UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE DENUNCIAÇÃO DA LIDE PER SALTUM Por: Jaqueline Marques Dreyfuss Orientador José Roberto Borges Rio de Janeiro 2010

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE DENUNCIAÇÃO DA LIDE PER SALTUM Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Processual Civil. Por: Jaqueline Marques Dreyfuss

3 3 AGRADECIMENTOS A Deus por ter concedido-me forças e saúde para alcançar mais essa conquista em minha vida.

4 4 DEDICATÓRIA À minha amiga Maryana, que mesmo de uma forma indireta, sugeriu o tema que se tornou este trabalho monográfico. Ao meu marido João Carlos pela paciência e pela abdicação das nossas horas de lazer.

5 5 RESUMO Buscou-se no presente trabalho, apresentar de forma sistemática os institutos da evicção e da denunciação da lide, com vistas à alteração efetuada no direito material, mais precisamente no art. 456 do Código Civil com grandes reflexos no direito processual, em especial no art. 70, I do Código de Processo Civil. Ficou constatado que o autor ou o réu poderá chamar para a demanda terceiro, com o intuito de reaver os prejuízos decorrentes de uma possível sucumbência, em caso de evicção. Verificou-se que quanto a obrigatoriedade da denunciação da lide, existem várias correntes tratando do assunto, porém predomina na doutrina e na jurisprudência o entendimento que no caso do inciso I do art. 70 do CPC (evicção), a denunciação é obrigatória. Foi trazido para o presente estudo as discussões em torno da denunciação da lide per saltum com o posicionamento da doutrina e da pouca jurisprudência que trata do tema. Objetivou-se com o presente tema levar ao conhecimento dos operadores do direito mais uma possibilidade em torno da denunciação da lide, visando a economia e a celeridade processuais. Palavras-chave: Intervenção de terceiros, direito material, direito processual, evicção, denunciação da lide per saltum.

6 6 METODOLOGIA O estudo que está se iniciando é classificado como pesquisa bibliográfica, tendo por base o respaldo nas informações reunidas em fontes escritas por muitos estudiosos do tema. A pesquisa foi efetuada em livros doutrinários de conhecidos autores e em artigos disponíveis na internet. Foi adotada uma metodologia com o objetivo de providenciar o levantamento do material que tratava do tema em questão, bem como a leitura crítico-reflexiva das obras selecionadas. Grande parte dos livros doutrinários foram pesquisados e tomados por empréstimos das bibliotecas do Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos e da Ordem dos Advogados do Brasil. A internet foi uma grande ferramenta de apoio nesta pesquisa, o material lá colhido foi analisado criticamente após investigação de sua autenticidade. Os sites oficiais dos Tribunais também foram grandes aliados na busca pelas jurisprudências sobre o tema proposto.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 09 CAPÍTULO II DENUNCIAÇÃO DA LIDE 15 CAPÍTULO III DENUNCIAÇÃO DA LIDE PER SALTUM 25 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40 WEBGRAFIA 42 ÍNDICE 43 FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

8 8 INTRODUÇÃO Com a alteração do Código Civil em 2002, importantes modificações foram trazidas para o direito material, o que influenciou também, de uma certa forma, o direito processual pátrio. Com base nessa alteração, a presente monografia traz suas implicações no âmbito do direito processual, em especial no instituto da denunciação da lide, um dos mais polêmicos do nosso ordenamento jurídico. No primeiro capítulo apresentamos, de forma conceitual e geral, a Intervenção de Terceiros, apontando cada um dos seus institutos, visando à compreensão das diferenças entre eles. O segundo capítulo aborda, detalhadamente, o instituto da denunciação da lide, apresentando suas hipóteses especiais, dentre elas a denunciação da lide por saltos. No terceiro e último capítulo abordamos de forma ampla a denunciação da lide per saltum, instituto este, causador de muitas polêmicas, mas que para alguns doutrinadores encontra-se autorizado pela nova redação do art. 456 do CC/2002. Neste último capítulo estão sendo apresentadas as opiniões de doutrinadores consagrados e sua repercussão nos tribunais brasileiros.

9 9 CAPÍTULO I INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 1 - Considerações Gerais Com o objetivo de compreender melhor o instituto da Intervenção de Terceiros, faz-se necessário distinguir o conceito de partes e de terceiros. Para Dinamarco, são quatro as formas pelas quais é possível adquirir a qualidade de parte: a) propondo uma demanda (autor); b) sendo demandado (réu); c) através da sucessão processual e d) através da intervenção de terceiros. (DINAMARCO, 2001, p. 22). Segundo Liebman, partes são aqueles sujeitos do contraditório instituídos perante o juiz. (LIEBMAN, 1984, p. 89). Já terceiro na concepção de Wambier, é todo aquele que não é parte. (WAMBIER, 2004, p. 262). Trata-se do chamado critério da exclusão ou negação. Quem não é parte, é terceiro. Assim, quando ocorrer a hipótese de terceiro ser atingido por decisão proferida em processo do qual não participa, lhe é facultado defender seus interesses com o ingresso na relação processual ora em curso. terceiros como: A partir destas considerações, pode-se conceituar a intervenção de um fenômeno processual através do qual um terceiro ingressa em relação processual pendente, adquirindo a qualidade de parte (principal ou acessória, dependendo da espécie de intervenção realizada). (SILVA, 2007, p. 143).

10 10 O que fundamenta a intervenção de terceiro, é a possibilidade do mesmo ser atingido direta ou indiretamente por decisão proferida em processo do qual não participou, assim surge para esse terceiro o interesse em intervir para não ser atingido pela decisão. As diversas modalidades de intervenção de terceiros em regra são classificadas em dois grupos: voluntária (ou espontânea), quando é feita por ato de vontade do interveniente, como se vê na assistência, na oposição, nos embargos de terceiro e no recurso do terceiro prejudicado e forçada (ou coacta), quando sua intervenção é provocada por uma das partes, nos casos de nomeação à autoria, chamamento ao processo, denunciação da lide. A intervenção pode ser ad coadjuvandum quando o terceiro auxilia uma das partes ou ad excludendum quando ocorre a exclusão de uma ou ambas as partes da relação processual. Cabe ressaltar que só haverá intervenção de terceiros quando houver previsão legal, não ficando a cargo do juiz a posição que as partes assumem no processo. 1.1 Espécies A matéria é tratada nos artigos 56 a 80, do Código de Processo Civil, onde são apresentadas quatro espécies de intervenção: oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide e chamamento ao processo, sendo as demais apresentadas no art. 280, do citado Código, a saber: a assistência e o recurso de terceiro prejudicado, que apesar de estarem fora do capítulo dedicado à intervenção de terceiros, sempre foram assim considerados pela doutrina.

11 11 Adiante serão abordados os aspectos gerais de cada modalidade de intervenção, porém sem adentrarmos em suas peculiaridades e controvérsias por não fazer parte do tema proposto para o trabalho Assistência A assistência é tratada nos arts. 50 ao 55 do CPC e comporta duas modalidades: a) a assistência simples, ou adesiva, ou coadjuvante e b) a assistência qualificada ou litisconsorcial ou autônoma. A assistência será simples quando o direito do assistente não estiver diretamente envolvido no processo, aqui o assistente é mero coadjuvante do assistido, como na hipótese de um fiador que intervenha em auxílio do devedor. Na assistência litisconsorcial o assistente tem interesse jurídico próprio, uma vez que a sentença influenciará diretamente o direito material do assistente. Aqui o assistente é considerado litigante distinto com a parte adversa. trecho abaixo: Essas duas modalidades são distinguidas por Luiz Fux, conforme Na assistência simples, a decisão da causa atinge o assistente de forma indireta ou reflexa. Na assistência litisconsorcial, porque a relação deduzida também é do assistente ou só a ele pertence, o decisum atinge-lhe diretamente, na sua esfera jurídica. No plano material, é como se a sentença tivesse sido proferida em face do assistente mesmo. (FUX, 1990, p. 13). Ambas são classificadas como intervenções voluntárias.

12 Oposição É a intervenção voluntária de terceiro em demanda alheia, através de uma ação, com o objetivo de pleitear para si o bem jurídico disputado pelas partes originárias. A oposição tem por finalidade abreviar a solução da pendência, visa também a economia processual. De acordo com o art. 56, do CPC, a oposição pode ser total ou parcial. Tem-se oposição total quando o terceiro reivindica a integralidade do bem jurídico disputado e oposição parcial quando a reivindicação é sobre parte da coisa ou do direito sobre o qual as partes controvertem. Athos Gusmão Carneiro entende que: a oposição é processualmente uma nova ação, em que é autor o terceiro, como opoente, e são réus o autor e o réu da ação já existente, como opostos. (CARNEIRO, 2009, p. 82) Nomeação à Autoria A nomeação à autoria encontra-se prevista nos arts. 62 ao 69, do CPC e tem por finalidade a correção do pólo passivo da demanda. O réu que se considera parte ilegítima é quem deverá nomear o terceiro para que este venha substituí-lo no pólo passivo da demanda, porém, para que o terceiro ingresse no processo e haja a substituição processual é necessária a aceitação por parte do autor e do nomeado.

13 13 Para o juiz Edward Carlyle Silva: A nomeação à autoria é uma questão de ilegitimidade ad causam. A parte originária é parte ilegítima. Assim sendo, ela realizará a nomeação à autoria do verdadeiro legitimado para que esse responda pelo ato. Mas essa nomeação se dá em casos expressos na lei. Não em qualquer caso. (SILVA, 2007, p. 160). A nomeação à autoria constitui forma de intervenção forçada Denunciação da Lide A denunciação da lide tem como característica o fato de ser uma ação regressiva proposta no mesmo processo, pode ser proposta pelo autor ou pelo réu em face de um terceiro chamado denunciado e tem por objetivo garantir a indenização do denunciante caso perca a demanda. É uma modalidade de intervenção de terceiros provocada. Encontra-se prevista no art. 70 do CPC e tem por finalidade a economia processual Chamamento ao Processo É forma de intervenção forçada e só pode ser utilizada pelo réu. Encontra-se disciplinado nos arts. 77 ao 80, do CPC, e tem por objetivo chamar os demais co-obrigados para integrarem a relação processual na qualidade de litisconsortes passivos, com a finalidade de que o juiz declare, na mesma sentença a responsabilidade de cada um.

14 14 Segundo Athos Gusmão Carneiro, A sentença apresenta similitude com a proferida nos casos de denunciação da lide. Mas com uma diferença. Na denunciação, a sentença de procedência é título executivo, no que tange à ação regressiva, em favor do denunciante e contra o denunciado. No chamamento, nem sempre o título executivo será formado em favor do chamante e contra o chamado; poderá sê-lo em favor do chamado e contra o chamante, tudo dependendo de quem vier, ao final, a satisfazer a dívida. (CARNEIRO, 2009, p. 180) Recurso de Terceiro Prejudicado do CPC. O recurso de terceiro prejudicado encontra-se disciplinado no art. 499 É considerado terceiro prejudicado, para efeitos recursais, aquele que possa ser afetado por decisão judicial proferida em processo pendente do qual não atuou. Para recorrer de decisão proferida em processo que não participou, o terceiro deverá ter interesse jurídico.

15 15 CAPÍTULO II DENUNCIAÇÃO DA LIDE 2 Conceito Nos ensinamentos de Edward Carlyle Silva, denunciação da lide é a: Modalidade de intervenção de terceiros que se caracteriza por ser uma ação regressiva proposta no mesmo processo pelo autor ou pelo réu, em face de um terceiro chamado denunciado, contra o qual algum deles possua pretensão de reembolso. Pretensão essa indenizatória, caso venha a sucumbir na demanda principal. (SILVA, 2007, p. 175). Humberto Theodoro Júnior, resume o conceito e diz que a denunciação da lide: Consiste em chamar o terceiro (denunciado), que mantém um vínculo de direito com a parte (denunciante), para vir responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante saia vencido no processo. (THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 141). Segundo o art. 70 do Código de Processo Civil, a denunciação da lide é cabível em três casos: a) garantia da evicção; b) posse direta e c) direito regressivo de indenização. Neste trabalho trataremos especificamente do caso de denunciação da lide na garantia da evicção.

16 Finalidade A denunciação da lide visa, em regra, duas finalidades: colaboração do terceiro na defesa da parte que o convocou e caso a parte que o convocou perca a demanda, sua indenização pelo terceiro demandado. Para Dinamarco, a denunciação da lide: É a demanda com que a parte provoca a integração de um terceiro ao processo pendente, para o duplo efeito de auxiliá-lo no litígio com o adversário comum e de figurar como demandado em um segundo litígio. (DINAMARCO, 2001, Apud CARNEIRO, 2009, p. 105). Além disso, a denunciação da lide visa atender aos princípios da economia e celeridade processuais e tem também por escopo a redução dos riscos de decisões conflitantes e assim, garantir a segurança jurídica das decisões e a efetividade do processo. 2.2 Obrigatoriedade Encontramos quatro correntes que tratam da obrigatoriedade ou não da denunciação da lide: Filiado a 1ª corrente temos Moacyr Amaral dos Santos que entende que as três hipóteses apresentadas nos incisos do art. 70, do CPC são casos de denunciação da lide obrigatória e caso não seja realizada a denunciação a parte perderá o direito de regresso. (SANTOS Apud SILVA, 2007, p. 180) Na 2ª corrente encontramos Fredie Didier Jr. que entende que não se deve considerar obrigatória a denunciação da lide, caso fosse assim, favoreceria o enriquecimento ilícito do alienante do bem e além disso descaracterizaria a finalidade do instituto que é o alcance da economia e da

17 17 celeridade processuais. Entende o autor que uma norma de direito processual não pode acarretar a perda de uma direito material. (DIDIER JR. Apud SILVA, 2007, p. 180) A 3ª corrente é encabeçada por Athos Gusmão Carneiro que cita Aroldo Plínio Gonçalves, esclarece que é obrigatória a denunciação da lide nos casos dos incisos I, II e de alguns do inciso III do art. 70 do CPC, que tratam de garantia própria também chamada de formal, neste caso o adquirente perderia a garantia prometida pelo transmitente. Já nos casos de garantia imprópria tratada nos demais casos (de responsabilidade civil) do inciso III, a denunciação seria facultativa e estaria assegurado o direito de regresso em face do responsável civil, em processo autônomo. (CARNEIRO, 2009, p. 107). A 4º corrente apresenta a posição majoritária na doutrina e é adotada por Barbosa Moreira, Cândido Dinamarco, Luiz Fux e Arruda Alvim. Para esses autores a denunciação da lide seria obrigatória nos casos do inciso I do art. 70 do CPC e facultativa nos casos dos incisos II e III do mesmo artigo. Esclarecem que no caso da denunciação facultativa, ocorreria a preclusão do direito à denunciação da lide, porém a parte poderia exercer o direito de regresso através de ação autônoma. (SILVA, 2007, p. 181) Lopes da Costa citado por Humberto Theodoro Júnior acrescenta: quando à denúncia a lei substantiva atribuir direitos materiais (o caso da evicção, por exemplo) é ela obrigatória. Se apenas se visa ao efeito processual de estender a coisa julgada ao denunciado, é ela facultativa (para o denunciante). Para o denunciado, porém os efeitos inerentes à intervenção são sempre obrigatórios. (THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 144) E Humberto Theodoro conclui: a obrigatoriedade de que fala o art. 70 decorre do direito material e não da lei processual. (THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 145).

18 Procedimento O Código de Processo Civil regula o procedimento da denunciação da lide do seu artigo 71 ao artigo 76; sendo tratado também no Código Civil, mais precisamente no seu art Aqui trataremos do procedimento estabelecido pelo CPC. Encontramos no art. 71 do CPC o momento em que deverá ser proposta a denunciação da lide. E assim determina o art. 71: A citação do denunciado será requerida, juntamente com a do réu, se o denunciante for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o réu. De acordo com o artigo acima citado, o autor pedirá a citação do denunciado e do réu, porém será feita em primeiro lugar a citação do denunciado, para que o mesmo possa se defender quanto à ação regressiva e também assumindo a condição de litisconsorte do ator, aditar a petição inicial, conforme permissivo do art. 74 do CPC. No caso do réu, Humberto Theodoro entende que o réu não está obrigado a apresentar a contestação junto com a denunciação, e acrescenta: deverá ser reaberto ao denunciante o prazo para contestar, após a solução do incidente, mesmo porque, as mais das vezes, dependerá do comparecimento do denunciado para estruturar a resposta. (THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 147.)

19 19 Já Athos Gusmão Carneiro entende que o réu deverá apresentar a contestação e a denunciação da lide simultaneamente. (CARNEIRO, 2009, p. 133) Mas uma coisa é certa, tanto no caso de denunciação pelo autor quanto pelo réu, não basta apenas efetuar a denunciação da lide, deve-se expor os fatos e os fundamentos jurídicos dela para que então o denunciado possa se defender. O art. 72 do CPC trata da suspensão do processo principal, até que se proceda a citação do denunciado, caso a denunciação seja aceita. Tal suspensão objetiva a efetiva participação do denunciado em todos os atos instrutórios. O parágrafo primeiro do citado artigo fixa o prazo para a citação e o parágrafo segundo estabelece que caso não haja a citação, a ação prosseguirá somente em relação ao denunciante, porém se o denunciante adotou todas as providências para promover a citação, o mesmo não será prejudicado por conta de erro ou demora dos serviços forenses. Realizada a citação do denunciado, a demanda principal e a secundária correrão simultaneamente e serão decididas em uma única sentença. O art. 73 do CPC prevê a possibilidade de denunciações sucessivas, porém o magistrado não está obrigado a admiti-la nos casos em que possa ocorrer demora no andamento do feito que traduza em prejuízos à parte contrária. Para Humberto Theodoro Júnior, o que permite o art. 73 é a acumulação sucessiva de várias denunciações da lide num só processo. (THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 151)

20 20 O tema será melhor desenvolvido no próximo item. O art. 74 trata da denunciação feita pelo autor, e segundo Humberto Theodoro Júnior, o denunciado poderá adotar uma das três providências: 1) simplesmente permanecer inerte, caso em que findo o prazo de comparecimento o juiz determinará a citação do demandado, prosseguindo a ação apenas entre autor e réu; ou 2) comparecer e assumir a posição de litisconsorte, caso em que poderá aditar a petição inicial; ou, finalmente, 3) negar sua qualidade, quando, então o autor prosseguirá com a ação contra o réu (..) (THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 146) E o art. 75 trata da denunciação realizada pelo réu, quando o denunciado poderá adotar uma das seguintes hipóteses previstas no citado artigo: I - Se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado; Aceitando o denunciado a sua denunciação, poderá contestar o pedido no prazo de 15 dias (prazo de resposta), contados a partir do prazo para responder à nomeação. II - Se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final; Assim sendo, será reaberto o prazo para contestação após se resolver o incidente, caso a defesa não tenha sido apresentada junto com o pedido de denunciação da lide.

21 21 III - Se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir na defesa. Neste caso será reaberto o prazo de resposta, nas condições mencionadas no inciso anterior. E finalmente, o art. 76 estabelece que o julgamento da ação principal, em caso de deferimento da denunciação da lide, será feito em conjunto com a ação regressiva (direito decorrente da evicção ou da responsabilidade por perdas e danos), caso não seja assim, será considerada nula, conforme acórdão abaixo: Havendo denunciação da lide, o juiz deve decidir, na mesma sentença, o litígio entre autor e réu e aquele entre denunciante e denunciado. A sentença que decida apenas a ação principal, omitindo-se quanto à ação secundária de denunciação da lide, é nula. (STJ-3ª T., REsp , rel. Min. Ari Pargendler, j , DJU , p. 313). 2.4 Hipóteses Especiais Aqui vamos apresentar, mesmo que de forma superficial, as três possíveis hipóteses de denunciação da lide defendidas por nossos doutrinadores. Aqueles que abraçam uma determinada hipótese excluem totalmente as outras e cada qual defende seu ponto de vista. Não podemos esquecer que o foco principal deste trabalho é a denunciação da lide per saltum, mas é importante abordar as outras duas hipóteses, visto que, a indagação que leva às discussões doutrinárias é sempre a mesma: a possibilidade da parte litigar em face do denunciado sem haver vínculo jurídico de direito material entre eles.

22 Denunciação Sucessiva Na denunciação sucessiva pode se estabelecer uma cadeia de denunciações e cada uma delas deve ser provocada pelo respectivo titular do direito de regresso, ou seja, o adquirente faz a denunciação ao seu alienante imediato e este, denunciará a lide a quem lhe transferiu o bem, e assim por diante. Conforme previsão do art. 73 do CPC: Para fins do disposto no art. 70, o denunciado por sua vez, intimará do litigio o alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável pela indenização e, assim, sucessivamente, observandose, quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente. E assim, o denunciado poderá ter com outrem a mesma posição jurídica do denunciante perante ele, conforme analisa Humberto Theodoro Júnior. (2006, p. 151). Em síntese, o art. 73 permite várias denunciações da lide em um só processo, porém, cada denunciado terá que providência-la de forma regressiva a cada transmitente imediato. Essa hipótese é defendida por aqueles que entendem não ser possível a denunciação da lide por saltos, pois se assim fosse, estaria afirmando a responsabilidade de uma pessoa perante outra que não possui nenhuma relação jurídica. Os doutrinadores que entendem que o art. 456 do CC permitiu as denunciações sucessivas, destacam que, o vínculo existente na garantia regressiva só pode acontecer entre o adquirente e seu antecessor imediato, e sendo assim, cada adquirente, dentro da cadeia de várias e sucessivas transmissões do mesmo bem, só poderá fazer a denunciação da lide ao

23 23 alienante de quem houve a coisa litigiosa, não havendo lugar para a denunciação direta de figurantes remotos na aludida cadeia dominial Denunciação Coletiva Esta hipótese é defendida por aqueles que rechaçam a denunciação sucessiva e não aceitam a denunciação per saltum. Aqui seria permitido àquele atingido pela evicção que promovesse de uma só vez a denunciação de todos os integrantes da cadeia de transmissões do mesmo bem, mas há de se entender que não estaria quebrando a cadeia das sucessivas responsabilidades. Rodrigo Salazar (2004) destaca que o art. 456 do CC não estaria franqueando a escolha livre do denunciado pelo denunciante, mas permitindo apenas a denunciação coletiva, feita sempre em respeito à corrente sucessiva de alienações. Para Gilberto e Adriana Ligero, que defendem a denunciação coletiva: A possibilidade de trazer para uma só relação jurídica processual todos aqueles que participam da cadeia dominial (relação jurídica material), possibilitando a ampla discussão sobre a responsabilidade pela evicção (obrigação), não só evita a realização de infindáveis denunciações sucessivas, que tumultuam o processo, bem como a propositura de eventuais ações autônomas para recobrar o preço, que podem gerar decisões conflitantes, afrontando o princípio da harmonia dos julgados. (LIGERO, p. 11) Em resumo, seria facultado, assim, o chamamento conjunto de todos os anteriores proprietários, e não apenas o chamamento gradual previsto na lei. (CARNEIRO, 2009, p. 141).

24 Denunciação Per Saltum Nesta hipótese temos os doutrinadores que entendem que a modificação introduzida pelo Código Civil autorizou a denunciação por saltos. Aqui o denunciante poderia escolher por qualquer daqueles que fizeram parte na cadeia dominial para em face desse oferecer a denunciação, independente de haver relação jurídica de direito material com o denunciado. Assim esclarecem Guilherme Marinoni e Sérgio Arenhart: O novo Código Civil tolhe as denunciações sucessivas, autorizando apenas o adquirente a eleger aquele contra quem pretende exercer o direito da evicção. Os demais terão de pedir o ressarcimento dos prejuízos em outra sede. (MARINONI e ARENHART, 2005, p. 187) Esta hipótese de denunciação será amplamente desenvolvida no próximo tópico, visto ser o assunto central deste trabalho monográfico.

25 25 CAPÍTULO III DENUNCIAÇÃO DA LIDE PER SALTUM 3 Considerações Iniciais: Alteração do Direito Material Com a entrada em vigor do novo Código Civil houve uma grande remodelação no direito material, mas tais inovações não afetaram somente o direito civil pátrio, mas trouxeram alterações também para o direito processual. Dentre as inovações, uma das que encontra-se causando grandes discussões refere-se ao instituto da denunciação da lide em caso de evicção. No sistema do antigo Código Civil predominava o entendimento de que a denunciação da lide somente era cabível contra aquele de quem o denunciante tivesse havido o bem ou o direito ameaçado de evicção, podendo ocorrer porém a chamada denunciações sucessivas, estabelecendo assim uma cadeia de denunciações, mas não se permitia a denunciação por saltos. Tal espécie de denunciação era regida pelo artigo 73 do Código de Processo Civil, que estabelece o seguinte: Art. 73 Para fins do disposto no art. 70, o denunciado, por sua vez, intimará do litígio o alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável pela indenização e, assim, sucessivamente, observandose, quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente. O citado artigo ainda encontra-se em vigor, porém como dito linhas acima, a alteração no direito material refletiu no direito processual e a partir daí o que já não era pacífico passou a causar maiores polêmicas.

26 26 O vilão dessa novela encontra-se no artigo 456 do novo Código Civil, que assim preceitua: Art. 456 Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. A partir daí entrou na discussão: o novo Código Civil passou a permitir ou não a denunciação da lide por saltos ou per saltum? 3.1 Conceito Como será notado mais a diante, somente em relação ao conceito que não há maiores distorções. Para Alexandre Câmara, um dos maiores críticos desta espécie de denunciação, tratar-se-ia da permissão para que o denunciante demandasse não em face daquele com quem estabeleceu relação jurídica de direito material, mas em face de sujeito de relação jurídica distinta, anterior à sua. (CÂMARA, 2002, p. 203). Já para Cássio Scarpinella Bueno, um dos defensores da denunciação por saltos, tratar-se-ia da utilização da denunciação da lide, não necessariamente e em qualquer caso, ao alienante imediato, de quem o denunciante adquiriu o bem ou direito questionado em juízo, mas a qualquer outro dos anteriores, independentemente da ordem das alienações no plano do direito material. (BUENO, 2003, p. 249). Outro também defensor da denunciação por saltos, Humberto Theodoro Júnior, acrescenta que: Com esta inovação, o direito de reclamar os efeitos da garantia da evicção passou a ser exercitável, mediante a denunciação da lide, não

27 27 só ao alienante imediato, mas também perante qualquer outro que anteriormente tenha figurado na cadeia das transmissões do bem ou do direito. (THEODORO JR., 2006, p. 139). Há de se deixar claro que está se tratando da hipótese de denunciação da lide prevista no art. 70, I, do CPC, que trata do procedimento nos casos de evicção, que segundo Gabriel de Rezende Filho, seria a perda que o possuidor da coisa adquirida sofre em virtude de uma sentença obtida por terceiro que à mesma coisa tenha direito anterior à transferência. (REZENDE FILHO, Apud SANTOS, 2009, p. 28). Sílvio de Salvo Venosa define evicção como a perda em juízo da coisa adquirida, isto é, a perda da coisa pelo adquirente em razão de uma decisão judicial. (VENOSA, 2003, p. 564). Ressalte-se que para a jurisprudência, o direito de invocar a evicção existe até mesmo nos casos em que não ocorra a perda da coisa por decisão judicial. Como se verifica das definições acima, denunciação da lide per saltum seria a forma que o evicto teria de exercer seu direito resultante da evicção contra qualquer um dos alienantes, independente de haver relação jurídica de direito material com os mesmos. 3.2 Denunciação da Lide em Caso de Evicção Evicção define-se como a perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da coisa transferida, por força de uma sentença judicial ou ato administrativo que reconheceu o direito anterior de terceiro, denominado evictor.

28 28 Do conceito extrai-se que o objetivo da evicção é, especialmente, a necessidade de resguardar o adquirente de uma eventual alienação a non domino, ou seja, alienação de coisa não pertencente ao alienante. O evicto, ao exercer o seu direito, resultante da evicção, formulará, em face do alienante, uma pretensão tipicamente indenizatória. O CPC, no inciso I do art. 70, autoriza a denunciação da lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam. (CARNEIRO, 2008, p. 118). Para os defensores da denunciação da lide por saltos, o caput do art. 456 do CC, trouxe uma inovação ao regramento da denunciação da lide em caso de evicção e assim o adquirente poderá denunciar a lide o alienante imediato ou qualquer um dos anteriores, em outras palavras, poderá denunciar a lide quem lhe vendeu ou quem vendeu a quem lhe vendeu. 3.3 Posição Doutrinária No meio doutrinário, predominante era o entendimento de que não era possível exercer a denunciação da lide em face de participante da cadeia sucessória, que não possuísse relação jurídica direta como o denunciante. Porém com a alteração do Código Civil, mais precisamente no art. 456, o legislador teria autorizado o adquirente a denunciar os alienantes anteriores além daquele que lhe vendeu o bem. Diante deste dispositivo legal, uma grande discussão está sendo levantada entre os doutrinadores, sobre qual o sentido da inovação, hoje temos três correntes doutrinárias se posicionando sobre o tema.

29 Corrente Favorável Dentre os doutrinadores favoráveis à esta hipótese de denunciação encontramos Cássio Scarpinella Bueno, para quem a lei material autorizou a denunciação por saltos, criando a lei material a possibilidade de o adquirente litigar em juízo diretamente com pessoas com quem não teve ou não tem qualquer relação jurídica, mas que sejam, de uma forma ou de outra, responsáveis pela indenização (ou, mais rigorosamente, pela evicção), nos termos do art. 73 do Código de Processo Civil. É dizer por outras palavras: o novo art. 456 do Código Civil admite que se litigue com alguém em juízo independentemente de relação jurídica de direito material. (BUENO, 2003, p. 250). Humberto Theodoro Júnior, outro doutrinador que engrossa a corrente dos favoráveis à denunciação per saltum acrescenta: entendia-se que a denunciação sucessiva, nos termos do art. 73, não se podia fazer per saltum ( ) O tema foi enfocado de maneira diferente pelo Novo Código Civil, ao tratar, no art. 456, da garantia da evicção. (THEODORO JR., 2006, p. 151) Também posicionando-se favorável a esta corrente encontramos Marcelo Abelha Rodrigues para quem o CC-2002 teria estabelecido um caso de solidariedade legal de todos os alienantes que compõem a cadeia sucessória em face do último adquirente: todos teriam a obrigação de responder pela evicção, sendo permitido ao adquirente cobrar a indenização contra qualquer dos alienantes. Seria permitida a denunciação per saltum, não para que o quarto ( D ) venha defender interesses do terceiro ( C ), mas em razão da existência de uma solidariedade passiva entre eles em face de B, o último adquirente/evicto. (RODRIGUES apud DIDIER JR., 2008, p. 121).

30 30 Fredie Didier Jr. acrescenta pode o adquirente denunciar a lide a quem lhe vendeu ou a quem vendeu a quem lhe vendeu etc. O tema é novo e polêmico. (DIDIER JR., 2008, p. 119). Para os eminentes juristas que admitem a denunciação por saltos, o entendimento majoritário que entendia inadmissível esta forma de procedimento estaria superado, conforme aponta Marcus Vinícius Gonçalves Rios: não se admitia, em nenhuma hipótese, que a denunciação se fizesse por saltos. No entanto, o art. 456, do novo Código Civil não deixa dúvidas, permitindo que a denunciação se faça ao alienante imediato ou a qualquer dos anteriores, na forma das leis do processo. (RIOS, 2004, p. 197). O jurista Arruda Alvim que antes era contrário a admissão da denunciação por saltos, argumentando que era indispensável a existência de relação jurídica entre denunciante e denunciado, hoje diante da alteração havida no direito material, revê seu posicionamento e se filia a corrente majoritária por entender que o art. 456 do atual CC estaria abrindo a possibilidade para a chamada denunciação da lide per saltum até então inadmitida. (ALVIM, 2005, p.160). Na defesa de seus posicionamentos alguns juristas se limitam a invocar o art. 456 do CC enquanto outros vão além e fazem uma análise minuciosa do assunto em tela. Cássio Scarpinella Bueno se baseando na alteração da regulamentação do instituto da evicção, sustenta a viabilidade da denunciação per saltum quando combinar as regras do art. 456, do CC com as do art. 73 do CPC.

31 31 Para o autor, procedendo desta forma o direito processual estaria alimentado pela nova regra de direito civil, o qual teria regulado um caso de substituição processual: a hipótese, posto que adstrita aos casos de evicção, afina-se a ideia de legitimação extraordinária. Em juízo estará alguém (o alienante) litigando, em nome próprio, por direito alheio (do adquirente ou, mais amplamente, dos diversos componentes, senão de todos, da cadeia dominial). (BUENO, 2003, p. 250). Humberto Theodoro Jr. apesar de compactuar com a mesma corrente, entende que a hipótese trata-se de solidariedade passiva: conferindo-se ao evicto direito de avançar na cadeia regressiva dos sucessivos alienantes, a lei civil acabou por instituir uma solidariedade passiva entre eles e perante aquele que sofre a evicção. O que afinal suportar a garantia terá, naturalmente, direito de reembolso junto aos alienantes que o precederam na cadeia. (THEODORO JR., 2006, p. 151). E acrescenta que o art. 456 do CC ao recomendar a necessidade de observar o que dispõe as leis de processo, estaria apenas referindo-se a necessidade de observar o procedimento traçado pela lei processual para a denunciação da lide. Concluindo que: não foi a legitimidade para exercer o direito de garantia emanado da evicção, nem tampouco o seu alcance objetivo e subjetivo. (THEODORO JR., 2006, p. 139). Os dois autores concordam que não fosse esta fundamentação não teria propósito jurídico algum a inovação trazida pela lei civil. Conforme se pode verificar, para estes ilustres juristas o art. 456 do CC estaria viabilizando a denunciação da lide per saltum e além disso teria criado uma nova situação de legitimação extraordinária ou de solidariedade passiva entre o evicto e os alienantes do bem que está sendo reclamado.

32 Corrente Contrária Alexandre Freitas Câmara, um dos juristas contrário a corrente majoritária, entende que o art. 456 do CC não pode ser utilizado para autorizar uma denunciação por saltos. Para o ilustre jurista, se permitindo tal hipótese de denunciação, estarse-ia responsabilizando uma pessoa perante outra, sem haver entre elas qualquer relação jurídica de direito material. Ressalta que: é preciso observar que a lei civil afirma a possibilidade de se fazer a denunciação da lide ao alienante imediato, ou a qualquer dos anteriores, 'quando e como lhe determinarem as leis do processo'. Esta cláusula final remete ao sistema do CPC, segundo o qual a denunciação da lide é feita pelo adquirente ao seu alienante imediato e este por sua vez, denunciará a lide a quem lhe transferiu o bem, e assim por diante. ( ) fazendo-se mister a realização de denunciações da lide sucessivas. (CÂMARA, 2002, p. 204). Também filiado a esta corrente encontramos Cândido Rangel Dinamarco, que entende que: são inadmissíveis as denunciações per saltum: cada sujeito processual só pode denunciar a lide ao seu próprio garante e jamais aos garantes de seu garante. (DINAMARCO, 2003, p. 406). Para o ilustre jurista o evicto não teria legitimidade para demandar em face daquele que não fosse o alienante imediato. Um dos mais radicais dentre os autores citados encontramos Gustavo Santana Nogueira, que não admite sequer a denunciação sucessiva. Ressalta que: ''nossa opinião é a de que, apesar do Código Civil aparentemente permitir

33 33 a denunciação per saltum, esta não será cabível por força das regras processuais. (NOGUEIRA, 2004, p. 202). Fredie Didier Jr. destaca em sua obra o posicionamento de Flávio Yarshell, para quem a nova regra deve ser compreendida como a consagração, na legislação civil, da possibilidade de denunciação sucessiva prevista no art. 73 do CPC. (YARSHELL apud DIDIER JR., 2008, p.120). Continua: o autor não aceita o entendimento que reconhece a possibilidade de uma denunciação da lide per saltum, que permitiria que um alienante, provavelmente aquele que tivesse maior capacidade econômica, pudesse responder por diferentes indenizações, de diferentes adquirentes. (DIDIER JR., 2008, p. 120) Corrente Intermediária Esta terceira corrente propõe um ponto intermediário de equilíbrio. Filiam-se a ela Sérgio Ricardo Fernandes, Moniz de Aragão e Rodrigo Salazar. Para estes juristas o objetivo da inovação seria autorizar a chamada 'denunciação coletiva' e com ela alcançar de uma só vez, todos os integrantes da cadeia de transmissão do mesmo bem. Rodrigo Salazar defende a tese de que: a nova redação do art. 456 do CC, combinada com o quanto exposto pelo art. 70, I do CPC, deve ser entendida como autorização para que seja realizada a 'denunciação coletiva', evitando-se denunciações sucessivas desnecessárias, e não como beneplácito à denunciação per saltum. Sua tese é respaldada ainda no posicionamento do STJ, que em algumas decisões admitiu a denunciação da lide coletiva. (SALAZAR, 2004, p. 944).

34 34 Para Sérgio Ricardo de Arruda Fernandes a intenção do legislador foi de permitir a denunciação coletiva para abreviar assim a fase de citação dos possíveis denunciados, pois iria prolongar-se demasiado à medida que fosse respeitada a ordem sucessiva de citação de cada um. Entende que o adquirente tem que denunciar a lide ao alienante e valer-se da faculdade de, no mesmo momento, requerer a citação dos demais integrantes da cadeia sucessória, e acrescenta: uma vez citados todos, haverá para cada qual a possibilidade de exercer sua ação regressiva em face do antecessor. (FERNANDES, 2004, p. 02). Após a análise dessa última corrente pudemos ter uma visão panorâmica do que vem sendo construído pela doutrina pátria em relação ao tema proposto, que é revestido de uma importância prática de total relevância. 3.4 Necessidade de Adequação do CPC ao CC? Para aqueles que entendem que o novo Código Civil autorizou a denunciação da lide per saltum, a resposta é sim, há necessidade de adequação do Código de Processo Civil com as novidades introduzidas pela lei material. Diante dessa nova sistemática, Athos Gusmão Carneiro propõe a reforma do texto dos arts. 70, I, e 73, caput, do CPC para colocá-lo em sintonia com o art. 456 do Código Civil. Para o autor da proposta, o fundamento da adequação está em que a lei material já agora em vigor dispõe que a denunciação não se fará exclusivamente ao 'alienante' imediato da coisa à parte denunciante (como estava no art do CC de 1916), mas sim poderá ser feita a 'qualquer' anterior transmitente na cadeia dominial, tal como consta do vigente Código Civil (CARNEIRO, 2008, p. 15).

35 35 Assim, propõe que o art. 70, I, do CPC, passe a ter a seguinte redação: Art. 70. Cabe a denunciação da lide: I ao alienante imediato, ou a qualquer dos anteriores na cadeia dominial, na ação relativa à coisa cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que possa exercer o direito que da evicção lhe resulta. (CARNEIRO, 2008, p. 13). E justifica, assim, a proposta de alteração do art. 70, I, busca a necessária harmonização entre a lei processual e o novo regramento trazido pelo Código Civil vigente. (CARNEIRO, 2008, p. 15). Para o art. 73, caput, sugere a seguinte redação: Art. 73. Para os fins do disposto no art. 70, I, o denunciado, por sua vez, requererá a citação do alienante anterior, ou de outro na cadeia dominial, e assim sucessivamente, observando-se quanto aos prazos o disposto no artigo antecedente (...) (CARNEIRO, 2008, p. 16). Verifica-se com esta proposta, que o objetivo do processualista é a modernização dos textos processuais que para ele foram atingidos pelas alterações insertas no novo Código Civil. 3.5 Posição Jurisprudencial Antes da alteração do direito material os tribunais brasileiros não admitiam a denunciação per saltum. Os Tribunais de Justiça estaduais firmavam entendimento contrário a essa hipótese de denunciação, exigindo-se que toda a cadeia dominial fosse percorrida através de denunciações sucessivas. Tal entendimento encontrava-se amparo em posição pacífica do Supremo Tribunal Federal, prevalecendo a tese de que:

36 36 a denunciação da lide, com base no inciso I do art. 70 do C.P.C., só é possível ao alienante imediato, não "per saltum", como já decidiu o S.T.F. em vários precedentes. (ACO 301 QO / MT - MATO GROSSO, Relator: Min. SYDNEY SANCHES, Julgamento: 01/02/1989, Órgão Julgador: Tribunal Pleno, Publicação: DJ 10/03/1989). Atualmente, após a alteração do Código Civil, ainda não houve manifestação do STF sobre o assunto. No STJ, também não houve manifestação sobre a denunciação da lide por saltos, apesar de ser o Órgão com competência para apreciação da matéria. Em alguns Tribunais estaduais a questão começa a ser discutida, como por exemplo no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que antes seguia o entendimento do STF, em 2004 já alterou sua posição e parece ter aceitado a denunciação por saltos: Ademais, defendem a possibilidade de acionar diretamente o Estado, em atuação per saltum, o que hoje, encontra expresso respaldo no art. 456, do novo Código Civil, por presente sub-rogação legal. (Agravo de Instrumento nº ,Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, 5ª Câmara Cível, Relator: Des. Leo Lima, Julgamento: 16/09/2004). Por outro lado, o Tribunal de Justiça do Paraná, continua mantendo o entendimento pela não aceitação da denunciação per saltum, conforme trecho do julgamento da Apelação Cível nº : O autor pode denunciar à lide somente aquele de quem adquiriu o imóvel, pois não tem relação jurídica com o alienante anterior. (Apelação Cível nº , Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, 1ª Câmara Cível, Relator: Des. Péricles Bellusci de Batista Pereira, Julgamento: 02/09/2003).

37 37 Das jurisprudências pesquisadas, pode-se verificar que são poucos os julgados tratando da matéria em questão, sendo assim, não se tem ainda uma jurisprudência consolidada em nossos Tribunais, mas apesar da ínfima quantidade de decisões, o tema promete ser motivo de calorosos debates pelos conhecedores do assunto, o que poderá repercutir nas cortes do país.

38 38 CONCLUSÃO Conforme se verifica no trabalho ora apresentado, as inovações trazidas pelo direito material afetou diretamente o direito processual pátrio e com isso reacenderam as discussões em relação à intervenção de terceiros, em especial à denunciação da lide no campo da evicção. O entendimento, até então pacífico, em relação à inviabilidade do denunciante oferecer a denunciação da lide por salto, ou seja, denunciar da lide qualquer um da cadeia de alienações sem que haja entre eles qualquer vínculo de direito material, agora encontra-se alquebrado. Tal abalo se deve ao fato de o art. 456 do Código Civil prescrever que o adquirente poderá notificar, tanto o alienante imediato como qualquer dos anteriores, abrindo assim a discussão se estaria autorizando a denunciação da lide per saltum ou não. Na discussão do tema surgiram três correntes defendidas por consagrados doutrinadores. Na defesa da denunciação da lide por saltos encontramos nomes como Humberto Theodoro Júnior e Cássio Scarpinella Bueno, para quem o art. 456 do CC estaria autorizando a denunciação per saltum. Em lados opostos, que negam a possibilidade da denunciação da lide per saltum estão Alexandre Câmara e Cândido Dinamarco. Já a terceira corrente defende uma posição intermediária, entende que o art. 456 do CC autoriza que seja realizada a denunciação coletiva, tem como defensores Sérgio Ricardo Fernandes e Rodrigo Salazar.

39 39 Enfim, como se observa, as inovações do Código Civil de 2002 trouxeram muitas soluções mas também muitos problemas para os procedimentos estabelecidos no direito processual civil, e as discussões estão longe de ter fim, mas todas tem um fim comum, se alcançar a efetividade do processo. Portanto, resta pôr na prática do Tribunais os entendimentos relacionados a aceitação ou não da denunciação da lide per saltum.

40 40 BIBLIOGRAFIA ALVIM, Arruda. Manual de direito processual civil. 9ª ed. vol. 2. São Paulo: RT, BUENO, Cássio Scarpinella. Partes e terceiros no processo civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. Vol. I. 8ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, CARNEIRO, Athos Gusmão. Intervenção de terceiros. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, DIDIER JÚNIOR, Fredie. Regras processuais no código civil. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de direito processual civil. 3ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, Litisconsórcio. 6ª ed. São Paulo: Malheiros, DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. 10ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, FUX, Luiz. Intervenção de terceiros: aspectos do instituto. São Paulo: Saraiva, LIEBMAN, Enrico Tullio. Manual de direito processual civil. v. 1. Tradução e notas de Cândido Rangel Dinamarco. Rio de Janeiro: Forense, 1984.

41 41 MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do processo de conhecimento. 4ª ed. São Paulo: RT, NOGUEIRA, Gustavo Santana. Curso básico de processo civil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, RIOS, Marcus Vinícius Gonçalves. Novo curso de direito processual civil. Vol. 1. Rio de Janeiro: Saraiva, SALAZAR, Rodrigo. Hipótese de denunciação da lide do art. 70, I, do código de processo civil: análise do art. 456 do novo código civil. Possibilidade de denunciação per saltum? In: DIDIER JÚNIOR, Fredie; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim (coords.). Aspectos polêmicos e atuais sobre os terceiros no processo civil e assuntos afins. São Paulo: RT, SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. Vol ª ed. São Paulo: Saraiva, SILVA, Edward Carlyle. Direito processual civil. Rio de Janeiro: Impetus, THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Vol ª ed. Rio de Janeiro: Forense, VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Vol. II. 3ª ed. São Paulo: Atlas, WAMBIER, Luiz Rodrigues; ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo. Curso avançado de processo civil. Vol. 1. 6ª ed. São Paulo: RT, 2003.

42 42 WEBGRAFIA CARNEIRO, Athos Gusmão. Intervenção de terceiros no CPC, de lege ferenda. Revista de Processo. v. 33. n maio/2008. Disponível em: < acessado em 19/02/2010. FERNANDES, Sérgio Ricardo de Arruda. Aspectos processuais do novo código civil. Rio de Janeiro, Disponível em: < acessado em 08/02/2010. LIGERO, Gilberto Notário; LIGERO, Adriana Aparecida Giosa. Denunciação da lide per saltum. Uma análise sistemática do artigo 456 do novo Código Civil e do artigo 70, I, do Código de Processo Civil. Disponível em: < acessado em 15/01/2010. THEODORO JÚNIOR, Humberto. Novidades no campo da intervenção de terceiros no processo civil: A denunciação da lide per saltum (Ação Direta) e o chamamento ao processo da seguradora na ação de responsabilidade civil. Belo Horizonte. dezembro/2008. Disponível em: < > acessado em 15/01/2010.

43 43 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO AGRADECIMENTOS DEDICATÓRIA RESUMO METODOLOGIA SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Considerações Gerais Espécies Assistência Oposição Nomeação à Autoria Denunciação da Lide Chamamento ao Processo Recurso de Terceiro Prejudicado CAPÍTULO II DENUNCIAÇÃO DA LIDE Conceito Finalidade Obrigatoriedade Procedimento Hipóteses Especiais Denunciação Sucessiva Denunciação Coletiva Denunciação da lide Per Saltum... 24

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