3 MATERIAIS TERRESTRES
|
|
- Linda Figueiredo Leveck
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 3 MATERIAIS TERRESTRES Neste capítulo serão apresentados os tipos de materiais terrestres que ocorrem na superfície da Terra. O conhecimento sobre a origem e a classificação de rochas é de grande importância para o homem, uma vez que é delas que se retira, direta e/ou indiretamente, todo o suprimento da sua existência. O objetivo principal é classificar esses materiais segundo suas origens e apresentar suas principais características e usos. 3.1 A LITOSFERA Denomina-se litosfera a parte externa consolidada da Terra, também chamada de crosta terrestre. Segundo estudos especializados, baseados em dados modernos fornecidos por estudos geofísicos, a espessura da litosfera varia de 35 a 50 km. A crosta terrestre é constituída de rochas e minerais. Distinguem três grandes grupos de rochas, segundo sua gênese, sendo : rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. As rochas de origem magmática, inclusive as metamórficas de matriz ígnea, constituem cerca de 95% do volume total da crosta, no entanto, ocupam apenas 25% da superfície. Já as rochas sedimentares perfazem 5% do volume, mas cobrem 75% da superfície, terrestre. As rochas magmáticas exibem grande variedade, com mais de mil tipos, no entanto é pequeno o número dos principais minerais. A tabela a seguir mostra a composição mineralógica média das rochas magmáticas : Mineral % Feldspato 59,5 Quartzo 12,0 Piroxênios e anfibólios 16,8 Mica 3,8 Minerais acessórios 7,0 Rocha é um agregado natural formado de dois ou mais minerais, que constitui parte essencial da crosta terrestre e é nitidamente individualizado. As rochas ocorrem em extensões consideráveis, inclusive sendo representadas em mapas geológicos. Elas são nitidamente individualizadas, porque os minerais se agregam obedecendo as leis físicas, químicas ou fisico-químicas, dependendo das condições em que se forma. 3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS TERRESTRES Até o momento você se familiarizou com as transformações que ocorrem no planeta. Agora vamos tratar de um dos domínios que sofre transformações: os materiais terrestres. A camada sólida externa da Terra, a crosta, é chamada de Litosfera; a água dos rios, mares e oceanos constitui a Hidrosfera; e o ar que envolve a Terra forma a Atmosfera. Então, agrupar materiais terrestres distinguindo-os em qualquer um dos três termos: hidrosfera, atmosfera e litosfera é classificar. Para classificar é necessário critérios : Apostila de Geociências capítulo 3-9 -
2 Classificar consiste em reunir coisas que tem propriedades e/ou características comuns e para isto são utilizados os critérios de classificação. A classificação é um instrumento científico importante que permite separar, agrupar, reunir, um grande número de objetos diferentes em pequenos grupos ou classes de objetos semelhantes, para um estudo mais fácil e dirigido. Classificação feita a partir de propriedades observadas e descritas (cor, formato,... ) é chamada CLASSIFICAÇÃO DESCRITIVA. É necessário bom senso para decidir quais as características e/ou propriedades que poderiam ser usadas como base para a classificação. 3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS Os materiais que constituem a crosta terrestre são chamados ROCHAS. Para classificá-los, o critério é o genético, isto é, a maneira segundo a qual estes materiais se formaram. A classificação feita baseada na gênese do material é chamada CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA. Para classificar materiais neste critério, requer conhecimento. Este conhecimento você adquirirá no decorrer das próximas aulas, onde será explicitado detalhadamente a gênese de cada grupo de rocha. De acordo com este critério genético, as rochas são classificadas em 3 grupos: rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Estas classes genéticas mantém uma relação que é chamada de ciclo das rochas. 3.4 ROCHAS ÍGNEAS As rochas ígneas se formam pela consolidação por resfriamento de magma (ação vulcânica). Denomina-se magma (do grego magma, magmatos = pasta) o material rochoso fundido a altas temperaturas, originado no manto ou na crosta terrestre.o magma origina-se a grandes profundidades (no máximo 300 km), na parte inferior da crosta ou na porção superior do manto. Sua composição e características são discutíveis, já que o magma não pode ser estudado em seu local de origem, entretanto, pelo estudo das lavas, magma que extravasa pelos vulcões, pode-se ter uma boa idéia, embora se considere que haja uma grande perda de voláteis durante este processo. O magma é uma mistura física e quimicamente complexa que pode ser definida da seguinte maneira : fluído natural muito quente constituído por uma fusão de silicatos e mostrando proporções variadas de água, elementos voláteis ou cristais em processo de crescimento. Do ponto de vista físico-químico, os componentes essenciais são : - uma fase líquida, mantida em fusão pela temperatura elevada, constituída essencialmente por uma solução altamente complexa de um grande número de componentes, a maior parte dos quais de natureza silicática; - uma fase gasosa, mantida em solução por pressão, constituída predominantemente por H 2 O e quantidades menores de CO 2, HCl, HF, SO 2, etc.; - uma fase sólida, formada por cristais de composição essencialmente silicática, em fase de crescimento ou natureza residual, assim como de fragmentos de rocha. Apostila de Geociências capítulo
3 A composição química essencial dos magmas é, em termos de óxidos, algo aproximadamente conforme as proporções ilustradas na tabela a seguir, acrescido de traços de MnO, TiO 2 e mais proporções variadas de elementos voláteis : Composição % SiO Al 2 O FeO Fe 2 O MgO 0-25 CaO 0-16 Na 2 O 0-11 K 2 O 0-10 A denominação magma pode ser utilizada genericamente para designar este material enquanto o mesmo se comportar como um fluido viscoso e retiver uma mobilidade potencial. O magma pode se deslocar de seu lugar de origem em pulsos, dirigindo-se a locais de menor pressão. Quando o magma extravasa a superfície terrestre, passa a ser chamado de lava. Magma e lava diferem substancialmente no que diz respeito a sua cristalização e, conseqüentemente, as rochas que irão originar. Quando o magma se solidifica no interior da crosta, quer seja próximo ao seu lugar de origem ou longe dele, denominar-se-á a rocha como ÍGNEA INTRUSIVA ou PLUTÔNICA. Já quando a solidificação das lavas ocorre na superfície da crosta, em contato íntimo com a atmosfera e hidrosfera, sob condições ambientais de temperatura e pressão, após o extravasamento da lava no transcorrer de episódios vulcânicos, resultam rochas denominadas ÍGNEAS EXTRUSIVAS ou VULCÂNICAS. Apostila de Geociências capítulo
4 O ambiente físico de consolidação das rochas intrusivas é marcadamente diferente do das rochas extrusivas. As rochas intrusivas se consolidam portanto em ambientes de pressões e temperaturas altas e moderadas. As rochas extrusivas se consolidam sob condições de baixa temperatura e pressão, que diferem imensamente do ambiente do qual o magma se originou. Em conseqüência disto, o resfriamento de um magma que virá a formar uma rocha intrusiva é mais lento, e mais demorado que o de uma ROCHA EXTRUSIVA que resfria rapidamente. o resfriamento total de um derrame espesso de lava, que originará uma rocha Ígnea extrusiva, por exemplo, se dá em tempo histórico: dezenas e talvez algumas centenas de anos; já um corpo intrusivo plutônico pode demandar alguns milhões de anos para resfriar. rocha ígnea extrusiva rocha ígnea intrusiva A granulação pode ser considerada, de um modo genérico, como critério indicativo das condições de resfriamento das rochas: - as rochas extrusivas exibem granulação muito fina, densa, formada de micro minerais indistintos a olho nu, isto em decorrência da sua cristalização rápida; - as rochas intrusivas, em decorrência da cristalização mais demorada de seus minerais exibem granulação grossa a média, os cristais não obedecem seqüência, são distribuídos ao acaso Estrutura do vulcão A forma topográfica do vulcão depende do tipo de lava (composição química, viscosidade, conteúdo de gases e temperatura das lavas). - Lavas pouco viscosas (pobres em sílica) constituem edifícios vulcânicos com flancos suaves, e os derrames são extensos e espessos (pois espalham com mais facilidade) (Havaí). - Lavas mais viscosas (rica em sílica) não fluem com facilidade, resultando em edifícios com flancos íngremes e constituídos em geral pelo material fragmentado por explosões (Ex:Vesúvio na Itália). Apostila de Geociências capítulo
5 A figura 1 ilustra o modelo teórico de um vulcão, onde o reservatório magmático (ou câmara magmática) pode se situar na litosfera ou na astenosfera. O magma parte daí por meio da chaminé até a cratera, onde é expelido formando a lava vulcânica. Outros condutos, como fraturas no edifício vulcânico, também podem trazer o magma para a superfície. Figura 1 Modelo teórico de um vulcão (Retirado de Teixeira et al., 2000) Produtos do vulcanismo Gases vulcânicos 60 a 90% do vapor d água é proveniente da água suterrânea e o resto do próprio magma. Outros gases: H, O, HCl, H 2 S, NH 4, S, K etc. Lavas forma líquida ou fluída com T de 600 a 1200 o C. Piroclastos componentes sólidos formado por fragmentos retirados das rochas encaixantes do próprio cone ou de provenientes de profundidades maiores. Varia desde poeira vulcânica (tufos e cinzas) até blocos com 1m 3 de diâmetro. Bombas fragmentos semi-sólidos lançados a grandes alturas ao mesmo temoi em que os gases são expulsos. Gêiseres e fontes térmicas quando a água da chuva infiltra no subsolo o calor da câmara magmática causa, por condução térmica, o aquecimento o aqüífero. Assim a água subterrânea se superaquece e o seu volume se expande. Com a expansão cria-se um jato violento de vapor e água aquecida (geiser) drenada do aqüífero, alcançando a superfície por um conduto qualquer. Após a redução da pressão, o processo é interrompido enquanto a recarga do aqüífero continua, reiniciando o fenômeno. Fumarolas quando o processo descrito acima envolve temperaturas maiores, ocorrem as emanações de gases e vapor. Apostila de Geociências capítulo
6 Panela de lama quando a água superaquecida contendo gases ácidos dissolvem as rochas encaixantes removendo material fino que se acumula em panelas superficiais de lama quente. A figura 2 a seguir ilustra os principais produtos vulcânicos. Figura 2 Mecanismo de funcionamento de gêiseres, fumarolas e fontes térmicos (Retirado de Teixeira et al., 2000) Distribuição geográfica dos vulcões atuais Nenhuma parte da Terra esteve livre de vulcanismo durante a era geológica, mas no período atual, a atividade vulcânica tem sido limitada a regiões bem definidas. existem cerca de 500 a 600 vulcões ativos na Terra. cerca de 62% da atividade vulcânica mundial ocorre ao longo das costas do Oceano Pacífico (Cinturão do Fogo). Outros 14% estão distribuídos nos arcos de ilhas da Indonésia. 17% estão nas ilhas do Pacífico Central, Oceano Índico e Oceano Atlântico. Os restantes 7% referem-se a ocorrências no Mediterrâneo, norte da Ásia menor e centros de continentes (África Oriental). esta distribuição é explicada através do conceito de placas litosféricas, ou seja, as atividades sísmicas e VULCÂNICAS correspondem aos limites de placas tectônicas. Apostila de Geociências capítulo
7 3.4.4 Classificação das rochas ígneas As rochas ígneas, dada sua complexidade, exigem métodos de investigação refinados para uma classificação precisa, tais como análise química, petrográfica, entre outras. No entanto, é possível executar uma classificação por meio de processos mais simples sem análises químicas, mas simplesmente pelo método macroscópico das amostras ( observação a olho nu ). Para tanto, analisam-se as características das amostras de rocha quanto a uma série de critérios, que fornecem parâmetros mais ou menos definidos. A associação dos diversos parâmetros obtidos, permite enquadrar a rocha, com maior ou menor rigor, em uma classificação que a distingue dos outros tipos genéticos. Características : Ígneas extrusivas : granulação fina, densa, formada por micro minerais indistintos a olho nu (resfriamento rápido); coloração predominantemente escura (em função do baixo teor de SiO 2 e da presença de minerais de ferro e magnésio); possuem os constituintes dispostos ao acaso; predominantemente resistentes ao risco do estilete; podem possuir vesículas. Ígneas intrusivas : exibem granulação média a grossa (resfriamento lento); possuem coloração predominantemente clara (em função de alto teor de SiO 2 ); possuem os constituintes dispostos ao acaso; predominantemente resistentes ao risco do estilete; Vulcanismo e o meio ambiente Os vulcões emanam para a atmosfera enorme quantidade de material particulado e gases que podem afetar o clima da Terra, contribuindo com o aquecimento global. Enquanto os vulcões contribuem com cerca de 110 milhões de toneladas de CO 2 /ano as atividades industriais adicionam mais de 10 bilhões de toneladas/ano. O maior impacto causado pelos vulcões refere-se à liberação de cinzas e SO 2. Esse gás reage com a umidade do ar transformando-se em aerossóis de ácido sulfúrico chuva ácida. As rochas vulcânicas produzem solos férteis. Ex: terra-roxa. Apostila de Geociências capítulo
8 Aplicações Algumas rochas graníticas são portadoras de jazidas: os grandes depósitos de cassiterita (minério de estanho) da Amazônia estão associados a manifestações graníticas muito antigas (mais de 900 Ma de idade). as principais jazidas de cobre (em sulfetos) e de molibdênio estão contidas em rochas graníticas (EUA, Chile, Peru, Nova Caledônia). matéria-prima para brita e rocha ornamental (para revestimento de pisos, paredes etc). 3.5 ROCHAS SEDIMENTARES Cada grupo de rochas tem a sua gênese específica. As rochas sedimentares originaram-se do acúmulo e consolidação de materiais de degradação de rochas preexistentes. Esta degradação, promovida pelos fenômenos de integração rochaatmosfera, resulta de processos que atuam simultaneamente em conjunto, referidos por intemperismo. A desintegração consiste de fenômenos físicos e químicos. O intemperismo físico provoca fragmentação das rochas em virtude da ação da temperatura (contração e dilatação) e por ação mecânica causada pelo congelamento da água.o intemperismo químico engloba as mudanças químicas que ocorrem nas rochas e seus constituintes, durante um determinado tempo. Da atuação dos processos intempéricos resulta um manto de materiais que forma um solo de espessura variável recobrindo as rochas atacadas. Neste solo podem sobreviver à degradação fragmentos de rochas e minerais. Esta mistura de materiais é removida por EROSÃO do lugar onde se formou (rocha matriz) e passa a ser transportada (enxurrada, rios, geleiras, ventos, etc.. ) em SUSPENSÃO MECÂNICA ou em SOLUÇÃO. Finalmente em determinadas circunstâncias, quando os agentes de transporte perdem sua força, o material DEPOSITA. O material transportado é chamado de SEDIMENTO. As partículas deste material sofrem vários efeitos do transporte, quebram, desgastam-se, diminuindo seu tamanho e assumindo na maioria das vezes, contornos arredondados. Além disso, são também selecionadas em função de seu tamanho, uma vez que partículas do mesmo tamanho tendem a depositar-se nos mesmo sítios (ver tabela). Desgastadas de diversas maneiras e selecionadas em extensão variável os sedimentos acumulam-se em bacias sedimentares. Assim empilhando, o sedimento vai sofrendo o peso dos materiais que se acumulam sobre ele, além de sofrer a ação das soluções que reteve em seus poros. A pressão dos sedimentos sobrejacentes conduz a COMPACTACÃO daquele sedimento inicialmente incoerente, o que implica na redução de sua porosidade. As soluções aprisionadas na rocha circulam pelos poros e acabam por precipitar quimicamente novos materiais, que preenchem os poros, e CIMENTAM os grãos entre si. Ao conjunto de modificações que um sedimento sofre, após depositado chamamos DIAGÊNESE. Um dos fenômenos diagenétícos é a LITIFICAÇÃO, transformação de um sedimento em rocha sedimentar, pela ação conjunta da COMPACTAÇÃO E CIMENTAÇÃO. Os vários tipos de rochas sedimentares formam camadas horizontais de espessura variada (mm a metros), que se sobrepõem umas as outras, dando ao Apostila de Geociências capítulo
9 conjunto estrutura em camadas paralelas, de aspecto estratificado. Esta origem sedimentar, chama-se ESTRATIFICAÇÃO ou ACAMAMENTO. Assim como as rochas sedimentares podem ser formadas pela acumulação de fragmentos de minerais ou de rochas intemperizadas - como, por exemplo o arenito, siltito e argilito - o acúmulo de restos de organismos marinhos (carapaças, conchas etc.) também gera rochas sedimentares, como o calcário. As rochas sedimentares também podem ser geradas pela precipitação de sais, a partir da evaporação de soluções aquosas saturadas (comumente encontradas em ambientes marinhos de clima árido), formando os depósitos de evaporitos onde se precipitam, por exemplo, gipso e sal-gema. PARTÍCULAS CONSTITUINTES (SEDIMENTOS) DIÂMETRO (mm) - Escala Wentworth MATACÕES > 256 BLOCO / PEDRA 64 a 256 SEIXO 4 a 64 GRANULO 2 a 4 AREIA GROSSA 0.25 a 2 AREIA FINA a 0.25 SILTE a ARGILA < Textura de rocha sedimentar - camadas INTEMPERISMO O intemperismo constitui um conjunto de processos operantes na superfície terrestres que ocasionam a desagregação e decomposição dos minerais das rochas, graças a ação de agentes atmosféricos e biológicos. Na compreensão do intemperismo, deve-se considerar como fator determinante os fenômenos climáticos. A climatologia estuda a temperatura, a umidade, o regime de ventos, a evaporação, etc., fatores estes correlacionados com as atividades biológicas, e todos eles ao intemperismo. Diversos são os fenômenos que agem em íntima correlação nos processos intempéricos. Tais fenômenos podem ser físicos, químicos, biológicos e físico-químicos, agindo separada ou conjuntamente, dependendo das condições climáticas locais e da própria rocha em si. Sua ação consiste na degradação da rocha matriz com a conseqüente formação de um material que poderá formar os solos ou as rochas sedimentares, a depender dos processos subseqüentes. A seguir alguns dos principais processos. variação de temperatura todos os corpos sofrem uma variação no volume causada pela temperatura. A maioria das rochas é formada de vários minerais com diferentes coeficientes de dilatação térmica. A variação de temperatura produzida pela insolação durante o dia e resfriamento à noite pode ser bastante Apostila de Geociências capítulo
10 grande, o que poderá proporcionar a fadiga desses minerais. Os minerais em fadiga serão facilmente desagregados e reduzidos a pequenos fragmentos. Às vezes pode-se observar diretamente o fenômeno da desagregação mecânica. Nas regiões semi-áridas do nordeste brasileiro, a insolação é intensa o que proporciona um forte e efetivo aquecimento das rochas; sendo estas expostas a uma chuva repentina, podem sofrer quebramento brusco, muitas vezes gerando até um estalo. Congelamento a água, ao se congelar, expande em cerca de 9% do seu volume. Por este motivo, o congelamento de águas inclusas em fendas das rochas, exercem uma força expansiva considerável. A ação destrutiva é maior a medida que for maior o número de poros preenchidos pela água. O fenômeno será acelerado se a rocha possuir fendas ou fraturas, que são regiões de fraqueza. O processo repetitivo de congelar e degelar, pode proporcionar um alargamento das fendas, desagregando a rocha sob forma de lascas ou blocos de tamanhos variados. Agentes físico-biológicos a pressão do crescimento de raízes vegetais pode provocar a desagregação de uma rocha, desde que esta possua fendas onde possa penetrar as raízes, e desde que a resistência oferecida pela rocha não seja muito grande. A ação de agentes químicos provenientes das raízes, atividades animais, bem como outras atividades biológicas de interação direta com a rocha, podem funcionar como agentes ativos do processo intempérico. Decomposição química é caracterizada pela reação química entre a rocha e soluções aquosas diversas presentes no meio. Tal processo se torna acelerado se houver atuação prévia ou conjunta de agentes do intemperismo físico, que aumentam a superfície de contato. A água proveniente das chuvas, apesar de naturalmente destilada, não é pura, isto é, no seu trajeto pela atmosfera inúmeros gases são dissolvidos. Destes gases os mais importantes no intemperismo são o oxigênio e o gás carbônico. O nitrogênio atmosférico, graças à ação das faíscas elétricas e do oxigênio do ar, nos dias chuvosos, pode formar ácido nitroso e nítrico, de ação corrosiva nas rochas e d e valor como adubo nitrogenado para as espécies vegetais. A evolução e o resultado final da decomposição dependerá principalmente do tipo de rocha, do clima, da cobertura vegetal, do relevo e do tempo de duração dos referidos processos. Em regiões glaciais, áridas ou semi-áridas, pouca importância possui a decomposição química. O clima úmido é o ambiente mais propício para tal fenômeno, especialmente nas condições de umidade e calor presentes no Brasil, onde a velocidade do processo é acelerada pela temperatura. Dentre os processos de decomposição químicas, destaca-se o promovido pelo ácido carbônico. Este processo é caracterizado por uma hidrólise. A água da chuva dissolve o CO 2 da atmosfera. A maior parte do CO 2 continua em solução, enquanto uma outra parte se combina com a água para formar o ácido carbônico ( H 2 O + CO 2 H 2 CO 3 ), que se encontra sempre em estado de dissociação. Trata-se de um ácido fraco, no entanto, apesar disto, trata-se, provavelmente, do agente mais importante no intemperismo químico, pois age secularmente sobre as rochas ( principalmente nos feldspatos minerais mais abundantes da crosta ). A reação de ataque ao feldspato pode ser representada como a seguir : 2KAlSi 3 O 8 + H 2 CO 3 + nh 2 O K 2 CO 3 + Al 2 (OH) 2 Si 4 O 10. nh 2 O + 2SiO 2 Apostila de Geociências capítulo
11 Outros ácidos, além do ácido carbônico, tem importância no intemperismo, como os ácido húmicos, ácido sulfúrico, ácidos orgânicos, etc Classificação A classificação de rochas sedimentares realizar-se-á por propriedades e características distintas em relação a sua gênese. A classificação assume diferentes condições, principalmente considerando o tipo e as condições de observação. Nos trabalhos realizados em sala de aula, trabalha-se com amostras de mão, o que pode ser um fator limitante em comparação com observações efetuadas no campo. Destacam-se como principais características : presença de camadas; presença de grãos arredondados; desagregável ao risco do estilete; presença de cimento, evidenciada pela produção de efervescência ao gotejar ácido (HCl) Para a classificação de uma rocha como sendo sedimentar, necessariamente não é fundamental observar na amostra todas as características. Por exemplo : se determinada amostra de mão não apresentar presença de camadas, pode indicar que a amostra seja parte de uma camada ou a camada propriamente dita. Já se uma amostra de mão não evidencia a presença de cimento, pode indicar que a concentração de cimento é baixa o suficiente para não ser possível observar a efervescência a olho nu. Ao classificar uma amostra de rocha, deve-se considerar, além de suas características específicas, as propriedades e condições genéticas dos outros tipos de rochas. As rochas sedimentares assumem grande importância econômica, pois nelas se encontram grande parte das riquezas minerais, tais como petróleo, carvão, gás natural, combustíveis nucleares, minérios de ferro e manganês, além de matérias-primas essenciais à construção civil, como calcário (fabricação de cimento e cal), pedras de revestimento, cascalho, brita, entre outros. As estruturas sedimentares são feições macroscópicas e perceptíveis nas superfícies das camadas. A estrutura mais marcante das rochas sedimentares é o acamamento (estratificação) plano paralelo, porém este depende de vários fatores (material original na área fonte; clima e relevo na área fonte; mecanismos de transportes e ambiente da área de deposição). Por isso outras estruturas também podem deixar marcas, como: estratificações cruzadas devido à movimentação de água em depósitos de areia de rios. marcas de ondas as mesmas encontradas em ambiente de praia, devido à movimentação das ondas sobre a areia. fendas de dessecação etc. marcas deixadas pelo ressecamento da lama Importância do estudo das rochas sedimentares Registram a história geológica da Terra através do conteúdo fossilífero encontrado em suas camadas; Apostila de Geociências capítulo
12 As estruturas sedimentares revelam o ambiente do passado (deserto, marinho etc.); Concentra grande parte da riqueza mineral do mundo como carvão, petróleo, gás natural, água subterrânea; Fornece bens essenciais à indústria de construção civil: areias, cascalhos, argilas e calcários; Nela se encontram grandes e importantes aqüíferos subterrâneos (reservas de água potável). 3.6 ROCHAS METAMÓRFICAS Rochas metamórficas originam-se de rochas preexistentes por modificações nas associações mineralógicas, na textura e na estrutura. Essas modificações ocorrem quando um rocha preexistente (rocha sã ou matriz) é submetida a condições físicas de aquecimento e pressão (sem fusão) de um material magmático. Os principais agentes do metamorfismo são portanto a temperatura, a pressão e a atuação de fluidos. A elevação de temperatura depende da profundidade, grau geotérmico (quanto mais para o interior da Terra maior a temperatura), ou da proximidade de corpos ígneos. A característica final de uma rocha metamórfica (associação mineralógica, textura e estrutura) será função da composição inicial da rocha preexistente e da intensidade com que atuaram os agentes de metamorfismo. O metamorfismo na rocha sã não ocorre de modo uniforme em todo afloramento, pois deve-se considerar o grau metamórfico. Denomina-se grau metamórfico, a condição existente entre a rocha sã e a ação do agente de metamorfismo, isto é, quanto mais próximo da ação do agente maior será a transformação na rocha sã. Com a ação dos agentes de metamorfismo, os minerais da rocha sã transformam-se, por reações diversas, em outros minerais, pelo fato de exibirem condições físicoquímicas distintas e específicas em relação as condições de temperatura e pressão. Desta forma, dependendo do grau metamórfico, a rocha sã, transformando-se em metamórfica, pode passar a ter uma nova composição mineralógica. As características das rochas metamórficas tem relação direta com a rocha matriz que a originou, sendo que, por muitas vezes, elas herdam algumas características da rocha sã. As rochas metamórficas, quando procedentes de matriz sedimentar, podem apresentar-se em estruturas foleadas, denominadas XISTOSIDADE, caracterizada pela intercalação das camadas da rocha sedimentar. Apostila de Geociências capítulo
13 Já, quando a procedência é de rochas ígneas, as rochas metamórficas resultantes podem apresentar FAIXAS (ou bandas), que são caracterizadas pelo alinhamento dos constituintes que, na rocha ígnea, estavam dispostos ao acaso. Assim, a mineralogia das rochas metamórficas pode incluir os minerais das rochas matrizes. Faixas alinhamento dos constituintes (metamórfica de origem ígnea) xistosidade (metamórfica de origem sedimentar) As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha, quando este é levado a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde ele se formou. Nestes ambientes, os minerais podem tornar-se instáveis e reagir formando outros minerais, havendo também, transformações na estrutura e textura da rocha original. O metamorfismo pode ocorrer ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão Metamorfismo Regional) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura Metamorfismo de contato). Dois são os processos principais de metamorfismo possíveis de serem distinguidos: Metamorfismo Regional - deslocamento mecânico de rochas Tipos de rochas metamórficas que se desenvolvem em escala regional - resultantes, tanto de deformações quanto de reações químicas. Este fenômeno reflete o reajustamento do material ou deformação, como resposta à ação de pressões diferenciais ou esforços. Apostila de Geociências capítulo
14 São caracterizadas pelo arranjo dos minerais e pela orientação com que os minerais estão dispostos (foliação). Exemplos: as cadeias de montanhas (como os Andes, Alpes, Himalaias) são grandes deformações da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectônicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas durante sua edificação são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas. Exemplos de rochas dessa natureza: gnaisses, xistos etc. Metamorfismo de Contato - recristalização de rochas As rochas de metamorfismo de contato ocorrem ao redor de corpos de rochas ígneas com temperatura superiores a 200 o C, situados na parte superior da crosta. As rochas adjacentes às intrusões geralmente sofrem recristalização e, nesse caso, não se observa uma orientação preferencial dos minerais, em virtude da inexistência de deformação mecânica pronunciada. Na realidade quase todas as rochas metamórficas apresentam a influência conjunta dos processos de deslocamento mecânico e recristalização química, no entanto elas se diferem apenas quanto à intensidade com que cada processo atuou. Exemplo de rochas dessa natureza: mármores, quartzitos etc Importância econômica As rochas metamórficas são importantes por formarem: Jazidas de ferro bandado (camadas de quartizito intercaladas com Fe 2 O 3 ); Material de revestimento: mármores, ardósias, gnaisses, quartzitos com micas etc. Os depósitos de ouro (Au) do mundo estão associados a faixas de rochas metamórficas, com abundância de cloritas, anfibólios e talco (derivadas de antigas rochas vulcânicas metamorfoseadas há mais de 2Ba). Pela cor característica dos minerais constituintes, essas faixas são chamadas de cinturões verdes. A presença desses cinturões converte o Brasil, a Rússia, o Canadá, a África do Sul e a Austrália em grandes produtores de Au. Tabela síntese das principais características das rochas CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS ROCHAS TABELA DE CORRELAÇÃO Ígneas Sedimentares Metamórficas Extrusiva Intrusiva origem ígnea origem sedimentar constituintes pequenos (não visíveis a olho nu) constituintes grandes grãos arredondados, presença de fragmentos de rochas e minerais resistente ao estilete resistente ao estilete em geral, desagregável ao risco do estilete coloração coloração cor variável de acordo com predominante/te escura predominante/te clara os constituintes constituintes dispostos constituintes dispostos presença de camadas ao acaso ao acaso vesículas presença de cimento (efervesce com HCl quando cimento carbonático) constituintes pequenos e/ou grandes resistente ao estilete coloração escura e/ou clara constituintes alinhados: faixas / bandas grãos arredondados, presença de minerais lamelares em geral, desagregável ao risco do estilete cor variável de acordo com os constituintes constituintes nitidamente orientados presença de foliação / xistosidade eventual presença de cimento (depende do grau metamórfico) Apostila de Geociências capítulo
15 3.7 O CICLO DAS ROCHAS O ciclo das rochas representa as diversas possibilidades de transformação de um tipo de rocha em outro (fig.2) Os continentes se originaram ao longo do tempo geológico pela transferência de materiais menos densos do manto para a superfície terrestre. Este processo ocorreu principalmente através de atividade magmática. As rochas, uma vez expostas à atmosfera e à biosfera passam a sofrer a ação do intemperismo, através de reações de oxidação, hidratação, solubilização, ataques por substâncias orgânicas, variações diárias e sazonais de temperatura, entre outras. O intemperismo faz com que as rochas percam sua coesão, sendo erodidas, transportadas e depositadas em depressões onde, após a diagênese, passam a constituir as rochas sedimentares. A cadeia de processos de formação de rochas sedimentares pode atuar sobre qualquer rocha (ígnea, metamórfica, sedimentar) exposta à superfície da Terra. INTEMPERISMO VULCANISMO DEPOSIÇÃO E LITIFICAÇÃO INTRUSÃO PLUTÔNICA METAMORFISMO FUSÃO PARCIAL ULTRAMETAMORFISMO FUSÃO PARCIAL DO MATERIAL DO MANTO Figura 2 Esquema do ciclo das rochas (Retirado de Ernst, 1969) Devido à migração dos continentes durante o tempo geológico, as rochas podem ser levadas a ambientes muito diferentes daqueles onde elas se formaram. Qualquer tipo de rocha (ígnea, sedimentar, metamórfica) que sofra a ação de, por exemplo, altas pressões e temperaturas, sofre as transformações mineralógicas e texturais, tornando-se uma rocha metamórfica. Se as condições de metamorfismo forem muito intensas, as rochas podem se fundir, gerando magmas que, ao se solidificar, darão origem a novas rochas ígneas. O ciclo das rochas existe desde os primórdios da história geológica da Terra e, através dele, a crosta de nosso planeta está em constante transformação e evolução. (texto Ciclo das Rochas de Prof. Dr. Fábio Ramos, IGc/USP: Apostila de Geociências capítulo
16 3.8 SOLOS A maioria das rochas se forma em profundidade, em ambientes diferentes dos que existem na superfície terrestre. Ao ficarem expostas à atmosfera e à hidrosfera, adaptam-se ao novo ambiente transformando-se. As transformações que as rochas sofrem nesse ambiente são chamadas de INTEMPERISMO. O intemperismo ocorre em qualquer ambiente onde exista água e ar. Existem dois tipos de intemperismo, o físico e o químico. O intemperismo físico age sobre as rochas fragmentando-as sem alterar sua composição química; o intemperismo químico decompõe as rochas pela alteração química dos minerais que as constituem. Embora ambos os processos atuem simultaneamente, vamos estudar um processo de cada vez. O aquecimento e o resfriamento continuo das rochas, provoca sua fragmentação, formando pequenas fissuras. A dilatação da água ao se congelar nas fendas das rochas também é responsável pela fragmentação das rochas. Raízes de plantas atuam como cunhas, aumentando o tamanho das fissuras. O rompimento de grandes rochas em blocos menores expõe novas superfícies, apressando o intemperismo químico. Os processos químicos de intemperismo atacam determinados minerais da rocha mais rapidamente do que outros, resultando na formação de cavidades e fendas. A decomposição química da rocha depende em grande parte da ação da água. Devido a sua natureza dipolar, a molécula de água tem grande capacidade de remover íons dos minerais da rocha. Dessa forma a água é um ótimo solvente, dissolvendo materiais da rocha. Substâncias que se dissolvem na água podem aumentar seu poder de dissolução, como a presença de CO 2, ou podem alterar quimicamente a rocha por deposição de uma nova substância. O oxigênio ao se dissolver na água pode se combinar com o ferro desprendido de algum mineral e formar manchas de ferrugem nas rochas. As colorações amarela ou vermelha nas rochas expostas indica muito oxigênio na água, formando muito óxido de ferro. Pouco oxigênio determina uma coloração cinza azulada. Outro tipo de intemperismo químico ocorre através da ação da atividade respiratória de seres vivos ou parte deles, como as raízes das plantas. O CO 2, liberado durante a respiração combina-se com a água formando-se ácido carbônico. íons hidrogênio libertados pelo ácido carbônico( têm uma carga positiva mais forte que as moléculas dipolares de água, acarretando uma remoção ou substituição mais rápida dos átomos dos minerais. Grandes cavernas formam-se em calcário, como conseqüência de uma ação dissolvente mais intensa realizada pela água contendo HCO 3. A ação de seres vivos pioneira sobre uma rocha (algas, fungos, liquens) criam condições para a sobrevivência de outros tipos de vegetação. Através de decomposição da matéria orgânica outras comunidades de seres vivos vão se sucedendo sobre a rocha intemperizada, alterando-a ainda mais. o acumulo de matéria em decomposição deixa uma camada enegrecida sobre o material original. A ação da água também é importante pois ela provoca a lixiviação da rocha, transportando material dissolvido para outros locais. Ao se iniciar o intemperismo e a formação do solo a rocha sã origina um material granulado (areia, silte, argila), colóides e íons. A distribuição desses Apostila de Geociências capítulo
17 materiais é feita em várias profundidades a partir da superfície mostrando, num corte, o perfil do solo. As várias camadas representado diferentes fases de intemperismo são chamadas de horizontes. O solo é constituído de agregados denominados torrões. Uma análise desses agregados pode nos dar uma idéia da textura do solo. Os componentes que podem ser encontrados no solo podem ser: minerais primários e minerais secundários. Os minerais primários são fragmentados da rocha original que ainda não sofreu decomposição. Os minerais secundários representam os grãos que sofreram intemperismo e transformaram-se em outros materiais que podem ser argila, colóide ou mesmo íon. A presença dos minerais secundários determina a fertilidade do solo. As partículas de argila, por exemplo, são responsáveis pelo fornecimento de íons minerais para as raízes das plantas, graças a sua capacidade de absorção. A presença da água também é importante, muito embora o excesso provoque a lixiviação e conseqüente empobrecimento do solo, as reações químicas e o próprio intemperismo é acelerado pela presença da água. O clima é o fator determinante na formação dos solos. A quantidade de água disponível para o intemperismo e a temperatura afetam o desgaste de tal forma que as rochas diferentes podem originar o mesmo tipo de solo, desde que submetidas ao mesmo clima. O material intemperizado das rochas ou minerais podem permanecer no mesmo local durante um certo tempo. Mais cedo ou mais tarde porém esse material em resposta à ação da gravidade é transportado para regiões mais baixas.o transporte desse material é denominado erosão. Os principais agentes de erosão são a água, o vento e o gelo. Pelas suas características a água é o principal agente de erosão. As correntes de água movem-se facilmente sob a ação da gravidade, carregando consigo o produto do intemperismo. os rios são na realidade correias de transporte do material proveniente de locais mais elevados e das encostas das montanhas. A água dos rios transporta íons dissolvidos, colóides em suspensão, argila, silte, areia, seixos e demais fragmentos. A capacidade de transporte depende da velocidade do rio e de seu volume. O gelo pode se transformar em um agente de erosão em algumas regiões da Terra. Ao deslizar montanha abaixo, um bloco de gelo funciona como uma lixa Apostila de Geociências capítulo
18 gigante provocando um desgaste da rocha entalhando-a e retirando-lhe fragmentos que são transportados pela geleira em movimento. O vento pode ser eficiente agente de erosão em algumas regiões, porém ele precisa ter uma velocidade grande para movimentar partículas que a água transportaria com mais facilidade. Materiais finos como o silte e a argila são facilmente soerguidos, podendo ser transportados a grandes distâncias. A viagem da maioria dos materiais até o oceano é longa e repleta de desvios. O material pode ser movimentado, depositado, novamente apanhado e depositado várias vezes antes de alcançar o mar. O intemperismo, a formação do solo e a erosão atuam continuamente PERFIL DE SOLO HORIZONTES Ao iniciar o intemperismo e a conseqüente formação do solo, a rocha sã origina materiais granulados (areia, silte, argila, por exemplo), colóides e íons. A distribuição desses materiais é feita em várias profundidades a partir da superfície mostrando, num corte, o perfil do solo. O solo é dividido em camadas horizontais, chamados de horizontes. A diferenciação dos horizontes depende da textura, cor, consistência, estrutura, atividade biológica, tipo de superfície dos agregados, etc. Normalmente o solo possui horizontes bem fáceis de distinguir: Horizonte O - representa a matéria orgânica presente na superfície. Horizonte A horizonte mineral com acúmulo de húmus. Horizonte E horizonte claro de máxima remoção de argila e/ou óxidos Fe. Horizonte B, local de acúmulo dos materiais perdidos pelos horizontes A e E. Horizonte C, caracterizados pela rocha matriz decomposta. Rocha sã ou rocha-mãe (rocha não decomposta). Apostila de Geociências capítulo
19 Os componentes minerais que podem ser encontrados nos solo podem ser denominados de: minerais primários - minerais resistentes, originalmente presentes na rocha que lhe deu origem, ou seja, a rocha sã (exemplo: quartzo e feldspato). minerais secundários - minerais resultantes da transformação química dos minerais primários durante o intemperismo. Exemplo argilominerais, óxidos e hidróxidos de ferro (goethita) e hidróxido de alumínio(gibbsita). Apostila de Geociências capítulo
Capítulo 4 - ROCHAS CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS QUANTO À QUANTIDADE DE TIPOS DE MINERAL
Capítulo 4 - ROCHAS DEFINIÇÕES MINERAL: Toda substancia inorgânica natural, de composição química estrutura definidas. Quando adquire formas geométricas próprias, que correspondam à sua estrutura atômica,
Leia maisOs constituintes do solo
Os constituintes do solo Os componentes do solo Constituintes minerais Materiais orgânicos Água Ar Fase sólida partículas minerais e materiais orgânicos Vazios ocupados por água e/ou ar Os componentes
Leia maisProfessor: Anderson Carlos Fone: 81 8786 6899
Professor: Anderson Carlos Fone: 81 8786 6899 Estrutura geológica é a base do território. Corresponde à sua composição rochosa. Já o relevo é a forma apresentada pelo território ao nossos olhos: montanhas
Leia maisGEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL SEDIMENTOS E PROCESSOS SEDIMENTARES: DO GRÃO À ROCHA SEDIMENTAR
GEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL SEDIMENTOS E PROCESSOS SEDIMENTARES: DO GRÃO À ROCHA SEDIMENTAR Prof. Dr. Daniel Caetano 2012-1 Objetivos Compreender onde e como se formam os grãos Como ocorre o transporte
Leia maisRochas e minerais. Professora Aline Dias
Rochas e minerais Professora Aline Dias Os minerais São substâncias químicas, geralmente sólida, encontradas naturalmente na Terra. São compostos pela união de vários tipos de elementos químicos (silício,
Leia maisROCHAS E MINERAIS. Disciplina: Ciências Série: 5ª EF - 1º BIMESTRE Professor: Ivone de Azevedo Fonseca Assunto: Rochas & Minerais
ROCHAS E MINERAIS Disciplina: Ciências Série: 5ª EF - 1º BIMESTRE Professor: Ivone de Azevedo Fonseca Assunto: Rochas & Minerais A crosta terrestre é basicamente constituída de rochas. A rocha é produto
Leia maisAreias e Ambientes Sedimentares
Areias e Ambientes Sedimentares As areias são formadas a partir de rochas. São constituídas por detritos desagregados de tamanhos compreendidos entre 0,063 e 2 milímetros. Areias: Ambiente fluvial As areias
Leia maisQuanto à sua origem, podemos considerar três tipos básicos de rochas:
O que são rochas? Usamos rochas para tantos fins em nosso dia-a-dia sem nos preocupar com sua origem que esses materiais parecem ter sempre existido na natureza para atender as necessidades da humanidade.
Leia maisCICLOS BIOGEOQUÍMICOS
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS O fluxo de energia em um ecossistema é unidirecional e necessita de uma constante renovação de energia, que é garantida pelo Sol. Com a matéria inorgânica que participa dos ecossistemas
Leia maisCLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS E O CICLO DAS ROCHAS
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS E O CICLO DAS ROCHAS O que são rochas? São produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais. Diferente dos sedimentos, como por exemplo a areia da praia (um conjunto
Leia maisO MEIO TERRESTRE. Profa. Sueli Bettine
O MEIO TERRESTRE COMPOSIÇÃO E FORMAÇÃO Profa. Sueli Bettine O SOLO E SUA ORIGEM SUPERFÍCIE SÓLIDA S DA TERRA E ELEMENTO DE FIXAÇÃO DE PLANTAS ORIGEM DESAGREGAÇÃO DE ROCHAS E DECOMPOSIÇÃO DE ANIMAIS E VEGETAIS
Leia maisINTEMPERISMO, FORMAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUA SUBTERRÂNEA. Profa. Andrea Sell Dyminski UFPR
INTEMPERISMO, FORMAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUA SUBTERRÂNEA Profa. Andrea Sell Dyminski UFPR INTEMPERISMO Def: É o conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química (decomposição) que as rochas
Leia maisCIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02
CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02 A crosta, o manto e o núcleo da Terra A estrutura do planeta A Terra é esférica e ligeiramente achatada nos polos, compacta e com um raio aproximado de 6.370 km. Os
Leia maisCAPÍTULO 2 ELEMENTOS SOBRE A TERRA E A CROSTA TERRESTRE
Definição CAPÍTULO 2 ELEMENTOS SOBRE A TERRA E A CROSTA TERRESTRE A Terra Esferóide achatado nos Pólos e dilatado no Equador. Diâmetro Polar: 12.712 Km. Diâmetro Equatorial: 12.756 Km. Maior elevação:
Leia maisUNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ INTEMPERISMO
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ INTEMPERISMO Prof. Carolina R. Duarte Maluche Baretta Chapecó (SC), Abril de 2013. Intemperismo? Definição: Intemperismo: alterações físicas e
Leia maisOs solos corr espondem ao manto de alter ação das rochas por processos de intemper ismo.
Os solos corr espondem ao manto de alter ação das rochas por processos de intemper ismo. Quanto a or igem os solos podem ser: ELUVIAIS Originado da alter ação da r ocha matriz situada abaixo dele. ALUVIAIS
Leia maisESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO AULA 4
ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO AULA 4 ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Organiza os principais eventos ocorridos na história do planeta ERA PRÉ -CAMBRIANA DESAFIO (UEPG) ex. 1 p. 181 - A história e a evolução da
Leia maisCORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO. Prof. Ruy Alexandre Generoso
CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO Prof. Ruy Alexandre Generoso É um dos materiais mais importantes de engenharia usado em construções. É usado nos mais variados tipos de construções tais como: barragens,
Leia maisA macroporosidade representa o somatório da porosidade primária e da porosidade
108 5. 3. MACROPOROSIDADE A macroporosidade representa o somatório da porosidade primária e da porosidade secundária, ou seja, a porosidade total da amostra, desconsiderando a porosidade não observável
Leia maisCaracterização dos Solos
Mecânica dos Solos Caracterização dos Solos Prof. Fernando A. M. Marinho Exemplos de obras de Engenharia Geotécnica Talude Natural Talude de corte Barragem de terra Aterro de estradas Construções em solos
Leia maisReconhecer as diferenças
A U A UL LA Reconhecer as diferenças Nesta aula, vamos aprender que os solos são o resultado mais imediato da integração dos processos físicos e biológicos na superfície da Terra. A formação e o desenvolvimento
Leia maisObjetivo da aula: conhecer a estrutura interna da Terra, e os fenômenos associados a essa estrutura como os terremotos e vulcões.
Professor: Josiane Vill Disciplina: Geografia Série: 1ª Ano Tema da aula: Estrutura Interna da Terra (pag. 59 a 69 Objetivo da aula: conhecer a estrutura interna da Terra, e os fenômenos associados a essa
Leia maisQUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42
Processo Seletivo/UNIFAL- janeiro 2008-1ª Prova Comum TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 41 Diferentes modelos foram propostos ao longo da história para explicar o mundo invisível da matéria. A respeito desses modelos
Leia maisA HIDROSFERA. Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato
A HIDROSFERA Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato A HIDROSFERA A água é o mais abundante solvente natural que atua no sentido de desagregar, ou seja, fragmentar
Leia maisCURSO DE AQUITETURA E URBANISMO
1- Generalidades PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Todas as misturas de concreto devem ser adequadamente dosadas para atender aos requisitos de: Economia; Trabalhabilidade; Resistência; Durabilidade. Esses
Leia maisPedologia. Professor: Cláudio Custódio. www.espacogeografia.com.br
Pedologia Professor: Cláudio Custódio Conceitos: Mineração: solo é um detrito que deve ser separado dos minerais explorados. Ecologia: é um sistema vivo composto por partículas minerais e orgânicas que
Leia maisØ As actividades humanas dependem da água para a agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto e entretenimento.
Ø As actividades humanas dependem da água para a agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto e entretenimento. Ä A água é indispensável ao Homem, a sua falta ou o seu excesso, pode ser-lhe
Leia maisUniversidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Exatas Departamento de Geociências. Capítulo 11:
Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Exatas Departamento de Geociências Geologia Capítulo 11: Movimento de Massa Clauzionor Lima da Silva Movimento de Massa Inclui todos os processos
Leia maisGEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA
GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA Segunda 7 às 9h Quarta 9 às 12h museu IC II Aula 2 Deriva continental e Tectônica de placas Turma: 2015/2 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Dinâmica da Terra Deriva
Leia maisColégio Salesiano Dom Bosco GEOGRAFIA Prof. Daniel Fonseca 6 ANO. Capítulo 7 Formas, Relevos e solos da Terra
Colégio Salesiano Dom Bosco GEOGRAFIA Prof. Daniel Fonseca 6 ANO Capítulo 7 Formas, Relevos e solos da Terra O que é relevo? O relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta,
Leia mais3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas
3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 2 Tipos de vegetação Vegetação é caracterizada como o conjunto de plantas de uma determinada região. Em razão da
Leia maisEstrutura da Terra Contributos para o seu conhecimento
Estrutura da Terra Contributos para o seu conhecimento O Sistema Terra Lua e o passado da Terra O Sistema Terra Lua A conquista da Lua pelo Homem (em 21 de Julho de 1969), tornou possível conhecer com
Leia maisSão partículas que atravessam o filtro, mas não são dissolvidas
O que existe na água do mar? 1. materiais sólidos ou particulados 2. colóides 3. materiais dissolvidos 1. materiais sólidos ou particulados A definição de particulado é operacional. Todo material com >
Leia mais06-01-2012. Sumário. O Sistema Solar. Principais características dos planetas do Sistema Solar 05/01/2012. 23 e 24
Sumário Os planetas do Sistema Solar e as suas principais características. (BI dos Planetas do Sistema Solar). Atividade Prática de Sala de Aula Características dos planetas. Preenchimento de tabelas,
Leia maiswww.google.com.br/search?q=gabarito
COLEGIO MÓDULO ALUNO (A) série 6 ano PROFESSOR GABARITO DA REVISÃO DE GEOGRAFIA www.google.com.br/search?q=gabarito QUESTÃO 01. a) Espaço Geográfico RESPOSTA: representa aquele espaço construído ou produzido
Leia maisConservação da Pedra
Conservação da Pedra Ana Paula Ferreira Pinto anapinto@civil.ist.utl.pt Caracterização das rochas A degradação da pedra As acções de conservação no património arquitectónico Tratamento da pedra Caracterização
Leia maisEnsino Fundamental II
Ensino Fundamental II Valor da prova: 2.0 Nota: Data: / /2015 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 6º 4º bimestre Trabalho de Recuperação de Geografia Orientações: - Leia atentamente
Leia maisPROVA BIMESTRAL Ciências
7 o ano 1 o bimestre PROVA BIMESTRAL Ciências Escola: Nome: Turma: n o : 1. Preencha as lacunas do esquema com as seguintes legendas: Planalto ocidental, Depressão periférica, Serra do Mar e Planície litorânea.
Leia maisEXERCÍCIOS DE CIÊNCIAS (6 ANO)
1- Leia o texto a seguir e responda: EXERCÍCIOS DE CIÊNCIAS (6 ANO) Além de diminuir a poluição ambiental, o tratamento do lixo pode ter retorno econômico e social. a) Cite duas formas de se obterem produtos
Leia maisO homem e o meio ambiente
A U A UL LA O homem e o meio ambiente Nesta aula, que inicia nosso aprendizado sobre o meio ambiente, vamos prestar atenção às condições ambientais dos lugares que você conhece. Veremos que em alguns bairros
Leia maisTRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR
Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de
Leia maisQual o nosso lugar no Universo?
Qual o nosso lugar no Universo? Acredita-se que no Universo existam cerca de 100 000 milhões de galáxias. As galáxias são enormes grupos de estrelas, gás e poeira. Nem todas são iguais e diferenciam-se
Leia maisA TERRA ONTEM, HOJE E AMANHÃ
8-6-2012 TEMA III A TERRA ONTEM, HOJE E AMANHÃ Ano Lectivo 2011/2012 Geologia Joana Pires nº15 12ºB Glaciares Os glaciares são massas de gelo que se originam á superfície terrestre devido à acumulação,
Leia maisParte 1 Formação geológica
AULA 1 CONTINENTES Parte 1 Formação geológica O Planeta Terra é formado por seis continentes: África, América, Antártica, Ásia, Europa e Oceania. A Terra apresenta 149.440.850 quilômetros quadrados de
Leia maisPROPRIEDADES DA MATÉRIA
Profª Msc.Anna Carolina A. Ribeiro PROPRIEDADES DA MATÉRIA RELEMBRANDO Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Não existe vida nem manutenção da vida sem matéria. Corpo- Trata-se de uma porção
Leia maisÁGUA NO SOLO. Geografia das Águas Continentais. Profª Rosângela Leal
ÁGUA NO SOLO Geografia das Águas Continentais Profª Rosângela Leal A ÁGUA E O SOLO Os solos são constituídos de elementos figurados, água e ar. Os elementos figurados são contituídos partículas minerais
Leia maisErosão e Voçorocas. Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares
Erosão e Voçorocas Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Estudos Ambientais Professor: João Paulo Nardin Tavares O que é erosão? A erosão caracteriza-se pela abertura de enormes buracos no chão pela
Leia maisRevisão de geologia e Pedogênese
Revisão de geologia e Pedogênese Ricardo Gonçalves de Castro 1 Minerais Mineral é um sólido homogêneo, com composição química definida, podendo variar dentro de intervalos restritos, formados por processos
Leia maisDATA: 17/11/2015. 2. (ENEM) Discutindo sobre a intensificação do efeito estufa, Francisco Mendonça afirmava:
EXERCÍCIOS REVISÃO QUÍMICA AMBIENTAL (EFEITO ESTUFA, DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO E CHUVA ÁCIDA) e EQUILÍBRIO QUÍMICO DATA: 17/11/2015 PROF. ANA 1. Na década de 70, alguns cientistas descobriram quais
Leia maisA ALTERAÇÃO DAS ROCHAS QUE COMPÕEM OS MORROS E SERRAS DA REGIÃO OCEÂNICA ARTIGO 5. Pelo Geólogo Josué Barroso
A ALTERAÇÃO DAS ROCHAS QUE COMPÕEM OS MORROS E SERRAS DA REGIÃO OCEÂNICA ARTIGO 5 Pelo Geólogo Josué Barroso No Artigo 3 e no Artigo 4, fez-se breves descrições sobre a formação das rochas que estruturam
Leia maisTipos e fontes de energias alternativas e convencionais.
Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Robson
Leia maisINFORMATIVO CLIMÁTICO
GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O estabelecimento do fenômeno El Niño - Oscilação Sul (ENOS) e os poucos
Leia maisUnidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1
Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1 Conteúdo: O efeito estufa. Habilidade: Demonstrar uma postura crítica diante do uso do petróleo. REVISÃO Reações de aldeídos e cetonas. A redução de um composto
Leia maisGEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
GEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Quarta 14 às 18h museu IC II Aula 16 Ação Geológica do Vento Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Stanley Breeden/DRK Ação Geológica do vento
Leia maisModulo I Mudanças Climáticas
Nome: Nº: Turma: Geografia 1º ano Exercícios Extras Silvia Set/09 Modulo I Mudanças Climáticas 1. (UFRJ) A maior parte do aquecimento da atmosfera é proveniente da radiação terrestre: a atmosfera deixa
Leia maisO Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.
O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela
Leia maisReações a altas temperaturas. Diagrama de Equilíbrio
Reações a altas temperaturas Diagrama de Equilíbrio Propriedades de um corpo cerâmico Determinadas pelas propriedades de cada fase presente e pelo modo com que essas fases (incluindo a porosidade) estão
Leia mais5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS
5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS Auno(a) N 0 6º Ano Turma: Data: / / 2013 Disciplina: Ciências UNIDADE I Professora Martha Pitanga ATIVIDADE 01 CIÊNCIAS REVISÃO GERAL De
Leia maisPrincipais texturas e rochas metamórficas Os fenómenos metamórficos provocam modificações na textura das rochas iniciais. A textura depende da dimensão dos cristais, forma e arranjo dos diferentes minerais,
Leia maisPLANO CURRICULAR DISCIPLINAR. Ciências Naturais 7.º Ano
PLANO CURRICULAR DISCIPLINAR Ciências Naturais 7.º Ano UNIDADES DIDÁTICAS CONTEÚDOS METAS DE APRENDIZAGEM 1º Período TERRA NO ESPAÇO Terra Um planeta com vida Condições da Terra que permitem a existência
Leia maisTsunamis INTERNATIONAL CENTRE FOR COASTAL ECOHYDROLOGY. Oficina da Prevenção das Catástrofes Naturais Departamento Educacional do ICCE
Tsunamis Um tsunami caracteriza-se por uma série de ondas destruidoras e poderosas. Ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, tais como um sismo, atividade vulcânica,
Leia maisComponentes Minerais Minerais s primários: Minerais s se s cu c ndários: Fraçã ç o argila:
Universidade Estadual Paulista Campus de e Dracena Curso Zootecnia Disciplina: Solos Composição do Solo Prof. Dr. Reges Heinrichs 2010 Introdução O Solo é composto por três fases: Sólido (matéria orgânica
Leia maisABILIO SOARES GOMES ORIGEM DOS OCEANOS
ABILIO SOARES GOMES ORIGEM DOS OCEANOS Uma das perguntas mais persistentes da humanidade é sobre as origens do homem e do universo, tendo originado tantas cosmogonias quantas civilizações existentes. Para
Leia maisTipos de intemperismo
INTEMPERISMO Conjunto de processos que transformam rochas maciças e tenazes em materiais friáveis solos DESEQUILÍBRIO Tipos de intemperismo Intemperismo físico (desintegração) Processos físicos fragmentação
Leia maisCiclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo.
Ciclo hidrológico Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície
Leia maisO interesse da Química é analisar as...
O interesse da Química é analisar as... PROPRIEDADES CONSTITUINTES SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS TRANSFORMAÇÕES ESTADOS FÍSICOS DOS MATERIAIS Os materiais podem se apresentar na natureza em 3 estados físicos
Leia maisProjeto Lagoas Costeiras
Projeto Lagoas Costeiras Curso de formação para multiplicadores Módulos 1 e 2: Ecologia da Restinga Águas Subterrâneas Formação da Água Subterrânea: Ciclo de água Ciclo de água e volumes distribuídos nas
Leia maisCADERNO DE EXERCÍCIOS 1D
CADERNO DE EXERCÍCIOS 1D Ensino Fundamental Ciências da Natureza II Questão Conteúdo Habilidade da Matriz da EJA/FB 01 Propriedades e aplicação dos materiais H55/H56 02 Propriedades específicas, físicas
Leia maisPROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA.
PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. 1)Considere os seguintes dados obtidos sobre propriedades de amostras de alguns materiais. Com respeito a estes materiais,
Leia maisProf: Franco Augusto
Prof: Franco Augusto Efeito de latitude A forma esférica da Terra, faz os raios solares chegarem com intensidades variadas nas diversas porções do planeta. Nas áreas próximas à linha do Equador, com baixas
Leia maisElementos essenciais a vida: Zn, Mo e o Co. - Água; - Macronutrientes: C, H, O, N e o P mais importantes, mas também S, Cl, K, Na, Ca, Mg e Fe;
Elementos essenciais a vida: - Água; - Macronutrientes: C, H, O, N e o P mais importantes, mas também S, Cl, K, Na, Ca, Mg e Fe; - Micronutrientes principais: Al, Bo, Cr, Zn, Mo e o Co. Bio organismos
Leia maisALTERAÇÃO DAS ROCHAS
ALTERAÇÃO DAS ROCHAS Existem formações rochosas que, com o decorrer dos tempos, vão adquirindo formas invulgares, mais pare cendo estranhas esculturas. OS AGENTES EROSIVOS As rochas, embora sejam bastante
Leia maisCLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013
CLIMATOLOGIA Profª Margarida Barros Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA RAMO DA GEOGRAFIA QUE ESTUDA O CLIMA Sucessão habitual de TEMPOS Ação momentânea da troposfera em um determinado lugar e período. ELEMENTOS
Leia maisO vulcanismo, de acordo com os fenómenos observados, pode ser classificado como primário ou secundário:
1. Vulcanismo O vulcanismo ou a atividade vulcânica consiste na libertação de produtos gasosos, líquidos e/ou sólidos para o exterior da crosta terrestre. Esta saída pode ser através de aberturas na superfície
Leia maisFLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA
FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA Todos os organismos necessitam de energia para realizar as suas funções vitais. A energia necessária para a vida na Terra provém praticamente toda do sol. Contudo,
Leia maisCapítulo 10 ELEMENTOS SOBRE SOLOS
1 - Conceitos: Capítulo 10 ELEMENTOS SOBRE SOLOS O solo deve ser considerado sob o aspecto de ente natural e, como tal é tratado pelas ciências que estudam a natureza, como a geologia, a pedologia e a
Leia maisProfa. Dra. Vivian C. C. Hyodo
Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo A Energia e suas Fontes Fontes de Energia Renováveis Fontes de Energia Não-Renováveis Conclusões Energia: Capacidade de realizar trabalho Primeira Lei da Termodinâmica: No
Leia maisDEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS
UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS CONCRETO FRESCO Unidade III Prof. Adailton de O. Gomes CONCRETO FRESCO Conhecer o comportamento
Leia maisGEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL INTEMPERISMO: PROCESSOS QUE MOLDAM A SUPERFÍCIE
GEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL INTEMPERISMO: PROCESSOS QUE MOLDAM A SUPERFÍCIE Prof. Dr. Daniel Caetano 2012-1 Objetivos Compreender a superfície da crosta como um componente dinâmico Conhecer os tipos
Leia maisUFU 2014 Geografia 2ª Fase
QUESTÃO 1 (Geopolítica) A região representada no mapa conta com quase dois terços das reservas mundiais de petróleo. Nas últimas décadas, o controle sobre essas fontes de petróleo foi a principal causa
Leia maisEcologia. 1) Níveis de organização da vida
Introdução A ciência que estuda como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem e quais as conseqüências dessas relações é a Ecologia (oikos = casa e, por extensão, ambiente; logos
Leia maisA) Ação global. B) Ação Antrópica. C) Ação ambiental. D) Ação tectônic
Disciplina: Geografia Roteiro de Recuperação Ano / Série: 6º Professor (a): Gabriel Data: / / 2013 Matéria da recuperação. Superficie da Terra. Litosfera, solo e relevo 1- Analise a imagem. www.trabanca.com-acesso:
Leia maisLingotes. Estrutura de solidificação dos lingotes
Lingotes Estrutura de solidificação dos lingotes Genericamente é possível identificar três regiões diferentes em um lingote após solidificação de uma liga metálica: - a região mais externa denominada zona
Leia maisCAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA
CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA O comportamento climático é determinado por processos de troca de energia e umidade que podem afetar o clima local, regional
Leia maisClimatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO
Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Diversidade global de climas Motivação! O Clima Fenômeno da atmosfera em si: chuvas, descargas elétricas,
Leia maisMAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA?
MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? A UNIÃO DOS ELEMENTOS NATURAIS https://www.youtube.com/watch?v=hhrd22fwezs&list=plc294ebed8a38c9f4&index=5 Os seres humanos chamam de natureza: O Solo que é o conjunto
Leia maisOCORRÊNCIA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. Hidrogeologia Prof: Frederico Campos Viana
OCORRÊNCIA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Hidrogeologia Prof: Frederico Campos Viana Origem Segundo Todd (1959), quase todas as águas subterrâneas podem ser compreendidas como fazendo parte do ciclo hidrológico,
Leia maisParâmetros de qualidade da água. Variáveis Físicas Variáveis Químicas Variáveis Microbiológicas Variáveis Hidrobiológicas Variáveis Ecotoxicológicas
Parâmetros de qualidade da água Variáveis Físicas Variáveis Químicas Variáveis Microbiológicas Variáveis Hidrobiológicas Variáveis Ecotoxicológicas Coloração - COR Variáveis Físicas associada à presença
Leia maisComposição da atmosfera; Nitrogênio (78%); Oxigênio (21%); Outros Gases (1%)
O CLIMA MUNDIAL E BRASILEIRO A Atmosfera Composição da atmosfera; Nitrogênio (78%); Oxigênio (21%); Outros Gases (1%) As camadas da atmosfera: Troposfera; Estratosfera; Mesosfera; Ionosfera; Exosfera.
Leia maisA Vida no Solo. A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local;
A Vida no Solo A Vida no Solo A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local; O solo é constituído por alguns componentes: os minerais, o húmus, o ar, a água e os seres
Leia mais10-10-2000. Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA
Estudo da composição dos solos A turfa 10-10-2000 Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA INTRODUÇÃO Os solos são sistemas trifásicos pois são constituídos por componentes sólidos, líquidos e gasosos. Cerca
Leia maisQUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq)
QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL Questão 01 O agente oxidante mais importante em águas naturais é, sem a menor dúvida, o oxigênio molecular dissolvido, O 2. O equilíbrio entre o oxigênio
Leia maisTermos Técnicos Ácidos Classe de substâncias que têm ph igual ou maior que 1 e menor que 7. Exemplo: sumo do limão. Átomos Todos os materiais são formados por pequenas partículas. Estas partículas chamam-se
Leia maisCOLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 2012
2ª PROVA PARCIAL DE GEOGRAFIA Aluno(a): Nº Ano: 6º Turma: Data: 02/06/2012 Nota: Professor(a): Élida Valor da Prova: 40 pontos Orientações gerais: 1) Número de questões desta prova: 12 2) Valor das questões:
Leia maisAvaliação da unidade II Pontuação: 7,5 pontos
Avaliação da unidade II Pontuação: 7,5 pontos 2 QUESTÃO 01 (1,0 ponto) Observe a imagem 1, com atenção, e depois responda Fonte: http://nautilus.fis.uc.pt/astro/hu/viag/images/imagem24.jp 3 É o sexto planeta
Leia maisAula 23 Trocadores de Calor
Aula 23 Trocadores de Calor UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez Definição: Trocadores de Calor Os equipamentos usados para implementar
Leia maisCAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA?
1 T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? A temperatura é a grandeza física que mede o estado de agitação das partículas de um corpo. Ela caracteriza, portanto, o estado térmico de um corpo.. Podemos medi la
Leia maisDegradação de Polímeros
Degradação de Polímeros Degradação de Polímeros e Corrosão Prof. Hamilton Viana Prof. Renato Altobelli Antunes 1. Introdução Degradação é qualquer reação química destrutiva dos polímeros. Pode ser causada
Leia maisREVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE I
Aula: 6.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE I 2 O universo 3 Galáxias São conjuntos de sistemas estelares que contêm mais de 100 bilhões de estrelas, poeira e gases. Via Láctea Constelação Agrupamento aparente
Leia maisMudanças de Fase. Estado de agregação da matéria
Mudanças de Fase Estado de agregação da matéria Investigando melhor... Para produzirmos gelo é preciso levar água até o congelador. Para produzirmos vapor é preciso levar água à chama de um fogão. Por
Leia mais