ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE PROJETOS AGROPECUÁRIOS: O CASO DA IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE PROJETOS AGROPECUÁRIOS: O CASO DA IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS"

Transcrição

1 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE PROJETOS AGROPECUÁRIOS: O CASO DA IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO (1) ; ALOIZIO LUNGA (2) ; KÁTIA DE ALMEIDA (3). 1,3.PPGEN/NEGEN/UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL; 2.NEGEN/UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL. alvaro@ufrrj.br APRESENTAÇÃO ORAL ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO Análise de Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos Agropecuários: o caso da implantação de um projeto de produção de produtos apícolas Grupo de Pesquisa: ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO Resumo A decisão de fazer investimento de capital é parte de um processo que envolve a geração e a avaliação de alternativas que atendam às especificações técnicas. Depois de relacionadas às alternativas viáveis tecnicamente, se analisam quais delas são atrativas econômicofinanceiramente. Para se estabelecer a viabilidade econômico-financeira de uma atividade deve-se considerar diversos indicadores para assegurar a inferência sobre os resultados. Logo, a escolha de vários métodos é sempre salutar, mesmo que estes tenham características distintas, pois certamente vão se complementar na cobertura das variáveis importantes no ato da decisão. Além disso, utilizando-se técnicas em uma análise múltipla, ou seja, comparando as respostas de cada método de forma a cruzar informações, pode-se tomar decisões menos viesadas por um outro método individualmente. Isso também ajuda a respeitar os princípios e limites de cada método. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir uma metodologia múltipla de análise de viabilidade de projetos de investimento agropecuários, aplicando a mesma num projeto de implantação de uma unidade familiar de produção de produtos apícolas. Palavras-chave: Viabilidade Econômico-Financeira; Projetos Agropecuários; Produtos Apícolas. 1

2 Abstract Capital investment decisions are part of a process that also involves generation and evaluation of alternatives to assist the technical specifications. After the choice of technically viable alternatives are made, the most economical and financial attractive ones are identified. In the process of establishing the economical-financial viability of an activity several indicators should be considered to assure the results inference. The choice of several methods is always salutary, even if these have different characteristics, because they will certainly be complementary in the covering of the important variables in the decision making process. Further, when several techniques are used in a multiple analysis, in other words, when answers of each method are compared in order to cross information, less biased decisions can be taken. It also helps to respect the principles and limits of each method. In this sense, the aim of this work is to present and to discuss a multiple methodology for analysis of agricultural investment projects viability. This methodology was applied in a family apicultural production unit implantation project. Key Words: Economical-Financial Viability; Agricultural Projects; Apicultural Products 1. INTRODUÇÃO De forma geral, as pessoas físicas e jurídicas devem decidir onde investir sua renda, de acordo com o risco e com o retorno esperado de cada alternativa de investimento disponível. O risco, em seu sentido fundamental, pode ser definido como a variabilidade de retornos associada a um determinado ativo. Define-se como retorno o total de ganhos ou perdas dos proprietários decorrentes de um investimento durante um determinado período de tempo (GITMAN, 1997). Diante de tais conceitos, o investidor que decide empregar seus recursos financeiros na atividade produtiva deverá fazer uma ampla análise, de forma a verificar a viabilidade de seu investimento. Daí a necessidade de um levantamento da viabilidade econômico-financeira do investimento. Neste sentido, o Orçamento de Capital que, segundo Macedo (2006) representa um resumo dos gastos e benefícios gerados por uma alternativa de investimento, deve ser utilizado. Sua elaboração pressupõe o uso de uma série de técnicas econômico-financeiras para que se analise a viabilidade dos projetos de investimento que um investidor teria disponível para escolha. Esta escolha deve pressupor uma série de objetivos estratégicos do investidor, que precisam ser atendidos, da melhor maneira possível, pelo conjunto de projetos escolhidos. Do ponto de vista da análise econômico-financeira, um projeto de investimento é qualquer atividade produtiva de vida limitada, que implique na mobilização de alguns recursos na forma de bens de produção, em determinado momento, na expectativa de gerar recursos futuros oriundos da produção. Esse tipo de conceituação pressupõe a possibilidade de quantificação monetária dos insumos e produtos associados ao projeto (NORONHA e DUARTE, 1995). Um dos modelos de análise econômico-financeira mais importantes e mais utilizados para avaliar ações de investimento, em termos financeiros, é o Modelo de Desconto de Fluxo de Caixa (DFC), que representa a análise, a valor presente, dos fluxos de caixa futuros líquidos gerados. Neste modelo, como veremos, várias técnicas podem ser utilizadas, tais como: o Valor Presente Líquido (VPL), que mede a riqueza gerada por um determinado ativo a valores atuais; a Taxa Interna de Retorno (TIR), que representa a rentabilidade do projeto; a 2

3 Relação Benefício Custo (B/C), que representa a relação entre o valor presente das entradas e o das saídas de caixa; e o Período de Payback Descontado (PPD), que representa o prazo de recuperação do capital investido, considerando explicitamente o valor do dinheiro no tempo. Outras técnicas também são importantes, pois complementam as ferramentas do modelo DFC, como é o caso da Análise do Ponto de Equilíbrio (PE), que representa o ponto mínimo de operação de um negócio, empresa ou projeto. Além disso, a consideração de condições de incerteza na análise se faz necessária. Para isso, tem-se a possibilidade de fazer uma análise de sensibilidade, que vai desde a atribuição discreta de valores a certas variáveis para saber o impacto desta variação nos indicadores de viabilidade, passando pela análise de pontos de mudança de decisão, até uma medida de risco representada pela probabilidade de viabilidade dos projetos. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir uma metodologia múltipla de análise de viabilidade de projetos de investimento agropecuários, aplicando a mesma num projeto de produção de produtos apícolas. 2. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO De acordo com Brigham & Houston (1999) as decisões de negócios não são tomadas em um vácuo, os tomadores de decisão têm em vista objetivos específicos. Certamente um dos mais presentes é a maximização da riqueza dos proprietários do empreendimento, que consiste na maximização do valor deste. Isso nos remete ao objetivo principal da gestão financeira que é maximizar o valor do empreendimento, que depende da distribuição no tempo dos fluxos de caixa de seus investimentos. Temos aí, então, o impacto do valor do dinheiro no tempo sobre o valor da empresa. Para Gitman (2001) na análise de qualquer projeto se faz necessário uma abordagem de viabilidade econômico-financeira. Para isso, se faz importante o entendimento do timing dos fluxos de caixa destes, ou seja, o valor do dinheiro no tempo, que é baseado na idéia de que uma unidade monetária hoje vale mais do que uma outra que será recebida em uma data futura. Isso explica porque deseja-se receber o quanto antes e pagar o mais tarde possível uma determinada quantia que não será reajustada ao longo do tempo. De acordo com Macedo e Siqueira (2006), os gestores devem usar técnicas de valor de dinheiro no tempo para reconhecer explicitamente suas oportunidades de obter resultados positivos quando avaliando séries de fluxos de caixa esperados associados a alternativas de decisão. Devido ao fato deles estarem no tempo zero (atual) ao tomar decisões, eles preferem basear-se em técnicas de valor presente. Segundo Brigham & Houston (1999) muitos fatores combinam para fazer com que a elaboração do orçamento de capital, ou seja, estruturar os projetos através da descrição de seu fluxo de caixa ao longo do tempo, para posterior análise, represente, talvez, a função mais importante de uma análise econômico-financeira. Neste sentido, Gitman (2001) afirma que vários investimentos representam dispêndios consideráveis de recursos que comprometem o investidor com um determinado curso de ação. Conseqüentemente, este necessita de procedimentos para analisar e selecionar apropriadamente seus investimentos. Para tanto se faz necessário mensurar os fluxos de caixa relevantes e aplicar técnicas de decisão apropriadas. O Modelo de Desconto de Fluxo de Caixa (DFC) é um processo que cumpre este papel em consonância com a meta de maximização da riqueza dos proprietários do empreendimento. Damodaran (1997) diz que o Modelo de Desconto de Fluxo de Caixa (DFC) pode ser representado da seguinte maneira: 3

4 n Σ Valor = FC t. (1 + i) t t = 1 Os fluxos de caixa são descontados a uma taxa ajustada ao risco, para se chegar a uma estimativa de valor para o ativo. Onde: n = vida útil do ativo FCt = Fluxo de Caixa no período t i = taxa mínima de atratividade refletindo o risco deste ativo (TMA) As grandes limitações deste modelo são a confiabilidade das estimativas de fluxo de caixa futuros e da taxa mínima de atratividade ajustada ao risco. Brigham & Houston (1999) dizem que a etapa mais importante e também mais difícil é a estimativa dos fluxos de caixa futuros, que envolve previsões de quantidades e preços de produtos e insumos, levando em consideração a identificação dos fluxos de caixa relevantes ou incrementais ou diferenciais. Segundo Souza e Clemente (2004) a estimativa de risco de uma alternativa se faz com relação a seu custo de oportunidade, que é o que se perde com a escolha deste em detrimento dos outros. Isso gera a taxa mínima de atratividade (TMA) ajustada ao nível de risco do ativo, que será usada como taxa para o desconto dos fluxos de caixa futuros. Autores como Damodaran (1997) e Souza e Clemente (2004) ressaltam que a decisão de investir é de natureza complexa, porque muitos fatores, inclusive de ordem pessoal, entram em cena. Entretanto, é necessário que se desenvolva um modelo teórico mínimo para prever e explicar essas decisões. Faz-se relevante, então, avaliar os ganhos potenciais futuros de cada alternativa apresentada, que não são certos, levando em consideração o risco inerente a cada alternativa. Apesar disso, há várias áreas na avaliação em que existe espaço para discórdia, entre estas: a estimativa dos fluxos de caixa e do custo de oportunidade. Ou seja, mesmo que os modelos de avaliação sejam quantitativos, a avaliação possui aspectos subjetivos. Isso faz com que, por exemplo, dois analistas possam através da utilização das mesmas técnicas chegar a conclusões diferentes com relação à avaliação de um ativo. Com isso, de acordo com Macedo (2006), a aplicação de qualquer técnica não se constitui em uma estimativa precisa de valor, mas apenas um parâmetro para auxiliar no processo de tomada de decisão. Isso faz com que mais importante que o resultado encontrado é a perfeita compreensão da ferramenta de análise utilizada. É preciso entender as restrições, aplicações e resultados que podem ser encontrados na utilização de uma certa formulação matemática e não encara-la como uma fórmula mágica. Para Gitman (2001), quando as empresas querem avaliar os fluxos de caixa relevantes ou incrementais de um ativo, elas, então, analisam esses fluxos para discutir se o ativo é aceitável ou para hierarquizá-los. Para isso, pode-se utilizar várias técnicas, entre as quais se destaca o Valor Presente Líquido (VPL). Esta técnica considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo, ou seja, desconta o fluxo de caixa a uma taxa mínima de atratividade específica (custo de oportunidade ajustado ao risco do ativo). O VPL é, então, encontrado ao se subtrair o investimento inicial (FC 0 ) de um ativo do somatório do valor presente de seus fluxos de caixa futuros (FC t ), descontados a uma taxa mínima de atratividade (i). A formulação pode ser vista a seguir: n Σ VPL = FC t. ou (1 + i) t t = 0 n Σ t = 1 FC t. - Investimento Inicial (1 + i) t 4

5 Segundo Macedo (2002) o VPL pode ser visto, então, como um ganho proporcionado pelo ativo, pois representa o quanto os fluxos de caixa futuros estão acima do investimento inicial. Tudo isso a valor presente, segundo um custo de oportunidade ajustado ao risco. Deste jeito pode-se dizer que um ativo deve ser aceito, numa abordagem aceitar-rejeitar, se o VPL > 0, pois o mesmo acrescenta riqueza ao investidor. Ele deve ser rejeitado se o VPL < 0, pois este consome riqueza. Já numa abordagem hierárquica deve ser escolhido o ativo de maior VPL, pois quanto maior for o VPL maior será a riqueza gerada por este. Isto também é explicado por Brigham & Houston (1999), que dizem que um VPL = 0 significa que os fluxos de caixa futuros são exatamente suficientes para recuperar o capital investido e proporcionar a taxa de retorno exigida daquele capital (Taxa Interna de Retorno TIR). Se um ativo tem VPL > 0, então ele está gerando mais caixa do que é necessário para prover o retorno exigido por suas fontes de financiamento, e esse excesso de caixa se reverte na geração de riqueza para o investidor. A lógica do VPL < 0 é inversa desta última apresentada. Uma outra técnica bastante utilizada é a Taxa Interna de Retorno (TIR). A TIR representa, segundo Ferreira (2005), a taxa de desconto que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros ao investimento inicial de um determinado projeto. Ela é calculada igualando a equação do VPL à zero: n Σ 0 = FC t. ou (1 + i) t t = 0 n Σ t = 1 FC t. = Investimento Inicial (1 + i) t De acordo com Gitman (1997) a TIR é possivelmente a técnica mais usada para a avaliação de alternativas de investimento. O critério de decisão, quando a TIR é usada para aceitar-rejeitar é, segundo o autor, o seguinte: se a TIR for maior que o custo de oportunidade ajustado ao risco aceita-se o projeto, porém se for menor, o mesmo deve ser rejeitado. Isso acontece, segundo Brigham e Houston (1999), porque se a TIR é maior que o custo dos fundos utilizados para financiar o projeto vai haver uma sobra, que remunera os proprietários. Portanto, a aceitação de um projeto cuja TIR é maior que seu custo do capital, aumenta a riqueza dos proprietários. Caso contrário, o projeto consome riqueza e por isso não deve ser aceito. Um outro indicador interessante de viabilidade de projetos de investimento, que também utiliza os conceitos do modelo DFC, é a relação benefício-custo (B/C), que mostra o quanto o valor presente das entradas representa do valor presente das saídas de caixa. Para tanto, este indicador é descrito como: B / C = Valor Pr esentedasentradasdecaixa Valor Pr esentedassaídasdecaixa Um projeto é considerado viável quando apresenta B/C superior a um, pois isso representa geração de riqueza. Além da riqueza gerada pelo projeto, um outro aspecto importante no momento de sua análise é o tempo que o mesmo demora para recuperar o capital investido. De acordo com Macedo (2005), o Período de Recuperação do Investimento (Payback) irá definir o tempo, ou número de períodos que são necessários para recuperar o investimento inicial. O período de tempo máximo difere de investidor para investidor, sendo que períodos de tempo menor para 5

6 a recuperação do capital investido são sempre preferidos. Ou seja, de acordo com Gitman (1997), se o período de Payback for, menor que o período de payback máximo aceitável, aceita-se o projeto; se o período de payback for maior que o período de Payback máximo aceitável, rejeita-se o projeto. Segundo Motta & Calôba (2002), de forma geral, quanto mais alongado o prazo de retorno do investimento, ou payback, menos interessante ele se torna para o investidor. O payback pode ser utilizado como referência para julgar a atratividade relativa das opções de investimento, na medida que representa o período médio de retorno do capital, sendo que quanto maior for este período mais exposto às incertezas, ao longo do tempo, estará o projeto e, por conseguinte, menos atraente será o mesmo. Ainda segundo os mesmos autores, para uma melhor adequação desta técnica se faz necessário considerar o fluxo de caixa, gerado pelo projeto, a valor presente e então comparalo com o investimento feito, para assim determinar em quanto tempo o investimento retorna para o investidor. Esta técnica é denominada como Período de Payback Descontado (PPD). Além de todas estas técnicas já apresentadas (VPL, TIR, B/C e Payback), que têm base no Modelo DFC, outras técnicas também são úteis para análise de viabilidade econômico-financeira de projetos de investimento. De acordo com Mathias e Woiler (1986) o ponto de equilíbrio contábil (PEC) ou de nivelamento das operações de uma empresa equivale ao nível ou volume de produção/venda em que o resultado é nulo. Ou seja, segundo Horngren et al (2004), é a quantidade de produtos em que as receitas totais se igualam aos custos totais. Já Atkinson et al complementam ressaltando que este é o ponto do nível de atividade de um empreendimento a partir do qual ele se torna lucrativo. Em síntese, este é o ponto a partir do qual a quantidade produzida/vendida começa a dar lucro ou ainda a partir do qual todos os custos incorridos na produção/venda serão cobertos. O PEC é utilizado para identificar quantas unidades de produto são necessárias para custear todos os custos de produção. A partir deste montante, ou seja, do ponto de equilíbrio, todas as unidades produzidas/vendidas são consideradas como excedente do produtor. No conceito de PEC, verifica-se que este ocorre na igualdade dos Custos Totais com as Receitas Totais. Portanto, o lucro de uma empresa é obtido a partir de vendas ocorridas acima do Ponto de Equilíbrio. Dessa forma, o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é dado como: CF CF PEC = = PVu CVu MCu Onde: PEC = Ponto de Equilíbrio Contábil CF = Custos Fixos CVu = Custo Variável Unitário. PVu = Preço de Venda Unitário MCu = Margem de Contribuição Unitária Além do Ponto de Equilíbrio Contábil, um outro conceito importante é o de Ponto de Equilíbrio Econômico. Conforme Bruni e Fama (2002), o conceito de ponto de equilíbrio econômico apresenta a quantidade de vendas (faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir os custos mais uma remuneração mínima do capital próprio nela investido. Tanto o PEC, quanto o PEE podem ser calculados em função do volume monetário mínimo de operação, ou seja, a receita de vendas mínima. No caso do PEC, isso pode ser feito dividindo o CF pela margem de contribuição em percentual (MCu/PVu). A análise do Ponto de Equilíbrio (contábil ou econômico) é fundamental nas decisões referente a investimentos, no planejamento do resultado, no lançamento ou corte de 6

7 produtos/serviços e para análise das alterações do preço de venda conforme o comportamento do mercado. Além de todas as ferramentas de análise já discutidas, seria interessante, na seleção de alternativas de investimento, a consideração de uma medida que mostrasse o impacto das incertezas futuras sobre a possibilidade de geração de riqueza do ativo e, por conseguinte, em sua viabilidade econômico-financeira. Neste sentido, segundo Noronha (1987), existem pelo menos duas opções para analisar riscos (sensibilidade) na avaliação de projetos. A primeira consiste na análise da sensibilidade do projeto a variações nos parâmetros e variáveis do projeto. A outra alternativa, mais sofisticada, consiste na utilização da análise de probabilidade. Neste caso pode-se traçar cenários de forma discreta, como é feito neste artigo, ou utilizar uma ferramenta mais sofisticada, tal como a Simulação de Monte Carlo. Para Sanvicente (1987) a análise de sensibilidade vai medir se quando algum elemento da análise difere do valor esperado, o parâmetro de decisão também se modifica. Já para Horngren et al (2004) a análise de sensibilidade é uma técnica de simulação que examina como um resultado varia se os dados previstos não forem alcançados. Em Atkinson et al (2000) a análise de sensibilidade é apresentada como uma ferramenta analítica que envolve variar, seletivamente, estimativas-chave de um plano ou orçamento. Ou ainda, continuam os autores, é a investigação do efeito de uma mudança em um parâmetro sobre uma decisão. Segundo Buarque (1991) através da análise de sensibilidade, pode-se determinar quais elementos devem ser estudados mais profundamente, permitindo conhecer a importância de cada variável sobre o desempenho do projeto. Em suma, a análise de sensibilidade consiste em definir os indicadores de viabilidade do projeto em função de cada uma das variáveis, e observar a variação que ocorrerá nestes para cada alteração nas variáveis. No que diz respeito ao uso de análise de probabilidades, Hirschfeld (1998) diz que pode-se calcular a probabilidade de um determinado projeto não gerar riqueza, ou seja, ter VPL < 0 e, por conseguinte, ser inviável. Mesmo que se tenha um valor de VPL médio positivo, por conta das incertezas, é possível que o mesmo possa ser negativo, dada uma certa probabilidade de ocorrência de eventos que levariam o projeto a essa situação. Ainda segundo o autor, sabendo-se o VPL esperado e o desvio padrão deste, pode-se normaliza-los e encontrar o número de desvios até um valor de VPL igual a zero. Isso nos dará a probabilidade de inviabilidade ou de viabilidade na curva normal. A formulação para o número de desvios (Z) até um VPL igual a zero, se encontra a seguir: Z = 0 E( VPL) DP( VPL) Onde: E (VPL) = Valor Esperado do VPL DP (VPL) = Desvio Padrão do VPL Z = Número de Desvios até um VPL igual a zero. 3. ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE PROJETOS AGROINDUSTRIAIS Vários são os trabalhos que aplicam as técnicas anteriormente abordadas para analisar a viabilidade econômico-financeiras de projetos agropecuários. A seguir apresentar-se-á vários destes, que envolvem desde técnicas mais simples até o uso de um ferramental mais completo e, por conseguinte, mais condizente com a realidade da análise de viabilidade 7

8 econômico-financeiras de projetos de investimentos. Os projetos abordados vão desde cultivos agronômicos, passando por criações zootécnicas e chegando até a projetos agroindustriais de transformação de insumos agropecuários em produtos industrializados. O trabalho de Pires e Bastos (2001) investiga, através da análise da rentabilidade da exploração da cultura de milho e soja, com horizonte de tempo de um ano, se a utilização dos recursos do PRONAF é viável. Para uma simulação feita com uma taxa de remuneração de capital a 8,75 % a.a., que é a taxa de juros cobrada no mercado financeiro, ambas as atividades (milho e soja) tornam-se inviáveis. Já o trabalho de Sperotto et al (2005), pretende abordar a viabilidade econômicofinanceira para implantação de uma lavoura de algodão numa propriedade rural com hectares, que já planta soja, localizada no município de Costa Rica, no Estado de Mato Grosso do Sul. Para identificar a viabilidade para a implantação desta nova cultura, será realizada uma comparação entre a atual cultura (soja) e a alternativa (algodão). Para isso foram calculadas as entradas liquidas de caixa (ELC), o período de Payback, ponto de equilíbrio contábil (PEC), ponto de equilíbrio econômico (PEE) e taxa média de retorno (TMR). Comprova-se financeiramente, pela análise destes índices, a viabilidade da implantação da cultura de algodão nesta empresa rural. O artigo de Brito et al (2005), demonstra a viabilidade econômico-financeira da atividade de carcinicultura no Programa de Agricultura Familiar - PRONAF através da utilização de indicadores como a TIR, Capacidade de Pagamento e Ponto de Equilíbrio, num horizonte de tempo de 96 meses, aplicados em três modelos alternativos Modelo 1, Modelo 2 e Modelo 3 de produção de camarão em cativeiro para 3 ha (1 e 2) e 10 ha (3) de viveiros considerando apenas as fontes de financiamento diferentes (juros diferentes), com os seguintes custos ao ano: 4 %, 6 % e 8,75 %, respectivamente. Em todos os modelos propostos foi possível constatar a viabilidade técnico-econômico-financeira da atividade de carcinicultura, através da análise dos indicadores selecionados. Em seu artigo, Guth (2005), analisa a viabilidade da diversificação de culturas, testando em duas propriedades rurais, uma de 100 ha e outra de 600 ha, numa área onde é cultivada somente a soja, cultivar soja no verão e sorgo no inverno. Analisou-se a viabilidade desta alternativa, considerando um horizonte de tempo de 10 anos e uma TMA de 8,75 % a.a., por meio da aplicação de dois instrumentos de análise de retorno de investimentos: a TIR e o Payback. Os resultados mostraram a inviabilidade econômico-financeira para todas as alternativas analisadas e melhores indicadores para área de 600 ha e para o cultivo de soja no verão e sorgo no inverno. Isso mostra um certo ganho de escala, além de mostrar que ao agregar outras culturas, principalmente de produtos de maior valor e sem exigência de grandes áreas de cultivo, isto faz a TIR se elevar, tornando sustentável a atividade do pequeno produtor. Logo, nas pequenas propriedades, é imprescindível a intensificação do uso da terra. Em seu estudo, Pavan et al (2006), têm como objetivo analisar a viabilidade econômico-financeira da produção de eucalyptus no Rio Grande do Sul. Determinou-se o VPL e a TIR gerados para os canais de energia e celulose por distância do produtor ao consumidor de 50km a 400km, considerando um horizonte de tempo de 22 anos. Os resultados apontam que produzir eucalyptus para atender à geração de energia não traz viabilidade superior ao custo de oportunidade em nenhuma faixa de distância analisada. Produzir eucalyptus para atender à fabricação de celulose somente traz viabilidade superior ao custo de oportunidade para o produtor que estiver a 50km da fábrica. Olinquevitch et al (2006), em seu trabalho, analisam a viabilidade do reflorestamento de eucalipto, fazendo uma análise comparativa entre o método de corte raso e o método do uso múltiplo da floresta. Os indicadores utilizados na analise foram VPL e TIR, com TMA de 15 % a.a. O horizonte de tempo analisado foi de 8 anos para o método do corte raso e 25 anos 8

9 para o método do uso múltiplo da floresta. Analisando os índices obtidos, verifica-se que os dois métodos podem ser aceitos, sendo que o método de corte raso é mais rentável do que o método de uso múltiplo, pois apresenta maior VPL e TIR superior (mais que o dobro da TMA). O estudo de Secaf et al (2006), tem por objetivo analisar sob o ponto de vista da análise de viabilidade econômico-financeira a possibilidade da utilização da diversificação agrícola (Sistemas Agroflorestais) como alternativa viável para o cultivo do cupuaçu (incluindo o seu despolpamento). O objeto de estudo é a microrregião de Itaituba, no Médio Tapajós. Utilizou-se um período de análise de 7 anos e uma TMA de 18,2 % a.a., que representa a taxa DI Over (2) ANDIMA, para a análise do VPL e da TIR O resultado obtido para o VPL foi de R$ 6.179,00. Já a TIR calculada para o projeto é igual a 18,63 % a.a. Sendo assim, observa-se que o sistema agroflorestal adotado é viável econômico-financeiramente falando. O artigo de Lima et al (2006), estuda a viabilidade econômico-financeira da implantação de um apiário na região de Taquara, no sítio Oliveira, de 150 ha, situado no núcleo rural de Planaltina no Distrito Federal. Neste busca-se a produção de própolis e mel silvestre, utilizando de reserva florestal, além da produção de mel sob florada predominante de três culturas diferentes: três espécies diferentes da cultura de Eucalipto em 3 há; em 1 ha a cultura Assa-peixe; e em 2 ha a cultura Alecrim-do-Campo. Para análise deste projeto foi utilizado o VPL, a TIR e o período de Payback, com TMA de 6 % a.a. e dois horizontes de tempo: 15 anos e 30 anos. Os resultados mostraram que o investimento foi viável em todos os indicadores, para os dois horizontes de tempo. Em seu trabalho Pizzol et al (2001), mensuraram o custo total efetivo de produção do maracujá na AFRUVEC Associação dos Fruticultores da Região de Vera Cruz, sediada no município de Vera Cruz, Centro-Oeste paulista, e avaliou a viabilidade econômico-financeira da atividade, utilizando o VPL, a TIR e o Payback. Os resultados mostraram que a cultura do maracujazeiro amarelo é viável econômico-financeiramente na região de Vera Cruz, pois apresenta um período de payback de 12 meses, um VPL de R$ 1.102,40 e uma TIR de 4,5 % a.m. Oliveira et al (2005) em seu trabalho, estudam a viabilidade de um produtor de café de preparo convencional produzir o CD (cereja descascado). Os indicadores de análise, considerando um horizonte do projeto de 15 anos, utilizados no trabalho estavam relacionados a margem de lucro, ao ponto de equilíbrio, ao VPL e a TIR. Os resultados mostram VPL s positivos para TMA s ao ano de 12 %, 15 %, 18 % e 20 %. As análises de sensibilidade indicam que vale a pena investir ainda quando houver redução da renda líquida de até 51 % ou aumento de até 104 % nos investimentos, ao custo de capital de 12 % a.a. Para custo de capital de 15 % a.a., a margem de variação é de até 44 % na renda líquida e de até 79 % nos investimentos. Ao custo de capital de 18 % a.a., a variação na renda líquida pode ser ainda até 32 % e nos investimentos de até 48 %. O estudo de Oliveira et al (2006), avalia a viabilidade econômico-financeira das principais combinações de SAF s (sistema agroflorestal) utilizadas no Baixo Sul da Bahia o Projeto Onça. Foram consideradas 8 combinações de cultivos para análise, com horizonte de tempo foi de 20 anos. As medidas de viabilidade utilizadas foram: VPL (com TMA s de 10 % a.a. e 12 %a.a.), TIR e relação B/C. Destas combinações a combinação mais utilizada na Comunidade, guaraná e piaçava, foi a que apresentou os piores indicadores econômicos, enquanto que a combinação mais diversificada, guaraná-cupuaçu-piaçava-seringa-frutas, foi aquela com os melhores resultados. 9

10 No seu trabalho, Lyra et al (2006), procuram determinar a viabilidade econômicofinanceira da cultura do mamão na região norte capixaba, utilizando dados de três áreas representativas (uma de seis ha, outra de nove ha e uma última de doze ha), mediante o cálculo do VPL e da TIR. Além disso, os autores procuraram identificar a probabilidade de VPL negativo, através do uso do método de Monte Carlo. De acordo com as análises econômico-financeiras realizadas, considerando um horizonte de tempo de 25 meses, pode-se concluir que a cultura do mamão apresenta-se como uma alternativa rentável para os produtores rurais da região Norte do estado do Espírito Santo. O VPL variou de R$ 8.562,82 a R$ 99,28 para uma taxa de atratividade variando de 6 % a.a. a 12 % a.a. Isso é confirmado pelo critério da TIR, mesmo no lote menor (seis hectares), esta foi de 12,19 % a.a. Para o lote de nove hectares foi de 16,32 % a.a. e de 17,63 % a.a. para o lote de doze hectares, indicando que houve economia de escala. Mediante a simulação de Monte Carlo, pode-se concluir que a probabilidade do produtor obter VPL negativo é de 20,18 %, indicando que o projeto oferece grau de risco considerável. O trabalho de Manzoni et al (2006), realizou uma avaliação econômico-financeira dos sistemas de produção de mexilhões, com maricultores do município de Penha/SC, definidos como familiar (30t) e comercial (90t), que diferem entre si, basicamente, pela escala de produção e infra-estrutura necessária. Os indicadores de viabilidade utilizados foram: VPL, TIR e Payback. Os resultados demonstram que os sistemas, familiar e comercial, foram viáveis econômico-financeiramente. O sistema familiar apresentou uma TIR de 30 % a.a. e VPL de R$ ,34 e o sistema comercial apresentou uma TIR de 72 % a.a. e VPL de R$ ,44. O trabalho de Kreuz et al (2005) tem por objetivo analisar a viabilidade econômicofinanceira da cultura da macieira em duas cultivares (Gala e Fuji) em duas densidades de plantio (2000 e 3860 plantas) por hectare. Foram utilizados vários indicadores, dentre os quais o VPL, a relação B/C, a TIR e o Payback. Os resultados mostram que independente da densidade de plantio escolhida, a cultivar Fuji, mostra-se com rentabilidade levemente superior a da cultivar gala, não obstante possuir custos de produção maiores. Além disso, a rentabilidade do agronegócio da maçã é mais sensível a densidade de plantio (2.000 ou plantas/ha) do que a variedade plantada (Fuji ou Gala). O trabalho de Araújo et al (2006), mostra o estudo do cultivo da gravioleira, em propriedades de cacau, com a finalidade de determinar o retorno financeiro da atividade. A área de estudo é a região Sudeste da Bahia, onde se concentra a produção de cacau no Estado, sendo responsável, no ano de 2004, por cerca de 80 % da produção nacional. Utilizaram-se indicadores, tais como, VPL, Relação B/C, TIR e Payback. A análise foi realizada, utilizando-se, nos casos de VPL e B/C, as TMA s anuais de 8 %; 10 %; 12 %; 14 % e 16 %. Para a análise de sensibilidade foi utilizada a taxa de desconto de 12 % a.a., tendo-se simulado reduções de 10 %; 20 %; 30 %; 40 % e 50 % no preço da graviola. Os resultados permitem concluir que a graviola é uma cultura viável e estável financeiramente, na situação em que foi realizado o estudo, embora apresente um período relativamente longo para recuperar o capital investido. O trabalho de Brito (2004), faz uma comparação da viabilidade da produção da manga orgânica e da manga convencional, região do Vale do São Francisco, localizada no Pólo de Desenvolvimento Integrado de Juazeiro-Petrolina, utilizando horizonte de tempo de 20 anos e TMA de 10 %a.a. Os indicadores financeiros calculados foram o VPL, a TIR, o Payback e o P.E., com análises adicionais de sensibilidade (alterando o valores dos custos e receitas). A análise demonstrou que produção orgânica, mesmo possuindo uma produtividade inferior ao longo da vida útil da manga e custos iniciais nos três primeiros anos de produção superiores à produção convencional, se torna mais vantajosa, com valores mais expressivos. 10

11 Em seu trabalho, Pereira et al (2006), fazem a análise de viabilidade do processo produtivo na conversibilidade de óleos vegetais (soja e mamona) em biodiesel. Utilizou-se o VPL e a TIR, com TMA de 2,4 % a.m., em três tipos de processos produtivos: o processo A refere-se somente a máquina básica de produção de biodiesel; o processo B trata-se do emprego da máquina básica e mais a máquina de recuperação do álcool; o processo C referese ao emprego da máquina básica, máquina de recuperação do álcool e mais a máquina de purificação da glicerina. Em todos os processos, tanto para soja, quanto para a mamona, verifica-se que o VPL é maior do que zero e que a TIR dá ao produtor uma remuneração mensal do investimento maior que a taxa de mercado, o que indica que o projeto é viável. O trabalho de Saurin et al (2005), avalia a viabilidade econômico-financeira da produção de cachaça artesanal em uma pequena propriedade produtora de cachaça na região de Cascavel/PR. Foi feito uma análise de viabilidade econômico-financeira, considerando o horizonte de planejamento de 1 (um) ano, para a produção de litros/ano. Foram usados os seguintes indicadores na analise: VPL, P.E., TIR e período de Payback. Foram usados dois cenários de produtividade: 40% e 100% de capacidade instalada do alambique Considerando 40 % da capacidade instalada, os indicadores mostraram inviabilidade para o projeto. Porém, quando é estimada a utilização de 100 % da capacidade instalada, os indicadores de viabilidade econômico-financeira apresentam-se totalmente viáveis para investimento na atividade da produção de cachaça. A pesquisa de Lima e Mendes (2006), teve como objetivo indicar a possibilidade de verticalização da produção de cacau na Transamazônica, estado do Pará, analisando a viabilidade econômico-financeira, com horizonte de cinco anos e TMA de 8,5 % a.a. (com variações para 10 % a.a. e 17 % a.a.), da industrialização de cacau em pequena escala, utilizando processadoras compactas. Foram utilizados os seguintes indicadores: relação B/C, VPL e TIR. Foi realizada a análise de sensibilidade, com variações: no custo de produção de 15%; variação negativa da receita de 10%; e variação negativa da receita de 10% e positiva no custo de 25%, além das variações na TMA. Os resultados mostraram que existe viabilidade econômico-financeira para a utilização de pequenas plantas industriais, vislumbrando-se que no médio prazo venha a ser produzido o chocolate com a marca Amazônia. É neste contexto que se insere este artigo, que procura abordar a questão da análise de viabilidade econômico-financeiras de projetos agropecuários, discutindo uma metodologia que considere de forma explícita todos os indicadores e técnicas utilizados nos vários trabalhos apresentados neste item. 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO CASO Neste item apresenta-se uma metodologia para análise de viabilidade econômicofinanceira aplicada a um projeto de produção de produtos apícolas, utilizando Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 12 % a.a. e horizonte de análise de 10 anos. Esta metodologia tem como base os seguintes elementos: Índices Tradicionais de Viabilidade Econômico-Financeira, tais como Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Relação Benefício/Custo (B/C), Período de Payback (PPD), Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) e Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE); Análise de Sensibilidade com cálculos de preço e volume mínimos para manter um VPL e um Resultado maior que zero e de probabilidade para que o VPL seja menor que zero (inviabilidade), dado certa variação dos fluxos de caixa. 11

12 Como dito anteriormente, para aplicação da ferramenta descrita acima, utiliza-se um projeto de implantação de uma unidade familiar de produção de produtos apícolas. O projeto tem como objetivo a produção anual de 4000 kg de mel, 150 kg de própolis e 100 kg de pólen, com preços de venda de R$ 3,00/kg, R$ 80,00/kg e R$ 12,00/kg, respectivamente. Isso gera uma Receita anual de R$ ,00, que é considerada na análise de viabilidade, também como entrada de caixa. Para tanto, o projeto pressupõe o investimento na compra de 100 enxames e 100 colméias, além de outros itens descritos no quadro 01. As ferramentas, a indumentária e o item outros não foram tratados como itens passivos de imobilização. Logo não se tem depreciação para estes itens, mas se tem a apropriação destes elementos ano a ano como despesa operacional. As ferramentas e o item outros precisam ser repostos num prazo de 5 anos, enquanto a indumentária num prazo de 2 anos. Assim, tem-se uma reposição de ferramentas e do item outros ao final do quinto ano e quatro reposições da indumentária ao final dos anos 2, 4, 6 e 8. Quadro 01 Descrição dos Itens do Investimento Inicial Total Plantel R$ 5.000,00 Sub-Total Equipamentos R$ ,50 Sub-Total Ferramentas R$ 603,60 Sub-Total Outros R$ 440,00 Sub-Total Indumentária R$ 390,00 Total de Equipamentos + Ferramentas + Outros + Indumentária: R$ ,10 Total de Investimentos em Instalações: R$ ,00 Despesas Burocráticas R$ 300,00 Total de Investimentos R$ ,10 Foi estimado para os equipamentos uma vida útil de 10 anos. Já em relação às instalações (galpão e laboratórios) considerou-se uma vida útil de 25 anos. Para ambos os casos estimou-se um valor residual de 20 % do valor de aquisição, que será adicionado no fluxo de caixa do décimo ano, como recuperação do investimento. Para o plantel foi considerado uma perda de 10 % do valor investido, já que é possível fazer uma reposição natural deste. Esta perda será apropriada ano a ano como uma despesa operacional, assim como a depreciação dos equipamentos e das instalações. O quadro 02 mostra os valores da depreciação anual (DEPR) destes itens, bem como seus valores residuais (VR): ESPECIFICAÇÃO Galpão e Laboratórios Equipamentos Enxames Produzidos e Capturados Quadro 02 Depreciação Anual e Valor Residual Vida VALOR DEPR VR 25 anos R$ ,00 R$ 352,00 R$ 2.200,00 10 anos R$ ,50 R$ 980,04 R$ 2.450,10 10 anos R$ 5.000,00 R$ 50,00 R$ 4.500,00 Totais R$ 1.382,04 R$ 9.150,10 Além da depreciação e do valor apropriado de ferramentas, do item outros e de indumentária, existem outras despesas operacionais, tais como alimentação (açúcar cristal), mão-de-obra, aluguel da área onde serão implantados o galpão e os laboratórios de manipulação de mel, própolis e pólen, embalagens, FUNRURAL, transporte, água e luz, manutenção e outros. O quadro 03 mostra um resumo destas despesas: 12

13 ITENS Alimentação Quadro 03 Outras Despesas Operacionais DESCRIÇÃO Açúcar cristal UNIDADE QDADE PREÇO TOTAL Kg 400 R$ 0,90 R$ 360,00 Aluguel Área de 10 apiários/ano R$ 12 R$ 300,00 R$ 3.600,00 Mão-de-obra Salário mensal + encargos m/h 12 R$ 1.000,00 R$ ,00 Latas de 25kg Und 160 R$ 2,50 R$ 400,00 Embalagens Frasco para polén de 500g Und 200 R$ 0,60 R$ 120,00 Sacos plásticos para própolis de 1000g Und 100 R$ 0,10 R$ 10,00 Transporte Frete Und 1 R$ 350,00 R$ 350,00 Água e luz Consumo Und 1 R$ 350,00 R$ 350,00 Outros Diversos Und 1 R$ 180,00 R$ 180,00 Manutenção Cons. Equip. e Benef. R$ 1 R$ 722,53 R$ 722,53 FUNRURAL Percentual da receita % 2,1 R$ ,00 R$ 529,20 Total de outras Despesas Operacionais R$ ,73 O valor total destas outras despesas operacionais é considerado como saída de caixa anual no fluxo de caixa do projeto. O item manutenção anual foi calculado com base em 1 % do valor das instalações e 5 % do valor dos equipamentos. De posse de todas estas informações anteriores pode-se montar a fluxo de caixa para análise da viabilidade. O fluxo de caixa anual pode ser visto no quadro 04: Quadro 04 Fluxo de Caixa do Projeto ITENS ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 SAÍDAS Total dos Investimentos R$ ,10 R$ - R$ 390,00 R$ - R$ 390,00 R$ 1.043,60 Total Despesas Operacionais R$ - R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 TOTAL R$ ,10 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,33 ENTRADAS Receita com a Venda de Mel R$ - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Receita com a Venda de Própolis R$ - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Receita com a Venda de Pólen R$ - R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 Valor Residual R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - TOTAL R$ - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 FLUXO DE CAIXA R$ (29.984,10) R$ 6.578,28 R$ 6.188,28 R$ 6.578,28 R$ 6.188,28 R$ 5.534,68 ITENS ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 SAÍDAS Total dos Investimentos R$ 390,00 R$ - R$ 390,00 R$ - R$ - Total Despesas Operacionais R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 TOTAL R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,73 ENTRADAS Receita com a Venda de Mel R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Receita com a Venda de Própolis R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Receita com a Venda de Pólen R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 Valor Residual R$ - R$ - R$ - R$ - R$ 9.150,10 TOTAL R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,10 FLUXO DE CAIXA R$ 6.188,28 R$ 6.578,28 R$ 6.188,28 R$ 6.578,28 R$ ,38 O fluxo de caixa do ano 0 representa o valor do investimento inicial já descrito no quadro 01. Além das outras despesas operacionais (quadro 03), o valor das saídas anuais está acrescida dos gastos em indumentária a cada dois anos e em ferramentas e outros itens no final do ano 5. No final do ano 10 tem-se, além do já descrito, o valor de recuperação dos investimentos por seu valor residual (quadro 02). Já o valor das entradas representam, 13

14 conforme já salientado, o valor das receitas anuais de vendas com os três produtos. O diagrama a seguir representa o fluxo de caixa para o projeto: Figura 01 Diagrama do Fluxo de Caixa do Projeto 6.578, , , , , , , , , , ,10 Utilizando-se uma TMA de 12 % a.a. pode-se calcular o VPL do projeto que foi de R$ 8.624,68. Além disso, calculou-se a TIR do projeto que apresentou a rentabilidade do mesmo num patamar de 18,12 % a.a. Por fim, calculou-se o PPD que foi de 7,5 anos e a relação B/C no valor de 1,0631. O quadro 05 mostra os valores presentes dos fluxos de caixa a 12 % a.a., utilizados no cálculo do VPL, do PPD e da relação B/C: Quadro 05 Valores Presentes dos Fluxos de Caixa Anuais Ano VP das Entradas de Caixa VP das Saídas de Caixa VP do FC VP Acumulado do FC 0 R$ - R$ ,10 R$ (29.984,10) R$ (29.984,10) 1 R$ ,00 R$ ,54 R$ 5.873,46 R$ (24.110,64) 2 R$ ,29 R$ ,03 R$ 4.933,25 R$ (19.177,39) 3 R$ ,86 R$ ,58 R$ 4.682,29 R$ (14.495,10) 4 R$ ,06 R$ ,29 R$ 3.932,76 R$ (10.562,34) 5 R$ ,16 R$ ,63 R$ 3.140,52 R$ (7.421,82) 6 R$ ,10 R$ 9.631,93 R$ 3.135,17 R$ (4.286,64) 7 R$ ,20 R$ 8.423,52 R$ 2.975,68 R$ (1.310,96) 8 R$ ,86 R$ 7.678,52 R$ 2.499,34 R$ 1.188,38 9 R$ 9.087,37 R$ 6.715,18 R$ 2.372,19 R$ 3.560,57 10 R$ ,81 R$ 5.995,70 R$ 5.064,12 R$ 8.624,68 Total R$ ,71 R$ ,02 R$ 8.624,68 VPL Para o cálculo dos valores do Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) adicionou-se às despesas operacionais já consideradas no fluxo de caixa a apropriação dos gastos bienais com indumentários e qüinqüenais com ferramentas e outros itens. O quadro 06 mostra os valores anuais da Demonstração de Resultados para o projeto: Quadro 06 Demonstração dos Resultados Anuais 14

15 ITENS CLASSIFICAÇÂO VALORES Receita R$ ,00 Depreciação fixo R$ 1.382,04 Açúcar cristal fixo R$ 360,00 Aluguel da área de 10 apiários/ano fixo R$ 3.600,00 Mão-de-Obra fixo R$ ,00 Latas de 25kg var R$ 400,00 Frasco para polén de 500g var R$ 120,00 Sacos plásticos para própolis de 1000g var R$ 10,00 Frete fixo R$ 350,00 Água e luz fixo R$ 350,00 Diversos fixo R$ 180,00 Manutenção fixo R$ 722,53 FUNRURAL var R$ 529,20 Ferramentas e Outros fixo R$ 208,72 Indumentária fixo R$ 195,00 Custos e Despesas R$ ,49 Resultado R$ 4.792,52 No quadro anterior percebe-se os valores da receita e dos custos e despesas, além de suas classificações como fixos ou variáveis. Tem-se, então, um valor de R$ ,29 de custos fixos e de R$ 1.059,20 de custos variáveis. A partir daí calculou-se o PEC. Para este cálculo, como tinha-se uma operação com múltiplos produtos, optou-se pelo cálculo da Receita Mínima ao invés do Volume Mínimo de Vendas. O calculo do Valor Monetário no Ponto de Equilíbrio Contábil ($PEC) é calculado dividindo-se o Custo Fixo (CF) pelo valor da margem de Contribuição (MC) em percentual. Esta margem, por sua vez, é calculada pela divisão entre a diferença da receita e dos custos variáveis totais pelo valor da receita. Ou seja, o quanto a margem de contribuição total representa do valor da receita. O valor da MC% foi de 95,80 %, que representa o baixo valor dos custos variáveis nesta operação. Por conseguinte, o valor do $PEC foi de R$ ,21, ou seja, 80,15 % da receita projetada para o projeto. Isso quer dizer que para obter lucro a operação precisa trabalhar a esta nível de 80,15 %. Em outras palavras, o ponto mínimo de operação prevê uma venda de kg de mel, 120 kg de própolis e 80 kg de pólen. Para o calculo do PEE a lógica foi a mesma desta já utilizada para o PEC, adicionando-se apenas aos custos fixos uma remuneração de 12 % a.a. do valor dos investimentos iniciais. Sendo assim, o valor dos custos fixos sobe para R$ ,38 e o valor do $PEE fica em R$ ,17, que representa 95,05 % da receita planejada. Logo, o ponto mínimo de operação para o PEE pode ser representado por uma venda de kg de mel, 143 kg de própolis e 95 kg de pólen. Por último, procedeu-se uma análise de sensibilidade em duas etapas. Primeiro procurou-se um volume de vendas mínimo e um preço de venda mínimo, ambos para cada produto, de modo a garantir um VPL e um Resultado positivos. Ou seja, calculou-se os valores para o volume de vendas e para o preço de cada produto que faziam com que o VPL e o Resultado fossem iguais a zero. O quadro 07 mostra os resultados desta análise: Quadro 07 Valores Mínimos de Volume e Preço de Vendas 15

16 Para VPL = 0 Qdade Preço Mel R$ 2,61 Própolis 131 R$ 69,61 Resultado = 0 Qdade Preço Mel R$ 1,78 Própolis 89 R$ 47,36 Cada valor do quadro 07 foi calculado de forma isolada, ou seja, foi calculada uma variação numa variável mantendo as outras constantes. Ou seja, por exemplo, pode reduzir o volume de vendas de mel até um patamar de kg, mantendo constante seu preço planejado e os volumes e preços de vendas planejados da própolis e do pólen. Deste quadro pode-se observar que a redução máxima no volume e no preço de vendas para atingir um VPL = 0 será de aproximadamente 13 % dos valores planejados. Já para o caso de atingir Resultado = 0 o percentual máximo seria uma redução de 41 % nos volume e preço de vendas planejados. Isso mostra que o VPL é mais sensível a variações nos volume e preço de vendas do que o Resultado. Um outro ponto que deve ser destacado desta análise é a ausência dos volume e preço de vendas do pólen no quadro 07. Isso acontece pois para o pólen pode-se ter volume de vendas igual a 0 kg ou preço de venda de R$ 0,00, que mesmo assim o VPL e o Resultado se mantêm positivos. Isso quer dizer que o pólen não é um produto gargalo para esta análise. Depois destes valores obtidos procurou-se fazer uma análise que mostrasse a probabilidade do VPL ser negativo, ou seja, a probabilidade de inviabilidade do projeto. Para tanto, considerou-se uma variabilidade dos fluxos de caixa anuais, através de cenários pessimista, mais provável e otimista, e uma certa probabilidade de ocorrência para cada cenário. O valor médio para cada fluxo deve ser igual ao valor considerado na análise e mostrado na figura 01. O quadro 08 mostra os valores considerados nesta análise: Quadro 08 Valores Incertos dos Fluxos de Caixa Anuais Ano Pessimista Mais Provável Otimista Valor Desvio Variância 35% 50% 15% Esperado Padrão 0 -R$ ,10 -R$ ,10 -R$ ,10 -R$ ,10 R$ 0,00 R$ 0,00 1 R$ 4.933,71 R$ 7.433,45 R$ 7.565,02 R$ 6.578,28 R$ ,76 R$ 1.207,61 2 R$ 3.094,14 R$ 7.755,46 R$ 8.183,99 R$ 6.188,28 R$ ,95 R$ 2.275,14 3 R$ 1.644,57 R$ 9.003,93 R$ ,73 R$ 6.578,28 R$ ,42 R$ 3.636,28 4 R$ 0,00 R$ 9.129,55 R$ ,33 R$ 6.188,28 R$ ,94 R$ 4.577,26 5 -R$ 1.383,67 R$ 8.698,26 R$ ,21 R$ 5.534,68 R$ ,19 R$ 5.143,56 6 -R$ 3.094,14 R$ ,29 R$ ,86 R$ 6.188,28 R$ ,43 R$ 6.950,02 7 -R$ 4.933,71 R$ ,64 R$ ,34 R$ 6.578,28 R$ ,30 R$ 8.700,96 8 -R$ 6.188,28 R$ ,32 R$ ,07 R$ 6.188,28 R$ ,20 R$ 9.470,14 9 -R$ 8.222,84 R$ ,07 R$ ,56 R$ 6.578,28 R$ ,17 R$ , R$ ,56 R$ ,53 R$ ,05 R$ ,38 R$ ,82 R$ ,49 VPL (R$ ,04) R$ ,52 R$ ,91 R$ 8.624,68 R$ ,24 R$ ,55 O cenário pessimista, com probabilidade de ocorrência de 35 %, foi formado reduzindo o valor esperado de 25 % a cada ano. Sendo assim, o valor do fluxo de caixa para este cenário no ano 1 era 25 % menor do que o valor esperado. Já para o ano 2 era 50 % menor, para o ano 3 teria uma redução de 75 % e assim por diante. O valor do cenário otimista, com probabilidade de 15 %, foi formado capitalizando o valor esperado a uma taxa 16

17 de 15 % a.a. Ou seja, o valor para o ano 1 seria 15 % maior que o valor esperado. Já para o ano 2 seria igual ao valor esperado multiplicado por (1,15) 2. para o terceiro ano multiplicariase por (1,15) 3 e assim por diante. O valor mais provável foi formado para compor o valor esperado a partir dos valores dois outros dois cenários. Cabe ressaltar que os valores atribuídos ao fluxo servem apenas de simulação para a aplicação da ferramenta que nos mostra a probabilidade do VPL esperado de R$ 8.624,68 vir a ser negativo por conta das incertezas do mercado. Com base nos valores do VPL esperado e do DP deste calculou-se o valor de Z, que representa o número de desvios até ter-se um VPL negativo. O valor de Z foi de 0,6280, o que representa uma probabilidade de inviabilidade de 26,60 %. Com base em todos estes parâmetros pode-se concluir, em relação à viabilidade econômico-financeira deste projeto, que: Considerando o VPL, a TIR e a relação B/C pode-se perceber que o projeto é viável, a uma TMA de 12 % a.a. e um horizonte de tempo de 10 anos. Isso porque o VPL > 0, a TIR > TMA e a relação B/C > 1,00. Porém cabe ressaltar que esta viabilidade é muito suscetível a mudanças, já que a margem de segurança, em relação a riqueza gerada, não é muito grande. Isso é corroborado pela relação B/C que apresenta uma margem de apenas 6,31 % de vantagem das entradas em relação às saídas de caixa e pelo PPD que apresenta o prazo de recuperação dos investimentos apenas durante o oitavo ano dos 10 anos do projeto. A análise dos PEC e PEE também mostram esta baixa margem de segurança gerada pelos ganhos do projeto. Apesar dos atuais níveis de vendas serem suficientes para garantir um resultado positivo, o PEC se encontra ao nível de 80,15 % e o PEE no patamar de 95,05 %, ambos da receita planejada. Isso mostra um fôlego muito pequeno do projeto em relação a qualquer alteração nos dados planejados. Neste sentido, a análise de sensibilidade complementa bem o que foi encontrado nos indicadores utilizados. Principalmente em relação ao VPL, pois só existe uma margem de segurança de 13 % em relação aos volumes e preços de vendas planejados para o mel e para a própolis. Esta risco do projeto, que esta sendo até aqui representado pela baixa capacidade do mesmo suportar variações negativas dos dados planejados, pode ser por fim verificada na alta probabilidade de inviabilidade encontrada de 26,60 %. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo teve como objetivo apresentar e discutir a análise de viabilidade econômico-financeira de projetos agropecuários, com a utilização de um caso de implantação de uma unidade familiar de produção de produtos apícolas para mostrar a aplicação dos indicadores e ferramentas desta análise. O projeto se mostra viável em todos os indicadores utilizados, porém com uma margem de segurança para alterações, em relação aos dados planejados, muito baixa. Pôde-se perceber que a utilização de indicadores, tais como o VPL, a TIR e a relação B/C, é importante na análise de viabilidade econômico-financeira de projetos de investimento, pois através destes pode-se observar o ganho gerado pelo projeto, considerando explicitamente suas características técnicas e as condições econômico-financeiras na análise. 17

18 Já a utilização do PPD mostra o tempo que o investimento será recuperado, indicando assim o tempo de exposição deste às incertezas do mercado. Além destes indicadores que têm base no Modelo DFC, mostrou-se neste trabalho a importância da utilização da análise do ponto de equilíbrio. Tanto o PEC, quanto o PEE, servem para mostrar o nível de atividade mínimo, que também nos dá uma idéia de risco que o projeto pode ter. Por fim, a análise de sensibilidade mostra de maneira clara as folgas que a decisão de aceitar ou não o projeto tem em relação a certas variáveis-chave. Este trabalho representou apenas uma tentativa de tornar mais claro e evidente a utilização correta destas ferramentas. Esta linha de pesquisa em análise de viabilidade econômico-financeira pode ter continuidade em várias perspectivas. Em relação a este projeto, tentar-se-á discutir melhor o mix de produção/venda, pois a utilização de um modelo de otimização acoplado às análises pode determinar a melhor composição entre mel, própolis e pólen, respeitando características técnicas e informações econômico-financeiras. No que diz respeito a metodologia procurar-se-á reforçá-la com a utilização de técnicas de simulação para a análise de sensibilidade ligada a probabilidade de inviabilidade do projeto. Finalmente, em relação ao tema em si, o próximo passo será fazer uma análise crítica do que vem sendo publicado sobre análise econômico-financeira no agronegócio, mostrando os principais erros e problemas de análise que freqüentemente se encontra nas publicações, quer sejam em ventos científicos ou em periódicos da área. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATKINSON, A. A.; BANKER, R. D.; KAPLAN, R. S.; YOUNG, S. M. Contabilidade Gerencial. São Paulo. Atlas, ARAUJO, A. C.; SILVA, L. M. R.; ARAÚJO, L. V. O Cultivo da Gravioleira em Propriedades Produtoras de Cacau da Região Sudeste da Bahia: Um Estudo da Viabilidade Financeira da Cultura. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. BRIGHAM, E. F.; HOUSTON, J. F. Fundamentos da Moderna Administração Financeira. Rio de Janeiro: Campus, BRITO, S.; FONTENELE, R. E. S.; CARVALHO, E. B. S. Viabilidade Econômico- Financeira da Carnicicultura: Oportunidade para Pequenos Produtores Familiares. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 43, 2005, Fortaleza. Anais XLIII do Congresso da SOBER. Fortaleza: SOBER, CD. BRITO, W. S. F. Custos e Viabilidade Financeira da Agricultura Orgânica versus Agricultura Convencional: O Caso da Manga no Vale do São Francisco. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 11, 2004, Porto Seguro. Anais do XI Congresso Brasileiro de Custos. Porto Seguro: ABCustos, CD. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP12C e Excel. São Paulo: Atlas, BUARQUE, C. Avaliação Econômica de Projetos: uma apresentação didática. Rio de Janeiro : Campus DAMODARAN, A. Avaliação de Investimento: ferramentas e técnicas para a determinação do valor de qualquer ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark,

19 FERREIRA, J. A. S. Finanças Corporativas: conceitos e aplicações. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 7 ed. São Paulo: Harbra, GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, GUTH, S. C.; SANTOS, S. R.; PINTO, M. M.; MOROZINI, J. F.; THEODORO, A. J. Complexo Soja: a Diversificação de Culturas Otimizando o Uso da Terra sob a Ótica do Retorno do Investimento Analisado pela TIR e Payback em Propriedades Distintas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 12, 2005, Florianópolis. Anais do XII Congresso Brasileiro de Custos. Florianópolis: ABCustos, CD. HIRSCHFELD, H. Engenharia Econômica e Análise de Custos. 6 ed. São Paulo: Atlas, HORNGREN, C. T.; FOSTER, G.; DATAR, S. M. Contabilidade de Custos.11 ed. Vols 1 e 2. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, KREUZ, C. L.; SOUZA, A.; PETRI, J. L.; CARVALHO JUNIOR L. C. Análise da Rentabilidade da Cultura da Macieira em Duas Multivares e Duas Densidades de Plantio. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 43, 2005, Fortaleza. Anais XLIII do Congresso da SOBER. Fortaleza: SOBER, CD. LIMA, C. A.; OLIVEIRA, A. J.; PEDREIRA, A. J. L. A.; CASTIGLIONI, S. A. C. Estudo da Viabilidade Financeira da Implantação de um Apiário para a Produção de Própolis e Mel. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. LIMA, E. L.; MENDES, F. T. Simulação da Viabilidade Industrial do Processamento de Amêndoas de Cacau em Pequena Escala: O Caso da Cacauicultura de Medicilândia no Estado do Pará. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. LYRA, G. B.; PONCIANO, N. J.; GOLYNSKI, A. Viabilidade Econômica e de Risco na Cultura do Mamão (Carica papaya L.): um estudo de caso no Norte do Espírito Santo. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. MACEDO, M. A. S. A. Utilização de Programação Matemática Linear Inteira Binária (0-1) na Seleção de Projetos sob Condição de Restrição Orçamentária. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA OPERACIONAL, 24, 2002, Rio de Janeiro. Anais do XXXIV SBPO. Rio de Janeiro: IME, CD. MACEDO, M. A. S. Seleção de Projetos de Investimento: uma proposta de modelagem apoiada em programação multi-objetivo. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE FINANÇAS, 5, 2005, São Paulo. Anais do V EBFIN. São Paulo: SBFIN, CD. MACEDO, M. A. S. Seleção de Projetos de Investimento: uma proposta de modelagem apoiada em Análise Envoltória de Dados (DEA). In: SIMPÓSIO DE GESTÃO E ESTRATÉGIA EM NEGÓCIOS, 4, 2006, Seropédica, RJ. Anais do IV SIMGEN. Seropédica: PPGEN/NEGEN/UFRuralRJ, CD. MACEDO, M. A. S.; SIQUEIRA, J. R. M. Custo e estrutura de capital uma abordagem crítica. In: MARQUES, J. A. V. C.; SIQUEIRA, J. R. M. Finanças Corporativas: aspectos essenciais. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,

20 MANZONI, G, C; ESPAGNOLI, M. I.; MARTINS, G. Análise Econômica do Cultivo de Mexilhões (Perna perna), em dois Sistemas, Penha/SC. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. MATHIAS, W. F.; WOILER, S. Projetos: planejamento, elaboração. São Paulo: Atlas, MOTTA, R. R.; CALÔBA, G. M. Análise de Investimentos. São Paulo: Atlas, NORONHA, J. F. Projetos agropecuários: administração financeira, orçamentária e viabilidade econômica. 2 ed. São Paulo: Atlas, NORONHA, J. F. e DUARTE, L. Avaliação de projetos de investimentos na empresa agropecuária. In: AIDAR, A. C. K. Administração Rural. São Paulo: Paulicéia, OLINQUEVITCH, J. L.; EYERKAUFER, M. L.; GROETZ, C.; THIEL, T. Análise de Viabilidade de Investimento em Reflorestamento de Eucalipto: Um Estudo Comparativo entre o Corte Raso e o Uso Múltiplo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 13, 2006, Belo Horizonte. Anais do XIII Congresso Brasileiro de Custos. Belo Horizonte: ABCustos, CD. OLIVEIRA, G. G.; MATOS, E. N.; SANTOS, A. P. Viabilidade Econômica de Sistemas Agroflorestais Orgânicos no Baixo Sul da Bahia O Caso do Projeto Onça. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. OLIVEIRA, M. D. M.; VEIGA FILHO, A. A.; VEGRO, C. L. R.; MATTOSINHO, P. S. V. Análise de Custos, Rentabilidade e de Investimentos na Produção de Café Cereja Descascado: Estudo de Caso. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 43, 2005, Fortaleza. Anais XLIII do Congresso da SOBER. Fortaleza: SOBER, CD. PAVAN, J. A.; ALVES, T. W.; SOUZA, M. A. Viabilidade Econômica da Produção de Eucalyptus no Rio Grande do Sul Atendendo o Canal de Energia e Celulose. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 13, 2006, Belo Horizonte. Anais do XIII Congresso Brasileiro de Custos. Belo Horizonte: ABCustos, CD. PEREIRA, M. F.; FONSECA, F. S. T.; MULLER, R. A. Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para a Produção de Biodiesel de Soja e Mamona na Região Norte do Paraná. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 44, 2006, Ribeirão Preto. Anais do Congresso da XLIV SOBER. Ribeirão Preto: SOBER, CD. PIRES, A.; BASTOS, S. P. S. Analise Econômica das Culturas de Soja e Milho no Assentamento Agrovila Rioverdinho, no Município de Rio Verde Goiás, na Safra de 2000/01. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 4, 2001, Lavras. Anais do IV Congresso da ABAR. Lavras: ABAR, CD. PIZZOL, S. J. S.; MARTINES FILHO, J. G.; CARVALHO, P. H. A. G. Custo de Produção e Viabilidade Econômica da Cultura do Maracujá Amarelo (Passiflora Edulis) no Estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 4, 2001, Lavras. Anais do IV Congresso da ABAR. Lavras: ABAR, CD. SANVICENTE, A. Z. Administração financeira. 3 ed. São Paulo. Atlas SAURIN, G; MILOCA, L. M.; SHIKIDA, P. F. A. Análise da Viabilidade Econômica- Financeira da Produção de Cachaça em Cascavel Pr: Um Estudo de Caso do Alambique 20

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Módulo Contabilidade e Finanças PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

Avaliação de Investimentos

Avaliação de Investimentos Métodos e Critérios de Avaliação de Investimentos de Capital Orçamento de capital é o nome dado ao processo de decisões de procura e aquisição de ativos de longo prazo. São cinco as principais etapas do

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA Métodos para Análise de Fluxos de Caixa A análise econômico-financeira e a decisão

Leia mais

Viabilidade Financeira: Calculo da TIR e VPL

Viabilidade Financeira: Calculo da TIR e VPL Terceiro Módulo: Parte 4 Viabilidade Financeira: Calculo da TIR e VPL AN V 3.0 [54] Rildo F Santos (@rildosan) rildo.santos@etecnologia.com.br www.etecnologia.com.br http://etecnologia.ning.com 1 Viabilidade

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS. Análise de Investimentos

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS. Análise de Investimentos ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Prof. Me. Jorge França Análise de Investimentos Jorge França: Graduado em Engenharia pela UFF-RJ; Pós-graduado em Gestão da Qualidade (UFMG), Marketing (ESPM e UFRJ), Gestão Empresarial

Leia mais

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA Amanda de Campos Diniz 1, Pedro José Raymundo 2

Leia mais

04/08/2013. Custo. são os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção ou na comercialização. Despesa

04/08/2013. Custo. são os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção ou na comercialização. Despesa DECISÕES DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO DE CAPITAL Orçamento de capital Métodos e técnicas de avaliação de investimentos Análise de investimentos Leia o Capítulo 8 do livro HOJI, Masakazu. Administração

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Unidade III FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

Unidade III FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade III 8 GESTÃO DE RISCOS Neste módulo, trabalharemos a importância do gerenciamento dos riscos econômicos e financeiros, focando alguns exemplos de fatores de riscos. Estudaremos também o cálculo

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA CAP. b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA A influência do Imposto de renda Do ponto de vista de um indivíduo ou de uma empresa, o que realmente importa, quando de uma Análise de investimentos, é o que se ganha

Leia mais

Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos

Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos Vimos até então que a gestão contábil e a gestão financeira são de extrema importância para decisões gerenciais, pois possibilitam ao pequeno gestor compreender as

Leia mais

LL = Q x PVu Q x CVu CF

LL = Q x PVu Q x CVu CF UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ANÁLISE FINANCEIRA 2745 CARGA HORÁRIA: 68 PROFESSOR: MSc Vicente Chiaramonte

Leia mais

Aula 09 Matemática Financeira. Princípios Fundamentais da Engenharia Econômica

Aula 09 Matemática Financeira. Princípios Fundamentais da Engenharia Econômica Aula 09 Matemática Financeira Princípios Fundamentais da Engenharia Econômica Introdução A partir da absorção do conceito de dinheiro no tempo, estamos aptos a fazer uso da Engenharia Econômica, que se

Leia mais

ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO NO PLANO DE NEGÓCIOS Prof. Ms. Marco Arbex

ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO NO PLANO DE NEGÓCIOS Prof. Ms. Marco Arbex ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO NO PLANO DE NEGÓCIOS Prof. Ms. Marco Arbex Alguns conceitos Custos fixos: aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem

Leia mais

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira Juros e Taxas de Juros Tipos de Empréstimos Valor Atual Líquido Taxa Interna de Retorno Cobertura de Manutenção de Dívidas Juros e Taxa de Juros Juro é

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS! O que é alavacagem?! Qual a diferença entre a alavancagem financeira e operacional?! É possível

Leia mais

Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica

Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica O fluxo de caixa resume as entradas e as saídas efetivas de dinheiro ao longo do horizonte de planejamento do projeto, permitindo conhecer sua rentabilidade

Leia mais

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO 1. Uma empresa utiliza tecidos e mão-de-obra na produção de camisas em uma fábrica que foi adquirida por $10 milhões. Quais de seus insumos

Leia mais

TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA. comunicação técnica do CETEM Avaliação Econômica de Projetos Prof. Raul Oliveira Neto

TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA. comunicação técnica do CETEM Avaliação Econômica de Projetos Prof. Raul Oliveira Neto TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA comunicação técnica do CETEM Avaliação Econômica de Projetos Prof. Raul Oliveira Neto Introdução As técnicas de avaliação econômica são utilizadas para converter os dados

Leia mais

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 1 Visão geral O CPC 01 é a norma que trata do impairment de ativos ou, em outras palavras, da redução ao valor recuperável de ativos. Impairment ocorre quando

Leia mais

Capítulo XV Custos e Rentabilidade

Capítulo XV Custos e Rentabilidade Capítulo XV Custos e Rentabilidade Marcelo do Amaral Santana Clóvis Oliveira de Almeida José da Silva Souza As estimativas de custos de produção e de rentabilidade para uma cultura podem proporcionar informações

Leia mais

Contabilidade Gerencial PROFESSOR: Salomão Soares VPL E TIR

Contabilidade Gerencial PROFESSOR: Salomão Soares VPL E TIR Contabilidade Gerencial PROFESSOR: Salomão Soares VPL E TIR Data: VPL(VAL) Valor Presente Líquido ou Valor Atual Líquido O valor presente líquido (VPL), também conhecido como valor atual líquido (VAL)

Leia mais

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 5 INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 1.1 Processo de decisão de orçamento de capital A decisão de investimento de longo prazo é a decisão financeira mais

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «21. O sistema de intermediação financeira é formado por agentes tomadores e doadores de capital. As transferências de recursos entre esses agentes são

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA: 033337

MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA: 033337 1 Análise de Investimentos MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA: 033337 2 Sumário 1- Juros------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DE CUSTOS

CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DE CUSTOS CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DE CUSTOS Bruni & Fama (2007), explicam que a depender do interesse e da metodologia empregada, diferentes são as classificações empregadas na contabilidade de custos. Os sistemas,

Leia mais

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Conteúdo programático Unidade I Avaliação de Empresas Metodologias Simples Unidade II Avaliação de Empresas - Metodologias Complexas

Leia mais

Viabilidade Econômica: Revisão Bibliográfica

Viabilidade Econômica: Revisão Bibliográfica Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Programa de Educação Tutorial Gerenciamento e Administração da Empresa Agrícola Viabilidade Econômica: Revisão Bibliográfica Felipe

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

Crédito. Adm. Geral. Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I

Crédito. Adm. Geral. Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I Adm. Geral Prof. Marcelo dos Santos Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Garantir melhores decisões financeiras na empresa;

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

Unidade III AVALIAÇÃO DE EMPRESAS. Prof. Rubens Pardini

Unidade III AVALIAÇÃO DE EMPRESAS. Prof. Rubens Pardini Unidade III AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Prof. Rubens Pardini Conteúdo programático Unidade I Avaliação de empresas metodologias simples Unidade II Avaliação de empresas metodologias aplicadas Unidade III Avaliação

Leia mais

Março/2012 - Parte3. Pag.1. Prof. Alvaro Augusto

Março/2012 - Parte3. Pag.1. Prof. Alvaro Augusto Pag.1 Pag.2 Pag.3 Métodos de Análise Valor Presente Líquido (VPL): Fácil de entender, fácil de calcular. Depende do conhecimento prévio de uma taxa de desconto. Taxa Interna de Retorno (TIR): Difícil de

Leia mais

6 Análise Econômica. 6.1. Fundamentos

6 Análise Econômica. 6.1. Fundamentos Análise Econômica 74 6 Análise Econômica 6.1. Fundamentos Os tradicionais métodos de análise econômico-financeira se baseiam em considerações sobre o Fluxo de Caixa Descontado (FCD). Para a análise econômica

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO - IRR

TAXA INTERNA DE RETORNO - IRR TAXA INTERNA DE RETORNO - IRR A taxa interna de retorno é a taxa de juros (desconto) que iguala, em determinado momento do tempo, o valor presente das entradas (recebimentos) com o das saídas (pagamentos)

Leia mais

Análise de Fluxos de Caixa em ambientes de incerteza e sua aplicação no Controle Externo. Valéria Cristina Gonzaga - TCEMG ENAOP 2011

Análise de Fluxos de Caixa em ambientes de incerteza e sua aplicação no Controle Externo. Valéria Cristina Gonzaga - TCEMG ENAOP 2011 Análise de Fluxos de Caixa em ambientes de incerteza e sua aplicação no Controle Externo Valéria Cristina Gonzaga - TCEMG ENAOP 2011 ANÁLISE DE FLUXOS DE CAIXA EM AMBIENTES DE NCERTEZA E SUA APLICAÇÃO

Leia mais

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação O que é Inflação? Inflação É a elevação generalizada dos preços de uma economia O que é deflação? E a baixa predominante de preços de bens

Leia mais

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos Boletim Manual de Procedimentos Contabilidade Internacional Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários - Tratamento em face do Pronunciamento Técnico CPC 08 - Exemplos SUMÁRIO

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO

ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO ANHANGUERA EDUCACIONAL 6 Aula Disciplina : GESTÃO FINANCEIRA Prof.: Carlos Nogueira Agenda 19h00-19h15: Breve revisão 19h15-20h30: Exercícios/Estudos de

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

COMPONENTES DA ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO

COMPONENTES DA ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO COMPONENTES DA ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO No Modelo de Plano de Negócio, disponível no seu ambiente do Concurso você terá um passo a passo para elaborar o seu Plano, bem como todo o conteúdo necessário

Leia mais

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto.

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto. Discussão sobre Nivelamento Baseado em Fluxo de Caixa. Item aberto na lista E-Plan Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes Resumo Objetivo Estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas

Leia mais

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA 3 OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA O Sr. Silva é proprietário de uma pequena indústria que atua no setor de confecções de roupas femininas. Já há algum tempo, o Sr. Silva vem observando a tendência de

Leia mais

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO Bertolo Administração Financeira & Análise de Investimentos 6 CAPÍTULO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO No capítulo anterior determinamos que a meta mais

Leia mais

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Avaliação da Viabilidade Econômico- Financeira em Projetos Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Elias Pereira Apresentação Professor Alunos Horário 19:00h às 23:00 h com 15 min. Faltas Avaliação

Leia mais

SEM0531 Problemas de Engenharia Mecatrônica III

SEM0531 Problemas de Engenharia Mecatrônica III SEM0531 Problemas de Engenharia Mecatrônica III Prof. Marcelo A. Trindade Departamento de Engenharia Mecânica Escola de Engenharia de São Carlos - USP Sala 2º andar Prédio Engenharia Mecatrônica (ramal

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS. Nome: RA: Turma: Assinatura:

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS. Nome: RA: Turma: Assinatura: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS Nome: RA: Turma: Assinatura: EXERCÍCIO 1 Classifique os itens abaixo em: Custos, Despesas ou Investimentos a) Compra de Matéria Prima b) Mão de

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

prestação. Resp. $93.750,00 e $5.625,00.

prestação. Resp. $93.750,00 e $5.625,00. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA MAT191 - MATEMÁTICA FINANCEIRA PROFESSORES: ENALDO VERGASTA, GLÓRIA MÁRCIA, JODÁLIA ARLEGO LISTA 3 1) Um bem é vendido a vista por $318.000,00

Leia mais

UNIDADE DESCENTRALIZADA NOVA IGUAÇU - RJ ENGENHARIA ECONÔMICA E FINANCEIRA

UNIDADE DESCENTRALIZADA NOVA IGUAÇU - RJ ENGENHARIA ECONÔMICA E FINANCEIRA PARTE I 1 1) Calcular a taxa de juros trimestral proporcional às seguintes taxas: a) 24% ao ano. b) 36% ao biênio c) 6% ao semestre 2) Determinar a taxa de juros anual proporcional, das as seguintes taxas:

Leia mais

Prof. Msc. David Custódio de Sena sena@ufersa.edu.br

Prof. Msc. David Custódio de Sena sena@ufersa.edu.br Prof. Msc. David Custódio de Sena sena@ufersa.edu.br ESTUDO DE VIABILIDADE FINANCEIRA DE PROJETOS Projeto de viabilidade É um projeto de estudo e análise, ou seja, é um projeto que procura verificar a

Leia mais

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 Introdução SABE COM EXATIDÃO QUAL A MARGEM DE LUCRO DO SEU NEGÓCIO? Seja na fase de lançamento de um novo negócio, seja numa empresa já em

Leia mais

CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA

CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA A Matemática Financeira se preocupa com o valor do dinheiro no tempo. E pode-se iniciar o estudo sobre o tema com a seguinte frase: NÃO SE SOMA OU SUBTRAI QUANTIAS EM DINHEIRO

Leia mais

BREVE ANOTAÇÕES SOBRE O PAYBACK

BREVE ANOTAÇÕES SOBRE O PAYBACK BREVE ANOTAÇÕES SOBRE O PAYBACK! O Payback na análise de investimentos! Quais as limitações do Payback! Quais as vantagens do Payback! Possíveis soluções para utilização adequada do Payback Paulo Dragaud

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE ORÇAMENTO DE CAPITAL

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE ORÇAMENTO DE CAPITAL Adm. Financeira II Aula 05 - Técnicas Orç. Capital - Pg. 1/8 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE ORÇAMENTO DE CAPITAL 1. Introdução 1.1. Considerar fatores importantes fora do controle da empresa 1.2. Fatores qualitativos

Leia mais

ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO

ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO ANHANGUERA EDUCACIONAL ANHANGUERA - PÓS-GRADUAÇÃO ANHANGUERA EDUCACIONAL 5 Aula Disciplina : GESTÃO FINANCEIRA Prof.: Carlos Nogueira Agenda 19h00-20h15: Matemática Financeira 20h15-20h30: Métodos de Avaliação

Leia mais

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento Disciplina: Professor: Custódio Nascimento 1- Análise da prova Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Neste artigo, farei a análise das questões de cobradas na prova do ISS-Cuiabá, pois é uma de minhas

Leia mais

ESTUDO DE VIABILIDADE. Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos

ESTUDO DE VIABILIDADE. Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos ESTUDO DE VIABILIDADE Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos Objetivos O que é um estudo de viabilidade? O que estudar e concluir? Benefícios e custos Análise de Custo/Benefício

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

! Revisão de conceitos importantes! Fluxo com VRG diluído! Fluxo com VRG no final do contrato! Comparação com outras alternativas de financiamento

! Revisão de conceitos importantes! Fluxo com VRG diluído! Fluxo com VRG no final do contrato! Comparação com outras alternativas de financiamento CAVALCANTE & COMO MONTAR O FLUXO DE CAIXA EM! Revisão de conceitos importantes! Fluxo com VRG diluído! Fluxo com VRG no final do contrato! Comparação com outras alternativas de financiamento Autores: Francisco

Leia mais

Filosofia e Conceitos

Filosofia e Conceitos Filosofia e Conceitos Objetivo confiabilidade para o usuário das avaliações. 1. Princípios e definições de aceitação genérica. 2. Comentários explicativos sem incluir orientações em técnicas de avaliação.

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE MELHORES PRÁTICAS DA OCDE PARA A TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA INTRODUÇÃO A relação entre a boa governança e melhores resultados econômicos e sociais é cada vez mais reconhecida. A transparência abertura

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIO. Roteiro Financeiro. Prof. Fábio Fusco

PLANO DE NEGÓCIO. Roteiro Financeiro. Prof. Fábio Fusco PLANO DE NEGÓCIO Roteiro Financeiro Prof. Fábio Fusco ANÁLISE FINANCEIRA INVESTIMENTO INICIAL O investimento inicial expressa o montante de capital necessário para que a empresa possa ser criada e comece

Leia mais

Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE. Profa. Marinalva Barboza

Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE. Profa. Marinalva Barboza Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES Profa. Marinalva Barboza Introdução Esta unidade tem como foco os custos de estoque. Abordará os vários custos e exercícios de fixação. Custos dos estoques

Leia mais

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE UMA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE FRUTAS PAULA MOREIRA NARDELLI; MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO;

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE UMA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE FRUTAS PAULA MOREIRA NARDELLI; MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO; ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE UMA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE FRUTAS PAULA MOREIRA NARDELLI; MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO; PPGEN/NEGEN/UFRURALRJ SEROPÉDICA - RJ - BRASIL alvaro@ufrrj.br

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Técnicas e Ferramentas iniciais

Gerenciamento de Projetos Técnicas e Ferramentas iniciais Gerenciamento de Projetos Técnicas e Ferramentas iniciais Metodologia Aula Teórica Exemplos e Exercícios práticos Questões de concursos anteriores Metodologia e Bibliografia Fontes PMBOK, 2004. Project

Leia mais

ELEMENTOS BÁSICOS NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAPITAL

ELEMENTOS BÁSICOS NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAPITAL ELEMENTOS BÁSICOS NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAPITAL 16/08/2011 1 CAPITAL: Refere-se aos ativos de longo prazo utilizados na produção; ORÇAMENTO: é o plano que detalha entradas e saídas projetadas durante

Leia mais

6 Análise dos resultados

6 Análise dos resultados 6 Análise dos resultados Os cálculos para análise econômica de um projeto E&P, devem considerar que os dados empregados são imprecisos e sem certeza da ocorrência dos resultados esperados, apesar de estarem

Leia mais

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II O que é o Índice de Treynor? Índice de Treynor x Índice de Sharpe Restrições para as análises de Sharpe e Trynor A utilização do risco

Leia mais

VPL do Projeto. Parte 3. O VPL Projetado Como fazer na planilha Excel

VPL do Projeto. Parte 3. O VPL Projetado Como fazer na planilha Excel 2008 VPL do Projeto Parte 3 O VPL Projetado Como fazer na planilha Excel Bertolo INVENT 21/05/2008 2 VPL do Projeto ORÇAMENTO DE CAPITAL 10 VPL Projetado 1. Básico Problema. Suponha uma empresa considerando

Leia mais

INSTITUTO ASSAF: ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS BANCOS MÉDIOS E DOS BANCOS GRANDES

INSTITUTO ASSAF: ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS BANCOS MÉDIOS E DOS BANCOS GRANDES INSTITUTO ASSAF: ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS BANCOS MÉDIOS E DOS BANCOS GRANDES O Instituto Assaf comparou diversos indicadores de desempenho dos bancos grandes e dos bancos médios de 2009 a 2011. Primeiramente

Leia mais

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ANÁLISE DOS CRITÉRIOS PARA REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE CONTRATOS DE CONCESSÕES E PPPS MARÇO 2015

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ANÁLISE DOS CRITÉRIOS PARA REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE CONTRATOS DE CONCESSÕES E PPPS MARÇO 2015 PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ANÁLISE DOS CRITÉRIOS PARA REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE CONTRATOS DE CONCESSÕES E PPPS MARÇO 2015 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) OU TAXA

Leia mais

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios Caro (a) aluno (a), Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. O Plano de Negócios deverá ter no máximo

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

FINANÇAS AS EM PROJETOS DE TI

FINANÇAS AS EM PROJETOS DE TI FINANÇAS AS EM PROJETOS DE TI 2012 Material 4 Prof. Luiz Carlos Valeretto Jr. 1 Técnicas de Análise Financeira CMPC Custo Médio Ponderado de Capital. Relação custo-benefício. Valor presente. Valor presente

Leia mais

ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS AULA 01: CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS A PROJETOS TÓPICO 04: NECESSIDADE DE UMA AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 1.14 NECESSIDADE DE UMA AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

Leia mais

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Modelo para elaboração do Plano de Negócios Modelo para elaboração do Plano de Negócios 1- SUMÁRIO EXECUTIVO -Apesar de este tópico aparecer em primeiro lugar no Plano de Negócio, deverá ser escrito por último, pois constitui um resumo geral do

Leia mais

Gerenciamento de Projeto: Criando o Termo de Abertura II. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br

Gerenciamento de Projeto: Criando o Termo de Abertura II. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Gerenciamento de Projeto: Criando o Termo de Abertura II Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Sumário Priorizando Projetos. Métodos Matemáticos. Métodos de análise de benefícios. Selecionando

Leia mais

Módulo Gestão Financeira e Controladoria 6 e 20 de Fevereiro de 2010 Jonas Lucio Maia

Módulo Gestão Financeira e Controladoria 6 e 20 de Fevereiro de 2010 Jonas Lucio Maia MBA em Gestão Empresarial Módulo Gestão Financeira e Controladoria 6 e 20 de Fevereiro de 2010 Jonas Lucio Maia Slides Teóricos Aula 2 20/fev/10 CLIQUE GESTÃO PARA FINANCEIRA EDITAR O ESTILO E CONTROLADORIA

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Texto para as questões de 31 a 35 conta saldo despesa de salários 10 COFINS a recolher 20 despesas de manutenção e conservação 20 despesa de depreciação 20 PIS a recolher 30 despesas

Leia mais

CAIXA ECONOMICA FEDERAL

CAIXA ECONOMICA FEDERAL JUROS SIMPLES Juros Simples comercial é uma modalidade de juro calculado em relação ao capital inicial, neste modelo de capitalização, os juros de todos os períodos serão sempre iguais, pois eles serão

Leia mais

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Julho de 2005 Risco Macroeconômico 2 Introdução: Risco Financeiro e Macroeconômico Um dos conceitos fundamentais na área financeira é o de risco, que normalmente

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

SEQÜÊNCIA DE DEPÓSITOS

SEQÜÊNCIA DE DEPÓSITOS TÓPICOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA O ENSINO MÉDIO - PROF. MARCELO CÓSER 1 SEQÜÊNCIA DE DEPÓSITOS Vimos que a variação de um capital ao longo do tempo pode ser ilustrada em uma planilha eletrônica. No

Leia mais