REPRESENTAÇÃO DINÂMICA DOS TAPS EM GRUPOS E FINAL DE PALAVRA

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1 Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Lingüísticos do Sul REPRESENTAÇÃO DINÂMICA DOS TAPS EM GRUPOS E FINAL DE PALAVRA Adelaide H.P. SILVA (UFPR; LAFAPE/UNICAMP) ABSTRACT: Recent descriptions of Brazilian Portuguese rhotics show that taps interpolate an adjacent vowel in clusters or in final position. This finding poses a question on the representation of such a fact in the light of dynamic models, such as Articulatory Phonology, insofar the model does not predict gestural interpolation. KEYWORDS: dynamic models; phonological representation; taps 0 Introdução. Estudos como os de Silva (1996) ou Carvalho (2004) apontam para a existência, no português brasileiro (PB), de um evento acústico de natureza vocálica sucedendo o tap em final de sílaba/palavra ou antecedendo esse som em grupos do tipo CrV 1, como aliás já se apontava especialmente para grupos em outras línguas, como o norueguês (Kvale & Foldvik, 1995) ou o espanhol (Quilis, 1993). Os estudos relativos ao PB não fazem mais do que notar a existência desse evento acústico nos dois ambientes mencionados sem, contudo, investigar-lhe a natureza. Ou seja, não se sabe se o evento acústico é uma vogal epentética, semelhante a um schwa, como relatado por Kvale & Foldvik (op. cit.) para os grupos do norueguês, ou se, ao invés de uma vogal qualquer, trata-se da mesma vogal que sucede o tap, entrecortada por ele. Esclarecer a natureza desse evento acústico é relevante dado que, caso se tenha seqüências 2 do tipo CV n rv 1 em algumas línguas e seqüências CV 1 rv 1 noutras, está-se diante de fatos específicos de línguas e não universais que devem, portanto, ser representados nas gramáticas de suas respectivas línguas. Estudos recentes sobre o tap em grupos (Nishida, 2004) e em posição final de palavra (Clemente, 2004), no PB, têm contribuído para responder à questão acerca da natureza do evento acústico que se interpõe entre consoante e tap, no caso dos grupos, e entre tap e consoante inicial da palavra seguinte quando o tap ocorre em final de palavra 3. Nishida (op. cit.), medindo a freqüência dos formantes do evento vocálico, observa que se trata da mesma vogal, entrecortada pelo tap, dado que há sobreposição entre os triângulos vocálicos do elemento vocálico e da vogal que sucede o tap. Tem-se, portanto, para os grupos com tap do PB, a seqüência CV1rV1. Os dados de Clemente (op. cit.), por sua vez, parecem apontar na mesma direção, mas não são conclusivos, provavelmente por conta de um efeito de força de fronteira que não foi investigado. Devido à nitidez dos resultados do estudo de Nishida (op.cit.), me aterei neste trabalho ao tap que ocorre em grupo embora acredite que as observações feitas aqui sejam válidas também para o tap que ocorre em codas. Assim, uma vez que, no PB, os grupos com tap exibem uma vogal que é entrecortada por ele, e que esse não é um fato universal posto que noutras línguas, como o norueguês, há um schwa entre a consoante e o tap do grupo é preciso representar o fato na gramática da língua. A questão para a qual nos voltamos é como fazer tal representação. 1 Proposta de representação dinâmica dos taps em PB. Como já argumentado noutros lugares (Keating, 1985; Browman & Goldstein, 1986, 1989, 1992) alguns fatos tidos como meramente implementacionais portanto fonéticos, considerando-se a dissociação clássica entre fonética e fonologia são na verdade específicos de uma ou algumas línguas 4, o que requer sua representação na gramática das respectivas línguas. Mas como prever tal representação? Essa não é uma resposta trivial, porque não envolve apenas mover os fatos do nível fonético para o nível fonológico, mas requer uma grande reflexão sobre a natureza dos 1 Usarei nestetexto a notação [r] para fazer referência ao tap alveolar. 2 A notação CV n r CV sinaliza uma seqüência na qual se tem uma consoante qualquer seguida de uma vogal neutra (V n). Esta, por sua vez, é seguida do tap, ao qual sucede uma vogal. Grupos dessa natureza ocorrem no norueguês, por exemplo (cf. Kvale & Foldvik, 1995). A notação CV 1rV 1, por sua vez, sinaliza uma seqüência na qual o tap entrecorta uma vogal qualquer. 3 É importante ressaltar que este estudo se baseia nos dados obtidos através das investigações de dois orientandos de iniciação científica, Gustavo Nishida e Felipe Costa Clemente. 4 É o caso da duração de vogais antes de oclusivas: acreditou-se, durante muito tempo, que a maior duração das vogais diante de consoantes sonoras, contraposta a sua menor duração diante de consoantes surdas fosse um fato universal. Era, portanto, considerado um fato implementacional, mecânico. Keating (1985), porém, mostra, através de dados do árabe, tcheco e persa que a relação entre duração vocálica e sonoridade de oclusivas se inverte, o que constitui um argumento a favor não da universalidade do fato, mas do condicionamento de uma ou algumas línguas sobre ele.

2 primitivos teóricos adotados e, conseqüentemente, sobre a relação entre a fonética e a fonologia como mostram Browman & Goldstein (op. cit.) e Albano (2001). Esse argumento se reforça porque muitos dos fatos observados são gradientes e não categóricos, como esperariam modelos de análise fonológica que tomam traços ou segmentos como primitivos. Há exemplos desses fatos no PB, como a duração de vogais postônicas (cf. Albano et alii, 1998), a africação em dialetos ditos não -africadores (cf. Albano, 2001) e a realização das vibrantes em posição inicial de palavra (cf. Silva, 2002) 5. No caso da seqüência CV 1 rv 1, característica de grupos, como menciona a Introdução, supra, tem-se um fato específico do PB porque há línguas, como o norueguês, nas quais ocorre uma vogal neutra entre a consoante e o tap. É preciso, então, propor uma representação para essa seqüência. Modelos fonológicos que tomam traços ou segmentos como primitivos não dariam conta de fornecer uma representação. Isso porque tais modelos lidam com processos como apagamentos, inserções ou mudanças na especificação dos traços. Nosso caso não envolve nenhum desses processos. Na verdade, ocorre que um segmento se inicia, tem sua produção interrompida pela realização de outro segmento e só então é finalizado, como ilustra a figura abaixo: Figura 1 - Espectrograma - com forma da onda alinhada - da palavra "prato" (in Nishida, 2004). Entre linhas verticais pontilhadas, o início da vogal [a], cuja produção é interrompida pela realização do tap e retomada em seguida 6. Na representação do caso acima, obviamente não é possível propor o apagamento de um traço ou de todo um segmento e a sua inserção em seguida. Tampouco é possível pensar na especificação de traços do tap dentro da matriz de traços ou da estrutura interna da vogal, porque modelos herdeiros de uma Fonologia 5 Dados de Ferraz (2004) parecem apontar gradiência na retroflexão de /r/ em final de sílaba e palavra. 6 Note-se que a configuração dos formantes na porção demarcada pelas linhas pontilhadas verticais é exatamente a mesma que a configuração formântica da vogal seguinte ao tap.

3 Gerativa ou assumem que os segmentos se sucedem ou, no caso dos modelos não-lineares, que os segmentos se organizam tridimensionalmente, de modo que a estrutura de um seja visível pelo outro. Propor que os traços do tap ocorrem dentro da estrutura de traços da vogal significaria admitir uma vogal rotacizada, o que evidentemente não vem ao caso. Dadas essas limitações é que buscamos uma representação dinâmica para a seqüência observada na Figura 1, à luz dos pressupostos da Fonologia Articulatória (Browman & Goldstein, 1986, 1989, 1992) e da Fonologia Acústico-Articulatória (Albano, 2001). Assim, o primeiro passo é pensar numa representação para o tap, como a que se segue e que é proposta por Silva (2002): Região coronal Fechado Região dorsal Região faríngea médio Região glotal fechado glote Figura 2 Proposta de pauta gestual para os taps do PB. Baseada especialmente na Fonologia Acústico-Articulatória de Albano (2001), tal pauta prevê que o tap seja constituído não de um único gesto articulatório como, em princípio, faria prever a Fonologia Articulatória (Browman & Goldstein, 1992) mas de gestos de quatro regiões articulatórias. O gesto da região coronal, ativado durante um tempo menor que os demais, recebe o especificador fechado 7. Isso, somado ao menor tempo de ativação, resulta no movimento balístico da ponta da língua ao tocar o céu da boca. O gesto da região dorsal com magnitude menor que os demais e o gesto da região faríngea resultam no movimento de dorso da língua e são, por isso, vocálicos, diferentemente dos gestos das regiões coronal e glotal, ambos de natureza consonantal. Ressalte-se que a atividade de um gesto da região faríngea é prevista pelo modelo da Fonologia Acústico-Articulatória. É preciso notar, ainda, que a previsão da ação de um gesto da região glotal é uma diferença da proposta de Silva (op.cit.) com relação à proposta de Albano (op.cit.). Tal como se proposto na pauta da figura acima, tem-se como conseqüência um tap vozeado. Conseqüentemente, torna-se 7 Para um resumo da Fonologia Articulatória e maiores detalhes sobre a terminologia aqui utilizada, vide Silva (2003).

4 necessário prever uma pauta para a variante ensurdecida do tap. Neste caso, mudaria o descritor do gesto de grau de constrição na região glotal, o qual passaria a ser abertura máxima. 2 Tentando prever a coordenação do gesto vocálico e do tap. Na representação da seqüência da qual nos ocupamos, a pauta acima deve se coordenar com uma pauta que corresponda a vogal. Nesse caso, seriam ativados gestos da região dorsal cujo especificador varia, trazendo como conseqüência diferentes graus de abertura e diferentes locais de realização das vogais e da região faríngea o que resultaria, especialmente, na produção de vogais posteriores. A ativação do gesto da região labial incorporaria à vogal protrusão labial e, conseqüentemente, arredondamento dos lábios. Trata-se, então, de prever como as pautas gestuais de tap e vogal se coordenariam, de modo a produzir o resultado verificado na Figura 1 supra. A Fonologia Articulatória e, mais tarde, também a Fonologia Acústico-Articulatória assume que os gestos se coordenam através da variação do grau de sobreposição entre si. Pouca ou nenhuma sobreposição, por um lado, acarreta a realização de dois gestos contíguos. Muita ou total sobreposição, por outro lado, leva ao ocultamento de um gesto por outro. A conseqüência, nesse caso, é a impossibilidade de se ver o sinal acústico correspondente ao gesto que representa o segmento escondido e de se perceber auditivamente tal segmento. A Figura abaixo esquematiza as possibilidades de sobreposição gestual, de acordo com a Fonologia Articulatória: (a) (b) (c) (d) Figura 3 - Possibilidades de sobreposição gestual segundo a Fonologia Articulatória (cf. Browman & Goldstein, 1992). Em (3a), os gestos não se sobrepõem 8, o que acarreta a sucessão temporal entre eles com pouca coarticulação. Em (3b), a sobreposição entre eles acarreta maior coarticulação entre os gestos e, em (3c), a coarticulação é maior ainda, porque a sobreposição ent re os gestos é maior. (Note-se, inclusive, que em (3b) e (3c) há diferença nas bordas que se sobrepõem, o que significa que não há uma direção obrigatória para a sobreposição gestual se manifestar.) Na pauta (3d), por sua vez, os dois gestos se sobrepõem totalmente, o que implica que um deles será escondido pelo outro. Assumir que o gesto do tap e da vogal se coordenem como em (3a), (3b) ou (3c) implica em assumir que ambos são contíguos, com graus de sobreposição variáveis e, conseqüentemente, mais ou menos coarticulação. E, como se vê na Figura 1, não se trata de assumir maior ou menor coarticulação entre tap e vogal. Trata-se de prever que o gesto vocálico se inicie e seja entrecortado pelo tap. Assumir, por outro lado, que tap e vogal se coordenem como em (4d) implicaria assumir que o gesto do tap fica escondido pelo gesto da vogal e, portanto, o tap não seria percebido em termos acústicos e auditivos, o que também não vem ao caso.poder-se-ia pensar numa outra tentativa de representação, que previsse a ocorrência do gesto do tap entre dois gestos vocálicos, como na Figura 4, abaixo. Tap Vogal Vogal Figura 4 - Esboço de representação dinâmica da seqüência CV 1 rv 1. 8 Contrariamente à pauta da Figura 2, aqui cada caixa equivale ao gesto articulatório que representa um segmento. Lá prevíamos que um segmento pode ser representado por mais de um gesto.

5 O problema desta tentativa de representação é que ela prevê que o gesto vocálico começa e termina, para então começar o gesto do tap. Assim que este gesto se conclui, inicia-se o gesto vocálico seguinte. Decorre que, como se prevê o início e o término de dois gestos vocálicos, em princípio eles não têm de ser o mesmo gesto. É possível, portanto, que se represente, dessa maneira, além da seqüência CV 1 rv 1 - que verificamos no PB também a seqüência CV n rv 1, que não ocorre nessa língua. Uma outra variável com que se tem de lidar é o tempo de ativação do primeiro momento do gesto vocálico: ele é muito menor que o tempo de ativação do segundo momento do gesto vocálico, durando aproximadamente 25ms. Esse parâmetro pode ser manipulado na equação dinâmica que define o gesto articulatório, mas ainda assim resta a questão sobre como prever que se tem um mesmo vocálico entrecortado pelo tap. Tal questão se coloca porque nem a Fonologia Articulatória nem a Fonologia Acústico-Articulatória preconizam uma interpolação gestual, talvez porque essa previsão não seja possível sequer na fórmula que define o gesto articulatório. 3- À guisa de conclusão. Para dar conta da representação de grupos consonantais do inglês, Browman & Goldstein (2000) recorrem à noção de efeito de c-center, i.e., um efeito no qual os gestos de constrição oral que constituem o onset de uma sílaba parecem estar faseados como uma única unidade, relativamente ao gesto vocálico. Assim, num grupo como [sp], os autores argumentam que o c-center estaria bem no final do gesto de [s] e antes de começar o gesto de [p]. No caso de [s] e [p] ocorrerem isoladamente, o c-center se localizaria exatamente no de cada um dos segmentos. Recorrer à mesma noção para representar os grupos com taps em PB, por sua vez, não parece resolver a questão, dado que teríamos que prever a ocorrência do c-center bem ao final de uma consoante e antes do início de [r], o que exclui da representação a porção inicial da vogal que é entrecortada pelo tap. Prever, por outro lado, que o c-center ocorre ao final da porção inicial da vogal e antes do tap acarretaria uma previsão semelhante àquela que pode ser feita para o [r] intervocálico e não se trata de representar o tap nessa posição. Embora o tap pareça precisar se apoiar em vogais à esquerda e à direita para se realizar, em grupos a porção da vogal que fica à esquerda do tap é tão breve que, na grande maioria dos casos é auditivamente imperceptível. Não é possível, portanto, igualar a representação do tap em grupos à produção do tap em posição intervocálica. É preciso, então, pensar noutra maneira de representar as seqüências CV 1 rv 1 à luz de modelos dinâmicos de produção da fala, uma maneira que preveja, especialmente, que o gesto do tap entrecorta um gesto vocálico e que isto acontece de modo que o gesto do tap se interpole ao da vogal depois de decorridos, aproximadamente, 25 a 30ms da produção da vogal. Mas essa tarefa não é trivial e será focalizada na continuidade deste trabalho. RESUMO: Descrições recentes dos taps no português brasileiro mostram que esses sons interpolam uma vogal adjacente em grupos e em final de palavra. Essa observação questiona a representação de seqüências CrV e Vr#C à luz de modelos dinâmicos de produção da fala, como a Fonologia Articulatória, que não prevê interpolação gestual. PALAVRAS-CHAVE: modelos dinâmicos, representação fonológica; taps. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Albano, E. C. O gesto e suas bordas: esboço de Fonologia Acústico-Articulatória do português brasileiro. Campinas: Mercado de Letras/ALB/FAPESP, Albano, E.C.; Barbosa, P.A.; Gama-Rossi, A.; Madureira, S. & Silva, A.H.P. A interface fonética-fonologia e a interação prosódia-segmentos, in Estudos Lingüísticos XXVII, UNICAMP: , Browman, C. & Goldstein, L. Towards an Articulatory Phonology, in Phonology Yearbook, 3: , Articulatory gestures as phonological units, in Phonology Yearbook, 6: , Articulatory Phonology: an overview, in Phonetica, 49: , Competing constraints on intergestural coordinatuion and self-organization of phonological structures, in Les Cahiers de l ICP, Bulletin de la Communication Parlée, 5: 25-34, Carvalho, K.H.P. Descrição fonético-acústica das vibrantes no português e no espanhol. Tese de Doutorado, UNESP-Assis, inédita, Clemente, F. Descrição acústica dos taps em coda, submetido a publicação nos Anais do 6º. CelSul, Ferraz, I. Análise acústica do retroflexo no dialeto paranaense, submetido a publicação nos Anais do 6º. CelSul,2004.

6 Keating, P. Universal phonetics and the organization of grammars. In: V. Fromkin (ed.) Phonetic Linguistics: essays in honor of Peter Ladefoged. New York: Academic Press, , Nishida, G. Descrição acústica dos taps em grupos, submetido a publicação nos Anais do 6º. CelSul, Quilis, A. Tratado de Fonética y Fonología de la lengua española. Madrid: Editorial Gredos, Silva, A.H.P. Para a descrição fonético-acústica das líquidas no português brasileiro : dados de um informante paulistano. Dissertação de mestrado, LAFAPE/UNICAMP, inédita, As fronteiras entre fonética e fonologia e a alofonia dos róticos iniciais em PB: dados de dois informantes do sul do país. Tese de doutorado, LAFAPE/UNICAMP, inédita, Pela incorporação de informação fonética aos modelos fonológicos, in Revista Letras, 60: , 2003.

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