Avaliação do Programa de Alimentação do Trabalhador na Região Metropolitana do Recife ( ) Tema 4: Segurança Alimentar e Nutricional
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- Giovana de Oliveira de Sintra
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1 CHAMADA MCTI-CNPq/MDS-SAGI Nº 24/2013 DESENVOLVIMENTO SOCIAL Avaliação do Programa de Alimentação do Trabalhador na Região Metropolitana do Recife ( ) Tema 4: Segurança Alimentar e Nutricional Equipe: Pesquisadores/Técnicos -UFPE -Pedro Israel Cabral de Lira - Ruth Cavalcanti Guilherme -Fernanda C. de Lima Pinto Tavares - Karina Correia da Silveira - Vivianne Montarroyos Padilha - Jailma Santos Monteiro - Sandra Regina Maia - Leopoldina A. S. Sequeira-de-Andrade
2 Objetivo Geral Avaliar o Programa de Alimentação do Trabalhador na perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional e de Saúde da população assistida pelo programa na Região Metropolitana do Recife. Objetivos específicos Classificar empresas cadastradas no PAT pelo tempo de registro e modalidade de atendimento. Analisar a atuação do Responsável Técnico pelo PAT nas empresas em relação ao cumprimento dos parâmetros nutricionais estabelecidos. Avaliar a qualidade global das refeições oferecidas nas empresas cadastradas. Avaliar o estado nutricional e de saúde do trabalhador com ênfase nas Doenças Crônicas não Transmissíveis e os fatores associados (socioeconômicos e demográficos, assistência a saúde, atividade física, hábitos de vida, condições funcionais e doenças referidas).
3 Planejamento amostral Trata-se de um estudo transversal, na qual a população de interesse será constituída por amostra aleatória tanto das empresas registradas no PAT como dos seus trabalhadores, na Região Metropolitana do Recife (RMR)- Pernambuco, adotando-se os seguintes critérios de inclusão: empresas inscritas nas modalidades autogestão e gestão terceirizada (preparo e distribuição de refeição e refeição transportada) e, empresas com Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) ou refeitório sediadona RMR que compreende 14 municípios. A base de dados será composta pela listagem fornecida pela Coordenação Geral do PAT do Ministério do Trabalho e Emprego e a unidade de seleção amostral será a empresa. (FIEPE Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco)
4 Tamanho da Amostra O tamanho da amostra será calculado considerando 50% (?) das empresas cadastradas no PAT no estado de Pernambuco e que atendam aos critérios de inclusão. O sorteio das empresas que constituirão a amostra considerará o porte da empresa com distribuição proporcional, sendo classificadas em pequeno (100 a 249), médio (250 a 499) e grande porte (500 e +), de acordo com a classificação adotada por Moura (1986) e a proposta de classificação do Sebrae (2013) para micro e pequenas empresas.
5 N de Empregados 100 a a e + TOTAL Abreu e Lima 9 4,9 3 4,7 2 3,4 14 4,5 Cabo 13 7,0 8 12,5 6 10,2 27 8,8 Igarassu 9 4,9 4 6,3 5 8,5 18 5,8 Ipojuca 14 7,6 2 3,1 4 6,8 20 6,5 Itamaracá 2 1,1 0 0,0 1 1,7 3 1,0 Jaboatão 35 18,9 7 10,9 6 10, ,6 Moreno 1 0,5 0,0 0,0 1 0,3 Olinda 8 4,3 3 4,7 1 1,7 12 3,9 São Lourenço 1 0,5 0,0 1 1,7 2 0,6 Recife 93 50, , , ,9 Total , , , ,0
6 N de Empregados 100 a a e + Total Abreu e Lima 9 64,3 3 21,4 2 14, ,0 Cabo 13 48,1 8 29,6 6 22, ,0 Igarassu 9 50,0 4 22,2 5 27, ,0 Ipojuca 14 70,0 2 10,0 4 20, ,0 Itamaracá 2 66, , ,0 Jaboatão 35 72,9 7 14,6 6 12, ,0 Moreno 1 100, ,0 Olinda 8 66,7 3 25,0 1 8, ,0 São Lourenço 1 50,0 1 50, ,0 Recife 93 57, , , ,0 Total , , , ,0
7 PLANO A Estimativa de tamanho amostral para diferentes indicadores de doenças crônicas não transmissíveis no estado de Pernambuco DESFECHO Sobrepeso (IMC 25,0-29,9) Amostra + Prevalência Erro Total da (III PESN/2006) amostral amostra (*) 10% (%) (%) de Perdas 53,8 4, Obesidade (IMC 30) Glicemia ( 126 mg/dl) 14,4 3, Colesterol ( 200 mg/dl) 17,4 3, Triglicerídeos ( 200 mg/dl) 25,3 3, Hipertensão Arterial 29,5 4, Sistêmica (*) Nível de confianças de 95%; efeito do desenho de 1,5. A seleção dos trabalhadores para compor a amostra será realizada a partir do quadro de funcionários das empresas, sendo sorteado o número de trabalhadores por empresa de forma proporcional ao universo de indivíduos das empresas participantes do estudo.
8 ORÇAMENTO EXAMES EXAMES Valor Unitário R$ Exames n Valor R$ - Colesterol total 3,64 976* 3.552,64 - HDL 5,05 976* 4.928,80 - Triglicerídeos 5,05 976* 4.928,80 - Glicose 3,64 976* 3.552,64 Total ,88 Dados Bioquímicos: ACCUTREND GCT, de leitura imediata, após punção capilar. Glicemia: Normalidade: 99 mg/dl; Inapropriado(pré-diabetes) mg/dl; Diabetes mellitus: 126 mg/dl(sociedade Brasileira de Diabetes, 2009); Colesterolemia:Desejável<200mg/dL;Limítrofe mg/dL;Aumentado 240 mg/dl(sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013); Triglicerídeos: Desejável < 150 mg/dl; Limítrofe mg/dl; Aumentado mg/dl; Muito Alto: 500 mg/dl(sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013)
9 Variáveis do Estudo Empresas: Tempo de registro no PAT Modalidade de atendimento Cumprimento dos parâmetros nutricionais do PAT Qualidade Global das Refeições Trabalhadores: Características demográficas e socioeconômicas Índice de Massa Corporal Circunferência Abdominal Relação Cintura-Quadril e Cintura-Estatura Pressão arterial Glicemia Colesterol/frações e Triglicerídeos Nível de atividade física e hábitos de vida Assistência a saúde Condições funcionais e doenças referidas
10 Pressão arterial A aferição da pressão arterial será realizada pela equipe de laboratório utilizando-se tensiômetro de coluna de mercúrio(modelo mesa-glicomed-ce-0483). A classificação utilizada será a da Sociedade Brasileira de Cardiologia preconizada na VI Diretriz de Hipertensão Arterial Sistêmica(2010), a mesma classificação utilizada pelo VI JNC Americano(Joint National Committee): Normal: < 140 mmhg sistólica e < 90 mmhg diastólica; e, Hipertensão arterial: 140 mmhg sistólica ou 90 mmhg diastólica Avaliação da Atividade Física InternationalPhysicalActivityQuestionnaire(MATSUDO et al, 2001) em sua versão curta, levando em consideração quatro dimensões da atividade física: no lazer, atividades domésticas, atividades ocupacionais e atividades relacionadas ao deslocamento. Esse instrumento mede a frequência e duração das atividades físicas moderadas, vigorosas e caminhadas realizadas na última semana por pelo
11 Avaliação da Qualidade Global das Refeições Para o cálculo do valor nutricional das refeições será utilizada a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO), e caso necessário, a tabela de composição do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Para avaliar a qualidade global das refeições oferecidas será utilizado o Índice de Qualidade da Refeição(IQR) desenvolvido por Bandoni(2006). Este índice propõe a utilização de 5 variáveis, as quais recebem pontuação de 0 a 20, considera simultaneamente a oferta de alimentos e nutrientes, permitindo uma avaliação indireta de componentes da refeição sem reduzir a avaliação a um único item. Adistribuiçãoentreos valores 0e20 é feita de forma proporcional, assim, conforme o componente está mais próximo do adequado, maior será a sua pontuação.
12 Componentes do índice: Adequação na oferta de verduras, legumes e frutas: onde se verificará a adequação das quantidades em gramas por refeição baseadas nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2003), que preconiza que o consumo seja de, no mínimo, 400g/dia, equivalentes a cinco porções por dia. Assim, espera-se que uma grande refeição forneça ao menos duas porções, sendo esperada uma oferta de 160g ou mais, que receberá pontuação 20 e a oferta igualouinferiora80greceberápontuaçãoiguala0. Oferta de carboidratos: oferta percentual em relação à energia. Sendo utilizadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2003) e do Guia Alimentar para a População Brasileira(BRASIL, 2006), que estabelece uma oferta ideal entre 55% e 75% do total de calorias, que equivalerá à pontuação 20. A oferta inferior a 40% receberá pontuação igual a 0;
13 Oferta de gordura total: oferta percentual em relação à energia. Sendo utilizadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2003) e do Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2006), que estabelece uma oferta ideal entre 15%e30%dototaldecaloriasereceberápontuação20eaoferta superior a 40%, receberá pontuação igual a 0; Oferta de gordura saturada: oferta percentual em relação à energia. Sendo utilizadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2003) e do Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2006), que estabelece que o total de energia proveniente dos ácidos graxos saturados seja menor que 10%, que receberá pontuação 20 e a oferta superior a 13%, receberá pontuação igual a 0;
14 Variabilidade da refeição: o indicador considera o número de alimentos (pontuação de 0a7) e o número de grupos de alimentos (pontuação de 0 a 3), somando os pontos obtidos nestes dois indicadores. Assim, a refeição que oferecer no mínimo 11 diferentes alimentos e 5 diferentes grupos de alimentos receberá 20, enquanto que a refeição que oferecer menos de dois grupos e 4 alimentos receberá 0. Será calculada a média do IQR do almoço, do jantar e da ceia e depois será classificado o IQR de acordo com a proposta de Bowman et al.(1998), que considera como adequada aquela refeição que obtiver pontuação maior que 80; refeição que precisa de melhoras com a pontuação entre 51 e 80 e refeição inadequada com pontuação menor ouiguala50.
15 Principais contribuições da pesquisa proposta ao aprimoramento de programas, ações e serviços em foco Construção de um banco de dados sobre a evolução da saúde do trabalhador na Região Metropolitana do Recife PE Disponibilização dos dados da situação de saúde do trabalhador para o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional 2013/2015 Fornecer subsídios para o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2013/2015 (CAISAN, 2011), que em seu objetivo 5 das Diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional tem como meta prioritária, fiscalizar 500 empresas beneficiárias do PAT. Colaborar com o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil ( ), que na estratégia 7 do eixo de Promoção da Saúde tem como uma de suas ações: apoiar a implementação dos parâmetros nutricionais do Programa de Alimentação do Trabalhador, com foco na alimentação saudável e na prevenção de DCNT no ambiente de trabalho.
16 Colaborar com a formação do nutricionista auxiliando no desenvolvimento de competências para a promoção de práticas alimentares saudáveis nesse segmento, desmistificando o real potencial de resolutividade das ações de educação alimentar. E principalmente porque, dentre as várias medidas que têm por finalidade criar condições para que todos os brasileiros desfrutem de segurança alimentar e nutricional algumas delas dizem respeito especificamente à competência técnica dos nutricionistas. Colaborar com a formação de recursos humanos em pesquisa nas áreas de avaliação de políticas e programas e saúde do trabalhador. Realizações de monografias, dissertações, teses, livros e outras formas de publicação sobre problemas de saúde, alimentação e nutrição do trabalhador (situação, metodologia, aplicações).
Avaliação do Programa de Alimentação do Trabalhador na Região Metropolitana do Recife (1976-2013)
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