ou de uma só parte. Bilaterais = sinalagmáticos Bilaterais imperfeitos ou impróprios: na origem são unilaterais, mas por uma particularidade do negocio, a outra parte também passa a ter obrigações. Unilaterais clássicos: doação pura, mútuo, comodato. Doação Onerosa Comodato oneroso Bilaterais imperfeitos Sinalagma diz respeito a uma correspondência nas prestações. As contraprestações tem correspondência direta. Há sempre nos contratos bilaterais puros, não nos imperfeitos. 14

15 Contratos Plurilaterais - com fiador - compra e venda com mais de duas partes - Consórcio - Clubes Exceções do contrato não cumprido: só aplicam aos contratos bilaterais exceptio non adimpleti contractus Art Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Art Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. Exceção - Processual. Exemplo: Vínculo com parte. - Substancial ou Material: não tem natureza processual, é defesa de mérito. Conceito Art Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Efeitos: suspensão da execução do contrato Fato impeditivo: - Entregou R$ ,00 para a confecção de roupas - em 30 dias não entregou -Convenção de condomínio? Não -Inadimplemento escolar? Sim Cláusula Resolutiva Expressa: está no contrato e opera de pleno direito Tácita: não está no contrato, depende de interpelação judicial. Art A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. Art A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. Cláusula Resolutiva Tácita 15

16 Causas Voluntárias: Imprudência, Negligência, Imperícia. Involuntárias: Caso fortuito, força maior. Outras causas de extinção. Distrato ou resilição. Denúncia. Revogação. Renúncia. Onerosidade excessiva. Rescisão. Resolução. Distrato Resilição Art O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. (Princípio da atração das formas) Em contratos de locação, em que não forma prescrita em lei, mesmo que o contrato tenha sido escrito, o distrato pode ser verbal Art A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Bilateral Distrato ex tunc mesma forma, sem indenização Resilição Desfazimento do contrato pela vontade das partes Unilateral Denúncia ex nunc Denúncia Revogação faculdade de quem outorga Renuncia faculdade de quem é outorgado Cheia: motivada fundamento em lei, não há indenização. Vazia: imotivada sem fundamento em lei, há indenização. Onerosidade excessiva Art Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Art A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato. 16

17 Ao longo do contrato, uma das premissas se alterou de forma desequilibrada. Rebus sic stantibus como exceção ao pacta sunt servanta Rebus sic standibus fundamenta a Teoria da Imprevisão que constitui uma exceção à regra do Princípio da Força Obrigatória dos Contratos. A Teoria da Imprevisão trata da possibilidade de que um pacto seja alterado, a despeito da obrigatoriedade, sempre que as circunstâncias que envolveram a sua formação não forem as mesmas no momento da execução da obrigação contratual, de modo a prejudicar uma parte em benefício da outra. Há necessidade de um ajuste no contrato. Rebus sic stantibus pode ser lido como "estando as coisas assim" ou "enquanto as coisas estão assim". Em termos contratuais significa dizer que o contrato será cumprido rebus sic stantibus (estando as coisas como estão).. Rescisão. É sempre judicial, o juiz declara o contrato terminado. Art Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.. Resolução. Fato superveniente que libera as partes do contrato - Impossibilidade física ou jurídica - Caso fortuito ou força maior - Morte - mors omnia solvit - Prescrição e decadência 12/03/13 Efeitos do contrato perante terceiros Principio da relatividade dos efeitos - Em regra o contrato só gera efeitos para as partes, não para terceiros. - Terceiros: estão fora da relação obrigacional que o contrato vincula. - Terceiros interessados: podem ser beneficiados pela relação contratual exceção ao princípio da relatividade dos efeitos. - Meramente Terceiros, não tem nenhuma relação com o negócio. 17

18 Estipulação em favor de Terceiro Art O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art Art Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. Art O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. Modalidade de beneficiamento de terceiros em que as partes concordam em estender a terceiro de certa forma, os benefícios do contrato. Exemplo: seguro de vida, o beneficiário é o terceiro. O estipulante é quem contrata o seguro, o promitente é a seguradora, o terceiro é beneficiário. Estipulante Promitente Beneficiário Relativiza-se o principio da relatividade dos efeitos. Se no contrato as partes não tiverem dado ao beneficiário a faculdade de executar a obrigação, ele pode ser exonerado por aditamento. Se sim, não. Na estipulação em favor de terceiro, uma parte chamada estipulante - contrata em seu próprio nome com outra parte chamada promitente que por sua vez se obriga a cumprir determinada prestação em favor de um terceiro o beneficiário. Promessa de Fato de Terceiro Art Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Art Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. Contrato por outrem Perdas e danos Cônjuge: se o cônjuge não assinar fiança, não responde. Na promessa de fato de terceiro, o único sujeito vinculado à obrigação é aquele que promete assumindo a obrigação de fazer, que não sendo executada, resolve-se em perdas em danos que deverão ser satisfeitos pelo promitente. 18

19 Vícios Redibitórios Vício? Defeito? Instituto aplicado aos contratos comutativos (contraprestações bem definidas) e doações onerosas. Defeito Qualquer situação que pode tornar a coisa inútil para sua finalidade ou reduzir seu valor.. Se reduz apenas o valor, não redibe, não anula, só enseja correção Vício Redibitório É um instituto do direito contratual relacionado à existência de um defeito oculto no bem objeto de contrato comutativo ou doação onerosa do qual a adquirente ou donatário não poderia tomar conhecimento quando efetuou o negócio e que prejudique seu uso/ destinação, ou diminua-lhe o valor. É, portanto uma garantia legal que protege o adquirente independente de previsão contratual. Proteção cogente. Compra de uma tela de pintura, um quadro. Vício Redibitório Erro Tinha fungos. Não era possível perceber Requisitos para Vício Redibitório Não era original. Falsa percepção da realidade no momento do contrato. - Contrato comutativo ou doação onerosa - Defeito oculto - Prejudicar utilidade / reduzir valor - Existência atual + percepção superveniente - Boa-fé do transmitente Se quem transmite o bem estava de boa-fé, pode haver só o efeito estimatório (ajuste de valor) ou redibitório, anulação. Se de má-fé, também por perdas e danos. Res perit domino A coisa perece para o dono. Se o fungo aparecer depois e não existia antes, a coisa se perde para o dono. Se nos contratos consensuais aqueles que se aperfeiçoam antes da entrega o vício se apresenta entre a contratação e a entrega, e na contratação não havia o vício... Exceto em caso de mora, o vício está com o transmitente até a tradição. Consequências do vício redibitório. Código Civil e Código de Defesa do Consumidor Código Civil - Ação redibitória (anula o contrato) - Ação estimatória (o transmitente devolve parte do valor) quanti minoris 19

20 Código de Defesa do Consumidor Conserto em 30 dias Não consertou em 30 dias Redibir Estimar Substituir 14/03/13 Vícios Redibitórios (continuação) Vício Oculto X Vício aparente Prazo para Redibir Estimar Decadencial Art A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. Nem sempre por vícios ocultos, já que o 445, caput, diz do vício na tradição por oposição ao 1 o Art O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. Prescrição Perde a pretensão, o direito de exigir. Aplica-se ao direito subjetivo, à contraprestação. Decadência Perde o Direito. Aplica-se ao direito potestativo, não depende da manifestação da vontade da contraparte. Diferenças Materiais 1. Prestação. Cheque é prestação, prescreve 2. Pretensão. Permanece com o direito material, mas não posso mover ação: perdese o direito. 20

21 Processuais 3. Ação condenatória, ação constitutiva. Ações edilícias Redibitórias Estimatórias (quanti minoris) AÇÃO EDILÍCIA Também chamada de ação redibitória. O qualificativo advém do direito romano, por ser actio concedida no edito do edil. Criada em Roma, no século II a fim de regulamentar os negócios dos vendedores, muitas vezes estrangeiros, hábeis em dissimular defeitos nos produtos vendidos. Redibitória Estimatória anula Imprecisão Prazos - Reduz utilidade - Reduz valor reduz preço - Pede ao juiz para condenar a devolução da parte do valor. Por conceito do direito, ações condenatórias têm prazos prescricionais. Mas o 445 aponta o decadencial (prevalece esse) Aparentes 30 dias: móveis 1 ano: imóveis Se o adquirente já tinha posse da coisa na tradição, metade do prazo. Exemplo: comprar apartamento em que morava de aluguel. Ocultos 180 dias: móveis 1 ano: imóveis - Do conhecimento do vício Não se aplica metade do prazo Garantia Legal redibitório: Independe de previsão no contrato Contratual: denúncia em 30 dias (art.446) Art Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. Depois de se esgotar a garantia contratada, passa a viger a garantia legal. 21

22 Semoventes (ver no blog do GARBI, o caso do Maltês: Venda de animais, prazos em lei específica ou na falta dessas pelos usos locais. 19/03/12 Evicção Evicção Perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação feita pelo verdadeiro dono, e por cujo resguardo é responsável o alienante, nos contratos bilaterais. (Dicionário Houaiss Eletrônico) Art Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Art Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Art Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. Art Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. Art Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Art Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. Art As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Art Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. 22

23 Art Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. Art Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. Art Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Defeito Evicção Material: vício redibitório Jurídico: evicção. A impropriedade não está necessariamente no objeto. Total Parcial A Evicção é um vício jurídico, porque se compra coisa de alguém que aparenta ser dono, mas não é. Acomete a propriedade do transmitente. Se Quando se compra um terreno, se paga, se averba a matrícula, mas havia fraude. O vendedor não era dono. Evicção é a perda da coisa ou a perda do direito sobre a coisa em virtude de sentença judicial, ou outro ato de autoridade pública, que retire a titularidade do objeto, a propriedade da coisa, atribuindo a coisa a outrem por causa jurídica pré-existente do contrato. Requisitos: - Contrato Oneroso Comutativo Art Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Se a pessoa sabia que a coisa era alvo de litígio, o contrato é aleatório, não comutativo. - Atribuição do objeto ao real dono 23

24 - Boa-fé do Transmitente Partes Adquirente (evicto) aquele que perde a coisa Alienante (transmitente)- aquele que transfere a ciosa viciada Terceiro (evictor) aquele que tem a decisão judicial ou tem a apreensão administrativa a seu favor O Código Civil não se preocupa com a boa-fé do transmitente. Não precisa previsão contratual, não está na lei. - Responsabilidade do Alienante (Arts. 448 e 449, Código Civil ) Aumentada? Diminuída? Afastada? Art Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Art Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. Cláusula non praestaenda evictione ou de irresponsabilidade pela evicção. Mas o alienante tem que pagar caso o evicto não tenha sido informado da possibilidade de evicção Direitos do Evicto Art. 450: Caput X Parágrafo único Art Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. 24

25 Benfeitorias Art As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Art Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. Denunciação à Lide Art Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Colide com o Art. 75, II, Código de Processo Civil II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final; Conflito de normas: prevalece a específica - Código de Processo Civil. 21/03/13 Contratos Aleatórios Alea jacta est, A sorte está lançada, teria dito Júlio César, então apenas um general de Roma,, Etimologia Alea do latim sorte, acaso. após cruzar o Rio Rubicão, voltando de uma vitoriosa campanha na Gália e almejando o posto de Imperador. Jogo Por Natureza Aposta Aleatórios Seguro Por Vontade Compra e Venda futura Incerteza da contraprestação Fábio Ulhôa diz que o contrato de seguro é comutativo, apoiando-se na precisão do cálculo atuarial (ciência do atuário; parte da estatística ligada a problemas relacionados com a teoria e o cálculo de seguros Dicionário Eletrônico Houaiss) As partes por expressão da vontade podem transformar um contrato comutativo em aleatório. Exemplo: Compra e venda futura. 25

26 EMPTIO SPEI - venda da esperança Art. 458 Aleatórios EMPTIO REI SPERATAE - venda da coisa esperada. Art. 459 COISA EXISTENTE EMPTIO SPEI A contraprestação é devida, ainda que a prestação não venha a existir, pois o risco é da existência do objeto. Art Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. EMPTIO REI SPERATAE Se a coisa não vier a existir, a parte não deve nada. Parte-se da premissa que o objeto do contrato existirá em qualquer quantidade e portanto o preço é devido independentemente da quantidade maior ou menor esperada. Art Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido. Exemplos: Barco de pesca. - Pago R$100,00 para jogar a rede, o que vier é seu: Art EMPTIO SPEI - Pago R$100,00 se vier algo; Se nada vier, nada pago: Art EMPTIO REI SPERATAE - Vieram 3 peixes, mas a rede estava furada: dolo ou culpa, exonera do 458 e

27 COISA EXISTENTE A coisa existe, mas esta sujeita a risco. Art Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. Art A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. Exemplos: - Compra de bem em litígio; - Compra de produto que esta no porto esperando desembaraço aduaneiro que pode demorar. Vendo para supermercado, sem saber prazo de validade. Supondo compra, assumindo o risco. - FOB (Free on board, modalidade de frete em que o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria, assim que ela é colocada a bordo do navio. Por conta e risco do fornecedor fica apenas a obrigação de colocar a mercadoria a bordo, no porto de embarque designado pelo importador.)... em oposição: - CIF (Cost, insurance and freigth, tipo de frete em que o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete. Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo comprador.) Existe um risco conhecido, pode se materializar: - Se o que vende sabe que o risco já se materializou, o contrato é anulável, mas de fato é ineficaz. - Se o produto já pereceu e o vendedor não sabia, boa-fé, OK. 26/03/13 Extinção dos Contratos Via regular: o cumprimento do contrato se extingue pelo cumprimento das contraprestações. Exceção: Extinção antes de o contrato ser cumprido por razões anteriores, concomitantes ou supervenientes. 27

28 Anteriores Concomitantes Supervenientes Anteriores Ilicitude do objeto Capacidade das partes Forma prescrita ou não defesa em lei Art A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. São causas de nulidade ex tunc Concomitantes Vícios da vontade Vícios sociais Erro Dolo Coação Estado de necessidade Simulação Fraude a credores Vícios de consentimento defeito da manifestação de vontade São causas de anulação (não nulidade) ex nunc Simulação absoluta e fraude à lei ex tunc Supervenientes Razões de interesse das partes, querem extinguir o contrato. Razões alheias à vontade das partes Morte mors omnia solvit Força maior e caso fortuito (devedor só responde se expresso no contrato) 1. Rescisão 2. Resilição 3. Resolução 28

29 1) Rescisão É o rompimento do vínculo contratual decorrente da ineficácia do negócio jurídico. Dá-se só por decisão judicial que desconstitui o contrato, por nulo ou anulável. 2) Resilição Extinção do contrato por decisão de partes ou das partes. Unilateral Denúncia vazia não precisa motivar. É permitida sem indenização apenas em contratos por prazo indeterminado Denúncia cheia tem motivo em lei ou no contrato. Quem denuncia não está sujeito a indenizar a outra parte Denúncia ex nunc Despedida: é a denuncia unilateral a um contrato que envolva trabalho humano. Despedir um funcionário. Revogação: é a retratação da declaração de vontade como em uma procuração. Renúncia: é a abdicação de um direito ou faculdade Art A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. A resilição unilateral pode ser usada em contratos benéficos, por prazo indeterminado, em caso de inadimplemento da outra parte por descumprimento da lei. Distrato É a resilição bilateral do contrato. Tem efeito ex tunc, salvo vontade das partes. As concessões são mútuas, por isso, em regra, não há indenização Penhor: Dar bem móvel em garantia de empréstimo. É um instrumento do Direito Civil. Dar em penhor é empenhar. Penhora: É instrumento do Direito Processual Civil 29

30 3) Resolução: Impossibilita de continuar o contrato por fatores não imputáveis às partes. - Execução única ex tunc - Execução continuada ex nunc - Impossibilidade física ou jurídica do cumprimento da prestação - Força Maior: eventos previsíveis, mas inevitáveis. Exemplo: Furacão. - Caso Fortuito: eventos imprevisíveis, mas evitáveis. Exemplo: pneu faz bolha e estoura. - Morte mors omnia solvit - Prescrição e decadência 02/04/13 Revisão Contratual A alteração dos contratos é permitida nos contratos comutativos amigáveis ou judiciais. Visa reestabelecer o status quo ante, em termos diversos dos originais, mas reestabelecendo o equilíbrio original entre as partes face ao novo cenário. Parte da doutrina começa a aceitar também nos aleatórios. Exemplo: em contrato de seguro-saúde (que é a apólice), o prêmio (o pagamento mensal) é aumentado por faixa de idade. O reajuste tem eu estar dentro da tabela da ANS (Agência Nacional de Saúde). Se o aumento é muito grande, pode-se pedir revisão sob o argumento de onerosidade excessiva, Pacta Sunt Servanta Contratos Comutativos Aleatórios Alteração superveniente da contraprestação Execução Revisão Extinção Previsão da continuidade do contrato Fundamentos Enriquecimento ilícito: Abuso de direito: se uma das obrigações fica desproporcional Onerosidade Excessiva Prevenir enriquecimento ilícito em situação que desequilibra a relação contratual, enriquecendo um e onerando outro excessivamente, evitando abuso de direito pela desproporcionalidade da obrigação. 30

31 Fundamento Legal Art Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Art A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato. Art Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. Art Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigilo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. REBUS SIC STANTIBUS Teoria que significa que é implícito a todos os contratos a existência de um dispositivo que estabelece que as obrigações contratuais só podem ser integralmente cumpridas se subsistirem as condições existentes no momento da conclusão do negócio, o contrato. - Cláusula tácita / costumeira - Manutenção das condições - Superveniência imprevista Impossível cumprir Sacrifício extremo - Status quo ante - Tem como fonte os costumes - Não precisa estar explícita no contrato - Caso fortuito e força maior? Antes da 1ª Guerra Mundial, o caso fortuito e a força maior não ensejavam a revisão de contratos. No pós-guerra, com a consequente crise econômica passaram a ser considerados, na: 31

32 Teoria da Imprevisão Teoria que consiste em presumir, nos contratos comutativos, de trato sucessivo e de execução diferida, a existência implícita (não expressa) de uma cláusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. Se esta, no entanto, modificar-se em razão de acontecimentos extraordinários (uma guerra por exemplo), que tornem excessivamente oneroso para o devedor o seu adimplemento, poderá este requerer ao juiz que isente da obrigação, parcial ou totalmente. Pela teoria da imprevisão os contratos de trato sucessivo ou de execução diferida podem sofrer modificações decorrentes de evento superveniente imprevisível que modifique a relação contratual. - Pós I Guerra Mundial - Caso Fortuito e força maior? - Evento superveniente e imprevisível - Factum Principis Teoria adaptada e difundida do rebus sic stantibus, que consiste, portanto na possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa que na pratica é viabilizada. Teoria da onerosidade excessiva - Agravamento da contraprestação - Caso fortuito e Força Maior? Requisitos para aplicação: a) Vigência de um contrato comutativo de execução diferida ou de trato sucessivo; b) Ocorrência de fato extraordinário e imprevisível; c) Considerável alteração da situação de fato existente no momento da execução, em confronto com que a existia por ocasião da celebração; d) Onerosidade excessiva para um dos contratantes e vantagem exagerada para o outro. De forma geral, não se aplica aos contrato aleatórios, por que envolvem um risco, salvo se o imprevisível decorrer de fatores estranhos ao risco próprio do contrato. 04/04/13 Compra e Venda Transferência de domínio Objeto Preço Consenso Res, pretium et consensus É obrigação. Não depende de tradição. 32

33 Art Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Art A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço. Natureza Jurídica da compra e venda Bilateral porque ambas as partes assumem obrigações Oneroso obviamente Consensual é um acordo de vontades que não depende da tradição. (em oposição ao real, que se consubstancia na tradição) Comutativo tem prestações pré-determinadas. Mas também pode ser aleatório, quando o bem ainda não existe, e envolve risco como em compra de safra futura, bolsa de futuros (BM&F), etc. Não solene Exceto em caso de bens imóveis de valor superior a 30 salários mínimos, que tem forma prescrita em lei (escritura pública) Compra e venda civil X empresarial a diferença são as partes Legitimados para firmar contratos de compra e venda Capazes Relativamente capazes quando assistidos Absolutamente incapazes quando representados Objeto. Elementos Preço sério e real, em moeda corrente no país. Consenso livre e espontâneo. Res, pretium et consensus Adoro latim! Fixação unilateral implica nulidade Preço Arts. 485 a 489, Código Civil Art A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa. 33

34 Art Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar. Art É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação. Art Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio. Art Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. Objeto - Existência atual ou potencial - Individualizável determinado ou determinável - Disponível res in commercium Exceção Bens próprios não posso comprar algo que é meu Bens de terceiros não posso vender algo que não é meu Obrigações Do adquirente Principais Do alienante Responsabilidade Efeitos Divisão de despesas Secundários Retenção 34

TÍTULO V Dos Contratos em Geral. CAPÍTULO I Disposições Gerais. Seção I Preliminares

TÍTULO V Dos Contratos em Geral. CAPÍTULO I Disposições Gerais. Seção I Preliminares TÍTULO V Dos Contratos em Geral CAPÍTULO I Disposições Gerais Seção I Preliminares Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Art. 422. Os contratantes

Leia mais

EXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação

EXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação Direito Civil Contratos Aula 1 Exercícios Professora Consuelo Huebra EXERCÍCIO 1 Assinale a opção correta com relação aos contratos. a) O contrato preliminar gera uma obrigação de fazer, no entanto não

Leia mais

Lição 5. Formação dos Contratos

Lição 5. Formação dos Contratos Lição 5. Formação dos Contratos Seção II Da Formação dos Contratos Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias

Leia mais

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes.

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Civil (Contratos) / Aula 13 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Teoria Geral dos Contratos: 3- Classificação; 4 - Princípios. 3. Classificação: 3.1

Leia mais

Março/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes

Março/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes DIREITO CIVIL III - CONTRATOS TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Extinção dos Contratos (Desfazimento da Relação Contratual) Março/2011 Prof a. Mestre Helisia Góes TRANSITORIEDADE CONTRATO EXTINÇÃO como toda obrigação,

Leia mais

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos DIREITO CIVIL Espécies de Contratos Espécies de Contratos a serem estudadas: 1) Compra e venda e contrato estimatório; 2) Doação; 3) Depósito; 4) Mandato; 5) Seguro; 6) Fiança; 7) Empréstimo (mútuo e comodato);

Leia mais

Direito Civil III Contratos

Direito Civil III Contratos Direito Civil III Contratos Evicção Prof. Andrei Brettas Grunwald 2011.1 1 Código Civil Artigo 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição

Leia mais

DIREITO CIVIL. 1. Cláusula Penal:

DIREITO CIVIL. 1. Cláusula Penal: 1 PONTO 1: Cláusula Penal PONTO 2: Formação dos contratos PONTO 3: Arras PONTO 4: Extinção PONTO 5: Classificação dos contratos PONTO 6: Vícios redibitórios 1. Cláusula Penal: Estrutura da cláusula penal:

Leia mais

A previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente.

A previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente. 12 - EVICÇÃO O termo evicção traduz idéia de perda, ser vencido, perder e ocorre quando o adquirente de um bem perde a posse e a propriedade do mesmo em virtude de ato judicial ou administrativo que reconhece

Leia mais

SABER DIREITO FORMULÁRIO

SABER DIREITO FORMULÁRIO Programa Saber Direito TV Justiça Outubro de 2010 Curso: Teoria Geral dos Contratos Professor: Thiago Godoy SABER DIREITO FORMULÁRIO DO CURSO TEORIA GERAL DOS CONTRATOS PROFESSOR THIAGO GODOY AULA 01 Conceito

Leia mais

CONTRATOS PARTE GERAL

CONTRATOS PARTE GERAL CONTRATOS PARTE GERAL Prof.Dicler Podemos definir contrato como sendo o acordo de duas ou mais vontades que visa à aquisição, resguardo, transformação, modificação ou extinção de relações jurídicas de

Leia mais

Dos contratos em geral

Dos contratos em geral Dos contratos em geral Disposições gerais As Disposições Gerais, constantes no Título V (dos Contratos em Geral) do Código Civil brasileiro (CC) consistem em cláusulas gerais aplicáveis a todo tipo de

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo 1. Referência legal do assunto Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo EMPRÉSTIMO Negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver

Leia mais

DIREITO CONTRATUAL. Uma proposta de ensino aos acadêmicos de Direito. EDITORA LTr SÃO PAULO. 347.44(81) K39d

DIREITO CONTRATUAL. Uma proposta de ensino aos acadêmicos de Direito. EDITORA LTr SÃO PAULO. 347.44(81) K39d GILBERTO KERBER Professor e advogado. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor do Curso de Graduação e de Pós-Graduação de Direito da Universidade Regional Integrada do

Leia mais

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO Autor: Graciel Marques Tarão 1. Conceito Contrato de empréstimo é o contrato pelo qual uma das partes entrega um bem à outra, para ser devolvido em espécie ou gênero.

Leia mais

Direito Civil IV Aula 08. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Civil IV Aula 08. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Civil IV Aula 08 Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Revisão Localização do Contrato; Características dos Contratos; Conceito de Contrato; Requisitos de Validade dos Contratos;

Leia mais

PRÁTICA CIVIL E PROCESSUAL LEGALE

PRÁTICA CIVIL E PROCESSUAL LEGALE BEM IMOVEL Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I -os direitos reais sobre imóveis e as ações

Leia mais

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos)

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) INTERPRETAÇÃO Boa-fé e usos do lugar CC113 Os negócios jurídicos devem

Leia mais

Prof a.: Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL III CONTRATOS Turmas: 5º DIV e 5º DIN Data: 24/09/10. Aula 09

Prof a.: Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL III CONTRATOS Turmas: 5º DIV e 5º DIN Data: 24/09/10. Aula 09 CURSO DE DIREITO - 2º SEMESTRE/2010 1 Prof a.: Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL III CONTRATOS Turmas: 5º DIV e 5º DIN Data: 24/09/10 Aula 09 DIREITO DOS CONTRATOS II - TEORIA GERAL DO DIREITO DOS

Leia mais

CONTRATOS Conceito CONTRATOS (DISPOSIÇÕES GERAIS) Princípios contratuais

CONTRATOS Conceito CONTRATOS (DISPOSIÇÕES GERAIS) Princípios contratuais CONTRATOS (DISPOSIÇÕES GERAIS) Professor Dicler CONTRATOS Conceito Podemos definir contrato como sendo o acordo de duas ou mais vontades que visa à aquisição, resguardo, transformação, modificação ou extinção

Leia mais

Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS JURÍDICOS -

Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS JURÍDICOS - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 11 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS

Leia mais

- Espécies. Há três espécies de novação:

- Espécies. Há três espécies de novação: REMISSÃO DE DÍVIDAS - Conceito de remissão: é o perdão da dívida. Consiste na liberalidade do credor em dispensar o devedor do cumprimento da obrigação, renunciando o seu direito ao crédito. Traz como

Leia mais

DIREITO CIVIL CONTRATOS Rosivaldo Russo

DIREITO CIVIL CONTRATOS Rosivaldo Russo DIREITO CIVIL CONTRATOS Rosivaldo Russo FORMAÇÃO DOS CONTRATOS Vontade contratual e consentimento das partes: a) CONCEITO: mais que mero elemento contratual, a vontade representa pressuposto à relação

Leia mais

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional.

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 12 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: Obrigações: V - Transmissão das Obrigações: 2. Assunção de Dívida. Contratos: Teoria Geral

Leia mais

obrigada relação jurídica

obrigada relação jurídica DIREITO DAS OBRIGAÇÕES CONCEITO Conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir,

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS

DIREITO EMPRESARIAL - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS DIREITO EMPRESARIAL - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS Prof. Mauro Fernando de Arruda Domingues 1. Regimes jurídicos e conceito: O contrato é o instrumento pelo qual as pessoas contraem obrigação umas

Leia mais

AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Profª Helisia Góes Direito Civil III Contratos Turmas 5ºDIV, 5º DIN-1 e 5º DIN-2 DATA: 24/09/09 (5º DIV) e 29/09/09 (5º DIN-1 e 5º DIN-2) CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Leia mais

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Reconhecida pelo Decreto 79.090 de 04/01/1970

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Reconhecida pelo Decreto 79.090 de 04/01/1970 CURSO DE DIREITO 2º SEMESTRE 2013 PERÍODO: 4º DISCIPLINA: Direito Civil III - Teoria Geral dos Contratos e Responsabilidade Civil CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 h/a. CRÉDITOS: 04 PROFESSORA: MÁRCIA PEREIRA COSTA

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na 1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na qual este reivindicava a propriedade do veículo adquirido

Leia mais

2ª Fase Direito Civil

2ª Fase Direito Civil 2ª Fase Direito Civil Professor Fabio Alves fabio@ferreiraecamposadv.com CONTRATOS E CDC PRINCÍPIOS AUTONOMIA DA VONTADE PACTA SUNT SERVANDA BOA-FÉ OBJETIVA 1 Formação dos contratos Proposta e Aceitação

Leia mais

UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS Elaborado em 06.2007. Bruna Lyra Duque Advogada e consultora jurídica em Vitória (ES), mestre em Direitos e Garantias Constitucionais

Leia mais

INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES

INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES Índice 1. Inadimplemento das Obrigações...4 1.1. Mora... 4 1.2. Das Perdas e Danos... 4 1.3. Juros moratórios ou juros

Leia mais

MENSALIDADES ESCOLARES

MENSALIDADES ESCOLARES MENSALIDADES ESCOLARES O aumento das mensalidades escolares deve obedecer a algum parâmetro legal? O assunto mensalidades escolares é regulado pela Lei 9870, de 23 de novembro de 1999. Esta Lei, dentre

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS É o ato de vontade que, por se conformar com os mandamentos da lei e a vocação do ordenamento jurídico, confere ao agente os efeitos por ele almejados. ELEMENTOS ESTRUTURAIS I -ESSENCIAIS

Leia mais

IELF CURSO EXTENSIVO. DIREITO CONTRATUAL. PROFESSOR FLÁVIO FLÁVIO TARTUCE.

IELF CURSO EXTENSIVO. DIREITO CONTRATUAL. PROFESSOR FLÁVIO FLÁVIO TARTUCE. IELF CURSO EXTENSIVO. DIREITO CONTRATUAL. PROFESSOR FLÁVIO FLÁVIO TARTUCE. 1) EVICÇÃO (ARTS. 447 A 457 NCC). A evicção pode ser conceituada como sendo a perda da coisa diante de uma sentença judicial que

Leia mais

FATOS, ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS Resumo Prof. Lucas Siqueira

FATOS, ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS Resumo Prof. Lucas Siqueira FATOS, ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS Resumo Prof. Lucas Siqueira Fatos Jurídicos Natural ou stricto sensu: Ocorrem segundo a lei da causalidade natural, sem interferência da vontade humana. * ordinário * extraordinário

Leia mais

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS SEGURO GARANTIA CIRCULAR SUSEP 232/03. Processo SUSEP nº 10.003.017/01-08

CONDIÇÕES GERAIS SEGURO GARANTIA CIRCULAR SUSEP 232/03. Processo SUSEP nº 10.003.017/01-08 CONDIÇÕES GERAIS SEGURO GARANTIA CIRCULAR SUSEP 232/03 Processo SUSEP nº 10.003.017/01-08 Cláusula 1ª - OBJETO Este seguro garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas pelo Tomador no contrato principal,

Leia mais

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc)

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc) Artigo 186, do Código Civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. CONTRATUAL

Leia mais

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Teoria Geral das Obrigações Objetivos A presente aula tem por objetivo apresentar a teoria geral das obrigações iniciando-se com um breve relato sobre o Direito das Obrigações, seguindo-se para os elementos

Leia mais

I - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

I - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS I - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS 1. Princípios Contratuais O Direito Civil, em sua teoria contemporânea dos contratos, baseia-se em: autonomia privada, boa-fé, justiça contratual, função social do contrato.

Leia mais

DA EVICÇÃO Rosinete Cavalcante da costa

DA EVICÇÃO Rosinete Cavalcante da costa DA EVICÇÃO Rosinete Cavalcante da costa Mestre em Direito: Relações Privadas e Constituição (FDC) Professora da Faculdade de Ensino Superior de Linhares (FACELI) Professora da Faculdade Batista de Vitória-ES

Leia mais

RESOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA IMOBILIÁRIA POR INADIMPLEMENTO ABSOLUTO DO QUESTÕES ATUAIS E OUTRAS NEM TÃO ATUAIS...

RESOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA IMOBILIÁRIA POR INADIMPLEMENTO ABSOLUTO DO QUESTÕES ATUAIS E OUTRAS NEM TÃO ATUAIS... RESOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA IMOBILIÁRIA POR INADIMPLEMENTO ABSOLUTO DO COMPRADOR QUESTÕES ATUAIS E OUTRAS NEM TÃO ATUAIS... Rubens Leonardo Marin SECOVI / SP 11/05/2015 O problema:

Leia mais

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Anne Karoline ÁVILA 1 RESUMO: A autora visa no presente trabalho analisar o instituto da consignação em pagamento e sua eficácia. Desta

Leia mais

go to http://www.speculumscriptum.com

go to http://www.speculumscriptum.com go to http://www.speculumscriptum.com CONTRATO DE EMPREITADA - Conceito: Empreitada é o contrato em que uma das partes (empreiteiro) se obriga, sem subordinação ou dependência, a realizar certo trabalho

Leia mais

Sumário PARTE GERAL 3. PESSOA JURÍDICA

Sumário PARTE GERAL 3. PESSOA JURÍDICA Sumário PARTE GERAL 1. LINDB, DAS PESSOAS, DOS BENS E DO NEGÓCIO JURÍDICO 1. Introdução (DL 4.657/1942 da LINDB) 2. Direito objetivo e subjetivo 3. Fontes do Direito 4. Lacuna da lei (art. 4.º da LINDB)

Leia mais

Repercussões do novo CPC para o Direito Contratual

Repercussões do novo CPC para o Direito Contratual Repercussões do novo CPC para o Direito Contratual O NOVO CPC E O DIREITO CONTRATUAL. PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL. REPERCUSSÕES PARA OS CONTRATOS. Art. 1 o O processo civil será ordenado, disciplinado

Leia mais

TÍTULO V DOS CONTRATOS EM GERAL CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS. Seção I Preliminares

TÍTULO V DOS CONTRATOS EM GERAL CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS. Seção I Preliminares TÍTULO V DOS CONTRATOS EM GERAL CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I Preliminares Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Art. 422. Os contratantes

Leia mais

DA DOAÇÃO. É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra

DA DOAÇÃO. É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO DA DOAÇÃO É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra Unilateral, porque envolve prestação de uma só das

Leia mais

Destaca-se que as obrigações jurídicas, objeto do presente estudo, apresentam 3 elementos principais: sujeito, objeto e o vínculo jurídico.

Destaca-se que as obrigações jurídicas, objeto do presente estudo, apresentam 3 elementos principais: sujeito, objeto e o vínculo jurídico. 7. OBRIGAÇÕES A palavra obrigação pode assumir vários significados dependendo do contexto que estiver se referindo. Dessa forma, em sentido amplo, a obrigação é um dever, que pode estar ligado a uma acepção

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Atualizado em 22/10/2015 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS São contratos celebrados pela Administração Pública sob regime de direito público com particulares ou

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

CONTRATOS (COMPRA E VENDA)

CONTRATOS (COMPRA E VENDA) CONTRATOS (COMPRA E VENDA) Professor Dicler COMPRA E VENDA Contrato de compra e venda é aquele pelo qual um dos contratantes t t se obriga bi a transferir o domínio de certa coisa, e, o outro, a pagar-lhe

Leia mais

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Prestação de Serviços Contrato de Prestação de Serviços Visão Geral dos Contratos: Formação dos Contratos;e Inadimplemento Contratual. Formação dos Contratos Validade do Negócio Jurídico: Agente

Leia mais

BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES 1. OBJETIVOS DO PLANO BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES 1.1. Os objetivos do Plano de Opção de Compra de Ações da BR Malls Participações S.A. ( Companhia

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

Outubro/2011. Prof a. HELISIA GÓES. Advogada Especialista em Direito Processual Mestre em Direito Ambiental e Políticas Públicas

Outubro/2011. Prof a. HELISIA GÓES. Advogada Especialista em Direito Processual Mestre em Direito Ambiental e Políticas Públicas Contrato de Compra e Venda Outubro/2011 Prof a. HELISIA GÓES Advogada Especialista em Direito Processual Mestre em Direito Ambiental e Políticas Públicas Definição: é a troca de uma coisa por dinheiro

Leia mais

DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL NA PERSPECTIVA DO REGISTRO DE IMÓVEIS: CLÁUSULAS SUSPENSIVA E RESOLUTIVA, EXTINÇÃO E PUBLICIADE REGISTRAL

DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL NA PERSPECTIVA DO REGISTRO DE IMÓVEIS: CLÁUSULAS SUSPENSIVA E RESOLUTIVA, EXTINÇÃO E PUBLICIADE REGISTRAL DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL NA PERSPECTIVA DO REGISTRO DE IMÓVEIS: CLÁUSULAS SUSPENSIVA E RESOLUTIVA, EXTINÇÃO E PUBLICIADE REGISTRAL Professor Luiz Egon Richter 1. DA DISTINÇÃO ENTRE A

Leia mais

O NOVO CÓDIGO CIVIL E O CONTRATO DE SEGURO NOVIDADES E POLÊMICAS Vigência: 11/01/2003. COMENTÁRIOS Ricardo Bechara Santos

O NOVO CÓDIGO CIVIL E O CONTRATO DE SEGURO NOVIDADES E POLÊMICAS Vigência: 11/01/2003. COMENTÁRIOS Ricardo Bechara Santos O NOVO CÓDIGO CIVIL E O CONTRATO DE SEGURO NOVIDADES E POLÊMICAS Vigência: 11/01/2003 COMENTÁRIOS Ricardo Bechara Santos Capitulo XV - Do seguro Seção I Disposições gerais ART. 757 - PELO CONTRATO DE SEGURO,

Leia mais

Prescrição e decadência

Prescrição e decadência DIREITO CIVIL Professor Dicler A prescrição representa a perda da ação e da exceção (defesa) em razão do decurso de tempo. Tem como fundamento a paz social e a segurança jurídica que ficariam comprometidos

Leia mais

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO Termo de Constituição de Consórcio 1 As Partes: A empresa (Nome da Empresa)..., com sede na cidade de..., (Endereço)..., com CNPJ n o..., Inscrição Estadual...,

Leia mais

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 3º semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 3º semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula 1. Princípio da norma mais favorável. 2. Princípio da condição mais benéfica. 3. Princípio de irrenunciabilidade. 4. Princípio da primazia da realidade. 5. Princípio da continuidade da relação de emprego.

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 1 CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 03/09/2013 2 PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR NO COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS LIMITAÇÕES DO DECRETO 7.962/2013 3 Conclusões O CDC é mais do que suficiente para a

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1 Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE INTRODUÇÃO Para o Direito existem alguns princípios pelo qual, podemos destacar como base fundamental para estabelecer

Leia mais

Legislação Instrumental. Aula 1. Legislação Aplicada à Logística. Legislação Aplicada à Logística Aula 1. Contextualização. Prof.

Legislação Instrumental. Aula 1. Legislação Aplicada à Logística. Legislação Aplicada à Logística Aula 1. Contextualização. Prof. Legislação Instrumental Aula 1 Prof. Guilherme Amintas Legislação Aplicada à Logística Tópicos desta disciplina por aula Aula 1 noções de Direito Aula 2 Direito Constitucional Aula 3 Direito Empresarial

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

DO DEPÓSITO. O depósito, no direito brasileiro, tem por objeto coisa móvel, não se admitindo o depósito de imóveis. VOLUNTÁRIO NECESSÁRIO

DO DEPÓSITO. O depósito, no direito brasileiro, tem por objeto coisa móvel, não se admitindo o depósito de imóveis. VOLUNTÁRIO NECESSÁRIO DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO DO DEPÓSITO O depósito é o contrato pelo qual uma pessoa - depositário - recebe, para guardar, um objeto móvel alheio, com a obrigação de restituí-lo quando o depositante

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Lei nº 11.196, de 21.11.2005 (DOU-1 22.11.2005)

Lei nº 11.196, de 21.11.2005 (DOU-1 22.11.2005) LUCRO IMOBILIÁRIO PESSOA FÍSICA ISENÇÃO E TRIBUTAÇÃO PELO IMPOSTO DE VENDA NOVA GARANTIA DA LOCAÇÃO: FUNDO DE INVESTIMENTO INCORPORAÇÃO POSSE EM ÁREAS PÚBLICAS Lei nº 11.196, de 21.11.2005 (DOU-1 22.11.2005)

Leia mais

1 Geli de Moraes Santos M. Araújo

1 Geli de Moraes Santos M. Araújo 1 Contrato de Fiança. 1 Geli de Moraes Santos M. Araújo Sumário: Resumo. 1. Introdução. 2. Natureza jurídica da fiança. 3. Espécies de fiança. 4. Requisitos subjetivos e objetivos. 5. Efeitos da fiança.

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 249 - Data 12 de setembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA A promessa de compra e venda de

Leia mais

Direito Civil Dr. Márcio André Lopes Cavalcante Juiz Federal

Direito Civil Dr. Márcio André Lopes Cavalcante Juiz Federal Direito Civil Dr. Márcio André Lopes Cavalcante Juiz Federal Escola Brasileira de Ensino Jurídico na Internet (EBEJI). Todos os direitos reservados. 1 Principais julgados do 1 o Semestre de 2013 Julgados

Leia mais

II. Contrato Principal: o documento contratual, seus aditivos e anexos, que especificam as obrigações e direitos do segurado e do tomador.

II. Contrato Principal: o documento contratual, seus aditivos e anexos, que especificam as obrigações e direitos do segurado e do tomador. SEGURO-GARANTIA - CONDIÇÕES GERAIS Este seguro garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas pelo tomador no contrato principal, firmado com o segurado, conforme os termos da apólice. I. Seguro-Garantia:

Leia mais

RELAÇÃO DE CONSUMO DIREITO DO CONSUMIDOR

RELAÇÃO DE CONSUMO DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR RELAÇÃO DE CONSUMO APLICABILIDADE O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII,

Leia mais

Nasce em razão da violação de um dever jurídico, mas depende da configuração de elementos.

Nasce em razão da violação de um dever jurídico, mas depende da configuração de elementos. OAB EXTENSIVO SEMANAL Disciplina: Direito Civil Prof.: Brunno Giancoli Data: 22.09.2009 Aula n 04 TEMAS TRATADOS EM AULA RESPONSABILIDADE CIVIL Nasce em razão da violação de um dever jurídico, mas depende

Leia mais

2.1.4. Os preços constantes da Ordem de Compra não poderão ser reajustados, salvo mediante expresso consentimento por escrito do PNUD.

2.1.4. Os preços constantes da Ordem de Compra não poderão ser reajustados, salvo mediante expresso consentimento por escrito do PNUD. TERMOS E CONDIÇÕES GERAIS DE ORDEM DE COMPRA 1. ACEITAÇÃO DA ORDEM DE COMPRA Esta Ordem de Compra somente será aceita pelo PNUD mediante a assinatura por ambas as partes e fornecimento de acordo com as

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

Direito Civil III Contratos

Direito Civil III Contratos Direito Civil III Contratos Compra e Venda Art. 481 a 532 Prof. Andrei Brettas Grunwald 2011.1 1 Conceito Artigo 481 Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

Gestão de Contratos. Noções

Gestão de Contratos. Noções Gestão de Contratos Noções Contrato - Conceito Contrato é todo acordo de vontades, celebrado para criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações de índole patrimonial entre as partes (Direito Civil).

Leia mais

Contrato de Empreitada. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Empreitada. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Empreitada Contrato de Empreitada Empreiteiro é a designação dada a um indivíduo ou empresa que contrata com outro indivíduo ou organização (o dono da obra) a realização de obras de construção,

Leia mais

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. PROCESSO FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO FORMAÇÃO DO PROCESSO- ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver

Leia mais

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Empresarial II Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Contratos Aula 15 Contratos: Teoria Geral: Livre Manifestação das Vontades; Auto Regulamentação das Vontades; Via de

Leia mais

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência:

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: I. A ação

Leia mais

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego.

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1 Aula 02 1 Contrato individual de trabalho A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1.1 Conceito O art. 442, caput,

Leia mais

GABARITO DIREITO CIVIL OBRIGAÇÕES E CONTRATOS PROFESSORA ANA ALVARENGA

GABARITO DIREITO CIVIL OBRIGAÇÕES E CONTRATOS PROFESSORA ANA ALVARENGA GABARITO DIREITO CIVIL OBRIGAÇÕES E CONTRATOS PROFESSORA ANA ALVARENGA 1. O que acontece quando o objeto da obrigação é impossível? A impossibilidade absoluta concomitante à formação torna a obrigação

Leia mais

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários.

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Contributários demitidos ou exonerados sem justa causa e/ou aposentados. www.saolucassaude.com.br 01_ DIREITOS E DEVERES DO BENEFICIÁRIO

Leia mais

Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4. Divisível. 5 - Indivisível

Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4. Divisível. 5 - Indivisível Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil - Obrigações / Aula 09 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4.

Leia mais

MODELO DE CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL

MODELO DE CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL Sugestão de Contrato de Promessa de Compra e Venda de Imóvel MODELO DE CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL Pelo presente instrumento de promessa de compra e venda, de um lado como promitente

Leia mais

LEI N 3.818, DE 20 DE MARÇO DE 1967

LEI N 3.818, DE 20 DE MARÇO DE 1967 LEI N 3.818, DE 20 DE MARÇO DE 1967 Publicada no DOE (Pa) de 31.03.67. Alterada pela Lei 4.313/69. Vide Lei 5.002/81, que fixa alíquotas para o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos

Leia mais

O CONTRATO DE SEGURO NO NOVO CÓDIGO CIVIL

O CONTRATO DE SEGURO NO NOVO CÓDIGO CIVIL O CONTRATO DE SEGURO NO NOVO CÓDIGO CIVIL Do seguro Seção I Disposições gerais Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do

Leia mais

OAB 140º - 1ª Fase Extensivo Final de Semana Disciplina: Direito Civil Professor Andre Barros Data: 19/09/2009

OAB 140º - 1ª Fase Extensivo Final de Semana Disciplina: Direito Civil Professor Andre Barros Data: 19/09/2009 Aula 3: Validades dos Atos, Vícios, Erro, Dolo, Coação, Estado de Perigo, Lesão, Fraude contra credores, Simulação, Efeitos dos Negócios Jurídicos, Condição, Termo, Encargo, Prescrição e Decadência. Validade

Leia mais

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E AÇÃO DE DEPÓSITO 1 Parte I AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 2 1) O DIREITO MATERIAL DE PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO a) Significado da palavra consignação b) A consignação

Leia mais

PETIÇÃO INICIAL (CPC 282)

PETIÇÃO INICIAL (CPC 282) 1 PETIÇÃO INICIAL (CPC 282) 1. Requisitos do 282 do CPC 1.1. Endereçamento (inciso I): Ligado a competência, ou seja, é imprescindível que se conheça as normas constitucionais de distribuição de competência,

Leia mais