ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS: PERSPECTIVAS COMPETITIVAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS: PERSPECTIVAS COMPETITIVAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS"

Transcrição

1 ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS: PERSPECTIVAS COMPETITIVAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS RESUMO Armindo dos Santos de Sousa Teodósio Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Betim Maria de Fátima Rosa Ocani Incubadora Tecnológica de Betim (ITEBE) Anadélia Íoná de Sousa Oliveira Incubadora Tecnológica de Betim (ITEBE) Juliana Nunes Moreira Incubadora Tecnológica de Betim (ITEBE) O artigo analisa a experiência de administradores de pequenas empresas, integrantes de uma incubadora tecnológica localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, na construção e implementação de projetos sociais. Discute-se a relevância social e também a competitividade empresarial através do desenvolvimento de ações sociais para negócios em fase de incubação. A análise dos dados discute as concepções, metodologias e estratégias adotadas pelos empresários para articular ações junto às comunidades-alvo dos projetos. Palavras-chave Pequenas Empresas; Projetos Sociais de Empresas; Terceiro Setor; Competitividade. I- INTRODUÇÃO O artigo discute a experiência de micro-empresários, integrantes de uma incubadora tecnológica localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, na construção de planos estratégicos de intervenção em problemas sociais. O objeto de pesquisa gira em torno da percepção estratégica dos empresários quanto à esfera social de seus empreendimentos, analisando-se concepções, metodologias e ações desenvolvidas para construir projetos de intervenção na realidade social. Procura-se fazer uma delimitação terminológica e histórica de expressões e idéias empresariais ligadas à esfera social, que têm ocupado lugar de destaque nos debates recentes sobre estratégias organizacionais, tais como: Responsabilidade Social, Cidadania Empresarial, Filantropia Empresarial e Terceiro Setor. A partir daí, discute-se a relevância estratégica de contrapartidas sociais na dinâmica das relações entre organização e sociedade, empresário e trabalhador, empresa e cliente, dentre outras, para o aprimoramento da performance organizacional. II PROJETOS SOCIAIS DE EMPRESAS: NOVAS TERMINOLOGIAS E ESTRATÉGIAS Projetos sociais de empresas têm assumido um lugar de destaque no Brasil tanto na mídia de negócios quanto nos debates acadêmicos, principalmente nos cursos ligados à esfera de formação gerencial. Esse fenômeno observado no cenário de negócios brasileiros parece acompanhar tendência que se manifesta nos países capitalistas centrais, sobretudo os EUA, nos quais existe uma forte tradição de intervenção empresarial nos problemas sociais (MEGGINSON et al, 1998).

2 Se a centralidade relegada aos projetos sociais de empresas na atualidade permite um avanço das reflexões no cenário empresarial brasileiro, por outro deve-se atentar para o fato de que muitas estratégias e técnicas de gestão, na maioria das vezes importadas e aplicadas como verdadeiras panacéias para a competitividade, chegam a ser descartadas antes mesmo de atingirem sua maturação (MICKLETHWAIT & WOOLDRIDGE, 1998). Sendo assim, no futuro corre-se o risco dos avanços em termos de estratégias sociais de empresas ficarem relegados ao esquecimento ou reduzidos em sua magnitude, devido ao surgimento de uma nova tecnologia de gestão, novamente vista como caminho fácil para a solução dos desafios competitivos das organizações (WOOD JR, 1999). Ao mesmo tempo em que o debate sobre a relevância de projetos sociais desenvolvidos por empresas se aprofunda, novos termos e expressões são criados, tentando trazer novas concepções às antigas estratégias de intervenção nos problemas da comunidade. Dentre essas novas terminologias destacam-se Cidadania Empresarial, Responsabilidade Social de Empresas, Filantropia Empresarial e, sobretudo, Terceiro Setor. Como destacam STONER & FREEMAN (1985), ações sociais desenvolvidas por empresários remontam aos primórdios do capitalismo, sobretudo no momento da Revolução Industrial, quando homens de negócios como Robert Owen passaram a dar benesses à comunidade. No entanto, essas primeiras intervenções de homens de negócios nos problemas sociais eram marcadas por um profundo assistencialismo, pietismo e por uma visão moralizante das massas trabalhadores, consideradas indolentes, desorganizadas e fadadas à miséria, caso não fossem auxiliadas pelos empresários da época. A concepção assistencialista de intervenção nos projetos sociais marcou grande parte dos projetos empresariais desenvolvidos até a primeira metade do século XX, encontrando seu florescimento principalmente após a crise da década de 30 nos EUA. No entanto, nos últimos anos novas concepções sobre o desenvolvimento de projetos sociais por parte de empresários passaram a dominar as estratégias organizacionais. Se antes as idéias de caridade e assistência social guiavam os projetos, agora tenta-se inserir abordagens nas quais os indivíduos auxiliados sejam concebidos como sujeitos ativos do processo, caminhandose para a noção de parceria entre empresa e comunidade (IOCHPE, 1997). No quadro abaixo apresentam-se algumas transformações nos conceitos que guiavam a intervenção social desenvolvida por empresários no passado e as idéias consideradas atualmente como as mais avançadas na construção de relações entre empresa e comunidade. Quadro 1 Evolução das abordagens nos projetos sociais de empresas Itens do Projeto Estratégia Anterior Estratégia Atual Relação Assistencialismo / Parceria Empresa-Comunidade Parternalismo Noção de indivíduo Dependente, incapaz e submisso Ativo, capaz e sujeito do processo Transferência de soluções gerenciais e tecnológicas Via de mão-única da empresa para Via de mão-dupla entre empresa e Empresas capazes de intervenção social Sustentabilidade do projeto a comunidade Apenas grandes corporações privadas e estatais Dependência permanente Da empresa comunidade Grandes, médias e pequenas Projetos auto-sustentáveis no médio e longo-prazos

3 Retornos para a empresa Restritos à imagem institucional e relações com a clientela Fonte: Baseado em MELO NETO & FROES, Ganhos externos e internos (produtividade e competitividade) As abordagens mais recentes sobre a concepção e implantação de projetos sociais por parte de empresas partem do pressuposto de que não só a comunidade pode ter grandes ganhos com o suporte empresarial, mas também que as organizações podem se tornar mais produtivas e competitivas à medida em que desenvolvem ações sociais. Dentro dessa concepção, critérios como noção de indivíduo, aprendizagem gerencial-tecnológica entre comunidade e empresa, sustentabilidade do projeto e capacidade de equacionamento dos problemas sociais se modificam profundamente (MELO NETO & FROES, 1999). O primeiro aspecto significativo é que o paternalismo que caracterizava a relação entre empresa e população assistida pelos projetos sociais dá lugar à idéia de parceria. Assim, os projetos passam a ser concebidos e desenvolvidos em conjunto com membros representativos das comunidades assistidas, procurando partilhar ações, custos e soluções a serem implementadas. Nesse sentido, modifica-se a concepção quanto à relação de aprendizagem entre empresa e comunidade. Anteriormente, a idéia dominante era a de que os indivíduos pertencentes à determinada comunidade carente eram incapazes de extrapolar sua condição de miséria e exclusão social. Isso os colocava na posição de assimiladores passivos das soluções tecnológicas e gerenciais fornecidas pelas empresas. No entanto, percebe-se atualmente que a relação com a comunidade pode ser extremamente frutífera para a empresa, visto que formas criativas, de baixo custo e mais adequadas à realidades sociais específicas podem surgir do contato entre gerentes e funcionários com indivíduos empreendedores, pertencentes à comunidade atendida pelos projetos sociais. Assim, a aprendizagem tecnológica e gerencial se dá em via de mão-dupla na relação entre organização e sociedade. Outra idéia dominante é a de que os projetos não podem caracterizar-se pela extrema dependência de uma única fonte de financiamento externa, devendo caminhar para a autosustentação no médio e longo-prazos. Esse é um ponto fundamental para o rompimento da noção assistencialista, pois parte-se da idéia não de investimentos caritativos a fundo perdido, mas de alocação de recursos humanos, financeiros e materiais que devem ser multiplicados através do seu gerenciamento adequado. A idéia de rompimento da dependência com a empresa às vezes causa resistência em alguns empresários, principalmente aqueles comprometidos com a idealização do projeto social. No entanto, cabe lembrar que a dependência total de uma única empresa, além de exigir volume de recursos mais significativo por parte de uma única fonte de recursos, resulta também em imobilismo na área social. Um problema social relevante em determinado momento pode não o ser no futuro. No entanto, se o projeto social é extremamente dependente da empresa, ela não pode modificar sua pasta de investimentos sociais sob pena de comprometer os projetos que já estão em execução. Um mito que começa a ser rompido na área social é o de que apenas as grandes corporações privadas ou as estatais podem fazer a diferença, cabendo às médias e, principalmente, às pequenas empresas um papel secundário ou mesmo irrelevante no equacionamento dos problemas sociais (DRUCKER, 1995). No entanto, uma análise mais apurada da realidade de outros países, como por exemplo dos EUA, demonstra que parcela mais significativa de recursos investidos na área social não é proveniente de grandes corporações, mas sim de pequenos contribuintes isolados. Apesar da intensa presença na mídia, empresas como a Microsoft investem comparativamente menos na área social do que pequenos empresários e pessoas físicas americanas. Além disso, os investimentos desenvolvidos por pequenos empresários tendem a ser marcados pelas novas abordagens na elaboração e implementação de

4 projetos sociais, na medida em que existe maior possibilidade de abertura na relação com a comunidade e no intercâmbio gerencial e tecnológico, além de ser mais intensa a necessidade de programar a auto-sustentabilidade do investimento social. Entre as novas terminologias desenvolvidas para expressar essas transformações na relação entre empresa e comunidade, algumas são mais difundidas, ao passo que outras geram grande resistência tanto na mídia quanto nos meios acadêmicos. Enquanto o termo Filantropia Empresarial remeteria ainda à uma concepção assistencialista e paternalista, o termo Cidadania Empresarial seria um reducionismo da idéia de cidadania (CKAGNAZAROFF, 1999). A concepção de cidadania não careceria de adjetivação, dado à sua magnitude conceitual. Por sua vez, o termo Responsabilidade Social das Empresas tem sido bastante difundido, no entanto não chega a atingir a expressividade que a idéia de Terceiro Setor tem atingido nos debates contemporâneos. Sendo assim, as discussões a seguir se concentrarão no alcance conceitual da expressão Terceiro Setor. Cabe destacar, no entanto, que muitas vezes os conceitos se interpenetram. Por outro lado, é fundamental discutir a natureza do que vem a ser Terceiro Setor, visto que é a partir dessa concepção que as estratégias empresariais para projetos sociais podem se modernizar. III - TERCEIRO SETOR: HETEROGENEIDADE E ABRANGÊNCIA CONCEITUAL As discussões recentes, tanto na esfera acadêmica quanto no âmbito das políticas sociais concretas, têm relegado lugar de destaque ao chamado Terceiro Setor. Multiplicam-se as publicações, seminários e debates cujo foco é discutir a relevância, as especificidades e a natureza das organizações que atuam nesse campo. No campo da gestão esse debate assume centralidade, ao introduzir reflexões sobre as características gerenciais dessas organizações, sobretudo no que diz respeito à ausência de objetivos de lucro privado e incorporação de mão-de-obra voluntária em suas ações. No entanto, vários autores constatam que o grau de informação e conhecimento sistematizado sobre o Terceiro Setor, sobretudo no caso brasileiro, ainda é insipiente. Nesse cenário, a pesquisa sobre as práticas e o pensamento gerencial desenvolvidos em organizações que atuam no Terceiro Setor assume grande relevância. (IOSCHPE,1997). A diferenciação entre três setores baseia-se na idéia de delimitação de espaços sóciopolíticos e econômicos diferenciados entre o Primeiro Setor (Estado), o Segundo Setor (Iniciativa Privada) e o Terceiro Setor (Movimentos Sociais). No entanto, pode-se perceber que há uma interpenetração entre os três campos. Isso indica que, em alguns casos, as diferenças entre as partes convergem para campos comuns. Daí resultam os limites dessa conceituação, que apresenta-se muito mais como um esforço metodológico e terminológico do que uma diferenciação visivelmente encontrada na realidade. Além disso, percebe-se que uma das características do Terceiro Setor é sua extrema heterogeneidade, o que se repercute na ausência de consenso quanto à abrangência de seu conceito e às terminologias adotadas para se referir às organizações que o compõem (COSTA JÚNIOR, 1998). Para autores como PAULA (1997), Terceiro Setor e Organizações Não-Governamentais (ONG s) são neologismos surgidos na esteira do processo de expansão da lógica neoliberal de condução dos Governos das economias capitalistas centrais. Por detrás da discussão, cada vez mais intensa, sobre a importância das ONG s, estaria implícita a idéia de que os problemas sociais e econômicos devem ser resolvidos a partir da lógica do mercado, ou melhor, do encontro e da ação dos diversos atores no espaço das trocas econômicas, cabendo ao Estado um papel restrito à regulação dessa esfera.

5 Cabe notar que, dentro da idéia de Terceiro Setor, encontram-se tanto organizações formalizadas juridicamente quanto informais, com uma gestão estruturada e profissionalizada quanto não-estruturada e pouco-profissionalizada, de grande porte quanto de tamanhos médio e pequeno, de caráter supra-nacional ou multinacional quanto local (CARVALHO, 1997; FERNANDES, 1994), com fontes de financiamento atreladas ao Estado e/ou grandes empresas quanto sem fontes regulares de financiamento de suas atividades, entre outras diferenciações (COSTA JÚNIOR, 1998). O ponto de convergência entre as várias organizações que comporiam o Terceiro Setor parece ser a ausência do lucro como finalidade central em sua orientação gerencial e a objetivação de benefícios para toda a comunidade ou grupos sociais específicos, seja por localização geográfica e/ou convergência de interesses tanto de natureza ideológica, quanto religiosa, racial, de opção sexual, dentre outros. Sendo assim, para fins deste trabalho assume-se como Terceiro Setor os projetos sociais e as organizações ligadas a eles que se caracterizam pela não-lucratividade como finalidade e constróem estratégias centradas na busca de melhorias para a comunidade como um todo ou para grupos específicos da população. Isso quer dizer que considera-se integrantes do Terceiro Setor, em orientação semelhante à adotada por COSTA JÚNIOR (1998), organizações que vão desde fundações, com estruturas formais rígidas, e uma relação de proximidade com o Estado e grandes empresas a movimentos sociais pouco estruturados, englobando grupos religiosos e associações de moradores. IV - TRABALHO SOCIAL: UMA ESTRATÉGIA DE REINSERÇÃO NO MUNDO DO TRABALHO? As últimas décadas têm sido pródigas em transformações sociais e econômicas, que têm gerado intenso debate sobre os modelos de desenvolvimento das economias capitalistas, principalmente dos países centrais. Profundas mudanças no chamado Mundo do Trabalho vêm colocando em xeque a capacidade dessas economias de promoverem a inclusão social de grande parcela da população economicamente ativa. No cerne da discussão sobre eliminação de postos de trabalho, qualificação para o trabalho e geração de renda tanto pelo setor privado quanto pelo Estado, algumas reflexões têm se voltado para o espaço público não-estatal. A capacidade de articulação da sociedade civil é vista como instância capaz de se contrapor ao movimento de contração produtiva operado nos outros dois setores, minimizando seus impactos sobre a esfera do trabalho, não só pela capacidade de intervenção no jogo político, mas sobretudo pela organização e implementação de ações concretas no âmbito público não-estatal. (CARCANHOLO et al, 1997). Tais ações, ao mesmo tempo em que procurariam minimizar os impactos dos p0rocessos de exclusão social, estariam permitindo o desenvolvimento de novas formas de sociabilidade, contrapondo-se à uma dinâmica social estritamente guiada pela racionalidade econômica capitalista (DOWBOR, 1998). Por outro lado, discussões recentes têm destacado a capacidade de ações públicas nãogovernamentais criarem oportunidades de reinserção em atividades profissionais mesmo que não remuneradas - de muitos trabalhadores excluídos da dinâmica produtiva no setor privado e público estatal (MARCOVITHC, 1997). Para WYSOCHI (1991), entre os excluídos passíveis de ser incorporados nas atividades públicas não-estatais encontram-se não só aqueles que não foram capazes de desenvolver novas qualificações profissionais, mas também grupos que têm sido alvo de discriminações raciais, de gênero e mesmo quanto a doenças, como por exemplo, os portadores do vírus HIV.

6 Novos trabalhadores estariam sendo cada vez mais requisitados pelo chamado Terceiro Setor, dado ao rápido crescimento dessa área e sua carência de mão-de-obra profissionalizada, especialmente no que diz respeito aos processos de gestão (McCARTHY, 1997; DRUCKER, 1995; BRADNER, 1993). Além disso, o Terceiro Setor estaria se constituindo em um espaço de requalificação profissional relevante, na medida em que as atividades comunitárias permitiriam e exigiriam do trabalhador o desenvolvimento de habilidades relevantes para o trabalho nos setores privado e público estatal, tais como capacidade de trabalhar em grupo, lidar com a diversidade, flexibilizar instrumentos de trabalho, cumprir metas com baixo aporte de recursos, entre outras (DRUKER, 1992; SILVER, 1998). No entanto, vários questionamentos se colocam, principalmente quando constata-se a relativa insipiência dos estudos sobre o Terceiro Setor (IOCHPE, 1997) e a heterogeneidade dessa área de atividade, quer seja de acordo com a trajetória histórica de cada nação (GASKIN & SMITH, 1995), quer seja pela natureza do próprio setor, manifestada em vários aspectos tais como forma e finalidade das intervenções sociais, tamanho e abrangência das organizações, grau de sistematização dos processos gerenciais, acesso a recursos e condições de trabalho, entre outros. Além disso, a visão do Terceiro Setor como alternativa para a incorporação e/ou reincorporação de profissionais em economias periféricas, como a brasileira, exige uma reflexão mais profunda das práticas concretas de gestão desenvolvidas pelas organizações desse setor e seus impactos efetivos na realidade sócio-produtiva nacional. V GESTÃO DO TERCEIRO SETOR: INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM ENTRE PÚBLICO E PRIVADO Além das habilidades profissionais que o trabalhador da esfera social pode vir a desenvolver, observa-se em algumas organizações do Terceiro Setor uma série de peculiaridades gerenciais. Entre elas destacam-se: proximidade do beneficiário, ações em rede, estruturas desburocratizadas e enxutas, gestão participativa, imagem institucional consolidada e motivação da mão-de-obra (voluntária). Cabe ressaltar que várias dessas peculiaridades gerenciais são enfatizas como virtudes administrativas pelos processos de reestrurução organizacinal no setor privado. Sendo assim, percebe-se que, em muitos casos, as organizações do Terceiro Setor alcançam metas gerenciais que são centrais para a iniciativa privada, visto que conseguem operar com estruturas reduzidas - devido à carência de recursos financeiros e humanos -, construir parcerias com outras organizações que atuam no mesmo setor (ação em redes ) - como forma de superar suas limitações operacionais - e gozar de uma sólida imagem institucional. Além disso, muitas instituições sem fins lucrativos apresentam um modelo de gestão participativo da mão-deobra, que em sua maioria é voluntária e mostra-se altamente motivada e engajada em torno dos objetivos organizacionais. Por fim, muitas delas se fazem muito próximas dos beneficiários de seus projetos sociais, atendendo com maior eficiência e propriedade as demandas de seus clientes, até mesmo porque em muitos casos, essas organizações nasceram da própria associação dessas pessoas, visando sanar problemas sociais, econômicos e afetivos que as afligem. O campo da Gestão é considerado um dos espaços centrais para o avanço das organizações do Terceiro Setor (HUDSON, 1999; DRUCKER, 1995). Vários autores apontam para a necessidade de profissionalização dos indivíduos que atuam nessa área, sobretudo aqueles que desempenham papéis gerenciais. Através de gestores com sólida formação e domínio de técnicas administrativas, as práticas e políticas organizacionais no Terceiro Setor se tornariam mais sistematizadas, articuladas e voltadas ao cumprimento dos objetivos propostos pelas instituições sociais.

7 Nesse movimento, as organizações estatais e privadas seriam espaços geradores de tecnologias gerenciais a serem incorporadas pelos gestores do Terceiro Setor. Isso se daria não só pela alocação de ex-executivos privados nessa área, mas também pela ação de consultores e pela incorporação de modelos gerenciais de órgãos e empresas financiadoras e/ou controladoras das organizações do Terceiro Setor. No entanto, a transposição de técnicas gerenciais oriundas da esfera privada não se processa de maneira linear e absoluta, esbarrando nas especificidades da gestão social, característica das organizações do Terceiro Setor. Ferramentas administrativas privadas carregam em si conceitos e pressupostos que, em alguns casos, podem trazer distorções quanto à natureza da gestão demandada na esfera social. (MINTZBERG, 1996). Para TENÓRIO (1997), os termos cliente e usuário, bastante difundidos e enfatizados por metodologiais gerenciais como a qualidade total, não se adequam às organizações nãogovernamentais, visto que não incorporam o conceito de cidadania à formulação, implementação e avaliação de políticas sociais. Para o autor, o conceito mais apropriado remete-se à idéia de cidadão-beneficiário. MINTZBERG (1996), por sua vez, indica que os parâmetros prevalescentes na gestão social giram em torno da noção de bem público e cidadania, fazendo com que os critérios de rentabilidade operacional do setor privado (geralmente baseados em alta utilização do serviço e número elevado de atendimentos) dêem lugar a critérios que levem em consideração fundamentalmente a metodologia aplicada para a intervenção nos problemas sociais. Essa metodologia, segundo KLIKSBERG (1997), deve se balizar no cenário imposto à gestão social na América Latina, cujos maiores desafios concentram-se na consolidação da democracia, na transparência e no controle social da gestão. Sendo assim, cabe ao gestor do Terceiro Setor não apenas desenvolver uma profunda visão dos mecanismos de mercado, mas sobretudo conciliar perspectivas política, social e constitucional em suas concepções gerenciais. Tendo que trabalhar para a construção da cidadania em uma sociedade que mostra-se cada vez mais multi-facetada, o gestor social teria como atributos centrais a capacidade de articulação e de negociação (KLIKSBERG, 1997), diferentemente do gestor privado, que se caracterizaria pela agressividade e competitividade no alcance de metas do empreendimento. NOGUEIRA (1998), por sua vez, destaca que a fragmentação da sociedade civil só pode ser superada através de uma gestão social marcada pela combatividade, perseverança e pela indignação. Esses seriam os ingredientes básicos para o desenvolvimento de empreendedores no Terceiro Setor. Para o autor, faz-se necessário destacar os limites do gerencialismo privado e burocrático-estatal, sobretudo quanto à sua dominação pelas lógicas contábil e quantitativa. Um dos maiores desafios da construção da gestão no Terceiro Setor, segundo SERVA (1997) parece ser a relação entre racionalidade instrumental e substantiva. Atreladas a organismos financiadores de suas atividades, as organizações do Terceiro Setor, conforme atesta TENÓRIO (1997), muitas vezes se deparam com lógicas de eficácia econômico-financeira para avaliação de suas atividades, ao passo que seus modelos gerenciais são guiados no cotidiano por critérios mais substantivos, ligados à promoção social de suas ações. Nesse sentido, a gestão de organizações do Terceiro Setor assume grande complexidade. O completo desatrelamento em relação aos parâmetros de avaliação pode comprometer a sustentabilidade das intervenções junto aos problemas sociais, enquanto que a desconsideração da esfera substantiva da organização pode levar a uma dissonância entre corpo voluntário e corpo gerencial. O difícil equilíbrio entre esses pólos requer do gestor social habilidades especiais.

8 Para HUDSON (1999), o gerente ou executivo principal no Terceiro Setor deve conciliar conhecimentos financeiros e de marketing com habilidades interpessoais e de articulação política, sendo enérgico quando decisões importantes precisam ser tomadas e delicado quando se requer compaixão e sensibilidade (p ). Seu trabalho seria caracterizado pela construção de relacionamentos com diferentes atores sociais, que iriam desde voluntários até órgãos financiadores, passando pela mídia, Governo e beneficiários. Pesquisa de TEODÓSIO & RESENDE (1999) em organizações sem fins lucrativos voltadas à problemas da infância indica que o gerente no Terceiro Setor parece possuir um papel diferente daquele tradicionalmente observado em organizações públicas e privadas. A capacidade de captação de mão-de-obra voluntária é associada à habilidade de se construir uma gestão harmoniosa, ou seja, que minimize o conflito no âmbito das organizações. Nesse setor, a insatisfação com a postura e as ações da organização pode levar o voluntário a se dedicar a outra causa/instituição. Já nas empresas públicas e privadas fatores como necessidade de remuneração, status e posição social, dentre outros, tornam-se barreiras para o desligamento da organização por parte do empregado, levando-o a adotar estratégias menos radicais, tais como mudança de área, procura por novas funções, simulação de engajamento, Ainda segundo HUDSON (1999), o cargo de gestor seria uma função de alta exposição pública, exigindo de seu ocupante uma sólida reputação entre os demais atores sociais e organizacionais, a fim de não abalar as bases de confiabilidade que sustentam as ações no Terceiro Setor. Além disso, esses gestores devem ser capazes de trabalhar com o pensamento estratégico e implementar ações imediatistas, dadas as carências administrativas e de recursos humanos dessas organizações. TEODÓSIO & RESENDE (1999) observam que gestores de organizações do Terceiro Setor, que pesquisaram, dividiam suas preocupações entre problemas cotidianos e assuntos estratégicos. Apesar de ocuparem o mais alto escalão na organização, o trabalho desses gestores assemelhava-se ao de gerentes de nível intermediário em grandes empresas, que têm que conciliar preocupações tanto de nível operacional quanto estratégico. A superação dos desafios gerenciais do Terceiro Setor, segundo TENÓRIO (1997), constituise em um aprendizado contínuo, no qual seus gestores desenvolvem percepções sobre novos modelos gerenciais, incorporando-os às peculiaridades de suas organizações. Entre os resultados esperados desse aprendizado destacam-se: ação por meio de redes; identificação de áreas de atuação e cidadãos-beneficiários, criação de mecanismos de controle consistentes com a natureza das atividades desenvolvidas; e alcance de visibilidade perante a sociedade. TEODÓSIO & RESENDE (1999) constataram em sua pesquisa que, além dos problemas de natureza eminentemente gerencial que as organizações do Terceiro Setor atravessam, outros também se apresentam, sobretudo aqueles ligados à imagem e credibilidade junto à sociedade. As organizações do Terceiro Setor precisam se posicionar dentro de uma área de atuação ainda em construção e que tem passado por drásticas mudanças num curto espaço de tempo. Além disso, a dificuldade de construir parâmetros para avaliação de projetos sociais e a persistência de organizações que despertam questionamentos quanto à credibilidade e utilidade de suas ações constituem-se também em obstáculos para o desenvolvimento das organizações sérias e realmente relevantes para a sociedade. VI - ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS O estudo insere-se no âmbito da pesquisa-ação, visto que a coleta de dados se baseou em consultoria e suporte gerencial do autores para construção de planos de intervenção social pelos empresários, utilizando-se variados instrumentos de coleta de dados. Dentre as estratégias empregadas para captação de informações destacam-se: participação em reuniões de trabalho, aplicação de questionário junto aos empresários com perguntas abertas e

9 fechadas, pesquisa documental e entrevistas desestruturadas com os empresários e a equipe de apoio técnico da incubadora tecnológica. A análise dos dados privilegia a abordagem qualitativa do fenômeno social estudado, privilegiando a percepção e o discurso empresarial desenvolvidos na elaboração de planos de intervenção em problemas sociais. VII CONSTRUÇÃO DE PLANOS SOCIAIS: A EXPERIÊNCIA DE EMPRESAS INCUBADAS O processo de incubação de empresas envolve suporte tecnológico, gerencial e disponibilização de infra-estrutura material, financeira e humana às empresas recém-criadas, mediante a alocação das sedes dos novos empreendimentos em um espaço comum: a própria incubadora. Apesar de existirem incubadoras de negócios populares, a maioria dos processos de incubação existentes no Brasil estão voltados às empresas intensivas em tecnologia, que devem desenvolver projetos inovadores e mercadologicamente viáveis. A seleção de projetos para incubação se dá mediante concorrência pública, o que dá o direito de permanência por tempo limitado na incubadora (geralmente três anos). No que diz respeito à tecnologia, as incubadoras podem ser multi-setoriais, englobando variados segmentos tecnológicos, ou setorizadas, geralmente concentrando-se em uma das três áreas principais: biotecnologia, microeletrônica e industrial. A incubadora de empresas em análise, criada na década de 90, caracteriza-se pela multisetorialidade, situando-se em dos municípios de maior dinamismo econômico e social na região metropolitana de Belo Horizonte. Desde a sua formação, duas vertentes de igual valor e dimensão estratégica foram definidas em sua missão: a inovação tecnológica associada a benefícios sociais para a comunidade, expressos quer seja através da geração de empregos, quer seja no apoio ao desenvolvimento de tecnologias que beneficiem a comunidade, através da melhoria da qualidade de vida, saúde, habitação, transporte e meio ambiente (Planejamento Estratégico da Incubadora). Nesse sentido, a idéia de incorporar a elaboração de projetos sociais por parte das empresas incubadas como um dos critérios de análise da performance e da evolução dos empreendimentos apresentou-se como um desdobramento natural dos valores expressos na missão institucional da incubadora. Por outro lado, uma preocupação fundamental na construção desses projetos foi evitar a duplicidade de esforços e recursos aplicados pelas empresas em áreas totalmente distintas de seus campos de atuação. Isso poderia gerar um acúmulo de tarefas, esforços e demanda de recursos humanos e materiais num momento delicado de vida dessas empresas: a incubação. Sendo assim, foram definidos alguns critérios para o desenvolvimento dos projetos por parte dos empresários. O primeiro deles era o de que as intervenções sociais pretendidas pelos empresários focalizassem problemas sociais próximos à área de atuação da empresa, com vistas a fazer com que os esforços para desenvolvimento comunitário pudessem ser beneficiados pelos esforços para desenvolvimento tecnológico da empresa e vice-versa. Outro parâmetro extremamente importante definido como critério básico para a elaboração dos projetos seria o envolvimento do empresário na construção e, principalmente, na implementação da intervenção social. Nesse ponto, partiu-se da concepção de que não somente a comunidade se beneficiaria com a convivência com empreendedores natos em seu seio, mas também de que a empresa desenvolveria importantes fatores competitivos à medida em que o ímpeto dos self-made man (uma das características mais marcantes do perfil empreendedor) fosse mais humanizado, através da convivência com pessoas de cultura, realidade e perspectiva diferentes daquelas do empresário. Nesse sentido, habilidades comunicativas, trabalho em equipe, flexibilidade, capacidade de liderança, dentre outros fatores, seriam dinamizados pelo empresário ao entrar em contato com a comunidade.

10 Por fim, mas não menos importante, apareceria o critério de relevância social, ou seja, os projetos deveriam contemplar problemas sociais relevantes vivenciados pelas comunidades no entorno da incubadora de empresas. A definição desses problemas não poderia ser feita de maneira unilateral pelas empresas, sob pena de se impor soluções às comunidades, que poderiam demandar ou idealizar outras saídas para seus problemas. Nesse ponto, a experiência prévia da equipe de suporte gerencial da incubadora em contactar a comunidade e desenvolver ações pontuais de intervenção social foi um fator fundamental para a integração entre empresários e comunidade. A vocação social da incubadora em análise pode ser explicada também pelos compromissos sociais que marcaram sua criação. Fundada a partir da articulação de ações entre uma grande empresa estatal, duas universidades, entidades empresariais, governo do Estado e prefeitura municipal, a incubadora sempre teve como referência básica a reversão dos investimentos feitos pelo município em ganhos econômicos e sociais para a comunidade na qual está inserida. Sempre houve uma preocupação em aumentar a aproximação com a comunidade do município, principalmente nas suas regiões mais carentes. Dessa forma, no momento de criação e implementação dos projetos já havia um know-how de abordagem social acumulado pela equipe de suporte gerencial da incubadora, que foi decisivo para o aprimoramento dos projetos criados pelos empresários. Um fator que serviu para ampliar o alcance social dos projetos, considerados como um todo, foi o fato da incubadora abrigar empreendimentos em variadas áreas tecnológicas. Por outro lado, isso tornou mais complexo o trabalho de suporte gerencial tanto da equipe interna da incubadora quanto do consultor contratato. A extrema heterogeneidade das empresas que compõem a incubadora resultou em enormes ganhos para a comunidade, pois o município que abriga essas empresas caracteriza-se por uma multiplicidade de problemas sociais. Tendo observado uma grande expansão industrial nas últimas décadas, o município em questão incorporou grandes problemas urbanos, na medida em que o fluxo migratório para a região aumentou consideravelmente. Assim, desde problemas ligados às cidades industriais, como o desemprego e a perda de dinamismo produtivo, até problemas ligados à posse de terras se manifestaram na cidade, que tem atualmente duas áreas de invasão e assentamento de sem-terras. No quadro abaixo apresentam-se os projetos sociais desenvolvidos pelas empresas incubadas. Quadro 2 Empresas incubadas e projetos sociais Empresa Área de atuação Área de intervenção social 1 Equipamentos médicos e esterilização de ambientes médico-hospitalares Suporte à purificação de água e esterilização de moradias em assentameto agrário 2 Produtos de limpeza industrial, doméstica e automotiva 3 Revestimento de superfícies metálicas 4 Aprimoramento biológico de mudas e suporte agrário 5 Análise química para indústria 6 Produção e comercialização de extratos para medicamentos Coleta seletiva de lixo e utilização racional de produtos de consumo doméstico Treinamento e emprego de mãode-obra com necessidades especiais sensorias (auditivas) Suporte em projetos de infraestrutura para assentamento agrário Treinamento e emprego de mãode-obra com necessidades especiais Transferência de tecnologia para plantio de mudas medicinais

11 Fonte: Dados coletados pela pesquisa. Como pode-se observar no quadro anterior, a maioria dos projetos concentra-se em sua área de atuação empresarial. Outros projetos, no entanto, extraíram a sinergia entre ação social e negócio através da alocação de mão-de-obra com necessidades especiais. No entanto, o que pode-se perceber é que procurou-se estabelecer uma relação de ganhos mútuos para a comunidade e para a empresa, na medida em que os empresários atuam sobre problemas ligados à sua formação e/ou área de atuação profissional, ao mesmo tempo em que atacam problemas sociais graves. No caso das empresas 4 e 5 os projetos sociais procuraram privilegiar a alocação de um tipo de mão-de-obra que encontra sérios problemas de inserção no mundo do trabalho: os portadores de deficiências físicas. No caso da empresa 4, a utilização de indivíduos com baixa ou nenhuma capacidade auditiva não apenas possibilita a inserção desses profissionais no trabalho, como também equaciona um problema recorrente no processo de produção a ser implementado pela empresa: exposição à altos níveis de ruído no local de trabalho. Já na experiência da empresa 2, o suporte à implantação da coleta seletiva de lixo na cidade, associado ao desenvolvimento de programas de conscientização da utilização racional de produtos de consumo doméstico, sobretudo os ligados à limpeza, permite que a empresa tenha contato direto com seus consumidores, ao mesmo tempo em que ajuda a consolidar um programa de tratamento de lixo que já vem sendo discutido pela comunidade. Os programas das empresas 1, 4 e 6 concentram-se nos assentamentos agrários no município. Nesses programas, a complementaridade entre o foco de negócios das empresas e seus projetos sociais é extremamente elevada. Além disso, a ação articulada de três projetos numa mesma comunidade permite que os empresários tenham ganhos de escala significativos, partilhando conhecimento e habilidades complementares nos momentos de abordagem da população atendida, construção de soluções técnicas e gerenciais, alocação de recursos, dentre outros. Enquanto a empresa 1 auxiliará a comunidade na purificação e esterilização de seu ambiente, evitando a difusão de doenças e propagando princípios médios de higiene entre a população, a empresa 4 proverá estudos para a implantação de infra-estrutura básica para a área assentada se tornar produtiva. Já a empresa 6 proverá treinamento para a mão-de-obra local especializar-se no planto de mudas medicinais, cuja a produção tem grande valor agregado, principalmente nos mercados da região sudeste. Por outro lado, os ganhos competitivos para essas empresas relacionam-se tanto com o aprimoramento das habilidades gerenciais dos empresários, quanto pelo foco em suas áreas de ação, servindo como laboratório para futuros desafios competitivos que vivenciarão, quer seja na abordagem dos clientes, na negociação com fornecedores, na busca de soluções criativas para os obstáculos gerenciais,... VIII CONSIDERAÇÕES FINAIS Os ganhos competitivos com projetos sociais desenvolvidos por empresas não restringem-se à esfera do ambiente organizacional externo, mas remetem-se principalmente à produtividade no trabalho. Apesar de vantagens como consolidação da imagem institucional, melhor relacionamento cliente-empresa, redução de ameaças externas, dentre outras, serem sempre citadas quando analisa-se estratégias empresariais de intervenção em problemas sociais, outros ganhos de magnitude muito mais significativa podem ser obtidos com a participação de empregados, tanto do nível gerencial quanto administrativo e operacional, em projetos sociais. O chamado Terceiro Setor, no qual se incluem projetos de cidadania empresarial, bem como organizações não-governamentais e/ou sem fins lucrativos, estaria se constituindo em um espaço de requalificação profissional relevante, na medida em que as atividades comunitárias permitiriam

12 e exigiriam do trabalhador o desenvolvimento de habilidades relevantes para o trabalho, tais como: capacidade de trabalhar em grupo, lidar com a diversidade, flexibilizar instrumentos de trabalho, cumprir metas com baixo aporte de recursos, entre outras. O trabalho social e/ou voluntário estaria sendo cada vez mais requisitado no Terceiro Setor, dado ao rápido crescimento dessa área, e sua carência de mão-de-obra profissionalizada, especialmente no que diz respeito aos processos de organização e de gestão. Sendo assim, abre-se um espaço relevante para o aprimoramento da produtividade por vias alternativas ao esquema clássico de se repensar os processos e a forma de organização interna do trabalho na empresa. Essa saída parece estar sendo explorada em profundidade por empresas dos países centrais, principalmente as norte-americanas, na medida em que valorizam e estimulam a participação de seus empregados em atividades comunitárias e sociais voluntárias. Os empresários das pequenas empresas incubadas e os trabalhadores de suas organizações, na medida em que participam ativamente da execução dos projetos sociais podem adquirir importantes habilidades profissionais para atuar em áreas intensivas em tecnologia, como é o caso dos empreendimentos pesquisados. Atividades comunitárias exigem e permitem o desenvolvimento de habilidades como: adaptação de inovações tecnológicas à realidade social nas quais será empregada; desenvolvimento de soluções utilizando o conhecimento e as técnicas disponíveis junto à população atendida pelos projetos sociais; trabalhar em equipe com pessoas com diferentes graus e áreas de formação; lidar com a diversidade cultural e tecnológica; flexibilizar instrumentos e técnicas de trabalho; alcançar objetivos com baixo aporte de recursos, dentre outras. A análise dos dados indicou uma dificuldade dos empresários em conceber os planos de intervenção social como fatores alavancadores de produtividade e competitividade para seus negócios. As principais dificuldades encontradas pelos empresários no desenvolvimento dos projetos sociais giram em torno da abordagem da comunidade, adequação das soluções tecnológicas à realidade social das comunidades e articulação de variáveis de natureza tecnológica com fatores ligados às relações políticas, sociais e culturais. Por outro lado, o estudo evidencia que os projetos sociais mais consistentes conjugam vocações internas dos empresários, virtudes e habilidades tecnológicas de suas organizações com a intervenção em problemas sociais de natureza semelhante a essas vocações, virtudes e habilidades. Ao desenvolverem seus projetos sociais as organizações pesquisadas têm a oportunidade de testar novos usos de seus produtos e serviços, bem como novos mercados e hábitos de consumo da população. Além disso, há uma salutar aproximação entre o empresário inovador e a comunidade, permitindo maior agilidade no lançamento de que produtos e serviços mais eficientes para a sociedade e mais facilmente comercializáveis para as empresas pesquisadas. Assim, conclui-se que o desenvolvimento de planos sociais por parte de empresas intensivas em tecnologia pode resultar não apenas em grandes ganhos para a sociedade, mas também para a competitividade e produtividade das organizações. IX REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARCANHOLO, M. D. et al (orgs.) A quem pertence o amanhã? - ensaios sobre neoliberalismo. São Paulo: Edições Loyola, CARVALHO, N. V. O terceiro sujeito: um novo ator para um velho cenário. In: DOWBOR, L. et al (orgs.) Desafios da Globalização. Petrópolis, R.J.: Vozes, 1997, p

13 CKAGNAZAROFF, I. B. A Relação Entre a Prefeitura e o Terceiro Setor na Área da Criança e Adolescente em Belo Horizonte. In: Anais do VIII Colóquio Internacional sobre Poder Local. Salvador: NPGA / UFBA, BRADNER, J. H. It starts with you... the volunteer administrator. In: The Journal of Volunteer Administration. Association of Volunteer Administration, spring 1993, issue, volume IX, no. 3, pp COSTA JÚNIOR, L. C. Cadernos do III Setor - Terceiro Setor e Economia Social. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas/Escola de Administração de Empresas de São Paulo, no.2, abril de DOWBOR, L. A reprodução social: propostas para uma gestão descentralizada. Petrópolis, R.J.: Vozes, DRUCKER, P. F. Administração de organizações sem fins lucrativos princípios e práticas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, DRUCKER, P. F. Administrando para o futuro: os anos 90 e a virada do século. São Paulo: Pioneira, FERNANDES, R. C. Privado porém público: o terceiro setor na América Latina. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, GASKIN, K. & SMITH, J. D. A new civic europe? A study of the extent and role of volunteering. UK: The Colunteer Center UK, HUDSON, M. Administrando organizações do Terceiro Setor. São Paulo: MAKRON Books, IOSCHPE, E. (org.) 3 º Setor desenvolvimento social sustentado. Rio de Janeiro: Paz & Terra, KLIKSBERG, B. O desafio da exclusão: para uma gestão eficiente. São Paulo: FUNDAP, MARCOVITCH, J. Da exclusão à coesão social: profissionalização do Terceiro Setor. In: IOSCHPE, E. (org.) 3 º Setor desenvolvimento social sustentado. Rio de Janeiro: Paz & Terra, McCARTHY, K. D. Educando os futuros administradores e líderes do setor de filantropia. In: IOSCHPE, E. (org.) 3 º Setor desenvolvimento social sustentado. Rio de Janeiro: Paz & Terra, MEGGINSON, L. C. et al Administração - conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, MELO, M.C.O.L. O exercício da função gerencial em tempos de novas tecnologias organizacionais: da gestão profissional à gestão compartilhada. Belo Horizonte: FACE/UMFG, 1996, mimeo. MELO NETO, F. P. & FROES, C. Responsabilidade Social & Cidadania Empresarial a administração do Terceiro Setor. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., MICKLETHWAIT, J. & WOOLDRIDGE, A Os bruxos da administração: como se localizar na babel dos gurus empresariais. Rio de Janeiro: Campus, MINTZBERG, H. Managing Government - Governing Management. In: Harvard Business Review, may-june, pp , NOGUEIRA, M. A. As possibilidades da política: idéias para a reforma democrática do Estado. São Paulo: Paz & Terra, PAULA, A. P. P. Um estudo de caso da Associação Brasileira de Organizações Não- Governamentiais: construindo uma nova gestão pública em espaços públicos alternativos. In: Anais do XXI Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração. Rio das Pedras, Angra dos Reis-RJ: ANPAD, 1997 (anais eletrônicos). RIFKIN, J. O fim dos empregos - o declínio inevitável dos níveis dos empregos e a redução da força global de trabalho. São Paulo: Makron Books, SERVA, M. A racionalidade administrativa demonstrada na prática administrativa. In: Revista de Administração de Empresas. São Paulo: v. 37, no. 2, p , abr./jun SILVER, N. At the heart: the new volunteer challenges to community agencies. San Francisco, USA: The San Francisco Foundation, STONER, J. A. F. & FREEMAN, R. E. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, TENÓRIO, F. (org.) Gestão de ONGs: principais funções gerenciais. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, TEODÓSIO, A. S. S. & RESENDE, G. A. Estratégias de gestão de recursos humanos no Terceiro Setor: o desafio do trabalho voluntário. In: Anais do XII Congresso Latino-Americano de Estratégia. São Paulo: Sociedade Latino-Americana de Estratégia, 27 a 29 de maio de 1999.

14 WOOD JR., T. Os sete pecados do capital. São Paulo: Makron Books, WYSOCKI, I. K. An untapped volunteer resource: people with HIV disease, ARC, or AIDS. In: The Jounal of Volunteer Administration. Association of Volunteer Administration, spring 1991, issue, volume IX, no. 3, pp

ADMINISTRAÇÀO DE PROJETOS SOCIAIS:PERSPECTIVAS COMPETITIVAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS

ADMINISTRAÇÀO DE PROJETOS SOCIAIS:PERSPECTIVAS COMPETITIVAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS ADMINISTRAÇÀO DE PROJETOS SOCIAIS:PERSPECTIVAS COMPETITIVAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS Resumo O artigo analisa a experiência de administradores de pequenas empresas, integrantes de uma incubadora tecnológica

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local 1 Por: Evandro Prestes Guerreiro 1 A questão da Responsabilidade Social se tornou o ponto de partida para o estabelecimento

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

DESVENDANDO O TERCEIRO SETOR: TRABALHO E GESTÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS 1

DESVENDANDO O TERCEIRO SETOR: TRABALHO E GESTÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS 1 1 DESVENDANDO O TERCEIRO SETOR: TRABALHO E GESTÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS 1 Armindo dos Santos de Sousa Teodósio Professor da PUC/MG Graziele Andrade Resende Administradora pela PUC/MG Artigo

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS Jorge Luis Nicolas Audy * A Universidade vem sendo desafiada pela Sociedade em termos de uma maior aproximação e alinhamento com as demandas geradas pelo

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

Atividade I Como podemos fortalecer o Núcleo na Região para garantir a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs?

Atividade I Como podemos fortalecer o Núcleo na Região para garantir a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs? QUATRO BARRAS 09/07/2007 Horário: das 13h às 17h30 Local: Atividade I Como podemos fortalecer o Núcleo na Região para garantir a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs? Grupo 01:

Leia mais

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY Instrumental e modular, o Ferramentas de Gestão é uma oportunidade de aperfeiçoamento para quem busca conteúdo de qualidade ao gerenciar ações sociais de empresas

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO ABRIL / 2005 Apresentação SMPDSE SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

O IDEC é uma organização não governamental de defesa do consumidor e sua missão e visão são:

O IDEC é uma organização não governamental de defesa do consumidor e sua missão e visão são: 24/2010 1. Identificação do Contratante Nº termo de referência: TdR nº 24/2010 Plano de aquisições: Linha 173 Título: consultor para desenvolvimento e venda de produtos e serviços Convênio: ATN/ME-10541-BR

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

Administração Judiciária

Administração Judiciária Administração Judiciária Planejamento e Gestão Estratégica Claudio Oliveira Assessor de Planejamento e Gestão Estratégica Conselho Superior da Justiça do Trabalho Gestão Estratégica Comunicação da Estratégia

Leia mais

Empreendedorismo social Missão social Concebe a riqueza como meio para alcançar determinado fim.

Empreendedorismo social Missão social Concebe a riqueza como meio para alcançar determinado fim. Empreendedorismo privado geração de riquezas Empreendedorismo social Missão social Concebe a riqueza como meio para alcançar determinado fim. 1 Modelo de gestão com mais de 80 anos, originalmente relacionado

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

Empreendedorismo de Negócios com Informática

Empreendedorismo de Negócios com Informática Empreendedorismo de Negócios com Informática Aula 5 Cultura Organizacional para Inovação Empreendedorismo de Negócios com Informática - Cultura Organizacional para Inovação 1 Conteúdo Intraempreendedorismo

Leia mais

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Roteiro 1. Contexto 2. Por que é preciso desenvolvimento de capacidades no setor

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 350-GR/UNICENTRO, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013. Aprova, ad referendum do CEPE, o Curso de Especialização em MBA em Gestão Estratégica de Organizações, modalidade regular, a ser ministrado no

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

6 Conclusão do estudo e implicações empresariais

6 Conclusão do estudo e implicações empresariais 6 Conclusão do estudo e implicações empresariais Este estudo buscou entender o fenômeno da criação de aceleradoras corporativas por parte de empresas de grande porte, com base na análise dos dois casos

Leia mais

Por que Projetos Sociais?

Por que Projetos Sociais? PROJETOS SOCIAIS Por que Projetos Sociais? Projetos são resultado de uma nova relação entre Estado e Sociedade Civil; Mudanças no que se relaciona à implantação de políticas sociais; Projetos se constroem

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

MBA Gestão de Mercados ementas 2015/2

MBA Gestão de Mercados ementas 2015/2 MBA Gestão de Mercados ementas 2015/2 Análise de Tendências e Inovação Estratégica Levar o aluno a compreender os conceitos e as ferramentas de inteligência preditiva e inovação estratégica. Analisar dentro

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Empresários de pequeno, médio e grande

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS. Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS. Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br Apresentação preparada para: I Congresso de Captação de Recursos e Sustentabilidade. Promovido

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações Mariane Frascareli Lelis Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP, Bauru/SP e-mail: mariane_lelis@yahoo.com.br;

Leia mais

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores O Planejamento Estratégico deve ser visto como um meio empreendedor de gestão, onde são moldadas e inseridas decisões antecipadas no processo

Leia mais

Prof Elly Astrid Vedam

Prof Elly Astrid Vedam Prof Elly Astrid Vedam Despertar e saber lidar com os mecanismos de liderança e se preparar para a gestão de pequenos e médios negócios; Identificar conflitos no ambiente de seu negócio, calculando e avaliando

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

Página 1 de 19 Data 04/03/2014 Hora 09:11:49 Modelo Cerne 1.1 Sensibilização e Prospecção Envolve a manutenção de um processo sistematizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo

Leia mais

Outubro 2009. Carlos Eduardo Bizzotto Gisa Melo Bassalo Marcos Suassuna Sheila Pires Tony Chierighini

Outubro 2009. Carlos Eduardo Bizzotto Gisa Melo Bassalo Marcos Suassuna Sheila Pires Tony Chierighini Outubro 2009 Carlos Eduardo Bizzotto Gisa Melo Bassalo Marcos Suassuna Sheila Pires Tony Chierighini Sustentabilidade Articulação Ampliação dos limites Sistematização Elementos do Novo Modelo Incubação

Leia mais

O QUE É? Um programa que visa melhorar a Gestão dos CFCs Gaúchos, tendo como base os Critérios de Excelência da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade).

O QUE É? Um programa que visa melhorar a Gestão dos CFCs Gaúchos, tendo como base os Critérios de Excelência da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade). O QUE É? Um programa que visa melhorar a Gestão dos CFCs Gaúchos, tendo como base os Critérios de Excelência da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade). Coordenação Sindicato dos Centros de Formação de Condutores

Leia mais

EDITAL CHAMADA DE CASOS

EDITAL CHAMADA DE CASOS EDITAL CHAMADA DE CASOS INICIATIVAS INOVADORAS EM MONITORAMENTO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E AVALIAÇÃO DE IMPACTO O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) e as empresas

Leia mais

EMPREENDEDORISMO BIBLIOGRAFIA CORPORATIVO

EMPREENDEDORISMO BIBLIOGRAFIA CORPORATIVO EMPREENDEDORISMO BIBLIOGRAFIA CORPORATIVO EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Os negócios não serão mais os mesmos em poucos anos Velocidade Custo X Receita cenário mudou Novos Concorrentes competição

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas,

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 03 O objetivo da Empresa e as Finanças Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO O objetivo da Empresa e as Finanças... 3 1. A relação dos objetivos da Empresa e as

Leia mais

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS COM INFORMÁTICA Professor Victor Sotero 1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Esta disciplina apresenta uma metodologia para formação de empreendedores. Aberta e flexível, baseada em princípios

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 42-CEPE/UNICENTRO, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012. Aprova o Curso de Especialização MBA em Gestão Estratégica de Organizações, modalidade regular, a ser ministrado no Campus Santa Cruz, da UNICENTRO.

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal. Educação Não-Formal Todos os cidadãos estão em permanente processo de reflexão e aprendizado. Este ocorre durante toda a vida, pois a aquisição de conhecimento não acontece somente nas escolas e universidades,

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO MBA em Gestão Estratégica de Esportes

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO MBA em Gestão Estratégica de Esportes CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO MBA em Gestão Estratégica de Esportes Coordenação Acadêmica: Ana Ligia Nunes Finamor CÓDIGO: 1 OBJETIVO Desenvolver visão estratégica, possibilitando ao

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET AULA 05 ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET JAMES A. O BRIEN MÓDULO 01 Páginas 26 à 30 1 AULA 05 DESAFIOS GERENCIAIS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil Martina Rillo Otero 1 Sumário Objetivos da pesquisa Metodologia Quem foram as organizações que responderam à pesquisa? O que elas pensam

Leia mais

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA Ano 3 Número 1 ISSN 2317-7330 outubro de www.cni.org.br FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo Conteúdo O Instituto Ethos Organização sem fins lucrativos fundada em 1998 por um grupo de empresários, que tem a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente

Leia mais

Porque Educação Executiva Insper

Porque Educação Executiva Insper 1 Porque Educação Executiva Insper A dinâmica do mundo corporativo atual exige profissionais multidisciplinares, capazes de interagir e formar conexões com diferentes áreas da empresa e entender e se adaptar

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva. Ações Inclusivas de Sucesso

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva. Ações Inclusivas de Sucesso Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Anais III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva Ações Inclusivas de Sucesso Belo Horizonte 24 a 28 de maio de 2004 Realização: Pró-reitoria de Extensão

Leia mais

Gestão Estratégica de Marketing

Gestão Estratégica de Marketing Gestão Estratégica de Marketing A Evolução do seu Marketing Slide 1 O Marketing como Vantagem Competitiva Atualmente, uma das principais dificuldades das empresas é construir vantagens competitivas sustentáveis;

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 2-CEPE/UNICENTRO, DE 3 DE JANEIRO DE 2011. Aprova o Curso de Especialização em Gestão Estratégica e da Inovação, modalidade regular, a ser ministrado no Campus Santa Cruz, da UNICENTRO. O

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL UTILIZADOS EM PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA EM TRÊS CIDADES DA BAHIA

ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL UTILIZADOS EM PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA EM TRÊS CIDADES DA BAHIA ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL UTILIZADOS EM PLANOS DIRETORES DE LIMPEZA URBANA EM TRÊS CIDADES DA BAHIA Waleska Garcia Mendes Luiz Roberto Santos Moraes INTRODUÇÃO A Partir

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação O artigo fala sobre os vários aspectos e desafios que devem ser levados em consideração quando se deseja transformar ou fortalecer uma cultura organizacional, visando a implementação de uma cultura duradoura

Leia mais

Gestão 2013-2017. Plano de Trabalho. Colaboração, Renovação e Integração. Eduardo Simões de Albuquerque Diretor

Gestão 2013-2017. Plano de Trabalho. Colaboração, Renovação e Integração. Eduardo Simões de Albuquerque Diretor Gestão 2013-2017 Plano de Trabalho Colaboração, Renovação e Integração Eduardo Simões de Albuquerque Diretor Goiânia, maio de 2013 Introdução Este documento tem por finalidade apresentar o Plano de Trabalho

Leia mais

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra: MBA Pós - Graduação QUEM SOMOS Para pessoas que têm como objetivo de vida atuar local e globalmente, ser empreendedoras, conectadas e bem posicionadas no mercado, proporcionamos uma formação de excelência,

Leia mais

Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos

Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos Autor: Katia Melissa Bonilla Alves 1 Co-autores: Ricardo Wargas 2 e Tomas Stroke 3 1 Mestre em Economia pela Universidade do Estado do Rio de

Leia mais

Teresa Dias de Toledo Pitombo Disciplina: Marketing Estratégico de Varejo e Serviços Prof. Antonio Carlos Giuliani Setembro/2012

Teresa Dias de Toledo Pitombo Disciplina: Marketing Estratégico de Varejo e Serviços Prof. Antonio Carlos Giuliani Setembro/2012 Teresa Dias de Toledo Pitombo Disciplina: Marketing Estratégico de Varejo e Serviços Prof. Antonio Carlos Giuliani Setembro/2012 Quebra de Paradigmas Possibilidades Cenário Varejo e Sustentabilidade Exemplos

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização DISCIPLINA: Introdução à Administração FONTE: BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração - Construindo Vantagem Competitiva. Atlas. São

Leia mais

O SISTEMA DE PARCERIAS COM O TERCEIRO SETOR NA CIDADE DE SÃO PAULO

O SISTEMA DE PARCERIAS COM O TERCEIRO SETOR NA CIDADE DE SÃO PAULO O SISTEMA DE PARCERIAS COM O TERCEIRO SETOR NA CIDADE DE SÃO PAULO Januário Montone II Congresso Consad de Gestão Pública Painel 23: Inovações gerenciais na saúde O SISTEMA DE PARCERIAS COM O TERCEIRO

Leia mais

Forneça a próxima onda de inovações empresariais com o Open Network Environment

Forneça a próxima onda de inovações empresariais com o Open Network Environment Visão geral da solução Forneça a próxima onda de inovações empresariais com o Open Network Environment Visão geral À medida que tecnologias como nuvem, mobilidade, mídias sociais e vídeo assumem papéis

Leia mais

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças.

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. 1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. Guia de orientações para a elaboração do Plano

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 CEAHS Breve descrição das disciplinas Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado de Saúde 2 Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 Economia da Saúde 1 Processos e Sistemas em Saúde 2 Negócios

Leia mais

As discussões recentes no campo das Ciências sociais e políticas, tanto

As discussões recentes no campo das Ciências sociais e políticas, tanto Armindo dos Santos de Sousa TEODÓSIO, Lusotopie 2002/1 : 241-262 Pensar pelo avesso o Terceiro Setor Mitos, dilemas e perspectivas da ação social organizada nas políticas sociais As discussões recentes

Leia mais

ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015

ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015 ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015 Critérios Descrições Pesos 1. Perfil da Organização Breve apresentação da empresa, seus principais produtos e atividades, sua estrutura operacional

Leia mais