Política de Investimentos 2017 a 2021
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- Gonçalo Castel-Branco Freire
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1 Política de Investimentos 2017 a 2021 Plano Votorantim Prev Contribuição Definida Aprovada pelo Conselho Deliberativo em 22 /11/2016
2 2 ÍNDICE 1. Introdução Governança Corporativa Diretrizes Gerais Plano de Benefícios Expectativas de Retorno Política de terceirização e gestão de custódia Processo de Seleção de Gestores Agente custodiante e agente consolidador Responsabilidade dos gestores de recursos Alocação de recursos e limites por segmento de aplicação por Perfil Investimentos Táticos Benchmarks por segmento e metas de rentabilidade Concentração de recursos por modalidade de investimentos Alocação por Emissor Concentração por Emissor Concentração por Investimento Restrições Derivativos Apreçamento de ativos financeiros Avaliação dos Investimentos Investimentos com risco de crédito Investimentos Estruturados Fundos Multimercados Estruturados Exposição Cambial Fundos de Participação Fundos Imobiliários Investimentos no exterior Monitoramento dos Investimentos Gestão de Riscos Risco Integrado Risco de Mercado VaR Benchmark-VaR Stress Test Risco de Crédito Abordagem Qualitativa Exposição a Crédito Privado Risco de Liquidez Risco Operacional Risco de Terceirização Risco Legal Risco Sistêmico Contratação de Agentes Fiduciários Desenquadramentos Observação dos princípios socioambientais...17
3 3 1. INTRODUÇÃO A presente Política de Investimentos estabelece os princípios e diretrizes que devem reger os investimentos dos recursos confiados à FUNSEJEM, com a finalidade de promover a segurança, liquidez e rentabilidade necessárias para assegurar o equilíbrio entre ativos e passivos do Plano de Benefícios. Dessa forma, é preciso que o horizonte de investimentos esteja alinhado com o horizonte de desembolso desses recursos e com as premissas de rentabilidade definidas na concepção do plano. O descasamento entre o horizonte dos investimentos e o prazo estimado de formação das reservas pode gerar (i) o risco de reinvestimento, que se caracteriza pela indisponibilidade, na data de vencimento de um ativo, de outro ativo que apresente rentabilidade semelhante, e (ii) risco de liquidez, que se caracteriza pela ausência de liquidez para pagamento dos benefícios. Os limites e critérios aqui estabelecidos estão fundamentados na Resolução CMN nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, e alterações posteriores, legislação que estabelece as diretrizes para aplicação dos recursos garantidores das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Entende-se, dessa forma, que as diretrizes ora estabelecidas são complementares àquelas definidas pela resolução e alterações posteriores, não estando os administradores ou gestores, em nenhuma hipótese, dispensados de observar as regras de elegibilidade, restrições, limites e demais condições estabelecidas pela legislação aplicável, ainda que estas não estejam transcritas neste documento. Essa Política de Investimento foi aprovada pelo Conselho Deliberativo em Reunião de 22 de novembro de GOVERNANÇA CORPORATIVA A adoção das melhores práticas de Governança Corporativa garante que os envolvidos no processo decisório da Entidade cumpram seus códigos de conduta pré-acordados a fim de minimizar conflitos de interesse ou quebra dos deveres. A gestão da entidade segue princípios e práticas de governança, gestão e controles internos adequados ao seu tamanho, complexidade e riscos inerentes aos planos de benefícios, de modo a garantir o total cumprimento de seus objetivos. Assim, com as responsabilidades bem definidas, compete à Diretoria Executiva a administração da Entidade e a elaboração da Política de Investimento, devendo submetê-la para aprovação ao Conselho Deliberativo, o principal agente nas definições das políticas e das estratégias gerais da Entidade. Cabe ainda ao Conselho Fiscal o efetivo controle da gestão da entidade onde, de acordo com o Art. 19º da Resolução CGPC n.º 13, de 1º de outubro de 2004, deve emitir relatório de controles internos em periodicidade mínima semestral sobre a aderência da gestão de recursos às normas em vigor e a esta Política de Investimento. Esta estrutura garante a adoção das melhores práticas de governança corporativa, evidenciando a segregação de funções adotada inclusive pelos órgãos estatutários. Ainda de acordo com os normativos, esta Política de Investimento estabelece os princípios e diretrizes a serem seguidos na gestão dos recursos correspondentes às reservas técnicas, fundos e provisões, sob a administração desta entidade, visando atingir e preservar o equilíbrio atuarial e a solvência do Plano. 3. DIRETRIZES GERAIS Os princípios, metodologias e parâmetros estabelecidos nesta Política de Investimento buscam garantir, ao longo do tempo, a segurança, liquidez e rentabilidade adequadas e suficientes ao equilíbrio entre ativos e passivos do plano, bem como procuram evitar a exposição excessiva a riscos para os quais os prêmios pagos pelo mercado não sejam atraentes ou adequados aos objetivos do plano. Esta Política de Investimento entrará em vigor em 01 de janeiro de O horizonte de planejamento utilizado na sua elaboração compreende o período de 60 meses que se estende de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, conforme especifica a Resolução CGPC Nº 7, de 4 de dezembro de Esta política está de acordo com a Resolução CMN 3.792, mais especificamente em seu Capítulo 5 Da Política de Investimento, que dispõe sobre parâmetros mínimos como alocação de recursos e limites, utilização de instrumentos derivativos, taxa mínima atuarial ou índices de referência do plano, as metas de rentabilidade, metodologias adotadas para o apreçamento dos ativos financeiros e gerenciamento de riscos, além dos princípios de responsabilidade socioambiental adotados. Havendo mudanças na legislação que de alguma forma tornem estas diretrizes inadequadas durante a vigência deste instrumento, esta Política de Investimentos e os seus procedimentos serão alterados gradativamente de forma a evitar perdas de rentabilidade ou exposição desnecessária a riscos. Caso seja necessário, deve ser elaborado um plano de adequação, com critérios e prazos para a sua execução, sempre com o objetivo de preservar os interesses do Plano. Se nesse plano de adequação o prazo de enquadramento estabelecido pelas disposições transitórias da nova legislação for excedido, a Entidade deverá realizar consulta formal ao órgão regulador e fiscalizador de acordo com a Instrução
4 4 Normativa da PREVIC nº 4, de 6 de julho de 2010 que disciplina o encaminhamento de consultas à Superintendência Nacional de Previdência Complementar PREVIC. 4. PLANO DE BENEFÍCIOS O plano de benefícios Votorantim Prev é modelado de acordo com o método de contribuição definida. Portanto, as contribuições dos empregadores e dos participantes são acumuladas mensalmente e recebem remuneração de acordo com o retorno líquido dos investimentos. O valor do benefício no momento da aposentadoria será compatível com o montante de recursos acumulados durante o período de contribuição ao plano e será concedido de acordo com as regras estabelecidas no regulamento do plano de benefícios Votorantim Prev. De acordo com o perfil de investimento, regras serão aplicadas para a gestão dos recursos. Portanto, para o mesmo plano de benefícios, poderão existir regras específicas distintas entre os perfis. Os planos de benefícios em operação no Brasil devem estar registrados no Cadastro Nacional de Plano de Benefícios (CNPB) das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, conforme estabelece a Resolução CGPC nº 14, de 1º de outubro de Além disso, toda Entidade Fechada de Previdência Complementar deve designar um administrador estatutário tecnicamente qualificado (AETQ), responsável pela gestão, alocação, supervisão, controle de risco e acompanhamento dos recursos garantidores de seus planos e pela prestação de informações relativas à aplicação desses recursos, como estabelece a Resolução CMN nº Nome Tipo (ou modalidade) Meta ou Índice de Referência Dados do Plano Plano Votorantim PREV Contribuição Definida IPCA + 4% ao ano CNPB Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ) Período Segmento Nome Cargo 01/01/2017 a 31/12/2017 Todos José Serafim de Freitas Diretor Executivo Administrador Responsável Pelo Plano de Benefícios (ARPB) 01/01/2017 a 31/12/2017 Todos Luiz Aparecido Caruso Neto Diretor Superintendente 4.1. Expectativas de Retorno A expectativa de retorno dos investimentos passa pela definição de um cenário econômico que deve levar em consideração as possíveis variações que os principais indicadores podem sofrer, mensuradas através de um modelo estocástico que observa a volatilidade histórica apresentada por eles para estimar as possíveis variações, dada uma expectativa de retorno. A correlação entre os ativos que já se encontram na carteira e os que são passiveis de aplicação também é uma variável importante para esta definição. O resultado desta análise se encontra no quadro abaixo que demonstra a expectativa de retorno da Entidade em relação a cada segmento de aplicação, bem como os compara com o que foi observado nos últimos períodos. Segmento Rentabilidades Semestre 2016 Estimativa 2017 Consolidado 11,83% 7,19% 9,32% Renda Fixa 12,29% 7,24% 11,88% Renda Variável -8,18% 4,26% 15,84% Investimentos Estruturados 8,97% 4,57% 13,56% Investimentos no Exterior 39,66% -17,27% 13,68% Imóveis Operações com Participantes 19,21% 10,21% 9,32%
5 5 5. POLÍTICA DE TERCEIRIZAÇÃO E GESTÃO DE CUSTÓDIA A Diretoria-Executiva será responsável pela seleção dos gestores de investimentos com base em procedimentos técnicos para a verificação dos fatores que atestam a competência técnica e administrativa para a gestão dos recursos da entidade. Caberá aos gestores contratados a responsabilidade da seleção de ativos, respeitando as regras estabelecidas para cada modalidade de gestão dos investimentos, especificadas nesta política, bem como, o cumprimento integral da legislação vigente. Visto que os recursos estão divididos em diferentes modalidades de gestão, os gestores deverão observar as regras de investimentos de cada uma delas, sendo responsáveis pelo acompanhamento do desempenho e enquadramento das modalidades, separadamente. Os gestores serão avaliados periodicamente, podendo ser substituídos ou excluídos. A forma de avaliação dos gestores e o processo de acompanhamento da gestão estão descritos ao longo desse documento. A utilização de carteira própria para investimentos somente será permitida mediante autorização expressa do Conselho Deliberativo da FUNSEJEM Processo de Seleção de Gestores Os gestores de recursos da Fundação foram e serão selecionados através de critérios qualitativos e quantitativos definidos no momento do processo de seleção dos gestores. A FUNSEJEM poderá contratar consultoria especializada para auxiliar no processo de seleção de gestores visando à análise técnica e comparativa que deverá ser levada em consideração na escolha final. Os gestores deverão buscar o melhor desempenho possível, obedecendo aos limites estipulados por esta política e considerando as metas de retorno. Caberá à Diretoria contratar e monitorar a performance dos gestores sobre os investimentos da FUNSEJEM, mantendo ou substituindo os gestores quando julgar necessário Agente custodiante e agente consolidador A Custódia Centralizada, a Consolidação das Informações, a Controladoria e Análise de Risco ficarão sob a responsabilidade do Administrador Institucional especificamente contratado para essa finalidade, o qual deverá suprir a FUNSEJEM de todas as informações relativas às carteiras operadas pelos gestores de investimentos e deverá garantir o cumprimento e aplicação adequada desta política de investimento e demais determinações contidas na legislação vigente Responsabilidade dos gestores de recursos Os gestores foram contratados pela FUNSEJEM para administrar os recursos garantidores dos planos de benefícios com o objetivo de empregarem o conhecimento, a experiência e as habilidades na condução de estratégias voltadas para a maximização dos resultados e proteção dos investimentos, visando a fortalecer o patrimônio dos participantes do plano de benefício abrangido nesta política de investimentos. Para a gestão dos investimentos, a Diretoria da FUNSEJEM delega aos gestores contratados poderes para a execução de gestão discricionária dos recursos administrados. Portanto, os gestores assumem total responsabilidade pela seleção dos ativos que irão compor o portfólio de investimentos, podendo optar pela aplicação em Fundos de Investimentos Financeiros Exclusivos ou Abertos, carteiras administradas, Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimentos exclusivos ou outra modelagem, que possa definir como sua estratégia de performance. Independentemente da forma escolhida, os investimentos deverão estar enquadrados em relação aos limites estabelecidos nesta política e na legislação vigente. Sempre que os gestores constituírem carteiras administradas, eles deverão enviar relatórios mensais de acompanhamento, apresentando todos os ativos presentes na carteira, com seus valores marcados a mercado, despesas com corretagem, e toda a movimentação ocorrida no mês, incluindo os valores de compra e venda dos papéis e todas as informações que permitam a avaliação de sua administração. A Diretoria-Executiva é o órgão da entidade responsável pelo acompanhamento dos investimentos da FUNSEJEM, avaliando a performance dos ativos e o desempenho dos gestores na administração dos recursos, com base nas informações disponibilizadas relativas ao enquadramento dos ativos e o resultado obtido considerando o conceito de risco/ retorno, deliberando ações em caso de possíveis necessidades de enquadramento dos investimentos, e propondo ao Conselho Deliberativo alterações desta política que visem atingir melhores resultados. Visando ao acompanhamento e a análise dos resultados, será requerido dos gestores de investimentos o compromisso em: Divulgar, ampla e imediatamente, qualquer fato relevante relativo aos investimentos dos recursos sob sua administração, de modo a garantir à Diretoria o acesso às informações que possam, direta ou indiretamente, influir em suas decisões quanto à permanência do mesmo.
6 6 No prazo máximo de dois dias úteis após o encerramento de cada mês, colocar à disposição da Diretoria-Executiva da FUNSEJEM informações sobre o número de cotas, valores etc., de forma que esta possa divulgar todas as informações relativas à performance e posição de investimentos da carteira. A Diretoria-Executiva da FUNSEJEM realizará reuniões periódicas com os gestores para acompanhamento dos resultados apresentados e análise da performance dos investimentos. O gestor deverá apresentar as estratégias de investimentos atuais e análise para o futuro. Os gestores de recursos também serão avaliados pela qualidade das informações prestadas, assim como pelo cumprimento dos prazos estabelecidos. Dessa forma, o gestor poderá ser substituído sempre que não atingir um nível satisfatório na avaliação da Diretoria, seja pela performance dos investimentos ou pelo atendimento às informações necessárias para a entidade. A FUNSEJEM poderá contratar consultoria especializada para o auxílio na avaliação dos gestores e acompanhamento da gestão de investimentos. 6. ALOCAÇÃO DE RECURSOS E LIMITES POR SEGMENTO DE APLICAÇÃO A Resolução CMN estabelece que os planos devem definir em sua política a alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação. Segundo o Guia PREVIC Melhores Práticas em Investimentos, os limites máximos e mínimos planejados de cada um dos segmentos e modalidades de investimentos na vigência da política de investimento devem ser representativos da estratégia de alocação de cada plano de benefícios, portanto mais restritivos que a legislação vigente. A modalidade do plano de benefícios, seu grau de maturação, suas especificidades e as características de suas obrigações, bem como o cenário macroeconômico, determinam as seguintes diretrizes dos investimentos: as metas de resultado do plano de benefícios e dos segmentos de aplicação; a alocação dos recursos nos diversos segmentos; os limites máximos de aplicação em cada segmento e ativo; indexadores e prazos de vencimentos dos investimentos; a escolha por ativos que possuem ou não amortizações ou pagamento de juros periódicos, dentre outros. As tabelas seguintes apresentam os limites de alocação por segmento de aplicação, bem como seus alvos de alocação em cada segmento. Segmento Limite Legal Alocação Objetivo Inferior Superior Renda Fixa 100% 89,50% 34,00% 100,00% Renda Variável 70% 7,50% 0,00% 40,00% Investimentos Estruturados 20% 1,00% 0,00% 10,00% Investimentos no Exterior 10% 0,50% 0,00% 10,00% Imóveis 8% 0,00% 0,00% 3,00% Operações com Participantes 15% 1,50% 0,00% 3,00% A alocação objetivo não configura nenhuma obrigação para o plano e tem por intuito apenas balizar os investimentos no longo prazo. Os limites inferiores e superiores devem ser respeitados a todo instante, bem como os demais limites estabelecidos pela legislação em vigor por Perfil O plano de benefícios Votorantim Prev estabeleceu quatro perfis de investimentos ao participante, sendo: Conservador, Moderado, Agressivo e Superagressivo. O participante poderá optar pelo perfil que lhe convém, sendo que a soma dos patrimônios alocados nos perfis de investimentos escolhidos determinará o percentual de alocação de acordo com as modalidades de gestão disponibilizadas. Perfil Conservador Segmento Limite Legal Alocação Objetivo Inferior Superior Renda Fixa 100% 98,50% 97,00% 100,00% Operações com Participantes 15% 1,50% 0,00% 3,00%
7 7 Perfil Moderado Segmento Limite Legal Alocação Objetivo Inferior Superior Renda Fixa 100% 94,00% 70,50% 100,00% Renda Variável 70% 3,00% 0,00% 15,00% Investimentos Estruturados 20% 1,00% 0,00% 5,00% Investimentos no Exterior 10% 0,50% 0,00% 5,00% Imóveis 8% 0,00% 0,00% 1,50% Operações com Participantes 15% 1,50% 0,00% 3,00% Perfil Agressivo Segmento Limite Legal Alocação Objetivo Inferior Superior Renda Fixa 100% 86,00% 44,00% 100,00% Renda Variável 70% 10,00% 0,00% 30,00% Investimentos Estruturados 20% 1,00% 0,00% 10,00% Investimentos no Exterior 10% 1,50% 0,00% 10,00% Imóveis 8% 0,00% 0,00% 3,00% Operações com Participantes 15% 1,50% 0,00% 3,00% Perfil Superagressivo Segmento Limite Legal Alocação Objetivo Inferior Superior Renda Fixa 100% 80,00% 34,00% 90,00% Renda Variável 70% 15,00% 0,00% 40,00% Investimentos Estruturados 20% 1,00% 0,00% 10,00% Investimentos no Exterior 10% 2,50% 0,00% 10,00% Imóveis 8% 0,00% 0,00% 3,00% Operações com Participantes 15% 1,50% 0,00% 3,00% 6.2. Investimentos Táticos Os limites mínimo e máximo estabelecidos no quadro de alocação têm por objetivo dar flexibilidade para a realização de Investimentos Táticos, que nada mais são que posicionamentos de curto prazo com o proposto de proteger a carteira ou de aproveitar oportunidades de mercado. Cabe destacar que os investimentos táticos requerem agilidade e podem envolver a aquisição de ativos em movimento de queda significativa de preços, ou mesmo de operações estruturadas. Os investimentos táticos apresentam, em geral, alguma liquidez. Os investimentos táticos são importantes para proporcionar retorno incremental à carteira ou para limitar o potencial impacto negativo de riscos mais relevantes no curto prazo Benchmarks por segmento e metas de rentabilidade A Resolução CMN nº exige que as entidades fechadas de previdência complementar definam índices de referência (benchmarks) e metas de rentabilidade para cada segmento de aplicação. Entende-se como índice de referência, ou benchmark, para determinado segmento de aplicação o índice que melhor reflete a rentabilidade esperada para o curto prazo, isto é, para horizontes mensais ou anuais, conforme as características do investimento. Esse índice está sujeito às variações momentâneas do mercado. Por outro lado, a meta reflete a expectativa de rentabilidade de longo prazo dos investimentos realizados em cada um dos segmentos listados a seguir rentabilidade esta que pode apresentar menor volatilidade e maior aderência aos objetivos do plano.
8 8 Segmento Benchmark Meta de Rentabilidade Plano IPCA + 4% ao ano IPCA + 4% ao ano Renda Fixa CDI CDI Renda Variável IBrX IBrX Investimentos Estruturados CDI + 1,5% ao ano CDI + 1,5% ao ano Investimentos no Exterior MSCI World MSCI World Imóveis IPCA + 4% ao ano IPCA + 4% ao ano Operações com Participantes IPCA + 4% ao ano IPCA + 4% ao ano 7. LIMITES Na aplicação dos recursos, o plano observa os limites estabelecidos por esta Política de Investimento e pela Resolução CMN nº 3.792, alterada pela Resolução Bacen de 31 de outubro de 2013 e pela Resolução de 20 de novembro de 2015, conforme tabelas abaixo Concentração de recursos por modalidade de investimentos Modalidade de Investimento Legal Política Renda Fixa 100% 100% Títulos da dívida mobiliária federal 100% 100% Cotas de fundo de índice de renda fixa composto exclusivamente por títulos da dívida pública mobiliária federal 100% 100% Ativos de renda fixa, exceto títulos da dívida mobiliária federal 80% 80% Cédulas de crédito bancário (CCB) e certificados de cédulas de crédito bancário (CCCB) 20% 20% Notas de crédito à exportação (NCE) e cédulas de crédito à exportação (CCE) 20% 20% Cotas de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) e de fundo de cotas de FIDCs 20% 20% Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 20% 20% Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 20% 20% Títulos do Agronegócio (CPR; CDCA; CRA e Warrant Agropecuário) 20% 20% Demais títulos e valores mobiliários (exceto debêntures) de companhias abertas, exceto securitizadoras 20% 20% Renda Variável 70% 40% Ações de companhias abertas admitidas à negociação no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa 70% 40% Ações de companhias abertas admitidas à negociação no segmento Nível 2 da BM&FBovespa 60% 40% Ações de companhias abertas admitidas à negociação no segmento Bovespa Mais da BM&FBovespa 50% 40% Ações de companhias abertas admitidas à negociação no segmento Nível 1 da BM&FBovespa 45% 40% Ações sem classificação de governança corporativa + cotas de fundos de índices de ações (ETFs) 35% 35% Títulos e valores mobiliários de emissão de SPEs, exceto debêntures de infraestrutura 20% 20% Debêntures com part. nos lucros + Cert. Potencial Adicional de Construção + Crédito de Carbono + Ouro 3% 3% Investimentos estruturados 20% 10% Fundos de Participação 20% 10% Fundos Mútuos de Investimentos em Empresas Emergentes 20% 10% Fundos de Investimento Imobiliário 10% 10% Fundos Multimercados Estruturados cujos regulamentos observem a legislação estabelecida pela CVM 10% 10% Investimentos no exterior 10% 10% Imóveis 8% 3% Operações com participantes 15% 3%
9 Alocação por Emissor Alocação por Emissor Legal Política Tesouro Nacional 100% 100% Instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen 20% 20% Fundo de índice de renda fixa composto exclusivamente por títulos da dívida mobiliária federal interna 20% 20% Debêntures de Infraestrutura 15% 15% Tesouro Estadual ou Municipal 10% 10% Companhias abertas com registro na CVM 10% 10% Organismo Multilateral 10% 10% Companhias Securitizadoras 10% 10% Patrocinador do Plano de Benefício 10% 10% FIDC/FICFIDC 10% 10% Fundos de Índice Referenciado em Cesta de Ações de Companhias Abertas 10% 10% Sociedade de Propósito Específico SPE 10% 10% FI/FICFI Classificados no Segmento de Investimentos Estruturados 10% 10% FI/FICFI Classificados como Dívida Externa no Segmento de Investimentos no Exterior 10% 10% Fundo de Índice de Renda Fixa 10% 10% Demais emissores 5% 5% 7.3. Concentração por Emissor Concentração por Emissor Legal Política % do Capital Total de uma mesma Companhia Aberta ou de uma mesma SPE 25%* 25% % do Capital Votante de uma mesma Companhia Aberta 25% 25% % do PL de uma mesma Instituição Financeira 25% 25% % do PL de Fundo de Índice Referenciado em Cesta de ações de Companhia Aberta 25% 25% % do PL de Fundo de Investimento classificado no Segmento de Investimentos Estruturados 25% 25% % do PL de FI constituído no Brasil com ativos classificados no Segmento de Investimentos no Exterior 25% 25% % do PL de Fundos de Índice no Exterior negociados em Bolsa de Valores no Brasil 25% 25% % do PL de FI ou FICFI classificado como Dívida Externa no segmento Investimentos no Exterior 25% 25% % do PL de Fundo de Índice de Renda Fixa 25% 25% % do Patrimônio Separado de Certificado de Recebíveis com Regime Fiduciário 25% 25% * O limite passa a ser de 30% para SPE constituída exclusivamente para atuar como concessionária, permissionária, arrendatária ou autorizatária, conforme redação expressa na Resolução Bacen de 31 de outubro de Concentração por Investimento Concentração por Investimento Legal Política % de uma mesma série de títulos ou valores mobiliários* 25% 25% % de uma mesma classe ou série de cotas de FIDC 25% 25% % de um mesmo empreendimento imobiliário 25% 25% * Exceto ações, bônus de subscrição de ações, recibos de subscrição de ações, certificados de recebíveis emitidos com adoção de regime fiduciário e debêntures de infraestrutura. 8. RESTRIÇÕES Na aplicação dos recursos, o plano observa as vedações estabelecidas pela Resolução CMN nº para as modalidades de investimento elegíveis.
10 10 Fundos dedicados somente à aquisição de operações de capital protegido, entendidas como aquelas que visam à proteção de capital a partir da utilização de instrumentos derivativos, estão vedados pela FUNSEJEM para o exercício dessa Política de Investimentos. 9. DERIVATIVOS As operações com derivativos são permitidas para hedge 1 e/ou assunção de risco 2, desde que respeitados os limites, restrições e demais condições estabelecidas pela Resolução CMN nº e regulamentações posteriores. O controle da exposição em derivativos será feito por meio do monitoramento: dos níveis de margem depositada como garantia de operações com derivativos; e das despesas com a compra de opções. O controle da exposição a derivativos deve ser realizado individualmente por veículo de investimento. Os limites devem ser medidos em relação às alocações em: Títulos da dívida pública federal; Títulos de emissão de instituições financeiras (CDB, RDB, DPGE, etc); e Ações integrantes do Índice Bovespa. A soma dos investimentos nesses ativos deve ser considerada como denominador na conta da exposição, que devem respeitar os seguintes limites: Até 15% (quinze por cento) de depósito de margem para operações com derivativos; Até 5% (cinco por cento) de despesas com compra de opções. 10. APREÇAMENTO DE ATIVOS FINANCEIROS A metodologia para apreçamento deve observar as possíveis classificações dos ativos adotados pela EFPC (para negociação ou mantidos até o vencimento), observado adicionalmente o disposto na Resolução CGPC nº 04, de 30 de janeiro de O apreçamento dos ativos, independentemente da modalidade, será realizado pelo custodiante contratado pela EFPC ou pelo custodiante dos fundos de investimento alocados. Dessa forma, pode-se estabelecer que esse apreçamento estará sujeito aos seguintes pontos: Metodologia: conforme manual disponibilizado pelo agente custodiante; Fontes: poderão ser utilizados como fontes de referência os dados divulgados por instituições reconhecidas por sua atuação no mercado de capitais brasileiro, como a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) e a BM&FBovespa. No caso de ativos com baixa liquidez, autoriza-se o uso de estudos específicos, elaborados por empresas especializados e com reconhecida capacidade; Modalidade: em geral, os ativos serão marcados a mercado. No caso específico de títulos mantidos até o vencimento, e conforme a legislação aplicável, poderá ser utilizada a marcação na curva de tais ativos. É recomendável que todas as negociações sejam realizadas através de plataformas eletrônicas e em bolsas de valores e mercadorias e futuros, visando maior transparência e maior proximidade do valor real de mercado. De acordo com o manual de boas práticas da PREVIC a verificação do equilíbrio econômico e financeiro dos planos de benefícios depende da precificação dos ativos, ou seja, é preciso que a entidade busque, diretamente ou por meio de seus prestadores de serviços, modelos adequados de apreçamento. A forma de avaliação deve seguir as melhores práticas do mercado financeiro na busca do preço justo, considerando-se ainda a modalidade do plano de benefícios. O controle da marcação dos papeis é feito por meio de relatórios gerados mensalmente por consultores contratados. 11. AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS Os investimentos realizados diretamente pela EFPC devem ser objeto de análise prévia. A análise de cada investimento deverá ser feita de acordo com as características específicas do mandato, considerando, no mínimo, os pontos aqui elencados: Conformidade com a política de investimento e com a legislação vigente; Análise de desempenho pregresso do fundo ou do gestor, quando cabível; Análise da estrutura do gestor, quando cabível; Análise dos principais riscos associados ao mandato; Análise do horizonte de investimento e sua adequação com os objetivos do plano. 1 Hedge: Entende-se como hedge operações de proteção para controlar o risco de mercado. 2 Assunção de Risco: Entende-se como posicionamento de mercado buscando diversificação de portfólio.
11 Investimentos com risco de crédito Com relação aos investimentos diretos ou indiretos (por meio de fundos de investimentos) em ativos com risco de crédito, a avaliação dos investimentos deve adotar critérios de análise que não se limitem à classificação de risco (rating) atribuído por agência classificadora. Entre as características a serem avaliadas em operações de crédito, estão: Relação entre o prazo e o spread de crédito; Capacidade de solvência do devedor; Garantias e Covenants da operação; Existência de risco de incorporação ou de performance; Ausência de conflitos de interesses, no caso de operações estruturadas (ex. FIDC); Demais externalidades que possam afetar a operação. A análise descrita será elaborada nos casos de aquisição direta de ativos com risco de crédito (em carteira própria ou em fundos exclusivos) ou nos casos de aquisição de cotas de fundos de investimento que tenham como mandato adquirir títulos privados com maior spread de crédito. No caso de fundos, como o gestor tem a discricionariedade da alocação, a avaliação será feita com base nas restrições e condições estabelecidas no regulamento do fundo. É importante ressaltar que muitos fundos de renda fixa e mesmo alguns fundos multimercado realizam aplicações em títulos privados. Em parte dos casos, essas alocações não configuram a estratégia principal do fundo e são feitas de forma pulverizada, privilegiando ativos de primeira linha, com baixo risco de crédito. A avaliação descrita neste capítulo não se destina à alocação em crédito feita por estes fundos Monitoramento dos Investimentos Fundos Multimercados Estruturados Os fundos multimercados estruturados estão expostos a diversos fatores de risco o que implica na necessidade do investidor conhecer suas características. A utilização de prerrogativas de investidores qualificados no regulamento do fundo, assim como a dispensa de prospecto, não é recomendada, além de gerar desenquadramento perante a Resolução CMN Exposição Cambial No caso de exposição cambial oriunda de estratégias empregadas por fundos multimercados, os seguintes tópicos devem ser observados: Se existe proteção ou não para a exposição gerada; No caso de não haver proteção, entendimento das moedas envolvidas; Ainda nesse caso, possíveis testes de stress, considerando movimentos adversos dessas exposições Fundos de Participação A escolha dos fundos de participação a serem adquiridos deve ser realizada mediante análise do material recebido pelo distribuidor à área de investimentos, com o apoio técnico, caso necessário, de analista especialista neste tipo de operação ou consultor qualificado e registrado na CVM, ou ainda, de demais especialistas dentro da estrutura da Entidade. A metodologia a ser utilizada para seleção deve observar critérios para definir os fundos que possivelmente serão incorporados à carteira, dentre os quais se destacam: Alocação dos recursos aportados na carteira do FIP, FICFIP e FMIEE; Política de distribuição de dividendos; Direitos de participação atribuídos a cada classe de cota; Fixação da taxa de administração; Taxa de performance; Histórico de performance do gestor; Garantias da operação; Prazo de duração dos fundos; Parceiros estratégicos; Verificar se a taxa de performance está alinhada com as condições previstas na legislação aplicável às EFPC, especialmente a compatibilidade com o índice de referência do fundo; Prazo de investimento e desinvestimento; e Cronograma de investimento. A próxima etapa consiste na realização de uma due dilligence no gestor e/ou estruturador da operação. Em posse dos resultados deste processo e em conjunto com as análises técnicas da área responsável, a Entidade tomará a decisão acerca de uma possível alocação.
12 Fundos Imobiliários Os fundos imobiliários possuem suas cotas negociadas em bolsa de valores, similarmente as ações, o que expõe estas aplicações a riscos de mercado. A volatilidade não é o único risco o qual o investidor deve conhecer. No caso específico desse tipo de fundo, devem ser observados os seguintes pontos: Experiência da equipe na origem dos negócios; Equipe que atuará junto às empresas investidas; Tipo de projeto, com seus principais riscos e avaliação da remuneração adequada a eles; Monitoramento do mercado secundário, quando houver Investimentos no exterior Para os investimentos no exterior, devem ser avaliados riscos específicos, como a exposição à variação cambial e se as alocações proporcionam efetivamente alguma diversificação ao portfólio. Nesse contexto, a decisão de investimento em fundos que alocam recursos no exterior deve considerar características como, mas não se limitando a: Modalidade de ativos se ações, títulos soberanos de renda fixa, títulos corporativos, etc.; Países e regiões em que o fundo tem exposição e em que proporções; Setores com maior exposição no fundo (ou no índice de referência); e Tipo de gestão se passiva, ativa, valor, dividendos, etc. Neste segmento estão permitidas apenas alocações em certificados de depósito de valores com lastro em ações de companhias estrangeiras (BDR) e em fundos de investimentos constituídos no Brasil que possuam em sua carteira ativos emitidos no exterior Monitoramento dos Investimentos Os investimentos já realizados devem ser objeto de monitoramento contínuo, com o objetivo de avaliar seu desempenho. Para tanto, os seguintes itens devem ser avaliados: Desempenho em relação ao benchmark, considerando-se o horizonte de investimento; Existência de desenquadramentos; Grau de utilização dos limites de risco pré-estabelecidos; Alterações na estrutura de gestão. É importante ressaltar que essa avaliação pode variar de mandato para mandato, em função dos diferentes horizontes de investimento que cada um dos mandatos possui. 12. GESTÃO DE RISCOS Em linha com o que estabelece o Capítulo III Dos Controles Internos e de Avaliação de Risco da Resolução CMN nº 3.792/2009, este tópico estabelece quais serão os critérios, parâmetros e limites de gestão de risco dos investimentos. Da mesma forma, o GUIA PREVIC Melhores Práticas em Investimentos sugere diversos controles que devem ser levados com consideração quando da análise dos investimentos. No caso dos investimentos realizados por gestores terceirizados, embora os controles sejam de responsabilidade do gestor, os parâmetros de riscos são verificados periodicamente pela EFPC. O objetivo deste capítulo é demonstrar a análise dos principais riscos, destacando a importância de se estabelecer regras que permitam identificar, avaliar, mensurar, controlar e monitorar os riscos aos quais os recursos do plano estão expostos, entre eles os riscos integrados, atuarial, de solvência, de mercado, de crédito, de liquidez, operacional, de terceirização, legal e sistêmico. Esse tópico disciplina ainda o monitoramento dos limites de alocação estabelecidos pela Resolução CMN nº 3.792/2009 e por esta Política de Investimento Risco Integrado A identificação dos riscos e a observância dos controles apresentados passam a ser primeira etapa para implantação de uma matriz de riscos pela Entidade, contribuindo com a busca por uma gestão baseada em risco. Para minimizar possíveis ônus financeiros decorrentes dos riscos existentes nos planos, foram definidos controles que estão descritos de forma mais detalhadas nos capítulos seguintes Risco de Mercado Segundo o Art. 13 da Resolução CMN nº 3.792/2009, as entidades devem acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos investimentos diretos e indiretos com o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas máximas toleradas para os investimentos.
13 13 Em atendimento ao que estabelece a legislação, o acompanhamento do risco de mercado será feito através de duas ferramentas estatísticas: (i) Value-at-Risk (VaR) e (ii) Stress Test. O Value-at-Risk estima, com base em um intervalo de confiança e em dados históricos de volatilidade dos ativos presentes na carteira analisada, qual a perda máxima esperada nas condições atuais de mercado. O Stress Test avalia, considerando um cenário em que há forte depreciação dos ativos e valores mobiliários (sendo respeitadas as correlações entre os ativos), qual seria a extensão das perdas na hipótese de ocorrência desse cenário. Também será utilizado o Benchmark Value-at-Risk (B-VaR), modelo que aponta, com um grau de confiança e para um horizonte de tempo pré-definido, qual a perda esperada em relação à carteira teórica do índice de referência, para um dado horizonte de tempo, com um nível de confiança pré-estabelecido. Cabe apontar que os modelos de controle apresentados nos tópicos a seguir foram definidos com diligência, mas estão sujeitos a imprecisões típicas de modelos estatísticos frente a situações anormais de mercado VaR Para o consolidado dos segmentos, o controle de risco de mercado será feito por meio do Value-at-Risk (VaR), com o objetivo da Entidade controlar a volatilidade da cota do plano de benefícios. Este será calculado com os seguintes parâmetros: Modelo: Paramétrico. Intervalo de Confiança: 95%. Horizonte de Investimento: 21 dias úteis Benchmark-VaR Para os investimentos em mandatos ou para a carteira que tenha como objetivo o benchmark, o controle de risco de mercado será feito por meio do Benchmark Value-at-Risk (B-VaR). Ele pode ser entendido como uma medida que estabelece o descolamento máximo entre o retorno da carteira/mandato e de seu benchmark, para um dado horizonte de tempo, com um nível de confiança pré-estabelecido. O cálculo do B-VaR considerará: Modelo: Paramétrico. Intervalo de Confiança: 95%. Horizonte de Investimento: 21 dias úteis. O controle de riscos deve ser feito de acordo com os seguintes limites: Segmento/Perfil/Mandato Benchmark limite Horizonte de Tempo (d.u.) Renda Fixa / Todos / CDI 100% CDI 0,50% 21 Renda Fixa / Todos / Multiestratégia 70% IMA-B5 + 30% IMA-B5+ 2,00% 21 Renda Variável IBrX 15,00% 21 Investimentos Estruturados CDI + 1,5% 8,00% 21 Investimento Exterior MSCI World 8,00% 21 *Todos: Conservador, Moderado, Agressivo e Superagressivo. Os limites e os objetivos estipulados foram encontrados através da expectativa de retorno definida no cenário para cada segmento, ou ainda no spread exigido para que se obtenha um equilíbrio entre o passivo e o ativo. A relação entre retorno e risco é uma das premissas inseridas neste modelo de mensuração, que ainda conta com a definição do horizonte de tempo e do intervalo de confiança utilizado Stress Test A avaliação dos investimentos em análises de stress passa pela definição de cenários que consideram mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos. Embora as projeções considerem as variações históricas dos indicadores, os cenários de stress não precisam apresentar relação com o passado, uma vez que buscam simular futuras variações adversas. Para o monitoramento do valor de stress da carteira, serão utilizados os seguintes parâmetros: Cenário: BM&F Periodicidade: mensal O modelo adotado para as análises de stress é realizado por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerando o cenário atípico de mercado e a estimativa de perda que ele pode gerar.
14 14 Cabe registrar que essas análises não são parametrizadas por limites, uma vez que a metodologia considerada pode apresentar variações que não implicam, necessariamente, em possibilidade de perda. O acompanhamento terá como finalidade avaliar o comportamento da carteira em cenários adversos para que os administradores possam, dessa forma, balancear melhor as exposições Risco de Crédito Entende-se por risco de crédito aquele risco que está diretamente relacionado à capacidade de uma determinada contraparte de honrar com seus compromissos. Esse risco pode impactar a carteira de duas formas: Diminuição do valor de determinado título, em função da piora da percepção sobre o risco de a contraparte emissora realizar o pagamento; Perda do valor investido e dos juros incorridos e ainda não pagos. A gestão do risco de crédito será realizada considerando principalmente os ratings dos títulos de dívida bancária ou corporativa, ou das operações de crédito estruturadas, sem prejuízo às análises realizadas antes da aquisição dos ativos Abordagem Qualitativa O risco de crédito dos investimentos do plano será avaliado com base em estudos e análises produzidos por gestores que invistam em crédito, pela própria Entidade ou contratados junto a prestadores de serviço. A Entidade utilizará para essa avaliação os ratings atribuídos por agência classificadora de risco de crédito atuante no Brasil. Os ativos serão enquadrados em duas categorias: Grau de Investimento; Grau Especulativo. Para checagem do enquadramento, os títulos privados devem, a princípio, ser separados de acordo com suas características. Os seguintes pontos devem, adicionalmente, ser considerados: Para títulos emitidos por instituições financeiras, será considerado o rating da instituição; Para títulos emitidos por instituições não financeiras, será considerado o rating da emissão, e não o rating da companhia emissora; É preciso verificar se a emissão ou emissor possui rating por uma das agências elegíveis e se a nota é, de acordo com a escala da agência no mercado local, igual ou superior à classificação mínima apresentada na tabela a seguir: Agência de Classificação de Risco Rating Mínimo para Classificação como Grau de Investimento (por modalidade de aplicação) Escala Brasileira Emissões Bancárias Emissões Corporativas Crédito Estruturado Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Fitch Ratings A-(bra) F3(bra) A-(bra) F3(bra) A-(bra) F3(bra) Moody s A3.br BR-3 A3.br BR-3 A3.br BR-3 Standard & Poor s bra- bra-3 bra- bra-3 bra- bra-3 Os investimentos que possuírem rating igual ou superior às notas indicadas na tabela serão enquadrados na categoria Grau de Investimento, desde que observadas as seguintes condições: Os títulos ou emissores que não possuem rating pelas agências elegíveis (ou que tenham classificação inferior às que constam na tabela) devem ser enquadrados na categoria Grau Especulativo ; Caso duas agências elegíveis classifiquem o mesmo papel ou emissor, será considerado, para fins de enquadramento, o pior rating; O enquadramento dos títulos ou emissores será feito com base no rating vigente na data da verificação da aderência das aplicações à política de investimento. As agências de classificação de risco utilizadas na avaliação dos ativos de crédito privado domiciliadas no país devem estar registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No caso de agências domiciliadas no exterior, essas devem ser reconhecidas pela CVM Exposição a Crédito Privado O controle da exposição a crédito privado é feito através do percentual de recursos alocados em títulos privados, considerada a categoria de risco dos papéis. O controle do risco de crédito deve ser feito em relação aos recursos garantidores, de acordo com os seguintes limites:
15 15 Categoria de Risco Limite Grau de investimento + Grau especulativo 50% Grau especulativo 2% O limite para títulos classificado na categoria grau especulativo visa comportar eventuais rebaixamentos de ratings de papéis já integrantes da carteira de investimentos, papéis que já se enquadram nesta categoria e eventuais ativos presentes em fundos de investimentos condominiais (mandato não discricionário). Nesse sentido, o limite acima previsto não deve ser entendido, em nenhuma hipótese, como aval para aquisição de títulos que se enquadrem na categoria grau especulativo por parte dos gestores exclusivos das carteiras e fundos. Os seguintes pontos devem, adicionalmente, ser considerados: Aplicações em DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial) serão sempre consideradas como Grau de Investimento, desde que sejam respeitados os limites de cobertura de R$ 20 milhões do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) por instituição; Sempre será considerada a classificação mais recente obtida pela emissão ou pelo emissor, independentemente do prazo para vencimento da operação; Se não houver rating válido atribuído, este será automaticamente enquadrado como Grau Especulativo Risco de Liquidez O risco de liquidez compreende o risco de ocorrência das seguintes situações: Indisponibilidade de recursos para cumprimento de suas obrigações atuariais; Posições em determinados ativos que estejam sujeitos a variações abruptas de preço por liquidez baixa ou inexistente. Serão adotados os seguintes mecanismos de controle para mitigação desses riscos: Risco Cotização de Fundos de Investimento Liquidez de Ativos Pagamento de Obrigações Controles do Risco de Liquidez Controles adotados Observação das regras para solicitação de resgates, cotização e pagamento de resgates; Observação do prazo de duração do fundo, no caso de fundos fechados. Observação dos limites de concentração e diversificações estabelecidos pela legislação vigente; Observação da liquidez do mercado secundário O risco de cumprimento das obrigações é continuamente monitorado e os estudos de macroalocação consideram essa premissa Risco Operacional O risco operacional caracteriza-se como o risco decorrente de processos, o que inclui de procedimentos operacionais a falhas humanas. Tais falhas podem ocasionar perdas, que devem ser mensuradas com o propósito de mensuração do risco. Como parte do processo de controle do risco operacional, são adotadas as seguintes regras: Conhecimento e mapeamento profundo de seus procedimentos operacionais; Avaliação dos pontos sujeitos a falhas de qualquer tipo; Avaliação dos impactos das possíveis falhas; Avaliação da criticidade de cada processo, em termos dos erros observados e dos impactos causados. As atividades críticas são revistas de forma prioritária, e as demais são revistas conforme a necessidade. Esse processo é realizado rotineiramente, de forma a prover a segurança necessária Risco de Terceirização Na administração dos recursos financeiros há a possibilidade de terceirização total ou parcial dos investimentos da Entidade. Esse tipo de operação delega determinadas responsabilidades a gestores externos, porém não isenta a Entidade de responder legalmente perante os órgãos fiscalizadores. Neste contexto, o modelo de terceirização exige que a fundação tenha um processo formalizado para escolha e acompanhamento de seus gestores externos, exatamente em linha com o que estabelece o Guia de Melhores Práticas para Investimentos PREVIC em seu item 63: O procedimento de seleção dos gestores, pela EFPC, deve conter histórico, justificativas, documentação relacionada, entre outros. Além disso, há o acompanhamento, com assessoria de consultoria especializada, dos seguintes pontos relativos aos gestores terceirizados:
16 16 Alterações profundas na estrutura da instituição gestora dos recursos; Mudanças na equipe principal; Mudança de perfil de risco dos investimentos; Eventuais desenquadramentos. Com isso, o risco de gestão e, consequentemente, o risco de terceirização é minimizado Risco Legal Em função de o risco legal permear todo o processo de investimentos, esse risco é monitorado de forma contínua. Para tanto, são observadas, no mínimo, os seguintes procedimentos: Solicitação de parecer jurídico a escritório especializado quando há necessidade de amparar o risco legal de investimentos, ou de entender os riscos jurídicos relacionados às garantias; Apoio constante de consultores especializados nas discussões acerca do enquadramento dos investimentos; Elaboração periódica de relatórios de enquadramento e de monitoramento da Política de Investimento; Elaboração cuidadosa dos contratos firmados entre a EFPC e seus diversos prestadores de serviços Risco Sistêmico Entende-se por risco sistêmico aquele decorrente da crise de confiança em diversas instituições de um mesmo segmento econômico, podendo evoluir para uma reação em cadeia que afeta a economia de maneira mais ampla. Dessa forma, trata-se de um risco difícil de controlar, apesar de ter identificação relativamente simples. Com o objetivo de reduzir a exposição ao risco sistêmico, parte significativa dos recursos será mantida em títulos soberanos e buscará priorizar o investimento em títulos e valores mobiliários que disponham de garantias. Além disso, serão respeitados todos os limites de diversificação e de concentração exigidos pela legislação. 13. CONTRATAÇÃO DE AGENTES FIDUCIÁRIOS A contratação de agentes fiduciários, tal como gestores, custodiantes, administradores e consultores, deve ser precedida de análise da capacidade técnica desses prestadores de serviços, a partir de métricas adequadas a cada uma de suas funções. Somente poderão ser contratados aqueles prestadores que cumpram as exigências mínimas previstas pela Resolução CMN nº quanto a seus cadastros e certificações junto aos órgãos competentes. Adicionalmente, serão observadas as questões de conflitos de interesse, sempre visando à inexistência de tais situações, sobretudo nas questões relacionadas à gestão de recursos, avaliação de riscos e enquadramento. 14. DESENQUADRAMENTOS Apesar de todos os esforços para que não haja nenhum tipo de desenquadramento, esse tipo de situação não pode ser totalmente descartado. No caso de ocorrência de desenquadramento, a FUNSEJEM os classificará da seguinte forma: Desenquadramento Ativo: aquele ocasionado por ação, intencional ou não, do gestor de recursos, em desacordo com o regulamento do fundo, com a legislação aplicável ou com essa Política de Investimentos; Desenquadramento Passivo: conforme definição legal, aquele que decorre de valorização, desvalorização, mudança de legislação etc. Em ambos os casos, o procedimento a ser observado pelo gestor do fundo em que existe o desenquadramento deve ser: Comunicação da situação à FUNSEJEM; Proposta formal do gestor quanto à solução do problema, com o menor custo e no menor tempo possível, que deve envolver, no mínimo: opinião quanto à manutenção ou venda do ativo ou operação que gerou o desenquadramento, eventual plano de venda, se for o caso, explicação do motivo que levou à situação observada e providências para que não ocorram novas situações como essa; A FUNSEJEM emitirá suas considerações, com base na opinião do gestor e em análises próprias, sobre a manutenção ou não do ativo ou operação que gerou o desenquadramento. No caso de desenquadramento passivo, a FUNSEJEM pode observar o prazo legal previsto na legislação para situações como essa. No caso de desenquadramento ativo, a FUNSEJEM pode exigir ressarcimento de eventuais custos com a operação do gestor que ocasionou essa situação, e o reenquadramento deve ocorrer no menor tempo possível. A FUNSEJEM pode, a seu critério, vir a aplicar outras sanções ao gestor que incorrer em desenquadramento ativo.
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