EXTENSIVO PLENO Direito Civil Teoria geral dos Contratos Prof. João Aguirre Aula /1

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1 MATERIAL DE AULA I) Ementa da aula 1. FONTES DAS OBRIGAÇÕES 2. CONTRATOS IV) CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: a) Típicos e Atípicos: b) Unilaterais, Bilaterais e Plurilaterais c) Onerosos e Gratuitos d) Consensuais, Reais e Formais e) Comutativos e Aleatórios f) Paritários e de Adesão g) De Execução Imediata, Diferida ou Continuada (tratos Sucessivos V) FORMAÇÃO DO CONTRATO: a) Manifestação de vontade b) Negociações Preliminares c) Proposta d) Aceitação VI) EFEITOS DOS CONTRATOS: a) A eficácia dos contratos e os princípios da irretratabilidade, de intangibilidade, da relatividade quanto às pessoas e da relatividade quanto ao objeto; b) Os vícios redibitórios c) A evicção VII) DA ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO E DA PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO - 1

2 II) Legislação correlata: Código Civil Lei n.º /02 Dos Contratos em Geral Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Art Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. Art Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Art É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. Art Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Da Formação dos Contratos Art A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Art Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar à resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Art A oferta ao público equivale à proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada. Art Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. Art A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. - 2

3 Art Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. Art Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. Art Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado. Art Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. Da Estipulação em Favor de Terceiro Art O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art Art Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. Art O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. Da Promessa de Fato de Terceiro Art Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Art Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. Dos Vícios Redibitórios Art A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. - 3

4 Art Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. Art Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. Art A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. Art O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. Art Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. Da Evicção Art Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Art Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Art Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. Art Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. - 4

5 Art Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Art Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. Art As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Art Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. Art Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. Art Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. Art Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Dos Contratos Aleatórios Art Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. Art Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido. Art Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. Art A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. Do Contrato Preliminar - 5

6 Art O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. Art Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. Art Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação. Art Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos. Art Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor. Do Contrato com Pessoa a Declarar Art No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. Art Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado. Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato. Art A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. Art O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. Art Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. Da Extinção do Contrato Do Distrato Art O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. - 6

7 Art A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. Seção Da Cláusula Resolutiva II Art A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. Art A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigirlhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. Da Exceção de Contrato não Cumprido Art Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Art Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. Da Resolução por Onerosidade Excessiva Art Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Art A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. Art Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva III) Jurisprudência (padrão de transcrição do site do STJ resultado sem formatação) - 7

8 Ementa RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. LEGITIMIDADE DAS EMPRESAS RECORRENTES AFIRMADA PELO TRIBUNAL A QUO. JULGAMENTO EXTRA PETITA. NULIDADE. EXCLUSÃO DO EX- CESSO VERIFICADO. DEVEDOR. MORA. INTERPELAÇÃO VERIFICADA. VÍCIOS RE- DIBITÓRIOS. DECADÊNCIA. DESCABIMENTO. RECURSOS NÃO CONHECIDOS. I- NADIMPLEMENTO ABSOLUTO DO CONTRATO. MATÉRIA PROBATÓRIA. ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA DESTE STJ. CLÁUSULA PENAL. MORATÓRIA. PRÉ-FIXAÇÃO DE PERDAS E DANOS. NÃO OCORRÊNCIA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 282 DO CPC. INOVAÇÃO RECURSAL. CULPA CONCORRENTE AFASTADA NAS INSTÂN- CIAS ORDINÁRIAS. LUCROS CESSANTES. COMPROVAÇÃO. LIQÜIDAÇÃO DOS PRE- JUÍZOS SOFRIDOS. VERBA HONORÁRIA. MAJORAÇÃO. REVISÃO. IMPOSSIBILIDA- DE. RESPONSABILIDADE DAS RECORRENTES. INDIVIDUALIZAÇÃO. IMPOSSIBILI- DADE. ARRANJO CONTRATUAL. 1. Inexiste qualquer contradição, obscuridade ou omissão no acórdão guerreado, porquanto analisadas todas as questões devolvidas à Corte mineira; assim, vão a- fastados quaisquer alvitres de violação ao artigo 535 do Código de Processo Civil, como os suscitaram, em suma, os três recursos especiais, ainda que sob variegadas abrangências. 2. O Tribunal a quo, ao que consta de sua decisão, deu à questão da legitimidade das recorrentes análise adequada, concluindo pela inexistência de fatos contrários às suas inclusões no pólo passivo da demanda. 3. Conquanto não se ignore a diferença conceitual entre julgamento extra e ultra petita, em termos da teoria das nulidades, idêntica é a conseqüência, seja um, ou outro, o vício apresentando pelo decisum, qual seja, o defeito, no ponto, do pronunciamento judicial. Indiferente, porém, a caracterização feita pelo Tribunal, pois constatando o excesso praticado na sentença, excluiu do montante indenizatórios os pagamentos "a terceiros e as despesas decorrentes de todos os acidentes narrados", uma vez que "não foram alvo do pedido inicial". 4. "A lei civil considera o devedor em mora, nos casos de inadimplemento da obrigação, no seu termo, sem dependência de outras formalidades (art. 960 do antigo CCB), sendo necessária interpelação antecedente apenas nos casos em que o autor opte pela rescisão do pacto contratual, o que não se verifica no presente caso, pois a recorrida apenas pretende a indenização pelas perdas e danos, mesmo porque a jurisprudência vem entendendo que a citação vale como interpelação judicial" (trecho do acórdão recorrido). 5. Quanto à alegada decadência do direito à redibição, afastou-a peremptoriamente o Tribunal das Alterosas, porque cuidava, na espécie, de pedido de indenização por danos sofridos e não, de resolução contratual por vício no objeto da prestação. 6. Relativamente à argüição de inexistência de absoluto inadimplemento do contrato ou da não ocorrência de justo motivo para a rejeição do equipamento contratado, também se registrou no acórdão, expressamente, com base na "prova dos autos, que o sistema adquirido pela MBR restou totalmente inutilizado". A questão, pois, se encontra solucionada, porquanto definida em termos concreto e com precisão, sobretudo, fundada no acervo probatório concebido na instrução do feito, a responsabilidade da recorrente pelos prejuízos causados. 7. Num primeiro momento, na falta de critérios mais precisos para se definir quando é compensatória ou moratória a cláusula penal, recomenda a doutrina "que se confronte o seu valor com o da obrigação principal, e, se ressaltar sua patente inferioridade, é moratória" (Caio Mário da Silva Pereira); in casu, como registrado no acórdão guerreado, a cláusula penal foi fixada em 10% do valor do contrato, o que, à luz do critério acima traçado, exterioriza e denota sua natureza moratória. Ade- - 8

9 mais, ainda que compensatória fosse a estipulação, "ocorrendo o inadimplemento imputável e culposo, o credor tem a possibilidade de optar entre o procedimento ordinário, pleiteando perdas e danos nos termos dos arts. 395 e 402 (o que o sujeito à demora do procedimento judicial e ao ônus de provar o montante do prejuízo) ou, então, pedir diretamente a importância prefixada na cláusula penal, que corresponde às perdas e danos estipulados a forfait. Daí a utilidade da cláusula penal como instrumento que facilita o recebimento da indenização, poupando ao credor o trabalho de provar, judicialmente, ter havido dano ou prejuízo, livrando-se, também, da objeção da falta de interesse patrimonial" (Judith Martins-Costa in Comentários ao Novo Código Civil. Do inadimplemento das obrigações. Volume V. Tomo II. Arts. 389 a 420. Coordenador Sálvio de Figueiredo Teixeira. Rio de Janeiro: Forense, 2004, página 490). 8. Doutra parte, a sugestão de que a referida cláusula represente verdadeira cláusula limitativa de responsabilidade não encontra qualquer eco na doutrina nacional; conforme anota Tatiana Magalhães Florence, em obra coordenada pelo Prof. Gustavo Tepedino, a cláusula em si não se confunde com eventual cláusula limitativa de responsabilidade; "na primeira [cláusula penal], a indenização pré-fixada é devida pela parte inadimplente mesmo não tendo acarretado dando ao credor, enquanto que na segunda [cláusula limitativa de responsabilidade] o que se estipula é o máximo que poderá ser pago a título de perdas e danos pela inexecução culposa do contrato; o devedor ficará isento do pagamento da indenização caso seja comprovada a inexistência do dano ou se sua qualificação for inferior ao máximo estabelecido na cláusula, respondendo nessa hipótese apenas pelo exato montante do prejuízo" (in Obrigações: estudos na perspectiva civil-constitucional. Coordenação de Gustavo Tepedino. Rio de Janeiro: Renovar, 2005, página 520). 9. No tocante às argüições de inexistência de qualquer prova de prejuízo e de e- ventual enriquecimento sem causa da recorrida, a sede recursal manejada não propicia infirmar as conclusões alcançadas pelo Tribunal de origem, que, arrimado no conjunto probatório constante dos autos, e expressamente reconhecendo a idoneidade dos laudos periciais, desaguou em detectar a efetividade dos danos experimentados pela recorrida. 10. Cuida-se de manifesta inovação recursal a denúncia de suposta contrariedade ao artigo 282, inciso III, do Código de Processo Civil, por força de inserção de fundamento novo no pedido, quando da apresentação da réplica. 11. Diante das evidências reconhecidas de que o sistema teleférico jamais foi entregue em perfeito estado de funcionamento, não colhem êxito os argumentos da recorrente, no sentido de que tradição houve com a expulsão dos técnicos de uma das recorrentes do canteiro de obras da empresa recorrida ou de que o prazo decadencial da ação redibitória deveria ser contado a partir da rejeição do sistema, que teria ocorrido com o acidente de fevereiro de Além do mais, já afirmara o Tribunal, cuidarem os autos de pedido de indenização pelos danos sofridos e não, de resolução contratual por vício no objeto da prestação. 12. Eventual culpa concorrente da recorrida restou expressamente afastada pela Corte de origem, na apreciação do substrato fático-probatório da demanda, não havendo qualquer omissão ou obscuridade no acórdão recorrido; ali se consignou, no voto condutor, que "toda a estrutura existente no local em que aconteceu a tentativa de funcionamento e instalação dos teleféricos foi montada e pertencia às rés, cabendo-lhe fiscalizar a execução dos serviços contratados", mais adiante, afirmando-se que "a questão do abandono dos teleféricos restou totalmente desmentida pelo laudo pericial". Infirmar tais conclusões equivaleria a desconstituir a própria base fática do laudo pericial, atividade incompatível com o sentido da via excepcional. - 9

10 13. Assim, também, quanto às questões relativas à ocorrência de eventual decisão manifestamente contrária à prova dos autos, à ausência de comprovação dos fatos constitutivos do direito da recorrida, à carência de elementos ensejadores da reparação civil, à ausência de ato ilícito cometido pela recorrente, à inexistência de nexo causal entre o evento havido e o dano supostamente sofrido, à falta de comprovação do dano alegado como sofrido pela recorrida, à ausência de comprovação dos prejuízos materiais experimentados pela recorrida. Tudo isso foi apreciado e dirimido pelo Tribunal mineiro, arrimada a decisão nas provas carreadas aos autos, mormente o laudo pericial havido por satisfatório e conclusivo. 14. A alegação de falta de indicação dos supostos prejuízos advindos de lucros cessantes, ocasionando, por conseguinte, o enriquecimento sem causa da recorrida, também não merece prosperar, pois, fixados pelo acórdão combatido; sua quantificação é meta que cabe e diz respeito à liqüidação, tal qual preconizada. 15. Vem entendendo esta Corte Superior que a reapreciação dos valores fixados a título de verba honorária encontraria óbice inafastável no enunciado sumular n. 7 ("a pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial"); assente, outrossim, o entendimento de que "o quantum definido pela Corte de origem, a título de honorários advocatícios, somente pode ser alterado em sede de recurso especial quando absurdamente excessivo ou irrisório"(agrg no Ag /RJ, de minha relatoria, DJ de 20/11/2006), o que não ocorre na espécie, ante o vulto da demanda e a complexidade evidente de seu deslinde. 16. Mesmo que as recorrentes não se tenham responsabilizado, de per si, ampla e totalmente, por todo o processo de elaboração e instalação do sistema, o arranjo final dos contratos firmados não proporcionou, nas instâncias anteriores, qualquer possibilidade de separação das funções desempenhadas por cada qual, havendo verdadeira imbricação amalgamada de tarefas e de responsabilidades. Além disso, conforme leciona Pontes de Miranda, "o art. 265 não disse que a solidariedade depende de cláusula explícita. A vontade dos figurantes, ou do figurante (...), pode manifestar-se sem termos que sejam diretos" (in Tratado de Direito Privado. Parte Especial. Direito das Obrigações: Obrigações e suas espécies. Fones e espécies de obrigações. Tomo 22. Atualizado por Vilson Rodrigues Alves em conformidade com o Código Civil de Campinas: Bookseller, 2003, página 361). 17. Recurso especiais não conhecidos.(stj, REsp / MG, Min. HÉLIO QUA- GLIA BARBOSA, 1.ª T, v.u., j , DJ ) Informativo STJ - Nº 0381 Período: 15 a 19 de dezembro de 2008 Corte Especial SEC. ASSINATURA. CLÁUSULA. JUÍZO ARBITRAL. Impossibilita a homologação da sentença arbitral estrangeira a ausência de assinatura na cláusula de eleição do juízo arbitral contida em contrato de compra e venda, no seu termo aditivo e na indicação de árbitro em nome da ora requerida, porquanto isso ofende o princípio da autonomia da vontade e a ordem pública (art. 4º, 2º, da Lei n /1996). Precedente citado: SEC 967-GB, DJ 20/3/2006. SEC 978-GB, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgado em 17/12/

11 Informativo STJ Nº 0369 Período: 22 a 26 de setembro de Quarta Turma CONCESSÃO COMERCIAL. RESCISÃO. CONTRATO. A recorrida, concessionária de veículos, propôs ação cautelar para manter o contrato com a recorrente, sustentando que a ruptura ocorrerá sem observância das formalidades previstas na lei e no contrato, e obteve liminar em primeiro grau, confirmada pelo Tribunal a quo em agravo de instrumento. Conforme precedentes deste Superior Tribunal, em situações semelhantes, se uma das partes manifestou seu desejo de romper o contrato, não pode ser forçada a sustentar o vínculo, porquanto isso feriria a autonomia da vontade. Sendo assim, é descabida a concessão de liminar nesse sentido, pois haveria carência do fumus boni juris. Se houve ruptura abrupta, sem observância das formalidades exigidas, a questão deve ser resolvida em perdas e danos a serem discutidos em ação própria. Destarte, ausente o fumus boni juris e demonstrado que existe previsão legal para a rescisão unilateral de contrato por prazo indeterminado, incabível manter liminar que obrigue as partes a perpetuarem vínculo contratual não mais desejado por uma delas. Precedentes citados: REsp MT, DJ 19/12/2003, e REsp SE, DJ 4/6/2001. AgRg no Ag SP, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 23/9/2008. Informativo STJ - N.º 0376 Período: 10 a 14 de novembro de CONTRATO. SFH. EFICÁCIA. TERCEIROS. Segunda Turma Firmou-se contrato de mútuo habitacional (SFH) com o agente financeiro vinculado ao extinto BNH. Sucede que houve a cessão da posição contratual (devedor) por força de escritura de compra e venda na qual se ressalvava a existência de caução hipotecária dada ao BNH pelo agente financeiro, mediante endosso em cédula hipotecária. Então, os cessionários quitaram antecipadamente o saldo devedor, quitação essa passada pelo agente financeiro, autorizando-os a levantar o gravame hipotecário. Remanesceu, contudo, o direito real de caução sobre o crédito hipotecário. Porém, a CEF firmou contrato de novação com o agente financeiro (em liquidação extrajudicial) e adquiriu, entre outros, os direitos sobre a caução hipotecária constituída sobre o imóvel dos cessionários. Foi o inadimplemento do agente financeiro que gerou a pretensão de a CEF opor-se ao levantamento do gravame da caução, o que levou os cessionários a ingressar com ação ordinária contra a CEF, com o fito de liberá-los desse ônus real. Quanto a isso, veja-se que o princípio da relatividade dos efeitos dos contratos (res inter alios acta) tem sofrido mitigações mediante a admissão de que os negócios entre as partes, eventualmente, podem interferir (positiva ou negativamente) na esfera jurídica de terceiros. Essas mitigações dão-se pela doutrina do terceiro cúmplice, a proteção do terceiro diante dos contratos que lhe são prejudiciais ou mesmo pela tutela externa do crédito. Porém, em todos os casos, sobressaem a boa-fé objetiva e a função social do contrato. No caso, a cessão dos direitos de crédito à CEF deu-se após o adimplemento da obrigação pelos cessionários, negócio que se operou inter partes (devedor e credor). Assim, o - 11

12 posterior negócio entre a CEF e o agente financeiro não tem força para dilatar sua eficácia e atingir os devedores adimplentes. Aflora da interpretação dos arts. 792 e 794 do CC/1916 a necessidade de que os cessionários sejam notificados da cessão do título caucionado, com o desiderato de não pagarem em duplicidade, assertiva compartilhada pelas instâncias ordinárias. No entanto, não há, nos autos, prova de que a CEF tenha promovido a notificação. Por último, vê-se que a Súm. n. 308-STJ tem aplicação analógica ao caso e que os princípios da boa-fé objetiva, função social e os relativos à proteção das relações jurídicas também impedem a responsabilização dos cessionários. Com esse entendimento, a Turma, conheceu em parte do recurso da CEF e, nessa parte, negou-lhe provimento. REsp CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 11/11/2008. V) Material complementar (EVENTUAL RESUMO/ESQUEMA/FLUXOGRAMAS DO PROFESSOR) III) ELEMENTOS DOS CONTRATOS: a) Plano da Existência: - agente - vontade - objeto - forma b) Plano da Validade: b1) Capacidade: - Nulidade do contrato celebrado pelas pessoas do art. 3º, CC absolutamente incapazes - Anulabilidade do contrato celebrado pelas pessoas do art. 171, I relativamente incapazes. b2) Objeto: - 12

13 - Objeto lícito: possível física e juridicamente ex. pacto sucessório (art. 426). - Lícito: conforme a moral, a ordem pública e os bons costumes + valor econômico (ex. venda de um grão de feijão) - Determinável ou determinado b3) Forma: - Forma prescrita em lei ou não defesa em lei. - Forma: ex. escritura pública para bens imóveis acima de determinado valor (art. 108). B4) Vontade livre - Nos contratos, há um quarto elemento: a vontade livre - Acordo de vontades - Está sujeito aos vícios do negócio jurídico: erro (arts. 138 a 144); Erro (art. 138 a 144) Dolo (art. 145 a 150); Coação (art. 151 a 155); Estado de perigo (art. 156); Lesão (art. 157) Fraude Contra Credores (art. 158 a 165); c) Plano da Eficácia: - Condição - Termo - Encargo - Conseqüências do inadimplemento contratual: Multa, juros, perdas e danos - registro imobiliário IV) CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: - 13

14 a) Típicos e Atípicos: - Típicos: regras disciplinares são expostas e desenvolvidas nos Códigos e nas Leis. - Atípicos: envolvem novas relações jurídicas não especificadas no corpo dos provimentos legislativos. Artigo 425: É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. b) Unilaterais, Bilaterais e Plurilaterais - Unilateral: apenas um dos contratantes assume deveres em face do outro. - Bilateral: existem deveres e direitos para ambas as partes, que são credores e devedores uns dos outros. Contrato sinalagmático. - Plurilateral:envolve partes diversas e cria direitos e deveres para todos. c) Onerosos e Gratuitos - Onerosos: Criam vantagens para ambos os contratantes. - Gratuitos: oneram somente uma das partes. Contratos benéficos. d) Consensuais, Reais e Formais -Consensuais: aperfeiçoam-se pela simples manifestação da vontade dos contratantes. - Formais: demandam forma prescrita em lei para que se aperfeiçoem. - Reais: aperfeiçoam-se apenas com a entrega da coisa. e) Comutativos e Aleatórios - 14

15 -Comutativos: as prestações das partes são de sua ciência desde o momento da celebração do contrato. - Aleatórios: sujeitos à álea, pois a prestação de uma das partes não é conhecida no momento da celebração do contrato. e1) Contratos Aleatórios 1 Conceito: Contratos aleatórios são aqueles em que as prestações de uma ou de ambas as partes são incertas, porque a sua extensão ou quantidade está na dependência de fato ignorado e de que pode redundar perda, em vez de lucro. Seu treco característico é o risco que lhe é imanente e a que se acham sujeitos ambos os contratantes; cada um deles se acha adstrito a pagar sem receber, bem com a receber sem nada pagar. Distinções: a) Contratos comutativos e contratos aleatórios: Nos contratos comutativos as prestações recíprocas são fixadas pelas próprias partes, sendo equivalentes e insuscetíveis de variação. Nos aleatórios, intervindo o risco, as prestações subordinam-se à alea de acontecimento desconhecido e incerto, de que pode resultar para um e outro contratante perda ou vantagem e cuja extensão é ignorada. Os vícios redibitórios referem-se exclusivamente aos contratos comutativos (art. 441, CC 2002), inexistindo ação redibitória ou estimatória para contratos aleatórios. 1 Alea quer dizer sorte, êxito, azar, perigo, incerteza da fortuna, ato ou empresa dependente do acaso ou do destino. - 15

16 Contratos comutativos por natureza só se transformam em aleatórios se houver cláusula explícita a respeito, nele introduzindo o elemento incerto (alea). Os contratos comutativos podem ser rescindidos pela lesão (art. 157, CC 2002), enquanto que, nos contratos aleatórios, não há possibilidade de se considerar lesada uma das partes. b) Contratos condicionais e contratos aleatórios: b1) Nos contratos condicionais a própria existência do contrato está condicionada a um evento futuro e incerto. Nos aleatórios, o contrato está formado e perfeito, e a incerteza recai somente sobre a extensão dos lucros e das perdas contratantes; b2) Nos contratos condicionais ambas as partes podem tirar proveito, ou o proveito de uma pode não constituir perda para a outra. Nos aleatórios, o ganho de um representa a perda de outro; b3) Nos contratos condicionais a condição é sempre um fato futuro. Nos aleatórios, o fato de que depende o ganho, ou a perda, pode já ter-se realizado, sendo apenas ignorada a sua realização. Os arts. 458 a 461 do CC 2002 só se referem aos contratos aleatórios. Discriminação dos contratos aleatórios: - Aleatórios por natureza: seguro, constituição de renda vitalícia, jogo e aposta, bilhete de loteria e rifa, além do contrato diferencial. - 16

17 - Aleatórios acidentalmente: têm por objeto coisa incerta ou de valor incerto, como a venda de coisa esperada, venditio sine re (colheitas futuras), direitos de herança ignorada, riquezas de navio afundado, compra do peixe que vier na rede do pescador e da caça morta pelo caçador, contrato de sociedade ficando ativo e passivo para o sócio que sobreviver, bem como todos os contratos de resultado incerto para uma das partes. A própria venda per aversionem (compra do todo por um só preço) pode ser aleatória. O CC 2002 distingue duas espécies de contratos aleatórios: a) Contratos aleatórios que dizem respeito às coisas futuras. Neste caso o risco pode referir-se à: a1) própria existência da coisa (art. 458, CC 2002): Art Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. Nesse dispositivo se vende a esperança, a probabilidade de as coisas existirem. Ex.: Venda de colheita futura, com o adquirente assumindo o risco de nada ser colhido. Se o risco se verificar sem dolo ou culpa do vendedor, este fica com o preço. Se houver dolo ou culpa do alienante, não haverá risco e o contrato será nulo. a2) sua quantidade (art. 459, CC 2002): Art Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. - 17

18 Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido. Nesse caso, o que se vende é uma coisa que terá que existir, circunscrevendo-se o risco do negócio à sua maior ou menor quantidade. Se nada vier a existir o contrato será nulo, com a devolução do preço recebido pelo alienante; se vier a existir alguma quantidade o contrato será válido, com o vendedor tendo direito ao preço total, salvou se agiu com culpa. Ex.: A compra de B sua safra de café do ano vindouro, seja qual for a respectiva quantidade, pelo preço certo de R$ ,00. Se nada se colhe, desfaz-se o contrato, mas se algo se apura o vendedor tem direito ao preço ajustado. b) Contratos aleatórios que dizem respeito à coisas existentes, mas expostas à riscos (perecimento ou depreciação). Art Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. Ex.: a venda de um navio que se acha em alto-mar e cujo risco de naufrágio o adquirente assumiu. A venda será válida ainda que ao tempo do contrato o navio já tinha se perdido. Porém, se o alienante sabia do naufrágio, a alienação é nula, competindo ao adquirente a prova dessa ciência. Art A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. f) Paritários e de Adesão -Paritários: resultam de um livre debate entre as partes. - 18

19 -Adesão: não resultam de um livre debate entre as partes, pois uma delas é obrigada a aceitar as cláusula e condições impostas pela outra. g) De Execução Imediata, Diferida ou Continuada (tratos Sucessivos -Execução Imediata: aperfeiçoam-se e são cumpridos no momento de sua celebração. -Execução Diferida: Seu cumprimento é previsto para o futuro. - Execução Continuada (Tratos Sucessivos): cumprimento previsto de forma sucessiva ou periódica no tempo. V) FORMAÇÃO DO CONTRATO: a) Manifestação de vontade Não depende de forma especial, salvo se a lei a impuser (art. 107). Forma especial: Art. 13 da Lei 8.245: sublocação depende de consentimento por escrito do locador; Art. 578,CC: direito de retenção do locatário quando faz benfeitorias úteis ou necessárias, com consentimento expresso do locador. Manifestação expressa da vontade Escrito, palavra oral ou gesto. Mas, deve ser inequívoca, pois não se presume o consentimento. Manifestação tácita Consentimento inferido de certos atos, positivos e não duvidosos, que não seriam praticados se não houvesse a intenção de aceitar. Ex. sublocação depende de consentimento expresso do locador. Mas, se ele concorda em receber aluguéis diretamente do sublocatário e passa recibo em nome deste, está aceitando tacitamente. O silêncio vale como manifestação de vontade quando uma pessoa, interpelada por outra, possa e deva responder - 19

20 Ex. art. 539 donatário que não se manifesta sobre a aceitação no prazo. Desde que seja doação sem encargo. Outros exemplos: arts. 326 e 648 do Código Civil b) Proposta Tb chamada de policitação: é o momento inicial da formação do contrato; ato pelo qual uma das partes solicita a manifestação de vontade da outra. Art. 427: uma vez formulada, obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio ou das circunstâncias do caso. Cont. A proposta em si não gera o contrato, mas deve ser séria. Por isso, obriga o proponente. Há responsabilidade pré-contratual do policitante. A proposta pode ser provada por testemunhas. Proposta que não obriga o policitante Quando contém cláusula expressa nesse sentido; Em razão da natureza do negócio; Em razão das circunstâncias. São exceções ao princípio da irrevogabilidade da proposta (nem a morte ou a interdição revogam a proposta). Entende Serpa Lopes que os herdeiros ou os representantes do incapaz respondem pelas conseqüências jurídicas. Para Darcy Bessone, ela não subsiste (o Código não diz que subsiste). Exceções ao princípio da irrevogabilidade Art. 428: I a proposta deixa de ser obrigatória se, feita sem prazo, a, não é imediatamente aceita. pessoa presente A pessoa deve aceitar naquele momento, senão perde a validade. Se houver prazo, a resposta deve ser dada no prazo. Enquanto não acabou o prazo, a proposta é obrigatória. Art. 428, cont. Considera-se presente a pessoa que contrata por telefone ou por outro meio de comunicação semelhante: a pessoa tem que responder imediatamente. - 20

21 Duas pessoas, na mesma cidade, que negociam via mensageiro, são ausentes. Duas pessoas, em cidades diferentes, que negociam por telefone são presentes. Art. 428 Proposta feita a ausente II - Deixa de ser obrigatória se, feita sem prazo a pessoa ausente, decorreu tempo suficiente para chegar a resposta ao proponente. É o chamado prazo moral. Após um prazo razoável, a oferta perde a obrigatoriedade. III se marcado prazo, o proponente deve aguardar o prazo. IV deixa de ser obrigatória se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Art. 429 A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único: pode revogar-se a oferta pela mesma via da sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada. c) Aceitação É o segundo passo para a formação do contrato. Entre presentes: Proposta com prazo para aceitação = deve ser manifestada no prazo; Proposta sem prazo para aceitação = Deve ser manifestada no ato. Entre ausentes A aceitação deve ser transmitida de forma a chegar ao proponente dentro do prazo marcado; Se chegar atrasada, e o negócio não interessar mais ao proponente, deverá dar ciência ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos (art. 430). Se o aceitante, mandou resposta em tempo hábil, mas por culpa do serviço postal, a resposta não chega no prazo, o policitante deve comunicar a ocorrência ao outro, pois este poderia entender que o negócio está concluído - 21

22 e providenciar a execução, sob pena de responder por perdas e danos (art. 430) Art. 431 A aceitação fora do prazo, com adições, modificações, importa em nova proposta. A aceitação com alterações implica em nova proposta. Para que o negócio esteja concluído, a aceitação deve ser pura e simples. Prazo deve ser interpretado em sentido amplo, ou seja, o suficiente para chegar ao destinatário, este responder e sua entrega ao proponente. VI) DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS Conceito: Segundo o artigo 441 do Código Civil,são os vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Trata-se de garantia legal característica dos contratos bilaterais (sinalagmáticos), onerosos e comutativos, mas que também se estende às doações o- nerosas. Não se confunde com o erro, pois este consiste em um vício do consentimento, em que a declaração da vontade está dissociada da vontade real, caracterizando-se uma hipótese de anulabilidade do negócio jurídico, ao passo que o vício redibitórios permite a resolução do negócio ou o abatimento no preço, o que se refere ao plano da eficácia do contrato. De fato, o adquirente, consoante determina o art. 442 do Código Civil, pode redibir o contrato, desfazendo o negócio, ou exigir abatimento em seu preço. Nestes casos, se o alienante não conhecia o vício ou defeito, deverá restituir o que recebeu mais as despesas do contrato. No entanto, se tinha ciência do - 22

23 vício ou do defeito, deverá restituir o que recebeu e ainda indenizar o adquirente pelas perdas e danos. Cabe ressaltar que a responsabilidade do alienante subsistirá mesmo que a coisa venha a perecer em poder do adquirente, na hipótese de seu perecimento decorrer de vício oculto, já existente ao tempo da tradição. Assim sendo, poderão ser ajuizadas as seguintes ações edilícias nas hipóteses de caracterização dos vícios redibitórios: a) Ação Redibitória: para se requerer a resolução do contrato com a restituição da quantia paga e a devolução da coisa, sem prejuízo das perdas e danos devidas na hipótese do adquirente ter ciência do vício. b) Ação Quanti Minoris ou Ação Estimatória: para se requerer abatimento no preço. Os prazos decadenciais para a propositura da presente ação estão previstos no art. 445 do Código Civil e podem ser assim elencados: 1) Contados da entrega efetiva da coisa: a) Trinta dias se a coisa for móvel; b) Um ano se for imóvel. 2) Contados da alienação, se o adquirente já estava na posse da coisa: a) Os prazos previstos nos itens 1a e 1b acima serão reduzidos à metade. 3) Contados da ciência, se o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde: a) Até o prazo máximo de 180 dias se a coisa for móvel; b) Até o prazo máximo de um ano se for imóvel. Em se tratando de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos lo- - 23

24 cais, aplicando-se os prazos antecedentes se não houver regras disciplinando a matéria. Na hipótese de existência de cláusula de garantia dispõe o artigo 446 do Código Civil que os prazos previstos anteriormente não correrão, mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. VII) DA EVICÇÃO: Conceito: A evicção consiste na perda da propriedade ou da posse da coisa por força de uma decisão judicial que reconhece a outremdireito anterior sobre ela. Trata-se de garantia dos contratos bilaterais, onerosos e comutativos, que decorre do princípio pelo qual o alienante tem o dever de garantir a posse justa da coisa transmitida ao adquirente ou de um ato administrativo. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. São direitos do evicto, de acordo com o artigo 450 do Código Civil: a) direito à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; b) direito à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; c) direito às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. No entanto, o evicto tem direito a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu, não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, de acordo com o artigo 449 do CC

25 O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Todavia, se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. - 25

26 DOS CONTRATOS EM FAVOR DE TERCEIROS: (estipulação em favor de terceiros) 1. Conceito: Dá-se o contrato em favor de terceiro quando uma pessoa (o estipulante) convenciona com outra (o promitente) uma obrigação, em que a prestação será cumprida em favor de outra pessoa (o beneficiário). Este ato negocial se distingue dos demais em virtude do comparecimento das declarações de vontade de duas pessoas estranhas na celebração de um ajuste que beneficiará um estranho à relação jurídica. 2. Natureza Jurídica: a) Oferta: a estipulação em razão de terceiro não passaria de uma oferta à espera de aceitação, resultando o contrato formado quando o beneficiário manifesta a vontade de receber a prestação a que o promitente está obrigado. Comentário: Não satisfaz a teoria, pois se observa que o promitente não é mero policitante, mas verdadeiramente obrigado ou vinculado. b) Gestão de negócios: empreendida pelo estipulante como representante oficioso do terceiro, entabulando negócio que permanece na expectativa de aprovação deste. Comentário: também não é satisfatória essa teoria, porque o estipulante e o promitente agem em seu próprio nome e não em nome alheio, o que desfigura inteiramente a hipótese de gestão de negócios. c) Declaração unilateral de vontade. Comentário:a estipulação em favor de terceiro requer o concurso de duas vontades para ter nascimento, e é, portanto, um ato convencional. d) Contrato: não um contrato como todos os outros, porém sui generis, visto que nasce, firma-se, desenvolve-se e vive como os demais contratos, - 26

27 porém se executa de maneira peculiar, com a solutio em favor de um estranho à relação criada. Clóvis Beviláqua: existe uma despersonalização do vínculo, ao contrário da generalidade dos contratos, criando uma relação contratual dupla. Para Caio Mário a estipulação é efetivamente um contrato que se origina da declaração acorde do estipulante e do promitente, com a finalidade de instituir um vínculo jurídico, mas com a peculiaridade de estabelecer obrigação de o devedor prestar em benefício de uma terceira pessoa, que, se torna credora do promitente, não obstante ser estranha ao contrato. O consentimento do beneficiário não é necessário à constituição do contrato, mas o terceiro possui a faculdade de recusar a estipulação em seu favor, expressa ou tacitamente. O Código Civil consagra a teria do contrato. 3. Várias hipóteses de utilização: a) Constituição de renda: em que o promitente recebe do estipulante um capital e obriga-se a pagar ao beneficiário uma renda por cento tempo ou vitalícia; b) Seguro: em várias de suas modalidades (vida, acidentes pessoais, acidentes do trabalho) em que o segurado (estipulante), contrata com o segurador (promitente), pagar ao beneficiário (terceiro) o valor ajustado em caso de sinistro. c) Doações modais: quando o donatário se obriga para com o doador a executar o encargo a benefício de pessoa determinada ou indeterminada. d) Contratos com o Poder Público: como ocorre na concessão de serviços públicos, em que o contratante (promitente) convenciona com a Administração (estipulante) a prestação de serviços aos usuários (terceiros indeterminados). 4. Formação da estipulação em favor de terceiros: - 27

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