Gestão de Segurança de Barragens de Mineração
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- William da Cunha Rico
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1 Gestão de Segurança de Barragens de Mineração FIEMG, Novembro 2014 Paulo Franca
2 Tópicos Sistema de gestão conceitos fundamentais Oportunidades/ pontos a serem considerados
3 Tamanho do problema A cada ±30 anos : Volume de rejeitos aumenta ~10 vezes; altura das barragens aumenta ~ 2 vezes Altura máx. barragens em 1900 ~ 30 m Altura máx. barragens em 1930 s ~ 60 m Altura máx. barragens em 1960 s ~ 120 m Altura máx. barragens em 2000 s ~ 240 m Altura máx. barragens em 2030 s ~ 480 m? Altura máx. barragens em 2060 s ~1000 m? Robertson 2013
4 Riscos Risco= Probabilidade x Consequência Probabilidade tem relação com altura Consequência tem relação com volume Risco a cada 30 anos aumenta 2 x 10 = 20 vezes Robertson 2013
5 Rupturas de Barragens Azam & Li, 2010
6 Impacto Econômico Imperial Mine -Mount Polley
7 Questões essenciais Como cuidar do acervo de barragens? Como lidar com o contínuo aumento da geração de rejeitos e, por consequência, da contínua necessidade de barragens?
8 Gestão de barragens Conceito: parte integrante do sistema de gerenciamento da mina; compreende toda a política, documentação, planos, procedimentos e sistemas necessários a garantir que riscos à segurança, saúde, meio ambiente, financeiros sejam minimizados, durante todo o ciclo de vida da barragem. Projeto Construção Operação Desativação tempo Fontes: A Guide to the Management of Tailings Facilities - Canadá Guidelines for Development of TMMP - Austrália
9 Sistemas de gestão de barragens Filosofia de trabalho Planejamento Estrutura de pessoal qualificada Critérios de contratação/elaboração de projetos Controle/acompanhamento da construção Controle de operação do sistema de disposição de rejeitos Programa de monitoramento/inspeções Programa de auditorias/avaliação de segurança Plano de atendimento a emergências Critérios de desativação
10 Filosofia de trabalho Utilização das melhores técnicas de engenharia disponíveis, assegurando a qualidade das obras, a manutenção da qualidade ambiental e a segurança, pessoal e patrimonial; Uso de equipe própria de especialistas em constante interação com empresas de projeto e assessorados por consultores internacionais; Contratar empresas de projeto e construção de capacidade técnica comprovada, buscando excelência nos projetos e na execução das obras.
11 Planejamento Seleção de Site t Simulador de Licenciamento Contratação do EIA- RIMA, do Inventário Florestal e dos Estudos Hidrológicos Contratação do Projeto Conceitual Elaboração do Projeto Conceitual Elaboração do EIA-RIMA Obtenção da Licença Prévia Aquisiçã o de Área Contratação do Projeto Básico/Executivo Elaboração do Inventário Florestal Obtenção da Autorização de Supressão de Vegetação Contratação do PCA Elaboração dos Estudos Hidrológicos Elaboração do Projeto Básico/Executivo Elaboração do PCA Realização da Supressão de Vegetação Contratação da 600 Supressão Obtenção da Licença de Instalação Obtenção da Outorga Contrataçã o da Obra Execuçã o da Obra Obtenção da Licença de Operação Etapas de Contratação SUPRIMENTOS 80 Término da Atividade (dias) Etapas de Elaboração - CONSULTORIAS Etapas de Obtenção de Licenças ORGÃOS AMBIENTAIS Etapa de Aquisição Atividade 60 Prazo de Execução da Atividade (dias) 20 Inicio da Atividade (dias) Caminho Crítico
12 Estrutura de Pessoal Diretor de Operações Mina A Mina B Mina C Gerente de Planejamento Gerente de Meio Ambiente Gerente de Engenharia Gerente de Usina Geotecnia Meio Ambiente Geotecnia Engenharia
13 Equipe Especializada As empresas procuram ter equipes especializadas, formadas por profissionais com pós-graduação (especialização, mestrado); É importante a interação entre as áreas e presença de consultores externos. Trabalho em Equipe Meio Ambiente Meio Ambiente Engenharias e Planejamento Geotecnia & Hidrogeologia Engenharias e Planejamento Geotecnia & Hidrogeologiaa
14 Critérios de contratação e elaboração de projetos Seleção de projetista com base em experiência profissional; Interação constante projetista x equipe técnica durante elaboração do projeto => definição de critérios; Projetista da barragem inicial é mantido nas fases de alteamento, se possível; Projetista acompanha execução; Aporte tecnológico.
15 Controle de construção Contratação de empresas de construção idôneas e de comprovada experiência; Supervisão da construção por empresas de gerenciamento de obra/ controle tecnológico; Presença constante do projetista na obra; Atendimento aos critérios construtivos; Registro da construção e relatórios de as-built
16 Controle de operação Manual de Operação de Barragens Meio-Ambiente Plano de Contingências Internas de Barragens Segurança Auditorias Externas Qualidade Monitoramento e Inspeções Economia Equipe Técnica Especialista Gestão da Informação
17 Manual de Operação Cada barragem deve ter seu Manual de Operação que estabelece os procedimentos para operação, manutenção, monitoramento e inspeções de segurança. A estrutura mínima é: Introdução e Objetivos Ficha Técnica da Barragem Descrição Geral do Sistema Definição de Atribuições e Responsabilidades Bases para Operação do Sistema Monitoramento e Manutenção do Sistema Registros da Operação da Barragem Relatórios de Incidentes Plano de Contingência e Responsabilidades Divulgação e Treinamento sobre o Manual de Operação Documentos de Referência
18 Planejamento da disposição
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20 Monitoramento
21 Plano de instrumentação Deve prever todas as fases da vida da barragem: projeto inclui arranjo, especificações de instalação, valores de controle; Plano de operação da instrumentação incluindo as frequências das leituras nas diversas fases da vida e durante possíveis eventos excepcionais; Plano de observações visuais e inspeções in situ; Plano de análise e interpretação do comportamento da obra com base nos resultados da instrumentação e das inspeções visuais.
22 Gestão de Riscos Auditoria Independente/ Avaliação de Segurança Periodicidade: Barragens Classe III: Anual Barragens Classe II: A cada dois anos Barragens Classe I: A cada três anos Além deste programa, considerar inspeções rotineiras Mais do que uma obrigação legal, é uma oportunidade para rever práticas, reforçar os pontos fortes e acionar os ALERTAS quando necessário
23 23 Projetos de Barragens da Vale Setembro, 2009
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25 Plano de Contingência Atribuições e Responsabilidades Atribuição (O que?) Operação e manutenção diária da barragem Gestão da barragem Comunicação de ocorrências e anomalias Tomada de decisão Responsável * (Quem?) Equipe: Operação e Manutenção Equipes de Geotecnia, Meio- Ambiente, Operação/Manutenção das Usinas e Infraestrutura/Manutenção Civil Gerentes Ação (Como?) Supervisionar os trabalhos de operação e manutenção. Fazer inspeções visuais periódicas e monitoramento contínuo dos instrumentos instalados na barragem conforme indicado no Manual de Operação da barragem. Cumprir o indicado no Manual de Operação da barragem e no PCIB conforme classificação do risco. Analisar os dados e fatos, ponderando as melhores e mais seguras opções mitigadoras do(s) problema(s).
26 Plano de Atendimento a Emergências
27 Percentual de Abertura da Brecha Elevation (m) Percentual de Abertura da Brecha Elevation (m) Dam Break 1 0, Legend NA Ground Ineff 0, Bank Sta 0,7 0, ,5 0,4 0,3 0,2 0, ,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 Percentual do Tempo Station (m) 1 0, Legend NA Ground Ineff 0, Bank Sta 0,7 0, ,5 0,4 0,3 0,2 0, ,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 Percentual do Tempo Station (m)
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29 Critérios de Desativação Descaracterização Eliminação do lago com preenchimento do volume residual com estéril / solo; Eliminação da barragem e dos sedimentos depositados (retirada de todo o maciço e limpeza do reservatório); Transformação da barragem em pilha de estéril. Adequação Redimensionamento do vertedor para vazões decamilenares ou de PMP (precipitação máxima provável) ou elevação do free board; Adequação do maciço para permitir galgamento; Manutenção do lago e consequentemente da instrumentação e do monitoramento hídrico por tempo indeterminado;
30 Critérios de desativação Eventos extremos MCE - máximo sismo possível PMP - precipitação máxima provável Forças perpétuas adoção de Fator de Segurança compatível performance dos materiais de construção monitoramento/manutenção longo prazo 30
31 Consolidação Projetos de Barragens da Vale Setembro,
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33 What is missing? Oportunidades de melhoria Pontos para debate
34 Contratação de Projeto Usualmente definido pela área de suprimentos das empresas => menor preço ; Concorrências não necessariamente observam complexidade do problema x qualificação da empresa; Corpo técnico da empresa tem pouca gestão sobre a contratação não há filtros suficientes; Diversos projetistas ao longo da vida útil da barragem
35 Operação Indefinição sobre quem cuida da barragem usina, geotecnia, meio ambiente, engenharia; Operação da barragem interage com operação da mina/usina ou são áreas estanques?; Exemplo: barragem ciclonada
36 Controle de operação Lançamento de Rejeito Projetos de Barragens da Vale Setembro,
37 Operação Orçamento insuficiente, contratação das obras próximo ao período chuvoso, ausência de acompanhamento técnico; Mudança da característica dos rejeitos ao longo do tempo - planejamento da disposição acompanhou? Aporte de sedimentos da bacia além do previsto (ou não previsto).
38 Gestão Documentação incompleta/ falta de arquivo técnico; Fluxo de informação incompleto real dimensão dos problemas não chega aos ouvidos corretos Mudança de cultura com aquisições/ take over
39 Gestão Oportunidade Engenheiro de Registros (EoR) Responsável por acompanhamento de todos os estágios da barragem (projetos, construção, operação, monitoramento, auditorias); Profissional qualificado, com definição de atribuições, responsabilidades e autonomia; Elo de comunicação alta direção da empresa nível de operação; Interação constante com projetistas.
40 Auditorias/ Inspeção de Segurança A escolha dos auditores é feita de forma criteriosa? Os relatórios de auditoria são realmente observados (no sentido de detecção e mitigação de riscos) ou elaborados somente para atender a legislação? Compliance x Commitment!
41 Gestão de Riscos Estamos considerando TODOS os riscos envolvidos? Processos geotécnicos são controlados pela Lei de Murphy!
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44 Matatchewan
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48 Mito: Operamos por muito tempo sem acidentes, segurança está comprovada
49 Inovação tecnológica benefício ou problema?
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51 THINK AGAIN!
52 O que se vislumbra num futuro (próximo)? Crescente dificuldade de licenciamento de novas barragens ou de alteamento de barragens existentes para manter a produção; Teores metálicos cada vez mais baixos nas minas, que exige maior manuseio para a mesma escala de produção; Alto CAPEX de novas barragens
53 Qual a nossa saída? Reaproveitamento de rejeitos Uso de tecnologias alternativas Co-disposição e/ou disposição conjunta Sequenciamento de lavra visando permitir o uso de cavas exauridas Maior aproveitamento no processo (recuperação) Investimento constante em gestão!
54 Encerramento A barragem que apresenta melhor custobenefício é aquela que não rompe
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