Internacionalização Sustentável: Um desafio para as Escolas de Negócio Privadas da Cidade do Rio de Janeiro
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- João Guilherme Tuschinski Sabala
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1 SUSTAINABLE INTERNATIONALIZATION: A CHALLENGE FOR PRIVATE BUSINESS SCHOOLS IN THE CITY OF RIO DE JANEIRO Abstract: This study aims to understand the process of Internationalization of Business Schools in the city of Rio de Janeiro; and identify if this process can create sustainable competitive advantage. Three Higher Learning Institutions offering Programs in Business Administration were studied. This paper reviews the literature on the subject by discussing the concepts of Internationalization and Globalization and their impact on teaching activities; historical aspects of Internationalization of Education; Internationalization strategies; measurement models of the process; and how CAPES influences the Internationalization process of PhD program in Business Administration. Interviews with managers of the International Offices were made; websites and documents were analyzed. Several actions of Internationalization are being developed, which allowed us to recognize the existence of the Internationalization process and that this process contributes to building competitive advantage. Key Words: Higher learning Institutions; Business Schools; Internationalization. INTERNACIONALIZAÇÃO SUSTENTÁVEL: UM DESAFIO PARA AS ESCOLAS DE NEGÓCIO PRIVADAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Introdução: O mundo globalizado impacta diretamente nas relações comerciais, interpessoais, econômicas, políticas e educacionais, em decorrência da rápida queda do custo da distancia. A disseminação do conhecimento se tornou mais fácil com a grande intensificação do fluxo de pessoas de diversas nacionalidades pelo mundo, graças ao turismo e a processos imigratórios. Este maior fluxo de pessoas e informações pelo globo, aumenta também a troca de tecnologia, cultura, recursos financeiros etc, aumentando a interdependência entre os países no fenômeno denominado Globalização. Impacto na Educação: as Instituições de Ensino Superior (IES) são responsáveis pela capacitação de seus alunos e passa a ser indispensável que elas proporcionem a estes alunos uma visão de como o mundo se comporta e quais são as competências e habilidades que devem desenvolver para que se tornem competitivos. Este artigo visa estudar o processo de Internacionalização de três IES privadas, na Cidade do ; e entender se este processo pode contribuir para a criação de vantagem competitiva sustentável para estas Instituições. Relevância teórica; para academia; e para a área de Administração: Tema pouco explorado em estudos, principalmente no Brasil; Cenário global propício a Internacionalização da Educação; Necessidade de formação de Profissionais qualificados para atuação neste mercado globalizado, principalmente na área de Business; Relevância para a alta gestão da IES: Internacionalização como forma de atrair alunos (brasileiros e estrangeiros) e ganhar mercado. Embasamento Teórico: Breve Histórico dos cursos de Administração no Brasil Apresenta-se o histórico desde 1941, com a criação do 1o curso de Administração na Escola Superior de Administração de Negócios ESAN/SP (inspiração: Graduate School of Business Administration da University of Harvard); passando pela década de 60 com a criação dos cursos de Pós-Graduação, e a regulamentação da profissão de administração. Até os anos 90 com a criação da ANGRAD. Globalização e Internacionalização de IES Internacionalizar: v.t. Dar um caráter internacional a. / Difundir por várias nações. (Aurélio Online). Globalização significa: s.f. Ato ou efeito de globalizar. E globalizar é v.t. Reunir num todo; apresentar de modo global (elementos dispersos); totalizar. (Aurélio Online). Três fatores proporcionaram as mudanças ocorridas no final do século XX nos campos das Finanças, Economia, Educação, Ciência e Tecnologia, Comunicação, Cultura e Política: (i) maior interdependência politica e econômica entre nações; (ii) avanço tecnológico das telecomunicações; e (iii) maior fluxo e maior mobilidade das pessoas entre as fronteiras nacionais. Internacionalização das IES se intensifica com Globalização. Os processos totalmente interligados. A Internacionalização das Escolas de Negócio evoluiu da discussão sobre a necessidade de Internacionalização das IES.
2 O processo de Internacionalização das IES: Definições A Internacionalização das IES não pode apresentar apenas uma única definição, pois varia de Instituição para Instituição; de região para região; país para país etc. Traz-se neste capítulo algumas definições sobre o tema. II Guerra Mundial e a Guerra Fria: USA: termo Educação Internacional ; Austrália, Canadá e Europa: Internacionalização da Educação de Nível Superior. Muita similaridade entre as definições. Knight (2004): processo de integração da dimensão internacional, intercultural ou global nos propósitos, funções e realização de Educação Superior. Rudzki (1998): Processo de mudança organizacional, inovação curricular, desenvolvimento da equipe de professores e apoio administrativo e a mobilidade de estudantes com o proposito de atingir excelência no ensino, pesquisa e outras atividades desenvolvidas pelas universidades como parte de sua função. Bartell (2003): processo contínuo de ações que vão desde a simples presença de alguns alunos internacionais no campus da IES; até o desenvolvimento de currículos e pesquisa que influenciam toda a cultura da Organização. Alguns aspectos históricos do processo de Internacionalização da Educação Superior Idade Média e Renascença Vasta literatura sobre a internacionalização do Estudo neste período. Referencia na maioria das publicações atuais. As peregrinações/ mobilidades com fins de estudos durante este período muito se assemelham com os objetivos dos intercâmbios de estudantis dos dias de hoje. Latim como língua comum; conteúdos programáticos e sistemas de avaliação uniformes permitiam que os alunos continuassem seus estudos em outras regiões e tivessem seus Diplomas reconhecidos. Troca novas experiências de vida; contato com diferentes culturas, opiniões etc; exportação de manuscritos e posteriormente livros. Período entre o Século XVIII e a 2ª Guerra Mundial O período não agregou muito valor para o processo, devido a orientação nacionalista da Educação. Alguma atenção dada em 3 áreas: (i) cooperação e intercâmbio de pesquisa acadêmica; (ii) exportação de sistemas acadêmicos das potencias europeias para o restante do mundo; e (iii) mobilidade acadêmica de pequeno grupo de estudantes altamente qualificados para melhores centros de Ensino do mundo. Da 2ª Guerra Mundial até os dias de hoje Após a II Grande Guerra há o surgimento de 2 potencias (EUA e União Soviética). Interesses políticos claros para a promoção da Internacionalização da Educação Superior: queriam conhecer melhor o mundo; e manter/ expandir sua influencia. Anos 60 e 70: Desenvolvimento e a descolonização do mundo em desenvolvimento; com a expansão da Educação Superior; e a mudança do papel das Universidades para geradores de recursos/ capital humano. O 3º mundo passa a ser enxergado pela União Soviética, EUA e Europa Ocidental, Canadá e Austrália como importante para sua expansão politica, e passam a investir no desenvolvimento de programas de ajuda para as Universidades. Década de 80: Maior poder da Comunidade Europeia e ascensão japonesa como potencia econômica. Os EUA começam a perder sua dominância politica e também na produção de Pesquisa e Ensino. Tanto o Japão quanto a Comunidade Europeia passam a investir em Pesquisa e desenvolvem programas para competir com os EUA. Anos 2000: Intensificação da Internacionalização graças à Globalização; Novos incentivos à mobilidade estudantil (CSF); realização de Eventos Internacionais de Promoção da Educação (NAFSA, por exemplo) etc. Melhoria da qualidade de Ensino; Profissionais mais bem preparados para atuar no mercado com a economia globalizada. Estratégias de Internacionalização Vão além da ideia de atividades internacionais, e fazem referência tanto aos programas como às iniciativas da organização como um todo. Estratégias programáticas e organizacionais propostas por Knight: Estratégias Programáticas: Referentes às ações que permitem a internacionalização de currículos, planos de estudo; a mobilidade de estudantes; desenvolvimento do corpo técnico administrativo; serviços de extensão; e atividades extracurriculares. São elas que indicam o nível de participação da IES na realização de suas políticas de Internacionalização. Estratégias Organizacionais: Referentes aos sistemas administrativos; às políticas institucionais; e aos demais sistemas que buscam integrar a dimensão internacional, intercultural e global das principais funções da IES (Ensino, Pesquisa e Extensão). Refletem como a internacionalização é realizada pela instituição, e se os programas e projetos são realmente bem desenvolvidos.
3 Como mensurar o processo de Internacionalização das IES? Processo complexo, pois não é concreto e pontual. Neste capitulo apresentam-se alguns autores e seus parâmetros para definir em qual estágio de Internacionalização uma IES se encontra: Bartell (2003): Estudo com 2 Universidades canadenses. Critérios de mensuração usados: Parcerias internacionais; Participação de alunos em programas de intercâmbio; Mudanças de currículo; Parcerias com o setor privado; Alocação de recursos financeiros, humanos e tecnológicos em função da Internacionalização; Contribuição da Faculdade com a Internacionalização; Contribuição de pesquisas; e Desenvolvimento de projetos para a Internacionalização da Universidade. Conclusão: o ambiente externo com forte cultura que valoriza a troca de experiências com países estrangeiros, ajuda no processo de internacionalização de uma Universidade. Os modelos de análise dos processos de Internacionalização Nos últimos anos diversas tentativas de organizar estratégias organizacionais em diferentes modelos de processo de Internacionalização foram feitas. Não existe um único modelo de analise dos processos de Internacionalização da IES, mas sim modelos que melhor se encaixam na realidade de cada IES. Alguns dos modelos expostos no trabalho são: Modelo de Knight: Internacionalização como um processo não linear, mas sim continuo. Modelo com estrutura cíclica permanente, em constante aprimoramento e avaliação, que procura integrar a dimensão internacional à cultura e ao sistema universitário. O modelo apresenta 6 etapas: consciência de propósitos e benefícios; comprometimento da alta administração, professores e estudantes; planejamento das prioridades e estratégias; operacionalização das atividades e serviços; revisão para avaliar a qualidade e os impactos do processo; reforço para incentivar e reconhecer a participação dos atores da internacionalização. Cada uma dessas etapas é revista antes de se seguir para a próxima. Modelo de Davies: Possui forte aspecto prescritivo. Para o autor, as mudanças no ambiente externo são os fatores motivacionais responsáveis pela necessidade das IES em desenvolver um escopo para suas atividades internacionais. Modelo de Rudzki Modelo Reativo Estágio 1: Contato Os docentes da IES fazem contatos com seus colegas docentes que lecionam em escolas no exterior; há desenvolvimento do currículo; mobilidade acadêmica limitada; falta de formulação clara dos propósitos da internacionalização e de sua duração. Estágio 2: Formalização Alguns Acordos Acadêmicos são formalizados; possibilidade de disponibilização de recursos. Estágio 3: Controle Central Crescimento em atividades e resposta através da gestão destas atividades. Estágio 4: Conflito Conflito organizacional entre funcionários e Gerência, que pode levar a desmotivação dos funcionários. Pode acarretar no declínio nas atividades da internacionalização e desencantamento do corpo administrativo. Modelo Pró-Ativo Estágio 1: Análise Analise estratégica dos objetivos de curto, médio e longo prazos. Treinamento dos funcionários e consultoria. Auditorias internacionais. Análises SWOT e de custo beneficio. Estágio 2: Escolha Desenho do plano estratégico e politicas com base em consultorias e networking. Definição de medidas de avaliação de desempenho. Alocação de recursos. Estágio 3: Implementação Estágio 4: Revisão Avaliação do desempenho considerando as politicas de IES e seu planejamento. Estágio 5: Redefinição de Objetivos/ Plano/ Política Processo de melhoria contínua. Retorno ao Estágio 1. Capes e o Processo de Internacionalização de Programas de Doutorado Este capítulo tem o objetivo de abordar alguns dos incentivos feitos pelo Governo para a Internacionalização no Brasil: O Programa Ciências Sem Fronteiras, lançado em 2011 com o objetivo de oferecer mais de 100 mil bolsas de estudos em diversos níveis de Ensino (Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado). E a avaliação de Programas de Doutorado no país: a Internacionalização é um dos critérios de avaliação dos Programas. As IES só poderão obter notas de avalição máximas (6 ou 7) se contemplarem a questão da Internacionalização. Os programas devem respeitar dois critérios: (i) apresentar desempenho equivalente ao dos
4 centros internacionais de excelência na área; (ii) tenham um nível de desempenho altamente diferenciado em relação aos demais programas de área. É analisada a presença de Convênios/ Parcerias Internacionais ativos com resultados evidenciados; de professores oriundos de Universidades estrangeiras reputadas como de primeira linha; a existência de intercâmbio de alunos com Universidade (alunos chamados incoming e outgoing); a participação de docentes do Programa na organização de eventos internacionais, no Brasil ou exterior; além da participação dos docentes em comitês ou diretorias de Associações Cientificas e Acadêmicas Internacionais. Metodologia: O Estudo de caso foi escolhido, pois representa a estratégia preferida quando: se colocam questões do tipo como e por que; pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos; o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Coleta de dados: realizada em duas etapas: (i) coleta dos dados primários por meio das entrevistas com os responsáveis pelas Áreas Internacionais das 3 Instituições pesquisadas; e (ii) busca dos dados secundários por meio da análise de websites de cada instituição e de documentos. Resultados: Histórico das IES IES 1: Universidade Católica, a primeira privada no Brasil; Criada em 1940; Situada na Zona Sul da cidade do ; Reconhecida por sua Pesquisa em Ciência e Tecnologia; Considerada como uma Doctoral Research Intensive University. Todos os cursos da Graduação são impactados por cursos de pós-graduação. Há compromisso com ela mesma em ser uma Universidade de qualidade acadêmica; Não possui fins lucrativos, e baseia-se nos valores humanos e na ética cristã, visando acima de tudo o beneficio da sociedade ; Possui cursos de Graduação, Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu, desenvolve Projetos de Pesquisa e oferece aos seus alunos diversos tipos de Bolsa de Estudo. IES 2: Situada no bairro de Botafogo, na cidade do ; Instituição privada; Oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu, além de desenvolver Pesquisa; Primeira Instituição da América do Sul a oferecer os bacharelados em Administrações Publica e de Empresa, na década de 50; Fundada em 1944, tinha como objetivo formar profissionais qualificados para as administrações publica e privada do país; Possui 6 cursos de Graduação (Administração, Economia, Direito, Ciências Sociais, Matemática Aplicada e História) que contam com mais de alunos. IES 3: Localizada no Centro da Cidade do ; Também é uma IES privada; Sua sede, em São Paulo, foi criada em 1951, com o objetivo de atender a demanda crescente do mercado de profissionais para atuação no campo da Propaganda; Em 1974 inauguram a Unidade ; Em 1978 a Escola começa a ofertar cursos de Pós-Graduação; Em 1991, lança o curso de Graduação em Administração; Em 2004 a Graduação em Design é implementada; Em 2006 surge o curso de Relações Internacionais, com ênfase em Marketing e Negócios e em 2010, o de Jornalismo; Possui mais de alunos e mais de como alumni. Processo de Internacionalização das IES IES 1: Apresenta os melhores resultados em termos de internacionalização, quando comparada com as outras IES estudadas; A influência internacional está presente desde a década de 50 na IES; 1951: bolsas de estudo da CAPES e CNPQ para qualificação docente (Mestrado e Doutorado). A IES 1 se beneficia de varias destas bolsas, ganhando desta forma competitividade em relação a outras escolas; Este foi o 1º momento de Internacionalização com a formação de network com professores estrangeiros; Dec. 90: Profissionalização das atividades internacionais: criação da Coordenação de Cooperação Internacional; 2010/ 2011: Reitor solicita Plano de Desenvolvimento Estratégico para a Internacionalização da IES; Oferecem curso de Português para estrangeiros; Recebem quase alunos internacionais por ano; E possuem mais de 100 IES conveniadas; Participam de Congressos Internacionais: NAFSA etc. IES 2: Possui Diretoria Internacional Corporativa para toda a Instituição (que possui outros campi no Brasil); Cada Escola tem uma Coordenação de Relações Internacionais, que atua junto com a Diretoria, e tem liberdade para agir e decidir quais parceiros melhor atendem a elas, desde que respeitem alguns preceitos; As Escolas em conjunto também podem decidir o que vão fazer e quais ações adotaram para sua Internacionalização; A escola de Administração foi criada com a influência de currículos de escolas americanas; É a mais internacionalizada das escolas; Oferecem curso de curta duração para alunos estrangeiros. Em 2012 receberam + de 700 alunos no programa Doing Business in Brazil; Professores publicam em jornals; Oferecem cursos de idiomas para seus alunos: mandarim, espanhol, alemão. IES 3: Em 2007 o então Presidente da IES 3 trouxe a Internacionalização como um de seus quatro pilares de estruturação da escola; Nesta época funcionavam a Coordenação de Intercâmbio e a Diretoria de Assuntos Internacionais; Em 2010 foi criada a Diretoria Acadêmica Internacional, que passa a cuidar de todos os assuntos internacionais da Instituição, e a Internacionalização passa a ser estratégica; Oferta de disciplinas em inglês;
5 Participação em Congressos Internacionais; Inscrição em Acreditações Internacionais; Em 2012 foi elaborado o 1º Plano Estratégico da IES. A cultura da Internacionalização: análise geral das 3 IES Mesmo antes da criação das Áreas/ Diretorias internacionais das IES estudadas, a Internacionalização já se fazia presente, ou seja, a intenção de Internacionalização existe desde o inicio de suas operações; A influência de pessoas chaves (Reitor, Diretor etc) nas IES foi fundamental. Os representantes das 3 IES sempre reconheceram a importância da Internacionalização (mesmo quando se tratava apenas de alguma ações pontuais), a valorizam e a promoveram. Sem a intervenção dos representantes das escolas, torna-se muito difícil a difusão da ideia e das ações internacionais; O incentivo às ações, como o intercâmbio de alunos, oferta de cursos de português para estrangeiros, contato com docentes internacionais se faz presente; e sugere a presença de uma cultura, mesmo que ainda em desenvolvimento/ profissionalização, voltada para a Internacionalização; As escolas ainda estão se internacionalizando. Algumas delas, embora admitindo em seu discurso que a Internacionalização é um fato irreversível, a veem como fator de prestigio e atratividade para o mercado interno/ nacional. As ações de Internacionalização das IES Em todas as IES estudadas, percebem-se as diversas formas possíveis de parcerias entre EN existentes, como: (i) Intercâmbio de estudantes; (ii) Intercâmbio de docentes; (iii) Modelo de reconhecimento recíproco; (iv) Programas cooperados; (v) Colaboração de pesquisa entre docentes com eventuais cursos em base não regular. Considerações Finais: Nas três IES há processos de Internacionalização das atividades em desenvolvimento, e nestes processos percebem-se muitos fatores do modelo de Rudzki. O relato das 3 IES nos demonstra que já houve bastante desenvolvimento dos processos institucionais, mas ainda há um caminho para se percorrer para o alcance da Internacionalização plena (que em alguns casos não é nem possível considerando a natureza das Escolas estudada); É bastante evidente que todas possuem os ingredientes necessários para a manutenção do processo de Internacionalização: (i) intenção estratégica. Verifica-se o desenvolvimento de planos estratégicos e de ação que abordam a Internacionalização como fator chave; (ii) reconhecimento das marcas no mercado interno e também externo (a IES 1 e 2 mais do que a IES 3); e (iii) comprometimento da Direção das Escolas; Comprova-se ao longo do estudo que o processo de Internacionalização das IES não é um processo único e varia de escola para escola, por isso, não há um único método para mensurar este processo. A IES 1 pode ser considerada muito mais internacionalizada do que as outras duas. Desde seus primórdios, a Internacionalização faz parte de seu dia-a-dia, mesmo que de uma forma não estruturada, estratégica e planejada. As três IES consideram que a Internacionalização lhes proporciona vantagem competitiva, uma vez que permitem a atração de alunos brasileiros e estrangeiros dispostos a pagar suas mensalidades altas.
6 Referências: ALTBACH, Philip G. TEICHLER, U. Internationalization and exchanges in a globalized university. Journal of Studies in International Education, v. 5; n.1; p. 5-25, Higher education crosses borders. Change Magazine, mar.-abr. v. a Globalization and the university: myths and realities in an unequal world. Tertiary Education and Management, Dordrecht, v.10, n.1., p.3-25, mar. ARUM, S.; VAN DE WATER, J. The need for a definition of international education in U.S. universities. In: KLASEK, Charles B. (Ed.) Bridges to the futures: strategies for internationalizing higher education. Carbondale: Association of International Education Administrators, BARTELL, M. Internationalization of universities: a university culture-based framework. Higher Education, v. 45, p , GACEL-Ávila, J. The internationalisation of higher education: a paradigm for global citizenry. Journal of Studies in International Education, v. 9, n. 2, HIRA, A. The brave new world of international education. World Economy, v. 26, p , KNIGHT, J. An Internationalization Model: Responding to New Realities and Challenges. In: Hans de Wit et al. (Eds), Higher Education in Latin America: The International Dimension. Washington, D.C.: The World Bank, Internationalization of higher education: a conceptual framework. In Jane Knight and Hans de Wit (Eds), Internationalization of higher education in Asia Pacific Countries. Amsterdam: European Association for International Education, Internationalization Brings Important Benefits as Well as Risks - Acesso em: 02 fev Internationalization: a Decade of Changes and Challenges International Higher Education, No Acesso em 01 fev KWOK, C. C. Y.; ARPAN, J. S. Internationalizing the business school: a global Survey in Journal of International Business Studies, V. 33, n. 3, MIURA, I. K. O Processo de Internacionalização da Universidade de São Paulo: um estudo de três áreas de conhecimento. Tese de Livre Docência em Administração, FEA-USP, Ribeirão Preto, PIMENTA, R. D. Internacionalização de Escolas de Negócio: Análise do processo de internacionalização da Fundação Dom Cabral. Dissertação (Mestrado). Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte. Belo Horizonte, RUDZKI, R. E. The strategic management of internationalization: towards a model of theory and practice. Thesis submited for the Degree of Doctor of Philosophy at the School of Education. University of Newcastle upon Tyne, United Kingdom, Implementing internationalisation: the practical application of the fractal process model. Journal of Studies in International Education, v. 4, n. 2, The application of a strategic management model to the internationalization of higher education institutions. Higher Education, v. 29, SHEPPARD, K. Global citizenship: the human face of international education. International Education, n. 34, SIEGLER, J. M. B. O processo de Internacionalização das instituições de ensino superior: um estudo de caso na universidade Federal de Uberlândia f. Dissertação (Mestrado em Administração de Organizações) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, USP, São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 04 jan VAN DIJK, H. Internationalization of higher education in The Netherlands An exploratory study of organizational designs. EAIE Ocasional Paper 8, YIN, Robert K. Estudo de Caso Planejamento e Métodos. 3 ed.. Porto Alegre: Bookman, 2005.
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