Felipe Cunha de Almeida INTRODUÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Felipe Cunha de Almeida INTRODUÇÃO"

Transcrição

1 A EVICÇÃO SOBRE BEM ADQUIRIDO EM HASTA PÚBLICA E O POSICIONAMENTO DOUTRINÁRIO E JURISPRUDENCIAL ACERCA DA (DES)NECESSIDADE SOBRE DENUNCIAÇÃO DA LIDE AOS ALIENANTES IMEDIATOS E/OU SUCESSÓRIOS Felipe Cunha de Almeida INTRODUÇÃO Questão crucial a ser analisada neste estudo, na busca de indenização por perda de bem em hasta pública, em razão da perda da coisa pela evicção, é no tocante à denunciação da lide, sua eventual necessidade e, caso deferida, contra quem dirigida: contra o alienante imediato ou contra qualquer um dos alienantes sucessores. Inicialmente, e segundo a doutrina de Elpídio Donizetti 1, a denunciação da lide consiste em "uma ação regressiva, in simultaneus processus, proponível tanto pelo autor como pelo réu, sendo citada como denunciada qualquer pessoa contra quem o denunciante terá uma pretensão indenizatória, pretensão de reembolso, caso ele, denunciante, vier a sucumbir na ação principal. A finalidade do instituto é a economia processual". E continua: "Visa à denunciação enxertar no processo uma nova lide, que vai envolver o denunciante e o denunciado em torno do direito de garantia ou de regresso que um pretende exercer contra o outro. A sentença, de tal sorte, decidirá não apenas a lide entre autor e réu, mas também a que se criou entre a parte denunciante e o terceiro denunciado". Denunciação da lide é a ação secundária, de natureza condenatória, no curso de outra ação principal. Haverá, na verdade, duas lides, que serão processadas simultaneus processus e julgadas na mesma sentença; duas relações processuais, 1 DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. Rio de Janeiro: Editora Lumens, p

2 mas um só processo. Tem por finalidade o ajuizamento, pelo denunciante, de pretensão indenizatória que tem contra terceiro, nas hipóteses do CPC 70, caso venha ele, denunciante, a perder a demanda principal. Tem como característica a eventualidade, pois só será examinada a ação secundária de denunciação da lide se o denunciante ficar vencido, pelo mérito, na ação principal. A denunciação da lide pode ser feita pelo réu em face de outro co-réu e até daquele que já figura como denunciado em relação aos outros alienantes ou responsáveis regressivos anteriores, se a lei ou a relação jurídica de direito material assim o permitir. O conceito anteriormente citado, da denunciação da lide, é trazido com base na obra de Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery Código de Processo Civil comentado e legislação comentada 2. A denunciação da lide não comporta os casos em que o denunciante intenta eximir-se da responsabilidade pelo evento danoso, atribuindo-a, com exclusividade, a terceiro; neste caso, não há direito de regresso. Resumindo, a denunciação da lide não é forma de correção de ilegitimidade passiva 3. Segundo o Professor Daniel Ustárroz 4, as funções da denunciação da lide, embora não definidas pelo Código de Processo Civil, além de serem bem conhecidas, não deixam dúvidas de seu papel dentro do microssistema processual. Tanto podem servir para que a parte chame um terceiro para lhe auxiliar na defesa (v.g., impedindo a evicção) como, também, para que o obrigado (por lei ou contrato) integre o processo e venha a ressarcir os prejuízos reconhecidos em eventual sentença de procedência da demanda (v.g., denunciação do segurador). E continua: "A circunstância de a denunciação da lide possuir objetivo dúplice fez com que o Professor Ovídio Baptista da Silva aduzisse que, dependendo da 2 NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil comentado e legislação extravagante. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p GOUVÊA, José Roberto F.; NEGRÃO, Theotonio. Código de processo civil e legislação processual em vigor. 40. ed. São Paulo: Saraiva, p USTÁRROZ, Daniel. A intervenção de terceiros no processo civil brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p

3 demanda, a denunciação pudesse assumir a feição de chamamento à autoria (quando o objetivo é a defesa da coisa alienada) 5 ". Pode ocorrer, todavia, a situação em que o réu, de maneira sugestiva apenas, diz que não é o responsável pelo dano. Entretanto, de maneira subsidiária, o aceita, mas, no campo da argumentação, diz o autor e demonstra que, na hipótese de aquele ter razão, abrirá campo para a introdução de terceiro na relação processual, a fim de responsabilização. Nesse caso, abre-se o espaço para a denunciação da lide, pois o reconhecimento da procedência da demanda permite o sucesso da denunciação. Concluindo, é o caso do demandado que não nega a sua legitimidade, mas atribui à vítima a culpa exclusiva por determinado evento, força maior ou caso fortuito. Com o objetivo de afastar o risco de as eximentes não serem reconhecidas, poderá denunciar a outrem 6. Feitas estas considerações, passamos, então, à relação do instituto da denunciação da lide com a evicção. 1 A EVICÇÃO E A (DES)NECESSIDADE DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE, SEGUNDO A DOUTRINA Tradicionalmente, e até pelas disposições do art. 456 do Código Civil de 2002, em tese, exige-se que o adquirente evicto proceda à notificação do alienante relativamente ao litígio em face do terceiro evincente. Assim, a prévia notificação tem a justificativa processual, ou seja, inerente à relação processual. É que, caso não notificado o alienante e figurar na condição de estranho à lide que resultar na evicção, não estará sujeito aos efeitos de decisão judicial. Consequência, então, é a de que o evicto arcará com o ônus de propor uma nova ação contra o alienante 7. 5 Idem, ibidem. 6 Idem, p BARBOSA, Heloísa Helena; TEPEDINO, Gustavo; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código civil interpretado conforme a Constituição da República - Teoria geral dos contratos. Contratos em espécie. Atos unilaterais. Títulos de crédito. Responsabilidade civil. Preferências e privilégios creditórios (artigos 421 a 965). Rio de Janeiro: Renovar, v. II, p

4 Ensina-nos Marco Aurélio Viana 8 que, para o adquirente da coisa poder voltar-se contra o alienante, é necessário que tenha havido a denunciação da lide, na forma dos arts. 70 a 76 do Código de Processo Civil. Isso porque, segundo o autor, dispõe o art. 456 do Código Civil: "Para poder exercitar o direito que dá evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo". Seguindo a linha de raciocínio acima adotada pelo mencionado doutrinador, tal disciplina é exercida pelo diploma processual civil, no âmbito da denunciação da lide. "O denunciado é o alienante, não havendo litisconsórcio necessário a determinar a citação dos proprietários anteriores, cujos nomes constam do registro imobiliário. Quem defende o adquirente do ataque de terceiro é aquele que alienou. E ele só se faz presente se o adquirente determinar sua convocação, na forma prevista pela lei processual. Se ele se queda inerte, deixa de denunciar o alienante, nada há que justifique a presença do alienante e dos demais figurantes do registro imobiliário 9 ". Esclarece, ainda, o autor que o juiz não pode determinar ao demandante a citação do alienante nem das demais pessoas que estão no registro imobiliário, pois inexistente qualquer das hipóteses previstas no art. 47 do Código de Processo Civil; que reza: Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá de todos os litisconsortes do processo. 8 VIANA, Marco Aurélio S. Curso de direito civil - Contratos (artigos 421 a 965). Rio de Janeiro: Forense, p Idem, ibidem. 4

5 Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declara extinto o processo. 10 Carlos Roberto Gonçalves 11 traz a mesma linha de raciocínio adotada por Marco Aurélio Viana. Tal entendimento é o de que somente após a ação de terceiro contra o adquirente é que este poderá agira contra aquele. E cita o já referido art. 456 do Código Civil, bem como o art. 70 do Código de Processo Civil, asseverando necessária a denunciação da lide, como pressuposto processual da busca de sua pretensão. No entanto, pondera o autor que, aos poucos, outra corrente foi se formando, quando do enfrentamento da matéria. Tal corrente refere-se a uma ação autônoma, visando à indenização pela prática de verdadeiro ato ilícito, fundada no princípio que veda o enriquecimento sem causa. Segundo nos informa em sua obra Direito civil brasileiro - Contratos e atos unilaterais (Saraiva, p. 127), este último posicionamento acabou prevalecendo no Superior Tribunal de Justiça. Embora o dispositivo indique como obrigatória a denunciação da lide ao alienante na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta, consoante a literalidade do art. 70 do Código de Processo Civil, pressupondo o direito de regresso, tem sido entendido que, em sede de evicção, a falta de notificação do litígio não impede a propositura de ação de indenização pelo adquirente (RT, 672/126) 12. Para o arrematante ter o direito de regresso contra o devedor, deve sim proceder à denunciação da lide. Mas, no caso de a responsabilidade se voltar contra 10 Idem, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro - Contratos e atos unilaterais. São Paulo: Saraiva, v. III, p ALVES, Jones de Figueiredo. Novo código civil comentado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p

6 os credores, deve ser ajuizada apenas uma ação de indenização, quando frustrado o ressarcimento contra o devedor 13. É da tradição dos processualistas defender a tese da obrigatoriedade da denunciação, quando oportunizada processualmente, pois, caso contrário, o adquirente não poderá mais exercitar o direito decorrente da evicção 14. Entretanto, tal entendimento, segundo o raciocínio anteriormente exposto, não pode prevalecer nos dias atuais. E seguem as razões: a) no processo civil constitucional, deverá o Magistrado aplicar os direitos fundamentais imediatamente em suas decisões (art. 5º, 1º, da CF). Isso implica receber os termos do art. 5º, XXXV, "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Portanto, o direito de acesso à prestação jurisdicional não pode ser trancado apenas pela perda de uma oportunidade processual para o ajuizamento da denunciação da lide; b) caso o adquirente não possa exercitar em ação autônoma a sua pretensão indenizatória contra o alienante, haverá uma espécie de enriquecimento sem causa, com evidente quebra do princípio da justiça contratual; e c) temos de abandonar a concepção do processo civil como um tema isolado de normas técnicas e harmônicas. O processo é um instrumental que objetiva conceder efetividade ao direito material que, substancialmente, brota das relações privadas e das normas do Código Civil. Tratase de uma técnica que se coloca a serviço de uma ética. Princípios como a boa-fé objetiva e a função social do contrato não são apenas cláusulas gerais que impõem deveres aos que ingressarem em relações obrigacionais, pois precisam de concretização no corpo do processo, a fim de que a parte possa obter prestação jurisdicional efetiva. 15 E finaliza tais argumentos ponderando que o legislador poderia autorizar, de forma expressa, a possibilidade do ajuizamento de ação autônoma de evicção. 13 GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro - Processo de execução a procedimentos especiais. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p CEZAR Peluso. Código civil comentado. 3. ed. Barueri: Manole, p Idem, ibidem. 6

7 O referido artigo anteriormente citado, trazido para o presente trabalho, remete-nos, ainda quando da análise da necessidade, ou não, da denunciação da lide, para conferir a posição do Superior Tribunal de Justiça. O entendimento da Corte, quanto ao tema, é o seguinte: O direito que o evicto tem de recobrar o preço que pagou pela coisa evicta independe, para ser exercitado, de ter ele denunciado a lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa (STJ, 3ª T., REsp /SP,Rel. Min. Carlos Alberto Menezes de Direito, DJ de ). Nessa linha, o eminente Ministro Nilson Naves destacou: "A jurisprudência do STJ é no sentido de que a não denunciação da lide não acarreta a perda da pretensão regressiva, mas apenas ficará o réu, que poderia denunciar e não denunciou, privado da imediata obtenção do título executivo contra o obrigado regressivamente. Daí resulta que as cautelas insertas pelo legislador pertinem tão só com o direito de regresso, mas não privam a parte de propor ação autônoma contra quem eventualmente lhe tenha lesado" (REsp /RJ, DJ de ). Por outro lado, assentou o STF não poder a ação de evicção ser substituída pelo pedido de indenização do último adquirente contra o primitivo transmitente, com abstração da cadeia sucessiva de transmissões. (RTJ, 119/1100) 16 Pondera o Professor Daniel Ustárroz, acerca do tema em questão, que, modernamente, a doutrina a e jurisprudência admitem que, além da sentença gerar evicção, todo e qualquer ato do Estado que prive o adquirente da coisa negociada. De maneira que, para exercitar o direito resultante da evicção, não é exigível a prévia sentença judicial, bastando que ocorra a privação por ato de autoridade administrativa. Pois que com toda razão a argumentação aqui trazida. A exigência que o lesado consiga uma sentença demonstrando a perda do bem, ademais de frustrar o escopo do sistema, qual seja, o de proteger o comprador, afetaria efetividade do instituto da denunciação. 16 ALVES, Jones de Figueiredo. Op. cit., p

8 Mas uma situação que pode também acarretar problemas na persecução do evencido pelos prejuízos que teve em razão da evicção é quando há a circularização da coisa. A solução para isso estaria na hipótese das denunciações sucessivas, previstas pelo art. 73 do Código de Processo Civil: "Para os fins do disposto do art , o denunciado, por sua vez, intimará do litígio o alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável pela indenização e, assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente", de modo que o adquirente evicto deve proceder à citação do alienante imediato, que, por sua vez, fará a citação do seu antecessor, e assim sucessivamente, até que, por fim, com a participação no litígio dos pretéritos integrantes da cadeia dominial, atinja-se a quem deu causa ao vício de direito provocador da evicção. Nesse sentido, cita Pontes de Miranda: "Onde afirmava o mestre que se o alienante é chamado à autoria, por sua vez, chama à autoria a pessoa que lhe transmitiu o direito, e a evicção se dá, cada alienante responde a que dele adquiriu; e assim, regressivamente, conforme os chamamentos 18 ". Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery 19, quando da análise do invocado art. 73 do Código de Processo Civil, ensinam-nos que é possível a denunciação da lide por aqueles a quem a lide já fora denunciada. Ainda, asseveram a possibilidade da denunciação coletiva, quando se vislumbrar a insolvência ou ausência de alguns dos anteriores proprietários na cadeia dominial, podendo ser realizadas denunciações coletivas contra todos os participantes da cadeia, e não apenas a denunciação gradual. Quanto à denunciação sucessiva dizem como admitida, pelo ordenamento jurídico pátrio, podendo, assim, o denunciado exercer novo direito de denunciar a lide a terceiro. Por último, quanto ao número de denunciações, observam que não há limites impostos pela lei, bastando, tão 17 Código Civil, art. 70: "A denunciação da lide é obrigatória: I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que dá evicção lhe resulta; II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda." 18 CASTRO, Flávio Montanini; Danilo Flávio Montanini de Castro. Revista Síntese de Direito Processual Civil, São Paulo: Síntese, nº 25, p. 146, NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Op. cit., p

9 somente, a presença dos pressupostos legais para que se efetive a denunciação, não importando a quantidade de denunciados. A economia processual não favorece apenas o autor, mas deve atuar em função do interesse que tem o Estado em dar a prestação jurisdicional, julgando na mesma sentença a lide principal e várias as secundárias. Igual entendimento partilham Theotonio Negrão e José Roberto. F. Gouvêa, no tocante à possibilidade de autorização da denunciação sucessiva 20. No entanto, sinalizam que não está o Magistrado obrigado a admitir diversas denunciações sucessivas da lide, devendo indeferi-las (certamente que com resguardo de posterior ação de direta) naqueles casos em que possa ocorrer demasiada demora no andamento do feito, com manifesto prejuízo à parte autora. Como não há previsão expressa para uma ação autônoma de evicção, conforme já referido, a norma permite, para compensar tal ausência, a denunciação por saltos, como estamos vendo no presente momento. Assim, a garantia da evicção será concedida, portanto, pela totalidade de transmitentes, que deverão assegurar a idoneidade jurídica da coisa não só em face de quem lhes adquiriu diretamente como dos que, posteriormente, depositaram justas expectativas de confiança na origem lícita e legítima dos bens evencidos. Assim, apesar do silêncio do Código, nada impede a denunciação coletiva da lide, sendo viável a convocação conjunta, e não sucessiva, de todos os alienantes, assegurando-se maior efetividade ao eventual direito de regresso do denunciante 21. Igualmente, importante é trazer a seguinte crítica. O autor da ação primária não participa da denunciação, cingindo-se esta às pessoas do adquirente (denunciante) e do alienante (denunciado). Não seria possível que a sentença condenasse o denunciado em face do autor. Isso também explica a necessidade de o denunciado contestar, sob pena de revelia e, consequentemente, de condenação, à indenização caso o denunciante sucumbisse na ação principal. Mencionando o parágrafo único do art. 456 do Código Civil, caso devidamente citado o alienante, 20 NEGRÃO, Theotonio; GOUVÊA, José Roberto F. Op. cit., p CEZAR, Peluso. Op. cit., p

10 mas não atender a denunciação da lide, caso seja manifesta a procedência da evicção, será lícito ao adquirente (denunciante) deixar de recorrer ou contestar. Porque o dispositivo está afirmando que o denunciante deixará de ser condenado, pois a condenação recairá diretamente sobre o denunciado. E indaga: qual seria a relação jurídica processual entre o adversário do denunciante e do denunciado, havendo, então, afronta ao art. 472 do Código de Processo Civil, que impõe limites subjetivos à coisa julgada 22? A explicação à indagação feita no parágrafo acima, embora entendida como escorreita e precisa a regra contida no caput do mencionado artigo, viola a sistemática da denunciação da lide, sem possuir um fundamento de direito material capaz de justificá-la. Não se desconsideram a importância e a necessidade da celeridade e da economia processual, mas inviável haver condenação contra o denunciado, sem que haja, anteriormente, condenação ao denunciante. Se, por um ângulo, é patente a configuração de um dever de proteção de qualquer alienante em relação aos adquirentes posteriores, o mesmo não se vislumbra no que concerne ao terceiro, já que em nenhum momento estabeleceu vínculo com o alienante 23. Contudo, dos estudos referentes ao tema acima aqui referido, e segundo os seus criadores 24, há o entendimento de que, em certos casos, a solução supra trazida pode gerar injustiças, quando da análise da seguinte hipótese: "Imaginemos que o alienante imediato esteja insolvente ou ausente e o alienante primitivo - e verdadeiro responsável pelo vício que maculou toda a cadeia dominial - possa arcar com a devida indenização. O adquirente, acionado pelo terceiro, denuncia à lide o alienante imediato, que não promove a denunciação do alienante primitivo". Ora, injusto é que o evicto permanece indene. Ainda, referem, também, o posicionamento de Caio Mário, para contornar o problema verificado: 22 Idem, ibidem. 23 Idem, ibidem. 24 CASTRO, Flávio Montanini. Op. cit., p

11 Se tiver havido venda sucessiva, o adquirente evicto poderá, para usar o direito que a lei lhe concede, citar o alienante imediato, como responsável, e este fará o chamamento do seu antecessor, para garantia, e assim sucessivamente, até alcançar aquele de onde partiu a alienação viciosa. Mas nada impede que o evicto promova, desde logo, o chamamento de todos em cadeia, resguardando-se, desta sorte, da negligência de algum que deixe de fazê-lo, e não tenha por si próprio resistência econômica para suportar as consequências. 25 É rigor a participação do alienante, sob pena de, não havendo a denunciação da lide, decair o direito resultante da evicção. Tal entendimento fundamentado no entendimento do já referido art. 456 do Código Civil. E reitera-se: "Caso não observada a denunciação da lide por parte do adquirente, de nada adiantará que o mesmo intente futura ação de regresso, seja pelo fundamento da garantia, como o do enriquecimento ilícito. Haverá, pois, a perda do direito 26 ". No entanto, o professor citado supra difere a seguinte situação: A rigor, somente nessa primeira hipótese a denunciação é obrigatória no sentido de que, uma vez não requerida, importa na perda do direito. Por decorrência, costuma-se dividir os casos de denunciação em duas categorias. As próprias (ou formais), que derivam da transmissão de direitos. E as impróprias, que surgem a partir da responsabilidade civil. Nessas últimas, o direito de regresso pode ser exercido independentemente da denunciação da lide ao terceiro. 27 Entende Sílvio Venosa que a exigência absoluta da litisdenunciação não inibe, em sua falta, a ação de indenização decorrente dos princípios gerais, do inadimplemento dos contratos, ação essa transmissível aos sucessores universais e singulares PEREIRA,Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, p USTÁRROZ, Daniel. Op. cit., p Idem, ibidem. 28 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil - Teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos. 5. ed. São Paulo: Atlas, v. II, p

12 Concluem Hermano Flávio Montanini de Castro e Danilo Flávio Montanini de Castro, baseados no art do Código Civil, que existe a possibilidade da existência de uma denunciação coletiva ou em conjunto, de todos os integrantes da cadeia dominial, resguardando, assim, os direitos do evicto. Ponderam que o referido artigo permite a denunciação, isolada ou em conjunto, de qualquer dos integrantes da cadeia dominial 30. Necessário, contudo, nos posicionarmos, brevemente, a respeito da solução acima apontada. Evidente que, em se tratando da busca efetiva pela justiça, no caso em hipótese, o alienante primitivo deve, na ausência ou impossibilidade do alienante imediato ou, na sua ausência, garantir pelos prejuízos causados. Mas há de se observar, também, a eventual ocorrência da prescrição da ação de indenização contra o(s) pretérito(s) alienantes. E isso por uma simples razão: de nada adianta a disponibilidade de normas referentes à possibilidade de autorização da citação de toda uma cadeia de alienantes se, em decorrência do decurso do tempo, o direito de regresso seja garantido, mas por imposição de outra norma. 2 O POSICIONAMENTO DOUTRINÁRIO E JURISPRUDENCIAL Abordadas as questões doutrinárias atinentes ao entendimento sobre a necessidade da denunciação da lide, bem como ao posicionamento contrário, qual seja, o de sua desnecessidade, passaremos a ver, na prática dos julgamentos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e do Superior Tribunal de Justiça, a aplicação prática do instituto da denunciação da lide nos casos de evicção. 29 Art. 456 do Código Civil: "Para poder exercer o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo". 30 CASTRO, Flávio Montanini. Op. cit., p

13 O primeiro caso verificado e trazido para este estudo refere-se a julgamento de agravo de instrumento 31, pelo Tribunal de Justiça gaúcho, em que o Magistrado reconheceu a necessidade da denunciação da lide, sob pena de não ver garantida a pretensão pelos riscos da evicção. No mesmo sentido, o acórdão transcrito 32. A garantia do direito de evicção, expressão utilizada pelo Desembargador Relator, só é possível mediante a denunciação à lide dos alienantes. Necessidade da denunciação da lide 33. A decisão comentada aponta que, havendo terceiro reivindicando a coisa, o direito que dá evicção resulta à parte prejudicada só poderá ser exercido mediante o pedido de denunciação à lide do alienante do bem. Também necessita da denunciação 34, conforme se pode extrair do precedente julgado por meio dos Recursos nºs e "AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO REINVINDICATÓRIA E AÇÃO DE USU-CAPIÃO - EVICÇÃO - DENUNCIAÇÃO DA LIDE OBRIGATÓRIA - ART. 70, I, DO CPC- Tratando-se de denunciação da lide obrigatória, caracterizada pelo inciso primeiro do art. 70 do CPC, sob pena de perda do direito garantido pela e de rigor o provimento do recurso. Havendo a necessidade de participação de empresa pública federal, declina-se da competência para a Justiça Federal. Declinaram da competência." (TJRS, Agravo de Instrumento nº , 19ª C.Cív., Rel. Guinther Spode, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 32 "APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - PEDIDO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO E CANCELAMENTO DE CONSTRIÇÃO - PENHORA E EVICÇÃO - AÇÃO MANEJADA PELOS ALIENANTES - ILEGITIMIDADE ATIVA - VIOLAÇÃO DO ART. 6º DO CPC - A evicção só se configura quando há perda da posse ou da propriedade. Antes disso, cabe ao adquirente defender, em nome próprio, o bem adquirido. Não há dúvidas quanto à necessidade de denunciação à lide dos alienantes, com vistas à garantia do seu direito de evicção, mas não há como os alienantes pleitearem, em nome próprio, o direito do adquirente, sem que este faça parte do processo. De ofício, extinguiram o feito, sem julgamento de mérito, prejudicada a análise do apelo." (TJRS, Apelação Cível nº , 17ª C.Cív., Rel. Alzir Felippe Schmitz, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 33 "AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DE TERCEIRO - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - Caso em que é de admitir-se, a teor de precedentes jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça, a denunciação da lide à alienante do bem objeto da constrição judicial que se pretende desconstituir, a fim de resguardar a parte dos riscos da evicção. Agravo provido." (TJRS, Agravo de Instrumento nº , 16ª C.Cív., Relª Ana Maria Nedel Scalzilli, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 34 "AÇÃO AUTÔNOMA DE EVICÇÃO - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - PERDA DA PROPRIEDADE - DENUNCIAÇÃO DA LIDE NÃO EFETUADA - INDENIZAÇÃO - DANOS MATERIAIS - DANOS MORAIS - Adquirentes que buscam ressarcimento pelos danos causados em decorrência da evicção, em ação autônoma de regresso. Perda do imóvel na ação reivindicatória que lhes foi movida, deixando, porém de denunciar a lide ao alienante. Obrigatoriedade nos termos do art. 70, I, do CPC, para exercer o direito que da evicção lhe resulta. Art do CC/1916. Carência de ação reconhecida. Impossibilidade jurídica do pedido. Ação extinta. Agravo retido provido, prejudicados os demais recursos." (TJRS, Apelação Cível nº , 19ª C.Cív., Rel. Leoberto Narciso 13

14 Por outro lado, neste recurso de apelação 36, o TJRS entendeu, com base em precedentes da própria Câmara Julgadora e do Superior Tribunal de Justiça, que Brancher, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 35 "AÇÃO AUTÔNOMA DE EVICÇÃO - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - PERDA DA PROPRIEDADE - DENUNCIAÇÃO DA LIDE NÃO EFETUADA - INDENIZAÇÃO - DANOS MATERIAIS - DANOS MORAIS - Adquirentes que buscam ressarcimento pelos danos causados em decorrência da evicção, em ação autônoma de regresso. Perda do imóvel na ação reivindicatória que lhes foi movida, deixando, porém de denunciar a lide ao alienante. Obrigatoriedade nos termos do art. 70, I, do CPC, para exercer o direito que da evicção lhe resulta. Art do CC/1916. Carência de ação reconhecida. Impossibilidade jurídica do pedido. Ação extinta. Agravo retido provido, prejudicados os demais recursos." (TJRS, Apelação Cível nº , 19ª C.Cív., Rel. Leoberto Narciso Brancher, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 36 "POSSE E PROPRIEDADE DE BENS MÓVEIS - AÇÃO DE EVICÇÃO E AÇÃO REGRESSIVA - 1. AÇÃO DE EVICÇÃO ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA - PRELIMINAR DE NULIDADE DO JULGAMENTO:REJEITADA - Na audiência de conciliação estiveram presentes as partes e os seus advogados e diante do insucesso da conciliação somente o apelado J. R. S. alegou interesse na produção de prova. Neste momento, deveria o apelante ter defendido a necessidade da prova ( 2º do art. 331 do CPC) por ele requerida de forma genérica na sua contestação. Não tendo feito isto, é de se afastar a alegação de cerceamento de defesa Preliminar de ilegitimidade passiva do apelante: desacolhida Falta de denunciação a lide. Preliminar de impossibilidade jurídica do pedido: rejeitada. Não é de ser acolhida a alegação de impossibilidade jurídica do pedido realizado em relação a primeira ação, tendo em vista que, conforme jurisprudência dominante nas Turmas (3ª e 4ª) componentes da 2ª Seção (Direito Privado) do egrégio Superior Tribunal de Justiça, não é obrigatória a denunciação à lide para que o evicto possa recobrar o preço. Precedentes. Não é necessário, por outro lado, prévia sentença judicial para que o evicto exija do alienante o devido ressarcimento. Neste sentido é a orientação pacífica e de longa data das Turmas (3ª e 4ª) componentes da 2ª Seção do egrégio Superior Tribunal de Justiça. Precedentes. É importante destacar, ainda, que no mesmo sentido já se manifestaram as Turmas (1ª e 2ª) do Pretório Excelso. Precedentes Mérito. Apelo desprovido. Não aproveita ao apelante os argumentos utilizados por J. R. S. na contestação a denunciação à lide. Com efeito, agora estamos julgando a primeira ação e não a terceira, ou seja, estamos julgando a ação principal e não a denunciação à lide. Sobre a autonomia das ações extrai-se a seguinte passagem da ementa do Recurso Extraordinário nº /PR,da relatoria do eminente Ministro Néri da Silveira: 'Possibilidade do reconhecimento do caráter condenatório da decisão, na ação de denunciação da lide. O só fato de se haver pleiteado, com sucesso, a denunciação da lide, no âmbito de ação declaratória, não impede sentença de natureza condenatória do denunciado, diante da autonomia, em princípio, das ações principal e incidental'. Além disso, o apelante inova no seu recurso de apelação, visto que alega como matéria de defesa na ação principal a existência de usucapião por parte do denunciado à lide. Trata-se, assim, de matéria introduzida pelo recorrente, a qual não merece ser conhecida. REsp /MS. Não é tudo, neste grau de jurisdição, é vedada a inovação. Magistério de José Carlos Barbosa Moreira. O denunciado à lide, de qualquer forma, não adquiriu o bem por meio do usucapião. O que ele afirmou, isto sim, é que não tem responsabilidade pela evicção, tendo em vista que o evicto não apresentou todos os meios de defesa que estavam ao seu alcance. A r. sentença, ao acolher tal alegação, por deduzida como matéria de defesa, isto quando do julgamento da denunciação à lide, não declarou que o denunciado à lide adquiriu a propriedade por meio do usucapião, mas sim julgou improcedente a ação regressiva. Trata-se de situação similar com a realizada nos autos de ação reivindicatória, por exemplo, quando o réu argúi em defesa que tem direito ao usucapião. Reconhecido isto, o julgador julga improcedente a ação reivindicatória somente. Neste sentido: RESP /PE, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, Terceira Turma, DJ , p. 158, do Superior Tribunal de Justiça. No caso dos autos, no entanto, o julgador entendeu que não havia alegado o evicto defesa que estava ao seu alcance, razão pela qual ele não tinha direito a ser ressarcido pela evicção. O denunciado à lide não ingressou com ação de usucapião, o qual, ademais, 14

15 não se trata de impossibilidade jurídica o pedido de indenização sofrido em decorrência da evicção, ante a falta de denunciação da lide. No mesmo sentido, segundo o posicionamento também do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, entendimentos em sentido contrário ao da necessidade da denunciação à lide pelo alienante do bem, para que o evicto possa pleitear a devida indenização pelos prejuízos sofridos ante a perda da coisa. E os Precedentes nºs e não tinha legitimidade, pois não tinha a posse do bem. Quem deveria ter ingressado com a ação era o evicto, L. C. S. D., utilizando como fundamento o somatório da posse dos alienantes anteriores. Isto quer dizer que não pode o apelante alegar que adquiriu o bem do legítimo proprietário, tanto por se tratar de inovação como por não ter sido ajuizada a devida ação de usucapião de bem móvel. O recorrente não alegou na sua contestação falha por parte do evicto, L. C. S. D., na defesa da propriedade do bem que havia adquirido. A assertiva de que '[...] o apelado restou prejudicado, mas o foi por sua exclusiva responsabilidade, por ter celebrado transação sem as devidas cautelas' não se sustenta, tendo em vista que, segundo Pontes de Miranda, 'a responsabilidade pela evicção independe de culpa'. 2. Pedido regressivo Não conhecimento do apelo. Alegação de falta de fundamentação. Preliminar rejeitada. A preliminar não se sustenta, tendo em vista que, embora a petição recursal não tenha sido elaborada dentro de um rigor técnico, alegou o apelante que há contra-senso no julgamento Alegação de ilegitimidade passiva do denunciado à lide. Preliminar rejeitada. Foi outorgado mandato por E. C. para o apelado J. R. S., no qual o mandatário ficou isento de prestação de contas. É sabido que este instrumento servia para o fim de alienação, o conhecido 'contrato de venda à brasileira', tecnicamente denominado de procuração em causa própria. Lição do Mestre Orlando Gomes. Precedente da Câmara Mérito. Apelo desprovido. A não alegação de matéria de defesa ('usucapião') por parte do recorrente realmente isenta o alienante da responsabilidade pela evicção. Se o litisdenunciante, conforme Pontes de Miranda, '[...] falha ou faz mal a defesa, perde a pretensão à responsabilidade pela evicção. O insuperável doutrinador, exemplifica, que 'perde a pretensão à responsabilidade pela evicção o outorgado que não alega usucapião' (Tratado de direito privado - Parte especial. 3. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, v. 38, p. 252). Não há contrassenso no julgamento de improcedência da denunciação à lide quando foi julgada procedente a ação principal. Magistério de Athos Gusmão Carneiro. Apelação. Ação principal: rejeitadas as preliminares, negaram provimento ao apelo. Apelação. Ação regressiva: rejeitadas as preliminares, negaram provimento ao apelo." (TJRS, Apelação Cível nº , 13ª C.Cív., Rel. Marco Aurélio de Oliveira Canosa, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 37 "APELAÇÃO - RESPONSABILIDADE CIVIL - INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS - AQUISIÇÃO DE IMÓVEL QUE, AO TEMPO DO NEGÓCIO, PENDIA PROTESTO PELA ALIENAÇÃO DE BENS CONTRA O VENDEDOR - AUSÊNCIA DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA DO VENDEDOR - PERDA DO DIREITO À EVICÇÃO - I - O ajuizamento da ação de embargos de terceiro pelos autores, com o intuito de defender a propriedade do bem que tinham adquirido em fraude à execução, era medida desnecessária. O direito à evicção, oriundo do contrato de compra e venda, não obriga o adquirente do bem a esgotar todas as vias judiciais necessárias à defesa do bem objeto de constrição. II - A não denunciação dos réus à lide, não retira o direito de evicção do comprador, fazendo ele jus, à devolução do preço pago. Precedentes do STJ. Ação parcialmente procedente. Apelação improvida. (TJRS, Apelação Cível nº , 9ª C.Cív., Rel. Luís Augusto Coelho Braga, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 38 "EVICÇÃO - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - DERROTA DO ADQUIRENTE - Corresponde a típico caso de evicção a derrota do adquirente em ação reivindicatória. Resultado inexorável e ausência da denunciação da lide. Mantença do direito de regresso. Não obstante a ausência da denunciação da lide, quando o resultado da ação reivindicatória se apresenta inexorável, mantém o adquirente ao menos o direito de reaver o que pagou pela coisa. Aquisição de imóvel. Posterior reconhecimento de usucapião. Ignorância dos adquirentes. Restituição do valor proporcionalmente pago. Definida a 15

16 Veja-se, também, que o Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento de casos que envolvem o conteúdo aqui estudado, também vê com outros olhos a obrigatoriedade da denunciação, entendendo-a como desnecessária, conforme o Recursos Especiais nºs /SP 39 e /DF 40. evicção, ante o reconhecimento da usucapião em prol dos ocupantes, quanto à metade do imóvel, o que era ignorado pelos adquirentes, há de se restituir a estes o valor correspondente ao preço pago, observada mesma proporção. Honorários de advogado. Sucumbência recíproca. Compensação. Súmula nº 306, STJ. Havendo sucumbência recíproca, compensam-se os honorários de advogado." (TJRS, Apelação Cível nº , 20ª C.Cív., Rel. Armínio José Abreu Lima da Rosa, Julgado em Disponível em: < Acesso em: 20 maio 2010) 39 "PROCESSO CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS - VEÍCULO IMPORTADO - EVICÇÃO - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - AUSÊNCIA DE OBRIGATORIEDADE 1. Esta Corte tem entendimento assente no sentido de que 'direito que o evicto tem de recobrar o preço, que pagou pela coisa evicta, independe, para ser exercitado, de ter ele denunciado a lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindicara a coisa. 2. Agravo regimental desprovido. (REsp /SP, 3ª T., Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, Julgado Disponível em: < &dt_publicacao=11/6/2001>. Acesso em: 5 maio 2010)" (AgRg-Ag /PR, 2007/ , 4ª T., Rel. Min. Fernando Gonçalves, Julgado em ) 40 "Direito civil e processual civil. Recurso especial. Compra e venda de imóvel rural. Evicção. Ação de indenização por perdas e danos. Denunciação da lide. Ausência de obrigatoriedade. Natureza da venda. Reexame de fatos e provas. Interpretação de cláusulas contratuais. Embargos de declaração. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade. Juros moratórios. Sucumbência recíproca. Para que possa exercitar o direito de ser indenizado, em ação própria, pelos efeitos decorrentes da evicção, não há obrigatoriedade de o evicto promover a denunciação da lide em relação ao antigo alienante do imóvel na ação em que terceiro reivindica a coisa. Precedentes. Adentrar na discussão sobre a natureza da venda, demandaria a incursão no campo de fatos e provas apresentados no processo, bem assim, a interpretação de cláusulas contratuais, expedientes vedados pelas Súmulas nºs 5 e 7 do STJ. Não se conhece do recurso especial quando o Tribunal de origem decidiu fundamentadamente as questões necessárias ao deslinde da controvérsia, sem omissões, contradições, tampouco obscuridades no julgado, embora em sentido diverso do pretendido pelos recorrentes. Os juros moratórios são fixados a partir da citação, no patamar de 0,5% ao mês, até a data de ; a partir de , o percentual dos juros moratórios incide à razão de 1% ao mês. Verificada a sucumbência recíproca, devem ser compensados os honorários advocatícios. Primeiro recurso especial não conhecido. Segundo recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Ônus sucumbenciais redistribuídos na lide secundária." (STJ, REsp /DF, 2006/ , 3ª T., Min. Nancy Andrighi, Julgado em Disponível em: < 0&tp=51>. Acesso em ) 16

17 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em que pesem as louváveis e respeitáveis posições acerca da necessidade da denunciação da lide para o lesado ter direito à ação de regresso, entendemos que a posição do Superior Tribunal de Justiça trazida, bem como a dos demais autores que sustentam o ressarcimento pelo enriquecimento ilícito ou outra ação autônoma, é o entendimento que deve prosperar. E pouco importa se a demanda se voltará contra o alienante imediato ou contra a cadeia, ou que simplesmente não tenha havido a denunciação, haja vista que entendemos que o objetivo é um só: a indenização. Evidentemente que, quanto mais o autor souber sobre a situação financeira dos diversos alienantes (quando for mais de um), melhor, pois pode escolher aquele tem mais condições se suportar os ônus e condenação referente a um processo. E tal premissa parte do voto daquela Corte, trazido por nós ao debate, proferido pelo Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, o qual, brilhantemente, sustentou que a consequência da não denunciação é apenas a falta de executividade da sentença contra o alienante, e tão somente. De tal sorte que circunstância não impede, jamais, a ação de indenização, pelo lesado em face do alienante, pela verificação do cristalino enriquecimento ilícito. Portanto, perfeitamente cabível a busca pelo direito lesado por outras vias, embora a legislação processual sinalize pela denunciação da lide. Concordamos que uma situação é, em decorrência da inexistência da denunciação, a impossibilidade de ação de regresso. Todavia, é plena a possibilidade de ação autônoma, objetivando o devido ressarcimento, como estudado e justificado. 17

18 REFERÊNCIAS ALVES, Jones de Figueiredo. Novo código civil comentado. 4. ed. São Paulo: Saraiva. BARBOSA, Heloísa Helena; TEPEDINO, Gustavo; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código civil interpretado conforme a Constituição da República - Teoria geral dos contratos. Contratos em espécie. Atos unilaterais. Títulos de crédito. Responsabilidade civil. Preferências e privilégios creditórios (artigos 421 a 965). Rio de Janeiro: Renovar, v. II, CASTRO, Flávio Montanini; Danilo Flávio Montanini de Castro. Revista Síntese de Direito Processual Civil, São Paulo: Síntese, nº 25, DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. Rio de Janeiro: Editora Lumens, GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro - Processo de execução a procedimentos especiais. 18. ed. São Paulo: Saraiva, GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro - Contratos e atos unilaterais. São Paulo: Saraiva, v. III, GOUVÊA, José Roberto F.; Negrão, Theotonio. Código de processo civil e legislação processual em vigor. 40. ed. São Paulo: Saraiva, NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil comentado e legislação extravagante. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, NEGRÃO, Theotonio; GOUVÊA, José Roberto F. Código de processo civil e legislação processual em vigor. 40. ed. São Paulo: Saraiva, PELUSO, Cezar. Código civil comentado. 3. ed. Barueri: Manole,

19 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, USTÁRROZ, Daniel. A intervenção de terceiros no processo civil brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil - Teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos. 5. ed. São Paulo: Atlas, v. II, VIANA, Marco Aurélio S. Curso de direito civil - Contratos (artigos 421 a 965). Rio de Janeiro: Forense,

Direito Civil III Contratos

Direito Civil III Contratos Direito Civil III Contratos Evicção Prof. Andrei Brettas Grunwald 2011.1 1 Código Civil Artigo 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição

Leia mais

A previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente.

A previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente. 12 - EVICÇÃO O termo evicção traduz idéia de perda, ser vencido, perder e ocorre quando o adquirente de um bem perde a posse e a propriedade do mesmo em virtude de ato judicial ou administrativo que reconhece

Leia mais

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na 1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na qual este reivindicava a propriedade do veículo adquirido

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070510020004/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : LAURO GOMES GARCIA RECORRIDO : UNIÃO FAZENDA NACIONAL V O T O Dispensado o relatório, nos termos

Leia mais

Nº 70020131579 COMARCA DE PORTO ALEGRE BANCO DO BRASIL S/A MARINA HELENA ALENCASTRO

Nº 70020131579 COMARCA DE PORTO ALEGRE BANCO DO BRASIL S/A MARINA HELENA ALENCASTRO AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDENCIA, CONDENANDO APENAS UMA DAS PARTES DEMANDADAS. NÃO INCIDÊNCIA DO ART. 191, DO CDC. SÚMULA 641, DO STF. PRAZO SIMPLES PARA RECORRER.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2015.0000421989 ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2015.0000421989 ACÓRDÃO fls. 243 Registro: 2015.0000421989 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1114351-72.2014.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BROOKFIELD SÃO PAULO EMPREENDIMENTOS

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Registro: 2013.0000209289 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0017770-14.2003.8.26.0224, da Comarca de Guarulhos, em que é apelante/apelado HSBC SEGUROS ( BRASIL ) S/A, são

Leia mais

Na prática, não há distinção entre objeção substancial e processual.

Na prática, não há distinção entre objeção substancial e processual. Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 22 Professor: Edward Carlyle Monitora: Carolina Meireles (continuação) Exceções No Direito Romano, exceção era no sentido amplo

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 437.853 - DF (2002/0068509-3) RELATOR : MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : DANIEL AZEREDO ALVARENGA E OUTROS RECORRIDO : ADVOCACIA BETTIOL S/C

Leia mais

DA EVICÇÃO Rosinete Cavalcante da costa

DA EVICÇÃO Rosinete Cavalcante da costa DA EVICÇÃO Rosinete Cavalcante da costa Mestre em Direito: Relações Privadas e Constituição (FDC) Professora da Faculdade de Ensino Superior de Linhares (FACELI) Professora da Faculdade Batista de Vitória-ES

Leia mais

Denunciação da Lide. Genésio Luís de Menezes Cibillo

Denunciação da Lide. Genésio Luís de Menezes Cibillo 1 Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro Denunciação da Lide Genésio Luís de Menezes Cibillo Rio de Janeiro 2013 2 GENÉSIO LUIS DE MENEZES CIBILLO Denunciação da Lide Projeto de pesquisa apresentado

Leia mais

Repercussões do novo CPC para o Direito Contratual

Repercussões do novo CPC para o Direito Contratual Repercussões do novo CPC para o Direito Contratual O NOVO CPC E O DIREITO CONTRATUAL. PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL. REPERCUSSÕES PARA OS CONTRATOS. Art. 1 o O processo civil será ordenado, disciplinado

Leia mais

Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação:

Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação: O NOVO AGRAVO CONTRA DESPACHO DENEGATÓRIO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL 2011-06-15 Alexandre Poletti A Lei nº 12.322/2010, que alterou os artigos 544 e 545 do CPC, acabou com o tão conhecido e utilizado

Leia mais

:João Batista Barbosa - Juiz Convocado. Apelante :Unibanco AIG Seguros S/A (Adv. Vanessa Cristina de Morais Ribeiro e outros).

:João Batista Barbosa - Juiz Convocado. Apelante :Unibanco AIG Seguros S/A (Adv. Vanessa Cristina de Morais Ribeiro e outros). APELAÇÃO CÍVEL N 200.2008.032.045-61 001. Relator :João Batista Barbosa - Juiz Convocado. Apelante :Unibanco AIG Seguros S/A (Adv. Vanessa Cristina de Morais Ribeiro e outros). Apelado :Evaldo de Lima

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 695.205 - PB (2004/0145940-1) RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO : BANCO DO BRASIL S/A : MAGDA MONTENEGRO PAULO LOPES DA SILVA

Leia mais

NULIDADE POR FALTA DE INTIMAÇÃO DA AVALIAÇÃO.

NULIDADE POR FALTA DE INTIMAÇÃO DA AVALIAÇÃO. NULIDADE POR FALTA DE INTIMAÇÃO DA AVALIAÇÃO. A inexistência de intimação para o devedor se manifestar em relação à avaliação realizada implica em nulidade do processo. Esse fato macula de nulidade a arrematação

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator): Trata-se de recurso especial interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado: "Exceção

Leia mais

TURMA RECURSAL ÚNICA J. S. Fagundes Cunha Presidente Relator

TURMA RECURSAL ÚNICA J. S. Fagundes Cunha Presidente Relator RECURSO INOMINADO Nº 2006.3281-7/0, DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE FAZENDA RIO GRANDE RECORRENTE...: EDITORA ABRIL S/A RECORRIDO...: RAFAELA GHELLERE DAL FORNO RELATOR...: J. S. FAGUNDES CUNHA

Leia mais

XV Exame de Ordem 2ª Fase OAB Civil - ProfessorAoVivo Qual a peça Juquinha? Prof. Darlan Barroso

XV Exame de Ordem 2ª Fase OAB Civil - ProfessorAoVivo Qual a peça Juquinha? Prof. Darlan Barroso XV Exame de Ordem 2ª Fase OAB Civil - ProfessorAoVivo Qual a peça Juquinha? Prof. Darlan Barroso 2ª Fase OAB - Civil Juquinha Junior, representado por sua genitora Ana, propôs ação de investigação de paternidade

Leia mais

Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n 157.303-4/9-00, da Comarca de

Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n 157.303-4/9-00, da Comarca de TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA REGISTRADO(A) SOB N *024022V:* Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0024.05.871804-0/002 Númeração 8718040- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Fernando Caldeira Brant Des.(a) Fernando Caldeira Brant 28/02/2013 05/03/2013

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070500166981/PR RELATORA : Juíza Ana Carine Busato Daros RECORRENTE : WALDEMAR FIDELIS DE OLIVEIRA RECORRIDA : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DECLARAÇÃO

Leia mais

A responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais em caso de aquisição do imóvel mediante arrematação judicial

A responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais em caso de aquisição do imóvel mediante arrematação judicial A responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais em caso de aquisição do imóvel mediante arrematação judicial Por Maria Angélica Jobim de Oliveira À luz do artigo 1.336, inciso I, do Código Civil,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL N 272.739 - MINAS GERAIS (2000/0082405-4) EMENTA ALIENAÇÃO FÍDUCIÁRIA. Busca e apreensão. Falta da última prestação. Adimplemento substancial. O cumprimento do contrato de financiamento,

Leia mais

ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA 267 REGISTRADO(A) SOB N

ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA 267 REGISTRADO(A) SOB N TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO > TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA 267 REGISTRADO(A) SOB N Apelação n 2 ACÓRDÃO IIIIIIIIIIIIIIIIIM *03715825* Vistos, relatados e discutidos

Leia mais

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - EDCL.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - EDCL. 1. Conceito EMBARGOS DECLARATÓRIOS - EDCL. Os embargos de declaração ou embargos declaratórios, doravante denominados EDcl., visam aperfeiçoar as decisões judiciais, propiciando uma tutela jurisdicional

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070630010993/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL RECORRIDA : MARIA APARECIDA FERNANDES DE OLIVEIRA V O T

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Registro: 2013.0000172403 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0021434-36.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo,

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

CONTROLE CONCENTRADO

CONTROLE CONCENTRADO Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Direito Constitucional / Aula 11 Professor: Marcelo L. Tavares Monitora: Carolina Meireles CONTROLE CONCENTRADO Ação Direta de Inconstitucionalidade

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0071.07.034954-4/001 Númeração 0349544- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Bitencourt Marcondes Des.(a) Bitencourt Marcondes 25/03/2009 30/04/2009

Leia mais

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Órgão 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal Processo N. Apelação Cível do Juizado Especial 20120111781267ACJ

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Seção de Direito Privado 31ª CÂMARA ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Seção de Direito Privado 31ª CÂMARA ACÓRDÃO Registro: 2011.0000128338 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 9091312-94.2006.8.26.0000, da Comarca de Nova Odessa, em que é apelante BANCO BMC S/A sendo apelado MASSA FALIDA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 467.343 - PR (2002/0105069-3) RELATOR : MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR RECORRENTE : ADILSON OTTMAR DE SOUZA ADVOGADO : SANDRO BALDUINO MORAIS E OUTRO RECORRIDO : LUIZ EDMUNDO GALVEZ

Leia mais

Conteúdo: Intervenção de Terceiros: Conceitos, Classificação e Espécies.

Conteúdo: Intervenção de Terceiros: Conceitos, Classificação e Espécies. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 12 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Intervenção de Terceiros: Conceitos, Classificação e Espécies. Litisconsórcio (cont.) Litisconsortes

Leia mais

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Ementa: Direito Administrativo e tributário. Desapropriação de imóvel urbano Responsabilidade pelo pagamento da dívida de IPTU e Compensação com o valor a ser recebido

Leia mais

UARDO SA PIUIS =gsndevrl Relator

UARDO SA PIUIS =gsndevrl Relator TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO 28 a Câmara SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO N 1138257-0/0 J Comarca de SANTOS Processo 30647/97 8.V.CÍVEL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO

Leia mais

ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE A MODALIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: DENUNCIAÇÃO DA LIDE

ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE A MODALIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: DENUNCIAÇÃO DA LIDE II ANAIS DO CURSO DE EXTENSÃO EM TEORIA DO DIREITO: A Tríplice perspectiva do Direito e a relação teórica, prática e ética. Cáceres: Unemat Editora, Vol.1. n. 01 (2013). ISSN 2317-3478 ASPECTOS IMPORTANTES

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho \,, *.. _ ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL n g- 001.2005.017735-9/001 Comarca de Campina Grande RELATOR : Des. Genésio

Leia mais

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência:

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: I. A ação

Leia mais

DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ART. 557, DO CPC.

DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ART. 557, DO CPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 929977-6, DO FORO REGIONAL DE FAZENDA RIO GRANDE DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - VARA CÍVEL E ANEXOS AGRAVANTE : ROBERTO GOMES DA SILVA AGRAVADO : BANCO SANTANDER

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR ACÓRDÃO

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR ACÓRDÃO Registro: 2013.0000227069 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 0051818-40.2013.8.26.0000, da Comarca de Barueri, em que é agravante ITAU UNIBANCO S/A, são agravados

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ACÓRDÃO ACÓRDÃO Registro: 2013.0000251389 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0128060-36.2010.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que é apelante AGÊNCIA ESTADO LTDA, é apelado IGB ELETRÔNICA

Leia mais

A DENUNCIAÇÃO DA LIDE NA EVICÇÃO RESUMO

A DENUNCIAÇÃO DA LIDE NA EVICÇÃO RESUMO 1 A DENUNCIAÇÃO DA LIDE NA EVICÇÃO Isabella Bogéa de Assis 1 Sumário: Introdução; 1 Denunciação da lide; 2 A evicção e sua garantia processual; 3 A denunciação da lide é obrigatória na evicção?; 3.1 Análise

Leia mais

Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais

Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais Painel 13 Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais Márcia Maria Nunes de Barros Juíza Federal Notoriedade Código de Propriedade Industrial de 1971 (art.67): marca notória, com registro próprio,

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2014.0000422XXX ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº XXXXXX- XX.2008.8.26.0000, da Comarca de, em que são apelantes GUILHERME (Omitido) e outras, são apelados KLASELL

Leia mais

PROJETO DE LEI N o, DE 2012 (Do Sr. Romero Rodrigues) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI N o, DE 2012 (Do Sr. Romero Rodrigues) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI N o, DE 2012 (Do Sr. Romero Rodrigues) Permite ao terceiro prejudicado intentar ação diretamente contra o segurador. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei faculta ao terceiro prejudicado

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO ACÓRDÃO Registro: 2011.0000299990 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9000322-04.2010.8.26.0037, da Comarca de Araraquara, em que é apelante/apelado DORIVAL CAVICHIONI JUNIOR (JUSTIÇA

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

2 FASE DIREITO CIVIL ESTUDO DIRIGIDO DE PROCESSO CIVIL 2. Prof. Darlan Barroso - GABARITO

2 FASE DIREITO CIVIL ESTUDO DIRIGIDO DE PROCESSO CIVIL 2. Prof. Darlan Barroso - GABARITO Citação 2 FASE DIREITO CIVIL ESTUDO DIRIGIDO DE PROCESSO CIVIL 2 Prof. Darlan Barroso - GABARITO 1) Quais as diferenças na elaboração da petição inicial do rito sumário e do rito ordinário? Ordinário Réu

Leia mais

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ 2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2007.70.50.015769-5 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: CLAUDIO LUIZ DA CUNHA Recorrida: UNIÃO FEDERAL

Leia mais

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO RELATOR

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO RELATOR MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQUERENTE(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA REQUERIDO(A/S) : UNIÃO ADVOGADO(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO REQUERIDO(A/S) :

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

IV - APELACAO CIVEL 2007.51.05.000235-5

IV - APELACAO CIVEL 2007.51.05.000235-5 Relatora : Desembargadora Federal SALETE MACCALÓZ APELANTE : CARMEM LUCIA LOPES TEIXEIRA Advogado : Paulo Roberto T. da Costa (RJ141878) APELADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Advogado : Gerson de Carvalho

Leia mais

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. PROCESSO FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO FORMAÇÃO DO PROCESSO- ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver

Leia mais

PAINEL 2 Ações de Nulidade e Infrações e seu Cabimento: Estratégias no Cenário Brasileiro. Guilherme Bollorini Pereira 19 de agosto de 2013

PAINEL 2 Ações de Nulidade e Infrações e seu Cabimento: Estratégias no Cenário Brasileiro. Guilherme Bollorini Pereira 19 de agosto de 2013 PAINEL 2 Ações de Nulidade e Infrações e seu Cabimento: Estratégias no Cenário Brasileiro Guilherme Bollorini Pereira 19 de agosto de 2013 Esse pequeno ensaio tem por objetivo elaborar um estudo a respeito

Leia mais

Honorários advocatícios

Honorários advocatícios Honorários advocatícios Os honorários advocatícios são balizados pelo Código de Processo Civil brasileiro (Lei de n. 5.869/73) em seu artigo 20, que assim dispõe: Art. 20. A sentença condenará o vencido

Leia mais

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual

Leia mais

Nº 70034654392 COMARCA DE NOVO HAMBURGO BRUNA MACHADO DE OLIVEIRA

Nº 70034654392 COMARCA DE NOVO HAMBURGO BRUNA MACHADO DE OLIVEIRA AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. LEGITIMIDADE PASSIVA. RESPONSABILIDADE DE QUALQUER SEGURADORA INTEGRANTE DO CONSÓRCIO. INCLUSÃO DA SEGURADORA

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 142 Registro: 2014.0000196662 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 2032279-20.2014.8.26.0000, da Comarca de, em que é agravante ENGELUX CONSTRUTORA LTDA.

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MARCOS RAMOS (Presidente), ANDRADE NETO E ORLANDO PISTORESI.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MARCOS RAMOS (Presidente), ANDRADE NETO E ORLANDO PISTORESI. Registro: 2011.0000252337 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 0200229-93.2011.8.26.0000, da Comarca de, em que é agravante CONDOMÍNIO EDIFÍCIO SAINT PAUL DE VENCE

Leia mais

Teoria Geral do Processo II Matrícula: 11/0115791 Vallisney de Souza Oliveira O ÔNUS DA PROVA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Teoria Geral do Processo II Matrícula: 11/0115791 Vallisney de Souza Oliveira O ÔNUS DA PROVA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Aluno: Endrigo Araldi Teoria Geral do Processo II Matrícula: 11/0115791 Vallisney de Souza Oliveira O ÔNUS DA PROVA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Brasília, 30 de Maio de 2013

Leia mais

35 a Câmara A C O R D A O *01967384*

35 a Câmara A C O R D A O *01967384* ^ TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO 3 SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO J APELAÇÃO S/ REVISÃO N 1031227-0/3 35 a Câmara Comarca de SÃO PAULO 4 0.V.CÍVEL Processo 37645/05 APTE CMW PLANEJAMENTO E CONSULTORIA

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2015.0000029594 ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2015.0000029594 ACÓRDÃO fls. 242 Registro: 2015.0000029594 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1033459-16.2013.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que é apelante CALGARY INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

Leia mais

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa APELAÇÃO E RECURSO ADESIVO N. 2001997051712-0/001 Relator Des. José Di Lorenzo Serpa 1 Apelante Banco do Nordeste do Brasil

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2011.0000073868 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 9141018-46.2006.8.26.0000, da Comarca de Campinas, em que é apelante UNIMED CAMPINAS COOPERATIVA DE TRABALHO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.084.748 - MT (2008/0194990-5) RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO SIDNEI BENETI : AGRO AMAZÔNIA PRODUTOS AGROPECUÁRIOS LTDA : DÉCIO JOSÉ TESSARO E OUTRO(S) :

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ. EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ. Assunto: Desconto da Contribuição Sindical previsto no artigo 8º da Constituição Federal, um dia de trabalho em março de 2015.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 468.333 - MS (2002/0108270-6) RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO RECORRENTE : BANCO DO BRASIL S/A ADVOGADO : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(S) RECORRIDO : LEODARCY DA SILVA ANGELIERI

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 781.703 - RS (2005/0152790-8) RELATOR RECORRENTE RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA : UNIÃO : MARCOS ROBERTO SILVA DE ALMEIDA E OUTROS : WALDEMAR MARQUES E OUTRO EMENTA

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA APELAÇÃO CÍVEL N. 001.2008.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA APELAÇÃO CÍVEL N. 001.2008. Ntátuald, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA - APELAÇÃO CÍVEL N. 001.2008.012051-0/002, ORIGEM :Processo n. 001.2008.012051-0 da 3 a Vara

Leia mais

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ 2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2010.70.50.017803-0 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrentes: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 434.737-5 - 19.08.2004

APELAÇÃO CÍVEL Nº 434.737-5 - 19.08.2004 -1- EMENTA: EMBARGOS DE TERCEIRO - PENHORA DE BEM IMÓVEL - INEXISTÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO CÔNJUGE - NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS POSTERIORES ART. 669, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC. Nos termos do art. 669, parágrafo

Leia mais

O Dano Moral no Direito do Trabalho

O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 - O Dano moral no Direito do Trabalho 1.1 Introdução 1.2 Objetivo 1.3 - O Dano moral nas relações de trabalho 1.4 - A competência para julgamento 1.5 - Fundamentação

Leia mais

Sentença. 1. Relatório. Relatório dispensado (artigo 38 da Lei 9.099/95). 2. Fundamentação

Sentença. 1. Relatório. Relatório dispensado (artigo 38 da Lei 9.099/95). 2. Fundamentação Processo : 2013.01.1.151018-6 Classe : Procedimento do Juizado Especial Cível Assunto : Contratos de Consumo Requerente : CELSO VIEIRA DA ROCHA JUNIOR Requerido : EMPRESA EBAZAR Sentença 1. Relatório Relatório

Leia mais

APELAÇÃO. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. Nº 70050462951 COMARCA DE MONTENEGRO A C Ó R D Ã O

APELAÇÃO. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. Nº 70050462951 COMARCA DE MONTENEGRO A C Ó R D Ã O APELAÇÃO. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. Não há como reconhecer sub-rogação, por alegada venda de bem exclusivo, quando não provado nem minimamente que um bem exclusivo foi vendido, ou que eventuais valores

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO - SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO. 30 a Câmara

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SAO PAULO - SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO. 30 a Câmara DO ESTADO DE SAO PAULO - SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO 30 a Câmara AGRAVO DE INSTRUMENTO No.1204235-0/4 Comarca cie SÃO CAETANO DO SUL Processo 2789/08 3.V.CÍVEL DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA REGISTRADO(A)

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ALEXANDRE LAZZARINI (Presidente) e THEODURETO CAMARGO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ALEXANDRE LAZZARINI (Presidente) e THEODURETO CAMARGO. fls. 187 ACÓRDÃO Registro: 2015.0000273106 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 101381993.2014.8.26.0002, da Comarca de São Paulo, em que é apelante EVENMOB CONSULTORIA DE IMOVEIS

Leia mais

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

Dados Básicos. Ementa. Íntegra Dados Básicos Fonte: 1.0694.10.000510-7/001 Tipo: Acórdão TJMG Data de Julgamento: 08/03/2012 Data de Aprovação Data não disponível Data de Publicação:21/03/2012 Estado: Minas Gerais Cidade: Três Pontas

Leia mais

DECISÃO DO STJ NO RECURSO ESPECIAL Nº 1196671 Relatora Ministra ASSUSETE MAGALHÃES Trata-se de Recurso Especial interposto por MARIA ALICE MARQUES

DECISÃO DO STJ NO RECURSO ESPECIAL Nº 1196671 Relatora Ministra ASSUSETE MAGALHÃES Trata-se de Recurso Especial interposto por MARIA ALICE MARQUES DECISÃO DO STJ NO RECURSO ESPECIAL Nº 1196671 Relatora Ministra ASSUSETE MAGALHÃES Trata-se de Recurso Especial interposto por MARIA ALICE MARQUES RIPOLL DE MACEDO e OUTROS, com fundamento no art. 105,

Leia mais

Curso Preparatório para o Concurso Público do TRT 12. Noções de Direito Processual Civil Aula 1 Prof. Esp Daniel Teske Corrêa

Curso Preparatório para o Concurso Público do TRT 12. Noções de Direito Processual Civil Aula 1 Prof. Esp Daniel Teske Corrêa Curso Preparatório para o Concurso Público do TRT 12 Noções de Direito Processual Civil Aula 1 Prof. Esp Daniel Teske Corrêa Sumário Jurisdição Competência Ação Partes, Ministério Público e Intervenção

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL PEÇA PROFISSIONAL Deve-se redigir recurso de apelação endereçado ao juiz de direito da 3.ª Vara Cível de Patos de Minas MG, formular pedido para recebimento da apelação no duplo efeito e remessa dos autos

Leia mais

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Legitimidade ativa (Pessoas relacionadas no art. 103 da

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Fórum João Mendes Júnior - 18º Andar, sala 1806, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6315, São Paulo-SP

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Fórum João Mendes Júnior - 18º Andar, sala 1806, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6315, São Paulo-SP Registro: 2015.0000075537 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado nº 1008924-47.2014.8.26.0016, da Comarca de São Paulo, em que é recorrente CHAMALEON EVEN EMPREENDIMENTOS

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 659.830 - DF (2004/0087560-5) RELATOR RECORRENTE RECORRIDO : MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO : EDUARDO AUGUSTO QUADROS E ALMEIDA : MANOEL FAUSTO FILHO E OUTRO : SOCIEDADE DE

Leia mais

IV - APELACAO CIVEL 1988.51.01.013682-0

IV - APELACAO CIVEL 1988.51.01.013682-0 RELATOR : JUIZ FEDERAL CONV. MARCELO LEONARDO TAVARES, EM AUXÍLIO À 1ª TURMA ESPECIALIZADA APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI PROCURADOR : MARCIA VASCONCELLOS BOAVENTURA APELANTE

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Decisão sobre Repercussão Geral Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 29/11/2012 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.186 PARAÍBA RELATOR RECTE.(S) RECTE.(S) RECTE.(S)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 908.764 - MG (2006/0268169-1) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA ADVOGADO : JOSÉ RUBENS COSTA E OUTRO(S) RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli APELAÇÃO CÍVEL Nº 550822-PE (2001.83.00.010096-5) APTE : INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL REPTE : PROCURADORIA REPRESENTANTE DA ENTIDADE APDO : LUZIA DOS SANTOS SANTANA ADV/PROC : SEM ADVOGADO/PROCURADOR

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Registro: 2016.0000079316 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0057625-38.2012.8.26.0562, da Comarca de Santos, em que é apelante FABIO LUIS DE ABREU (JUSTIÇA GRATUITA), é

Leia mais

Direito Civil Dr. Márcio André Lopes Cavalcante Juiz Federal

Direito Civil Dr. Márcio André Lopes Cavalcante Juiz Federal Direito Civil Dr. Márcio André Lopes Cavalcante Juiz Federal Escola Brasileira de Ensino Jurídico na Internet (EBEJI). Todos os direitos reservados. 1 Principais julgados do 1 o Semestre de 2013 Julgados

Leia mais

PROVA ORAL PONTO II DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1

PROVA ORAL PONTO II DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1 DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1 Discorra sobre a utilização da usucapião como instrumento de defesa em ações petitórias e possessórias. DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 2 Considere que um indivíduo,

Leia mais

QUINTA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 22290/2010 - CLASSE CNJ - 198 - COMARCA CAPITAL WANIA APARECIDA OLIVEIRA BRAGA - ME APELADO: BANCO ITAÚ S. A.

QUINTA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 22290/2010 - CLASSE CNJ - 198 - COMARCA CAPITAL WANIA APARECIDA OLIVEIRA BRAGA - ME APELADO: BANCO ITAÚ S. A. APELANTE: WANIA APARECIDA OLIVEIRA BRAGA - ME APELADO: BANCO ITAÚ S. A. Número do Protocolo: 22290/2010 Data de Julgamento: 9-6-2010 EMENTA APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA - CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Leia mais

AGRAVO INTERNO EM APELACAO CIVEL 2002.02.01.005234-7

AGRAVO INTERNO EM APELACAO CIVEL 2002.02.01.005234-7 RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO BARATA AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROCURADOR : JANE MARIA MACEDO MIDOES AGRAVADO : O FORTE DO SABAO LTDA ADVOGADO : SAULO RODRIGUES DA

Leia mais

Limitações na ação de consignação em pagamento. Sumário: 1 Conceito. 2 Sua disciplina legal. 3 Limites da ação em consignação em pagamento.

Limitações na ação de consignação em pagamento. Sumário: 1 Conceito. 2 Sua disciplina legal. 3 Limites da ação em consignação em pagamento. Limitações na ação de consignação em pagamento Kiyoshi Harada* Sumário: 1 Conceito. 2 Sua disciplina legal. 3 Limites da ação em consignação em pagamento. 1 Conceito O que significa consignação em pagamento?

Leia mais

APELAÇÃO SEM REVISÃO Nº 863.771-0/2 Mogi das Cruzes Apelante: Maurício Guina Pires Apelado: Arnaldo Rufino Lopes Parte: Wagner Alves da Silva

APELAÇÃO SEM REVISÃO Nº 863.771-0/2 Mogi das Cruzes Apelante: Maurício Guina Pires Apelado: Arnaldo Rufino Lopes Parte: Wagner Alves da Silva APELAÇÃO SEM REVISÃO Nº 863.771-0/2 Mogi das Cruzes Apelante: Maurício Guina Pires Apelado: Arnaldo Rufino Lopes Parte: Wagner Alves da Silva EMBARGOS À EXECUÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.291.738 - RS (2011/0116562-4) RECORRENTE RECORRIDO : JORGE FERNANDES FLOR : ANDRÉ FERNANDES ESTEVEZ E OUTRO(S) : BRASIL TELECOM S/A : CAROLINA DUARTE VENDRUSCOLO E OUTRO(S) RELATÓRIO

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 5.423, DE 2009 Acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, estabelecendo

Leia mais